Heart Breaker

ea fiiiic donaa?

Noooooooooooossa, deixa eu postar logo antes que vocês me matem né UHEUAHEUHA
não consigo pensar num comentário decente pra fazer aqui, mas eu estou bem ansiosa pra ver os seus comentários... bem, como sempre né *-*



Quando penso que está tudo sob controle, as coisas desandam.
Apesar de demonstrar tranqüilidade, por dentro estava tremendo, meu estômago revirando e sentia minhas mãos suando.
Olhei novamente para frente.
Samantha, juntamente com seu chefe – que para meu alivio não possui nenhum atrativo – estavam na porta do estúdio, acenando e se despedindo, com o contrato para autorização de exportação de nossos produtos oficiais para o Brasil em mãos. Eles ainda iriam conhecer outras bandas, e outros lugares, pelo que eu entendi.
Mas nada disso interessava. Ela estava escapando de mim, e isso, não sei por que, me assustava.
E muito.
- Muito bom isso, não? – David achegou-se, perguntando a mim e aos outros três estacados ao meu lado.
- Claro! O Brasil, pelo que todos falam, é um país muito grande e recheado de culturas diferentes. Será nosso trabalho sendo divulgado em um país tão rico! – Bill exclamou.
- Exato! – os olhos de Georg brilharam.
- Brasil? Quem? – Gustav franziu o cenho.
- Vamos ver como seremos ‘aceitos’. Quem sabe não passemos por lá numa outra turnê? – meu irmão, cada vez mais entusiasmado, disse.
- Tomara – soltei.
- Brasil? – indagou novamente, ainda com a testa vincada.
Olhei tenso para ele, imaginando como ele não sabia o que é o Brasil.
- Eu sei que lá as mulheres andam seminuas numa festa... – expliquei para o baterista meu ponto de entendimento.
- Arr, Tom! – Bill rolou os olhos;
- Pesquisa sobre ele na internet, Klaus. – Georg sugeriu.
- Com certeza! – Gustav animou-se.
Comecei a rir dele, tirando sarro; mas ele, como sempre, emburrou-se.
- AH! Falando em internet... – David interrompeu. Continuou, olhando para mim: - Por um acaso você saiu com a Samantha?
Minha garganta secou.
- Não! Quero dizer, sim. Mais ou menos... Por quê? – arregalei os olhos.
- Me ligaram dizendo que fotos suas com ela vazaram na rede. Nesse momento temos milhões de fãs histéricas querendo saber se ela é sua namorada secreta.
- Na verdade eu a conheci numa festa há uns dias. Não fazia idéia de que ela ia fechar contrato conosco; - expliquei. Mas ela fazia; Isso era tão estranho e constrangedor, e eu nem fazia ideia do por quê.
As coisas faziam e não faziam sentido, mas nada disso importa mais.
- Muito bem então. Mas pode estar certo de que te perguntarão isso na primeira entrevista; - avisou-me com o indicador apontado para meu nariz.
- Entendido, chefe! – bati continência, rindo.
- Muito bem garotos, já está escurecendo. Que tal irmos embora? – Jost disse, quase suplicando.
- AHÁ! Sabia que seu jeito estranho nos últimos dias tinha explicação: está de namorico, hein? – Georg provocou o manager.
- Digamos que minhas noites não são mais tão solitárias... – ele sorriu.
- Pobres fãs... Manchete ‘O manager bonitão do Tokio Hotel agora preenche sua vida com amor secreto’ – brinquei com a situação, meneando as mãos como se segurasse um jornal.
- Tom e suas piadas... – ele bufou.
- Porque não vão logo? Estou cansado. – o aborrecido Gustav falou.
- Então, adeus! – Bill, Jost e eu seguimos para fora.

Porém, quando estava abrindo a porta do meu carro, Georg surgiu, tagarelando.
- Ah, então você ficou com ela... Parabéns! Mulher muito bonita... Mas tem um gênio! – arregalou os olhos.
- Pois é. – concordei. Fechei a porta e encostei-me nela, acendendo um cigarro. – Ela não quis prestar atenção em mim na noite, lá na festa. Mas então eu a engambelei...
- Mulheres derretem com elogios – meteu-se no meio de minha fala.
- Não. – discordei. – Ela não é assim. Na verdade, eu acho que nem a elogiei. Ela é diferente, tem conteúdo – apontei para o crânio.
- Ahm... Pode me explicar como uma mulher de conteúdo foi para na sua cama? – zombou.
- Idiota – mostrei-lhe a língua; - havia algo a mais em seu olhar. Algo que se confundia com desejo e tristeza. Ambos muito profundos... Acho que foi aquele olhar que me prendeu a noite toda...
- Pena você não ter outra chance de pedir-lhe explicações, ou algo assim. – Bill surgiu ao nosso lado, opinando.
- Nem me fale. Mas, eu continuo inteiro e pronto para minha vida normal. Não vou morrer por causa da uma mulher mal-definida – sorri com bom humor.
- Isso ai velho Tom! – Hagen bateu em meu ombro.
- Você quem sabe. – Bill respondeu. – O batera estava com um mau humor horrível hoje! Que será que sucedeu? – arqueou uma sobrancelha.
- O Wolfgang nasceu emburrado. Quando o médico o tirou da barriga de sua mãe, ele berrou porque se meteram em sua vida.
- HAHA! ‘Por que fizeram isso? Eu conseguia sozinho’, ele diria se crianças nascessem falando. – Georg completou.
Estávamos rindo copiosamente, cheios de graça.
- Contudo, no caso de Gustav, até hoje ele não fala. – Bill soltou.
Hagen contorcia-se rindo, enquanto eu batia com uma mão na lataria do carro e com a outra segurava minha barriga, que parecia um triturador de tanto que tremia.
Pobre Gustav, se estivesse ali nós estaríamos mortos.
- Eu estou realmente muito a fim de chegar em casa e tomar um belo de um banho bem quente – meu irmão abriu um sorriso de orelha à orelha, fechando os olhos lacrimejados. Concordei com um meneio de cabeça.
- Então até a próxima. – Georg despediu-se de nós.
- Você vai voltar pra Magdeburg? – gritei quando ele já estava se afastando de costas.
- Não. Gustav e eu estamos ‘tomando conta’ do estúdio, por esses dias. Sabe como é, nós viajamos demais... O estúdio é o melhor lugar para se ficar quando não se tem uma casa. – pensou alguns instantes, logo voltou a falar com brilho nos olhos – e se eu construísse uma casa aqui? Talvez pudesse trazer minha namorada comigo... Sinto muito a falta dela – choramingou.
- E o que tem de errado em trazê-la para o estúdio? - Bill indagou.
- Está louco? Minha donzela merece conforto. – Georg brincou.
- Você tem medo é de quebrar alguma coisa numa noite selvagem ai dentro – zombei, levando um soco no peito de corretivo.
- Não fale dela! – Georg bufou, para logo em seguida se afastar novamente entre gargalhadas.
- Vamos logo antes que acabemos num hospital... – Bill afastou-se.
- Mande lembranças a sua donzela gostosa – Provoquei o baixista, já de dentro do carro.
- O mesmo para a sua empresária peituda – Georg correu, tropeçando nos degraus, quase batendo a cara na porta de tanto rir.
- Engraçadinho. – exclamei entre dentes; meio rindo, meio zangado, dei a ré e sai dali, seguindo o carro de meu irmão.

Chegando em casa, a primeira coisa que fiz foi cair no sofá. Meu cansaço era tanto que o móvel poderia estar em chamas que eu continuaria ali.
- Tom! – só senti a almofada no nariz.
- Que foi? – perguntei, sem coragem de tirar o objeto do rosto.
- Parece que morreu. – Bill comentou, enterrando sua bunda magra na poltrona à minha frente.
- Hoje estou esgotado. Só o que quero é dormir... Muito profundamente! – murmurei.
- Estou vendo. – apertou os lábios.
Espiei-o por sob a almofada, e ri com sua expressão preocupada; mas logo tudo foi perdendo nitidez, o mundo foi caindo no esquecimento e a escuridão veio me visitar.
Levantei num salto, com meu celular tocando e vibrando no meu bolso.
- Merda – bufei, coçando os olhos.
Peguei meu aparelho e logo meu humor melhorou drasticamente. Aceitei a chamada, colando o celular na orelha.
- Oi, Kya. – estiquei as palavras com a voz sedutora.
- Oh, Tom! Que bom que atendeu. – ela respondeu com um risinho.
Como eu fiquei quieto, ela começou a explicar sua ligação:
- Estou sozinha essa noite, sem nenhum programa... Todos me abandonaram. Então pensei em você...
- Não precisa nem terminar de falar. Vou tomar um banho e já apareço na sua casa – respondi, entusiasmado com a idéia de uma noite ao lado dela, com todas suas curvas e cabelos negros.
- Uhh. Estarei te esperando. – desligou após um beijo estalado.
Joguei o celular no sofá, esfregando as mãos.
- Muito cansado... “Só quero dormir”– Bill brincou, imitando minha fala.
- Sabe como é... Pedidos assim não se recusam. – arqueei as sobrancelhas.
- Por enquanto, maninho... Por enquanto. – murmurou, sorrindo.
- Você não sabe de nada – rolei os olhos. Peguei a almofada que minutos atrás estavam em meu rosto e atirei no mais novo, esquivando-me de seu ataque próximo.

-------------------------------

Um beijo pra Keyla que me deixou usar o nome dela numa vadia UHAIUDHAISUGDAIDGISAUGD
até mais ;*

SUIDGHSAIDUJIADGIUADHAOIUDBN
EU SOU A VADIA ! õ/
tudo para poder curtir uma noite com o Tom, MUAHAHAHAHHA
eu gosto taaanto desse capítulo, sabe *O*
KAPOSPASKAPOSKPS
e a noite com o Tom foi ótima... corte-se de inveja, Patricia Back
AAAAAH... mas a verdade é que eu a-do-ra-ria que a bunda magra do BillK estivesse enterrada na minha cama .-.
bem, na próxima ele não me escapa, hm


continua Pattyzok *-*

Awnn Pat, adorei o capítulo!
Não sei porque, mas eu suspeito que essa Samantha esconda algo muito grave que aconteceu no passado dela, e é exatamente por isso que ela é amargurada dessa maneira. Mas sei lá né, isso é só o que eu penso
E tadinho do Gusti, como é zoado por eles! Mas também, não saber o que é o Brasil é foda HUAHSUAHSUAHS'
Preciso dizer que quero mais? Acho que não, né?!

pobre do gustav HUSHUHSUHSH
tom na mexe com georg que ele é perigo ehm ;p
iiiixii to sentindo qe o tom vai se ferra de novo ainda mais aqui em BR
(que o gustav nem sabia onde era, pra variar) , é sempre aqui que as bosta acontece entao tom se prepare pra mais uma
maaaaaaaaaaaaaaaaaaais patty !

BillaBizarre escreveu:

Awnn Pat, adorei o capítulo!
Não sei porque, mas eu suspeito que essa Samantha esconda algo muito grave que aconteceu no passado dela, e é exatamente por isso que ela é amargurada dessa maneira. Mas sei lá né, isso é só o que eu penso
E tadinho do Gusti, como é zoado por eles! Mas também, não saber o que é o Brasil é foda HUAHSUAHSUAHS'
Preciso dizer que quero mais? Acho que não, né?!

KKKKK eu ri muito com esse capítulo. Assim como a Billa, eu também creio que alguma coisa bem tensa aconteceu no passado da Sam :\ Mas aaaaaa, continue logo porquê eu quero ter certeza! DDD:
Continua logo Patty, to ansiosa pra saber qual o problema dessa Samantha, haha D:

BillaBizarre escreveu:

Awnn Pat, adorei o capítulo!
Não sei porque, mas eu suspeito que essa Samantha esconda algo muito grave que aconteceu no passado dela, e é exatamente por isso que ela é amargurada dessa maneira. Mas sei lá né, isso é só o que eu penso
E tadinho do Gusti, como é zoado por eles! Mas também, não saber o que é o Brasil é foda HUAHSUAHSUAHS'
Preciso dizer que quero mais? Acho que não, né?!

+1 falou tudo Billa *-*

BillaBizarre escreveu:

Awnn Pat, adorei o capítulo!
Não sei porque, mas eu suspeito que essa Samantha esconda algo muito grave que aconteceu no passado dela, e é exatamente por isso que ela é amargurada dessa maneira. Mas sei lá né, isso é só o que eu penso
E tadinho do Gusti, como é zoado por eles! Mas também, não saber o que é o Brasil é foda HUAHSUAHSUAHS'
Preciso dizer que quero mais? Acho que não, né?!

Odeio ficar curiosa ÇÇ

Ela é carente e tem medo de se envolver.
Isso sim!

Posta viu, Paty? Se não eu vou lá no teu forms,ficar enchendo teu saco...hahahah

Citação :

- O Wolfgang nasceu emburrado. Quando o médico o tirou da barriga de sua mãe, ele berrou porque se meteram em sua vida.

SÓ EU QUE FUI A ANORMAL QUE DEI ATAQUE COM ESSA FRASE?! [AAA]
E é, sou a milésima pessoa que concorda que tem algo muito podre no passado da senhorita Samantha, e para descobrir, só se a dona Patty postar né? ENTÃO ANDA LOGO U_Ú

Janaah. escreveu:

Citação :

- O Wolfgang nasceu emburrado. Quando o médico o tirou da barriga de sua mãe, ele berrou porque se meteram em sua vida.

SÓ EU QUE FUI A ANORMAL QUE DEI ATAQUE COM ESSA FRASE?! [AAA]

Não, eu também sofri HUASHUAHSUAHSUA'


Pat, fic cadê??! D:

AOSHAOSH caalma gente, quanta impaciência!
ah, e uma coisinha... não esperem demais da Samantha, é só o que digo rs

BillaBizarre escreveu:

Awnn Pat, adorei o capítulo!
Não sei porque, mas eu suspeito que essa Samantha esconda algo muito grave que aconteceu no passado dela, e é exatamente por isso que ela é amargurada dessa maneira. Mas sei lá né, isso é só o que eu penso
E tadinho do Gusti, como é zoado por eles! Mas também, não saber o que é o Brasil é foda HUAHSUAHSUAHS'
Preciso dizer que quero mais? Acho que não, né?!

é.
-
OI, TEM ALGUÉM AI?
é, pois é... EU TO BATENDO PRA PEDIR FIC, MORÔ?

Analice tá ansiosa, e quando Analice fica ansiosa ela faz coisas... ela faz coisas muito, muito estranhas...

FICTION RIGHT NOW, ENTENDEU?!
-
RÁ PATTY
agora, usarei seus comentários contra você mesma
EIAUHEIAUHEIAUHE
impaciência nada, tu que anda muito calma pra postar a fic ;P
e como não esperar muito da Sam? nem vem Patty, a Sam é f*dona o que essa cabecinha está tramando ai, hein? HEIN?
prossiga logo :*

AEE PATEEE, ONDE ESTÁ TUA FIC MUIÉ?

OOOOOOOOOOE Patty, olha só quem chegou \õ/
agora que cá estou, você beeeeem que poderia postar a fic, não seria uma boa? SIM. kkk
amei esses caps. eu fico com mais dó do tomzinho a cada cap. que se passa ;/ é extremamente doloroso ver com o orgulho ferido [meio emo isso] rs enfim. CONTINUA E RÁPIDO u_ú

Oh my gosh. Tom tá alucinado com a garota. quero mais.

aee consegui acompanhar UAHUHAHUAHU
to adorando, patty
continua ai (:

Olha, vou postar logo porque... as pessoas são pidonas demais. aff/
não
HAHAHAHAHHAHAHAHAHA
brinks, adoro os comentários e a insistência, sem eles eu nem postaria né S2

Aaaaaah Patty, adorei *-*
Tadinho do Tom, ele não merece sofrer tanto D:
Mas agora, CONTINUA, porque eu estou DOIDA pra saber o que vai acontecer *-*

Nossa tah dando dó mesmo do tom =/
Não entra em depressão naooo viu!?
aah se georg nao estivesse ali, aquela sala ia ser um tédio total UHSHUSHUHUS
continuuuuua patty xD

Aaaah, não to com dó do Tom não sl, curto um sofrimento hahaha N
Mas enfim, quero o próximo capítulo o mais rápido possível hihi
Beijinhos

HEUEHUEHUEHUEH adorei esse capítulo. Hagen sempre aparece para salvar o dia .qq
E olha, confesso que eu tabém to muito afim de receber notícias sobre a Sam. Pincipalmente se ela vai ceder aos encantos do sexgott e voltar para seus ~musculosos~ braços AHUEHAUHEU

Vamos, continue Patty, Jetz!

sofre queridinho
você faz garotas sofrerem o tempo todo... é legal você provar do próprio veneno
u_u
Tom, você foi tão bom ao pegar as latinhas, que tem créditos no céu, ok
AIUSHIAUSHIUAHS

continua Pattyzão
e LOGO

detesto esse capítulo, mesmo LI4HDSAODASGD
só vou postar porque uma tal de Keyla NÃO PARA DE ME ENCHER O SACO pra andar logo com isso aqui, então... ahm....
é, as coisas acontecem rápido aqui. Porque quando eu escrevi, estava com medo de a inspiração acabar e eu não conseguir concluir... e eu queria muito concluir... então eu nem enrolei.
HAHAH ok, desculpem por isso e.. ahm... pulem esse capítulo ;*



‘O que é isso?’

Cerca de um mês depois, minha vida não sofreu muitas alterações. Continuo o mesmo Tom Kaulitz de sempre; seguro de mim e claro, um paquerador de primeira.
Admito que nos primeiros dias isso foi estranho... Uma mulher que conseguiu mexer com meu orgulho, depois ir embora como se nem soubesse quem eu era ou soubesse o que tínhamos passado... Geralmente quem se faz de desentendido sou eu, mas com ela foi diferente.
Porém, isso não durou muito tempo. Logo eu continuei saindo com outras garotas, e voltando, aos poucos, a acreditar que as mulheres morriam por mim.

Contudo, nesse exato momento é como se o mundo tivesse virado de ponta cabeça.

Estava voltando do estúdio, com o dia ainda claro, dirigindo por vias desconhecidas, em busca de distração antes de chegar em casa. Estaquei no meio fio, observando a movimentação numa casinha charmosa daquela rua quase desabitada; Não obstante, algo em especial me chamou a atenção. Aquele rosto conhecido, aquela postura rígida e aristocrática, compensadas por olhos encantadores, porém frios.

Era ela. Só podia ser.

Mas que diabos ela está fazendo aqui?! E... De mudança? Cocei a cabeça, pensativo.
Estava tudo correndo tão bem... Já até havia, parcialmente, esquecido-a.

Não gosto dela, disso eu tenho certeza. Mas há algo estranho entre nós; uma conexão que não sei explicar. Aposto que ela sente o mesmo, apesar de não admitir.

Dei um pulo quando alguém bateu no vidro do carro.
Olhei para o lado esquerdo com o coração aos saltos, com uma ponta de decepção ao constatar que não era quem eu gostaria que fosse.
Abaixei o vidro, estremecendo com o ar frio que entrou.
- Deseja algo, rapaz? – o homem perguntou.
- Não. – respondi, arqueando a sobrancelha.
- É que está parado ai há tanto tempo que imaginei que precisasse de ajuda. – explicou.
- Ah... – murmurei, constrangido.
- Tudo bem, então. Adeus! – virou-se na direção da casinha que eu tanto observava.
- Espere! – chamei-o. Quando ele voltou-se, perguntei: - Que há nessa casa?
- A moça de sobretudo preto está de mudança. Sou o motorista do caminhão – encostou o braço na janela do meu carro – mas já estamos acabando. Mais alguns móveis e trabalho feito.
- Hum – olhei para seu braço, julgando a ação do homem estranha – Sabe o nome da moça? – arrisquei. Talvez não fosse ela, e sim alguém muito parecida.
- Acho que... Samantha. É, deve ser isso. O sobrenome já não lembro... – perscrutou-me com o olhar.
- AH! – exclamei em choque. – E há mais alguém em sua companhia? – procurei esconder o brilho nos olhos.
- Não até onde sei... – ficou mais desconfiado ainda. – Por que do tamanho interesse?
- Ahm, nada. É que ela me pareceu familiar. – sorri amarelo.
- Certo, certo. Agora moço, já vou indo. – despediu-se, e, sem esperar meu adeus correu até o caminhão.
Ótimo. Bom saber que ela está de volta.
Dei partida, ganhando novamente as estradas; e com um pensamento fixo na mente: eu voltaria ali.
E Samantha que se preparasse para nosso reencontro.
Meus lábios se repuxaram num sorriso malicioso.


Mal pisei em casa e Bill já começou a ralhar.
- Onde estava esse tempo todo? – indagou.
- Dirigindo por ai... – abafei o riso.
- Você disse que viria direto pra casa! E não atendia o celular...
- Calma! – arregalei os olhos, gesticulando com as mãos.
- Fiquei preocupado. Nós não passamos despercebidos, e você sabe. – respirou mais calmo.
- Sim... – concordei com pesar. Lembrei-me da novidade, e fui logo contando: - Bill, advinha quem está na cidade?!
- Humm... Não faço idéia – disse desanimado.
- Samantha. Ah eu não acreditei, quase sai do carro pra ver se não era miragem.
- O que ela está fazendo aqui? – Bill alterou-se.
- Pelo que eu percebi, ela está de mudança. – contei.
- Muito longe daqui? – Bill percebeu minha intenção pelo olhar.
- Um pouco... Ela mora num desses bairros mais desertos, há uns cinco ou seis quarteirões daqui. – expliquei.
- Ah. E vai levar uma torta de boas-vindas? – zombou de mim.
- Claro. De morango – ironizei.
- Delicia! – riu-se.
- Idiota – mostrei-lhe o dedo do meio. – Vou me arrumar porque, é sério, eu vou lá.
- Faça o que achar melhor...
- Não sei Bill. Eu não quero ir! Mas tem algo em mim que me impulsiona, me faz ter de ir! Não consigo explicar... – meus olhos arderam.
- Eu acho que você deve mesmo ir. – soqueou de leve meu ombro.
- Eu sei que se eu não for, vou ficar pensando no que teria acontecido a noite inteira – confessei.
- Não, você ficaria a noite inteira me incomodando – fuzilei-o com o olhar.
- Deixe-me ir, porque tenho que estar cheiroso – fingi cheirar as axilas.
Larguei meu irmão rindo na sala, correndo para o quarto.