VOLTEI GALERAAAA!
Faculdade estava assando meus neurônios, mas agora que está mais leve, eu vou conseguir postar mais rápido! (espero)
Desculpem-me MESMO a demora! Eu estava doida pra escrever, mas não tinha a mínima vontade =/
MAS ENFIM, fiquem com o capítulo 25
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XXV
DEAD
As aulas já haviam começado, e a matéria estava bem puxada; Como eu sabia que iria perder boa parte do conteúdo, estava fazendo o máximo que eu podia para não ficar tão atrasada em relação aos outros. Eu já estava de aproximadamente seis meses e meio, e minha barriga já era impossível de ser disfarçada. Porém, eu não me importava, pois todos sabiam do meu estado, e eu não tinha mais vergonha disso.
A vida de Martina também havia mudado; Além do trabalho, ela estava namorando o filho da dentista de que era secretária. Eu não me aprofundei em detalhes, mas sabia que se chamava Georg e era três anos mais velho que nós, tinha olhos verdes e cabelos longos e castanhos. Nunca o havia visto pessoalmente, mas por foto, parecia ser um belo rapaz.
Naquele dia, as horas demoravam a se passar, e pela terceira vez na mesma aula, eu recostei-me na cadeira, fechando os olhos e respirando fundo.
- Está tudo bem? – perguntou Martina, uma leve preocupação em seus olhos.
- Sim, está. – respondi com um leve sorriso. – Ele já está grande e está se arrumando, só isso.
- Já escolheu os nomes? – ela perguntou, os olhos brilhando.
- Talvez. – respondi, fazendo um pequeno suspense. – Mas você só saberá quando nascer.
Martina mostrou-me o dedo do meio, o que me fez rir – mais pela sua cara do que pelo seu gesto. Depois de mais algum tempo, o sinal finalmente soou o que fez os corredores da escola lotarem-se repentinamente. Eu arrumei meu material com calma e esperei que a maioria saísse, não estava afim de levar uma cotovelada.
Depois de alguns minutos parada na porta com Martina, saímos da sala e seguimos para o portão.
- Vai sair com Georg hoje? – perguntei.
- Não sei, talvez só sexta. – ela respondeu distraidamente, enquanto respondia um SMS do rapaz.
- Vocês formam um casal bonito. – sorri.
- Obrigada. – ela respondeu, ficando ligeiramente sem graça. – Você e o Bill também. Aliás, como ele está?
- Está bem, disse que ia vir me buscar hoje. – respondi, olhando para a aglomeração de carros ali fora. – Mas pelo jeito, ele ainda não chegou.
- É, parece que o Bill não está... – Martina começou, olhando um ponto fixo. – Mas o irmão dele sim.
Senti um frio percorrer meu corpo por dentro, e olhei na direção em que estavam seus olhos. Apoiado em um muro, do lado de fora da escola, ele me fitava cada centímetro; Senti-me desconfortável, e olhei para o outro lado.
- Acho que ele veio falar com você. – ela refletiu em voz alta.
- Eu não quero falar com ele! – minha voz foi quase um grito.
- Tarde demais. – ela disse, e bufou.
Olhei novamente para Tom, e desta vez, estava vindo ao meu encontro. Eu realmente não fazia ideia do que ele estava fazendo ali. Não estava namorando de novo?
- Melhor você falar com ele, só assim ele vai embora. – disse Martina.
- Eu vou. – disse, decidida. – É o único jeito, né.
Despedimos-nos rapidamente, e eu segui na direção do rapaz. Consegui chegar ao portão antes dele.
- O que você quer? – perguntei antes que ele pudesse falar qualquer coisa.
- Precisamos conversar. – ele disse.
Olhei ao redor, e concordei levemente com a cabeça. Senti alguns olhares sobre nós, mas não dei importância. Fomos para o muro onde ele estava encostado, pois além da sombra da árvore que ali havia, não tinha tantas pessoas.
- Pode falar. – disse assim que chegamos.
- Eu... Queria te pedir desculpas. – ele disse.
- O que você disse, Tom? – indaguei, não acreditando no que acabara de ouvir.
- Eu fui um cachorro com você, Sophie. – ele disse, gesticulando com as mãos. – Você não merecia isso.
Soltei uma exclamação, apertando os olhos.
- Agora que você se tocou disso?
- Eu estava assustado... Eu ainda estou na verdade. – ele começou. – Aconteceu tudo tão de repente, eu não soube direito o que fazer, e agi da forma que agi...
- Tom, chega. – disse, levantando a mão para que ele parasse. – Nada do que você disser agora vai mudar o que aconteceu. Não são meras palavras que me farão voltar correndo pros seus braços te chamando de “meu amor”. Você me machucou muito.
- Eu sei disso...!
- E sua namorada? Eu soube que você está namorando, cadê ela?
- Demos um tempo. – a voz dele fora mais baixa do que já estava.
- Foi ela que te mandou vir falar comigo? – perguntei.
Tom engolira em seco, e não respondeu minha pergunta. Expirei o ar lentamente, balançando a cabeça. Tom desviou o olhar de mim, suas bochechas ganhando um tom levemente avermelhado.
- Muito bem, Tom. Muito bem. – disse. – Eu devia saber que você nunca vai crescer, muito menos ganhar maturidade suficiente para encarar a realidade.
- Sophie, por favor...
- Para mim chega, Tom. – eu disse. – Você morreu pra mim. Eu não quero mais saber de você. Eu achei alguém que me ama e me dá valor da forma correta.
- Sophie...
- Algum problema?
Uma voz suave soou, enquanto dedos longos e delicados envolviam minha cintura. Virei a cabeça para Bill, e dei um sorriso.
- Nenhum, Bill. – respondi. – Estávamos apenas nos cumprimentando.
- Ótimo.
Bill mirava o irmão com certa raiva nos olhos. Tom o olhava da mesma maneira, e isso me deixou um pouco assustada; Se eles resolvessem se atracar naquele momento, eu não teria como separá-los. Então, decidi prevenir.
- Vamos, Bill? Acho que estou meio faminta.
- Claro. – ele me olhou, e a raiva em seus olhos desapareceu.
Colei meus lábios nos dele e em seguida olhei para Tom, que estava com as mãos fechadas em punhos, o ódio estampado em seu rosto.
- Até mais, Tom. – disse, virei de costas e segui com Bill a caminho de seu carro.
E então eu percebera que Tom não conseguira me balançar desta vez. Se fosse algum tempo atrás, talvez eu até aceitaria suas desculpas, talvez até mesmo voltaria com ele. Mas agora, eu estava convicta de que a pessoa que realmente merecia meu amor era Bill, pois desde antes mesmo disso tudo começar, ele estava ali ao meu lado – só eu não havia me dado conta disso.
"Nós nunca estávamos vivos, e nós não nasceremos de novo
Mas eu nunca sobreviverei com memórias mortas em meu coração
Memórias mortas em meus braços"
(Slipknot - Dead Memories)
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Eu achei esse final uma merda, mas não tive paciência pra pensar e escrever um melhor