Assunto: Heaven's Postman Ter Nov 15, 2011 6:00 pm
Autor: Eu \o/ Classificação: por sua conta e risco Gênero: Vários.
Teaser:
Uma vida perdida nos limites da mente, do tempo e do espaço. Um trabalho nada convencional ofuscava a verdade sobre tudo ao seu redor. Apesar de tudo ser extremamente intrigante, a resposta estava em algo que ele nunca havia tido antes.
Prólogo
A fina garoa caia na cidade, desconfortável o moreno se remexeu na poltrona estofada do ônibus tentando de melhor forma se acomodar. Já havia algumas horas que estava ali... há caminho novamente do mesmo lugar. Ainda remexendo-se sob o assento, sentiu algo em seu casaco, logo levou uma de suas mãos até o bolso interior e retirou de lá um papel dobrado. Era outro envelope. Mais uma carta. Será que elas não poderiam acabar um dia? Há quanto tempo eu estou aqui? Eu uqero voltar ao principio! Haveria um ponto de partida para tudo isso? Porque nada faz sentido? – indagou consigo mesmo - embora soubesse que não tinha uma resposta para ambas as perguntas - enquanto analisava o envelope colorido. A letra torta e parcialmente caprichada lembrava a de uma criança se empenhando em ter a letra mais bonita para que sua mãe ficasse contente. Sem muito cuidado deslizou um dos dedos pela lateral rasgando-a. O papel estava dobrado ao contrário, revelando ser um papel de carta de ursinhos. O jovem sorriu internamente enquanto o desdobrava.
Querido papai, eu não sei ainda como escrever uma carta, mas a mamãe está me ajudando nisso. Eu sei que o senhor se foi há pouco tempo, mas quero que saiba que sinto muito a sua falta. Sabe, eu já sou grandinho, já estou na escola e aprendo rápido como o senhor disse que seria. Estou preocupado com a mamãe, ela sente muito a sua falta e fica meio inconsolável quando eu pergunto algo a seu respeito. Por favor, de onde estiver, reze para que ela fique bem, eu a amo muito também.
Espero que um dia o senhor possa voltar, de alguma forma.
Eu te amo papai! E então, posto? Alguém se habilita a acompanhar?
Madu.Listing Fã
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Assunto: Re: Heaven's Postman Ter Nov 15, 2011 6:39 pm
Posta,claro =) Fiquei curiosa Ally! Vai vai vai U_U' POSTA LOGO!
daniele cristina Fã
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Assunto: Re: Heaven's Postman Ter Nov 15, 2011 6:45 pm
Eu me habilito sim!!!!
Amy Kaulitz- Fã
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Assunto: Re: Heaven's Postman Ter Nov 15, 2011 7:08 pm
Ah, que lindo Posta sim, flor.
Allyria Fã
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Assunto: Re: Heaven's Postman Ter Nov 15, 2011 9:15 pm
ô mais que raios de pergunta é essa? Já devia ter postado criatura ¬¬
Liz Kitsune Fã
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Assunto: Re: Heaven's Postman Ter Nov 15, 2011 9:35 pm
Lady Dark escreveu:
ô mais que raios de pergunta é essa? Já devia ter postado criatura ¬¬
Yeah
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Assunto: Re: Heaven's Postman Qua Nov 16, 2011 9:10 am
Fazer o que né? Tem que ler kkkk' Posta! E posta rápido!
Yuky Fã
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Assunto: Re: Heaven's Postman Qua Nov 16, 2011 6:58 pm
E como sempre você me mata de curiosidade. Posta logo Ally
Miilena Big Fã
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Assunto: Re: Heaven's Postman Qui Nov 17, 2011 12:15 am
Opa, eu leio
+Raven+ Fã
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Assunto: Re: Heaven's Postman Dom Nov 20, 2011 1:31 pm
Já devia ter postado ¬¬
Lady.Spooky Mega Fã
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Assunto: Re: Heaven's Postman Qua Nov 23, 2011 4:13 pm
Então né.....cadê?
daniele cristina Fã
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Assunto: Re: Heaven's Postman Qua Nov 23, 2011 8:23 pm
Lady.Spooky escreveu:
Então né.....cadê?
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Assunto: Re: Heaven's Postman Qui Nov 24, 2011 11:49 am
Hello girls, demorei? Bom este primeiro capitulo vocês não vão assimilar as coisas de imediato e não fiquem encucadas caso não entendam muita coisa, a intenção era essa mesmo xD. OBS: A música não tem nada a ver coma fic, é que eu escrevi este capitulo ouvindo ela, podem ter capítulos que isto aconteça também e pode ter músicas apenas instrumentais. De qualquer forma boa leitura^^ Música:
Spoiler:
Capitulo 1: The begin?
O vento se fazia forte em todo o leste. As ruas eram varridas pouco a pouco pelo vendaval que adentrou a cidade sem permissão. O céu escureceu rapidamente apagando aquele dia brilhante e de calor intenso, dando lugar a um céu opaco com fios de luzes reluzentes que o cortava em fração de segundos.
Ao longe uma silhueta magra se destacava com suas vestes brancas enquanto caminhava pelas ruas vazias e aparentemente cinza, vagando solitário. O olhar vácuo parecia procurar por algo conhecido, as mãos brancas e vazias estavam suplicantes de se agarrar a alguma coisa real. Ele duvidava do que podia ver. Pensava constantemente onde teria abandonado seu bom senso, teria o entregado e adotado o insano? Ele estaria mesmo insano, louco? Essas perguntas o castigavam da mesma forma que o calor a um corpo suplicante por água no deserto. Será que ele podia sentir algo? Ele poderia adornar seus braços em volta de algo e abraçá-lo? Com estes singelos gestos ele se sentiria feliz? Se sentiria vivo? Seria real?
Talvez tudo isso fosse loucura.
Talvez estivesse sendo castigado por sua mente obscura de novo.
O único sentimento sentido era dor, as infindáveis coisas em sua cabeça rodopiavam como um pião e terminavam entrelaçadas formando um nó cego de dúvidas. Questões estas que o atormentavam profundamente, fazendo-o perder sua essência enquanto amargava-lhe a vida. Ainda desesperado e sem ter para onde ir ele continuava tentando fugir. A sensação de ser observado causava-lhe um arrepio involuntário na espinha. Olhava para trás constantemente como se algo o seguisse e ele podia jurar que seguia. As roupas parcialmente umedecidas pelo suor, agora eram totalmente molhadas pela água de chuva que o ensopava na larga avenida rumo a lugar nenhum. Ele ainda persistia em sua fuga sem motivo, correndo do que ele não sabia, mas tinha certeza que estava ali. Há poucos metros de distancia. Podia sentir o hálito quente alvejar sua nuca. Seus grandes olhos queimarem suas costas. E fugindo do que não entendia, mas que estava lhe perseguindo sem ter motivo notava que quase não saia do lugar, era como correr em câmera lenta. Os passos largos que ele tinha certeza que dava, não eram precisos tampouco reais. Ele estava parado. Sua mente corria, mas ele não saia do lugar. A aflição crescente em seu peito tomou conta de suas veias e artérias, extraindo todo medo incrustado no singelo sentimento que o corroia mentalmente e bombeando fragmentos de medo ao restante do corpo, fazendo-o se curvar. Ele estava tremendo.
O medo o dominava.
Ele não sabia, mas não era de todo real.
O homem de capa cor de carne flutuante que reluzia dentro de uma luz púrpura havia desaparecido, porém seu rosto ficara cravado em suas lembranças.
O garoto parado ao meio da rua acordou do transe que parecia o cegar e virou-se bruscamente para trás para livrar-se da dúvida de estar sendo seguido, foi quando tudo aconteceu. Seus pés saíram de orbita, seu corpo fora jogado contra algo e o que ele jurava ser real fora misturado com o distorcido formando uma nova dimensão.
O céu escuro e opaco tornou-se extremamente branco. As ruas cinzentas e vazias foram substituídas por paredes cor de neve. Estaria ele trancado em seu quarto, sonhando com o tedioso teto de sua casa? Talvez essa seja a nova onda de pesadelos, depois de sonhar com um dos reis do medo como Krueger e ser alvo de uma faca enquanto tomava banho como em psicose, agora era a vez de o teto lhe assombrar. Quanta criatividade, pensava ele enquanto passava os olhos sobre nova realidade a qual pertencia. O ‘cômodo’ era totalmente branco, sem janelas ou portas. Não havia como escapar, isso se houvesse motivos para tal.
Olhou para si mesmo, e notou que estava encolhido como uma criança perdida no canto. Sua esperança havia sido jogada para o alto. Seus sonhos desintegraram-se e viraram pó. Angustiado e aparentemente sem saída, levou ambas as mãos ao rosto contendo as lagrimas que insistiam cair, limpou sua face úmida com a manga da blusa que anteriormente era branca, -nem havia notado que assim como o ambiente tinha mudado , suas roupas antes claras, agora haviam ficado negras como a noite- e pôs-se de pé espalmando as paredes a procura de algo.
Distraído em sua busca não notou a sombra que o sondava, ela caminhava atrás de si. O moreno virou e quase caiu para trás com o que viu. O que ele jurava apenas ser uma forma boba e abstrata estava adquirindo consistência, estava se reformulando. Bem diante dos seus olhos. O moreno foi dando passos para trás não acreditando no que seus olhos viam, logo seu frágil corpo embateu-se na parede e ele deslizou por ela caindo de joelhos no chão. Ainda surpreso e assustado não acreditava no que olhava. Aquele homem havia voltado. A roupa negra que o encobria quando ele ainda era uma sombra, agora estava tão branca quanto as paredes que o mantinham preso ali , se sua visão se desfocasse talvez ele não o encontrasse de novo, já que ele se misturaria a parede e se perderia. O desconhecido caminhou em sua direção e se pôs a sua frente, o moreno em resposta apenas oprimiu o medo enquanto tentou gritar, algo semelhante a um grunhido escapou de sua garganta. O homem o encarou e ele calou-se por completo. Sua face fina, com poucas rugas e seus olhos extremamente negros lhe davam um ar mais ameaçador do que antes.
-Bem vindo, jovem. – Sua voz rouca ressoou por todo o ambiente calando-o por completo. Bem vindo aonde?, indagou ele emergindo rumo a inundação de dúvidas que a face desbotada daquele senhor espelhava. Que fria que ele entrou e as coisas ainda tendem a piorar haha. Enfim, eu sei que vocês vão reclamar do tamanho do capitulo, mas nem sempre eu vou ter como postar algo do tamanho que eu queria, justamente por dois motivos: um que meu tempo é contado e dois que eu amo deixar gente curiosa, so ... Comentários? beijinhos
Lady.Spooky Mega Fã
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Assunto: Re: Heaven's Postman Qui Nov 24, 2011 12:19 pm
Amei a parte da criatividade Sério,essa música é louca,sei lá viajei nela XD Tá ótimo Ally,só vou reclamar se VC DEMORAR!
+Raven+ Fã
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Assunto: Re: Heaven's Postman Qui Nov 24, 2011 2:18 pm
Eu nem sei o que dizer desse capitulo, a não ser que eu fiquei com medo dessa tensão toda. velho a parte da criatividade foi phoda. Ally eu amei essa música, muito boa e o cara canta muito ao vivo. Agora pare de enrolação e continue isso o mais rápido possível.
daniele cristina Fã
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Assunto: Re: Heaven's Postman Qui Nov 24, 2011 2:40 pm
Ally, esse capítulo me deu agonia....
nossa, foi uma mistura devaneios com puro medo o que esse homem estava sentindo...(que loucura é essa!!)...
Bom, estou curiosíssima aqui!!
Liz Kitsune Fã
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Assunto: Re: Heaven's Postman Qui Nov 24, 2011 8:24 pm
AAAAAAAAAAAAAAhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh que agonia Ally o que foi isso? Eu fiquei tão agoniada quanto o ser que tava nesse cap! Quem ser este homem? E bem-vindo n oque? Aonde? Caraca já começou a enxurraada de perguntas Eu amei essa música. Enfim, prossiga.
Allyria Fã
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Assunto: Re: Heaven's Postman Sex Nov 25, 2011 11:49 am
Ah não, isso está errado, não pode ser; é claro que eu vou reclamar do tamanho. Cadê os capitulos gigantes que você faz? Só fez desse tamanho para gente ficar confusa e ansiosa né dona Ally? Enfim, eu fiquei muito tensa enquanto lia esse capitulo, não entendi nada, mas vindo de você isso já nem é tão comum. Então, prossiga com isso rápido viu.
OBS: eu amei a música.
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Assunto: Re: Heaven's Postman Sex Nov 25, 2011 11:57 am
Ah... é... tipo... Não sei bem o que comentar. As meninas já falaram tudo, então a partir do que você me falou ontem, vou esperar até o 3°Capitulo pra comentar alguma coisa decente. Mas, não demore pra postar, e não faça tanto mistério. Isso é maldade!
Convidad Convidado
Assunto: Re: Heaven's Postman Dom Dez 04, 2011 12:43 pm
Hello girls!!!!! Ao contrario do primeiro capitulo este até que ficou grande - eu poderia dizer gigante, mais a formatação do fórum impede isso- então divirtam-se, talvez algumas dúvidas sejam esclarecidas. Ou talvez elas aumentem. De qualquer forma boa leitura^^
Música:
Spoiler:
Capitulo 2: The Truth
Com um fio de coragem ele entreabriu os lábios resolvendo expor a atual duvida que o corroía.
-Bem vindo aonde? Que lugar é esse? – O fio de voz escapou por seus lábios secos fazendo-o ficar levemente entristecido por ainda haver silencio. E mais duvidas.
O homem enigmático chegou um pouco mais perto e olhou-o duramente, logo após recuou alguns passos e permaneceu em silêncio, enquanto estendia sua mão convidando-o a se levantar. Receoso ele pensou em não aceitar, porém quando viu já estava de pé segurando no braço do desconhecido. Sua mente ainda divagava sobre onde ele estava e no que ele seria bem vindo. Confuso e aturdido limitou-se a andar do lado do velho misterioso.
-Aonde vamos? – perguntou vacilante sentindo suas pernas ficarem bambas de acordo com que se afastavam e adentravam ainda mais na brancura daquele lugar. Um arrepio involuntário percorreu-lhe a espinha fazendo-o recuar imediatamente deixando-o ainda mais perturbado com aquela situação toda. Livrou seu braço da mão que o amparava e sentiu como se seus pés fosse tirados do chão, a sensação de medo voltou e com ela o homem de capa vermelha que reluzia com uma luz púrpura a sua volta. Suas pernas fraquejaram e passou a ser dificultoso permanecer sob dois pés. Naquela hora sentiu inveja dos animais de quatro patas, pois seria exatamente assim que conseguiria se manter em ‘pé’ naquele lugar, pensava ele. O velho místico, encarou-o vitorioso e disparou:
-Nem se você fosse um cachorro conseguiria ficar normal aqui! – Sua voz relampejou pelo recinto fazendo o ambiente inteiro estremecer. Desesperado fechou os olhos e se encolheu nos canto. Aos poucos o barulho de coisas quebrando e de um vento forte que anunciava uma tempestade começaram a embargar-lhe a audição. As paredes foram ruindo e se tornaram partículas de areia. O vento forte que as fazia rodopiar logo as transformou em um furacão de pó. A tempestade de areia ganhou velocidade e consistência; tragando assim toda a sua realidade monótona enquanto a reduzia a cinzas e se desintegrava em sua frente.
Aos poucos os sons estridentes foram cessando e tudo sumiu como um passe de mágica. Ainda encolhido, ele abriu vagarosamente os olhos e logo estes foram preenchidos com uma nova ‘verdade’. Sob sua cabeça um feixe de luz branca pairava, ele vinha de algum lugar além do provável teto; o chão era escuro assim como todo o resto. Tudo estava um breu só, e dentro dessa escuridão a única coisa existente era ele.
-Você sabe onde está? – Perguntou uma voz desconhecida vindo de algum lugar naquela densa escuridão. Rapidamente o garoto levantou e em vão tateou o escuro procurando por algo ao qual pudesse se agarrar. Fracassado, ele caiu de joelhos no chão e se pôs a chorar.
-Não, eu não sei. – Alegou ele com a voz embargada. – Se puder me ouvir, por favor, me diga. Se isto for um jogo acabe com ele agora. – Rapidamente o vazio se instalou de volta, não havia nada a seu redor ou diante de seus olhos. Nada ao qual ele pudesse se sentir seguro. A voz havia se calado e tudo que lhe restou fora o som de suas lágrimas e de seus gritos, os quais ele tentava inutilmente abafar, mas que causava profundos ecos naquele sombrio lugar.
-Você não se lembra de nada? – Novamente a voz perturbava-lhe ao ponto de querer vasculhar sua mente, obrigando-o a se lembrar do que não tinha conhecimento. Entristecido e revoltado ele voltou a gritar.
-Eu não sei, se soubesse não estaria numa situação como essas, você não acha?
-Pois muito bem, você morreu! Bem vindo ao outro lado. – Anunciou a voz rouca do homem da luz púrpura. Incrédulo, deixou seu corpo embater mais ainda no chão frio enquanto tentava assimilar o que lhe foi dito; só podia ser uma mentira. Sua face dura e surpresa relaxou e ele sorriu em escárnio. A sua verdade distorcida se alterou, cambaleante ele se negou a ver o que sua visão lhe proporcionava. Inquieto, o homem chegou próximo o suficiente e o puxou pelo ombro. Assustado abriu os olhos de imediato e se deparou com um par de íris da cor de ônix a fita-lo curiosamente. Cambaleante, livrou-se das mãos fortes que o seguravam pela gola de sua camiseta surrada e deu alguns passos desengonçados para trás embatendo seu corpo numa dura pilastra de mármore negro. Amedrontado, levou as costas da mão ao rosto e esfregou os olhos.
O ambiente havia mudado novamente, o teto e as paredes desapareceram, dando lugar a uma paisagem composta por grandes arvores e por um vasto jardim, todas as plantas existentes oscilavam num degradê de cinza e verde. Árvores mortas e flores despedaçadas e secas tinham seu destaque sendo totalmente negras. A única coisa que lhe era familiar era o chão, era um misto de preto e cinza cravados num mármore aparentemente caro. Não havia portas, ou caminhos. Tudo era aquele pequeno quadrado negro no meio de uma floresta incomum. Transtornado, apoiou-se na pilastra relaxando o corpo. Tudo aquilo deveria ser um sonho. Era somente um sonho, em breve acordaria e tudo voltaria ao normal, na sua monotonia de sempre. -Não é mentira, você morreu! Lide com os fatos. – O homem tornou a dizer trazendo a atenção dele para si. – Garoto, não existe lugar nenhum assim na terra, por mais que a natureza seja irreverente e diversa, um lugar como este no que antes era seu mundo não existe. Irrequieto começou a mexer as mãos e os pés freneticamente e a beliscar os pontos de seu corpo que ele sabia que mais doía. Estava vivo, sentia isso. Sentia dor, nada havia mudado, a não ser o fato de que tinha um louco em seu sonho. – Já que não acredita em mim, tome isto. – o velho esticou a ele um pergaminho, nele continha todas as informações sobre ele. Tudo que ele havia feito no passado que nem se lembrava mais, tudo que ele fez em vida e principalmente tudo sobre sua morte. Chocado, deixo-se escorar na pilastra e escorregou até o chão. Não era possível! O garoto voltou a chorar copiosamente enquanto colocava o enorme pedaço de papel no chão. Mal podia acreditar no que havia lido. -Alex Bradolf. 23 anos. Morreu dormindo após uma overdose causada injustamente por seu amigo que lhe deu uma taça de vinho dopada de droga. – A voz rouca entrou em seu ouvido paralisando-o por completo. A cada palavra pronunciada por ele, parecia que sua alma era perfurada por uma afiada faca. – Se ainda não entendeu, ou não quiser aceitar... eu posso mostrar como aconteceu. – Alex o ignorou, frustrado por ele ser tão teimoso o velho se aproximou sentando-se ao lado do garoto, puxou-lhe a mão esquerda e desenhou sobre ela uma cruz com seu dedo anelar, posicionou sua mão embaixo da do garoto. Aos poucos uma das linhas da mão do garoto começou a se mexer liberando assim um fluxo que logo subiu alguns centímetros, flutuando no ar sem cor ou consistência ele apenas adquiriu forma enquanto se manteve transparente. Era como uma bola de cristal, porém mostrou pedaços de seu passado e principalmente do que aconteceu antes de ele vir parar ali. Alex sem reação optou por não ver algumas cenas, a bola transparente voltou a seu lugar de origem, se tornando novamente uma das linhas de sua mão. Perplexo olhou para o homem enquanto tentava balbuciar algumas palavras.
-Porque... eu? Quer dizer, eu... droga ... que lugar é este? È tão irreal! – O senhor sorriu enquanto levava um dos dedos finos aos lábios como se parasse para pensar no que falar.
-Bem vindo ao meio da travessia. Aqui é exatamente lugar nenhum, porém é daqui que seu caminho começa a ser trilhado. – A frase saiu de sua boca apressada, dando nós na cabeça do pobre Alex que muito pouco entendeu.
-O que é você? – perguntou receoso, já parecia ter muito tempo que estava ali e não sabia nem ao menos o nome do ser que estava a sua frente.
-Não é o que sou, mas quem sou. Eu sou aquele que determina para onde cada um vai. Sou um guardião. – Os lábios de Alex se entreabriram de tamanha surpresa, jamais havia pensando isso dele, de início imaginou o pior a respeito daquele misterioso homem.
-E no caso, para onde eu vou?
-Para onde as pernas te levarem, porém não irá sozinho. – o garoto estava perplexo com tamanha capacidade de respostas, ele não se enrolava com nada. Sabia muito bem o que falava. Alex pressionou as têmporas, isso era muito mais complexo do que parecia. A vida difícil era fichinha diante da morte. E porque não ir sozinho? Nós viemos ao mundo sozinho e o deixamos da mesma forma, porque não continuar com isso? O que tem de errado com o ciclo da solidão?
-Como assim? – protestou- Todos têm um lugar para ir, você mesmo disse que os manda para onde tiverem que ir, porque comigo vai se diferente?
-Todos aqueles que eu defino o lugar, são pessoas que fizeram a passagem e não pararam no meio da transição. São pessoas que morreram sabendo por que morreram. Você não é um deles.
-Você irá comigo?
-Não, não acompanho ninguém, porém um escolhido meu irá com você e vocês partirão agora. – O velho senhor fez alguns sinais e disse coisas inteligíveis ao vento. Ao fundo do pequeno quadrado uma sombra branca avançava, o misterioso homem posicionou sua mão contra ela e deu forma. A silhueta branca fora constituindo cor de gente e suas vestes foram se tornando negras como as que Alex usava. O rosto era composto de traços leves e marcantes, os lábios eram grossos e sedutores, a cascata negra caia-lhe perfeitamente sobre os ombros, nela algumas mechas amareladas tinham destaque. Devagar como se flutuasse ele caminhou até Alex a pedido de seu mandante. – Este é Bill, ele também é novo aqui e será seu guia na travessia. -Bill apenas acenou permanecendo em silêncio. O homem se pôs a caminhar para o vazio sendo logo coberto por sua luz púrpura, antes que desaparecesse por completo deu- lhes um aviso.
-Este é lugar nenhum, porém é o mais perto do céu e do inferno. Quando as decisões baterem em sua porta e você tiver que dar-lhes uma solução, pense bem no que irá fazer, um destes caminhos está mais perto do que você possa imaginar e uma escolha pode te levar a ele muito mais rápido do que na sua simples caminhada. – Ao termino do aviso a luz evaporou levando com ela o ser misterioso.
-o que ele quis dizer com isso? – Arrogante, Alex pouco se importava aonde iria, já havia morrido. Isso não era o bastante?
-ele quis dizer que o inferno está próximo. – Bill saiu na frente deixando Alex para trás, na verdade ele não havia gostado nenhum um pouco de ser um guia, tampouco gostado no que vira em Alex. Silenciosamente eles começaram a rumar para fora do quadrado negro dando inicio a grande caminhada através da floresta.
-O inferno é tão quente quanto dizem? – A pergunta saiu a Bill como uma ofensa, como ele poderia acreditar nisso?
-Não é quente e nem existe. – Afirmou Bill deixando Alex desconfiado. Alex fitou Bill entediado– Pelo visto você assistiu filmes demais não? – Alex apenas assentiu com um sorriso amarelado enquanto Bill ria da careta que ela havia feito em sinal de constrangimento. – O inferno não é quente, não existe tridente e tampouco fogo. Nem capeta. È um estado de espírito. Quanto mais triste for à pessoa ou mais cruel ela for com ela mesma ou com outras, mais em um inferno ela vai estar, ela vai matar sua alma em agonia e se suicidar na tristeza. Vai passar seus dias em terra ou no além vivenciando todos os erros e as amarguras causadas por eles. Ficara presa isso para todo o sempre. –Alex permaneceu em silencio todo o tempo ouvindo a explicação de Bill atentamente. Talvez apenas aquele senhor não havia visto o seu lugar, mas pela explicação de Bill ele já o havia descoberto.
-Se o inferno é assim, talvez o céu não seja o mar de rosas que as pessoas imaginam não é?
-Da mesma forma que não existe inferno, também não existe céu. O ‘paraíso’ como é chamado, também é uma questão de espírito.
-Se é desse jeito que você conta, por todos falam de Deus no céu e lúcifer e no Inferno?
-Não é assim. Deus criou as coisas boas, alias ele criou tudo; deu a lúcifer um cargo acima dos demais querubins por sua beleza e por sua força, porém ele não queria cumprir ordens, ele não queria ser obediente, ele queria mandar também... e isso ele não podia. Revoltado com a situação dele, ele simplesmente se rebelou contra as ordens dos céus e foi expulso pelos anjos. Lúcifer então criou suas próprias tropas, ele necessariamente não criou o mal, isso já nasce com cada mortal. Todo mundo tem dois caminhos a seguir, cada um escolhe o que melhor lhe convém. – O silencio sepulcral se instalou rapidamente. A floresta era repleta de espinhos e caminhos errôneos. Labirintos. Aos poucos Alex se habituara à presença de Bill, porém ele era tão misterioso quanto o homem anterior que andava atrás dele. Bill teria morrido para chegar aqui? De onde ele veio? Perguntas estas que martelavam na cabeça de Alex.
-Bill, como você veio parar aqui? – Alex perguntou tocando o ombro fazendo-o virar bruscamente.
-Eu não sei. – Bill respondeu num fio de voz tentando achar resposta em sua memória falhada. Desconhecia todas as razoes pelas quais estaria ali.
-Bill como você morreu? – Desconfiado Alex tentou importunou seu guia com uma nova pergunta, a fim de descobrir algo que talvez ele escondesse. Incomodado, Bill lançou-lhe um olhar frio enquanto caminhava ao seu lado. Por mais que isso talvez o ajudasse a lembrar de algo, detestava a idéia de ter que partilhar com um completo desconhecido. È natural querer saber de alguma outra pessoa como se sentir, ou como agir diante disso; querer saber a história dela, mas como fazer justamente isso quando se está zerado de memórias?
-Eu não sei como morri, Alex. Nem sei ao menos se eu morri. Nem sei o que estou fazendo aqui, ou como cheguei a este fim de mundo. –Bill adentrou a enorme trilha de arvores em formato de pinheiro e quase desapareceu entre o estreito corredor manchado de cinza. Alex vendo que quase o perdeu de vista se calou, talvez não fosse uma boa idéia mexer no passado dele. Talvez ele não estivesse mentindo e tudo mostrado para ele até agora fosse a mais pura verdade.
é Bill, você nem sabe onde te enfiaram muahahahahaha E então, o capitulo ficou uito ruim? Quero opiniões sinceras. Beijinhos e até o próximo ^^
daniele cristina Fã
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Assunto: Re: Heaven's Postman Dom Dez 04, 2011 1:06 pm
Ally, você como sempre genial!!!....
Sério, sou sua fã....adoro suas fics e essa está incrível, muitos detalhes e uma história extremamente criativa...
Parabéns...e óbvio, continue o mais rápido possível!..
Liz Kitsune Fã
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Assunto: Re: Heaven's Postman Ter Dez 06, 2011 6:33 pm
caraca, que cap foi esse? Não gostei desse Alex e afianl que guardião era esse? Do inferno? Você matou o Bill? Ai quantas dúvidas!!!!!!!!!!!! Continua logo Ally
Lady.Spooky Mega Fã
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Assunto: Re: Heaven's Postman Qua Dez 07, 2011 1:55 pm
MANNNNNNNNNNNNNNNN
Eu acabei de ler tudo Ally Que tipo de lugar é esse Baphomet? E como sempre,amei o jeito que vc descreveu as coisas,eu poderia falar de todas elas,mas são tantas
Pode ir continuando
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Assunto: Re: Heaven's Postman Qua Dez 07, 2011 9:28 pm
O que eu ia comentar já falaram ai em cima, e é muito chato ficar repetindo, então CONTINUA logo menina! Ta ótima a Fic.
Convidad Convidado
Assunto: Re: Heaven's Postman Qui Dez 15, 2011 11:36 pm
Hallo girls^^ o capitulo tá pequeno, mas o próximo estará maior mesmo com a formatação do fórum boicotando isso xD Bom talvez esse capitulo esclareça algo, talvez façam mais duvidas surgir, de qualquer forma boa leitura ^^
Capitulo 3: Don’t Play With fire
A andança rumo ao caminho certo e suas escolhas era feita de maneira cautelosa. Não que tudo isso requeresse de fato algum cuidado, porém tudo que os adornava era traiçoeiro. Tinham duas faces e nem uma das duas eram boas. Bill estranhou de inicio o fato de as divisões entre os caminhos e as plantas serem feitas por um pequeno deserto, até porque tudo que tinha uma divisão era feita de folhagens negras e destruídas, jamais areia. Do centro de tudo, naquele piso preto em que foi invocado, ele não viu essas estreitas repartições arenosas, apenas as via negras como o chão em que pisavam anteriormente.
Desconfiado Bill se pôs a andar atentamente, o chão que forrava seus pés pouco a pouco afundava; a sensação de cair e algo puxá-lo eram grandes. Sem entender retornou até a superfície de terra, caminhando até uma arvore. Sem muitos artifícios a recorrer começou a tatear os galhos enquanto os fazia de base para subir em seu caule. Com dificuldade Bill chegou até o fim do caule ainda segurando fortemente os grossos galhos para que o mantivessem em equilíbrio. Embaixo estava Alex assistindo toda a cena sentado num pedaço de tronco destruído. Ele não queria ajudar, não queria caminhar, apenas queria ficar sozinho em algum lugar. De preferência parado, olhando as nuvens calmamente deslizarem pelo céu azul e contemplar as estrelas a noite. Não havia nada melhor que isso. Não haveria nada a se fazer ali além disso. Não adiantava lamentar o fato de ter morrido, já era muito tarde para fazer tal.
O barulho de algo se rompendo e caindo chamou sua atenção abstraindo-o de seus devaneios. Olhou a sua frente e viu um Bill nada bem, com um cipó grosso na mão e cara de poucos amigos. Alex o analisou bem e riu sem humor. Em troca Bill lançou um olhar assassino no folgado loiro a sua frente. Olhou para si mesmo, seus pés doíam e suas costas pareciam estar em chamas, elas ardiam. Seu corpo todo doía após a queda, parecia ter sido esmagado por um rolo compressor. Suas pernas não tinham força o suficiente para mantê-lo de pé. Por mais que fosse necessário continuar, Bill se arrastou até o caule da arvore sendo atentamente acompanhado por um par de olhos azuis que não desgrudavam dele.
Tateou firmemente o tronco forrado de terra e sentou-se sobre ele esticando as pernas, a dor havia aumentado e era possível sentir seus nervos entrando em colapso e latejarem. Descontente com a situação a qual fora enviado, levou ambas as mãos ao rosto secando o suor. Jogou a cabeça para trás e a encostou na arvore. Suspirou pesadamente enquanto sentia os olhos de Alex caírem pesadamente sobre si, porque raios tinha que o ajudar? Ele era tão egoísta, tão egocêntrico. Não valeria a pena. Será que o guardião não tinha mesmo visto a qual lugar ele pertenceria? , pensou Bill enquanto fechava os olhos e dava outro suspiro pesado.
Inerte no chão Bill sentiu seu restante de força evaporar como se fosse sugado por algo. Aos poucos os sentidos foram ficando vazios e os sons longe demais, apenas o som de passos se afastando eram ouvidos por ele, abriu os olhos que pareciam estar colados e os obrigou a enxergarem o que acontecia a sua frente. Alex seguiu andando a trilha até o fim, estava atravessando o caminho arenoso e... esfregou os olhos forçando-os a enxergar adiante, as cores pareciam perdidas, o foco fora para longe e não havia nitidez, ainda assim continuou a esfregar os olhos com certa força usando as costas das mãos, o foco reteve-se em seu lugar e as cores voltaram a ser nítidas novamente, olhou bem para Alex, a areia o estava engolindo. Havia dezenas de mãos que o puxavam para baixo, elas estavam dentro daquele caminho de areia, Alex não tinha nenhuma alternativa senão tentar soltar-se delas e retornar a trilha de folhas. A insistência era grande, mais o cansaço e o sentimento de falha o estavam fazendo desistir, Bill ao longe sentado na arvore de frente para cena, o via sumir por entre as mãos e a areia. Automaticamente um flash se acendeu em sua mente como um estopim e ele lembrou-se do que lhe foi dito quando chegou a este lugar sabe se lá como: Não acredite em tudo que vê, não acredite em tudo que possa sentir e tenha certeza de que tudo isto é apenas um desafio. Talvez uma ilusão se você tiver sorte. Talvez tudo fosse fruto de sua imaginação. Ver Alex afundando na areia sendo puxado por dezenas de maõs poderia ser totalmente irreal, mas de uma coisa Bill tinha certeza: Agora é que começava seu desafio. Ficou muito ruim? Ficaram curiosas? Quero comentários, inclusive quero saber as teorias de vocês sobre o Alex, para onde vocês acham que ele vai? O que vai acontecer agora com ele? Será que é falso mesmo o que o Bill pensa? Sejam extremamente sinceras. Beijinhos Até o próximo!!!!
Última edição por Ally Kaulitz em Sex Dez 16, 2011 12:03 am, editado 1 vez(es)