Eu acho que esse é o capítulo mais pequeno da fic inteira, sério... rs
desculpem ai... :x
esse lance de orgulho é engraçado mesmo, né? UHAUEHUAEHUAHEUAHEUAHE'
hm... obrigado por lerem e... até o próximo o>
----------------------------------Capítulo 4 O que estou fazendo parado aqui como um idiota? Frustrado e olhando para os lados como se procurasse alguém, desliguei o carro e me deixei absorver pelos pensamentos...
Parecia tudo tão normal quando acordei. Então veio o meu irmão dizendo que não teríamos que fazer nada hoje, que o Jost havia ligado e dito que Samantha iria voltar outro dia. Ótimo, não queria me encontrar com ela, mesmo.
Então o que estou fazendo parado defronte ao hotel onde ela está hospedada?!
- Idiota! Idiota! – murmurei enquanto batia a cabeça no volante.
Preciso de tratamento psicológico, acho que estou ficando obsessivo.
Levantei a cabeça lentamente, e me deparei com ela saindo do hotel. O que é isso... Linda até com uma calça jeans e um moletom três vezes maior que seu corpo.
Preciso parar com isso. E o melhor modo é indo até lá e conversar com ela sobre o que está me incomodando. Sim, isso que vou fazer.
Procurei uma vaga para estacionar ali perto, sem perdê-la de vista. Desci do carro e corri em sua direção.
- Que surpresa – disse quando cheguei ao seu lado.
- Eu não acho – respondeu-me sem parar o passo, lançando olhares de esguelha com desdém.
- Como você consegue ser tão indiferente? Tão fria? – indaguei.
- Costumo ser assim quando algo não me interessa – retrucou.
- Como... Como assim? – Estaquei. Como ela não parasse, sugeri, apontando para um banco sob uma árvore: - Ali, vamos sentar e conversar.
- Tudo bem – aceitou, meneando a cabeça. – Pronto, aqui estamos. O que quer saber? – foi logo falando ao sentar.
- Porque você me deixou aquela manhã? – perguntei.
- HAHA! O que queria? Que eu te acordasse com um café da manhã na cama? – gargalhou.
- Não! – a cada minuto mais humilhado me sentia – Só gostaria de saber por que nem um recado você deixou.
- Porque o que tivemos não foi especial, foi apenas uma noite de prazer. Não é assim que acontece? Desculpe, não era minha intenção te magoar, mas eu não tinha planos de ficar e conversar contigo. Estou aqui a negócios e aquilo foi um deslize. – concluiu com frieza.
- E-Eu não entendo...
- Pois é querido. Nem todas as mulheres do mundo amam você. – por um lapso de tempo, pude ver uma mágoa profunda em seus olhos.
Fiquei paralisado, olhando intensamente para ela.
- Por que está me olhando assim? – inquiriu.
- Desculpe... – balbuciei.
- Tom, não leve a mal, mas eu não estou sentindo-me bem. – levantou-se depressa – até logo.
- Espere! Não vá – supliquei, segurando seus braços.
Fitou-me com os olhos arregalados.
- Eu posso gritar – ameaçou.
- Pode, mas não vai. – enfrentei-a; - pois eu sei que tanto quanto eu, você precisa dessa conversa.
- Como ousa... – apertou os olhos, sentindo-se recuada.
Aumentei a tensão em seu braço, puxando-a de volta ao banco, fazendo-a sentar-se ao meu lado; de modo que pudéssemos conversar mais intimamente.
- Eu sei que nós mal nos conhecemos... Quero dizer, nós nem nos conhecemos! A única coisa que sei de ti é que está aqui no país a trabalho; e que desde o momento em que te vi sentada naquele balcão, na boate, a única coisa que faço é pensar em você.
- Isso me soou romântico demais – reclamou.
- Por favor, estou falando sério.
- Eu também. Não acredito que você esteja apaixonado por mim. Essas coisas não acontecem.
- Não estou dizendo que me apaixonei por você. Só o que sei é que, apesar do pouco tempo, não consigo parar de te querer. – confessei.
- Muito esclarecedor... – rolou os olhos.
- Tudo bem. Já disse o que queria dizer. Se você não se importa, eu tampouco! – exclamei, levantando-me.
- Como quiser. – respondeu.
- AH, mas que droga! – gritei. – Podemos ser amigos, ao menos? – insisti. Seja lá o que aconteceu comigo, não estou gostando nada.
- Não gosto de amigos. É verdade.
Olhei-a, incrédulo.
- Como você vive tão só? – sentei-me novamente, interessado no rumo que a conversa cursava.
- Vivendo, horas! As pessoas não deviam criar laços... Eles sempre acabam destruídos no final, seja qual for a maneira, e isso machuca. – explicou; - para que se machucar, se podemos evitar a dor? – concluiu.
- Não... Nunca... Confesso que nunca conheci alguém como você – disse abruptamente.
- Irei encarar isso como um elogio – sorriu. E pela primeira vez, foi verdadeiro. Não havia sinais de ironia naquele gesto tão simples.
- Não gosto quando me encara assim.
- Foi mal. É que você me encanta... – lembrei-me da conversa que tive com meu irmão, e quis me enforcar na estupidez.
- Acho que já ultrapassamos limites demais. – comentou de supetão, erguendo-se sem demoras e regressando ao hotel.
Corri para alcançá-la. Andamos em total silêncio, e separamo-nos sem mais delongas.