eu realmente não acho graça nessa fic... ela não tem um "conteúdo envolvente". ela é mistura de nada com porra nenhuma, HAHHA, sério, não sei como vocês ainda estão aqui lendo ._.
enfim, vou postar logo ... haha
vai acabando a fic e eu vou ficando sem saber o que comentar.... whatever, aproveitem (y)
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Capítulo 19 Parei defronte ao bar pouco movimentado, olhando ao redor na procura de uma vaga. Senti um cutucão no braço e me virei imediatamente para Samantha que estava apontando para um espaço vago a direita do estabelecimento.
- Obrigado. – Agradeci.
Mal desliguei o motor do carro, e Samantha já estava fora dele. Sai às presas, acionando o alarme enquanto alcançava aquela mulher tão estranha, e que de uma maneira mais estranha ainda, mexia comigo.
Um pequeno sino posto acima da porta anunciou nossa entrada. Olhei discretamente para o ambiente, certificando-me de que não estava sendo reconhecido.
Toquei o braço de Samantha, esperando que ela olhasse para mim; quando ela o fez, apontei com o queixo uma mesa vazia no canto do bar. Ela concordou com um meneio de cabeça, então andamos até aquele lugar reservado.
Pouco tempo depois uma garçonete veio nos atender com um sorriso nos lábios.
- Desejam comer alguma coisa? Beber?... – perguntou.
Como eu havia acabado de jantar, não estava com fome, e imaginei que o mesmo acontecesse com Samantha.
- Um café bem forte, por favor. – Pedi.
- O mesmo para mim. – Samantha disse quando a mulher olhou para ela.
- Já trago os seus pedidos. – A garçonete avisou num tom simpático, virando-se com o mesmo sorriso costumeiro nos lábios.
Ajeitei-me na cadeira, esticando os braços até a mesa, de modo a ficar batucando com os dedos na madeira. Eu estava ansioso, e conseguia imaginar o porquê.
Nessa noite eu desejava contar a Samantha que dali algumas semanas eu me mudaria para Los Angeles, mas que queria de todas as maneiras manter contato com ela. Só que eu simplesmente não conseguia dizer-lhe isso.
Novamente mudei minha posição, agora me escorando pelos cotovelos no tampo da mesa, apoiando meu queixo em minhas mãos entrelaçadas. Quando olhei para minha frente, reparei que Samantha estava me observando com uma sobrancelha arqueada, como quem pergunta algo.
- Você está tão inquieto... – ao invés de uma pergunta, ela fez um comentário.
- É que eu...
- Aqui estão seus cafés. Desejam mais alguma coisa? – agradeci internamente à garçonete pelo fato de ter interrompido meu momento de titubeação.
- Não, obrigada. – Samantha respondeu.
- E o senhor...? – fitou-me prestativa.
- Também não quero mais nada, obrigado. – sorri amarelo, numa tentativa de ser simpático.
A mulher aquiesceu com a cabeça, e foi atender outras mesas.
Beberiquei meu café, sem realmente sentir seu sabor ou quentura. Mirei Samantha diretamente nos olhos, tendo a certeza de que algo estava acontecendo com ela do mesmo modo que estava acontecendo comigo. Ambos estávamos escondendo algo.
De repente senti-me mal... Um mal estar tão forte que se tornou físico.
- Vou ao banheiro. – levantei-me de súbito.
- O que houve? – inquiriu-me; pude notar certa preocupação em sua voz.
Balancei a cabeça, rindo de meu pensamento ingênuo. Samantha Voslt não se preocupa com nada e ninguém além dela mesma.
- Eu só preciso ir ao banheiro. – respondi perto de seu rosto. – Volto já...
Caminhei apressadamente até a porta do banheiro masculino, quase esbarrando num homem que estava saindo de lá. Sorri amarelo para ele antes de adentrar o banheiro.
Um cheiro tremendamente forte de urina impregnava o local, eu mal conseguia respirar; não agüentaria muito tempo ali. Talvez só o tempo de tomar coragem para encarar Samantha nos olhos e contar-lhe logo aquela coisa tão sem importância, porém que estava pesando toneladas.
Escorei-me no balcão da pia, levantando a cabeça para fitar meu reflexo no espelho. Minha vontade era de socar-me até sangrar, para ver se essa impotência ia embora de vez.
Abri a torneira, pondo as mãos em formato de concha debaixo dela, de modo a enchê-las de água. Inclinei um pouco meu corpo para baixo, e então banhei meu rosto. Repeti o movimento três vezes, até sentir que o mal estar estava cedendo. Seguei-me com dúzias de papel toalha, ignorando completamente o pedido de só utilizar duas folhas.
Agora me sentia melhor, e se não saísse daquele ambiente fedido o quanto antes, meu mal estar voltaria. Andei com passes firmes até a porta, abrindo a mesma sem titubear; continuei andando reto na direção da mesa onde Samantha me esperava. Porém, algo fez com que eu desviasse o olhar dela, como uma força magnética, ou algo parecido. A duas mesas de distância, uma pessoa de aparência sinistra a encarava sem piscar, praticamente hipnotizado... Então o homem se levantou e caminhou apressado na direção de Samantha. Antes que eu conseguisse chegar até ela, ele a alcançou.
Senti meu coração apertar-se na mesma hora. Minhas pernas andaram o mais rápido que lhes era possível.
- Você é muito linda, princesa... – pude ouvir ao acercar-me dos dois.
- Não toque em mim! – Samantha volveu, ríspida, o que fez o homem gargalhar.
- Eu bem que gostaria, mas isso é impossível... Você é tão linda, tão macia... Que seria um crime não tocá-la... – provocou.
- Com licença, deixe-me sair daqui. – Samantha ergueu-se, porém o sujeito pôs-se à sua frente, impedindo que ela saísse.
- Acabei de chegar, e você já quer sair? Pois eu te digo uma coisa, você só sai daqui comigo! – ameaçou descaradamente.
Meu sangue ferveu naquela hora, fiquei cego de tanta raiva. Diminui os metros que me separavam daquele ser com passadas longas e firmes.
- Não ouviu a moça?! – gritei, pondo-me à frente de Samantha.
O homem mediu-me dos pés a cabeça, com os olhos arregalados. Provavelmente não imaginava que houvesse alguém disposto a lutar com ele por aquela mulher.
Pois eu estava.
- Saia daí seu magrelo! – apontou o dedo na minha cara.
- Tom, vamos embora... – Samantha pediu-me.
Segurando minha mão, esquivou-se pela lateral, puxando-me consigo.
Ao chegarmos à porta, olhei para trás, e o sujeito continuava nos fitando. Havia um brilho estranho em seu olhar, tentei entender o que era, porém não tive tempo, pois fui puxado para fora.
- Estúpido! – Samantha gritou.
- Eu sei... Se aquele homem...
- Não estou falando dele! Seu idiota, eu podia me defender sozinha! – brigou comigo.
Agora que eu estava ficando louco de vez mesmo.
- Eu só queria te defender... - grunhi.
- Vamos embora logo, não agüento mais esse dia horrível! – Samantha prensou a cabeça com as mãos, atordoada.
- Já vamos... Calma, nem paguei a conta! – comentei assustado.
- Eu deixei um valor sobre a mesa... Espero que seja o suficiente. – Ela disse, balançando uma das mãos com desprezo.
Abri a boca para concordar, entretanto minha voz não saiu. Nada tinha dado certo, e meu plano de contar-lhe sobre a mudança tinha ido por água abaixo.
Eu não tinha intenções de contar agora, nesse momento tão tenso. Eu sabia que Samantha nunca admitiria que ela estava apavorada, mas eu podia sentir isso. Podia ver nos seus olhos que ela temeu algo ruim... E... Eu estava confuso. Completamente confuso.
- Hey! Não pense em ir embora sem mim, princesa! – A voz grave daquele sujeito sobrepôs-se ao som do alarme sendo desativado de meu carro. Olhei para trás com o maxilar travado, percebendo sua aproximação.
- Samantha, entre no carro. – praticamente implorei.
- Tom, o que você vai fazer?! – Perguntou-me um decibel mais alto.
- Entre no carro, agora! – dessa vez eu ordenei.
- Tom, quem está precisando entrar primeiro aqui é você! – gritou, olhando diretamente para mim.
Eu já não estava agüentando mais, brigar com Samantha era a última coisa que eu queria fazer. Eu sentia que tudo estava saindo de controle, em especial minha paciência.
- Vem comigo meu amor, eu te levo pra casa... Pra minha casa! – A última gota d’água foi dita. Uma ira sem controle apoderou-se de todos os meus sentidos, eu estava vendo praticamente tudo em vermelho.
Foi então que corri aos passos firmes até aquele homem desprezível, desferindo-lhe um golpe no queixo.
Ele cambaleou, mas não chegou a cair. Acariciou o queixo, com um riso debochado nos lábios.
- Tom eu não suporto mais isso! VAMOS EMBORA AGORA, SEU IMBECÍL! – ouvi a voz irritada de Samantha, porém não conseguia sair de onde estava. Só conseguia observar os movimentos lentos e provocativos do homem à minha frente. Observando-o melhor, pude perceber que ele estava ligeiramente bêbado.
- Por que você se preocupa tanto em defender essa mulher?! Hãm?! Ela nem liga pra você, está ai te xingando... – seu sorriso abriu-se mais ainda. Respirei fundo, ele só estava tentando me provocar... – Deixe-a em minhas mãos, que eu sim sei tratar uma mulher como ela deve ser tratada! – umedeceu os lábios com a língua.
- Seu canalha! – parti novamente para cima dele, ignorando todos os protestos de Samantha, ignorando tudo, deixando apenas minha raiva me guiar.
Acertei-o novamente no rosto, contudo, dessa vez ele não demorou para se recuperar. Avançou em minha direção, acertando meu estômago com o punho fechado. Senti uma forte fisgada no local, e uma súbita ânsia sobrepôs-se à dor. Inclinei-me sobre meu corpo, tentando aplacar a sensação de ardência.
Quando percebi sua aproximação, esquivei-me rapidamente. Voltei minha atenção para seu corpo, logo desferindo um golpe em seu maxilar.
Assim que ele conseguiu manter-se firme em pé, encarou-me profundamente. Havia mais do que ódio em seu olhar. Como se eu tivesse ferido não só o seu físico, mas também o seu orgulho. De uma maneira estúpida, eu podia entender isso.
Ficamos bons segundos apenas ligados pelo contato visual, numa briga interna. Quando consegui desviar o olhar para meu Audi, percebi que Samantha não estava mais ali.
- Samantha?! – Gritei antes de receber outro golpe, só que dessa vez no lado esquerdo de meu rosto. Senti algo molhado escorrendo, toquei com a ponta dos dedos minha pele, percebendo que um filete de sangue estava saindo de meu lábio.
- Filho de uma puta! – tentei correr em sua direção, porém fui impedido por pessoas que eu não sabia de onde surgiram.
Focalizei meu parceiro de briga, e ele também estava sendo segurado. Levaram-no para longe, provavelmente era conhecido ali.
- Me soltem! – exigi, desvinculando-me daquelas pessoas.
Busquei Samantha com os olhos, mas não conseguia encontrá-la. Mal percebi que ela estava à minha frente.
- Seu estúpido! – estapeou minha face.
- Por que fez isso?! – perguntei com os olhos arregalados, tamanho era meu espanto.
- Porque você é o homem mais desprezível que eu conheço na face da terra! – replicou totalmente irada. Aquelas palavras machucaram-me mais do que qualquer dor física. Aquilo me machucou na alma. – Vamos embora, agora. E veja se dessa vez você me escuta!
Não consegui dizer nada, apenas segui até o carro, batendo a porta ao entrar.
- Mas que droga, o que eu fiz de errado? Como você pode me odiar tanto assim? – bati as mãos no volante.
- Não é você Tom. É o que você faz, é o jeito que você faz... Pra que tudo aquilo? Me diz, pra quê?! Pra provar que você é homem, que pode cuidar de mim?! Pois bem, eu não preciso disso. Eu não preciso e muito menos quero que alguém cuide de mim. Sempre fiz isso sozinha minha vida inteira... Eu... Estou esgotada! Só me leve pra casa! – a cada palavra que por ela era dita, mais uma sensação estranha de vazio se apoderava de mim.
Não havia mais nada que eu pudesse fazer, ou dizer. Eu estava diante de uma mulher completamente diferente de tudo que eu conhecia, e o que no começo foi divertido, agora se tornava um pesadelo. Eu estava completamente desesperado, com medo de perdê-la, e não mais achando excitante todo esse jogo.