Nossa, quanta gente
Obrigada, haha ^^
Bom, essa ideia foi muito instantânea e eu já comecei a escrever.
E sim, terá muitas reviravoltas, haha xD
E Debs, relaxa, ninguém morrerá aqui, haha
Então, fiquem com o primeiro capítulo
__________________________________________________
I
POSITIVE
Mais um período de aula havia acabado, e o clima úmido me deixava um tanto deprimida. A primavera se despedia com leves chuvas contínuas, me fazendo lembrar que as provas finais se aproximavam. Por um lado, isso era ótimo. Porém, por outro, eu não estava tão animada. Motivo? Tom Kaulitz.
Éramos namorados há quase um ano, mesmo com más línguas dizendo que ele não era o cara certo para mim ou até mesmo que ele havia outras. Eu não dava ouvidos, e preferia seguir meu coração; Eu o amava de verdade, e sentia que era correspondida. Por isso, não me preocupava tanto – mesmo que seu passado o condenasse por completo, eu acreditava que ele havia mudado.
Perdida em pensamentos, não me dei conta que minha parada estava próxima; Levantei do banco do ônibus que estava e dei o sinal. Assim que o mesmo parou, desci, e me senti um pouco tonta. Havia me movido muito rapidamente, e devia ser este o motivo. Aliás, uma viagem de ônibus nunca havia enjoado tanto meu estômago como esta. Ignorei tudo o que estava sentindo, respirei fundo e rumei para casa.
Não era um caminho muito longo, mas foi o suficiente para que meus cabelos ficassem úmidos e rebeldes. Entrei em casa, deixei minha mochila em meu quarto e segui para o banheiro tomar um banho. A água morna me fez relaxar, foi uma sensação boa. Aproveitei o máximo de tempo debaixo do chuveiro, e saí quando percebi que meus dedos começavam a enrugar.
Sequei um pouco meus cabelos, deixando-os levemente úmidos, enrolei-me na toalha e voltei para meu quarto. Estava escolhendo a melhor roupa para colocar quando algo me chamou a atenção.
Peguei o pequeno calendário que havia em minha cômoda, e contei os dias. Minha menstruação estava atrasada quase dois meses. Um frio percorreu meu corpo por dentro, e alisei o rosto. Senti que comecei a tremer, mas respirei fundo e tentei me acalmar. Eu e Tom havíamos transado poucas vezes, e ele me disse que havia usado camisinha.
- Não deve ser nada. – disse a mim mesma, tentando fazer com que isso me acalmasse. – É normal atrasar às vezes... É, não deve ser nada.
Peguei uma roupa qualquer e vesti, deitando-me na cama logo após. Porém, essa dúvida ainda martelava em minha mente, e eu tinha que desabafar com alguém. Peguei meu celular e disquei o número que sabia decorado.
- Alô? – a voz atendeu do outro lado da linha.
- Martina? – perguntei, tentando ocultar a preocupação de minha voz, mesmo que fosse inútil; Martina e eu nos conhecíamos desde os quatro anos, éramos melhores amigas e ela sempre sabia quando eu estava bem ou não, sem que eu precisasse dizer qualquer coisa.
- Sophie? Está tudo bem? – ela perguntou. Não disse que seria inútil?
- Na verdade, não muito. A gente pode se encontrar... Agora?
- Dois meses atrasada e você tem a coragem de me dizer que é normal?! – Martina me repreendeu, largando a colher no seu pote de sorvete.
- Não são dois meses. – corrigi. – São quase dois meses.
- Grande diferença! Você sabe que a sua menstruação não é desregulada!
- Shhh... – percebi que algumas pessoas ali começavam a olhar para nós.
- Desculpe. – ela se acalmou, sorrindo para uma mulher que nos olhava com censura nos olhos. Martina se aproximou mais de mim, e me puxou para frente. – Você vai fazer um teste, e vai ser agora!
- Você só pode estar louca! Minha mãe me mataria se encontrasse um teste de gravidez em casa!
- E quem disse que é na sua casa que você vai fazer? – ela perguntou, dando uma colherada no meu sorvete. – Você vai fazer isso na minha casa, para eu ter certeza de que você realmente fez.
- Ok. - bufei, derrotada. Martina sabia que eu era teimosa, e me pressionava o máximo.
Terminamos rapidamente nosso sorvete, passamos em uma farmácia e compramos um teste. Vimos a cara da vendedora quando lhe entregamos a pequena caixa rosa, porém, ignoramos – ou ao menos, tentamos. Seguimos para a casa de Martina, e depois de ela fazer-me beber dois copos d’água, finalmente fiz o teste, enquanto ela esperava do lado da porta do banheiro.
- E então? – ela me perguntou, ansiosa.
- Não deu ainda. – respondi, enquanto chacoalhava o pequeno objeto branco.
Martina puxou o teste de minhas mãos, e olhou. Observamos quando um pequeno sinal vermelho começava aparecer, e quando finalmente apareceu, nos entreolhamos. Não sabia dizer se a cara dela estava pior que a minha.
- Positivo. – ela balbuciou.
- Isso deve estar errado. – gaguejei. – Nós usamos camisinha, ele me disse!
- Sophie, acorda, é o Tom!
- Não me diga que você também vai começar com isso?!
- Começar com o que? Todos sabem que ele não é flor que se cheire, inclusive você!
- Martina...
- Tá, desculpe. – ela esfregou o rosto e respirou fundo.
Ficamos alguns minutos olhando para aquele sinal em silêncio. Martina abrira a boca diversas vezes para falar, porém, como nada saía, ela fechava novamente. Sentei-me numa cadeira, desolada.
- Ele não vai ficar sabendo. – disse, olhando para o nada.
- Ah, ele vai sim. Ele precisa saber disso. Ele é o pai, tem todo direito.
- Mas...
- Mas nada, Sophie. Você vai contar isso para ele o mais rápido possível, se não quiser perder minha amizade. Promete?
Olhei nos olhos de Martina, e vi que ela não estava blefando. Derrotada pela segunda vez no mesmo dia, concordei com a cabeça.
Eu estava grávida de Tom Kaulitz, o garanhão da escola, aquele que todas queriam. Isso não seria nada fácil para mim, eu tinha certeza disso. E para completar, não sabia se Tom aceitaria essa bela novidade que eu tinha para lhe contar.
"Uma luz irá brilhar
Quando ninguém puder te salvar"
(Mark Hoppus - In Transit (Feat. Pete Wentz))
------------------------------
É, eu não abandonei minha tradição dos trechos de músicas no fim dos capítulos xD
O primeiro capítulo pode não estar tão bom, mas vai melhorar.
Ou pelo menos tento, hahaha xD