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 [FF] - Kampf der Liebe

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Catarina Kretli
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Catarina Kretli
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Catarina Kretli


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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeSeg Jul 25, 2011 10:41 pm

Tom é muito sem noção mesmo né ? Quer saber de detalhes sobre a vida sexual do seu irmão né. KKKKKKKKKKKKKKKKKK' Bill contro-lhe-se, assim você vai matar a Gabi hien mas vai matar de amor pelo jeito *o* A Nathalie não gostou nenhum pouco da ideia né, mais fazer o que tem que ser assim. xD
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dikas
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeSeg Jul 25, 2011 10:51 pm

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[FF] - Kampf der Liebe - Página 16 141lg

A viagem para Los Angeles era sempre longa e enfadonha, a melhor maneira para passar o tempo era dormindo, e era isso mesmo que Bill, Tom, Nathalie e Gabi aproveitavam para fazer nas longas horas de viagem que tinham pela frente. O tempo parecia sempre passar mais rápido. Bill fazia-se acompanhar por Tom, embora desejasse ser acompanhado por Gabi, mas as aparências contavam mais do que ele gostaria de admitir a si mesmo, e mesmo na intimidade de uma viagem de longo curso em primeira classe, poderia haver sempre um olhar indiscreto que lançasse boatos e rumores acerca da sua proximidade com Gabi e mais valia prevenir.

Chegados a Los Angeles, uma limusina esperava por eles no aeroporto para os levar até casa de Nicky. Bill riu-se ao ver que a sua amiga não tinha resistido em enviar-lhe um carro tão luxuoso. No interior da limusina, perto das bebidas, estava uma mensagem de Nicky Fuller a dar as boas vindas aos seus convidados e a colocar a sua casa à disposição deles, uma vez que ia passar a tarde nos estúdios a filmar e não os poderia receber pessoalmente. Em baixo, depois de enviar beijinhos aos quatro, e numa letra mais pequena, Nicky pedia desculpa a Bill por ter enviado a limusina, uma vez que sabia que ele não gostava da ostentação, mas era um carro espaçoso que daria mais facilmente para os quatro e as suas malas. Chegados a casa de Nicky, Bill foi imediatamente cumprimentado pelo staff que trabalhava há já muitos anos com Nicky e que fazia questão de o acarinhar sempre que ele visitava a sua suposta namorada.

- Levo as malas para o quarto do costume? – perguntou o chefe de segurança a Bill.
- Hmmm… Não sei… - disse Bill demorando-se a pensar no assunto. No seu interior desejava ficar no mesmo quarto que Gabi, mas no seu intimo sabia que era má ideia uma vez que os empregados de Nicky estavam muito próximos de James Mercier e podiam comentar algo com ele – Talvez seja melhor colocar as malas num cantinho qualquer e depois falamos com a Nicky sobre os quartos… Desta vez somos mais que o habitual e talvez ela queira gerir os quartos à sua maneira!
- Sim senhor… -
disse o segurança pegando em algumas das malas para as levar para o escritório de Nicky.

- Não vais ficar com a tua namorada? – pergunto Tom em alemão para que somente eles percebessem aquilo que era dito.
- Qual delas? – perguntou Bill com um sorriso maroto ao mesmo tempo que piscava o olho ao irmão e olhava de soslaio para Gabi para perceber que a tinha conseguido picar.
- Não sei… Mas a que não quiseres, fica para mim… - disse Tom esfregando as mãos uma na outra em clara demonstração de felicidade.
- Isso querias tu! – disse Nathalie a rir-se.
- Mas tens dúvidas??? – perguntou Tom em claro desafio.
- Nat, faz-me um favor e não o desafies… Algo me diz que esta semana já vai ser má o suficiente sem ter o Tom a fazer merda por conta de outrem… - pediu Bill sabendo perfeitamente que a visita de Tom a Los Angeles trazia água no bico.
- Tens razão! – concordou Nathalie.

- Qual foi a tua dúvida em relação aos quartos? – perguntou Gabi a Bill por curiosidade, enquanto os quatro se encaminhavam até à sala de Nicky para se colocarem mais à vontade.
- A mesma de sempre: Mercier… - disse Bill sentando-se num dos grandes sofá da sala de Nicky – Ele tem os empregados como aliados… Eu não tenho dúvidas em que quarto quero ficar e com quem, mas talvez não seja boa ideia arriscarmo-nos… Ele sabe que nós tínhamos alguma coisa da última vez que estivemos cá, mas também sabe que nos zangámos… Vamos deixá-lo imaginar que estamos zangados e que acabou tudo…
- Ele não é burro nenhum! –
alertou Nathalie andando de um lado para o outro na sala, parando em frente a uma das grandes janelas que dava acesso à piscina.
- Mas eu também não sou, e não lhe vou dar nada de mão beijada!!! – disse Bill – O melhor é eu e o Tom termos um quarto para cada um de nós, e vocês terem um quarto para as duas…
- Porquê? –
perguntou Tom intrigado – Estás a planear um ménage nas minhas costas ou queres que as meninas fiquem bem quentinhas e aconchegadinhas à noite?
- Claro que é isso Tom… –
disse Bill pegando numa almofada para a mandar contra Tom que se mantinha em pé perto da escultura da silhueta de uma mulher em basalto preto e forte – Ou então é porque é uma maneira da cama da Gabi estar sempre desfeita na manhã seguinte…
- Hã?!
perguntou Tom mandando a almofada contra Bill.
- Se a Gabi dormir num quarto sozinha, depois tem de desfazer a cama dela todas as manhãs, assim se dormir com a Nat, a Nat usa a cama, e a Gabi pode dormir comigo sem que ninguém dê por isso! Percebes? – perguntou Bill piscando o olho ao irmão.
- Tu pensas em tudo… - disse Tom orgulhoso do seu irmão.

- Isso tudo parece-me muito bem… - disse Gabi sentando-se numa poltrona de forma altiva e carismática – Se essa tal de Gabi… Estiver interessada em dormir contigo!
- Não tenhas dúvidas que está… -
disse Bill provocando Gabi com o olhar – Ela sabe o que a espera…
- Isto está a ficar demasiado sensual para mim… -
disse Tom fingindo-se de puro e inocente – Não sei se aguento…
- Estamos a traumatizar o Tom… Coitadinho! –
disse Gabi a rir.

Bill não conseguiu conter o riso. Até mesmo Tom se ria de si próprio. Mas naquela sala um riso parecia estar a menos. Nathalie estava entorpecida e magnetizada por algo no exterior da casa. De costas voltadas para os restantes, encontrava-se totalmente abstraída da conversa que eles estavam a ter. Bill sentiu que ela não estava bem, algo a fazia estar tão calada e concentrada. Conhecia Nathalie bem demais para achar que ela poderia somente estar a ver algo interessante do outro lado da janela.

- Nat… - chamou Bill fazendo com que ela se virasse de frente para si e ele visse na expressão do seu olhar uma tristeza vincada – Estás bem?
- Sim… -
disse Nathalie respirando fundo, sorrindo levemente – Estava-me só a lembrar que da última vez que estive nesta casa ia perdendo a vida nesta piscina…

- A minha heroína! –
disse Tom encaminhando-se até ela para a abraçar com força e depositar um beijo terno no topo da sua cabeça – Devo-te a minha vida…
- Ia-te perdendo desmiolado… -
disse Nathalie abraçando o corpo de Tom com força como se o tivesse perdido desde então.
- O que era de mim sem ti? - disse Tom levantando-a levemente do chão para prolongar o abraço.

Bill olhou para Gabi e percebeu que também ela olhava para aquela cena com um olhar enternecido. O vínculo que unia Tom e Nathalie tinha estreitado desde aquele dia fatídico em que ambos tinham lutado contra o seu pior inimigo para se manterem vivos. Levantou-se do sofá onde estava sentado, e aproximando-se do seu irmão e da sua melhor amiga, abraçou-os esperando nunca vir a descobrir como seria a sua vida sem nenhum deles presente.

- És a minha heroína também… - disse Bill depositando um beijo na testa de Nathalie – Desculpem não ter estado cá para vos proteger…
- Com a Nat do meu lado não preciso de ti para nada… -
disse Tom em tom de brincadeira, dando um safanão a Bill para o afastar e abraçar-se com mais força a Nathalie.

- A sério… – disse Bill com um semblante que não deixava dúvidas de que sentia profundamente aquilo que dizia – Desculpem…
- Estamos todos aqui, não estamos? –
perguntou Tom puxando o seu irmão para junto de si para o abraçar – É isso que importa… Isso e o facto de eu ter dado uma lição bem dada àquele filho da puta!!!
- Isso também é bom de saber… -
disse Bill sorrindo levemente, olhando para Gabi para perceber que ela estava ainda mais comovida com o abraço sincero e sentido que Tom lhe dava.

Separou-se dos braços do seu irmão e encaminhou-se até à poltrona onde Gabi estava sentada. Sentia no seu interior que ela também precisava de sentir que ele estava verdadeiramente arrependido por tudo o que tinha acontecido nesse dia e no seu passado. Ajoelhou-se aos pés dela e pousando as mãos nos seus joelhos, sentindo as mãos dela procurarem as suas de forma imediata, olhou-a com pesar nos olhos azuis que amava e disse:

- Desculpa não ter estado aqui naquele dia… Desculpa não ter lutado mais por nós… Por ter saído com a Nicky quando tu devias ter sido tudo o que me movia naquele momento… Desculpa ter desistido tão facilmente de nós…

Gabi sentiu os seus olhos quererem-se encher de lágrimas pela intensidade e o modo autêntico como Bill se mostrava arrependido pelos eventos daquele dia. Colocou um dedo sobre os lábios de Bill como se lhe pedisse para ele parar de se torturar e de falar em algo tão doloroso para ambos e passando a mão sobre a face dele em forma de carícia disse-lhe:

- O passado ficou no passado… Só quero pensar no presente e no futuro ao teu lado…

Bill começava-se a inclinar sobre Gabi à procura do toque dos seus lábios quando Nathalie soltou uma interjeição que os alertou e assustou a ambos, fazendo com que Bill se levantasse do chão de rompante com medo de alguém ter entrado na sala naquele momento.

- O que é que aconteceu? – perguntou Bill olhando para trás apercebendo-se que eles continuavam os quatro a sós.
- Aconteceu que vocês estavam prestes a entregar de mão beijada o vosso relacionamento… - disse Nathalie olhando para Bill de forma recriminatória – Podia passar uma empregada, podia entrar um segurança, podiam acontecer imensas coisas para vocês terem sido apanhados… Têm de ter mais cuidado, andam muito desleixados nas vossas demonstrações de afecto…

- Já me ias levando na tua cantiga de novo… -
disse Gabi levantando-se da poltrona fulminando Bill com o olhar.
- O meu irmão é dotado com as palavras Gabi…. Vai-te habituando… – disse Tom a rir do ar dela – Ele é capaz de te levar a fazer coisas que tu juras a pés juntos que não hás-de fazer, só com o dom da palavra… Ele é perigoso… Estão sempre a dizer que eu é que sou um perigo, mas isso é porque ainda não conheceram o meu irmão!
- O teu irmão tem razão… Tu és perigoso! -
disse Gabi sorrindo de forma cúmplice para Bill - Vou ficar de olho em ti!

- E agora que me dizem de irmos fazer uma visitinha à Nicky? –
perguntou Tom entusiasmado com a sua brilhante ideia.
- Estás assim com tanta pressa? – perguntou Bill levantando a sobrancelha direita em forma de espanto.
- Não me digas que nunca tiveste vontade de ir ao set de um filme… Principalmente do Spielberg!!! Depois quando estiveres a ver o filme em casa vais lembrar-te de tudo o que viste lá… Se calhar até podemos conhecer o Spielberg ou alguma actriz bem gira que contracene com a Nicky… - disse Tom fazendo olhinhos a Bill.
- Sim… Sempre tive curiosidade… – admitiu Bill - Mas prefiro matar a curiosidade quando não te tiver de levar atrás!

- Por acaso era uma boa ideia… -
disse Gabi pensando no assunto – Geralmente estes filmes com actores e realizadores famosos têm sempre uma equipa de paparazzis de estimação…
- O que é que estás a sugerir? –
perguntou Nathalie.
- Não era má ideia aparecer um encontro efusivo e surpresa entre o Bill e a Nicky no set do novo filme dela… Ela não vai estar à espera e era uma maneira deles serem vistos juntos e divulgarem o namoro… As revistas iam adorar e tenho a certeza que a Nicky também ia gostar… - explicou Gabi.
- Basicamente queres mandar-me para os braços da outra… - disse Bill estranhando aquela proposta.
- Quem me dera ter uma namorada assim… - disse Tom em tom de desabafo, recebendo uma palmada no seu braço direito por parte de Nathalie que olhava para ele de forma recriminatória – Quando estiveres farta do meu irmão, já sabes… - acrescentou Tom a Gabi, recebendo outra palmada de NathalieAuuuuuu…

- Tens um contrato para cumprir… E eu estou encarregue de gerir a tua imagem… -
disse Gabi com um olhar triste para que ele percebesse que não o fazia por gosto – Não te quero ver nos braços dela, nem de nenhuma outra mulher á face da Terra… Mas também tenho de desempenhar o meu papel, e ajudar-te a construir a imagem que queres passar… É para isso que me pagas…
- Eu dava-lhe um aumento… -
disse Tom ao mesmo tempo que fugia de perto de Nathalie para que ela não lhe pudesse bater novamente.
- Confio em ti… - acrescentou Gabi.
- Foda-se… Como eu dava tudo para te beijar neste momento… - confidenciou Bill, admirando a força e amor que Gabi sentia e depositava em si.

- Problema resolvido… - disse Tom ao ver que Gabi tinha convencido o seu irmão de forma simples – Vamos visitar a Nicky!


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Entrar nos estúdios da Universal Pictures em Los Angeles era uma verdadeira aventura. Gabi estava há mais de vinte minutos a tentar convencer o segurança que Bill era namorado de Nicky Fuller e que planeava fazer-lhe uma surpresa no set e que por essa mesma razão não queria que fosse anunciada a sua chegada aos estúdios onde Nicky estava em gravações. Após vinte minutos e olhando de forma desconfiada para Bill, o porteiro acabou por os deixar entrar, ameaçando-os, dizendo que colocava os seguranças da Universal atrás deles se dentro de dez minutos no máximo alguém da produção de Spielberg não telefonasse para ele a avisar que eles podiam estar no estúdio. Gabi agradeceu encarecidamente e o motorista de Nicky levou-os ao local onde Nicky se encontrava em gravações. Naquela tarde Nicky gravava uma cena ao ar livre. Bill, Tom, Gabi e Nathalie saíram do carro, seguidos pelos seus seguranças e aproximaram-se do local onde Nicky se encontrava concentrada a falar com um dos assistentes de realização, recebendo instruções sobre a cena que iriam gravar de seguida. Bill aproximou-se do set ligeiramente mais do que os restantes, e viu os olhos de Nicky desviarem-se para si de forma automática para ver quem se aproximava e voltarem a focar-se no assistente de realização como se o tivesse visto, mas não tivesse percebido quem ele era na realidade. Bill sorriu do ar distante e concentrado dela e viu-a virar a cabeça novamente na sua direcção de forma rápida, como se o tivesse finalmente reconhecido, e pedindo um segundo ao assistente de realização, desatou a correr de forma entusiasmada e feliz de encontro aos braços de Bill saltando para o seu colo, num abraço longo e sentido, que culminava com a procura dos lábios dele.

- Que surpresaaaaaaa! – disse Nicky soltando os seus lábios dos lábios de Bill, abraçando-o novamente como se procurasse uma prova de que ele era mesmo real – Pensava que só te ia encontrar logo à noite!!!
- Resolvi vir-te fazer uma surpresa… -
disse Bill acariciando o cabelo e a face dela, tentando desempenhar da melhor forma o papel de namorado apaixonado.
- É a melhor surpresa que me podiam ter feito!!! – disse Nicky procurando novamente a boca de Bill para o beijar de forma ardente como se estivesse realmente empenhada em provar à crew e aos seus colegas que o que eles tinham era forte e puro.

- Estás linda… - disse Bill após se soltar do beijo esplêndido que Nicky acabava de lhe dar e que lhe tinha tirado a respiração.
- Gostas? – perguntou Nicky dando uma voltinha sobre si mesma para que Bill a pudesse apreciar – … Vieste sozinho?
- Não… O meu irmão, a Gabi e a Nat vieram comigo… -
disse Bill apontando para os três que se mantinham mais afastados, reparando que Gabi evitava olhar para ele numa forma de auto-controlo.

Nicky olhou para trás de Bill e reparou que Tom se encontrava de sorriso nos lábios, e sorriu-lhe em resposta. Não se lembrava de ver Nathalie ou Gabi, apenas Tom. Parecia estar num dos seus filmes em que a sua personagem era confrontada com o objecto do seu desejo e o seu coração começa a dar sinais de uma vida acelerada e descontrolada com o simples vislumbre dele.

- Podemos fazer uma pausa? – perguntou Nicky ao assistente de realização.
- Meia hora… - disse o assistente controlando o tempo por relógio – Depois precisamos de continuar a nossa conversa…
- Ok… Obrigada!!!
- O Sr. Spielberg não se vai chatear com a sua estrela? –
perguntou Bill na brincadeira.
- Não… Isto ainda deve demorar, só devemos gravar daqui a uns quarenta minutos… Ele deve estar lá para dentro a tratar de alguns assuntos… Depois apresento-te se quiseres! – disse Nicky de sorriso rasgado no rosto, mostrando realmente uma felicidade resplandecente por Bill estar ali.
- Ia adorar…

- Deixa-me cumprimentar os outros… -
disse Nicky abraçando a cintura de Bill encaminhando-o até aos restantes visitantes surpresa.

Soltou-se de Bill ao aproximar-se dos outros e abraçou-se primeiramente a Gabi, dando-lhe dois beijos repetindo-lhe por diversas vezes a palavra: “Desculpa” ao ouvido para que ela não ficasse ressentida com a encenação que tinha presenciado. Gabi apenas foi capaz de olhar para ela e com um sorriso meio entristecido abanar a cabeça afirmativamente compreendendo que Nicky não se poderia ter comportado de outra forma. Pensou em abraçar Nathalie, mas a cara dela não mostrava qualquer tipo de amabilidade, e como tal optou por dar-lhe apenas dois beijinhos e de forma rápida para que Nathalie não se pudesse queixar, e virou-se para Tom para sentir que o seu rosto se iluminava em tê-lo ali tão perto de si, ao alcance de um abraço. Sem desejar ser demasiado evidente nas suas manifestações de afecto, tomou os braços dele por assalto, sentindo os lábios de Tom beijarem o seu pescoço de forma firme e arrebatadora para o bater do seu coração. Soltou-se dos braços dele percebendo que era demasiado perigoso ser vista com Tom em frente de tanta gente e voltou a abraçar-se à cintura de Bill, convidando-os a ir até ao seu trailer para estarem mais à vontade. Gabi pediu apenas que antes de irem, Nicky pedisse a alguém para avisar o porteiro que eles estavam com ela para que não fossem procurados pelos seguranças do estúdio, e assim o fizeram, Nicky pediu ao seu assistente pessoal que tratasse do assunto e juntos, seguiram até ao seu trailer para beberem algo e conversarem sem precisarem de continuar as encenações daquele namoro.

Uma vez no interior do trailer, Bill abraçou Gabi e tal como Nicky tinha feito anteriormente, pediu-lhe desculpa por ela ser obrigada a presenciar aquela cena. Gabi compreendeu e abraçou o corpo de Bill com força certificando-se que não faltava nenhum pedaço dele, e que ele era e seria sempre somente seu. Nicky olhou para Tom com um sorriso imenso nos lábios de forma um tanto intimidada e envergonhada com o facto de estar novamente perante ele. O beijo que ele lhe tinha dado chegava para que desejasse mais. Queria mais daqueles lábios que lhe traziam porções de felicidade irresistíveis.

- Não me queres cumprimentar como deve ser agora? – perguntou Tom reparando que Bill e Gabi estavam entretidos um com o outro.
- Eu gostei do teu abraço e do teu beijo… - disse Nicky intimidada com o olhar sedutor dele.
- Consigo fazer muito melhor… - disse Tom aproximando-se dela como se fosse um felino, acercando-se do seu corpo para lhe depositar um beijo lânguido e demorado que demonstrava a fome e ânsia que ele tinha em estar a sós com ela.

Nathalie observava a forma natural e desinibida com que Tom beijava Nicky e apercebeu-se que algo se andava a passar entre eles, algo mais do que uma simples atracção e cumplicidade. Tom estava nitidamente interessado em Nicky e procurava seduzi-la com todos os trunfos que tinha em si de maneira a que ela não fosse capaz de o recusar. Ia precisar falar com Tom sobre Nicky. Ele tinha de ter mais cuidado, para não entrar num jogo demasiado perigoso até para ele mesmo. O desejo era capaz de fazer Tom cometer loucuras com preços incalculáveis, tinha de o alertar para a possibilidade de estar a cometer um grande erro, mesmo que ele não fosse gostar de a ouvir.

- Já chega, não? – disse Bill ao aperceber-se que Tom beijava Nicky há tempo demais, largando Gabi para se aproximar deles e separá-los perante o sorriso e olhar cúmplice de Tom e Nicky.
- Não tenhas ciúmes… Para todos os efeitos ela é tua… Eu só estou a pegá-la emprestada… - disse Tom levantando uma sobrancelha a Bill com um sorriso maroto que denotava o quão feliz estava em finalmente ver o seu desejo de estar com Nicky Fuller mais perto que nunca. O beijo dela não enganava: tinha-a na mão.

Bill preparava-se para dar resposta a Tom quando ouviram a porta do trailer abrir-se e por ela aparecer James Mercier. Nicky ficou branca como cal com medo do que poderia acontecer, não queria nenhum escândalo no set do seu filme, mas também não queria que eles se envolvessem novamente numa luta de titãs para mostrar quem era mais forte. Precisava de paz e sossego à sua volta.

- Bem me disseram que as tuas putas tinham chegado… - disse Mercier com um sorriso jocoso nos lábios.
- Puta és tu seu cabrão de merda… - disse Tom enchendo o peito, dando um passo na direcção de Mercier como se fosse rebentar de raiva por o ter visto simplesmente à frente.

Nathalie apercebeu-se imediatamente do perigo que todos corriam dentro daquele trailer e instintivamente disse a Gabi para olhar por Bill e colocou-se à frente de Tom, evitando que ele se conseguisse chegar tão perto de Mercier quanto ele parecia querer. Gabi acenou afirmativamente e de forma imperceptível segurou em Bill pelo casaco que ele trazia vestido. Sentiu o olhar de Mercier desviar-se até si, como se inspeccionasse quem estava presente naquele espaço e sentiu o seu coração gelar ao sentir-se observada por aquele homem que tanto a tinha dilacerado. Nunca tinha estado frente-a-frente com ele, mas tudo o que queria era uma oportunidade para ela mesma ajustar contas com ele, tudo o que desejava era que alguém a segurasse a ela para não cometer uma loucura da qual se poderia arrepender amargamente.

- Não cantes de galo comigo… - disse Mercier fazendo pouco de Tom – Baixa a bolinha e aprende a falar antes me dirigires a palavra…
- Quem tem de baixar a bolinha aqui és tu!!! Não mandas calar o meu irmão, ouviste seu monte de merda? –
insinuou-se Bill, tentando chegar-se ligeiramente à frente em apoio ao seu irmão para perceber que Gabi o tinha preso pelo casaco, e o tentava controlar.
- James… Se não te importares, deixa-nos um pouco a sós… Eles acabaram de chegar… - pediu Nicky aproximando-se de Mercier tentando ser o mais cordial possível.
- É impressão minha ou estás a escolhe-los a eles, em vez de mim??? – perguntou Mercier de forma colérica a Nicky.
- Vê lá como é que falas!!! – disse Bill enraivecido pelo modo como ele se dirigia a Nicky.
- Mantém-te caladinho que a conversa ainda não chegou aí… - disse Mercier levantando apenas uma mão a Bill, sem sequer olhar para ele, mostrando o quão insignificante ele era para si – Vais escolher o teu namoradinho e os amiguinhos dele em vez de mim???
- Eu não estou a escolher ninguém… -
disse Nicky de forma calma, tentando acalmar o ambiente que se fazia sentir tenso e prestes a explodir.

- Tenho uma novidade para ti cabrão… Ninguém te suporta!!! - disse Tom conseguindo dar um passo em frente na direcção de Mercier, levando Nathalie atrás consigo.
- Tom… Controla-te!!! Evita problemas, por favor… - pediu Nathalie colocando as mãos no tronco de Tom, falando com ele em alemão para que Mercier não percebesse – Não te quero ver perto dele novamente…
- Deves achar-te muito engraçadinho sua puta, mas se eu quiser desfaço-te num abrir e fechar de olhos… -
disse Mercier em forma de ameaça.
- Já tentaste e custou-te uma plástica ao nariz meu cabrão… Mas se não te chegou, anda cá… - disse Tom de forma descontrolada – Faço questão de to partir novamente…
- Pára Tom… Por favor… -
implorou Nathalie tentando segurá-lo o máximo que conseguia.

- Vais sair daqui comigo imediatamente… - disse Mercier agarrando no braço de Nicky com a força esmagadora de quem estava decidido em arrastá-la dali para fora.
- Não… - disse Nicky tentando soltar o seu braço da mão de Mercier, sem grande efeito – Não me podes obrigar…
- Não te posso o quê??? –
perguntou Mercier abanando Nicky obrigando-a a olhar para si com a mão que tinha livre – Não ficas aqui nem mais um segundo…

- LARGA-A IMEDIATAMENTE!!! –
gritou Bill fazendo força para se soltar da mão com que Gabi prendia o seu casaco e dar um safanão em Mercier.
- Oh meu Deus… - disse Nathalie em pânico a ver aquela cena, e por instinto percebendo que Mercier acabava de largar Nicky e que muito provavelmente se preparava para um duelo com Bill, gritou a Tom – Agarra o teu irmão!!!
- Carallho… Voltas a tocar-lhe com um dedo que seja eu acabo contigo cabrão!!! –
ameaçou Bill colocando-se em frente de Nicky à espera que Mercier se virasse contra si para poder alegar que lhe tinha batido em legitima defesa.
- Experimenta sua puta de merda!!! – disse Mercier fechando o punho.

Nathalie largou Tom e este foi direito a Bill puxando-o para trás pela cintura. Conhecia Bill demasiado bem para saber que mesmo que ele fosse fraco fisicamente, quando estava alterado era capaz de ganhar a força de um touro e levar tudo pela frente, atingindo os locais mais sensíveis para debilitar o seu adversário. Por mais que a sua vontade fosse a de se juntar a Bill e dar uma valente lição a Mercier, precisava de ser racional e tentar controlar-se, nem que fosse por Nathalie que lhe tinha pedido e por Nicky que se encontrava visivelmente nervosa e que começava agora a chorar com a tensão que se tinha criado à volta daquele encontro. Nathalie puxou Nicky de forma instintiva para si, tirando-a de perto de Mercier. Podia não gostar dela, mas o seu instinto protector era mais forte do que a incompreensão e ódio que pudesse sentir por ela naquele momento. Sentiu os braços de Nicky abraçarem-na, e como se fosse uma criança desprotegida, procurar força em Nathalie para parar de chorar e enfrentar aquilo que estava a acontecer.

Gabi permanecia imóvel. Aquela cena tinha desencadeado em si uma raiva e um ódio a James Mercier superior ao que alguma vez tinha sentido por qualquer criatura, ou situação que tivesse experienciado na sua vida. A repulsa que sentia por ele era tão excruciante que tudo o que mais desejava era ser capaz de cometer uma loucura e vingar-se de todos aqueles que amava com as suas próprias mãos. Nunca antes tinha sentido uma sede de vingança tão forte dominar o seu corpo. Nunca antes tinha sentido que as consequências a pagar pela sua loucura seriam sempre ligeiras em relação ao prazer que lhe daria deixar-se levar pelo momento. Era um favor que fazia à humanidade. Olhou para Bill, Tom, Nathalie e Nicky e viu-os prostrados e consumidos por tudo aquilo que se estava a passar e não aguentando a pressão e a vontade que tinha em deixar a sua mão bem marcada no rosto de Mercier. Rodou o anel que tinha na mão direita, de forma calculada, para que os ornamentos do mesmo ficassem virados para dentro e fizessem mais danos e puxando a sua mão atrás, aproximou-se do manager de Nicky dando uma estalada nele com toda a força e raiva que sentia no seu interior, dizendo de forma automática:

- Não se bate, nem se toca numa mulher com um dedo que seja!!!
- Isso é o que tu pensas… -
disse Mercier meio atordoado por não estar à espera do estalo de Gabi, dando um passo na direcção dela, mostrando interesse em retaliar aquela agressão
- LIVRA-TE!!! – gritou Bill colérico de raiva ao reparar que Mercier colocava sequer a possibilidade de se virar contra Gabi – MORRES JÁ AQUI!!!
- Eu juro que o solto… E me vou a ti também… -
disse Tom de forma rápida e instigadora.

- Vai embora James…. Por favor… - pediu Nicky chorando refugiada nos braços de Nathalie.
- Eu não me vou esquecer disto!!! – ameaçou Mercier.
- Eu só quero recebê-los e dar-lhes as boas vindas, eles acabaram de chegar… Daqui a um bocado já se vão embora... – garantiu Nicky tentando apaziguar as coisas para que ninguém ficasse em maus lençóis.
- Este é o meu território!!! Eu disse que me mantinha afastado de tua casa quando eles cá estivessem, mas aqui ninguém entra… - disse Mercier.

- Adivinha quem entrou? – disse Tom de forma sarcástica.
- Cala-te!!! – disse Nathalie, dando um ligeiro pontapé a Tom para que ele não tornasse as coisas piores do que já estavam.
- Eles que voltem a pisar a Universal que vão ver… - disse Mercier falando como se eles nem estivessem presente, abrindo a porta do trailer para antes de sair olhar para Gabi de forma assustadora e acrescentar – Estás na minha lista negra…

- CABRÃO DE MERDA…. SEU GRANDESSISSIMO FILHO DA PUTA…. EU VOU-TE POR ATRÁS DAS GRADES CARALHO… VAIS APODRECER NO INFERNO CABRÃO… OUVE O QUE EU TE DIGO!!! –
disse Bill em alemão, libertando-se dos braços de Tom, indo de encontro à porta que Mercier acabava de fechar para mandar um pontapé nela com toda a força que possuía.

Gabi sentiu o seu coração voltar a bater depois de Mercier sair e percebeu que se Bill estava assim tão alterado pela possibilidade dele se constituir como uma ameaça para si, seria mesmo capaz de o matar com as suas próprias mãos se soubesse de tudo o que se tinha passado. Correu até aos braços de Bill assustada e abraçou-o com alento tentando transmitir-lhe força, e apaziguar na medida do possível, o corpo alterado dele. Abraçou-o com força e deixou que os seus corpos escorregassem até ao chão num abraço forte e repleto de amor. Gabi levou as mãos à cabeça dele e acariciou-o de forma terna e doce, juntando a sua testa à testa dele, tentando acalmar o ritmo tresloucado a que o coração de ambos batia.

- EU QUERO MATÁ-LO!!! – gritou Bill ainda de forma descontrolada, sendo silenciado pelos lábios de Gabi que se uniam os seus na esperança de o acalmar.
- Ele não merece que sujes as tuas mãos… - disse Gabi ajoelhando-se no interior das pernas de Bill para o abraçar e não mais largar até que ele se acalmasse.

Nathalie sentiu Nicky querer-se soltar dos seus braços e deixou-a ir embora, sentando-se num pequeno sofá que por ali havia levando as mãos à cabeça tentando gerir aquilo que tinha acabado de acontecer, e o facto de ver Bill como nunca antes tinha visto. Agora percebia ainda melhor o porquê de Gabi não lhe contar o que tinha acontecido com Patrick, Bill seria capaz de cometer uma loucura com a qual poderia pagar o preço da sua liberdade.

Nicky precisava de ar. Tinha de sair daquele espaço e tentar perceber o que tinha acabado de acontecer e que implicações teria no seu futuro. Mercier tinha ficado furioso consigo. Temia a próxima vez que estivesse a sós com ele. Tinha muito medo do que poderia acontecer, agora que ele se começava a mostrar agressivo consigo. Entrou para dentro de uma pequena divisão do trailer reservada para fazer a maquilhagem e arranjar o cabelo para a sua personagem e no momento em que ia fechar a porta atrás de si, sentiu uma mão impedi-la de o fazer. Era Tom.

- Preciso ficar sozinha… - disse Nicky entrando no interior do pequeno compartimento, ouvindo Tom fechar a porta sem ligar àquilo que ela dizia – Por favor…
- Como é que consegues viver assim??? –
perguntou Tom ainda alterado com tudo o que tinha acabado de acontecer – Como é que és capaz de deixar que ele mande em ti e te use desta forma???

- Se me vens fazer sentir pior… -
disse Nicky regressando a sentir lágrimas escorrerem sobre o seu rosto com a agressividade que via em Tom.
- Eu quero ajudar-te… - disse Tom aproximando-se dela para a abraçar e percebendo que tinha sido demasiado áspero acrescentou – Desculpa se fui bruto na maneira de falar… Mas não percebo como é que tu consegues viver assim…

- … Eu acho que ele gosta de mim… -
confessou Nicky de forma insegura, soltando-se dos braços de Tom.
- Não… Ninguém que goste de ti te trata da forma como ele te tratou!!!
- Não estás a perceber… Eu acho que ele gosta mesmo de mim…
- Ele pode ser obcecado por ti mas gostar de ti, não gosta!!! –
disse Tom ainda um pouco alterado, mas curioso – … Mas porque é que dizes isso?
- Algumas atitudes que ele tem tido… -
disse Nicky sentando-se na cadeira onde geralmente era maquilhada, olhando-se ao espelho para ver que a sua maquilhagem estava esborratada e a precisar de um retoque – Por isso é que ele detesta o Bill… Porque pela primeira vez encontrou um adversário à altura… Até agora éramos só nós os dois... Eu nunca tinha olhado para nenhum rapaz… Agora com o Bill na minha vida, ele deve estar com medo de me perder…

- Mas o Bill tem namorada, e ele sabe!!!
- Mas o Bill, é o Bill… Será sempre o meu melhor amigo, uma pessoa em quem confio cegamente, a quem entreguei a minha virgindade… O James sabe que o Bill tem poder e influencia sobre mim e isso assusta-o…
- Mas ele alguma vez se declarou a ti? –
perguntou Tom sentando-se sobre a mesa de maquilhagem para olhar para ela de frente.
- Não… - disse Nicky apoiando os cotovelos na mesa, e a cabeça nas mãos, suspirando fundo – O James sempre foi como um pai para mim… A ideia de ter seja o que for com ele deixa-me enojada….

- Ele não te pode obrigar a nada… -
disse Tom passando uma mão sobre o cabelo dela para a tranquilizar de alguma forma.
- Pode… - disse Nicky olhando para os olhos meigos de Tom sentindo uma faca trespassar o coração ao lembrar-se do seu passado – Não seria o primeiro homem a fazê-lo…
- Ohhh Nicky… -
disse Tom sentindo a dor dela através do olhar pesaroso e magoado com que ela o fitava.

Tom tomou o rosto de Nicky com ambas as mãos e acariciou a sua face com os polegares, tentando transmitir-lhe complacência e carinho naquele momento difícil. Viu os olhos dela fecharem-se e duas grandes gotas rolarem sobre a sua face, e sentiu-se impelido em procurar apaziguar o seu coração da única forma que sabia como o fazer, da única forma que sabia que ela seria incapaz de resistir. Dobrou-se sobre o corpo dela e aproveitando o facto dela estar de olhos fechados beijou-a de forma doce, sentindo que os lábios dela não mostravam a vontade que anteriormente tinha sentido neles para o beijar. Aquele encontro tinha de ser muito doloroso para ela, para praticamente negar os seus beijos. Puxou Nicky pelos braços, obrigando-a a levantar-se, e abriu as pernas, puxando-a de encontro a si, fazendo com que ela ficasse entre as suas pernas. Voltou a pegar na face dela com ambas as mãos e acariciando-a, voltou a levar os seus lábios até ela, desta vez de forma ainda mais empenhada e doce, transmitindo-lhe força e vontade de se animar, e calmamente começou a sentir as mãos dela pousarem sobre as suas pernas, acariciarem-no, procurarem abraçar a sua cintura, e beijá-lo com a mesma dedicação e afecto com que ele o fazia. Separou-se dos lábios de Tom e abraçou o corpo dele, enterrando a cabeça no seu peito. Sentia-se mais calma depois de sentir que ainda existiam homens que eram capazes de se preocupar consigo de forma pura. Levantou a cabeça do peito de Tom e olhou para ele ainda entristecida com tudo o que tinha acontecido.

- Não podemos ser vistos juntos em minha casa… - disse Nicky de forma meiga – O James tem as empregadas controladas, se elas desconfiam que se passa alguma coisa entre nós, vão a correr contar-lhe e eu não quero que ele saiba de ti… Não quero sequer imaginar aquilo que ele pode fazer contra ti…
- Eu não tenho medo dele… -
disse Tom acariciando a nuca de Nicky, depositando um beijo terno nos lábios dela – Mas talvez tenhas razão… Talvez seja melhor termos cuidado… Eu também não quero que ele se vire contra ti…

- Tom… Se não quiseres estar comigo, eu compreendo…
- Eu vim até aqui única e exclusivamente para estar contigo… Quando quero alguma coisa sou muito obstinado… -
disse Tom abraçando-a de encontro ao seu peito – Continuo a querer-te e a desejar-te…

- Tu não sabes como a minha vida pode ser complicada… Posso parecer a menina bonita e queridinha de Hollywood que tem tudo na vida… Mas isso é só a imagem que querem fazer passar de mim… Eu sou muito diferente…
- Eu sei… -
disse Tom procurando os lábios dela novamente para a beijar de forma carinhosa.

Nicky e Tom ouviram bater à porta do pequeno compartimento onde estavam fechados e separaram-se.

- Sim… - disse Nicky.
- Estão-te a chamar para regressares ao set… - anunciou Nathalie.

Nicky olhou-se ao espelho e entrou em pânico com o estado da sua maquilhagem. Não podia sair naquele estado ou ficariam a pensar que algo muito bom, ou muito mau tinha acontecido entre ela e Bill. Abriu a porta, olhando para Nathalie meia perdida sem saber o que fazer e lembrando-se que ela era maquilhadora perguntou:

- Achas que estou muito mal?
- Estás assustadora! –
disse Nathalie, sendo o mais directa e honesta possível, detectando com um só olhar todos os pontos que deveriam ser corrigidos na maquilhagem dela, e percebendo que não podia deixar Nicky sair naquele estado, ou toda a gente perceberia que algo se tinha passado, perguntou – Tens maquilhagem?
- Sim… -
disse Nicky afastando-se da porta para que Nathalie entrasse e visse a mesa de maquilhagem que tinha ao seu dispor.
- Senta-te… - ordenou Nathalie, perscrutando com o olhar aquilo que tinha sobre a mesa para utilizar em Nicky, e olhando para Tom com um olhar inquisidor e imperativo disse-lhe – Baza… Não quero distracções…
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Catarina Kretli
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeTer Jul 26, 2011 12:37 am

Nathalie, Bill e Tom: Os melhores amigos que eu já vi, eles tem uma amizade incrível. O Mercier tinha que aparecer né ? Ele sempre esta lá para atrapalhar todos os planos. CÉUS, o Bill virou mesmo um bicho agora tanto ela como a Gabi. Será que agora a Nathalie vai mudar de ideia sobre a Nicky ? Agora ela viu que a Nicky também é só mais uma vitima do Mercier. Nicky e Tom ? Acho que vai rolar um sentimento e se não rolar vai ter algo muito forte né ? Agora só digo uma coisa: MERCIER, MORRA!
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeQua Jul 27, 2011 8:18 pm

CaTaRiNaAaAAaa \o/ \o/ \o/


Simmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm!!! Os gemeos e a Nat são super unidos I love you I love you I love you
Claro.... se o Mercier n aparecesse, n era Mercier...... GrrRrrRrr..... p*t* p*t* p*t* p*t*
O BiLL vira bixo MESMO!!!!
Era bom k a Nat mudaxe de ideias.... Rolling Eyes
Hmmmmm.... Vc tá prevendo amor no ar???? UuUuUhHhHhHhhh =) =) =)




* * * KiSsEsSSSs * * *





142

[FF] - Kampf der Liebe - Página 16 142a

Abriu sorrateiramente a porta do seu quarto e deitou a cabeça de fora para inspeccionar o corredor. A casa estava em silêncio, toda a gente já se tinha ido deitar à meia hora. Saiu do quarto, fechando a porta atrás de si, e encaminhou-se até ao quarto onde em tempos quase se tinha entregado a Bill, momentos antes de descobrir que ele lhe tinha mentido sobre o seu passado com Nicky Fuller. Abriu a porta do quarto da moda onde Bill estava hospedado, e de forma sorrateira entrou para o seu interior dando com Bill deitado sobre a cama a escrever no seu caderno de apontamentos, interrompendo a sua linha de raciocínio e roubando a sua atenção. Bill olhou para ela e sorriu de forma bem rasgada. Parecia ter visto aquela que era a sua musa inspiradora.

- Estava a ver que nunca mais vinhas ter comigo… - disse Bill pousando o caderno e a caneta que usava para escrever sobre a mesa-de-cabeceira.
- Hoje não tivemos uma oportunidade de falar só os dois… - disse Gabi aproximando-se da cama para se sentar ao lado dele.
- Não acredito que vieste até aqui só para falar… - disse Bill com um sorriso maroto nos lábios ao mesmo tempo que pegava no rosto dela com ambas as mãos e a beijava de forma saudosa e apaixonada.
- Vim… - disse Gabi pegando nas mãos de Bill que se mantinham no seu rosto para as acariciar – Não me sinto bem com esta situação…
- Que situação?
- De termos de andar escondidos…
- Eu sei… Mas aqui estamos em segurança… -
disse Bill puxando o corpo dela até si, obrigando-a a deitar-se sobre a sua cama, aninhando-se no seu peito – Não nos precisamos de esconder…

- Não sei se gosto da ideia de termos alguma coisa em casa da Nicky… -
confessou Gabi, acariciando o peito de Bill – Não me sinto à vontade aqui…
- Este quarto traz-te más recordações?
- Não é só o quarto… Esta casa não me inspira confiança… -
disse Gabi levantando a cabeça do peito de Bill para olhar para ele – As paredes parecem que têm ouvidos, sinto-me insegura, como se a qualquer momento o Mercier fosse entrar por aquela porta adentro e fazer-nos mal…
- Comigo aqui não precisas de ter medo ou sentir-te insegura… -
disse Bill beijando-a ternamente – Não vou deixar que ele se chegue perto de ti…

- E de ti? Quem é que te protege a ti? –
perguntou Gabi abraçando o pescoço de Bill para se deixar ficar nos braços dele assustada com a possibilidade de Mercier tornar-se mais agressivo contra o seu amado.

Bill abraçou-a, sentindo parte da dor que Gabi espelhava nos seus olhos e abraços. A pergunta dela era legítima. Há muito tempo que Mercier fazia de tudo para o atingir e magoar aqueles que o rodeavam. Há muito tempo que tentava proteger todos aqueles que amava e saía sempre derrotado. Há muito tempo que se tinha esquecido de si e da necessidade básica de se proteger, mas não era agora que ia começar a pensar em si mesmo, não depois dos eventos daquela tarde em que Gabi tinha entrado oficialmente na lista negra de Mercier. Se ele a magoasse de alguma forma, Bill nunca se perdoaria. Perder Gabi estava fora questão, mas a ideia de se afastar dela por uns tempos até que as coisas acalmassem, tinha-lhe passado pela cabeça, mesmo que a dor de estar afastado dela por tempo indeterminado fosse sufocante para a sua existência. Levou os lábios até aos cabelos dela beijando-a de forma doce, ao mesmo tempo que acariciava a sua cabeça.

- Se nós nos afastássemos… - sugeriu de forma pausada, vendo o corpo de Gabi afastar-se de si e olhá-lo num misto de espanto e pânico – Só por uns tempos… Até as coisas acalmarem…
- Não!!! –
disse Gabi abanando a cabeça violentamente da direita para a esquerda em clara negação do que ouvia da boca de Bill – Estamos nisto juntos!!! Não te vou deixar nas mãos dele desamparado!!! Isso não está sequer em questão!!!
- Era mais seguro para ti… -
disse Bill passando uma mão sobre a face dela de forma carinhosa.
- Que se dane o que é mais seguro para mim!!! – disse Gabi segurando na mão de Bill levando-a até aos seus lábios para a beijar – Eu quero estar ao teu lado… Além disso eu trabalho para vocês… Não posso desaparecer do dia para a noite… A Dunj acabou de ter um filho e para alguém me substituir ia precisar de treino… Não!!! Eu vim para ficar… Tu és parte da minha vida e eu não vou fugir, nem abandonar-te!!!

- Eu sabia que não me devia ter aproximado de ti até isto estar tudo resolvido e atrás de costas… -
lamentou-se Bill sentindo Gabi abraçá-lo – Desculpa ter-te arrastado comigo para este pesadelo… Fui egoísta e…
- O que temos de fazer é falar com um advogado e começar a estudar todas as hipóteses de o meter atrás das grades… É a única maneira disto tudo terminar e de podermos ser finalmente livres…


Bill procurou os lábios dela e de forma apaixonada, vigorosa e sedenta beijou-a. Gabi era uma mulher forte e corajosa, a mulher perfeita para ter ao seu lado. Abraçou-a com todo o amor que sentia no seu interior e deixou que a sua vontade de a ter o consumisse e guiasse a beijos arrojados, sentindo o corpo dela receptivo à paixão e ao momento que os unia.

- Acho que depois daquilo que se passou hoje à tarde podes começar a dormir comigo… - disse Bill de forma sussurrada roçando os seus lábios no pescoço dela com desejo.
- Não… Isso pode dar que falar…
- O Mercier já percebeu que nós estamos juntos… -
disse Bill roçando os seus lábios até aos lábios dela, olhando-a nos olhos de forma tentadora – Não precisamos de fingir…
- Mesmo assim… -
disse Gabi tomando os lábios dele num beijo forte e apaixonado – Se um dia algum dos empregados da Nicky for subornado para falar sobre a vossa relação… Mais vale que diga que vocês dormiam em quartos separados, do que, que dormias com outras na casa dela…
- Estás sempre a pensar de forma racional e estratégica… Deixa-te levar pelo desejo e por um impulso e fica comigo… -
pediu Bill deitando o seu corpo sobre o dela, beijando o seu pescoço.
- Sou demasiado racional para isso… Não foste tu que disseste que eu não sei ser impulsiva? – disse Gabi colocando as suas pernas à volta do corpo dele sentindo o desejo de o ter crescer no seu interior de forma perigosa para quem não se queria entregar a ele sobre alçada de Nicky Fuller.

- Hoje foste bastante impulsiva… - disse Bill parando para a olhar nos olhos – Andas muito agressiva… Primeiro bates no Patrick, agora bates no Mercier… Estavas-me a segurar para eu me controlar e de repente… Foi como se a tua mão me desse luz verde para avançar sobre ele…

Gabi engoliu a seco a afirmação de Bill. Talvez a sua mão que segurava no casaco dele se tivesse soltado facilmente demais. Talvez quisesse no seu interior que Bill vingasse tudo o que Mercier lhe tinha feito, mesmo que não soubesse do que se tratava. Talvez devesse ter feito mais força na mão que o segurava, tinha a certeza que seria capaz de o segurar se, se tivesse esforçado realmente para isso.

- E depois... Deixaste-me ir… E quando eu não me consegui aproximar demasiado, tu foste por mim… - disse Bill percebendo que o olhar afogueado de Gabi tinha mudado radicalmente e apresentava-se agora contido e ligeiramente assustado – … Porque é que bateste nele? – perguntou Bill saindo de cima dela, ajoelhando-se na cama – Porque é que bateste no Patrick? Nunca fiquei a perceber bem essa história…
- Estávamos tão bem, porque é que tinhas de falar nesse assunto? –
perguntou Gabi sentando-se na cama, incomodada por ele voltar a tocar naquele assunto.
- Quero conhecer-te melhor e perceber o porquê de o teres feito…
- Ambos se comportaram como perfeitos anormais e eu não me consegui controlar…
- Colocaste-te em perigo desnecessariamente… -
disse Bill com medo do que pudesse acontecer-lhe no futuro, e estranhando tudo o que se tinha passado temeu que ela tivesse algum segredo passado e sombrio do qual não se sentisse à vontade para falar, e que isso estivesse a mexer com ela e a torná-la mais agressiva. Nicky reagia sempre de forma agressiva quando sentia o cerco apertar. Será que Gabi tinha algo no seu passado semelhante a Nicky? – Já te aconteceu… Algum homem tratar-te mal? ... Forçar-te a alguma coisa que não querias?

Gabi sentiu o seu coração parar de bater e a sua respiração extinguir-se como se Bill conseguisse ler a sua alma e o seu coração, e acabasse de a desnudar de forma assustadora com um simples olhar. Como é que poderia dizer-lhe que não, se a dor que sentia no seu interior era ainda tão recente? Mas dizer-lhe que sim ia simplesmente despoletar perguntas às quais ela teria de mentir. Era preferível mentir-lhe logo à partida do que fazê-lo acreditar que algo tinha acontecido no seu passado e que não confiava nele para falar no assunto. Bill não podia saber de nada, por mais que começasse a suspeitar que algo pudesse ter acontecido no seu passado longínquo que a tornava sensível ao facto de um homem ser mais agressivo com uma mulher.

- Não… - disse Gabi evitando olhar para os olhos instigadores dele. Ajoelhou-se na cama em frente dele e lembrando-se das palavras que Nathalie lhe tinha dito que resultariam na perfeição para afastar aquela conversa um dia que ela os atormentasse, olhou para os olhos dele de forma desprotegida e acrescentou – Mas os meus instintos primários e selvagens tomaram conta de mim e senti um desejo incontrolável de saltar sobre eles…
- Isso soa-me a algo erótico… -
disse Bill com um sorriso perverso nos lábios.
- Mas não é… Nunca poderia ser… Não quero nada erótico com ninguém sem ser contigo… - disse Gabi impressionada com o facto de ter conseguido desviar as atenções.

Aproximou-se do corpo dele, olhando-o de forma sensual, e levou as mãos ao seu peito, acariciando-o de forma afectuosa, levando os seus lábios até ao piercing que ele tinha no mamilo, beijando-o e brincando com a língua nele, fazendo com que Bill se esquece-se de tudo o que tinha acontecido, concentrando-se apenas nela e na forma perfeita como ela era capaz de o fazer sentir-se amado e especial. Só queria paz na sua vida e estar nos braços da mulher que amava, rodeado da sua música, família e amigos.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Abriu sorrateiramente a porta do seu quarto e deitou a cabeça de fora para inspeccionar o corredor. A casa estava em silêncio, toda a gente já se tinha ido deitar à pouco mais de meia hora. Saiu do quarto, fechando a porta atrás de si, e encaminhou-se até ao quarto onde em tempos sabia que Bill se tinha entregado a ela. Bateu levemente na porta fazendo-se anunciar, mas não recebeu qualquer resposta, optou por entrar no quarto de Nicky pé ante pé, fechando a porta nas suas costas.

- Nicky… - chamou ele de forma praticamente sussurrada, não só para se fazer anunciar como para prevenir o facto dela já estar a dormir.

Aproximou-se sorrateiramente da cama e percebeu que ela aparentemente não estava no quarto. Encaminhou-se até à pequena varanda e abriu a janela para espreitar lá para fora, e aperceber-se que ela também não se encontrava ali. Tom ficou intrigado. Onde estaria Nicky? Será que tinha ido procurar o seu irmão? Se fosse esse o caso e se soubesse que ela o tinha feito para algo mais do que conversar, dava a sua busca e desejo por Nicky Fuller por terminado. Aceitava que Bill fizesse parte do passado dela, mas não aceitava que ela ainda o quisesse como presente, e que ele, Tom Kaulitz, fosse apenas e só a segunda escolha, visto a primeira já estar ocupada por Gabi.

- Tom… - disse uma voz atrás dele – O que é que estás aqui a fazer?

Tom virou-se para trás e viu Nicky de sorriso no rosto, intrigada com o facto dele estar na sua varanda.

- Vem cá para dentro… Está frio aí fora… - disse Nicky dando espaço para que Tom passasse para o interior do quarto, para de seguida fechar a porta que dava acesso à pequena varanda e os cortinados que protegiam a intimidade do seu quarto – O que é que estás aqui a fazer?
- Vim procurar-te… -
anunciou Tom olhando para a camisa de dormir de seda vermelha escura justa e sensual que ela exibia por debaixo de um roupão, também ele de seda, cor de pérola – Onde é que estavas?
- Na casa de banho a lavar os dentes… Nem te ouvi entrar… -
disse Nicky apertado o roupão ao perceber que os olhos de Tom estavam visivelmente interessados no seu corpo.

- Disseste que não podíamos estar à vontade em tua casa… - disse Tom aproximando-se dela para a abraçar pela cintura e levar os seus lábios ao pescoço dela sabendo que a teria na mão se o fizesse – Mas não me disseste que eu não te podia fazer uma visita à noite quando ninguém estivesse acordado…
- Hoje é melhor não… -
disse Nicky afastando-se de Tom tentando não ceder à pressão dos seus lábios – Não me sinto bem com tudo o que aconteceu hoje à tarde e estou muito cansada…
- Hmmm… - disse Tom perdendo as esperanças de estar com ela, pensando na possibilidade dela o ter atraído até ali para alegar nunca estar preparada para si. Não iria suportar aquela tortura.

- Mas se quiseres podes dormir comigo… - sugeriu Nicky que tinha vontade de estar perto dele e sentir-se amparada nos seus braços. Não o queria desiludir, nem afastar, apenas precisava daquela noite para se recompor de tudo o que tinha acontecido.
- Dormir?! – perguntou Tom num tom que dava a entender que não sabia daquilo que Nicky falava.
- Sim… - disse Nicky meio assustada com a forma como Tom tinha repetido a palavra dormir. Seria assim tão estranho ela quere-lo por perto mesmo que nada físico acontecesse entre eles?
- Sem que nada aconteça???
- Sim… Tu dormes, não dormes?
- Sim…
- Nunca dormiste com nenhuma rapariga, só por dormir?
- Sem que nada aconteça?! Hmmm… Sim… Já dormi com a Nat… Mas a Nat é a Nat! -
disse Tom tentando explicar-lhe que ela não podia ser comparável a uma amiga sua pela qual não sentia desejo.

- Ok… - disse Nicky entristecida por ver que Tom só queria realmente o seu corpo e que não estava disponível para partilhar alguma intimidade consigo - Então se a ideia de dormires comigo te é assim tão estranha… Vemo-nos amanhã de manhã…
- Não é isso... –
disse Tom prontamente para que ela não pensasse em algo errado - É que eu não sei se consigo dormir contigo sem tentar absolutamente nada… Principalmente contigo assim…
- Assim como?!
- Nessa camisa de dormir… -
disse Tom passando a língua sobre os seus lábios de forma demorada e ansiosa.

- Queres que vá vestir um pijama feio e usado para te sentires mais à vontade perto de mim? – perguntou Nicky com um sorriso tímido e sedutor nos lábios achando querida a forma como ele se sentia abrasado perto de si.
- Se for para dormirmos juntos e não acontecer nada… É melhor… Quanto menos atraente estiveres, mais me controlarei… Se é que isso é possível estando na mesma cama que tu…
- … Eu acho que não tenho pijamas feios e usados…

- Talvez um fato de treino velho? –
sugeriu Tom tentando agradá-la e proteger-se da tentação ao mesmo tempo - … E largo de preferência!
- Vou procurar… -
disse Nicky encaminhando-se até ao seu closet para procurar a roupa menos atraente que possuía, a fim de garantir que passaria a noite nos braços de Tom em segurança.

- Podemos pelo menos curtir? – perguntou Tom tentando a sua sorte, enquanto a via no interior do closet à procura de roupa velha.
- Isso não te vai fazer despertar o desejo? – perguntou Nicky a rir com a pergunta de Tom. Quase que se sentia impelida a esquecer-se dos seus problemas numa noite escaldante com ele. Tom era absolutamente sedutor na sua forma natural de ser. Aquela noite seria um bom desafio para ver até que ponto ele se importava consigo.
- Tens razão… - disse Tom suspirando fundo, sentando-se nos pés da cama a ver a sua noite de prazer ir por água abaixo.

- O que é que achas deste? – perguntou Nicky mostrando a Tom umas calças da Adidas largas, e uma t-shirt branca de uma campanha de solidariedade que tinha feito no ano passado.
- Bastante inatraente… Mas acredito que em ti fique perfeito…
- Se não é atraente serve… -
disse Nicky saindo do closet para ir até à casa de banho trocar de roupa, enquanto Tom aguardava.

Tom passeou o seu olhar pelos pormenores que se faziam ver no quarto dela enquanto esperava que Nicky se vestisse, e pensou que talvez fosse uma loucura estar-se a submeter àquela tortura só para agradar Nicky. Talvez fosse melhor cada um deles dormir no seu quarto e quando ela se sentisse melhor, encontrarem-se para cumprirem com o desejo de ambos. Não sabia se seria capaz de passar uma noite inteira na cama com ela sem tentar aproximar-se de forma sexual. Se assim fosse, seria um verdadeiro mártir. Quem era o homem que na sua situação e sabendo que Nicky o desejava com a mesma força com que ele a desejava a ela, era capaz de não tentar a sua sorte? Mas também, quem era o homem que no seu perfeito juízo ia negar o convite de Nicky para dormir do seu lado uma noite? Respirou fundo e viu Nicky sair da casa de banho vestida de forma desleixada. Nunca a tinha visto assim. Era um facto que estava menos atraente do que nunca, mas mesmo o modo como aquelas calças e a t-shirt caiam sobre o seu corpo tornavam-na interessante e davam-lhe uma vontade imensa de a despir para descobrir o que se escondia por baixo de toda aquela roupa.

- Então? – perguntou Nicky dando uma voltinha sobre si mesma para Tom fazer a sua apreciação.
- Definitivamente nada funciona contigo… - disse Tom levantando-se da cama fazendo uma expressão de aflição e tentativa de controlo – O melhor é irmos mesmo para a cama e ver no que dá… Se me portar mal, só tens duas coisas a fazer…
- O quê? –
perguntou Nicky a rir abrindo a cama para que ambos se pudessem deitar.
- Ou me expulsas… Mas com carinho! Lembra-te que eu estou meio a dormir e inconsciente e que tudo o que fizer é incontrolável…
- Simmm… -
disse Nicky a rir, entrando para o quentinho da cama observando-o tirar os ténis e despir as calças de ganga - … Ou?
- Ou cedes… -
disse Tom sorrindo de forma aliciante e provocadora à medida que entrava para dentro da cama – E se me perguntares qual é a melhor opção… Eu ia para a segunda…
- Vou manter isso em mente… -
disse Nicky a rir, virando-se de lado para ficar frente-a-frente com ele, à distância de um palmo, observando o quão bonito e meigo ele era capaz de ser. Passou uma mão sobre a face dele, acariciando-o e acrescentou - Gosto muito de te ter aqui…
- Eu também gosto de estar aqui… Embora gostasse de estar aqui por outros motivos… -
disse Tom mandando a boquinha.

- Desculpa, eu não sou a Amber… Comigo tens de ter mais calma…
- Eu não quero a Amber… Quero-te a ti… Mesmo muito… -
disse Tom aproximando os seus lábios dos dela pensando que talvez não devesse fazê-lo.
- E eu a ti… Acredita… - disse Nicky tomando os lábios dele num beijo longo e profundo, sentindo uma mão de Tom procurar a sua cintura por debaixo dos lençóis.
- É melhor não me beijares assim… - disse Tom após se desprender dos lábios dela e largar a sua cintura – És capaz de estar a cavar a tua própria sentença…
- Eu quero estar contigo… -
disse Nicky abraçando o corpo dele, enternecida com as palavras e o jeito tão singular que ele tinha – Eu quero cavar a minha própria sentença… Só não quero que seja hoje… Estou cansada e aquilo que aconteceu com o James esta tarde magoou-me muito… Ver-vos debaterem-se contra ele…
- Senti-lo agarrar-te e obrigar-te a fazer algo contra a tua vontade… -
acrescentou Tom.
- Sim… - disse Nicky largando o corpo de Tom para se virar de barriga para cima, evitando olhar para os olhos dele – Estou farta de ser usada…

- Eu não te vou usar… -
disse Tom mantendo-se afastado do corpo dela para que ela não se sentisse minimamente ameaçada.
- Vais…
- … Mas só quando ambos quisermos… -
disse Tom percebendo que Nicky sabia quais eram as suas intenções com ela. Estava em maus lençóis.

- Mas eu também te vou usar a ti… - disse Nicky olhando para ele timidamente por reconhecer que também o queria usar – E eu sei que não vais querer mais nada comigo a seguir… Mas mesmo assim vai ser muito bom…
- Nicky…
- Eu não te estou a pedir nada… -
disse Nicky virando-se novamente de lado para ficar de frente para ele – Continuo sem querer uma relação contigo, ou com quem quer que seja… A minha vida é complicada demais para ter um compromisso com alguém… O namoro com o teu irmão fez-me perceber isso melhor do que nunca… Estou demasiado sensível, instável, confusa, desequilibrada até… Preciso de pôr um ponto final no meu passado para ser capaz de seguir em frente… Sempre pensei que tinha conseguido ultrapassar tudo o que tinha acontecido comigo… Mas o teu irmão também me fez perceber que estava apenas enganada e que não sou tão forte como sempre julguei ser… Tenho muitos problemas que preciso de resolver na minha vida, e preciso de resolvê-los sozinha, ninguém me pode ajudar… Não consigo ter um homem do meu lado antes de saber lidar com os meus medos e inseguranças…

- Então, porque é que disseste aquilo?
- Porque quero ser especial para ti… -
disse Nicky beijando os lábios dele de forma doce – Tu vais ser muito especial para mim, e eu quero ser especial para ti também… Não quero ser apenas mais uma das tuas conquistas… Quero que te lembres da minha cara, do meu nome, da noite que passaste comigo, e daquilo que sentiste quando te entregaste a mim…
- É impossível esquecer-me de ti… Sonho contigo há tempo demais… -
disse Tom sentindo-se demasiado abrasado para o que devia.
- Eu não sou a pessoa que sempre viste na televisão e no cinema… Sou mais que isso… Não quero que penses em mim como a Nicky Fuller… Quero que penses em mim como a Blair Blackblade… É esse o meu nome verdadeiro… Não quero que penses em mim debaixo de uma camada irreal de maquilhagem que me faz parecer um protótipo de mulher perfeita… Quero que penses em mim como alguém normal por quem um dia te sentiste atraído…

- Se te é tão difícil esquecer o passado e seguir em frente sendo íntima com um homem… Porque é que foste para a cama com o Bill? –
perguntou Tom tentando quebrar a onda de desejo que o consumia, e tentando conhecer e perceber melhor a Nicky que se mostrava a si de forma nua e crua, sem máscara.
- Eu amo o teu irmão… - confessou Nicky sem pudor – Não como homem, mas como pessoa… Demorei algum tempo a perceber que sentimento era este que tinha por ele, porque nunca me tinha aproximado de um homem desta forma… O único homem na minha vida, sempre foi o James… Mas o James é como um pai para mim… Nunca tinha sido tão próxima de mais ninguém... Nunca tive irmãos… Nunca tive amigos rapazes que não fossem gays… Todos os outros só se queriam aproximar de mim para me levarem para a cama… - desabafou Nicky – O teu irmão foi o primeiro homem a quem entreguei o meu coração… Em quem confiei cegamente… Amo-o tanto que é como se ele não tivesse sexo para mim… Não o vejo como um homem ameaçador que um dia me poderá usar e forçar a algo, vejo-o como uma pessoa maravilhosa que me ajudou mais do que alguma vez podia esperar…
- Não o vês como um homem, mas pediste-lhe para ir para a cama contigo…
- Sim… Sinto-me bem quando estou com ele… Confio nele… Acreditei que ele não seria capaz de me magoar… Acreditei que ele me podia salvar do poço negro em que estava, porque ele não me iria usar como os restantes… Não sei se fizemos bem em dormirmos juntos… Mas sei que me senti mais leve a seguir… Mais capaz de viver… E sei que a nossa amizade subiu a um patamar em que nunca antes tinha estado com ninguém… E talvez só por isso, valha a pena… -
disse Nicky suspirando – … Ele não queria, sabias?
- O quê?
- O teu irmão não queria ir para a cama comigo… Tive de insistir… -
confessou Nicky lembrando-se do dia em que se tinha entregue a Bill naquela mesma cama – Ele foi um perfeito cavalheiro… Acho que isso ainda fez com que o visse com melhores olhos… Fez-me acreditar que nos braços dele estaria sempre em segurança e que não precisaria de mais ninguém… Por isso é que quando comecei a sentir desejo dentro de mim recorri a ele novamente… Não sabia silenciar o fogo que me consumia, mas sabia que nos braços do Bill estava em segurança…

- Desejo por mim? –
perguntou Tom recordando que na altura em que Nicky tinha pedido pela segunda vez a Bill para fazer amor com ela, eles já andavam interessados um no outro, mesmo que ela não o quisesse admitir.
- Sim… - confessou Nicky envergonhada.
- É por isso que me queres? É por isso que estás disposta de ir para a cama comigo?
- Sim… Porque tu me fazes sentir desejo… Tom… Eu nunca senti desejo na minha vida… Sempre que me aproximava de um homem, sentia medo… Sentia repulsa… Aversão à forma como vocês são tão sexuais e carnais… Mas contigo é diferente, tu despertas algo em mim tão… Primário, que faz com que eu te queira e deseje… Não por amor… Mas por paixão… Para te ter na minha cama… Para te sentir em mim… É algo animal que eu não te consigo explicar… Tinhas de sentir para perceber…
- Eu sinto… -
confessou Tom sentindo-se excitado com a forma como ela falava consigo. Seria praticamente impossível controlar-se se ela continuasse a falar consigo daquela maneira.

- Por isso é que eu tinha de te ver com a Amber… - revelou Nicky – Eu não ia conseguir estar contigo depois dela ter entrado no quarto e nos ter abordado daquela maneira… Eu não ia ser capaz de a juntar a algo tão intimo que era só nosso… Eu não estava a pensar naquele momento, estava-me a deixar levar pelo prazer que tu me davas e ela estragou tudo… Fez-me parar para pensar… Fez-me ouvir o som do teu cinto desapertar-se de forma violenta… Tal como o meu violador o fez momentos antes de me agarrar…
- Desculpa… -
disse Tom levando a sua mão aos cabelos dela para a acariciar – Se soubesses o quanto te desejava naquele momento… O quão revoltado fiquei com o facto dela ter interrompido tudo e ter-se sobreposto a ti…
- Mas depois de ela o ter feito… Não havia mais nada para acontecer entre nós… Porque eu não ia conseguir estar contigo a seguir, nem considerava a hipótese de ir para a cama com uma das minhas melhores amigas… A única maneira de me sentir próxima de ti… De te sentir em mim… De sentir o fogo que me provocas queimar-me por completo, era imaginando-me na pele dela… Imaginar que era comigo que tu estavas… Que era em mim que pensavas… Que era por mim que o teu corpo se excitava…

- Talvez não devêssemos falar tão abertamente sobre esse assunto se continuas com vontade de me ter ao teu lado para dormir esta noite… -
disse Tom sentindo-se excitar fisicamente com as palavras dela, afastando-se ligeiramente de Nicky dando-lhe a perceber que a conversa estava boa demais para ele ser capaz de se comportar à altura daquilo que o momento pedia.
- Desculpa… - disse Nicky corando ligeiramente ao aperceber-se que estava a ser demasiado honesta – Só quero que percebas que foi uma maneira de estar contigo…
- Eu sei… Porque eu também estava contigo naquele momento… A Amber foi apenas um corpo em que me satisfiz…

- Eu não tenho nenhum problema que tu tenhas uma mulher por noite… Por incrível que pareça isso não me incomoda porque eu percebo todas essas mulheres que te desejam e te querem… Eu sou exactamente como todas elas… Sinto o mesmo desejo e a mesma ânsia em estar contigo… E percebo que tu queiras aproveitar isso… És jovem, famoso, rico, livre e descomprometido e tens as mulheres mais bonitas do mundo aos teus pés para passar uma noite sem compromissos… Acho que vives a vida de sonho de todos os homens que conheço…
- Estás-te a esquecer de um homem em particular…
- O teu irmão… -
disse Nicky sorrindo – Sim… O teu irmão tem tudo o que tu tens e no entanto não abdicava da Gabi por um segundo que fosse… Mas eu compreendo que tu queiras viver e aproveitar aquilo que de melhor a vida te oferece… Ninguém é novo para sempre, e um dia o teu charme não será tão atraente como é agora enquanto tens vinte anos… Acho que fazes bem em aproveitar a vida… E que a aproveites comigo, e com todas as raparigas bonitas que te despertam o mesmo interesse que sentes por mim… Mas faz-me ser mais do que uma das tuas conquistas…
- Não tenhas dúvidas de que já és… És bem mais do que uma one night stand… E enganaste quando dizes que depois de estarmos juntos não vou querer saber mais de ti… Tenho a certeza que depois de estar contigo, vou desejar estar contigo novamente… E que mesmo que os nossos encontros frutíferos acabem… Me vou preocupar sempre contigo e ver-te como uma amiga que conquistei pelo preço do desejo…

- Ainda bem… -
disse Nicky sorrindo, feliz por ouvir aquelas palavras da boca dele – Mas nunca me peças para ir para a cama contigo e com a minha melhor amiga… Isso nunca vai acontecer…
- Não te precisas preocupar… A tua melhor amiga já deu o que tinha a dar…
- Pois… Mas pelo sim pelo não, ficas já a saber… E mesmo que vás para a cama com ela… Não esperes que eu aceite isso facilmente… Como te disse compreendo perfeitamente que queiras aproveitar a vida com todas as raparigas que se cruzam no teu caminho… Mas aproveita-a com alguém que não me seja nada…
- Não te precisas de preocupar… -
disse Tom a rir.

- Agora talvez seja melhor ir dormir… Estou mesmo cansada e amanhã estou em gravações a manhã inteira… - disse Nicky depositando um beijo fugidio sobre os lábios de Tom para não o tentar em demasiado Hmmm… Importaste que me aproxime de ti, ou estou a abusar?
- Depois da conversa que tivemos, não há nada que seja abusar de mim… Acredita… -
disse Tom a rir puxando-a até si para a beijar de forma mais prolongada, sentindo-a de seguida, dar-lhe as suas costas para que ele se encaixasse nela e a abraçasse a fim de dormirem agarrados Hmmm… Talvez seja má ideia… - disse Tom com medo de se voltar a excitar pela proximidade a ela.
- Não gostas de dormir assim? – perguntou ela soltando o seu corpo do de Tom, pensando que se estava a exceder na intimidade que propunha a ele.
- Gosto demais… Por isso é melhor não irmos por aí…
- Ahhh… Desculpa…

- Talvez fosse melhor cada um dormir no seu canto… -
disse Tom torcendo o nariz à ideia de dormir com ela abraçada a si. Não estava habituado a dormir com outras pessoas, muito menos agarradas a si, e a ideia de dormir com ela dessa forma parecia algo romantizado.
- Tens razão… - disse Nicky apercebendo-se que ele já estava a fazer um esforço para se manter ali e que não devia procurar os braços dele daquela forma mesmo que se sentisse tão bem entre eles.

Nicky afastou-se do corpo de Tom e depositando um beijo rápido numa das suas bochechas despediu-se dele.

- Boa noite… Dorme bem… - disse Nicky batendo palmas para que as luzes do seu quarto se desligassem.
- Boa noite… - disse Tom inspirando fundo, afastando-se ainda mais do corpo dela, tentando controlar e digerir tudo o que tinha ouvido naquele quarto.
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Catarina Kretli
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeQua Jul 27, 2011 9:38 pm

O Bill senti o que as pessoas tem, o que estão a pensa só pode e a Gabi com o coração na mão. Nossa, o Tom e a Nicky estão se aproximando demais hein. Ninguém esta com cabeça pra fazer nada o que dá pra entender, Mercier estraga a noite de qualquer um e nem precisa fazer esforço só a presença basta.
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dikas
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeSex Jul 29, 2011 8:52 pm

CaTaRiNaAAaAa \o/ \o/ \o/

A Gabi bem k está kom o koração nas mãos... O BiLL tem um dom..... I love you I love you I love you
LolOlolOL O Tom e a Nicky estão.se aproximando bem...... Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil
Pois.... O Mercier é melhor k pilula contraceptiva =p LolOLOlolOLOlolOL haha haha haha



* * * KiSsEsSSsS * * *




143

[FF] - Kampf der Liebe - Página 16 143wu

Eram sete da manhã quando acordou com o som do seu despertador. Assim que o ouviu começar a tocar, apagou-o com rapidez para não incomodar Tom. Olhou para o lado e viu-o virado de costas para si e imóvel, talvez tivesse sido tão rápida que ele nem se tinha apercebido do toque irritante que a despertava todas as manhãs. Levantou-se cuidadosamente da cama e espreguiçou-se com vontade. A noite anterior tinha sido rica em emoções, mesmo que nada tivesse acontecido entre si e Tom. Acordar ao lado dele era revitalizante, dava-lhe vontade de viver e sorrir mais para a vida. Deu a volta à cama e espreitou-o com curiosidade, queria vê-lo dormir. Aproximou-se dele e apercebeu-se que ele estava tão pacífico e sereno, que as suas feições pareciam adoptar um toque angelical. Sorriu ao aperceber-se que pela primeira vez tinha um momento a sós com ele em que se sentia em controlo da situação. Só mesmo com ele a dormir era capaz de ter algum domínio sobre alguém que mexia tanto consigo. Voltou-se a espreguiçar e entrou no seu closet para escolher a roupa que ia vestir naquele dia. Quando saiu do closet reparou que Tom continuava imóvel na mesma posição. Não sabia se o devia acordar ou não, mas gostava de o ver na sua cama, por isso ia deixá-lo ficar um pouco mais. Encaminhou-se até à casa de banho privada da sua suite e tomou banho com calma, só tinha de estar pronta para o pequeno-almoço às sete e meia. Vestiu-se calmamente, e quando regressou ao seu quarto percebeu que Tom já tinha acordado, pois encontrava-se virado para o outro lado e com a almofada a tapar a cabeça.

- Bom dia… - disse Nicky baixinho, não fosse ele ter voltado a adormecer naquela posição.
- Hmmmm…. – grunhiu Tom ensonado, sem tirar a almofada na cabeça – Maldito despertador…
- Ooopss… Desculpa… Pensei que o tivesse desligado… -
disse Nicky encaminhando-se novamente ao closet para escolher alguns acessórios para levar naquele dia.

Tom ouvia-a algures a remexer em algo e levantou a almofada de cima da cabeça lutando contra a luz do sol que entrava no quarto, e olhou à sua volta à procura dela para a ver no closet a arranjar-se. Já nem se lembrava que ela tinha de ir trabalhar naquela manhã. Espreguiçou-se ao mesmo tempo que abria a boca, cheio de sono, e sentou-se na cama para ganhar forças para se mexer. Talvez fosse melhor regressar ao seu quarto e continuar a dormir pela manhã fora. Nicky voltou a entrar no quarto e Tom reparou que o seu sorriso era resplandecente. Olhou bem para ela e algo nela a fazia parecer mais bonita do que o costume, talvez fosse essa luz que cintilava através dos seus olhos e sorriso. Nicky não sabia como se comportar, queria e desejava beijar Tom para começar o dia da melhor forma possível, mas ao mesmo tempo não se queria comportar de forma íntima para que ele não se assustasse. Talvez fosse melhor tratá-lo como um simples amigo que tinha dormido consigo naquela noite.

- Eu tenho de ir indo… Vou tomar o pequeno-almoço lá abaixo e sigo para os estúdios… - anunciou Nicky sentando-se na cama para calçar os ténis – Talvez seja melhor ires para a tua cama, não vão as empregadas vir arranjar o quarto e depararem-se contigo aqui…
- Sim… -
disse Tom esfregando os olhos, tentando despertar um pouco mais.

- Obrigada por teres passado a noite comigo…
- Acabou por não ser assim tão difícil… -
confessou Tom que tinha adormecido relativamente facilmente na noite anterior.
- Agora já podes dizer que dormiste comigo… - disse Nicky na brincadeira, levantando-se da cama, vendo-o levantar-se também e vestir as calças.
- Ainda não me dou por contente… Mesmo que a tua cama seja muito macia e a tua companhia muito agradável… - disse Tom por entre um sorriso perverso.
- Ainda bem… - disse Nicky sorrindo de forma tímida vendo-o sentar-se novamente na cama para calçar os ténis – Tenho de ir… Vemo-nos mais logo?
- Sim…
- Então… Até logo… -
disse Nicky sorrindo a Tom encaminhando-se para a cozinha em busca de um pequeno-almoço tão agradável como aquele acordar.

Tom achou estranha a naturalidade com que ela se comportava naquela manhã, mas gostou da forma desdramatizada e feliz como ela o tratava. Assim tudo seria muito mais fácil. Acabou de calçar os ténis e levantou-se da cama de Nicky para se encaminhar até à casa de banho da suite fazer as suas necessidades matinais e olhar-se ao espelho. Saiu do quarto de Nicky e fechou a porta com cuidado para não fazer barulho e acordar os restantes amigos. Preparava-se para começar a dirigir-se até ao seu quarto quando viu Nathalie à porta do quarto dela de boca aberta a olhar para si.

- Só podes estar a gozar! – disse Nathalie sem querer acreditar naquilo que via.
- Bom dia para ti também… - disse Tom sorrindo de forma jocosa ao ver que tinha chocado a sua amiga logo pela manhã.
- Bom dia??? Tom… Tu… - disse Nathalie apontando para o quarto de Nicky sem saber como se expressar por palavras.
- Sim… Dormi com a Nicky… - disse Tom encaminhando-se até Nathalie – Mas foi só mesmo isso… Dormi com ela…

- Achas que eu nasci ontem???
- Achas que eu não sou capaz de dormir com uma mulher sem ter nada com ela? –
perguntou Tom sabendo que se falasse daquele assunto na noite anterior não teria tantas certezas quanto isso.
- Acho!!! – disse Nathalie como se fosse a coisa mais natural do mundo.
- Nós já dormimos juntos e não aconteceu nada…
- Porque eu não deixei que acontecesse!!! Tu bem tentaste!!!
- Isso é só um pequeno aparte… -
disse Tom a rir – Mas não sei porque é que te estás a preocupar com isso…
- Eu não confio nela…

- Ohhh não… Vais começar de novo? –
perguntou Tom sem paciência para aquela conversa, principalmente quando eram sete da manhã e ia a caminho da sua cama para dormir.
- Ainda não mudei de opinião…
- Eu não vou namorar, nem casar com ela… Tenho a certeza absoluta que já fui para a cama com pessoas bem piores, por isso não te preocupes com a minha integridade… E nem tentes falar no Mercier e nos problemas que isso já nos trouxe, porque ela não tem culpa disso e não me vais comover minimamente… -
avisou Tom querendo deixar Nathalie sem argumentos.

- Isto é ridículo!!! Simplesmente ridículo!!! – disse Nathalie queixando-se alto e a bom som como se falasse consigo mesma – Esta situação é…
- O que é que é ridículo?
- Isto tudo!!! Tu saís a meio da noite para ir dormir com a Nicky, a Gabi tem de fingir que dorme comigo para a meio da noite sair e ir dormir com o Bill, que só por acaso é teu irmão e namorado da rapariga com quem tu passaste a noite!!! Diz-me que isto não é ridículo??? Somos todos maiores e vacinados e andamos em joguinhos destes!!!

- Estás com ciúmes??? –
perguntou Tom a rir sabendo que a ia provocar.
- Ciúmes??? Só podes estar a gozar comigo… Como é que queres que uma pessoa no seu juízo perfeito sinta ciúmes de vocês, quando vocês passam a vida a fingir que são o que não são? Toda a gente nesta casa se está a esconder de alguma coisa ou de alguém!
- Eu não estou a esconder nada… Já te disse que dormi com a Nicky, mas foi só mesmo isso…
- Hoje!
- Sim… Hoje… Amanhã espero dormir com ela de outra forma…

- És tão desmiolado!!! Só pensas com a cabeça de baixo… É incrível Tom!
- Nat…. Não tenhas ciúmes… -
disse Tom passando a língua de forma lânguida sobre o piercing que habitava os seus lábios – Sempre que me quiseres, sou teu…
- Por amor de Deus
- Não será o amor de Deus que sentirás, mas garanto-te que te farei gritar por ele facilmente… -
disse Tom encostando-a contra uma parede para a provocar ao máximo.
- Que parvo! – disse Nathalie batendo no peito de Tom para ele se afastar.
- É só quereres… Não precisas ter ciúmes… - disse Tom sorrindo contente por ter conseguido picá-la – Esta manhã os meus níveis de testosterona estão bem elevados… Dormir uma noite inteira com a Nicky ao lado sem lhe tocar é difícil… Se quiseres dou-te a melhor manhã da tua vida…

- Não dá mesmo para falar contigo! Faz o que quiseres, dorme com quem quiseres…
- Obrigado!
- Só espero que não tenhas uma má surpresa no final…
- Talvez fosse melhor procurares conhecer a Nicky antes de falares assim dela… A Nicky não é a pessoa que tu pensas que ela é, e não tem nada a ver com o Mercier, pelo contrário, ela é a maior vítima dele no meio desta história toda, ela foi a pessoa que até agora sofreu mais nas mãos daquele cabrão, e talvez tu, um dia, tenhas uma má surpresa quando te aperceberes o quão injusta e intransigente tens sido com ela!
- Pareces o Bill a defendê-la com unhas e dentes…
- Então se nós os dois a defendemos é porque talvez tenhamos razão, não achas? As únicas pessoas que a conhecem somos nós… Tu nunca lhe deste uma oportunidade… Não fales de quem não conheces…
- É tão óbvio que ela se quer aproveitar de vocês e ter um de vocês na mão… Só vocês não vêm a facilidade com que ela passou do Bill para ti assim que percebeu que do Bill não levava nada!

- Porque é que é tão difícil acreditares que alguém possa gostar do Bill e de mim? Porque é que ela não pode ter uma amizade forte com Bill e desejar-me ao mesmo tempo?
- Pode, mas… A forma como ela fez as coisas…
- Fez da melhor forma que soube… Se calhar também se arrepende de algumas das coisas que fez, mas a Nicky é uma miúda cheia de problemas que já passou por muito… Não é bonito apontar-lhe o dedo depois de tudo o que ela passou e das dificuldades que ela tem… -
disse Tom falando mais do que devia como era seu hábito.
- E que problemas é que a menina bonita e rica de Hollywood tem? Partiu uma unha esta manhã? Ou foi um salto?
- Tu não fazes mesmo ideia, pois não? –
perguntou Tom retoricamente – Não sou eu que te vou contar… Mas um dia se vieres a descobrir os problemas sérios que ela tem, vais engolir as palavras que disseste!

- Tom estás zangado comigo porque eu não gosto da tua queca, ou é impressão minha? –
perguntou Nathalie sem perceber porque é que Tom estava a ser tão agressivo consigo e a defender Nicky com unhas e dentes.
- Não… Apenas acho que talvez esteja na hora de a conheceres antes de passares a vida a fazer filmes… Dá-lhe essa oportunidade! Tu viste como o Mercier a tratou ontem… Tu viste como ela ficou com tudo aquilo… Achas mesmo que ela é assim tão boa actriz? Eu conheço-te Nat… Ou pelo menos pensava que te conhecia, porque a pessoa inflexível que eu tenho vindo a conhecer não tem nada a ver com a minha amiga Nathalie!

Nathalie não soube como responder a Tom. Era verdade que nunca tinha dado uma hipótese a Nicky, mas também era verdade que o seu sexto sentido sempre lhe tinha dito que Nicky não era de confiança, e que geralmente o seu sexto sentido não se enganava. Talvez fosse realmente chegada a altura de ter uma conversa séria, aberta e honesta com ela para perceber quem era Nicky Fuller e que magia usava contra os seus amigos para os enfeitiçar daquela forma. Se Tom a acusava de ser intransigente, ela tinha de lhe provar que não o era. Talvez Nicky tivesse realmente problemas sérios dos quais Bill nunca lhe tinha falado e que influenciavam em muito a sua maneira de ser, mas não esperava desenterrar demónios muito escondidos numa das mulheres mais desejadas do mundo, se esses demónios existissem e fossem assim tão graves como Tom dizia, a imprensa já os teria descoberto. Precisava mesmo de falar com ela, ia-lhe lhe dar uma, e só uma oportunidade, ia-a convidar para almoçar naquela dia, um almoço só de mulheres no seu restaurante preferido de LA.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Nathalie e Gabi encontravam-se no restaurante onde tinham combinado um almoço a três em privado com Nicky Fuller. Tom e Bill iam ficar em casa a dormir e apanhar banhos de sol. Como o tema a abordar naquele almoço não ia ser simpático, nem aconselhável a ter em público, Gabi tinha reservado uma das salas particulares do restaurante que se tinha mostrado muito afável e convidativo ao saber que era para Nicky Fuller. Nicky tinha chegado cerca de vinte minutos atrasada ao encontro delas, pedindo muitas desculpas, mas as gravações tinham-se atrasado e não tinha tido tempo de chegar até ao restaurante mais atempadamente. Encomendaram aquilo que queriam comer, por entre muitos elogios e sorrisos do empregado de mesa a Nicky, e uma vez servidas as bebidas, Nathalie sentiu-se à vontade para iniciar a conversa que as levava até ali.

- Deves estar-te a perguntar o porquê de nós te termos convidado para almoçar connosco…
- Sim… -
disse Nicky num misto de curiosidade e medo. Nathalie era capaz de impor respeito quando queria – Achei uma óptima ideia, mas foi um convite inesperado e calculo que isso queira dizer que vocês têm algum assunto para falar comigo…
- Sim… -
confirmou Nathalie cruzando os braços sobre a mesa, apoiando-se de forma mais firme para olhar para Nicky e examinar todos os movimentos e gestos dela. Ia analisá-la dos pés à cabeça, sem dó nem piedade, a fim de perceber até que ponto ela era de confiança – Antes de mais queria-te dizer que sou uma pessoa muito determinada e que sigo muito o meu sexto sentido, e quando ele me diz que alguém não é de confiança, eu nem sequer me aproximo… O meu sexto sentido não me diz para ter cuidado contigo, grita-me de forma histérica e alarmante para me manter afastada e alertar os meus amigos para a tua maneira de ser… Mas… Como os meus melhores amigos parecem ser-te tão devotos… Eu resolvi dar-te uma oportunidade… Uma oportunidade para nos conhecermos e para eu tentar perceber quem é a Nicky Fuller fascinante de quem eles falam! Quero-te dizer que vou ser o mais honesta e sincera possível contigo e que não espero menos de ti… Eu sei que não sou ninguém para te dar uma oportunidade, e que provavelmente tu te estás bem a cagar para o facto de eu gostar de ti ou não… Mas quero que saibas que estou a fazer um esforço…
- Ok… -
disse Nicky sentindo-se intimidar e amedrontar com aquela abertura de conversa tão agressiva. Pelo menos Nathalie queria dar-lhe uma oportunidade, já não era mau de todo – Posso-te prometer ser o mais honesta possível também…
- Óptimo! –
disse Nathalie olhando para Gabi para a ver recostada na cadeira com um olhar de quem lhe dizia que tinha ido um pouco longe demais na sua introdução ao tema de conversa.

- Indo directa ao assunto… O meu grande problema contigo é que eu não consigo distinguir onde termina a Nicky Fuller actriz, e começa a Nicky Fuller pessoa normal em quem se pode confiar…
- Não costumo trazer trabalho para casa… É certo que me refugio muito nas minhas personagens, mas faço-o em privado, quando estou sozinha com os meus pensamentos e prefiro não estar… -
disse Nicky interrompendo Nathalie.
- Então tudo aquilo que eu sei e conheço de ti, és tu mesma?
- Sim… Nunca menti ou encenei nada… A minha vida não tem guião, e se tivesse haveria de ser bem diferente da minha realidade!

- Então como é que explicas o Mercier?
- Como é que explico o Mercier?!
perguntou Nicky confusa com a pergunta.
- O que a Nat quer perguntar é… Como é que aparece o Mercier na tua vida? Porque é que é ele a mandar em ti e não o contrário? Que relação é que vocês têm? – explicou melhor Gabi.
- Sim… Que relação é que vocês têm? frisou Nathalie interessada naquele ponto – Até que ponto estás envolvida nos esquemas dele? Até que ponto eu devo a perda da custódia do meu filho e a dor que vejo nos meus melhores amigos a ti?
- Se eu tivesse alguma coisa a ver com os esquemas do James, não te ia confessar assim, num almoço em que supostamente me tenho de portar bem para aos teus olhos parecer uma pessoa de confiança… Seria burra se o fizesse… -
disse Nicky não gostando da forma como Nathalie a atacava directamente.
- Tens razão… - disse Nathalie contente por ter conseguido alterar ligeiramente Nicky, queria que ela se desprendesse das formalidades e desse com a língua nos dentes e para isso precisava deixá-la transtornada e emocionalmente instável de propósito – Mas estou a contar com a tua honestidade!
- E eu prometi-te a minha honestidade… - disse Nicky sentindo-se um animal selvagem a ser enjaulada e analisada, e respirando fundo continuou – O James foi uma pessoa que me ajudou muito na vida… Tem sido como um pai para mim… Amparou-me, acolheu-lhe, guiou-me quando por inúmeras vezes pensei estar perdida… Ou assim julgava, até recentemente…
- O que te fez mudar de ideias? –
perguntou Gabi.
- O Bill… - confessou Nicky – O Bill fez-me ver para além daquilo que eu sempre vi… Eu sempre soube que ele era um homem de sucesso e que como tal era arrogante, intransigente, mal-educado e severo com todos aqueles que o rodeavam, quase como se fosse uma forma de provar que ele é que manda e que é superior… E a verdade é que toda a gente o respeita e se mantém afastada e obediente aos seus desejos… Nunca gostei da maneira dele ser, mas ele fez muito por mim e comigo sempre foi diferente… Sempre me tratou como uma princesa, sempre fez de tudo para que as minhas vontades fossem respeitadas e os meus desejos ouvidos… Só não sei a que custo…
- O custo foi elevado demais… -
disse Nathalie em desabafo.
- Foi mais que elevado… - confessou Nicky olhando para as suas mãos para evitar o olhar penetrante de Nathalie – O Bill fez-me ver o modo como ele opera… O modo como ele consegue sempre tudo o que quer… E é assustador… Por mais que eu não queira acreditar… É assustador… E isso inclui-me a mim… Os jogos e esquemas dele, têm-me mantido onde ele quer que eu esteja ao longo de todos estes anos… Ele soube jogar muito bem com as minhas fragilidades e aqui estou eu passados tanto tempo, refém de um tirano que me usa para seu próprio proveito…

- O que é que ele quer de ti? –
perguntou Gabi sem saber como fazer a pergunta, Nicky parecia comovida e sensibilizada ao falar daquele assunto.
- Não sei… - disse Nicky olhando para Gabi com os olhos aguados – Até há pouco tempo pensava que ele queria o meu dinheiro, a minha fama, a estabilidade que eu lhe ofereço na vida… Mas agora começo a pensar que é mais que isso… Agora acho que ele me quer a mim por completo… Acho que ele está obcecado… Criou um fascínio qualquer por mim e quer-me manter em cativeiro… E isso assusta-me porque ele está tão descontrolado que vale tudo…
- … Tudo o quê? –
perguntou Gabi com medo que Nicky estivesse a ser vitima de agressões semelhantes àquela que Patrick lhe tinha feito para a manter oprimida.
- Força física… - disse Nicky respirando fundo para ganhar coragem e falar daquele tema – Eu não tenho como me defender da força que ele tem… Ele sabe disso…

- Estás a querer dizer que és uma vitima no meio disto tudo? –
perguntou Nathalie não sabendo se haveria de acreditar nos olhos aguados dela – Que ele também te tem usado para proveito próprio? Porque é que não te revoltas contra ele? Tu é que mandas… Despede-o!
- Nunca tinha pensado em despedi-lo, porque como vos disse ele sempre foi um pai para mim… Por mais que muitas das atitudes dele não me agradassem, devo-lhe a minha vida… Despedi-lo esteve sempre fora de questão… Não sei ser uma pessoa ingrata… -
confessou Nicky deixando Nathalie e Gabi curiosas, fazendo com que ambas trocassem um olhar inquisidor entre si – Mas hoje em dia tenho plena noção que enquanto estiver do lado dele estou mais segura do que se estiver afastada… Sinto-me como uma vítima de violência doméstica… Eu não gosto de estar com ele, eu tenho nojo dele e das coisas que ele faz… Mas eu sei que se me afastar, ele acaba comigo facilmente…
- Para isso é que servem os tribunais… Pedes uma caução contra ele, e ele fica interdito de se pode aproximar de ti… -
disse Gabi tentando arranjar uma forma de ajudar Nicky.
- Parece que ainda não foste formalmente apresentada ao James… - disse Nicky com um sorriso sarcástico e uma expressão triste no olhar – Ele não precisa de estar perto de mim para me magoar… Ele nunca suja as mãos… Há sempre alguém que faz isso por ele!

Gabi baixou a cabeça e fechou os olhos. Sabia perfeitamente do que Nicky estava a falar, sabia melhor do que ela poderia sequer imaginar. A dor que sentia lacerar o seu peito diariamente quando se lembrava de ter sido abusada sexualmente e emocionalmente por Patrick, não a deixava descansar em paz desde esse dia. Nicky estava a ser alvo da maldade de Mercier, tal como todos eles. Ninguém estava a salvo. Ninguém se podia meter no caminho dele, ou sairia como perdedor.

- O Bill está a reunir provas contra ele… - disse Nathalie chamando a atenção de Nicky para dar algum tempo a Gabi de se recompor das palavras que notava terem-lhe atingido – Aceitas depor contra o Mercier em tribunal?
- Tenho medo… Ele consegue sempre safar-se de tudo… -
confessou Nicky com um olhar de pânico – Se as provas que vocês têm contra ele não forem fortes o suficiente, ele vem cá para fora e acaba com todos nós… Um por um…
- Mas se fosses chamada a depor… Ias? Só para confirmar que ele nos atacou e chantageou? –
perguntou Nathalie ainda com dúvidas sobre se devia acreditar naquele medo que Nicky sentia pelo seu manager.
- Se for chamada a depor não posso fugir, sou obrigada a comparecer em tribunal… - disse Nicky pensando que enquanto fosse só para ser testemunha das agressões e esquemas maldosos de Mercier, o seu segredo estaria a salvo – Se fosse só como testemunha… Mesmo correndo o risco de tudo voltar ao que era…. Aceito… Não tenho nada a perder…

- Então partindo do principio que eu acredito em tudo aquilo que tu me disseste… -
disse Nathalie olhando de viés para Gabi para perceber que ela continuava abstraída daquilo que se estava a passar e abalada com o pensamento de Nicky ser também um alvo de agressão por parte de Mercier – Preciso que me expliques a tua ligação com os gémeos, porque eu juro que não percebo… Aquilo que me parece é que tu estás envolvida num esquema qualquer com o Mercier e que o vosso objectivo é apanhar um deles… Para fazer o quê? Ainda não sei… Mas a facilidade com que passaste do Bill, para rastejares aos pés do Tom foi no mínimo olímpica…
- É essa a imagem que tens de mim? –
perguntou Nicky incomodada com as palavras de Nathalie – Que eu rastejo aos pés do Tom e me ando a fazer aos dois a ver qual deles consigo magoar mais facilmente?
- Sim… -
disse Nathalie honestamente – Desculpa a sinceridade, mas eu disse que ia ser o mais honesta possível!
- Não tem problema… Se é isso que tu achas… Já ouvi coisas bem piores… -
disse Nicky sentindo-se ainda mais abatida pelas palavras de Nathalie mas querendo parecer mais forte do que aquilo que se julgava capaz de ser – O Bill é como um irmão para mim…
- Com quem praticaste incesto… -
disse Nathalie não dando hipóteses a Nicky.
- Bem, se queres ver as coisas dessa forma, sim… Ele é uma pessoa muito especial… Uma das pessoas em quem eu mais confio… Alguém genuinamente bom de alma e coração…
- Eu conheço o meu melhor amigo… -
disse Nathalie à espera de uma justificação mais plausível.
- Nunca me senti tão próxima de um homem como me sinto dele… Tão próxima, ao ponto de me confundir com o que sentia… Achei que o amava e que o idolatrava, quando no fundo tudo o que sinto por ele é uma admiração e um respeito imenso… Gosto mesmo muito dele… E com todo o respeito… - disse Nicky olhando para Gabi percebendo que ela estava triste e emocionada acrescentou – Amo-o muito… Como amigo e irmão… O que aconteceu entre nós foi algo que nunca me hei-de esquecer… Entreguei-me nas mãos dele como nunca antes tinha sido capaz de me entregar a ninguém… Baixei todas as minhas defesas e os meus medos e deixei que ele me visse num dos momentos mais transparentes da minha vida…
- Como em todas as relações íntimas entre duas pessoas… -
disse Nathalie não percebendo a forma romantizada com que ela descrevia aquilo que tinha acontecido, quase parecia uma virgem maravilhada por ter descoberto a pólvora nos braços do seu príncipe encantado.
- A nossa relação não foi como a de duas pessoas normais…
- Segundo o Bill… -
disse Nathalie achando a maneira de Nicky falar demasiado falsa e teatral – Vocês foram à entrega do Oscars e depois da festa a coisa aconteceu normalmente… Provavelmente beberam um pouco demais…
- Eu não bebo álcool… -
confessou Nicky – E as coisas não aconteceram de forma normal… Aliás, ele não queria que as coisas acontecessem…

- Já com o Tom não tens esses problemas… -
comentou Nathalie não gostando do rumo da conversa.
- Com o Tom é diferente… - disse Nicky parando de conversar ao ver dois empregados de mesa aproximarem-se para as servir com aquilo que tinham encomendado para o seu almoço, retomando a conversa após eles se retirarem – Se com o Bill me sentia, e sinto, estranhamente calma e há vontade… Com o Tom é o oposto… O Tom é fogo! Confesso que tenho um pouco de medo dele e daquilo que ele me faz sentir… Mas é como se o meu corpo me pedisse por algo que a minha mente quer retrair… Sinto-me demasiado atraída a ele, não enquanto pessoa, como me sinto com o Bill, mas enquanto homem… Se passei facilmente demais de um para o outro, é porque quando comecei a conhecer o Tom, o que senti em mim não me deixou dúvidas de que ele mexia muito comigo, de uma forma que o Bill nunca iria mexer…
- Então queres que eu acredite que o Bill é como um irmão para ti e o Tom é apenas a fonte do teu desejo? –
perguntou Nathalie de forma teatral.
- Sim… Não tenho qualquer intenção de usá-los, enganá-los ou magoá-los… Tudo o que eu quero é ser feliz… Quero distância de problemas e complicações... Quero viver uma vida em paz…
- Nós também… Mas desde que entraste na nossa vida isso tem sido impossível… -
disse Nathalie em forma de desabafo, olhando para Gabi para ver os olhos dela repletos de lágrimas e sentir que talvez não a devesse ter levado até àquele encontro para ouvir falar sobre o relacionamento de Bill e Nicky.
- Eu sei… E isso pesa-me no coração todos os dias… - disse Nicky olhando para o ar fragilizado de Gabi para se sentir a pior pessoa à face da Terra e pousando uma mão sobre uma mão de Gabi acrescentou num tom emocionado – Desculpa se te magoei… Gosto muito de ti, e desejo do fundo do coração que sejas muito feliz com o Bill… Vocês merecem!

- Quando disseste que o Mercier utilizava força física contra ti… Referias-te a quê? –
perguntou Gabi, saindo do seu silêncio, voltando a um tema abordado anteriormente de forma natural, como se nada tivesse sido dito a seguir.
- Àquilo que vocês viram quando foram ter comigo aos estúdios… - disse Nicky pausadamente ao perceber que Gabi não estava bem – Ele agarra-me, grita comigo, tenta utilizar a força para me obrigar a fazer e a dizer o que ele quer…
- Nunca foi para além disso? –
perguntou Gabi.
- Até hoje não… Mas também não acredito que ele seja capaz de mais… - confessou Nicky que sabia que Mercier não seria capaz de a subjugar de outra forma sabendo o quão sensível ela era com os seus traumas de infância. Ele podia ser uma pessoa má, mas se gostava dela não lhe faria tanto mal.
- Mas é… - disse Gabi olhando para Nathalie dando-lhe a perceber que se preparava para abrir o seu coração e confiar em Nicky Fuller – Mesmo que nunca seja ele a sujar as mãos…
- … O que é que estás a querer dizer? –
perguntou Nicky olhando para Gabi vendo lágrimas começarem a escorrer dos seus olhos, não querendo perceber aquilo que estava subjacente nas palavras de Gabi.
- Que ele me mandou seguir… Ameaçar… E que utilizaram força física comigo também… Mas não foi como a tua… - disse Gabi escondendo o rosto nas mãos com a dor de admitir a Nicky tudo o que tinha acontecido consigo.

- Eu não acredito… - disse Nicky levando as mãos à boca num misto de choque e pânico – Ele não pode ter mandado fazer uma coisa dessas… Ele seria incapaz…
- És assim tão inocente para ainda acreditares que há alguma coisa que o Mercier não seja capaz de fazer??? –
perguntou Nathalie arrastando a sua cadeira para perto de Gabi e abraçá-la de forma maternal para lhe dar força.
- Ele pode fazer tudo menos isso!!! Isso ele não podia fazer a ninguém… - disse Nicky começando a chorar de forma compulsiva ao recordar a dor que sentia há treze anos por ter sentido o seu corpo ser usado de forma fria e criminosa.

Nathalie ficou espantada ao ver a forma real e aflitiva como Nicky começava a chorar. Aquele assunto tinha-lhe tocado realmente bastante. Teria ela algum trauma escondido, ou estaria realmente chocada que o seu manager fosse capaz de se transformar naquele tipo de monstro?

- O Bill não sabe de nada… - confessou Gabi olhando para Nicky para perceber que ela estava em choque com aquelas revelações – Por favor não comentes nada com ele…
- Tens de falar com o Bill… -
disse Nicky pegando nas mãos de Gabi por assalto, olhando-a profundamente nos olhos, sem conseguir parar de chorar. Sentia uma ligação tão forte a Gabi e uma vontade tão grande em ajudá-la e ampará-la – Ele é a pessoa mais compreensiva e meiga para teres do teu lado neste momento… Ele ama-te e vai-te aceitar como és… O que quer que tenha acontecido, ele é a melhor pessoa do mundo para te ajudar a ultrapassar o que aconteceu…
- Não posso… -
disse Gabi chorando a sua dor de forma atormentada – Ele era capaz de cometer uma loucura se soubesse o que o Mercier me fez… Ele acha que eu ainda estou em segurança…

- Gostava muito que falasses com a minha psicóloga… -
disse Nicky limpando as lágrimas que escorriam dos seus olhos para se tentar acalmar com a explosão de dor e choque que se tinha abatido sobre o seu peito. Nunca perdoaria Mercier por ser capaz de fazer algo tão repugnante contra o corpo indefeso de uma mulher. Aquele era o culminar da maldade – Ela ajudou-me muito e é uma pessoa da minha total confiança… Deixa-me telefonar-lhe e marcar uma consulta para amanhã…
- Não… Não quero mexer mais no que aconteceu… -
disse Gabi tentando procurar acalmar-se também – Quero esquecer tudo e seguir em frente…
- Não é assim que vais conseguir… Acredita… -
disse Nicky dando o seu segredo como praticamente revelado.

- Talvez não fosse má ideia Gabi… - disse Nathalie achando estranho nunca ter tido aquela ideia.
- E o Bill? O que é que eu digo ao Bill? – perguntou Gabi sem saber o que fazer, acreditando que talvez devesse deitar cá para foras toda a dor que a consumia.
- Que vamos às compras… - sugeriu Nathalie.
- Não sei… - disse Gabi reticente.
- Talvez te soubesse bem falares com alguém que te possa ajudar e guiar… Precisas fazer as pazes contigo mesma e aprender a lidar com o que aconteceu… - disse Nathalie.

- Tu não tens culpa de nada… - disse Nicky voltando a pegar nas mãos de Gabi olhando-a fundo nos olhos enquanto lágrimas escorriam dos seus olhos de forma silenciosa e muito dorida – Tu não tens culpa de nada…
- Eu sei… -
disse Gabi olhando para as mãos de ambas, não tendo coragem de a encarar.
- Gabi… - disse Nicky chamando-a para que ela olhasse para si – Tu não tens culpa do que te fizeram… Se alguém aqui tem culpa de alguma coisa, sou eu… A culpa de tudo isto estar a acontecer é minha… Fui eu que escolhi o Bill… Foi por mim que o contrato foi assinado, é de mim que o Mercier anda atrás… Tu não tens culpa de nada!!!
- Eu sei… -
voltou a dizer Gabi de forma sentida - Mas isso não me faz esquecer o que aconteceu…

- Deixa-me marcar uma consulta para ti… -
insistiu Nicky e respirando fundo para tomar coragem acrescentou – Ela ajudou-me muito quando foi comigo… - e virando-se para Nathalie que estava visivelmente em estado de choque com o que acabava de ouvir acrescentou – E sim Nathalie… Posso ser demasiado inocente em muitas coisas… Mas nunca pensei que o homem que me salvou das mãos do meu violador quando eu tinha oito anos, fosse capaz de um dia vir a fazer o mesmo a alguém…
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeDom Jul 31, 2011 7:03 pm

Tom crescendo cada vez mais, pra uma coisa que ele nunca imaginou fazer que é dormi ao lado de alguém sem fazer nada é uma evolução muito grande e olha que essa pessoa é a Nicky Fuller. Capítulo emocionante, Gabi revelou o seu segredo e a Nicky também esse almoço foi demasiado tenso. Como a Nath vai reagir agora que sabe sobre a verdade sobre a Nicky ? Curiosa. Acho que a ajuda de uma psicologa vai ajudar bastante a Gabi.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeDom Jul 31, 2011 7:25 pm

amei o capitulo love

o Tom consegui dormir ao lado da Nicky sem segundas intenções Smile, coitado para ele foi muito doloroso não a agarrar no mesmo estante de tão excitado que estava ficando com as palavras dela, mas ele se segurou huahua


Nath está com ciumes do Tom o.o Question :oO:


posta rápido, estou curiosa para saber o que vai acontecer no próximo =)

Beijinhos bj
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeSeg Ago 01, 2011 1:37 pm

HaLLoOoOoOoOOOooo \o/ \o/ \o/


CaTaRiNaAaAAa
LolOlololOlolololOL Nem o Tom percebeu bem kmo foi capaz de DORMIR haha haha haha
Pois..... kapitulo duro esse.... Gabi e Nicky revelando os seus segredos..... nada fácil mesmo..... Agora vamos ver komo é k a Nat vai reagir daki para a frente........ Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes É.... a psikologa vai ajudar muito a Gabi, ela está precisando mesmo de desabafar com alguém..... Crying or Very sad Crying or Very sad Crying or Very sad



AnDreAaAa
OoOhHhHhhh obrigada sweety!!! Fico muito contente k vc tenha amado o kapitulo \o\
LolOlolOlolOL O Tom até parecia um homenzinho se kontrolando dessa forma.... haha haha haha
Mais a kaminhooooooooooooooooooo.....



* * * KiSsEsSsSSss & se DivirTam Muitoooooooo enquanto eu estou de férias.... I'LL be BaCk * * *





144

[FF] - Kampf der Liebe - Página 16 144mhp

Eram praticamente cinco da tarde quando Bill e Tom viram as raparigas entrarem em casa e encaminharem-se até à piscina onde eles desfrutavam da tarde a apanhar banhos de sol. Bill, que se encontrava deitado sobre uma espreguiçadeira, olhou de forma cúmplice para Tom, que sentado num dos degraus da piscina na ponta oposta do sítio onde Bill estava, se apercebeu que as três estavam com cara de caso e que o almoço não devia ter corrido nada bem. Bill levantou uma sobrancelha, transmitindo-lhe os seus pensamentos que em nada divergiam com os do seu irmão gémeo.

- Então… Como correu o almoço? – perguntou Bill com medo da resposta.
- Bem… - disse Nicky esboçando um sorriso pouco convincente.

- Não se querem juntar a nós? – perguntou Tom tentando amenizar as coisas.
- Sim, vistam um bikini… Está-se muito bem aqui fora… - acrescentou Bill com um sorriso nos lábios.
- Ou então não vistam nada e juntem-se a nós na mesma… - sugeriu Tom por entre um sorriso perverso.
- Eu vou tomar um banho para relaxar e depois já cá venho ter… - disse Nicky sorrindo timidamente com o comentário de Tom.
- Mas vem mesmo!!! – insistiu Bill ao ver a forma como Nicky olhava cumplicemente para Nathalie e Gabi, como se tivesse ao mesmo tempo vontade de estar a sós.
- Prometo… - disse Nicky sorrindo e recolhendo-se para o interior da casa.

- O que é que fizeste Nat? – perguntou Bill directamente. Já conhecia Nathalie bem o suficiente para saber que o ódio que ela nutria por Nicky podia causar danos e graves.
- Nada… - disse Nathalie – Apenas falámos abertamente sobre aquilo que nos incomodava… Mas foi um bom almoço!
- Então porque é que a Nicky não se junta a nós? –
perguntou Bill levantando-lhe uma sobrancelha.
- Ela saiu de casa às sete da manhã para ir trabalhar… É normal que queira relaxar um pouco e estar sozinha! – disse Nathalie justificando-a.
- Hmmmm…. Ok! – disse Bill fingindo-se contente com a resposta e observando a forma como Gabi estava constrangida acrescentou – Vem para ao pé de mim…
- Juízo Bill Kaulitz! –
disse Nathalie ao mesmo tempo que se encaminhava para a ponta oposta da piscina para se sentar na borda da mesma, ao lado da zona onde Tom estava – Estou de olho em ti!
- Tem fé em mim, sim? -
disse Bill a rir, ao mesmo tempo que puxava uma espreguiçadeira para perto da sua de forma a ficarem coladas.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Tom & Nathalie


Sentou-se perto de Tom observando a forma como Gabi se aproximava de Bill lentamente, como se tivesse medo de falar demais. Sentia a dor da sua amiga de forma preocupante no seu interior. O almoço com Nicky tinha corrido bem melhor do que estava à espera. Agora acreditava em muitas das coisas que ela dizia. Agora via para além da actriz que se escondia numa vida glamorosa. Nicky era uma rapariga marcada por um passado complicado, alguém que precisava acima de tudo de muito amor e de muita paciência para ser capaz de superar os seus traumas e ter coragem de se entregar um pouco mais às pessoas. Era normal que ela não se desse a conhecer, nem tivesse vontade de o fazer, todas as pessoa que se aproximavam dela vinham com segundas intenções ou acabavam por a magoar de forma vincada para o resto da vida. Nunca saberia o que era lutar uma vida inteira com a dor de se sentir usada e suja por um homem na sua infância, nunca saberia o que era vencer numa carreira a nível mundial, onde a concorrência e a imprensa podiam ser os seus piores inimigos. Nicky tinha de ter muita coragem para ser quem era e chegar onde tinha chegado, principalmente com a falta de auto-estima que possuía. Mas se Nicky tinha conseguido atingir algo tão significativo e grande na sua vida, Gabi seria capaz de o fazer também, mesmo que as suas conquistas fossem mais pequenas. Estava tão perdida nos seus pensamentos que se esqueceu de onde estava até ver Tom a olhar para si com um sorriso rasgado nos lábios de quem estava a pensar no que não devia.

- Não queres vestir aquele bikini cor-de-rosa todo sexy que eu sei que tens? – perguntou Tom humedecendo os lábios.
- Ficou em casa… - disse Nathalie optando por se deitar sobre a pedra de barriga para baixo, apanhando sol e fitando Tom com interesse – Fiz aquilo que te tinha prometido esta manhã… Dei uma oportunidade à Nicky e aproximei-me dela para a conhecer um pouco melhor…
- E então? –
perguntou Tom sentando-se melhor virado para ela.
- Tem cuidado Tom…
- Parece que afinal não a conheceste melhor… Estás na mesma! –
disse Tom retomando à sua posição inicial, ignorando a presença de Nathalie.
- Não te estou a dizer para teres cuidado por causa da Nicky… Estou-te a dizer para teres cuidado com a Nicky… É diferente…

- O que é que queres dizer com isso? –
perguntou Tom voltando-se novamente para ela interessado no que ela dizia.
- Tinhas razão… - admitiu Nathalie com algum custo – Ela já passou por muito e é uma miúda diferente daquelas com quem tu te costumas relacionar… Tem cuidado com a forma como fazes as coisas… Vai com calma… Respeita-a…
- Eu respeito-a… -
disse Tom impressionado com o facto de Nicky ter revelado o seu segredo a Nathalie, se isso tinha acontecido era porque Nathalie a tinha pressionado e bem – Respeito-a tanto ao ponto de ainda não ter acontecido nada entre nós…
- Ainda bem… Mas quando acontecer…
- Não precisas de dizer… Eu vou ter cuidado… -
disse Tom impressionado com a mudança de comportamento de Nathalie – … Ela contou-te sobre o passado dela?
- Sim…
- Agora percebes melhor quem é a verdadeira Nicky…
- Sim… E percebo porque é que tu e o Bill a protegem tanto, e gostava de vos ajudar no que for possível… Pelo que percebi o Mercier têm-na reprimida e em cativeiro há anos… A Nicky nunca soube o que é ser livre e ter uma vida privada… Precisamos de a livrar daquele monstro!
- E vamos livrá-la dele…



* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Bill & Gabi


Deitou-se na espreguiçadeira ao lado de Bill consumida pelo desejo de perguntar-lhe algo que não lhe saia da cabeça desde que tinha aberto o seu coração com Nicky à hora do almoço. Não saberia como abordar aquele tema, nem se o deveria fazer ali, mas o seu coração estava tão inquieto e a sua curiosidade era tão sufocante que sabia que desse por onde desse ia acabar por lhe perguntar aquilo que a consumia e não a deixava respirar de forma natural. Sentiu uma mão de Bill procurar a sua e acariciá-la com o polegar, escondidos dos olhos indesejados, por entre os corpos de ambos.

- Correu mesmo tudo bem ao almoço? – perguntou Bill ainda não convencido de que aquele almoço tinha sido um encontro tão ameno entre as três mulheres da sua vida. Será que Nathalie tinha sido assim tão inconveniente que tinha deixado toda a gente transtornada com as coisas que tinha dito?

Gabi abanou a cabeça de forma afirmativa a Bill, soltando a sua mão da dele para se virar de lado e tirar-lhe os óculos de sol para poder olhá-lo nos olhos. Amava aqueles olhos castanhos. Amava a força, a intensidade e o amor que carregavam neles e com que a olhavam. Eram capazes de lhe dar força e transmitir-lhe calmaria, ao mesmo tempo que eram capazes de a enfraquecer e excitar como nunca outros olhos tinham sido capazes de o fazer. Desejava beijá-los e passar uma mão sobre a face de Bill num gesto de puro carinho, mas sabia que talvez fosse melhor guardar as suas carícias para quando estivessem apenas os dois. Sorriu-lhe de forma doce e recebeu um sorriso rasgado e apaixonado por parte de Bill. Sentiu o seu coração explodir em felicidade e paz. Só ele era capaz de mexer consigo de forma tão arrebatadora. Baixou o seu olhar sem saber como abordar aquele tema, e suspirando ao mesmo tempo que pensava naquilo que ia dizer e na forma como o ia abordar, encheu-se de coragem.

- Quando foste para a cama com a Nicky… Já sabias do passado dela? – perguntou Gabi olhando timidamente para os olhos castanhos que amava.

Bill não conseguiu conter uma cara de espanto e agitação ao ouvir aquela pergunta ser-lhe feita dos lábios que mais amava, de forma tão doce e praticamente sussurrada. Olhou para a contenção de Gabi e encarou-a como dor e mágoa pela dureza do passado de Nicky e a forma como eles se tinham ligado. Queria falar e explicar-lhe tudo o que tinha acontecido, mas sentia as palavras presas no seu interior e o seu coração começar a bater de forma acelerada com medo de estar a falar demais e de Gabi não querer dizer exactamente aquilo que ele tinha ouvido. Observou a forma assustada e sensível com que Gabi olhava para si e sentiu-a entrar no seu interior e descodificar todas as suas preocupações naquele instante. Sentia-se vulnerável a ela de uma forma estranha. Não tinha como lhe mentir, especialmente se ela sabia da verdade através dos lábios de Nicky.

- … Ela contou-te sobre o passado dela? – perguntou Bill tentando perceber melhor o que tinha acontecido naquele almoço.
- Sim… Ela deve ter sofrido tanto… - disse Gabi sentindo os seus olhos ficarem repletos de lágrimas com a dor de imaginar tudo aquilo pelo qual Nicky tinha passado ao longo dos anos.
- Ainda sofre… - disse Bill sentindo uma vontade incontrolável de abraçar Gabi.
- Como é que alguém é capaz de fazer o que lhe fizeram? Ela era uma criança… Não se podia defender… - disse Gabi limpando uma lágrima solitária que rolava sobre o seu rosto.
- Eu sei amor… - disse Bill pegando numa mão dela para a acariciar por entre os seus corpos para que ninguém visse – Ela é um exemplo de força e garra como há poucos, passou por muito para chegar onde chegou… E há quem se tenha aproveitado disso para subir na vida… Mas ela é forte! Ela consegue tudo o que quiser, e um dia vai conseguir superar aquilo que lhe aconteceu e soltar-se do que a prende ao passado para aproveitar as coisas boas que a vida tem para lhe oferecer, sem medo…

- Não respondeste à minha pergunta… -
disse Gabi respirando fundo procurando o olhar dele – Já sabias do passado dela quando dormiste com ela?
- Sim…
- Porque é que o fizeste?
- Porque pensei que a pudesse ajudar a deixar de ter medo… -
disse Bill com medo que Gabi não acreditasse em si – Eu queria que a primeira vez dela fosse com alguém especial… Que ela se entregasse por amor e a alguém que a amasse tanto quanto ela merece ser amada, mas ela precisava de mim naquele momento, e talvez nunca mais fosse ter coragem de se entregar de alma e coração a um homem se eu a rejeitasse… Não podia deixar que o passado dela a fizesse sentir-se inferior…
- A primeira vez dela foi com a pessoa mais especial que podia existir… -
disse Gabi sentindo-se tocar pelas palavras de Bill, deixando novas lágrimas silenciosas rolarem dos seus olhos ao imaginar quão bonito e especial deveria ter sido aquele momento – Como é que consegues ser tão perfeito em todas as ocasiões?
- Eu não sou perfeito… -
disse Bill sentindo cada vez mais uma vontade incontrolável de a abraçar e beijar – Se fosse, o meu corpo não teria reagido… Tinha-a respeitado mais…
- Não tem nada a ver… O teu corpo é feito de carne e osso… Tenho a certeza que foste perfeito com ela… Ela tem todas as razões do mundo para te amar…
- O que a Nicky sente por mim é só amizade… -
disse Bill de forma rápida para que Gabi não pensasse noutras coisas – Tal como eu só sinto amizade por ela, nunca senti nada mais que isso… Tu és a única pessoa que eu amo e com quem desejo ser perfeito… És a única pessoa com quem fiz amor na minha vida e com quem desejo fazer amor para sempre… Todos os dias, a todas as horas…

Gabi sorriu e sabendo que corria riscos segurou na face de Bill com uma mão e levou os seus lábios até ele para lhe depositar uma porção mínima do amor maior que a vida que sentia brotar no seu interior ao ouvir as palavras dele. Amava-o tanto que desejava tornar todas as suas vontades e sonhos realidade. Os desejos dele, eram os mesmos que sentia no seu interior. Desejava-o muito, cada vez mais. Sempre que descobria o tamanho imenso do coração dele e a forma perfeita dele ser e agir, sentia-se atingir por uma nova onda de amor que não conseguia controlar, nem sabia como a englobar no amor imenso que já transbordava do seu coração. Ele era sem dúvida alguma o homem da sua vida. Saber que ele tinha olhado por Nicky e que a tinha acarinhado de forma tão pura, colocando-se em segundo plano para que ela pudesse ver os seus medos mortos e enterrados, dava-lhe a certeza mais que absoluta que numa situação normal, ele seria realmente a pessoa perfeita para ter ao seu lado e ajudá-la a ultrapassar tudo o que tinha vivido nas mãos de Patrick e Mercier.

- Precisamos de conversar sobre muitas coisas… - disse Bill ao separar-se dos lábios dela - Como por exemplo o que aconteceu no dia em que tu acabaste comigo e eu saí com a Nicky… Quero que percebas muitas das coisas que fiz e o que estava realmente a acontecer por detrás delas…
- Temos a vida toda pela frente…

- Falei agora com o meu assistente e ele disse-me que amanhã me liberam ao final da tarde para irmos às compras… -
disse Nicky aproximando-se de forma silenciosa do casal de namorados, olhando para Gabi de forma intensa para que ela percebesse aquilo que ela realmente queria dizer.
- Hmmm… As meninas querem ir às compras? – perguntou Bill surpreso pelo facto de Nicky e Gabi se estarem a dar tão bem ao ponto de quererem ir às compras juntas – Parece-me muito bem… Posso ir?
- Não! –
disse Nicky – Senão depois estragas a surpresa que a Gabi te quer preparar…
- Hmmm… A Gabi quer preparar-me uma surpresa? –
disse Bill sorrindo de forma marota para Gabi ao mesmo tempo que levantava uma das sobrancelhas, contente com o que ouvia.
- Quero sempre preparar-te surpresas amor… - disse Gabi sorrindo de forma pura ao achar engraçado a excitação dele.
- Então vou ter de vos deixar ir… - disse Bill curioso com o que poderiam elas estar a preparar para si – Mas vou ficar com ciúmes…
- Não te vais arrepender… -
disse Gabi achando-o encantador.

- Já agora… Gabi, importaste de chegar aqui dentro comigo? – perguntou Nicky fazendo sinal com a cabeça para a zona da sala, para que entrassem e falassem um pouco a sós.
- Claro… - disse Gabi levantando-se da espreguiçadeira.
- Prometo que ela volta daqui a um bocadinho… - disse Nicky ao ver o ar desolado de Bill por lhe ser retirado Gabi.

Nicky entrou no interior da sala sendo seguida por Gabi que estava visivelemnte curiosa com aquilo que Nicky queria falar consigo a sós.

- Marquei consulta para amanhã às sete da tarde… - disse Nicky uma vez em privado com Gabi – Desculpa ter marcado para tão tarde mas amanhã tenho gravações o dia todo e é a única hora a que te posso acompanhar… Além disso é a hora mais segura para apanharmos o consultório vazio e estarmos mais à vontade…
- Obrigada! –
disse Gabi sentida com aquilo que Nicky estava a fazer por si.
- Não precisas de agradecer… Gostava que alguém tivesse feito o mesmo por mim, mas há treze anos atrás não era normal ir a um psicólogo, principalmente quando eu era famosa e a menina perfeita de Hollywood, e toda a gente queria ignorar o que tinha acontecido e esperavam que um dia eu acordasse e me esquecesse de tudo… - confessou Nicky com pesar – Só passados muitos anos quando se tornou num problema demasiado complicado para lidar com a minha carreira é que falei com o James acerca de procurar ajuda… A ideia de abrir-me com alguém nunca me agradou, mas hoje em dia sei reconhecer que me ajudou bastante… Fui a muitos psicólogos, mas nenhum foi como esta… Espero que gostes dela!
- Eu não consigo sequer imaginar o que deve ter sido passar pelo que tu passaste… O que me aconteceu foi tão mais insignificante e marcou-me tanto… -
disse Gabi por dizer, sentida com a história de vida de Nicky.
- E felizmente nunca saberás como é passar pelo que eu passei… Não o desejo nem sequer ao meu pior inimigo…

- Mas agora tenho um problema… -
disse Gabi tentando aligeirar a conversa.
- Qual? – perguntou Nicky curiosa querendo ajudá-la.
- Que surpresa é que eu vou preparar ao Bill??? Tenho de pensar em alguma coisa… - disse Gabi sem saber o que fazer. Preparar surpresas nunca tinha sido o seu forte.
- Precisamos da ajuda da Nathalie… - disse Nicky pensando em tudo – Confia em mim… Eu posso telefonar para a minha loja de lingerie preferida, pedir que separem uns quantos conjuntinhos e enquanto nós vamos à psicóloga o meu motorista leva a Nathalie a alguns sítios para ela comprar algo apelativo para a vossa noite… E faço questão de pagar por tudo!
- Não é preciso…
- Eu insisto! Quero que vocês sejam felizes e que te sintas bem… Tenho a certeza que ele é capaz de o fazer sem ser preciso nada de especial, mas apetece-me mimar-vos… É o mínimo que posso fazer por vocês depois de todos os problemas que já vos causei… Deixa-me fazê-lo!
- Obrigada! –
disse Gabi abraçando Nicky sensibilizada com tudo aquilo que ela estava a fazer por si, e não querendo abusar da sua sorte mas sabendo que era algo importante para eles e que fazia questão que aquela surpresa tivesse um toque especial seu acrescentou - … Podemos comprar algumas rosas vermelhas também?
- Vermelhas, azuis, cor de champagne… Tudo o que quiseres!
- Têm de ser vermelhas!
- Vermelhas serão… -
disse Nicky contente por ver Gabi mais animada.


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Passava cerca de meia hora desde que toda a gente se tinha ido deitar. Tom não parava de olhar para o relógio a controlar o tempo, queria dar espaço para que todos dessem as suas últimas voltas, para ter a certeza de que quando saísse para procurar Nicky naquela noite, não encontrava ninguém. Saiu do seu quarto mais à vontade do que na noite anterior, e deu de caras com Nicky a meio do corredor. Olhou para ela de alto baixo contente por reparar que ela usava a camisa de dormir vermelha escura que na noite anterior tanto o tinha seduzido e automaticamente deu consigo a humedecer os seus lábios e a passar insistentemente com a língua sobre o piercing.

- O que é que estás aqui a fazer? – perguntou Tom sorrindo de forma rasgada.
- Ia ter contigo… - disse Nicky começando-se a rir – E tu?
- Ia ter contigo! –
respondeu Tom começando-se a rir também.

- E agora? – perguntou Nicky sem conseguir parar de rir, mas tentando controlar o volume a que o fazia para não chamar a atenção dos restantes – Quem é que vai ter com quem, aonde?
- Não sei… -
disse Tom começando a rir-se mais alto, seduzido pela forma tímida, nervosa e sedutora como ela se ria.

- Shhhhh… – disse Nicky tapando a boca de Tom com uma mão, rindo baixinho - Estás a fazer muito barulho, ainda nos vais denunciar!
- Isto é muito excitante… -
disse Tom pegando na mão dela que lhe tapava a boca para a puxar até ao seu quarto e fechar a porta para soltar uma gargalhada em conjunto com Nicky.

Nicky olhou para Tom e para o sorriso sincero dele e não conseguiu evitar de o achar ainda mais sedutor e charmoso que o habitual, havia algo nele que a conseguia cativar sem que ele precisasse fazer nada de especial, era algo nele mesmo, algo intrínseco, imprimido no seu código genético. Viu Tom andar na sua direcção e sentiu o coração começar a bater de forma ainda mais acelerada do que já estava. Deixou que ele a abraçasse e que os seus lábios se completassem um ao outro num beijo longo e repleto de desejo à flor da pele. Sentiu as mãos dele acariciarem as suas costas e a seda em contacto com a sua pele arrepiarem-na de forma preocupante para a fraqueza que se começava a abater sobre os seus joelhos.

- Alguma razão em especial para me procurares? – perguntou Tom deslizando os seus lábios até à orelha direita dela para roçar o seu piercing de forma libidinosa, deixando Nicky com todas as suas defesas em baixo.
- Não estivemos quase tempo nenhum juntos hoje… - disse Nicky perdendo a linha de raciocínio com a rapidez e precisão do ataque dele.
- Hmmmm… - disse Tom roçando os seus lábios até ao pescoço dela para o lamber e depositar beijos assustadoramente sensuais nele – Então não vinhas aqui com o intuito de dormir comigo esta noite?
- Não sei… Já não sei de nada… -
disse Nicky totalmente rendida ao toque dos lábios dele, acariciando o pescoço de Tom.

Tom separou-se do pescoço dela e olhou-a para ver a forma como os seus olhos estavam repletos de desejo e prazer e sorriu-lhe feliz por saber que a tinha deixado afogueada e um passo mais próxima de ser sua. Não ia deixar aquela noite escapar, sentia-se demasiado atraído por ela e não era capaz de continuar a viver debaixo do mesmo tecto que Nicky Fuller sem pelo menos tentar a sua sorte. Levou uma mão até aos cabelos dela, e entranhando-a na sua nuca, puxou os lábios dela até aos seus de forma libidinosa beijando-a com a habilidade e dedicação que a prática lhe tinha ensinado. Os lábios dela correspondiam de forma tímida mas com uma entrega e desenvoltura que mostrava a forma como o cobiçava cada vez mais. Separou-se dela sentindo-se praticamente sem ar com os seus beijos e sentindo que estava na hora de a prender por completo disse:

- Hoje sou eu quem te convida: Dorme comigo esta noite…
- Queres dormir comigo? –
perguntou Nicky soltando-se do corpo de Tom para procurar ar, apercebendo-se que a fraqueza dos seus joelhos se tinha transformado num estremecer por todo o seu corpo excitado e intimidado com o toque e a proximidade de Tom.
- Não… - disse Tom no esplendor da sua honestidade, mordendo o lábio inferior – Dormir está longe daquilo que quero fazer contigo…
- Hm… -
disse Nicky sem saber o que dizer ao comentário de Tom.
- Tínhamos ficado com algo pendente desde Hamburg… – disse Tom pegando numa mão dela fazendo-a entrar para o interior do quarto.
- Eu sei… O meu corpo diz-me que sim, mas a minha mente ainda me tenta dizer que não… - disse Nicky sentindo-se corar, deixando-se encaminhar por Tom para junto da zona da cama.
- Então porque é que vinhas ter comigo?
- Porque estava no meu quarto e só conseguia pensar em ti…

- O que é que eu preciso fazer para que a tua mente mude de ideias? –
perguntou Tom abraçando o corpo dela, fazendo as suas mãos acariciarem a sua cintura – … Talvez mais uns beijos?
- Sim… Os beijos ajudam e muito… Se me continuares a beijar assim…
- O que é que acontece? –
perguntou Tom levando os seus lábios até à boca dela para lhe demonstrar fisicamente o desejo que sentia, ao mesmo tempo que descalçava os ténis.
- Não vou ser capaz de te resistir…
- Ainda bem, porque eu não quero que me resistas… -
disse Tom deitando-a em cima da cama, colocando-se sobre o corpo dela para a beijar de forma lenta e profunda – Quero-te muito… E quero-te esta noite… Desejo-te cada vez mais… Não consigo estar debaixo do mesmo tecto que tu sem sentir uma vontade imensa de te ter e beijar…

- E se eu não for aquilo que estás à espera? Se te desiludir? –
perguntou Nicky olhando-o nos olhos, levando a sua mão direita aos lábios dele para sentir através do tacto os lábios que tanto prazer lhe davam – Eu não sou atrevida como as outras e tenho medos demasiado enraizados em mim…
- Não penses nisso… -
disse Tom roçando os seus lábios de encontro aos dedos dela – Eu prometo ir com calma… Vais-te esquecer que alguma vez tiveste medo do que o meu corpo te pode fazer…
- Faz-me esquecer tudo… Por favor… -
pediu Nicky puxando a cabeça de Tom pela nuca para o beijar de forma lenta e doce, deixando que Tom a puxasse para meio da cama.

Beijou-a de forma terna deixando que as suas mãos começassem à procura das curvas que se faziam sentir por cima do corpo de seda de Nicky. Sentia os lábios dela presos aos seus e uma doçura naquele beijo aliada a uma intensidade diferente do normal. Nicky estava a deixá-lo entrar no seu mundo, começava a entregar-se mais a si. Ajoelhou-se sobre a cama para tirar as t-shirts que tinha sobre o seu corpo quente e abrasado pela visão de a ter na sua cama, receptiva aos seus avanços. Se dependesse de si, ia fazer com que Nicky esquecesse o seu passado naquela noite. Reparou que ela olhava para os seus abdominais e sorriu ao perceber que por mais que a mente dela quisesse lutar contra aquilo que estava prestes a acontecer, o seu corpo não era realmente capaz de resistir à atracção que havia entre eles. Colocou uma mão no bolso das calças e discretamente, enquanto se deitava sobre o corpo dela de novo, tirou os preservativos que ali tinha guardado e depositou-os em cima da mesa-de-cabeceira no momento em que os seus lábios se uniam novamente com os de Nicky e a beijavam de forma mais intensa e repleta de desejo. Sentia o corpo dela estremecer ligeiramente de vez em quando, e achava aquele estremecer tão puro quanto sensual. Beijou o queixo dela, vendo-a inclinar o pescoço para trás para receber o toque dele, e continuou a onda de afecto beijando o seu pescoço e ombros, procurando um caminho seguro até ao decote tentador dela. Sentiu as mãos de Nicky procurarem as suas costas no momento em que beijava o seu peito e sentiu-se impelido a arrojar um pouco mais. Fez com que as suas mãos deslizassem sobre a barriga dela e beijando-a por cima da camisa de dormir, levou as suas mãos até à zona das pernas onde a camisa encontrava o seu fim e começou a puxá-la calmamente para cima, olhando para Nicky de soslaio para a ver abrasada pelos seus beijos e toque. Puxou a camisa de dormir até ao peito de Nicky e sedutoramente incumbiu os seus lábios de a beijar na barriga e a sua língua de brincar com o umbigo dela. Sentiu as mãos dela ocuparem-se da sua cabeça e acariciarem-no de forma doce, ao mesmo tempo que sentiu o corpo dela começar a estremecer de forma mais regular e violenta, e os seus lábios soltarem uma primeira interjeição de deleite. Tom sentiu-se cada vez mais encorajado em continuar as carícias e fazer com que o corpo de Nicky não fosse capaz de o negar. Levou os seus lábios até à boca dela novamente e sentiu-a beijá-lo de forma mais desenvolta, como se o quisesse compensar por todo o prazer que era capaz de lhe oferecer apenas com o toque dos seus lábios. Nicky encheu-se de coragem e entrelaçou uma das suas pernas, à volta das pernas de Tom, demonstrando a força com que o começava a desejar, e beijou o pescoço dele com o mesmo empenho com que anteriormente Tom a tinha beijado. Abraçou o corpo de Tom e deixou que os seus lábios matassem parte da fome que tinha dos lábios dele. Desejava-o cada vez com uma força superior, mesmo quando achava que era impossível querer beijá-lo mais. Sentia necessidade de o ter, o seu corpo nervoso e intimidado começava a pulsar e a querer pedir mais, queria senti-lo no seu interior, queria sentir-se parte dele, e entregar-se em prazer e paixão. Largou o corpo de Tom sem nunca o parar de beijar e respirando fundo, emitindo um som de puro contentamento levou as suas mãos até à sua camisa de dormir e começou a puxá-la para cima para a tirar por completo. Tom apercebeu-se daquilo que se estava a passar e pegando na camisa de dormir dela também, ajudou-a a tirá-la de forma serena para não a alarmar. Deixou que os seus lábios se soltassem dos lábios dela e olhando-a nos olhos para perceber que ela estava assustada e envergonhada com a sua nudez, depositou um novo beijo doce e fugaz nos seus lábios e não resistiu em procurar o peito dela. Queria olhar para ela e vê-la como a mulher lindíssima que era. O seu peito era firme e robusto, demasiado atractivo para que Tom se mantivesse afastado dele. Levou os seus lábios e uma mão até ao peito dela e de forma leve e desapressada apalpou-a, ao mesmo tempo que a beijava e sugava parte da sua essência, que sensível a fazia arrepiar-se e arquejar o corpo em forma de êxtase pela excitação cada vez mais alarmante que sentia em si. Os sons que ela emitia eram cada vez mais perceptíveis, e a respiração dela começava a sofrer alterações que garantiam a Tom que o prazer que lhe estava a infligir era certeiro nos seus pontos fracos. Calmamente para não a alarmar, levou uma mão até ao cinto das suas calças, e desapertou-o lentamente, sentindo-a abraçar-se a si com força como se não estivesse preparada para ouvir aquele som que a macerava e tentasse retirar forças do seu corpo para que tal acontecesse, mas para espanto de Nicky nada aconteceu, sentiu Tom puxar as calças para baixo sem que o som que a traumatizava lacerasse os seus ouvidos. Soltou o corpo dele e olhou-o com espanto e contentamento por não ter de superar aquele som traumático, e Tom sorriu-lhe. Puxou o cinto que tinha nas calças com uma mão, tirando-o e trouxe-o até perto da cara de ambos para mostrar a Nicky que o seu cinto era feito na totalidade por cabedal. Não tinha metal envolvido. Nicky olhou para o cinto e de seguida para ele e sentiu-se sensibilizada por ele ter pensado naquele pormenor que tanto a marcava, e sentiu uma vontade ainda maior de se entregar a ele e de o compensar pela forma meiga como ele se comportava consigo. Sentia-se tão segura nos braços dele, quanto excitada e pronta para avançar e senti-lo finalmente em si. Abraçou o pescoço dele e beijou-o de forma desinibida e provocadora, ao mesmo tempo que os seus pés, forçavam as calças de Tom a descer sobre o corpo dele. Sentia-se totalmente arrebatada por aquele Tom que fazia o seu corpo estremecer e corar como nunca antes se tinha sentido estremecer e corar, mas que ao mesmo tempo era capaz de a fazer-se e excitar e provocar-lhe picos de desejo tão elevados como desconhecia ter no corpo. Tom alcançou a mesa-de-cabeceira para tirar um dos preservativos que lá tinha deixado e sobre o olhar compenetrado e levemente apreensivo de Nicky, ajoelhou-se sobre a cama e abriu a embalagem do preservativo, sentindo-se já deveras excitado com todos os beijos e carícias que tinham trocado. Observou a forma quase natural como Nicky olhou para o lado, e percebeu que por mais abrasada e encorajada que ela estivesse, algumas coisas ainda eram demasiado novas para ela que preferia querer continuar a ignorá-las, e perante a ausência do olhar de Nicky, baixou os boxers e colocou o preservativo em si. Acabou de tirar os seus boxers e viu o olhar de Nicky voltar a desviar-se para si, olhando somente para a sua face, como se tivesse vergonha de olhar para o corpo excitado dele, por mais que já o tivesse visto anteriormente em condições diferentes. Tom colocou as mãos sobre as cuecas de Nicky e beijando a barriga dela de forma lânguida fê-las deslizar por entre as pernas de Nicky sentindo que ela estava ligeiramente desconfortável por estar totalmente nua e indefesa perante ele. Depositou as cuecas dele junto dos seus boxers e de forma doce pegou numa das pernas de Nicky de cada vez, e dobrou-as, beijando cada um dos seus joelhos, preparando o corpo dela para o momento em que finalmente se iam unir e experimentar mutuamente. Deitou-se de forma lenta e sedutora por entre as pernas arqueadas dela e sobre o seu corpo depositou diversos beijos até chegar aos lábios dela e beijá-la lentamente, querendo sentir cada ânsia e cada medo que ela tinha naquele momento. Soltou-se dos lábios dela e sentiu o olhar de Nicky descair sobre o seu de forma amedrontada, mas corajosa. Ela estava pronta para se entregar na totalidade. Tom uniu os seus lábios aos dela e levando uma mão à fonte do seu desejo, forçou gentilmente a sua entrada em Nicky. Sentiu os lábios dela contorcerem-se no que deveria ser dor e entrou de forma lenta e paciente no interior dela, soltando os seus lábios dos dela no momento em que se sentiu finalmente uno com ela. Deixou-se ficar no seu interior até que o corpo dela se adaptasse a si e sentindo os braços de Nicky abraçarem o seu pescoço, começou por se fazer sentir mais activo no seu interior. Começou por ondular o seu corpo no interior dela, para lentamente começar a sair e impulsionar-se de forma sempre lenta e cuidadosa para o seu interior. Nicky levou os seus lábios até ao pescoço dele e sentindo-o impulsionar-se sobre si, começou a beijá-lo, ao mesmo tempo que emitia sons e gemidos decorrentes da dor e do prazer que sentia ao tê-lo em si. Sentiu uma mão de Tom passar sobre o seu peito, acariciando-a de forma mais arrojada do que anteriormente, e continuar o seu caminho pela sua cintura, chegando até à sua perna para a apertar e acariciar com desejo e colocá-la sobre as suas costas. Nicky deixou-se guiar pelo corpo experiente de Tom, e foi-se sentindo cada vez mais receptiva aos movimentos que o corpo dele aplicava sobre si. Soltou o pescoço dele e puxou a face de Tom até aos seus lábios para o beijar de forma carinhosa, abanando ligeiramente a cabeça de forma afirmativa, como se lhe desse luz verde para que ele não tivesse medo na forma como a tomava, pois o seu corpo começava a sentir-se cada vez mais à vontade e mais livre para sentir todo o prazer de o receber no seu interior. Tom procurou começar a penetrá-la de forma natural, sem ser extra cuidadoso com a forma como o fazia, e pouco depois começava a sentir uma vontade descontrolada em si de se dar por completo de forma rápida e dura. Sentia um calor apoderar-se de si, e as mãos de Nicky tocarem no seu peito e costas e acariciarem-no de forma arrepiante e tudo o que queria era exercer a sua força sobre ela para que ambos pudessem experienciar um orgasmo que ficasse nas suas memórias, mas não podia, tinha de ser doce naquela noite, tinha de a assegurar que nada do que faria a poderia magoar mais do que já tinha magoado e que dali em frente tudo o que se proponha a dar-lhe era prazer. Aumentou de forma controlada a velocidade a que entrava e saia do corpo dela, o suficiente para a ouvir começar a soltar interjeições contidas de dor e prazer mesclados e percebendo que o corpo dela estava realmente excitado, começou a fazer-se sentir de forma mais dura e profunda no interior dela para ver como ela reagia, e percebeu pelas contorções da face de Nicky que talvez não fosse boa ideia. Acalmou a sua excitação e parando um pouco dedicou-se aos lábios dela beijando-a com desejo, sentindo nos seus beijos ela pedir por mais, Nicky parecia estar a gostar de todas aquelas novas sensações mesmo que o seu corpo reagisse com dificuldade às investidas de Tom, e com cuidado voltou a insurgir-se sobre ela, desta vez sem procurar arrojar no seu ataque, mas apenas aumentar gradualmente a velocidade a que entrava no seu interior, à medida que a sentia acostumar-se à agilidade anterior, e assim começou a sentir-se cada vez mais excitado e próximo do orgasmo que sabia estar prestes a atingir. Queria que ela se viesse consigo, queria vê-la satisfeita e saber que a sua atenção no final seria compensada pela maior onda de prazer que ela alguma vez tinha sentido. Fez a mão que tinha presa à perna de Nicky deslizar até às curvas do seus corpo e massajando-a sedutoramente, introduziu a sua mão entre o corpo de ambos para a estimular manualmente ao mesmo tempo que a penetrava. Não demorou mais de três a quatro segundos até que Nicky não fosse capaz de conter as suas interjeições mais silenciosas. Tom sorriu e atacou os lábios dela ao aperceber-se que tinha encontrado uma maneira simples de a deixar totalmente em êxtase e poder arrojar um pouco mais sobre o corpo de Nicky que se contorcia em ondas de puro prazer. Aumentou a velocidade a que se impulsionava de encontro a ela e pouco depois sentiu o seu corpo ceder a uma explosão de sentidos. Fechou os olhos e sentiu as mãos de Nicky passarem sobre o seu rosto contorcido pelo prazer. Abriu os olhos para a ver sorrir timidamente para si e sentiu uma das mãos de Nicky procurar uma das suas mãos e entrelaçar os dedos em si, segundos antes de também ela sentir a mesma manifestação de prazer que estava contida no seu interior há tempo demais.
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Catarina Kretli
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeQua Ago 03, 2011 12:29 am

A Nath agora mudou de ideia já que viu quem é realmente a Nicky Fuller, só espero de agora não aconteça nada para atrapalhar essa amizade. Nicky tentando ajudar a Gabi é lindo, agora vai ser o trio né ? As meninas super poderosas. Bill eu sei que você ainda esta com a pulga a traz da orelha mais não reclama não, que no final você ainda ganha uma SUPER surpresa né. KKKKKKKKK' ALELUIA, até que enfim Nicky e Tom foram satisfazer os seus desejos já estava na hora. Tom foi super fofo *o* isso é uma coisa que acontece uma vez na vida e outra na morte e a Nicky foi a premiada de ter isso só pra ela né safadinha KKKKKKKKK'.

Sai de feiras e deixa um capítulo desses ? Quer me matar ? KKKKKKKKK'
Quero vê a cara deles no outro dia pow (:
Boas ferias mas VOLTA HEEEEEIN


Última edição por Catarina Kretli em Qua Ago 03, 2011 12:33 am, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : coisas a mais.)
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeTer Ago 16, 2011 9:50 pm

CaTaRiNaAaaaAA \o/ \o/ \o/


Voltei sweeeeeeeeeety!!!!
É.... Parece k a Nat está vendo uma Nicky bem diferente agora....
A Nicky tá sendo muito fofa em fazer de tudo para ajudar a Gabi (k bem precisa!!!) e o BiLL bem k pode fikar kurioso pk é ele k vai fikar a ganhar kom uma surpresinha!!! =p
Simmmmmmmmmmmmmmmmm....... O Tom & Nicky bem k satisfizeram seus desejos Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil

LolOlolOloL sorry sweety!!! Mas as boas novidades é k voltei e vem mais já de seguida!!!



* * * KiSsEssSSss * * *




145

[FF] - Kampf der Liebe - Página 16 145uu

Acordou com o primeiro raiar do sol. Sentia-se intrinsecamente feliz, como se um peso tivesse sido tirado do interior do seu peito. Tudo o que lhe apetecia fazer era enroscar-se em Tom e dormir toda a manhã nos braços que a faziam sentir-se tão segura quanto acarinhada, mas não podia, tinha de ir trabalhar. Nicky perguntou-se que horas seriam e se já estaria atrasada. Tinha mesmo de se levantar e deixar a preguiça para o dia seguinte quando estivesse de folga. Apercebeu-se que tinha um pé entrelaçado nas pernas de Tom e a sua cabeça deitada na almofada dele, ao lado do seu ombro e teve medo que ele acordasse para a ver tão perto. Depois de tudo o que tinha acontecido, tinha medo que Tom se sentisse demasiado assustado com a possibilidade dela se crer prender a si. Afastou-se de Tom devagarinho, procurando tocar-lhe o mínimo possível para que ele não acordasse, e assustou-se ao senti-lo mudar de posição. Nicky olhou para Tom e apercebeu-se que ele não tinha acordado. Respirou de alívio e levantou-se da cama procurando as suas cuecas e a camisa de dormir que trazia vestida na noite anterior para se vestir. Uma vez vestida, deteve-se a olhar para Tom deitado na cama e a sorrir ao recordar a forma terna e afectuosa como ele tinha sido capaz de ser paciente e tolerante consigo. Queria ter coragem para abandonar aquele quarto sem olhar para trás ou suspirar por tudo o que ali tinha vivido, mas não era capaz. Tudo o que desejava naquele momento já não era dormir a manhã inteira nos braços de Tom, mas mantê-lo bem acordado por entre beijos e carícias que poderiam despoletar algo mais arrojado. Deu consigo a suspirar novamente e a pensar que talvez devesse sair sem lhe dizer nada, mas que não era capaz. Aproximou-se de Tom e depositou um beijo leve sobre os lábios dele, sentindo-o responder ao seu beijo e acordar com aquele toque. Nicky sentiu-se envergonhada por ser apanhada a roubar-lhe um beijo quando ele estava inconsciente e sentiu-se corar de forma inevitável.

- Já vais embora? – perguntou Tom ajeitando-se na cama desejoso de continuar a dormir.
- Tem de ser… - disse Nicky afastando-se da cama para que ele não a sentir demasiado perto. Queria dar-lhe espaço. Talvez nem sequer o devesse ter beijado.
- Gostaste da noite de ontem? – perguntou Tom abrindo um olho para espreitar a expressão do rosto dela, ao mesmo tempo que empunhava um sorrido perverso nos lábios.
- Muito… Foste tão… - disse Nicky suspirando sem saber como definir a doçura que tinha sentido nele – Tenho vontade de a repetir…
- Fiz-te querer mais? –
perguntou Tom duplicando o sorriso que tinha nos lábios anteriormente.
- Sim… - disse Nicky acenando afirmativamente com a cabeça de forma tímida e contida.
- Eu sabia que conseguia… - disse Tom orgulhoso de si mesmo.

Nicky não foi capaz de resistir ao charme e poder de sedução dele mesmo que meio adormecido e riu-se do comentário de Tom. Também não tinha dúvidas de que ele fosse capaz de a fazer sentir-se especial e segura nos seus braços. Queria muito libertar-se com ele e sentir-se à vontade para lhe ser capaz de dar tanto prazer quanto ele desejava ter com o seu corpo.

- A partir de agora é sempre a melhorar… - disse Tom ajeitando-se novamente na cama como se estivesse satisfeito com o que tinha ouvido e pronto para encontrar Nicky mais desenvolta e atrevida nos seus sonhos.
- Tenho a certeza que sim… Pode ser que esta noite me possas provar isso… Vou ficar impaciente até regressar a casa, mas agora tenho mesmo de ir… Nem sei que horas são e detesto chegar atrasada ao estúdio… - disse Nicky encaminhando-se até à porta suprimindo a vontade imensa que tinha em beijá-lo novamente – Até logo… Bom dia e bons sonhos…
- Vou sonhar com o que te vou fazer logo à noite… -
disse Tom fechando os olhos para procurar adormecer novamente.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


- É normal estar assim tão nervosa? – perguntou Gabi inquieta com o encontro que a esperava.
- Sim… Não é fácil falar de algo que nos atormenta, mas com o tempo vais ver que te sentes mais à vontade e aprendes a confiar na pessoa que te acompanhar! – disse Nicky batendo à porta do consultório da sua psicóloga.
- Vou ter de procurar um psicólogo bom quando regressar a casa…
- Pergunta aos teus amigos, de certeza que alguém te é capaz de encaminhar a alguém com quem te sintas à vontade para falar…
- Sim… Tenho de fazer isso… -
disse Gabi respirando fundo ao sentir o seu coração acelerar de forma preocupante com o abrir da porta que a separava do seu passado.

- Nicky! – disse a médica ao abrir a porta, depositando um beijo sobre a face de Nicky, fazendo sinal para que elas entrassem – Já não a vejo há muito tempo… Fico muito contente que tenha decidido voltar a procurar-me!
- Peço desculpa ter passado tanto tempo afastada das nossas consultas mas precisava de um tempo para mim mesma… Têm acontecido muitas coisas na minha vida ultimamente, gostava de falar consigo quando tiver algum tempo disponível para mim, mas hoje trago-lhe a minha amiga Gabriele… -
e virando-se para Gabi acrescentou – Esta é a Dra. Gray…
- Prazer… -
disse Gabi estendendo a mão à psicóloga de Nicky que parecia ter cerca de quarenta anos e aparentava um ar bastante simpático e acolhedor.
- Prazer… - disse a médica estendendo a mão a Gabi com um sorriso nos lábios – Então isso quer dizer que ainda não é hoje que vamos falar?
- Infelizmente não… -
disse Nicky sentindo-se envergonhada por não procurar a sua psicóloga desde o inicio do ano – Mas gostava muito que falasse com a minha amiga, acho que ela está a precisar mais de si do que eu neste momento…
- Com certeza! –
disse a psicóloga com um sorriso simpático nos lábios olhando para Gabi para perceber que ela estava muito nervosa – Não precisa ficar nervosa Gabriele, vamos só conversar naturalmente como se fossemos duas amigas, quero que se sinta à vontade!
- Obrigada… -
agradeceu Gabi sentindo empatia pela médica que era cerca de vinte centímetros mais baixa que si e que lhe fazia lembrar uma mulher dos países mediterrânicos devido ao seu cabelo escuro, olhos castanhos e ancas largas.

- A Gabriele mora na Alemanha, terá dificuldades em vir às suas consultas com regularidade… - começou Nicky por alertar.
- Não tem problema… - disse a Dra. Gray de forma sorridente – Estou aqui para a ajudar no que for possível e sempre que necessitar de mim podemos falar, mesmo que seja por telefone ou e-mail.
- Obrigada… -
disseram Gabi e Nicky ao mesmo tempo.

- Folgo em vê-la Nicky… Está com bom aspecto, parece-me que esse tempo que precisou para si mesma lhe tem feito muito bem, fico muito contente! – disse a médica passando uma mão sobre o braço de Nicky.
- Como lhe disse, recentemente têm acontecido muitas coisas na minha vida, algumas têm me feito muito bem… - disse Nicky sorrindo ao recordar o quão bem Tom lhe tinha feito na noite passada.
- Estou a ver que sim… - disse a Dra. Gray sorridente.

- Obrigada por ter disponibilizado a clínica para nos atender tão tarde… - disse Gabi sentindo-se na obrigação de agradecer os cuidados especiais que a psicóloga estava a ter para consigo – Já reparei que está sozinha… Provavelmente o seu horário de atendimento já terminou e eu estou-lhe a tomar o seu tempo…
- Não se preocupe com isso, é um prazer receber-vos! –
disse a médica, e fazendo sinal para que Gabi entrasse no seu consultório acrescentou – Vamos entrando?
- Sim… -
disse Gabi respirando fundo, trocando um olhar cúmplice com Nicky.
- Se a Nicky não se importar, preferia dar uma palavrinha com a Gabriele a sós… - disse a médica de forma cordial.
- Com certeza! Eu fico aqui na sala de espera… - disse Nicky calculando que fosse esse o procedimento que a sua psicóloga quereria tomar.
- Posso servir-lhe um café ou uma água enquanto espera? – perguntou a médica, que estava sozinha sem a sua secretária, uma vez que guardava sempre aquelas horas mais tardias para sozinha atender os seus clientes famosos que como Nicky não queriam ser vistos por outras pessoas e privavam pela sua privacidade longe de olhares indiscretos.
- Não, eu estou bem, obrigada… Demore o tempo que achar necessário! – disse Nicky com um sorriso nos lábios, olhando para Gabi para lhe transmitir alguma força por entre um sorriso.
- Alguma coisa, sinta-se à vontade para pegar da nossa despensa… - disse a médica apontando para uma salinha onde Nicky poderia encontrar o que comer e beber para o caso de necessitar.
- Obrigada! – agradeceu Nicky.
- Agora se nos dá licença… Encontramo-nos daqui a um bocadinho… Até já! - disse a médica fazendo sinal para que Gabi entrasse para o seu consultório, fechando a porta atrás de si.

Nicky respirou fundo e sentou-se num dos sofás da sala de espera. Estava impaciente com a consulta de Gabi, desejava que tudo corresse bem e que saísse daquele consultório mais forte e segura de que conseguiria enfrentar o problema que a assombrava. Lembrava-se perfeitamente da primeira vez que ali tinha ido procurar ajuda, não tinha sido capaz de falar com a psicóloga sobre o verdadeiro problema que a levava até lá, não sabia até que ponto poderia confiar nela, mas mesmo assim no final da sua consulta e depois de muito falar sobre tudo e nada, a Dra. Gray tinha-lhe falado de forma indirecta sobre vítimas de agressões e o modo como isso afectava a vida das pessoas, fazendo com que Nicky ficasse impressionada com a facilidade como ela a conseguia ler e perceber sem que tivesse precisado dizer uma palavra que fosse sobre o seu passado sofrido.

Passavam quarenta minutos desde que Gabi estava no interior do consultório da Dra. Gray, e a mente de Nicky pairava sobre o cansaço de um dia preenchido de gravações e a ânsia de chegar a casa para encontrar Tom, quando sentiu o seu telemóvel vibrar, tirou o telemóvel da mala e reparou que tinha três mensagens de imagem de Nathalie. Abriu uma por uma, e em cada uma delas conseguiu ver a fotografia de um conjunto de lingerie muito sensual e ousado. Nathalie dizia-se indecisa entre os três conjuntos. Nicky gostava particularmente do primeiro que era composto por um corpete em tons de preto e pequenos cristais a imitar diamantes a debruarem o decote, umas cuecas pretas com uma renda sensual dos lados e umas meias de liga também elas pretas com uns pormenores rendados e os mesmos cristais a imitar diamantes desenhando uma linha ao longo da perna. Enviou uma mensagem a Nathalie expressando o seu agrado pelo primeiro conjunto, e poucos segundos depois uma nova mensagem de Nathalie anunciava que dos três também era o seu preferido. Nicky entreteve-se a meia hora seguinte a estudar o guião com as próximas cenas que ia filmar e quando menos esperava, ouviu a Dra. Gray abrir a porta do consultório e por ela sair uma Gabi que parecia mais leve e aliviada. Nicky levantou-se do sofá e aproximou-se delas.

- Então como correu? – perguntou Nicky interessada e curiosa.
- Muito bem… A sua amiga Gabriele é uma mulher muito forte e com uma personalidade fascinante… Gostei muito de a conhecer… - disse a Dra. Gray entendendo a mão até Gabi com um sorriso nos lábios.
- O prazer foi todo meu… - disse Gabi retribuindo o sorriso – Será que há possibilidade de amanhã vir ter consigo novamente?
- Neste mesmo horário? –
perguntou a médica dirigindo-se à mesa da sua secretária para pegar na sua agenda e ver os doentes que tinha marcados.
- Ou noutro qualquer… - disse Gabi sentindo-se mais leve com a conversa que tinha tido com a médica, gostando de a prolongar um pouco mais. E virando-se para Nicky acrescentou com um ar preocupado – Não te importas, pois não?
- De modo algum! –
disse Nicky contente por ver que a consulta tinha feito bem a Gabi – Fico muito contente que queiras regressar, é bom sinal! - e lembrando-se que no dia a seguir tinha a sua folga, mas que já tinha combinado passar o dia com Bill a passear pelas ruas de Los Angeles para serem vistos como o casalinho sensação que eram e fazerem furor, acrescentou – Mas amanhã já tenho combinado um almoço com o Bill e estava a pensar passar a tarde com ele…
- Ahhhh pois é… -
disse Gabi que já se tinha esquecido dos planos que junto com Bill e Nicky tinham combinado para que eles fossem vistos mais vezes juntos e em diversas situações. Mas pensando que não poderia estar presente naquele momento intimo entre eles os dois acrescentou – Mas não tem problema, eu já sei onde fica o consultório, se a doutora não se importar venho ter consigo…
- Bem, se quiseres e a doutora tiver um espaço para ti… -
disse Nicky calculando que não haveria qualquer problema para Gabi em ir ao consultório durante o dia, pois Bill ia estar ocupado a tarde toda e não se aperceberia da escapadela da sua namorada.
- Só se for à hora do almoço… - disse a Dra. Gray – Se quiser almoçar comigo, terei todo o gosto de falar um pouquinho mais consigo… De resto a minha agenda já está realmente cheia.
- Pode ser ao almoço, eu venho cá ter consigo por volta da uma, pode ser? –
sugeriu Gabi.
- Perfeito! Cá a espero Gabriele… - disse a psicóloga despedindo-se delas – E um dia destes fico à sua espera Nicky, quero saber o motivo desse brilho nos seus olhos…
- Assim que puder darei cá um saltinho! –
disse Nicky sorrindo de forma tímida, sentindo-se envergonhada por ser tão óbvia na sua felicidade – Até à próxima doutora… Muito obrigada por nos ter atendido tão em cima da hora!
- Ora essa, não tem problema nenhum… -
disse a médica levando-as até à porta do consultório, despedindo-se de Nicky com um beijinho.

Nicky e Gabi saíram do consultório, desejosas de trocar impressões sobre a consulta com a Dra. Gray, mas ainda mais ansiosas por ir buscar Nathalie na loja onde ela tinha ficado a comprar as surpresas para Bill.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


- Vocês estão loucas!!! – disse Gabi de olhos muito abertos ao tirar de dentro do saco de compras de Nathalie o conjunto extremamente sensual de corpete e ligas que elas lhe tinham comprado – Eu não costumo usar estas coisas… Aliás… Eu nunca usei nada disto!!!
- Há sempre uma primeira vez para tudo… -
disse Nicky observando com atenção o conjunto que tinha visto por fotografia e que ao vivo era bem mais bonito – É mesmo lindo… Eu acho que ele vai adorar!
- Mas isto não tem nada a ver comigo!!! –
disse Gabi assustada com as compras atrevidas de Nathalie sem saber se seria capaz de usar tudo aquilo de forma natural sem parecer demasiado forçado e artificial – Ele nem me vai reconhecer…
- A ideia era fazer-lhe uma surpresa! Sempre ouvi dizer que faz bem estimular as relações… –
disse Nicky entusiasmada com as compras de Nathalie.
- Não, a ideia era eu ir à psicóloga… E nós não precisamos de ser estimulados… A nossa relação vai muito bem de saúde! - disse Gabi tirando um tubo do interior do saco mostrando-o a Nathalie e perguntando – O que é isto?
- Óleo de massagens… -
disse Nathalie sorrindo do ar de pânico de Gabi – Se é para o deixares louco, vais deixá-lo louco dos pés à cabeça!

- Vocês são definitivamente loucas!!! –
comentou Gabi envergonhada em pensar que naquela noite toda a gente estaria expectante com aquilo que se ia passar no quarto de Bill. Pensar que toda a gente sabia o que se ia passar na intimidade deles, não lhe agradava particularmente.
- E ainda comprei umas velas aromáticas, e as rosas vermelhas que tinhas pedido… - disse Nathalie entusiasmada com as compras.
- Obrigada… - agradeceu Gabi reconhecendo o esforço imenso que elas estavam a fazer para que tudo corresse bem – Vocês estão a fazer muito por mim… Nem sei como vos agradecer!
- Sê feliz! –
disse Nicky com simplicidade.
- Sim… Era o melhor que podias fazer! – disse Nathalie abraçando Gabi – E pelo caminho faz feliz o meu melhor amigo porque ele bem merece…
- O teu melhor amigo merece tudo! –
disse Gabi com um sorriso nos lábios, abraçando Nathalie com força.

- E como correu a conversa com a psicóloga? – perguntou Nathalie interessada, ao mesmo tempo que soltava o corpo da amiga.
- Bem… - disse Gabi suspirando ao mudar de conversa.
- Muito bem! – disse Nicky – Tão bem que amanhã a Gabi vai almoçar com a Dra. Gray para conversarem mais um bocadinho!
- A sério? –
perguntou Nathalie contente com o que ouvia – Que bom querida… Fico mesmo contente! Já estava na hora de encontrares alguma coisa que te fizesse bem e te ajudasse…
- Ela é muito simpática e perspicaz… -
disse Gabi – Muitas coisas não precisei sequer de lhe dizer, ela conseguia ler-me com uma exactidão incrível… Sinto que perdi um peso hoje, e mesmo que pequenino já me ajuda a respirar mais facilmente… Amanhã tenciono perder outro ainda maior… Soube mesmo bem poder desabafar e ouvir os conselhos dela… Obrigada Nicky…
- Não precisas agradecer… -
disse Nicky pegando numa mão de Gabi – Como te disse: gostava que alguém tivesse feito o mesmo por mim quando necessitei de ajuda…

- Esperem aí… Se a Gabi vai almoçar com a Dra. Gray, e tu e o Bill vão almoçar e passar a tarde juntos… Isso quer dizer que eu vou ter de aturar o Tom??? –
perguntou Nathalie apercebendo-se da sua sina para o dia seguinte e perante o riso das suas amigas e percebendo que não tinha como escapar disse Oh não…
- Não me importava de trocar de lugar contigo… -
disse Nicky de forma envergonhada.
- Acredito! – disse Nathalie imaginando que Tom também não se importaria que o mesmo acontecesse.
- Eu não me demoro… Prometo! – disse Gabi a rir do ar de pânico de Nathalie.

Nathalie preparava-se para implorar que Gabi fosse realmente rápida no seu almoço quando o carro parou de forma definitiva à entrada de casa de Nicky. Tinham chegado e tal como combinado entre as três, iam jantar calmamente, conviver um pouco em casa, pois Nicky estava cansada do dia de trabalho e entreter Bill para que Gabi preparasse o quarto e se preparasse a si mesma para a surpresa que aguardava Bill naquela noite. Entraram em casa e correram até ao quarto de Nathalie e Gabi para esconderem as compras. Nicky optou por ir tomar um banho antes do jantar e Nathalie e Gabi foram à procura dos rapazes para os encontrar na sala de cinema a ver um filme. Gabi aproximou-se por detrás de Bill e tapou-lhe os olhos sem fazer qualquer barulho.

- Hmmmmm… Estou a reconhecer estas mãos… - disse ele apalpando as mãos de Gabi – São de uma mulher alta e lindíssima que tem tendência a fazer com que o meu coração se descontrole e eu perca o dom da palavra… Hmmmm… Heide Klum???
- Ahahah!!!
disse Gabi soltando os olhos de Bill para contornar o cadeirão onde ele estava sentado e sentar-se sobre o colo dele, beijando-o com saudades do seu amado.
- Como correram as compras? – perguntou Bill abraçando o corpo dela de encontro ao seu.
- Muito bem! – disse Nathalie sorrindo de forma cúmplice a Gabi – Vais adorar a surpresa que a Gabi te preparou!
- Vou, amor? –
perguntou Bill por entre um sorriso maroto a Gabi.
- Acho que sim… - disse Gabi sorrindo sem conseguir resistir-lhe, beijando os lábios dele com ternura.

- E não compraste nada para me surpreender? – perguntou Tom.
- Não… - disse Gabi – Já tinham acabado com o stock de Viagra quando passámos na farmácia!
- Que engraçadinha… -
disse Tom sem achar graça nenhuma, mas percebendo que a piada de Gabi tinha feito furor pois o seu irmão e Nathalie riam-se com vontade – E a Nicky? Comprou alguma coisa interessante?
- Não, hoje foi o dia da Gabi! -
disse Nathalie reconhecendo na maneira natural como ele fazia a pergunta um interesse subentendido de Tom.

- Por falar em Nicky, onde é que ela está? – perguntou Bill estranhando elas estarem sozinhas.
- Foi tomar um banho rápido antes do jantar! – disse Gabi encostando a cabeça a um dos ombros de Bill sentindo-se confortável nos seus braços.
- Hmmm…. – disse Tom deixando a sua cabeça navegar por fantasias.
- Controla as hormonas! – disse Bill percebendo aquilo que ia na cabeça do seu irmão.
- Só estava a pensar que precisava de ir à casa de banho… - disse Tom a rir, percebendo que nunca conseguiria enganar ninguém com aquela desculpa.
- Tudo a ver!!! – disse Gabi a rir.
- Tomar banho implica uma casa de banho… Vocês não percebem nada! – disse Tom a rir.
- Pois, pois… - disse Nathalie abanando a cabeça da direita para a esquerda dando a entender que ele já não tinha remédio Quem não te conhecer, que te compre!
- Nem esses Nat… Isto já é um caso perdido a nível mundial… Já não engana ninguém! –
disse Bill conseguindo encontrar alguma ligeireza naquela conversa, rindo-se do tema.
- Gozem à vontade… - disse Tom levantando-se – Eu vou à casa de banho!
- Só falta saber à de quem… -
disse Gabi a rir.
- À da Nicky como é óbvio… - disse Tom encaminhando-se para a porta – As casas de banho nesta casa são todas da Nicky!

Saiu da sala de cinema encaminhando-se em passos alargados para o quarto de Nicky. Não a via desde aquela manhã e a ideia de a encontrar enrolada apenas numa toalha depois de ter tomado um banho bem quente e estar irresistivelmente cheirosa, deixava-o desinquieto. Entrou cuidadosamente no quarto de Nicky sem se fazer anunciar, desejoso de a apanhar de preferência ainda no banho para se poder juntar a ela, mas para seu espanto encontrou-a de imediato a sair do seu closet já vestida e com o cabelo preso no cimo da cabeça.

- Pensei que te ia encontrar de toalha… Ou ainda a tomar banho… - disse Tom encostando-se de braços cruzados de encontro a uma parede.
- Tarde demais… - disse Nicky com um sorriso bem rasgado ao vê-lo ali no seu quarto. Era suposto sentir-se envergonhada e acanhada perto dele depois da intimidade que tinham partilhado? Se fosse, não se sentia de todo assim, tudo o que sentia era um à-vontade acrescido e uma voz dizer-lhe para lhe saltar para os braços e provar os seus lábios.

- Amanhã é o teu dia de folga não é? – perguntou Tom vendo-a soltar o cabelo e olhar-se ao espelho.
- Sim…
- Isso quer dizer que podes dormir a manhã toda se quiseres? –
perguntou Tom interessado.
- Sim… Teoricamente… - disse Nicky sorrindo com a forma como ele abordava o tema.
- Hmmm… - disse Tom aproximando-se dela para a abraçar pelas costas em frente ao grande espelho do quarto – Então logo à noite… - acrescentou ele beijando o pescoço dela – Encontramo-nos no meu quarto ou no teu?
- No meu… -
disse Nicky rodando o corpo por entre os braços de Tom para ficar frente a frente com ele e abraçar o seu pescoço – Quero-te na minha cama!
- Agora? –
perguntou Tom beijando os lábios de Nicky com veemência e desejo.
- Não me tentes…
- Porquê? –
perguntou Tom andando em direcção da cama de Nicky, levando-a agarrada nos seus braços por entre beijos libidinosos.
- Porque o jantar é servido às nove… - disse Nicky aproveitando os beijos lúbricos dele, que a faziam sentir-se desinibida e repleta de desejo.
- … E?
- E já são nove… -
disse Nicky fazendo força para impedir o movimento de Tom que a queria deitar sobre a sua cama – Não tarda nada tenho uma das minhas empregadas a bater-me à porta para me avisar que o jantar está servido…
- Porque é que eu não posso ser o teu jantar? –
perguntou Tom mudando de táctica, deitando-se sobre a cama dela puxando-a sobre o seu corpo – Eles podem ir para a mesa… Nós jantamos aqui… Se quiseres também pode ser na mesa…
- Tenho fome… -
disse Nicky deitada sobre o corpo de Tom, sentindo as mãos dele passarem sobre as suas costas e procurarem o seu rabo com alguma curiosidade.
- Também eu… Mesmo muita… - disse Tom apalpando o rabo de Nicky ao mesmo tempo que assaltava os seus lábios com uma fome carnívora - A noite passada só serviu de aperitivo para te desejar ainda mais… - disse Tom que não se sentia totalmente satisfeito com o seu desempenho e que com o controlar da sua fome sexual tinha ficado insatisfeito e desejoso de provar mais dela e de forma mais liberta – Esta noite quero-te mais… Muito mais…
- Eu também… Ontem apenas despertaste mais desejo dentro em mim… -
disse Nicky sugando o lábio inferior de Tom pelo seu piercing – Quero que me mostres o quão melhor pode ser uma noite nos teus braços…
- E vou mostrar… -
disse Tom rodando o corpo dela sobre a cama, deitando-se sobre Nicky.
- Sinto que tenho muito a aprender contigo e quero aprender tudo o que sabes… - disse Nicky sentindo os lábios de Tom apoderarem-se da sua orelha esquerda – Ensinas-me?
- Tudo… -
sussurrou Tom ao seu ouvido.
- Prometes? – pediu Nicky sentindo-se aquecer com os toque dele, não sabendo se seria capaz de sair daquele quarto sem que acontecesse absolutamente mais nada.
- Sim… - disse Tom beijando os lábios dela repleto de desejo e vontade de a tomar sem dó nem piedade – Vou mudar a tua vida…

Nicky preparava-se para responder a Tom quando ouviu bater à porta do seu quarto e saiu de debaixo do corpo dele com medo que alguém os apanhasse em flagrante. Puxou o corpo de Tom, obrigando-o a levantar-se e empurrou-o até ao seu closet. Olhou para o espelho e ajeitando o cabelo foi até à porta para dar de caras com uma das suas empregadas que a alertava para o facto do jantar já estar servido. Nicky agradeceu o aviso e voltou a fechar a porta do seu quarto para com a excitação à flor da pele ir ter com Tom que a atacou de forma feroz mostrando o desejo e a força com que a queria possuir, através do toque dos seus lábios e mãos.

- Temos de ir… - disse Nicky sentindo o seu corpo tão quente quanto na noite anterior momentos antes de se entregar a Tom.
- Temos de nos vir! - disse Tom com um sorriso perverso nos lábios ao mesmo tempo que a beijava de forma demasiado sexual.
- Depois… - disse Nicky desprendendo-se dos braços dele para procurar respirar fundo várias vezes e acalmar-se antes de descer e avisar os outros que o jantar estava na mesa – Fico à tua espera esta noite…


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Sentia-se nervoso com o facto de Gabi lhe ter preparado uma surpresa. Tinha medo de se estar a esquecer de alguma data importante, mas tinha confiança de que nunca se esqueceria de nada enquanto a tivesse do seu lado porque a amava demais para se esquecer de qualquer coisa que a englobasse. Sentia que todos os dias eram abençoados e mereciam ser celebrados como os dias mais felizes da sua vida. Esperou quinze minutos, tal como Gabi lhe pediu, e encaminhou-se até ao seu quarto sentindo o coração bater de forma mais vigorosa que o habitual e um nervosismo estranho abater-se sobre si, aliado a uma curiosidade que sempre lhe tinha sido característica. Bateu à porta do quarto e ouviu Gabi dizer-lhe para entrar. Respirou fundo e abriu a porta para deixar que a sua boca se abrisse em total espanto. Espalhadas pela entrava, estava um caminho feito de velas aromáticas com cheiro a pêssego que enchiam o ar com um aroma encantador. O quarto estava iluminado apenas em meia-luz. Bill sentiu-se entrar num clima totalmente diferente daquele a que estava habituado, o ar parecia carregado de sedução e amor. Seguiu o caminho das velas e foi dar até à cama que estava coberta de pétalas e rosas vermelhas. Sentiu-se dentro de uma das suas fantasias, tudo o que faltava era a mulher dos seus sonhos para a completar e tornar aquela noite perfeita. Ouviu as portas do closet abrirem-se atrás de si, e ao virar-se de frente para ela pensou que estava realmente a sonhar ou que a qualquer momento fosse desmaiar com a intensidade com que o seu corpo pulsou e desejou a visão à sua frente. Gabi encontrava-se vestida com um conjunto de lingerie sensual e erótico que despertava todos os seus instintos animais e toda a excitação que o seu corpo pudesse possuir com a simples visão dela. Esqueceu-se de fechar a boca, piscar os olhos e até mesmo respirar. Reparou no sorriso tímido e divertido dela e lembrou-se de voltar a respirar. Passou a língua sobre os lábios, humedecendo-os diversas vezes seguidas sem saber o que dizer ou fazer perante a deusa que se impunha à sua frente.

- UAU!!! – disse Bill boquiaberto e estupefacto com a visão de Gabi.
- Parece que gostaste da surpresa… - disse Gabi aproximando-se dele para o abraçar pelo pescoço e beijar de forma muito apaixonada, fazendo com que as mãos de Bill procurassem o seu corpo como se fosse a fonte da sua vida naquele momento.
- UAU… - repetiu Bill olhando para ela de cima a baixo sem saber como expressar o que via e como isso o fazia sentir – Estou sem palavras…
- Hmmm… Parece que consegui algo único! Não é normal ficares sem saber o que dizer… -
disse Gabi rindo de forma sedutora, contente por se ter deixado levar pelas ideias de Nicky e Nathalie. Aquela noite prometia.

- Tu estás perfeita… - disse Bill sem conseguir tirar os olhos do corpo dela e daquele corpete que parecia ter sido desenhado para satisfazer todos os seus desejos mais recônditos, e olhando para o quarto que ao albergava acrescentou - Está tudo perfeito…
- Tu mereces que tudo seja perfeito… -
disse Gabi abraçando-o com força – És o melhor namorado do mundo e mereces tudo…
- … É só por causa disso? –
perguntou Bill com medo de se estar realmente a esquecer de algo – Não me estou a esquecer de nada importante?
- Não… Apenas te queria agradar e surpreender… -
disse Gabi beijando-o, achando absolutamente ternurenta a maneira como ele não se queria esquecer de algo que fosse importante para eles enquanto casal – Mereces ser mimado…
- Assim tão mimado? –
perguntou Bill impressionado com tudo o que o circundava.
- Ainda mais… - disse Gabi segurando numa mão de Bill para o levar até à zona da cama e começar a despir-lhe a t-shirt, beijando o seu tronco de forma sedutora e sensual.

- Pensei que não te sentisses à vontade nesta casa e que não quisesses estar comigo… - disse Bill hipnotizado pela forma como ela parecia transpirar sensualidade e sedução em todos os seus gestos, beijos e palavras.
- Descobri que contigo sinto-me bem em qualquer lado… - disse Gabi colocando as mãos no cinto de Bill para o desapertar, e consecutivamente desapertar as calças dele, fazendo com que o grau de excitação dele crescesse a olhos vistos e ele atacasse os seus lábios de forma ávida – Desde que te tenha por perto, tudo o resto é secundário… Amo-te!
- Só posso mesmo estar a sonhar… -
comentou Bill sentindo-se explodir em desejo ao mesmo tempo que Gabi puxava as suas calças para baixo e beijava a sua barriga de forma arrojada para a exaltação que já o possuía.
- Então deixa-me prolongar o teu sonho… - disse Gabi subindo para cima da cama, puxando-o por uma mão com um sorriso deslumbrante de pura felicidade nos lábios – Deita-te…

Bill nem pensou duas vezes e deitou-se sobre a cama de barriga para cima para a poder observar melhor. Sentia-se no pico da excitação e sabia que isso se tornava bem visível com os boxers justos que costumava vestir. Viu Gabi levantar-se da cama e ir buscar algo à casa de banho, o corpo dela parecia caminhar sobre nuvens de tão perfeito que ficava vestido daquela forma. Quando a viu regressar, reparou que ela trazia um frasco entre mãos e um sorriso de quem estava pronta para o conquistar e deixar ainda mais rendido naquela noite. Deitou uma porção do óleo em cada uma das suas pernas, pousou o frasco sobre a mesa-de-cabeceira e subindo novamente para cima da cama, colocou-se aos seus pés massajando de forma lenta e sensual cada uma das suas pernas, estimulando cada sensor que Bill tinha no seu corpo e que o deixava em estado de êxtase profundo. Demorou-se algum tempo palpando e massajando as pernas dele e perante o olhar afogueado e repleto de desejo dele, beijou a sua barriga e sentou-se sobre o seu colo, deixando-o ainda mais louco com o roçar que ela exercia sobre as suas partes baixas. Gabi esticou-se até à mesa-de-cabeceira e deitou um pouco mais de óleo sobre uma das mãos, enquanto Bill aproveitava para abraçar e tactear o corpo dela, ao mesmo tempo que beijava o seu pescoço e peito que ficava à mostra com aquele decote idílico que ela ostentava. Voltou a sentar-se direita sobre o corpo de Bill e fez com que as suas mãos repletas de óleo sentissem o peito dele de forma firme e vigorosa, massajando-o ao mesmo tempo que ele emitia pequenos gemidos de contentamento e as suas mãos procuravam tapar os olhos tentando controlar o prazer que ela lhe dava ao exercer pressão sobre o seu corpo já demasiado excitado para aguentar aqueles movimentos ondulatórios que ela fazia com a sua pélvis.

- Queres deixar-me louco… - disse Bill não contendo aquilo que sentia.
- Sempre… - disse Gabi sorrindo ao mesmo tempo que se dobrava sobre o corpo dele para o beijar, sentindo os lábios deles arderem em desejo.
- Estás a conseguir… - disse Bill abraçando o corpo dela, fazendo as suas mãos deslizarem pelas costas dela abaixo, agarrando-a pelas ancas – Preciso de ti, não me deixes assim… Quer estar contigo, sentir-te e partilhar o que sinto…
- Mas ainda agora a massagem começou… -
disse Gabi provocando-o ao mesmo tempo que se deitava sobre o corpo dele para mordiscar e beijar o seu pescoço de forma sedutora.
- Desculpa… - disse Bill afogueado conhecendo o seu corpo e percebendo que não conseguiria manter-se afastado dela por muito mais tempo – Prometo que continuamos as massagens a seguir, mas neste momento… Só te quero a ti… Quero-te mais que muito…
- Ainda bem… -
disse Gabi esticando-se novamente até à mesa-de-cabeceira para da primeira gaveta tirar um rol de preservativos e ostentá-los a Bill – Porque esta noite tens-me à tua inteira disposição… Podes partilhar todo o prazer que sentes comigo… Sou tua…
- Que sonho… -
disse Bill atacando os lábios dela de forma hábil e desenvolta, ao mesmo tempo que as suas mãos procuravam uma maneira de soltar Gabi das ligas que vestia para conseguir dar asas à loucura que queria cometer no seus braços.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeQui Ago 18, 2011 8:06 pm

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[FF] - Kampf der Liebe - Página 16 146ao

Era a primeira noite em que se tinha deixado dormir tranquilamente ao lado de Bill desde que estava em casa de Nicky Fuller. A ideia de acordar ao lado dele era idílica para dizer o mínimo, mas o perigo de ser apanhada de manhã pelas empregadas de Nicky ainda a deixava incomodada e apreensiva. No entanto, naquela manhã tinha-se deixado ser impulsiva e guiar-se pelo coração como Bill lhe pedira no passado. Sentia-o preso às suas costas, abraçado à sua cintura e não se imaginava noutro local. Onde ele estava, era onde o seu coração e mente estavam, e onde o seu corpo quereria estar. Abraçou o braço de Bill que estava preso à sua cintura e sentiu-o aproximar-se mais de si, como se tal fosse possível. Gabi pegou no telemóvel que tinha pousado sobre a mesa-de-cabeceira e apercebendo-se que tinha pouco tempo para o seu encontro com a Dra. Gray e que Bill também tinha os seus compromissos com Nicky, virou-se de frente para ele abraçando o seu corpo, sentindo Bill acordar e apertá-la com força por entre os seus braços. Deixou-se ficar um pouco nesta posição aproveitando o quente e o cheiro do corpo dele, mas mentalizando-se que não podia realmente chegar atrasada ao almoço que tinha agendado, beijou Bill nos lábios de forma doce para ver se o despertava.

- Acorda amor… - disse Gabi passando uma mão sobre os cabelos dele – Tens um encontro com a Nicky…
- Não quero ir… Quero ficar na cama contigo… -
disse Bill puxando o corpo dela de encontro ao seu, encostando a sua testa à dela para fechar os olhos e deixar-se ficar assim.
- Mas tens de ir…
- Só quero ter encontros contigo…
- E tiveste... Ontem à noite… -
disse Gabi separando a sua testa da dele para olhar para Bill que sorria de forma matreira como se pensasse naquilo que tinha acontecido entre eles desde a noite anterior.
- … E hoje de manhã! – acrescentou Bill lembrando-se da demonstração de amor sentida e explosiva que tinham partilhado quando tinham acordado naquela manhã pela primeira vez.
- Sim… - disse Gabi beijando os lábios de Bill docemente, levantando-se de seguida para puxar a roupa da cama para trás perante o ar desesperado de Bill e começar a puxá-lo por um pé para que ele se levantasse da cama – E foi óptimo e maravilhoso e perfeito e quero muitas noites e manhãs como a que tivemos, mas agora tens mesmo de acordar e arranjar-te porque combinaste com a Nicky ao 12h30 e já é quase 12h!

- Nãooooooooooo……..
disse Bill ao mesmo tempo que se ria e segurava à cabeceira da cama, sentindo Gabi fazer uma força imensa sobre o seu pé, puxando-o com toda a força que tinha sem o conseguir arrastar.
- É trabalho amor… Tu és sempre responsável no que toca a trabalho! O que é que se passa esta manhã? – perguntou Gabi desistindo de puxar o pé de Bill ao perceber que os seus esforços eram em vão.
- Tu!!! – disse Bill sentando-se na cama para de um golpe rápido e eficaz abraçar a cintura de Gabi e deitá-la sobre o seu colo beijando-a de forma apaixonada e empenhada.

- Esta noite estamos juntos de novo… - disse Gabi abraçando-se ao pescoço dele para o beijar com vontade, tentando mesmo assim lutar contra a preguiça dele – Podes fazer tudo o que quiseres comigo nessa altura!
- Hmmm… Que ideia tentadora… Mas não chega… -
disse Bill sorrindo ao mesmo tempo que levantava e baixava as sobrancelhas de forma rápida e seguida a Gabi mostrando o seu apreço pela ideia, e mordiscando o lábio inferior dela acrescentou – Vou querer ser compensado…
- Quem devia ser compensada era eu!!! –
disse Gabi levantando-se do colo de Bill para o puxar pelas mãos e obrigá-lo a levantar-se – Estou-te a dar de mãos beijadas à Nicky… Ela que não abuse ou eu vou ter muitos ciúmes!
- Gosto dos teus ciúmes… -
disse Bill abraçando Gabi pela cintura para a beijar novamente de forma longa e doce – O que é que vais fazer hoje?
- Vou almoçar com a minha amiga Tracy Gray e depois volto para casa, ou vou ter com o Tom e a Nat onde eles estiverem… -
disse Gabi soltando Bill para o ver começar a encaminhar-se para a casa de banho.
- Nunca tinha ouvido falar dessa tua amiga… - disse Bill de forma curiosa e natural, ligando a água do chuveiro, andando de um lado para o outro de volta da sua mala para tirar algo que vestir.
- Tenho muitos amigos… Ainda não me ouviste falar de metade deles! – disse Gabi pegando na sua roupa para se começar a vestir. Tinha pouco tempo para se preparar e ir ter com a sua mais recente “amiga”. Não queria ter de mentir a Bill, mas o encontro com a Dra. Gray tinha de ficar em segredo pelas razões óbvias.

- Tive uma óptima ideia!!! – disse Bill batendo palminhas entusiasmado.
- Partilha… - pediu Gabi a rir do estado eléctrico dele.
- E se tomasses banho comigo??? – perguntou Bil por entre um sorriso maroto.
- Bill Kaulitz… - disse Gabi pegando no seu telemóvel que estava na mesa-de-cabeceira novamente para ver que horas eram – É 12h06… Tens 24 minutos para teres o banho tomado, o cabelo arranjado, a maquilhagem perfeita e estares lá em baixo… Queres que vá tomar banho contigo para em vez de chegares 10 minutos atrasado aos teus compromisso, chegares 40?
- Até parece que a Nicky vai ficar plantada em algum lado à minha espera… Ela está em casa, não se importa de sair um bocadinho mais tarde… -
disse Bill andando em direcção de Gabi fazendo o seu olhar de cachorrinho abandonado que resultava sempre que queria muito alguma coisa.
- Mas importo-me eu que a Tracy fique plantada no restaurante à minha espera… - disse Gabi pegando na sua lingerie bombástica para olhar para os olhos de Bill e a forma como ele se aproximava de si transpirando piedade por todos os poros e rir-se. Ele era irresistível – Hoje de manhã não funciona amor… Tenta logo à noite!
- Máááááá… -
disse Bill em forma de birra.

- Vai lá tomar banho que eu vou fazer o mesmo para o meu quarto… - disse Gabi beijando os lábios de Bill sentindo as mãos dele agarrarem-na como se não a quisesse deixar ir – Prometo que passo aqui para te dar um beijinho antes de sair…
- Está bem… -
disse Bill ainda fazendo um ar miserável para que ela mudasse de ideias.
- Amo-te tontinho! – disse Gabi a rir, beijando-o uma vez mais nos lábios para se despender dos seus braços e sair do quarto de Bill cuidadosamente em busca do refugio do seu quarto.


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Chegados a um dos restaurantes mais badalados de Los Angeles, onde todas as grandes estrelas do cinema e da música se juntavam para serem vistas a jantar e almoçar fora com as suas novas conquistas, pediram uma mesa especial na esplanada do restaurante para que fosse mais fácil serem vistos juntos. Tudo tinha sido pensado ao pormenor. Bill e Nicky foram guiados até uma mesa um pouco mais reservada das restantes, onde podiam estar à vontade, e após pedirem aquilo que queriam comer e serem servidos com prontidão o clima que parecia algo pesado e estranho entre eles, começava finalmente a parecer mais leve. Bill não sabia como explicar aquela tensão que havia no ar, mas talvez o facto de terem muito para conversar e não se sentirem especialmente confortáveis em público para o fazerem, ajudasse. Mesmo assim, e uma vez que a sua mesa estava relativamente afastada das restantes e o restaurante não estava cheio, Bill optou por falar sobre aquilo que realmente queria abordar com ela. Tinha de aproveitar o facto de ter o dia todo com Nicky para desabafar com ela e investigar aquilo que se andava a passar na vida da sua amiga.

- Como é que estão as coisas com o Mercier? – perguntou Bill pousando os talheres acabando a sua refeição.
- Não estão… - disse Nicky bebendo um golo do seu batido de frutos especiais – Ele não tem aparecido no set, nem me tem dado noticias… E isso assusta-me! Espero que ele não esteja a preparar alguma…
- Ele está sempre a preparar alguma!
- Resta saber contra quem… -
disse Nicky retomando o seu almoço, acabando de comer aquilo que ainda tinha no prato.
- Maquiavélico e descontrolado como ele anda, deve ser contra nós os dois… - disse Bill suspirando em raiva – Desde que ele não se meta com a Gabi, estamos bem… Com ele posso eu bem, e tu também já vais estando habituada…
- Sim… -
disse Nicky largando a faca sobre o prato para procurar uma mão de Bill que estava pousada sobre a mesa, e acariciá-la de forma doce ao aperceber-se que um paparazzi acabava de estacionar o seu carro do outro lado da rua para os apanhar a almoçar juntos, e perante o olhar algo confuso de Bill pelo gesto dela vir numa altura que nada tinha a ver com aquilo que eles conversavam acrescentou um sorriso rasgado e um tanto ou quanto apaixonado – Temos companhia…
- Finalmente… -
disse Bill sorrindo em retorno, contente por pelo menos os seus planos estarem a dar resultado.
- Talvez te devesse beijar… - disse Nicky largando também o garfo, cruzando os talheres, dando por terminada a sua refeição.
- Então beija-me pequeno furacão… - disse Bill a rir da forma envergonhada como ela dizia aquilo, como se precisasse de pedir licença para algo que entre eles já era tão natural.

Nicky sentiu-se corar e inclinando-se sobre a mesa, pegou na face de Bill com ambas as mãos e depositou um beijo demorado e terno nos lábios dele. Voltou a ocupar o seu lugar, encostando-se à cadeira e voltou a pegar na mão de Bill acariciando-a de forma bem visível para os paparazzi. Beijar Bill numa altura em que estava tão activamente envolvida com o seu irmão, deixava Nicky desconfortável e intimidada. Podia não ter nada com Tom, nem com Bill, mas beijar ambos era estranho, mesmo que fosse uma actriz e estivesse habituada a beijar em cena.

- Desculpa estar-te a tirar a folga… - disse Bill levando a mão de Nicky até aos seus lábios para a beijar de forma ternurenta, continuando a encenação.
- Gosto de aproveitar as minhas folgas para descansar e estar com as pessoas de quem mais gosto, e tu és uma delas… Sabes que eu adoro estar contigo, e estou muito contente que tenhas vindo e que estejas aqui comigo, por isso não precisas de pedir desculpa por nada!
- Mas provavelmente gostavas de estar a fazer outras coisas…
- Não vale a pena pensar nisso!
- Ou pelo menos com uma companhia diferente… -
disse Bill piscando o olho a Nicky na esperança que ela percebesse aquilo que ele queria dizer.

- Estás a tentar falar daquilo que eu acho que estás a tentar falar? – perguntou Nicky rindo de forma algo exagerada para ficar bem na fotografia.
- Sim… - disse Bill rindo-se de forma contagiada pelo riso dela – Ouvi dizer que as coisas estavam a correr muito bem…
- Vocês contam mesmo tudo um ao outro, não contam?
- Sim… Não há como escapar aos gémeos Kaulitz! Quem se mete com um, mete-se com os dois!
- Fora os casos de quem se mete mesmo com os dois… -
disse Nicky sentindo-se corar envergonhada.
- Estás a corar! – disse Bill achando engraçada a reacção dela a abordar aquele tema, aproveitando para fazer uma festa no rosto dela não fossem os paparazzi continuar por perto.

Nicky preparava-se para falar com Bill quando o empregado de mesa apareceu para levantar os pratos e perguntar se estava tudo do agrado de ambos. Bill tomou as rédeas à situação e como definido previamente encomendou uma sobremesa para os dois para que a pudessem partilhar de forma sedutora e merecedora das notícias cor-de-rosa que as revistas tanto gostavam de divulgar.

- Sabes que eu nunca fui a favor do que vocês têm… - disse Bill retomando a conversa assim que o empregado de mesa de afastou – Mas tenho reparado que andas mais feliz ultimamente, como nos tempos em que te conheci, e gosto de te ver assim…
- Há um certo Kaulitz que me tem feito muito bem… -
disse Nicky um pouco envergonhada, falando em forma quase de código para que se alguém ouvisse a conversa deles não perceber que ela se referia a Tom e não a Bill – Na verdade há dois… Mas há um que me tem mostrado uma nova forma de viver…
- E isso tem-te feito feliz?
- Muito… -
disse Nicky suspirando, exibindo um sorriso tenro nos lábios – Há muito tempo que não me sentia assim… A vossa vinda até cá tem-me feito muito bem! Não sei como vou suportar a vossa ausência quando forem embora e ficar novamente sozinha e entregue a mim mesma… Mas sei que vou sorrir cada vez que me lembrar de vocês…
- É muito bom ver-te assim… -
disse Bill afastando-se da mesa para dar espaço ao empregado para pousar a sobremesa de ambos agradecendo ao empregado antes de ele se voltar a retirar – Obrigado… - e virando-se para Nicky pegou num garfo e partiu uma porção de bolo para dar a provar a Nicky – O primeiro pedaço é teu…

- Hmmmm… Tão bom! Tens de provar… –
disse Nicky deliciando-se com o pedaço de bolo de chocolate com recheio de chantilly e morangos.
- Nicky… - disse Bill partindo um pedaço de bolo para também ele o provar e ficar deliciado Hmmm… Tens razão é mesmo bom!!! … Eu sei que tudo o que tem acontecido te tem feito muito bem, mas como teu amigo, acho que te devo alertar para o facto de teres cuidado com a forma como te entregas… Não dês demasiado de ti, porque corres o risco de não receber nada em retorno…
- Eu sei… -
disse Nicky sorrindo de forma doce, pedindo com o olhar mais um pedaço de bolo, vendo Bill prontificar-se para o partir – Mas mesmo depois de tudo o que aconteceu, não tenho intenções que isto vá a lado nenhum… Não estou a construir sonhos nem fantasias… Estou só a viver o dia a dia…
- Ainda bem… -
disse Bill levando o garfo à boca de Nicky – Tudo o que desejo é que sejas muito feliz!
- E sou… Neste momento sou tão feliz quanto provavelmente nunca fui! –
disse Nicky pegando no garfo que estava na mão de Bill para cortar um pedaço de bolo e dar-lhe à boca – Há muito tempo que não estou tão estável com o trabalho e as pessoas que me rodeiam… Mesmo que as coisas não estejam bem com o James, sinto que ele já não me afecta como era capaz de me afectar antigamente, quando era só eu, os meus pensamentos obscuros e ele… Agora tenho muitas mais razões para viver e querer ser feliz, mesmo que ele não aprove a minha felicidade… Estou até a ponderar visitar os meus pais… - disse Nicky cortando um novo pedaço de bolo para comer.

- Tu nunca falas dos teus pais… - comentou Bill achando tal facto estranho pois sabia que eles viviam em Los Angeles também.
- Não costumo estar com eles…
- Porquê? –
perguntou Bill com curiosidade pegando no garfo novamente para dividir o último pedaço de bolo e comer a sua metade.
- Porque por mais que goste deles não me sinto à vontade quando estamos juntos… Não gosto da forma como eles me olham… Como se eu fosse o espelho de tudo o que aconteceu… - disse Nicky de forma triste rejeitando o último pedaço de bolo, dando-o a Bill para comer – Acho que no fundo eles nunca foram capazes de digerir aquilo que aconteceu, e eu sinto-me sempre a mesma menina indefesa perto deles… E para dizer a verdade também não soube digerir a forma como eles lidaram com aquilo que me aconteceu na altura… Eu era a filha deles e eles aceitaram que tudo fosse abafado com uma facilidade incrível… Mas eu gosto deles… Falo com a minha mãe uma vez por semana geralmente… Pago-lhes a casa e os carros e dou-lhes uma mesada para que vivam desafogadamente, mas… Algo ainda me faz sentir mal quando estou com eles, ainda tenho algo em mim que não soube perdoar…
- Ou talvez eles não sejam capazes de se perdoarem a eles mesmos por não terem feito mais por ti…
- Talvez… -
disse Nicky colocando os óculos escuros para esconder os olhos emocionados de falar sobre aquele assunto.

- Desculpa ter-te falado neste assunto… - disse Bill chegando-se à frente para lhe dar um beijo terno e afectuoso numa das bochechas.
- Não tem problema… - disse Nicky sorrindo de forma doce – … E as coisas com a Gabi, como estão?
- Muito bem… -
disse Bill não querendo entrar em pormenores, mas ostentando um sorriso tão aberto e rasgado que não deixava margem para dúvidas de como ela o fazia feliz – E pelos vistos entre vocês também… Têm andado muito juntas… Gosto de vos ver assim!
- A Gabi e a Nat são muito boas pessoas! Demorou algum tempo a conquistar a Nathalie, mas agora que a tenho do meu lado começo a ver a pessoa incrível que ela é… Tem um instinto maternal e protector tão forte… Tens uma grande amiga!
- Eu sei… E pelos vistos tu também, porque pelo que me apercebi das conversas que tive com elas, tu contaste-lhes tudo…
- Sim… Sinto-me bem convosco, como se pela primeira vez pertencesse a um grupo, e elas deixaram-me muito à vontade para falar e achei por bem confiar nelas e mostrar-lhes a verdadeira Nicky… Elas queriam dar-me um voto de confiança, achei que devia ser mútuo…
- Fiquei muito impressionado que o tivesses feito, mas muito feliz também… -
disse Bill pegando numa mão dela para a acariciar, ao mesmo tempo que com a outra pedia a conta ao empregado de mesa, uma vez que o café já estava programado para ser tomado noutro sítio – Fizeste bem em confiar nelas…
- Se são o teu núcleo de confiança é porque posso confiar cegamente nelas, como se estivesse a confiar em ti! E elas aceitaram-me muito bem…
- Claro que sim… Toda a gente aceita o teu segredo de braços abertos, todos estamos aqui para ti e para te ajudar sempre que necessitares de uma força extra! Tu não tens culpa do que aconteceu e não deves ser marginalizada por causa disso!

- Adoro-te!
- E eu adoro-te a ti pequeno furacão! –
disse Bill momentos antes da conta do almoço chegar, e de ele dar o seu cartão de crédito ao empregado sem sequer ver quanto pagavam pela refeição. Naquele dia o preço era secundário, o que eles tinham feito era um investimento – O Mercier é que devia pagar o almoço!
- Porquê? –
perguntou Nicky sem perceber aquele comentário.
- Porque o ia deixar ainda mais enfurecido pagar os nossos almoços românticos! - disse Bill a rir.
- Só tu! - disse Nicky a rir do sentido de humor destorcido dele.

Bill acabou de pagar a conta e agradecendo a atenção que lhes tinha sido prestada pelo empregado de mesa, colocou os seus óculos de sol, levantou-se e aproximou-se da cadeira de Nicky para a afastar e ajudá-la a levantar-se, dando-lhe um beijo doce nos lábios, colocando ao mesmo tempo um braço sobre os ombros dela, sentindo uma mão de Nicky acercar-se da sua cintura, para juntos e unidos seguirem caminho a pé até ao café onde iriam buscar a sua dose diária de cafeína.

- Voltando ao tema de que estávamos a falar… - disse Bill enquanto andavam em direcção ao café – É bom que lhes tenhas contado a verdade, tiraste-me um peso imenso de cima para te ser sincero. Agora já lhes posso explicar muitas coisas que anteriormente não podia e que tinha de engolir e guardar para mim mesmo…
- Desculpa…
- Não tens nada que pedir desculpa! –
disse Bill depositando um beijo sobre a cabeça dela.

- Queres que vá buscar o nosso café? – perguntou Nicky ao ver Bill puxar do maço de cigarros ao mesmo tempo que chegava à porta do café.
- Isso era óptimo! – disse Bill depositando um beijo doce nos seus lábios, apercebendo-se que quatro novos paparazzis começavam agora a segui-los – Traz-me o mesmo que pedires para ti!
- Ok… Até já… -
disse Nicky encaminhando-se para o interior do café.

Acendeu um cigarro e guardando o maço de volta no seu bolso esquerdo, observou aquilo que o rodeava, fingindo que não via os paparazzi que do outro lado da estrada faziam de tudo para não serem discretos. O almoço com Nicky tinha começado com alguma tensão, mas as coisas tinham seguido um rumo que lhe agradava. Gostava muito de Nicky e da forma sincera e aberta como ela deixava o seu coração falar sempre que estavam juntos. Deu um novo bafo no cigarro e expelindo o fumo que mantinha nos pulmões, pensou que talvez não fosse ser uma tarde má passada na companhia dela, principalmente quando no final da tarde o seu irmão, Gabi e Nathalie iriam ter com eles para irem jantar fora e beberem uns copos. Estava desejoso de rever Gabi e de poder estar a sós com ela para namorar à vontade. Levou novamente o cigarro à boca e puxando o fumo para dentro de si espreitou para o interior do café para se aperceber que Nicky já estava a ser atendida e que em breve poderia acompanhar aquele cigarro com um belíssimo café. Expeliu o fumo pensando no rumo que a sua vida tinha levado e como há um ano atrás seria incapaz de sonhar que estaria em Los Angeles, com uma das actrizes mais cobiçadas do mundo, e com um namoro que em tudo lhe parecia ser orquestrado por um dos melhores argumentistas de Hollywood pela perfeição com que Gabi lhe era apresentada. Suspirou com os seus próprios pensamentos e levando o cigarro novamente à boca lembrou-se das desconfianças relativas a Gabi que tinha tido aquando da sua chegada a Los Angeles. Talvez se falasse com Nicky, poderia perceber melhor aquilo que estaria à sua frente, mesmo que Gabi não o quisesse admitir. Continuou a fumar o seu cigarro e pouco depois Nicky apareceu com um café para cada um. Bill agradeceu o café com um beijo no topo da cabeça dela e sentiu o braço de Nicky voltar a circundar a sua cintura enquanto se começavam a encaminhar para o carro a fim de seguirem para o seu novo ponto de encontro com paparazzis.

- Posso-te fazer uma pergunta? – perguntou Bill descontraidamente mas sentindo-se retraído.
- Claro…
- Como é que eu posso saber se alguém já foi abusado?
- Porque é que me estás a perguntar isso??? –
perguntou Nicky parando de andar para olhar para ele tentando controlar o choque que sentia ao ouvir Bill perguntar-lhe aquilo. Estava à espera de tudo, menos daquela pergunta.
- Por causa da Gabi…
- Cada pessoa reage à sua maneira… -
disse Nicky retomando a caminhada sem saber como se desenvencilhar daquela pergunta – … Mas achas que ela sofreu algum tipo de abuso quando era criança?
- Não sei… -
disse Bill confuso com os seus pensamentos que por vezes pareciam demasiado claros, mas outras vezes não faziam sentido nem para si mesmo – Ela é doce, desenvolta e segura, mas acho estranho que ela reaja sempre de forma tão agressiva sempre que alguém trata mal uma mulher… Eu não conheço a Gabi há muito tempo, ainda há muitas coisas sobre ela que eu desconheço, e estou a adorar descobri-las, mas detestava descobrir que ela tem um segredo como o teu guardado no passado… Eu sei como isso te afectou… E mesmo que o segredo dela não tenha nada a ver com o teu, talvez ela tenha sofrido algum tipo de pressão ou abuso quando era mais nova e isso a torne revoltada com este tipo de situações… Não sei… Mas agora que penso nisso… Ela demorou muito tempo até ceder àquilo que sentia por mim e entregar-se… Mesmo depois de estarmos juntos, e de eu sentir e saber que ela me desejava, ela adiava o que estava sempre prestes a acontecer…
- Isso pode não querer dizer nada… -
disse Nicky tentando livrar Gabi das dúvidas de Bill – Ela podia simplesmente querer conhecer-te e saber que as coisas entre vocês eram sérias antes de dar o passo seguinte! Vocês homens, hoje em dia, estão habituados a que tudo aconteça no primeiro encontro, e quando apanham uma rapariga que se dá ao respeito e que vos ama sem ter segundos interesses em sexo, dinheiro ou fama, acham estranho… Devia ser o contrário!
- Tens razão… -
concordou Bill suspirando, mas não parecendo muito convencido.

- Já falaste com ela sobre isso? – perguntou Nicky.
- Sim…
- E o que é que ela te disse?
- Que nunca lhe tinha acontecido nada, mas que não suportava ver um homem ser violento com uma mulher, que isso a incomoda e faz com que ela reaja de maneira impulsiva…
- E porque é que não confias nela?
- Eu confio! –
disse Bill muito rápido não querendo que Nicky pensasse o contrário.
- Não parece… - disse Nicky de propósito pensando que era uma boa maneira de fazer com que Bill confiasse mais na sua namorada – A confiança sempre foi muito importante na tua relação com a Gabi… Ela não te ia mentir! Se ela disse que nunca aconteceu nada, é porque nunca aconteceu nada…. Tu mesmo disseste que ela é segura e desenvolta… Se tivesse sido abusada, a auto-estima dela não a ia deixar ter essa confiança toda… Acredita porque eu sei do que falo!

- Então achas que é tudo da minha cabeça? –
perguntou Bill chegando ao carro.
- Tenho a certeza que sim! – disse Nicky esperando ter sido o mais convincente possível, abrindo as portas do carro para que ambos entrassem e seguissem caminho.

Bill andava perto demais de um segredo bem guardado.


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- Temos três opções… - disse Tom percebendo que tinha prendido a atenção de Nathalie ao sugerir fazerem algo a seguir ao almoço – Ou vamos tomar café a qualquer lado…
- Gosto da ideia… -
disse Nathalie que estava cheia do almoço e que gostava da ideia de sair para ir passear. Estava um dia de sol magnífico.
- Ou vamos à procura de miúdas para a sobremesa… - disse Tom a rir sabendo que Nathalie ia detestar particularmente aquela ideia.
- Claro Tom… É que é já a seguir… - disse Nathalie a rir levando uma mão à cabeça para a abanar da direita para a esquerda.
- Ou…
- Ou…?
- Podemos entreter-nos de outra maneira…

- Tu não estás a sugerir o que eu penso que estejas a sugerir, pois não? –
perguntou Nathalie preparada para atirar com algo à cara de Tom caso ele confirmasse as suas suspeitas.
- Ohhhh… És sempre a mesma cortes!!! – disse Tom a rir.
- E mesmo assim tu ainda insistes…
- O que é que eu posso fazer? Está-me no sangue…
- Isso quer dizer que ainda andas com falta de sexo? –
perguntou Nathalie directamente – Pensei que por esta altura o Sex Gott já tivesse domesticado a menina e andasse a fazer mais do que simplesmente dormir com ela… Só cá estamos mais dois dias… O teu tempo está-se a esgotar!
- Mas achas que alguém me é capaz de resistir assim tanto tempo??? –
perguntou Tom passando a língua sobre o piercing que habitava os seus lábios – Havias de dormir duas noite seguidas comigo na tua cama a ver se resistias!
- Acho que não… Na segunda noite eras um homem morto!
- Isso dizes tu da boca para fora! –
disse Tom a rir fazendo olhinhos a Nat exibindo um ar sedutor.

- Então porque é que não andas saciado? – perguntou Nathalie sem pudor.
- Porque nunca estou saciado… - disse Tom a rir como se fosse algo normal que quase não merecia ser respondido.
- Não me enganas… - disse Nathalie percebendo que algo mais se passava.
- Tu és perspicaz… - disse Tom apontando para ela ao mesmo tempo que levantava uma sobrancelha impressionado com os seus dons.
- Já te conheço há muitos anos… E mais do que te conhecer a ti, conheço o teu irmão que caso não te lembres é teu gémeo idêntico e vocês têm a mesma maneira de reagir às coisas… Sei perfeitamente quando o Bill me está a esconder alguma coisa… E neste momento sei que tu me estás a esconder alguma coisa também… O que em ti ainda é mais esquisito principalmente porque tu adoras falar sobre a tua vida sexual e estás muito calado sobre algo que deveria ter sido a queca da tua vida!!!
- Maldito Bill!!! -
disse Tom em forma de maldição – E se falássemos da tua vida sexual?
- Nunca foi tema de conversa entre nós… Mas pela primeira vez na vida quero que me fales da tua… Foste cuidadoso como prometeste? Usaste protecção? Respeitaste a menina? –
perguntou Nathalie como se fosse mãe de Tom e estivesse a proteger os interesses de Nicky.
- Sim… Sim… E sim… - disse Tom com um sorriso perverso nos lábios – De todas as vezes em que aconteceu…
- Hmmm… Já falamos no plural e tudo? –
disse Nathalie impressionada com os feitos de Tom. Se já o tinham repetido era porque Nicky se sentia à vontade e feliz nos braços dele e isso era bom sinal.
- Comigo é sempre no plural, querida! - disse Tom piscando o olho a Nathalie.

- Então o que é que te faz falta? Porque é que queres ir atrás de outras se tens aquela que sempre desejaste na tua cama todas as noites?
- Acção… -
disse Tom reconhecendo a verdade à sua amiga – Ela é linda e maravilhosa e os orgasmos valem pelo desejo imenso que sinto quando estou com ela, mas depois tenho de ser meigo e carinhoso e…. Eu não sou assim! Eu quero acção… Quero foder sem limites…
- Isso é um bocadinho egoísta, para não dizer muito egoísta! O que é que te leva a crer que todas as mulheres gostam da maneira como tu fodes sem limites?
- Ponho as minhas mãos no fogo como gostam!!! –
disse Tom muito sério para que Nathalie percebesse que ele não estava a tentar ser convencido.
- Então porque é que a Nicky não há-de gostar também???
- Talvez goste, mas eu é que me sinto retraído quando estou com ela… Tenho medo de estar a ir muito rápido, de estar a ser muito agressivo, de usar muita força… Controlo-me demasiado, quando tudo o que eu gostava era de me descontrolar completamente com ela… Virar o animal que me sinto quando a tenho ao meu lado…

- Posso dar-te um conselho de quem tem alguma experiência? –
perguntou Nathalie sabendo que a experiência de Tom era infinitamente superior à sua.
- Claro…
- Pelo que eu me apercebi, isto é tudo muito novo para ela… Ela não tem experiência… É normal que tenhas de ir com mais calma, mas também não precisas de fazer dela uma flor de estufa!!! Tu neste momento pareces um daqueles maridos que em casa trata a mulher como a dona de casa perfeita e faz amor com ela sem se satisfazer, e depois quando vira as costas, vai à procura daquilo que não tem em casa noutro sitio qualquer, não por não ter uma mulher disponível para aprender a agradá-lo e moldar-se a ele, mas por achar que não pode dizer à mulher com quem casou que gosta das coisas de uma maneira ou de outra…
- Algum trauma com o Patrick? –
perguntou Tom a rir com a comparação e Nathalie.
- Não… A minha sexual com o Patrick sempre foi muito activa e diversificada… Sem tabus!!! Mas não estamos a falar de mim… Talvez te estejas conter em demasia com medo do que ela sente… Tenta experimentar seres mais tu quando estás com ela… Se tens tanta certeza que as tuas companhias deliram com o Sex Gott… E a tua fama diz que sim... Deixa-a provar o Sex Gott… Hoje à noite, não te contenhas… Se estiveres a ir rápido demais e ela se sentir desconfortável, ela vai dizer-to, ou pelos menos demonstrar-to… Só tens de estar com atenção a ela!

- Eu gosto de estar com ela… -
confessou Tom – Há muito tempo que queria tê-la, e todos os dias a sinto mais ágil, todos os dias ela entrega-se de maneira diferente para melhor… Gosto da doçura dela e da timidez… Acho tudo isso extremamente sensual! E orgasmos são muito bons, mas falta-me algo… Falta-me levá-la à loucura e ser simplesmente eu enquanto o faço…
- Então estás à espera de quê para mostrares à Nicky isso?
- E se a magoar?
- Ás vezes a dor é prazer…

- Tu estás a incentivar-me a ir para a cama com a Nicky como animal sexual que sou? –
perguntou Tom estranhando aquele conselho, pensando que nunca ouviria Nathalie dizer tal coisa.
- Estou! Acho que ela merece sentir tudo aquilo que tens para lhe dar, sem que te retraias... E acho que tu mereces viver a tua fantasia, já que vieste até aos Estados Unidos para isso e até agora ainda não o fizeste… Por isso vai em frente… Mostra-lhe a tua garra e deixa-a sem chão! Inova… Fá-la envolver-se mais naquilo que acontecer…
- Nunca pensei que um dia me fosses dar conselhos sobre a minha vida sexual… -
disse Tom a rir.
- Eu também não… Mas acho que precisas de aprender a moderar a tua sensibilidade… Vai com cuidado, mas não ao ponto de te esqueceres de ti e de só a tentares agradar a ela, senão as tuas noites com a Nicky estão condenadas logo à partida!
- Acho que o meu problema é que eu sempre fui muito egoísta no busca de prazer… Sempre pensei só em mim e no meu prazer… E com a Nicky pela primeira vez na vida parei para pensar nela e na maneira como a devia tratar!
- E entretanto esqueceste-te de ti…
- Sim, acho que foi isso que aconteceu!
- O segredo está sempre no balanço dos dois quereres, e na dúvida fala com ela... Pergunta-lhe se ela quer fazer qualquer coisa diferente, pergunta se estás a ser duro demais com ela… Fala com ela!
- Só coisas novas…
- Já estava na altura de aprenderes a ser altruísta… Fico contente que a Nicky te tenha ensinado isso! –
disse Nathalie percebendo que Tom estava a crescer.

- Vivendo e aprendendo… Agora nos entretantos… Posso ir treinando contigo? – perguntou Tom fazendo olhinhos a Nathalie.
- Nos entretantos vou telefonar ao Erik para acalmar os meus instintos assassinos! – disse Nathalie a rir, levantando-se da mesa para procurar privacidade para falar com o seu filho.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeTer Ago 23, 2011 5:40 pm

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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeTer Ago 23, 2011 8:52 pm

FOOOOOOOOOOOXXXXXXXXXXXXXXXX \o/ \o/ \o/


LolOlolOlolOlolOlolOlolOlololOlolOlolOL és mesmo trenguinha!!!! haha haha haha
Mas n t preokupes pk n t vou bater.... N precisas da fortaleza!!!! Fiko mt kontente k tenhas voltado sweety buchecha
N perdes nada sweety... komo vês aki kontinuo e n fugi..... Tens a fic toda à tua disposição apra te pores a par de tudo!!!!!!

Ok...... Então afinal já gosto da tua fortaleza!!! LolOlololOlol haha haha haha
Pois....................... A Gabi andou a passar por uns maus bokados assim nos entretantos............ Acredito k isso te revolte muito.... N é para menos.... é algo askeroso, k marka uma pessoa para a vida..... É d soltar o animal mesmo sweety!!! p*t* p*t* p*t* p*t* p*t* p*t* Tb n sei komo é k se lida kom algo deste género, a Gani foi uma Mulher kom M grande!!! N kontou ao BiLL para n o envolver e ceder à pressão do Mercier.... Mas tens razão... O Mercier bem k era kapaz de usar tudo e mais alguma koisa kontra o BiLL... e o k akonteceu kom a Gabi era só mais uma peça do jogo!!!
Axo giro k kontinues kom um pé atrás kom a Nickita..... Razz
Simmmmmmmmmm.... a Nat é uma fixolas!!!!! E toma sempre konta de toda a gente, é mais k mãe desta gente!!!
"Pronto, o Tom… O Tom é aquela base… Duas cabeças, nenhum cérebro… Tudo dito…"
LolOLOLolOLolLololOlololOl lindoooooooooooooooooo haha haha haha haha haha haha

Bem-vinda de volta!!! \o\ \o\ \o\



* * * KiSsEs GrAndEs * * *




147

[FF] - Kampf der Liebe - Página 16 147st

Começava o primeiro raiar do sol e o seu corpo já se encontrava em êxtase. Deitado de lado, colado às costas dela, Tom segurava na perna de Nicky que estava arqueada sobre o seu corpo ao mesmo tempo que se impulsionava, movia e estimulava entrando e saindo do seu interior de forma dura e instigadora. Tinha tido um sonho demasiado erótico e provocador para acordar de outra forma sem ser excitado e desejoso de possuir o corpo de Nicky que deitada ao seu lado recebia o toque das mãos de Tom por todo o seu corpo e a força viril dele penetrá-la de forma profunda e possante. Desfrutava e gozava do corpo dela sem pudor, sem se conter, sem procurar reprimir a sua força e desejo ao mesmo tempo que deixava a sua pélvis comandar o desejo cada vez mais crescente que tinha em si, e passeava as suas mãos pelo peito de Nicky, beijando de forma ardente o seu pescoço e ombro. Ouvia Nicky gemer e soltar interjeições de puro prazer como até àquela manhã nunca a tinha ouvido emitir. Nathalie tinha razão quando o tinha aconselhado a libertar o Sex Gott que tinha contido dentro de si e deixar de ter medo do que poderia acontecer se o fizesse.

- Tommm… - disse Nicky praticamente num sussurro e de forma demasiado sensual para os ouvidos de Tom conseguirem suportar os lábios daquela mulher pronunciarem o seu nome. Era daquela forma sedutora que a queria ouvir chamar por si sempre.

Tom sentiu uma onda de calor e contentamento percorrer-lhe o corpo e descontrolando o que ainda tinha no seu corpo por descontrolar, deixou que o seu corpo aumentasse a velocidade a que a possuía, sentindo Nicky elevar os seus gemidos e emitir o que parecia um grito de dor. Estava a ser demasiado agressivo com ela.

- Estou-te a magoar… - disse Tom tentando controlar a sua respiração.
- Não… - disse Nicky prontamente, procurando a cabeça de Tom com o braço que tinha livre, afagando-lhe a cabeça, puxando os lábios dele novamente de encontro ao seu ombro – Continua… Por favor…

Tom beijou o ombro dela, voltando a entrar no seu interior para se fazer sentir de forma lenta e circular, ouvindo-a voltar a retirar prazer do seu corpo.

- Eu sei que gostas de olhar para mim quando me venho… - disse Tom roçando os seus lábios sobre a orelha dela ao mesmo tempo que parecia brincar no seu interior somente para a provocar e fazer desejar mais.
- Sim… - disse Nicky sentindo o seu corpo atingir um grau de excitação que nunca tinha sentido na sua vida, implorando para si mesma que ele a possuísse novamente sem se importar com o facto de a magoar ou não.
- Vira-te de frente para mim… - disse Tom sugando a orelha dela de seguida – Quero que olhes para mim… Vai ser o melhor orgasmo que alguma vez viste…

Nicky rodou sobre a cama de modo a ficar frente a frente com ele, e de forma desinibida e desejosa de continuar aquilo que tinham pendente, colocou uma perna sobre a cintura de Tom, e pousou uma das suas mãos sobre o rabo dele como se lhe pedisse para continuar e não a deixar a arder em desejo daquela forma. Sentiu-o entrar dentro de si de forma pujante e a fazê-lo retomando a força e a velocidade a que a tomava antes de ter parado, Nicky sentiu-se regressar ao prazer anterior em poucos segundos, atacando os lábios dele para o beijar de forma devoradora. Nunca o tinha sentido daquela forma dentro de si, nunca o tinha sentido soltar-se assim e embutir-lhe ondas de prazer tão fortes e tão avassaladoras que a deixavam sedenta por mais, ainda não tinha sequer terminado aquela sessão de sexo suado e revitalizante e já desejava mais. Soltou-se dos lábios dele para voltar às interjeições tresloucadas que não conseguia conter no seu interior e sentiu os lábios dele atacarem de forma imediata o seu pescoço para lamber o suor que por ele escorria. Sentiu Tom atingi-la de forma profunda e persistente e ouviu-o começar a conter algo em si. Olhou para Tom e percebeu que ele estava prestes a atingir um orgasmo intenso e penetrante ao mesmo tempo que ela. Sentiu uma explosão ardente consumir o seu corpo, fazendo-a arrepiar-se em pequenos espasmos que a atingiam e sem se controlar soltou um grito contido mas descontrolado que davam-lhe a certeza absoluta que nunca tinha sentido nada assim. Aquele era o melhor encontro sexual que alguma vez tinha tido na sua vida. Pensou deixar o seu corpo descansar, mas a ânsia com que Tom a possuía deixava-a ainda mais excitada mesmo que ele começasse a abrandar o seu ritmo. Voltou a sentir-se demasiado estimulada e sem controlar ou perceber aquilo que sentia, sentiu-se atingir por uma nova onda de orgasmos que a tomavam de assalto, deixando-a louca de prazer. Ouviu Tom soltar uma interjeição máscula e sentida e olhou para ele vendo-o atingir o culminar do seu prazer. Passou uma mão sobre a face dele e uniu os seus lábios com os dele para agora sim deixar que Tom saísse do seu interior e os seus corpos pudessem recompor-se daquilo que tinha acabado de acontecer. Nicky sentia o seu corpo pulsar por ele, o seu coração parecia ter acabado de correr uma maratona e a sua respiração nunca tinha estado tão descontrolada. Tinha a certeza que ia sonhar com aquele encontro por muito tempo. Deixou o seu corpo cair sobre a almofada e observou Tom fazer o mesmo, ao mesmo tempo que tirava o preservativo e se deixava recuperar a respiração fechando os olhos.

- Oh meu Deus… - disse Nicky de forma extasiada, sem perceber exactamente como é que ele era capaz de a fazer sentir daquela forma, mas um novo mundo parecia ter-se descoberto aos seus olhos.
- Deus??? – perguntou Tom sorrindo orgulhoso da sua prestação, olhando para ela para a ver perdida em prazer – Gosto disso…
- Não me apetece ir trabalhar… -
disse Nicky virando-se de lado para o observar sorrir – Porque é que tens de ir embora amanhã? Porque é que não posso acordar todos os dias contigo assim?
- Gostavas de ser acordada todos os dias por Deus? –
perguntou Tom beijando-a de forma fugaz – Espera até conheceres o diabo…
- Apresenta-mo…. Por favor… -
disse Nicky aproximando-se do corpo dele para sentir o seu peito definido com uma mão ao mesmo tempo que o beijava de forma lânguida.
- Havemos de chegar lá… - disse Tom deixando-se recolher prazer do toque dela, apercebendo-se que tinha deixado Nicky rendida aos seus encantos de Sex Gott – Mas assim é muito mais excitante… Se acordássemos todos os dias juntos, íamo-nos fartar um do outro num instante… Assim podemos viver mais intensamente e sentir tudo à flor da pele…
- Tens razão… -
disse Nicky procurando os lábios dele para o beijar – Mas estes nossos encontros souberam-me a tão pouco…
- Teremos mais…
- Tão bons como os desta manhã?
- Gostaste assim tanto? –
perguntou Tom sorrindo e abraçando o corpo dela, vendo um brilho de pura luxúria no olhar dela. Nicky estava a soltar-se e a ficar viciada em si.
- Ao ponto de chamar por Deus… - disse Nicky levando a sua mão direita aos lábios dele para tocar neles e senti-los arder num calor que consumia todo o seu corpo.

Tom sorriu, tomando os dedos de Nicky com os seus lábios para os chupar e lamber de forma sensual. Tinha Nicky Fuller na sua cama e na palma da sua mão. A vontade de se ir embora era inexistente. Queria continuar a domar os caminhos do prazer com ela agora que a sentia começar a ser mais activa e a apreciar o sexo de forma puramente inebriada e liberta de preconceitos. Pegou na face de Nicky com ambas as mãos e puxou-a até si para a beijar repleto de desejo, sentindo o beijar dela diferente, estava mais assanhada, mais atrevida, mais perfeita para o seu gosto. Começou por fazer as suas mãos deslizarem sobre as costas nuas dela quando ouviu o seu telemóvel tocar sobre a mesa-de-cabeceira. Soltou-se dos lábios de Nicky e perante o olhar afogueado dela de quem pedia por mais uma dose de si, alcançou o telemóvel com a mão esquerda e ao olhar para o visor sentiu o seu coração parar de bater e uma incerteza dominar a sua mente. Não sabia se haveria de atender. Não sabia se queria atender.

- Que horas são? – perguntou Nicky achando estranho ele limitar-se a olhar para o visor sem desligar ou atender o telefone, mas preocupando-se com o facto de ter de se arranjar para ir trabalhar.
- … Cinco para as sete… - disse Tom como se fosse um sonâmbulo fitando o visor, sentindo algo no seu interior amargurar aquela sua manhã perfeita. Porque é que ela estaria a telefonar-lhe? Depois de tantos dias e semanas de ausência, porque é que ela quebrava a promessa que lhe tinha feito e o procurava?
- Tenho de ir… - disse Nicky suspirando deixando a sua cabeça cair novamente sobre a sua almofada tentando ganhar coragem para o dia que a esperava, e olhando para Tom percebeu algo estranho nele e acrescentou – Não te sintas incomodado por minha causa… Podes atender o telefone!
- Sim… -
disse Tom sem saber o que dizer ou fazer, vendo Nicky levantar-se da cama, ao mesmo tempo que ganhava coragem para se sentar direito na cama e atender o telefone para descobrir o que se estava a passar – Estou…

- Olá Tom…
- ................. K –
disse Tom sem saber como se comportar perante aquele telefonema inesperado, vendo Nicky recolher a sua roupa do chão com um sorriso imenso nos lábios.
- Desculpa estar-te a telefonar… - disse ela numa voz amedrontada e sensível ao tom de voz dele – Eu sei que tinha dito que nunca mais o faria… Mas não sei mais o que fazer… Preciso falar contigo…
- … Sobre?
- Têm-me vindo a acontecer coisas muito estranhas…

- E o que é que eu tenho a ver com isso? –
perguntou Tom não querendo ser muito ríspido mas sentindo-se revoltar e ao mesmo tempo seduzir por aquele tom de voz feminino que tinha habitado o seu imaginário durante largos meses.
- Já não sei o que fazer… - disse Miss K sentindo uma vontade imensa de chorar ao senti-lo falar de forma áspera consigo. A voz dele continuava perfeita e máscula como se lembrava dele. Continuava a deixar o seu coração descontrolado e a sua vida de pernas para o ar – Preciso de ajuda… E acho que te posso ajudar a ti…

- O que é que queres dizer com isso? –
perguntou Tom com medo dos novos esquemas em que ela poderia estar infiltrada e dos problemas que isso lhe poderia trazer, ao mesmo tempo que via Nicky vestir-se e calçar-se.
- Não te posso explicar melhor agora… - disse Miss K sem saber como lhe pedir algo que tinha a certeza nem ela própria estar preparada para pedir – Preciso falar contigo pessoalmente… Tenho medo que nos possam estar a ouvir…
- Ok… -
disse Tom sem pensar naquilo que dizia – Se queres falar comigo, procura-me… Estou em Hamburg daqui a dois dias…
- Estou a trabalhar… Não posso ir ter contigo agora… -
confessou Miss K numa voz intimidada – … Tens possibilidade de vir a Londres?
- Sim…
- disse Tom lembrando-se que o seu avião de regresso a casa fazia escala em Londres.
- Preciso mesmo de falar contigo, senão não te telefonava…
- Eu acredito que sim…
- disse Tom ficando curioso com aquilo que se estaria a passar e com a urgência e terror que ela parecia ter na voz. Algo de sério se estava a passar na vida de Miss K – Estou aí daqui a dois dias… Quando chegar telefono-te para marcarmos um encontro…
- Obrigada! –
disse Miss K sentindo um alivio tomar conta de si ao mesmo tempo que um peso gigantesco se abatia sobre o seu peito ao imaginar-se frente a frente com Tom novamente.

- Diz-me só do que é que se trata aquilo que tens para conversar comigo e que me pode ajudar? – perguntou Tom por curiosidade.
- É perigoso demais falar por telefone… Depois vais perceber porquê… - disse Miss K – Desculpa estar-te a telefonar e a envolver nisto tudo, mas não sabia a quem recorrer… E só confio em ti…
- Não sei se posso fazer alguma coisa por ti, mas estarei aí em breve… Depois falamos… -
disse Tom vendo Nicky olhar-se ao espelho pronta para regressar ao seu quarto.
- Obrigada Tom… - disse Miss K suspirando sentindo o seu corpo estremecer ao som da voz dele – Fico à espera do teu telefonema… Adeus…
- Telefono-te quando aí estiver… Adeus K…


Tom esperou um segundo com medo de desligar o telefone na cara dela, caso ela ainda tivesse algo para dizer, e pousou o telefone em cima da mesa-de-cabeceira, sentindo-se confuso e curioso com aquele telefonema. O que estaria a acontecer para Miss K estar com tanto medo de falar? Em que esquemas andaria ela metida desta vez? Como é que ela o poderia ajudar com os seus problemas? Os problemas dela sempre lhe tinham trazido dor e sofrimento a si e ao seu irmão gémeo, não estava disposto a ver-se novamente embrenhado no meio de algo com o qual não sabia, nem queria lidar. Queria distância dela, mas tinha de saber o que se andava a passar. A curiosidade tinha-o agarrado. Sentia-se inquieto e pensativo em relação a demasiadas questões que não se deviam prolongar no seu pensamento por mais que meros segundos.

- Estás bem? – perguntou Nicky sentando-se ao lado dele, passando uma mão sobre a face de Tom – Pareces triste… Alguma noticia má?
- Não… Está tudo bem… -
disse Tom abraçando-se a Nicky, sentindo a mão dela acariciar a sua face.
- O que quer que seja… Vai ficar tudo bem… - disse Nicky afastando-se do corpo dele para o olhar nos olhos e depositar um beijo doce nos lábios, ao mesmo tempo que continuava a acariciar a sua face.
- Talvez… - disse Tom esboçando um sorriso um pouco forçado.
- Sim… Sorri para mim! – disse Nicky de sorriso rasgado nos lábios – Quero-te ver sorrir sempre! E quando sentires que não és capaz… Lembra-te de tudo o que acabámos de sentir… Duvido que não sejas capaz de sorrir depois de tudo o que vivemos juntos esta manhã, nesta cama…

- Conquistei-te mesmo esta manhã… -
disse Tom sorrindo de prazer ao vê-la arrebatada com a manhã nos seus braços.
- Não… Conquistaste-me no dia em me beijaste pela primeira vez… No tourbus, lembraste?
- Aquele beijo técnico estupendo que me deste??? –
perguntou Tom retoricamente – Lembro-me perfeitamente… Foi um bom beijo… Tão bom que até te assustou…
- Foi um beijo perfeito… Nesse dia tive a certeza absoluta que ias ser meu… -
disse Nicky beijando Tom com desejo e vontade de repetir o beijo que a tinha conquistado
- Aí foi? – perguntou Tom levantando uma sobrancelha curioso com as revelações que ela lhe fazia naquela manhã.
- Sim… Desde esse dia que senti aquilo que és capaz de fazer quando me tocas… Embora estivesse longe de sonhar que fosses capaz de me fazer sentir aquilo que senti esta manhã… Tu fazes magia! – disse Nicky mordendo o lábio inferior em desejo sendo atacada pelos lábios sedentos de Tom.
- Isso é porque os nossos corpos se completam e desejam…
- Loucamente! –
acrescentou Nicky beijando-o com vontade de ficar presa aos lábios dele o resto do dia - … Agora tenho de ir! – disse Nicky suspirando, levantando-se por impulso para se encaminhar até à porta – Logo à noite quero mais… Muito mais… Faz-me chamar por Deus e pelo demónio... Hoje foste perfeito!
- Estou a ver que os parâmetros de satisfação estão elevados…
- Contigo??? Hmmm… Só podem estar! Deves ter algo escondido na manga e preparado para a nossa despedida que me vai fazer sonhar contigo durante uma semana! –
disse Nicky a rir, mandando um beijo aéreo a Tom saindo do seu quarto.

Tom sorriu e respirou fundo pensando que a manhã teria realmente começado da melhor maneira possível não fosse aquele telefonema de Miss K. Adorava a forma fascinada com que Nicky estava a descobrir o que era ter uma vida sexual activa. O entusiasmo e contentamento dela deixava-o ainda mais feliz com os seus encontros incendiários. Lembrava-se perfeitamente de se sentir como ela quando tinha começado a sua vida sexual. Mais uns meses de prazer carnal e Nicky seria a companhia perfeita para ter na sua cama frequentemente.

Deitou-se novamente sobre a cama e fechou os olhos tentando adormecer, mas não conseguiu, sentia o seu corpo demasiado desperto com tudo o que tinha acontecido naquela manhã, e ainda mal tinha começado o dia. Deixou-se levar por um impulso e levantou-se para vestir uns boxers, umas calças de ganga e uma t-shirt e sair do quarto à procura de Bill. Precisava falar com o seu irmão. Bateu à porta do quarto de Bill com medo de encontrar o seu irmão e Gabi em cenas íntimas, e não recebendo nenhuma resposta, abriu a porta e entrou devagarinho, espreitando a cama para perceber que Bill estava sozinho. Aproximou-se do seu irmão e sentou-se ao lado dele na cama.

- Bill… - disse Tom abanando ligeiramente o seu gémeo para que ele acordasse – Acorda… Preciso falar contigo... Bill…
- Hã!?!
disse Bill acordando desenquadrado do que se passava à sua volta.
- Quero falar contigo…

- Que horas são? –
perguntou Bill julgando já ser tarde.
- Sete…
- Da manhã??? –
perguntou Bill levantando uma sobrancelha estranhando o facto de Tom estar a pé e vestido àquela hora.
- Sim… - respondeu Tom - Pensei que estivesses com a Gabi…
- Ela não costuma dormir aqui… -
disse Bill abrindo os olhos com dificuldade para ver que o seu irmão não parecia estar nos seus melhores dias – O que é que se passa para me estares a procurar às sete da manhã?
- Amanhã quando voltarmos para Hamburg fazemos escala em Londres, não é? –
perguntou Tom para conferir se as suas ideias estavam certas.
- Sim… - disse Bill sentando-se na cama, querendo dar atenção a Tom.
- Preciso ficar uns dias por lá…

- O que é que se passa? –
perguntou Bill preocupado agora que os seus olhos se iam habituando à luz e conseguia ver melhor o seu irmão – Eu sinto que tu não estás bem…
- A K telefonou-me…
- A defunta??? Ela ainda é viva??? –
perguntou Bill sem conseguir conter o espanto que se habita sobre si, com aquela novidade inesperada.
- Parece que sim… E está com problemas… Preciso encontrar-me com ela… Ela não me quis dizer o que se passa ao telemóvel… - disse Tom ainda sem saber como digerir aquele encontro – Se quiseres seguir caminho para Hamburg, eu compreendo…
- Não… -
disse Bill sem hesitar, pensando no assunto – Quero estar contigo… Se ela está com problemas e te procurou, é porque deve ter alguma coisa a ver com o Mercier… E se tiver alguma coisa a ver com ele, eu vou querer saber… Talvez a possamos ajudar… Talvez ela nos possa ajudar… Está na altura de começar a procurar um bom advogado de acusação… Preciso de alguém que fale inglês como língua materna e que conheça bem as leis americanas… Tenho de telefonar ao Jost para ele investigar…
- Tens a certeza?
- Sim… Já tinha falado com a Gabi sobre isso… Preciso começar a meter mãos à obra, principalmente agora que ele a quer começar a incluir nesta história… Não vou deixar que ele se chegue perto dela…

- Mas se não quiseres…
- Vamos a Londres! Não se fala mais no assunto! -
disse Bill decidido - Vou falar com a Gabi e pedir que ela nos arranje hotel… Falar com o Jost por causa do advogado… - disse Bill começando a enumerar em voz alta os assuntos que tinha a tratar naquela manhã.
- Se elas quiserem podem regressar a casa…
- Sim… Vou falar com a Gabi e a Nat também… -
disse Bill juntando aquela conversa à sua lista de afazeres.
- Ok… - disse Tom respirando fundo.

- Como é que te sentes? – perguntou Bill vendo Tom mais cabisbaixo que o normal, imaginando que o telefonema de Miss K devia ter deixado uma mossa na sua paz de espírito – Eu sinto-te mal…
- Não estou lá muito bem… -
confessou Tom – Não sei se gosto da ideia de estar com ela novamente… Não sei se gosto da ideia de ter de reviver e lembrar-me de tudo o que passámos juntos… Mas se ela precisa mesmo de mim, não a posso deixar na mão… Ela também fez muito para nos ajudar...
- Para te ajudar! –
corrigiu Bill reconhecendo valor nela – Ela pôs o pescoço na forca por ti… E é por isso que agora deve estar com problemas… Não me admira nada que o Mercier esteja à procura de vingança… Seria esquisito deixá-la partir livremente…

- E se for tudo um esquema? –
perguntou Tom com medo de admitir o seu pensamento.
- Depois de tudo o que ela fez por ti? … Duvido! Ela amava-te!
- Não foi um amor que corresse muito bem…
- Não penses nisso… Encara isto como se fosse um trabalho, tens de ser profissional e fazer apenas o estritamente necessário para descobrires o que se passa, como é que podes ajudar, e vires embora…
- Ser profissional com a K??? –
perguntou Tom pensando que o seu irmão ainda devia estar a dormir – Lembraste de como era a minha relação com a K???
- Não podes pensar nisso…
- Posso tentar não pensar… Mas quando a vir à frente não sei como vai ser… -
confessou Tom – Espero que ela esteja bem feia e acabada, ou vai ser complicado domar o desejo passado este tempo todo e cingir-me ao profissionalismo que me é exigido…

- Tenta lembrar-te das coisas más que vocês viveram…
- Eu movo-me pelo desejo, tu sabes disso…
- Então controla as hormonas! –
disse Bill sem saber que conselho dar ao seu irmão – Manda uma antes de ires ter com ela… Alivia-te sozinho… Qualquer coisa! Mas não faças nada do qual te possas arrepender e não brinques com os sentimentos dela… Se ela ainda os tiver por ti!

- Não estás a perceber… Eu não quero nada com ela! Por isso é que espero que seja fácil domar o desejo, porque ela é capaz de me deixar irracional e eu não quero ser irracional com ela, mas se ela me começar a provocar…
- És um homem ou um rato? –
perguntou Bill percebendo a imensa tentação que Miss K sempre se tinha constituído para o seu irmão.
- Um homem, claro!!!
- Então controla-te!!! Se ela te provocar, tu afasta-la e vens-te embora…
- Gostava de ter forças para isso…
- Convém que tenhas! Se não queres mesmo nada com ela, tens de te aprender a controlar!



* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Afastou-se dos restantes, procurando um local onde pudesse ter alguma privacidade para atender o telemóvel. Não gostava de invadir o espaço de Nicky, mas o seu escritório parecia ser o local mais próximo e onde ninguém a chatearia, nem ouvidos indiscretos a perseguiriam. Entrou pela janela que dava acesso à piscina, deixando os seus amigos por entre brincadeiras e diversões típicas do Verão, e sentou-se no cadeirão do escritório de Nicky temendo que aquele telefonema pudesse trazer más notícias. Patrick não lhe telefonava desde que se tinham separado. Rezava mentalmente para que não fosse nada com Erik.

- Estou… - atendeu Nathalie mostrando-se segura de si.
- Eu preciso saber a verdade… - disse Patrick focado na razão que o levava a telefonar a Nathalie.
- A verdade?! Do que é que estás a falar?
- Do que se passou entre ti e o Bill…
- Agora??? –
perguntou Nathalie sentindo-se injustiçada – Passado este tempo todo??? Depois de me julgares e de pedires o divórcio é que queres falar comigo e pedir-me justificações sobre o que aconteceu entre mim e o Bill???
- Eu preciso saber a verdade… -
disse Patrick numa voz emotiva – Por favor… Conta-me a verdade… Desde que nos encontrámos no tribunal e tu me juraste que não tinha acontecido nada entre vocês enquanto estávamos juntos que não consigo pensar noutra coisa…

- Porque é que isso te interessa agora? O que está feito, está feito… Não podes voltar atrás… E eu não quero voltar atrás… -
disse Nathalie reconhecendo o homem por quem se tinha apaixonado. Um homem com sentimentos e emoções. Pena que viesse tarde demais – Porque é que não falaste comigo quando começaste a ter dúvidas? Porque é que em vez de me excluíres da tua vida, não vieste ter comigo para falarmos?
- Perante aquilo que me disseram não havia como ter dúvidas!
- Nós temos um filho juntos… Eu não sou uma das rameiras com quem tu agora te dás… Sou a mulher que escolheste para passar o resto da vida ao teu lado, com quem casaste e tiveste um filho! Nós tínhamos um futuro… Podíamos não ter uma vida fácil, mas pelo menos amávamo-nos… Acho eu…
- Eu ainda te amo… -
confessou Patrick – Tudo o que fiz foi por ódio… Foi por julgar que me andavas a trair… Fi-lo porque tinha o orgulho ferido…
- Mas a maldade que tens dentro de ti já existia há muito tempo, e não é o teu amor ou o teu ódio que vai justificar as coisas que fizeste! –
disse Nathalie sentida por ouvi-lo dizer que ainda a amava.
- Eu não me orgulho do que fiz…
- Ainda bem!

- Preciso saber o que se passou… Conta-me o que se passou entre ti e o Bill… Por favor…
- pediu Patrick numa voz sofrida que implorava misericórdia.
- Eu não te devo justificações agora que já não me és nada… Devias ter vindo ter comigo quando eras meu marido! – disse Nathalie sentida com o passado de ambos – Mas se saber a verdade te vai dar alguma paz e distância de mim… Eu conto-te o que se passou…
- Por favor…
- O que se passou foi que tu praticamente me abandonaste… Mudaste radicalmente de atitude comigo do dia para a noite, começaste a tratar-me mal e de forma agressiva, e por mais que eu tentasse saber o que se passava, tu fechavas-te em ti mesmo e pediste-me o divórcio e a custódia do Erik… O que se passou foi que tu por vingança tentaste deixar-me sem nada, e nessa altura, enquanto tu me marginalizavas, o meu melhor amigo apoiou-me e acarinhou-me… E numa noite em que ambos estávamos mais frágeis, aconteceu levarmos a nossa amizade para outros níveis… Eu nunca fui para a cama com ele enquanto estava contigo… Eu amava-te, porque é que haveria de procurar alguém se eras tu que me preenchias?
- Mas eu sei que não foi só uma noite!
- Não... Foram as noites que achámos que devíamos estar juntos! As noites que nos fizeram bem para acalmar a dor e o coração… Mas tudo isso pertence ao passado…

- … Tens outra pessoa agora?
- Não, não tenho ninguém, nem quero ter! O único homem que quero na minha vida é o nosso filho… Aquele que me tentaste roubar a troco de dinheiro! –
disse Nathalie de forma agressiva.
- Se soubesses como estou arrependido… - disse Patrick numa voz desesperada – Se soubesses como desejava ter-te confrontado com tudo…
- E porque é que não o fizeste??? Porque é que foste acreditar noutra pessoa??? Ainda por cima no Mercier!!! –
disse Nathalie enojada.
- Quem te diz a ti que foi o Mercier?
- Não foi??? –
perguntou Nathalie estranhando.
- Ele só me deu a certeza daquilo que eu já sabia, mostrou-me as fotografias de vocês juntos… Mas os nossos problemas começaram bastante tempo antes…

- Quem é que te encheu a cabeça com mentiras? –
perguntou Nathalie com medo de saber a resposta.
- Muita gente… A imprensa… As fãs dos teus amiguinhos… A minha irmã… Os meus amigos… Toda a gente me dizia que tu andavas com ele, e eu não queria acreditar…
- Mas mesmo assim preferiste acreditar nas suposições deles do que falares comigo! Pensei que o nosso casamento fosse mais forte que isso…
- A minha irmã jurou-me a pés juntos que te tinha ouvido falar com o Bill de forma intima!!! –
disse Patrick em sua defesa.
- E se eu estivesse a brincar com ele??? E se o intimo da tua irmã fosse algo banal que de intimo não tem nada??? Por amor de Deus Patrick, tudo o que dizes é ridículo… Nada justifica a tua infantilidade…
- Mas depois recebi as fotos…
- Depois de teres pedido o divórcio e de me teres julgado pelo que os outros te diziam??? Depois de me fazeres chorar noites sem fim???

- … Desculpa…
- Não! Não te desculpo agora e nunca te vou desculpar, porque não foi só a mim que me magoaste… Magoaste o meu filho… Magoaste os meus amigos… Nunca te hei-de perdoar!
- Se soubesses… -
começou Patrick por dizer.
- Mas não quero saber!!! Não me interessa! A única coisa que quero saber sobre a tua vida é como é que desceste tão baixo e te juntaste ao Mercier… O que é que fazias para ele?
- De tudo um pouco… -
disse Patrick – Ele veio ter comigo na altura do nosso divórcio… Prometeu-me que me ia ajudar a ter a custódia do Erik e que a troco disso e de uma boa quantia por mês eu podia trabalhar para ele e fazer-lhe uns favores…
- Em troca de favores como o que fizeste com a Gabi??? Estavas assim tão desesperado ao ponto de seres capaz de estragar a vida de pessoas inocentes???
- Foi a primeira e única vez que fiz algo do género…
- Uma vez chega e sobra!!! –
garantiu Nathalie.

- Não há nada que possa fazer para te ter de volta? – perguntou Patrick esperançado – Eu não me importo que tenhas estado com o Bill…
- Só podes estar a gozar comigo!!! –
disse Nathalie levantando-se do cadeirão onde se mantinha sentada, para expelir a energia e raiva que sentia tomar conta do seu corpo naquele momento Primeiro: eu não preciso que tu me dês autorização ou bênção pelo que aconteceu entre mim e o Bill…. Segundo: é preciso teres muita lata para me procurares depois de tudo o que me fizeste a mim, ao meu filho e aos meus amigos… A jogada de vítima comigo não pega! E terceiro: não há nada neste mundo, nesta galáxia, neste Universo que me faça voltar para ti… Por isso peço-te o favor que não me voltes a telefonar nunca mais! Se quiseres falar com o teu filho telefonas para casa dos meus pais porque é lá que ele está!

- Eu ainda te amo…
- Mas eu não te amo e nunca mais te vou amar… -
disse Nathalie respirando fundo sentindo o seu corpo conter a raiva que tinha no interior – Adeus Patrick… Não me procures mais, nem me faças perder o meu tempo!
- Nat…


Nathalie desligou o telefone, não havia razão para continuar com aquele telefonema. A voz de Patrick começava a enojá-la, não tinha paciência para sentimentos crónicos de vítima, principalmente de pessoas que não tinham do que se queixar, os erros que ele tinha cometido deviam-se somente a ele próprio e a mais ninguém. Respirou fundo diversas vezes, tentando acalmar-se e saiu do escritório na direcção da piscina, encontrando Tom e Bill nas espreguiçadeiras e Gabi a boiar na piscina.

- Vocês não vão acreditar!!! – disse Nathalie incrédula com o telefonema enquanto regressava para perto deles.
- O que é que aconteceu? – perguntou Bill alarmado pelo ar da sua amiga.
- O Patrick telefonou-me… Quer voltar para mim!!! – disse Nathalie olhando para Gabi sabendo que ela iria perceber melhor a sua indignação.
- Ridiculo!!! – disse Bill com asco.
- Filho da puta… - disse Tom em desabafo – Espero que lhe tenhas dado bem na cabeça…
- Podes ter a certeza que sim!!! –
disse Nathalie pousando o telemóvel na sua espreguiçadeira, para de seguida entrar na piscina e perceber pelo olhar de Gabi que o facto dela não fazer comentários significava que tudo o que teria para dizer não era passível de ser ouvido por terceiros – Desde quando é que aquela criatura ia supor que eu ia voltar para ele?! Pfff…
- É preciso ter muita lata!!! –
disse ainda Bill.
- Muita lata é pouco… - disse Gabi pela primeira vez, mas de forma contida para que ninguém suspeitasse de nada.

- Mudando de assunto que este dá-me vómitos só de pensar nele… - disse Nathalie incomodada com tudo o que tinha ouvido da boca de Patrick – Vocês estavam a falar de passar uns dias em Londres quando eu fui atender o telefone…
- Sim… -
disse Bill sentando-se na espreguiçadeira – Eu e o Tom temos uns assuntos a tratar por lá, se vocês quiserem ficar connosco é na boa…
- Eu adorava passar uns dias em Londres, mas estou cheia de saudades do Erik e quero mesmo muito regressar a casa e passar uma semana tranquila na companhia dele… -
disse Nathalie.
- Eu percebo… - disse Bill sorrindo – Tens de aproveitar para estar com ele agora que o tens contigo sempre que quiseres…
- Já nem me lembro como isso é… -
disse Nathalie suspirando.

- E tu? – perguntou Bill a Gabi.
- Eu vou onde tu fores… - disse Gabi sorrindo.
- Sim… Mas não se esqueçam que isso implica quartos separados para não dar nas vistas! – disse Nathalie sabendo que Bill e Gabi ainda iam pensar que estavam em lua de mel e serem descuidados novamente.
- Eu sei, não podemos ser vistos juntos… - disse Bill com pesar – É muito arriscado principalmente depois desta semana em LA…
- Sim… -
disse Gabi – Mas eu prefiro estar contigo à noite nem que seja só um bocadinho, do que regressar a casa e saber que precisas de mim e estou longe…

- Saber que precisas de mim?!
repetiu Nathalie pensando que algo lhe estava a escapar.
- Sim… Já falei com o Jost e ele vai-me arranjar um advogado para pôr finalmente o Mercier em tribunal… A justiça vai ser feita… - disse Bill entusiasmado.
- Pena que nem toda a justiça possa ser feita… - disse Nathalie olhando para Gabi para lhe fazer passar a mensagem.
- Ele é difícil de apanhar, mas nós vamos chegar lá… Vais ver… - disse Tom de forma relaxada deitado na espreguiçadeira.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeQua Ago 24, 2011 8:37 pm

DIIIKAS VOLTOU *o*
Aqui ainda não li os capítulos que você já postou mas fica tranquila que eu vou ler, ok ?
É que eu não tive muito tempo essa semana pra fazer nada mas pode deixar que logo logo eu veio aqui pra matar a minha curiosidade pra ver o que ta acontecendo nessa fic --'
Beeeeijos e até (:
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dikas
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeQui Ago 25, 2011 9:29 pm

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Não se sentia feliz naquele dia em que ia ficar novamente sozinha e entregue aos seus pensamentos, mas não se sentia tão danificada e desesperada como no dia em que eles tinham chegado. A visita de Tom, Bill, Nathalie e Gabi tinha assegurado a sua força de viver e procurar mais para si e para o seu futuro. Agora via que inúmeras portas se abriam ao seu caminho, tudo estava ao seu alcance e a felicidade não tinha de ser um bicho-de-sete-cabeças que a perseguia e atormentava, podia ser vivida com naturalidade. Sentada no seu trailer, acabava de tirar a maquilhagem exagerada que fazia parte da caracterização da sua personagem, e preparava-se para seguir caminho até casa, almoçar com os seus amigos e deixá-los partir. Ia ser complicado vê-los ir embora, ia ser complicado acordar longe de Tom, mas com o tempo voltaria à sua vida e habituar-se-ia à sua solidão. Tinha de pensar no futuro, queria fazer tantas coisas. Para começar ia procurar visitar os seus pais, voltar às consultas com a Dra. Gray, tirar uma pausa de Hollywood e ser apenas uma rapariga normal da sua idade. Pensava em tudo isso e no desejo que tinha de regressar a casa o quanto antes quando ouviu alguém entrar no trailer e espreitou para ver de quem se tratava, não era costume alguém entrar no seu trailer sem pedir permissão para o fazer. Sentiu um nó na garganta ao ver que era James Mercier. Não o via desde o inicio da semana, quando o incidente com os gémeos tinha acontecido naquele mesmo espaço. Viu-o aproximar-se de si e encostar-se à parede do trailer, atrás de si, com os braços cruzados como se fosse até lá pedir justificações. Olhava-a fixamente através do espelho que Nicky tinha à sua frente, não fazendo qualquer observação. Nicky sentiu o seu coração acelerar de forma conturbada. Tinha medo de estar a sós com ele, tinha medo de tudo naquele homem, principalmente agora que sabia que ele era capaz de ser um monstro sem coração e dignidade.

- Passa-se alguma coisa? – perguntou Nicky a medo.
- Passa… - disse Mercier observando-a terminar de tirar a maquilhagem – Há uma semana que não te procuro… Tenho-me mantido afastado à espera que tu ajas como a Nicky que eu sempre conheci… Mas procuraste-me? Não… Nem te deves ter lembrado que eu existo…
- Não digas isso… -
disse Nicky nervosa com a conversa, mas tentando manter-se aparentemente calma para que ele não se exaltasse – Claro que me tenho lembrado de ti e tenho achado estranho não apareceres nos estúdios para ver como estão as coisas, mas eu não quero mais confusões há minha volta…
- Eu acho que os teus amigos me queriam ver pelas costas e já te fizeram a cabeça… Estão a conseguir afastar-te de mim…
- Ninguém me fez a cabeça… -
disse Nicky acabando de tirar a maquilhagem para se virar de costas e fitá-lo de frente – Eles só estão cá esta semana, tu tens-me o resto do tempo todo… Eu tenho o contrato com o Bill, tu sabes que eu não podia simplesmente virar-lhe costas… Tu sempre me ensinaste a ser profissional…

- Profissional Nicky??? –
disse Mercier com um sorriso fingido, aproximando-se dela para colocar as mãos sobre os braços da cadeira onde a Nicky estava sentada e olhá-la nos olhos de forma intimidadora e demasiado perto – Tu nunca foste profissional com ele… A não ser que tenhas mudado de profissão, porque não precisas de ir para a cama com ele se não quiseres!
- Estás-me a chamar puta? –
perguntou Nicky chocada com aquilo que ouvia e quão baixo Mercier descia.
- Não… E também não digo que não devas misturar trabalho com prazer… Mas o Bill Kaulitz? A sério Nicky… O Bill Kaulitz? Tu podias ter o mundo a teus pés… Não precisas de andar a foder os restos das outras…
- Tu estás a ficar paranóico! -
disse Nicky ainda em choque – Eu não tenho nada com o Bill…
- Não me enganas… -
disse Mercier virando a cadeira dela de frente para o espelho para a olhar através dele – Sempre que ele anda à tua volta tens esse brilho nos olhos e essa felicidade imensa… Não me digas que é só pela companhia dele… O que é que ele tem de tão especial? É por parecer uma menina? – perguntou Mercier levando os seus lábios ao ouvido direito de Nicky para a fitar pelo espelho de forma perversa – Gostas de meninas como se diz por aí? Gostas de o foder quando a outra julga que vocês estão a brincar às Barbies? Não me digas que o Kaulitz fode como um homem!?

- Pára James!!! –
disse Nicky afastando a sua cabeça da dele, sentindo o seu corpo estremecer com as loucuras que iam na cabeça do seu manager – Tu estás a ficar louco com esta obsessão doentia pelo Bill… Esse ódio infundado e sem sentido…
- Será? –
perguntou Mercier levando o seu nariz até aos cabelos de Nicky para a cheirar como se quisesse possui-la através do seu olfacto – Será que é ele que me deixa louco, ou és tu?
- Não sei do que estás a falar… -
disse Nicky afastando-se dele, levantando-se da cadeira para dar a entender que estava prestes a sair e ir embora.
- Porque é que o queres a ele, quando me tens a mim? O que é que ele tem que eu não tenho?
- Eu não tenho nada com ele, nem quero ter… -
disse Nicky pegando no seu casaco para o vestir e sair daquele trailer o mais depressa possível. Sentia-se em perigo e insegura.
- Eu mudo o que for preciso… - disse Mercier fechando a porta que dava acesso àquele compartimento, deixando Nicky em pânico fazendo com que ela ficasse presa naquele espaço tão pequeno com ele – Diz-me o que é que ele tem de tão especial, eu posso oferecer-te ainda melhor…
- Tu estás a delirar e eu tenho de ir embora… -
disse Nicky pegando na sua mala, tentando passar por Mercier sem sucesso.
- Achas que só ele te consegue fazer vir? É isso? Estás viciada no sexo dele? – disse Mercier passando uma mão sobre a face de Nicky deixando-a ainda mais enojada – Prometo que sou muito mais homem que ele…

- James pára!!! –
disse Nicky assustada com a conversa – Tu és como um pai para mim…
- Um pai???
perguntou Mercier enfurecido pegando nela pelos braços jogando-a contra a porta que ainda à pouco tinha fechado.
- Larga-me… Eles estão à minha espera e se eu não aparecer vão achar estranho… - disse Nicky tentando arranjar qualquer coisa que fizesse Mercier parar.
- Depois de tudo o que eu fiz por ti, tu vês-me como um pai??? perguntou Mercier comprimindo o corpo dela contra a porta com o seu, segurando no seu queixo com uma mão usando uma força anormal que a magoava e dificultava de falar.

Nicky sentia-se em pânico, o seu corpo gritava por socorro e sentia-se começar estremecer. Queria ausentar-se do seu corpo por uns tempos e fechar a porta a todos os traumas que a assombravam. Queria sair dali o mais depressa possível, queria fugir e nunca mais encarar Mercier novamente. Como é que ele se tinha tornado naquele monstro sem coração que a usava e subjugava com a sua força viril, principalmente sabendo que aquela era uma das causas da sua fobia? Será que era por isso mesmo que ela se comportava assim consigo? Para a aterrorizar e obrigar a ficar do seu lado em cativeiro como tinha feito ao longo de tantos anos? Seria esta a última alternativa dele? A atitude desesperada de a prender?

- Eu não quero ser teu pai… - disse Mercier levando a mão que tinha livre a passear-se sobre o corpo dela, demorando algum tempo sobre as suas nádegas – Quero que olhes para mim como homem… Eu sou o homem da tua vida… Tu não precisas de mais ninguém!
- Pára James… Por favor… -
disse Nicky afastando a mão de Mercier das suas nádegas, sentindo lágrimas quentes e marcadas pelo passado começarem a assaltar os seus olhos – Deixa-me ir embora…
- Diz que nunca me desejaste… -
disse Mercier pegando na mão de Nicky para a prender refém sobre a sua cabeça, encostada à porta – Que nunca pensaste em mim quando estavas com ele… Que nunca sonhaste comigo… Que nunca desejaste que fosse eu em vez dele…
- Tu estás louco… Larga-me ou vou começar a gritar!

- Porque é que te estás a fazer de difícil? –
perguntou Mercier roçando os seus lábios de encontro aos dela, sem que ela conseguisse desviar a cara – Basta experimentares-me uma vez que não vais querer outra coisa… Vais comer e chorar por mais…
- PÁRA!!! Se continuares assim é melhor cada um seguir o seu caminho a partir daqui… -
disse Nicky sentindo a mão de Mercier soltar o seu queixo, ao mesmo tempo que as suas bochechas ardiam em dor da pressão que ele tinha exercido sobre si e o olhar de Mercier tornava-se mais agressivo e temível.
- Tu nunca te vais ver livre de mim… Ouviste? – disse Mercier pegando na face de Nicky para a obrigar a beijá-lo.

Nicky fez força nos seus lábios para que ele não fosse capaz de a beijar e retirar prazer daquela forma de abuso. Sentiu a língua dele tentar perfurar a sua intimidade e sentiu-se tão suja e conspurcada como no momento em que se lembrava de ser violada na sua infância. Como é que aquele homem em quem tinha confiado toda a sua vida era capaz de lhe fazer aquilo? Como é que podia ter esperança que os seres humanos fossem decentes, quando na sua vida se cruzava com pessoas como Mercier? Sentia-se mais uma vez vítima da maldade humana e da podridão do meio onde vivia. Só queria fugir e ver-se livre de Mercier e de todos aqueles que tornavam a sua vida num inferno. Encheu-se de coragem e sentindo uma mão de Mercier começar a procurar novamente o seu corpo, elevou o joelho direito à zona da braguilha dele com toda a força que possuía naquele momento e enquanto ele se agarrava às suas zonas íntimas, abriu a porta e saiu a correr do trailer, tentando adoptar uma passada rápida e ritmada quando chegou à rua para que as pessoas não levantassem suspeitas de que algo se tinha passado. Entrou dentro do seu carro e guiou de forma obstinada e chorosa todo o caminho até casa. Tudo o que queria era estar com Bill e Tom, mesmo sabendo que não devia contar-lhes nada do que tinha acontecido ou eles não iriam querer ir embora e prefeririam ficar do seu lado para dar uma lição a Mercier. Por mais que adorasse que eles ficassem, a presença deles era perigosa para todos, eles tinham de partir, e Nicky tinha meia hora de caminho até casa para se acalmar e meter um belo sorriso no rosto para se despedir dos seus amigos. Os problemas com Mercier teriam de ser resolvidos mais tarde, numa altura em que o duelo fosse a dois. Tinha de pensar no que ia fazer.


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Chegar a casa para encontrar Tom e os restantes à sua espera enchiam-lhe o coração de paz e felizidade. Tinha de aproveitar o facto de os ter ao seu lado por mais umas horinhas. Recolheu-se na privacidade do seu quarto para tomar um banho quente que a relaxasse, e esfregar o corpo com nojo de tudo o que se tinha passado no seu trailer. Agora sentia-se mais calma e capaz de pensar de forma mais racional. Tinha lutado contra ele. Pela primeira vez na sua vida tinha lutado contra o seu agressor e tentado pôr-se a salvo. Algo em si tinha reagido e recusado ser novamente uma vítima, algo em si a tinha feito fugir por uma questão de sobrevivência. Sentia-se mais forte, mais capaz de reagir e agir perante as adversidades, não sabia de onde vinha essa força, mas ela existia e estava em si para ser usada dali para a frente. Nicky sentia-se intimamente orgulhosa, para muitos podia ser algo pequeno, mas para ela, insurgir-se e fazer as suas vontades prevalecerem era algo que não se lembrava de acontecer muitas vezes, principalmente quando era o seu corpo e intimidade que estavam em jogo.

Acabava de sair da casa de banho e encaminhava-se até à zona da cama onde tinha pousado a roupa que ia vestir, quando ouviu a porta do seu quarto fechar-se atrás de si. Nicky assustou-se, a porta estava fechada e ninguém tinha batido ou pedido permissão para entrar. Virou-se para trás rapidamente para tentar perceber o que se passava e sentiu o seu coração acelerar e ao mesmo tempo ficar mais tranquilizado ao ver que era Tom. Vinha com um sorriso perverso e humedecia os seus lábios de forma imparável.

- Gostava de me despedir de ti em privado… - disse Tom mordendo o seu lábio inferior encaminhando-se até ela para abraçar a sua cintura e encostá-la contra a parede do pequeno corredor que dava acesso da casa de banho à zona propriamente dita do quarto.
- Ainda bem… - disse Nicky abraçando o corpo dele feliz por se sentir nos seus braços, inspirando o perfume que ele usava e que a deixava repleta de desejo de o provar – Vou sentir a tua falta…
- Eu sei… -
disse Tom com um sorriso perverso beijando-a de seguida de forma penetrante e intensa, fazendo as suas mãos passearem-se sobre a cintura dela – Por isso é que tenho um trabalho de casa para ti…
- Aí é? –
perguntou Nicky a rir do ar sedutor e malandro dele.
- Sim… - disse Tom voltando a beijá-la de forma provocadora, levando a sua língua a saborear cada recanto da boca dela.

- Hmmm… E que trabalho de casa é esse?
- Gostas de brincar? –
perguntou Tom lambendo o lábio inferior dela.
- Contigo? Muito… - disse Nicky atacando os lábios dele com desejo.
- … E sozinha? – perguntou Tom passando uma mão sobre o peito dela, deslizando-a para baixo.
- Depende do que queres dizer com brincar
- Tu sabes o que eu quero dizer… -
disse Tom arrancando a toalha que ela trazia enrolada à volta do corpo, deixando-a cair no chão.
- Não… Eu não faço isso… - disse Nicky sentindo-se incomodada com aquilo que Tom parecia estar-lhe a sugerir.
- Porquê? – perguntou Tom tomando os lábios delas com desejo, colocando a sua mão sobre a barriga dela, acariciando-a e deslizando-a calmamente até entre as pernas de Nicky – Não gostas?
- Para dizer a verdade nunca experimentei… -
disse Nicky sentindo a mão de Tom mexer-se de forma lenta entre as suas pernas, não sabendo como reagir ao toque dele. Sentia-se incomodada mas ao mesmo tempo demasiado atraída aos seus lábios e à pressão que o corpo dele fazia sobre o seu de encontro àquela parede.

- Não precisas ter vergonha do teu corpo… - disse Tom roçando os seus lábios de encontro ao pescoço dela para a beijar de forma entusiástica ao mesmo tempo que continuava a massajar as partes íntimas de Nicky sentindo-a retraída – Vais ter de viver com ele para o resto da tua vida... Quanto melhor o conheceres e explorares, mais prazer terás e melhores serão os nossos encontros…
- Hm…
- Deixa-te sentir o calor e o desejo… -
disse Tom levando a mão que tinha livre até ao peito dela, adicionando também os seus lábios às carícias e estímulos que lhe fazia, reparando que o corpo de Nicky começava a mostrar sinais visíveis de estar excitado com o seu toque – Não há nenhum mal nisso…

- Tommm… -
disse Nicky de forma sensual, começando a sentir ondas de excitação percorrerem o seu corpo com o simples toque da mão dele.
- Adoro quando dizes o meu nome assim… - disse ele atacando os lábios dela com desejo redobrado, ao mesmo tempo que fazia com que a sua mão se manuseasse com maior agilidade entre as suas pernas.
- Ohhh Tommm… - disse Nicky sentindo que todo o incomodo que anteriormente sentia tinha desaparecido para dar lugar a um grau de excitação e prazer crescente e galopante, obrigando-a a fechar os olhos e abraçar-se ao pescoço dele tentando controlar a respiração que se tinha perdido algures.
- Sim… - disse Tom continuando a sua missão de exemplificar a Nicky como podia ser maravilhoso conhecer o seu corpo e saber dosear as suas próprias ondas de prazer – Quero que te toques e que te venhas quando estiveres sozinha… Quero que penses em mim enquanto o fazes…
- Ahhhh
- Quero que chames por mim e que digas o meu nome em voz alta… Sente-me percorrer o teu corpo, como se fosse eu a estimular-te e dar-te prazer…
- Ohhh Meu Deusss… -
disse Nicky sentindo-se próxima de alcançar o orgasmo mais rápido e inesperado da sua vida.

- Achas que podes fazer isso por mim? – perguntou Tom olhando para ela para aumentar a velocidade a que a estimulava como se estivesse a tocar guitarra numa música que pedia mais por si.
- Sim… Sim… Ahhhhh... Hmmmm… – disse Nicky deixando o seu corpo ser levado pela onda de prazer e calor que a consumia e arrebatava de forma esmagadora, sentindo a mão de Tom parar e sair do meio das suas pernas.

Nicky olhou para Tom e viu-o morder o seu lábio inferior como se estivesse a controlar o desejo e o prazer que lhe dava em saber que tinha aquele poder irrefutável sobre o seu corpo. Tom sentia-se totalmente excitado e atraído à forma sensual como ela gemia e se rendia às suas carícias. Tudo o que lhe apetecia naquele momento era possui-la ali mesmo e deixar que o seu corpo libertasse a tensão que sentia, mas não podia, tinha de se controlar, tudo o que queria era libertar Nicky de preconceitos e ensiná-la a sentir-se mais capaz de explorar-se e tocar-se para que no futuro os seus encontros fossem ainda mais prazeirosos para ambos. Sentiu os lábios de Nicky possuírem os seus num beijo ardente e carregado de paixão e percebeu que tinha, uma vez mais, feito com que Nicky descobrisse a pólvora e desta vez tinha-a literalmente nas mãos. Abraçou o corpo dela e deixou que as suas mãos deslizassem pelas suas costas, até ao seu rabo, fazendo com que Nicky se impulsionasse sobre o seu corpo e ele a pegasse ao colo, sentindo o corpo dela mais solto e descomprimido, como se procurasse o prazer de estar de encontro ao seu, enquanto se podiam ter um ao outro.

- Hmmm… Que me dizes de começar de novo? – perguntou Tom piscando-lhe um olho de forma sedutora e desencaminhadora – Desta vez mais devagar para eu te poder explicar tudo o que tens de fazer…
- Parece-me uma ideia tentadora…

- Adoro ser teu professor… -
disse Tom levando-a no seu colo até à cama.
- Não podia ter escolhido um professor melhor… - disse Nicky deixando que Tom a deitasse sobre a cama – Há alguma possibilidade de meter uma cunha com o professor para ter melhor nota no final do ano?
- Pode sempre tentar… -
disse Tom sorrindo de forma marota, pensando que seria impossível manter-se simplesmente à distância da sua mão dela – Mas eu sou um professor difícil de subornar…
- Mas eu sou uma aluna tão aplicada… -
disse Nicky fazendo um ar inocente ao mesmo tempo que puxava o corpo de Tom pela t-shirt para cima do seu para o beijar provocando-o o máximo que conseguia. Adorava sentir as mãos dele mas preferia senti-lo por inteiro e saber que também ele retirava prazer dos seus encontros – Prometo esforçar-me e fazer os trabalhos de casa como o senhor professor me ensinar… E prometo também sussurrar o seu nome sempre que o fizer…
- Hmmm… Isso é deveras tentador… -
disse Tom percebendo que não tinha como negar o corpo de Nicky e a fome que via espelhada nele – E pensar que ainda agora começámos as aulas…
- Ainda tenho muito para aprender? –
perguntou Nicky puxando a t-shirt de Tom para fora do seu corpo.
- Muito… - disse Tom não resistindo às investidas dela, começando a desapertar as calças – E estou desejoso de lhe ensinar tudo…
- Então não se demore mais… Tenho sede de conhecimento… -
disse Nicky puxando os lábios de Tom até aos seus para o beijar com o desejo à flor da pele.


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Era chegada a hora da despedida. O almoço tinha decorrido por entre olhares indiscretos de Nicky e Tom, nenhum deles era capaz de se esquecer da despedida em privado à qual tinham sido protagonistas, e os restantes não tinham dúvidas de que algo se tinha passado entre eles, tornava-se óbvio demais pelo sorriso rasgado de Nicky e o olhar perverso de Tom. Nicky ia sentir muita falta da companhia dos gémeos, de Nathalie e Gabi. Era capaz de se habituar facilmente a ter a presença assídua dos quatro na sua vida. Parados à entrada de casa, enquanto os seguranças carregavam as malas para a limusina que os ia levar até ao aeroporto, olhavam uns para os outros sem saber como se haveriam de despedir depois de uma semana tão rica em emoções. Foi Bill quem liderou o momento, aproximando-se de Nicky para a abraçar com força.

- Obrigada por teres vindo… Sinto-me sempre mais segura perto de ti! – disse Nicky enterrando a cabeça no peito de Bill.
- Gostei muito destes dias… - disse Bill afagando o seu cabelo – Mas estou preocupado contigo... Não me agrada a ideia de te deixar sozinha sabendo que o Mercier anda por aí à solta…
- Já estou habituada… -
disse Nicky afastando-se do corpo dele para o olhar nos olhos – Esta sempre foi a minha a vida…
- Mas não precisa de ser… -
disse Bill abraçando-a de novo – Em breve tudo será diferente… Muito em breve a nossa vida vai mudar, vais ver!
- Acho que a mudança já começou… -
disse Nicky com um sorriso nos lábios – Sinto-me diferente e mais forte todos os dias desde que entraste na minha vida…
- É tão bom ouvir-te dizer isso pequeno furacão… -
disse Bill genuinamente feliz abraçando-a com força.

- Adoro-te! Faz boa viagem… Diz-me qualquer coisa quando chegares!
- Eu também te adoro, telefona-me sempre que precisares, não hesites! –
disse Bill sabendo como Nicky era quando se sentia em baixo.
- Vou ter saudades tuas!!! – disse Nicky abraçando-o uma última vez com força.
- E eu tuas… Tens de nos ir visitar assim que tiveres uma pausa!
- Hei-de ir…


Nicky afastou-se do corpo de Bill e vendo Gabi ao seu lado, aproveitou para continuar na onda de afectos e abraçá-la também. Gabi retribuiu o seu abraço de forma viva e sentida, não se ia esquecer tão cedo o apoio que tinha recebido de Nicky Fuller e como isso a tinha ajudado a procurar ajuda e tentar superar o que lhe tinha acontecido. Nicky tinha sido um exemplo de força para si.

- Obrigada por tudo… - disse Gabi sussurrando ao ouvido dela – Nunca me hei-de esquecer daquilo que fizeste por mim…
- Não precisas de agradecer, fiz aquilo que qualquer pessoa que se preocupe contigo e tenha passado pelo mesmo, faria… -
disse Nicky baixinho, só para que ela ouvisse, continuando a conversa em voz alta para não criar suspeitas – Faz boa viagem e sê feliz… Tens um namorado como há poucos neste mundo!
- Eu sei… -
disse Gabi sorrindo, afastando-se do corpo dela para olhar para Bill de forma apaixonada e vê-lo sorrir para si.

- Desculpa ter de andar sempre atrás dele e ser tão chata às vezes, mas ele faz-me muito bem…
- Eu não me importo de o partilhar contigo… Embora deva confessar que estou desejosa de poder tê-lo só para mim!
- Em breve será só teu… -
disse Nicky sorrindo mas temendo o final daquele contrato e de tudo o que podia acontecer quando ambos não tivessem qualquer vínculo.
- Daqui a um mês! - disse Bill de sorriso nos lábios, metendo-se na conversa.
- Não se vão precisar de esconder nunca mais! - acrescentou Nicky, sorrindo para os dois.
- Até vai parecer mentira… - disse Gabi suspirando.
- Mentira, não… Vai parecer um sonho! – disse Bill cheio de vontade abraçar e beijar Gabi, sentindo-se constrangido pelos olhares indiscretos dos seguranças.
- Vocês merecem ser felizes! – disse Nicky baixinho, piscando o olho – Aproveitem… E desculpem se por vezes interferi na vossa vida…
- Não te preocupes com isso! Já fizemos as pazes com o passado… -
disse Bill olhando para Gabi à procura de apoio.
- Sim, o nosso caminho é em frente, em direcção ao futuro! – disse Gabi sorrindo para ele.
- Vocês os dois juntos são perfeitos! - disse Nicky sorrindo de forma enternecida – Fico mesmo contente por se terem um ao outro… Sempre que a vida parecer que não vos sorri, olhem um para o outro, e encontrarão tudo o que vos faz bem e felizes! Vocês serão sempre o maior apoio um do outro…
- Obrigada Nicky! –
disse Gabi dando um abraço forte nela, sentida com as suas palavras e em como elas lhe tocavam particularmente.

- Posso-te telefonar um dia destes para falarmos um bocadinho? – perguntou Nicky ao afastar-se do corpo de Gabi.
- Ia adorar!
- É bom ver-vos assim tão amigas… -
disse Bill contente com a despedida que assistia.
- Gostei muito de conhecer melhor a tua namorada… - disse Nicky falando do coração.
- Eu também! - disse Tom intervindo na conversa pela primeira vez, referindo-se à proximidade que tinha ganho a Nicky Fuller naquela semana.
- Já cá faltavas tu… - disse Bill em forma de desabafo mas a rir do comentário do seu irmão gémeo.
- E eu também! – disse Gabi a rir, referindo-se a Nicky Fuller – Eu sempre te achei muito simpática, mas esta semana fez-me ver para além disso…
- Vou sentir mesmo a vossa falta! –
disse Nicky suspirando.

- Bem… Já que estamos numa onda de despedida e amor… - disse Nathalie – Eu também gostei muito de conhecer a tua namorada Bill… Foste uma grande surpresa Nicky Fuller!
- Obrigada… -
disse Nicky intimidada sem saber como reagir perante Nathalie. Por mais que ela a tivesse a elogiar, sabia que Nathalie nunca tinha gostado de si.
- Obrigada por teres confiado em nós e deixares-nos fazer parte da tua vida… - disse Nathalie – Não deve ter sido mesmo nada fácil passares pelo que passaste e chegar até aqui… És uma grande mulher… Prometo que farei de tudo para junto com o Bill libertar-te das garras daquele assassino!
- Só espero que vocês consigam… -
disse Nicky suspirando.
- Vamos conseguir! Ele já estragou a vida a muita gente… - disse Nathalie.
- No que precisarem de mim, e se eu poder ajudar… - disse Nicky.
- Reconsideraste a minha proposta??? – perguntou Bill estupefacto com o que ouvia da boca de Nicky.
- Não… - disse Nicky baixando a cabeça com vergonha de encarar os olhos de Bill e as suas fraquezas – Não estou preparada para partilhar algo tão pessoal com o mundo, ainda não tenho em mim essa força… Nem sei se algum dia a terei! Mas se quiserem que eu deponha contra o James, eu estou disposta a fazê-lo, mas por favor… Tenham cuidado! Ou vocês o atacam garantindo que ele não escapa, ou se ele arranjar uma maneira de nos passar a perna a todos… Não sei o que ele nos é capaz de fazer… Mas acho que serei a primeira a descobrir!
- Ele que te volte a tocar com um dedo que seja que vai ver!!! –
disse Tom enraivado.
- Sim!!! Ele que experimente para ver o que o espera!!! – disse Bill não menos enraivecido – Se ele voltar a ser agressivo contigo, diz-me…
- Sim… -
disse Nicky continuando a optar esconder aquilo que tinha acontecido naquele inicio de tarde o seu trailer.
- Mas diz-me mesmo! - frisou Bill.
- Não te preocupes… - disse Nicky sentindo-se mal por lhe esconder o que se passava. Tinha de ser capaz de lidar com os seus problemas, estava na hora de enfrentar os medos.

- Força… - disse Nathalie ao mesmo tempo que estendia os braços a Nicky Fuller mostrando-se receptiva aos seus abraços pela primeira vez na vida – Tudo vai melhorar!
- Obrigada! –
disse Nicky abraçando Nathalie com força, sentindo-se mais forte – Obrigada por tudo… Boa viagem de regresso!
- Obrigada… Se algum dia quiseres falar, podes ligar-me, prometo que não mordo nem sou inconveniente! -
disse Nathalie simpatizando com Nicky como nunca tinha suposto ser possível vir a simpatizar.
- Eu sempre gostei imenso de ti! Obrigada por me teres dado uma oportunidade! - disse Nicky feliz por perceber que tinha finalmente conquistado Nathalie.

- Mais duas que ficaram muito amigas… - comentou Tom a rir.
- Tens estado muito calado… Até é de estranhar! – disse Bill a Tom surpreendido com a atitude do seu irmão.
- Estava à espera do meu momento… - disse Tom olhando para Nicky intensamente vendo-a encaminhar-se até si sem saber como reagir – Também tenho direito a um abraço de despedida?
- Claro… -
disse Nicky abraçando o corpo de Tom fechando os olhos para aproveitar o toque forte e seguro dele, sentindo os lábios dele apoderarem-se imediatamente do seu pescoço de forma demasiado sensual, fazendo com que Nicky murmurasse ao seu ouvido – Vou ter mesmo muitas saudades tuas… E dos teus lábios…
- E de muito mais… Garanto-te! –
disse Tom ao ouvido dela.

- Vou fazer os trabalhos de casa como me ensinaste…
- Só de te imaginar sozinha a chamar por mim… Hmmm
- Mas nesse caso já não precisava de estar sozinha a fazer os trabalhos de casa, podíamos passar para os trabalhos de grupo!
- Bom ponto de vista! –
disse Tom a rir separando-se do corpo dela para a observar com cuidado e ver o quão delicada e bela ela era – Gostei muito destes dias na tua companhia, estou pronto para os repetir quando quiseres…
- Acho que vou querer sempre… Ainda tenho muito que aprender contigo…
- E eu estou desejoso de te ensinar tudo o que sei…


Nicky olhou para ele com um sorriso nos lábios. Por mais que se estivesse a despedir de Tom, estava feliz, por tudo o que tinha vivido, e tudo o que se sentia capaz de viver dali para a frente, ele tinha-a ajudado muito a separar-se das amarras do passado e encarar a vida de forma diferente. Sentia mais vontade de viver e ser livre. Sentia mais vontade de se encontrar a si mesma e redescobrir.

- Vais levar-me contigo? – perguntou ela.
- Sim… - disse Tom sorrindo do ar timidamente sensual dela e voltando a abraçá-la acrescentou – E vou pensar em ti da próxima vez que fizer trabalhos de casa…
- Adoro a ideia de pensares em mim quando procuras prazer…
- Ainda bem… -
disse Tom beijando o pescoço dela uma vez mais – Conseguiste tornar os nossos encontros especiais e inesquecíveis…
- Tal como eu queria! –
disse Nicky sorrindo feliz por saber que ia ficar marcada para Tom – A nossa aventura foi muito boa enquanto durou…
- Já te estás a querer ver livre de mim??? –
perguntou Tom piscando-lhe um olho com um sorriso maroto nos lábios.
- Não… Mas não quero que penses que te vou seguir e obrigar a seja o que for… Somos livres… Gostei muito de estar contigo, mas sei que não me pertences…
- E é por causa disso mesmo que tudo se torna muito mais interessante…

- Daqui a um bocado vão começar a desconfiar… -
disse Bill percebendo que os seguranças falavam entre si e pareciam distraídos, mas não eram parvos, por mais que nem ele conseguisse perceber as palavras que Tom e Nicky trocavam entre si.

- Tenho de me separar do teu corpo… - disse Nicky beijando a orelha de Tom de seguida – Tenho de aproveitar agora que tenho coragem…
- Apetece-me despedir-me do teu corpo de novo… Quero-te na minha cama esta noite…
- Então fecha os olhos quando me quiseres e imagina que sou eu que estou contigo e que te dou prazer… -
disse Nicky sentindo-se corar, afastando-se de seguida dos braços de Tom para o ver afogueado a olhar para si.
- Tu queres mesmo que eu não me vá embora… – perguntou Tom humedecendo os lábios – Algo me diz que a próxima vez que nos encontrarmos vai ser memorável…
- Na tua companhia, tenho a certeza que sim… -
disse Nicky inspirando fundo para procurar dar-lhe um último abraço apertado, sentindo os lábios de Tom no seu pescoço, unindo os seus lábios à bochecha dele – Boa viagem…
- Obrigado! –
disse Tom deixando-a afastar-se de si.

- A vossa visita foi mesmo muito importante para mim! – disse Nicky para todos eles – Estão sempre convidados a voltar… As portas da minha casa estão sempre abertas para os meus amigos!
- Obrigado! –
disse Bill abraçando-a uma última vez para manter o namoro de fachada enquanto se encaminhavam até à limusina e um por um começava a entrar no seu interior – Vou sentir a tua falta… Fico à tua espera… Gostava muito que fosses ter comigo assim que puderes… - e abraçando o corpo dela com força disse-lhe ao ouvido – Não te quero perto do Mercier! Tem cuidado… Protege-te e alguma coisa diz-me!
- Obrigada… Assim que tiver uns dias de folga das gravações vou ter contigo… Não te preocupes comigo, eu sinto-me cada vez mais capaz de olhar por mim… -
disse Nicky depositando um beijo amistoso nos lábios de Bill – Adoro-te!
- Também te adoro pequeno furacão…


Nicky ficou à porta de sua casa a ver a limusina desaparecer por entre os portões da sua propriedade. Sentia-se mais capaz de enfrentar Mercier, mas mais consciente do perigo que corria. A sua vida mudava a cada dia que passava, tinha de ser capaz de se moldar a ela e acompanhá-la. Vê-los partir não era fácil, mas estava confiante de que em breve estariam novamente juntos, e que a sua história com Tom ainda não tinha terminado por ali.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeSáb Ago 27, 2011 6:37 am

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Última edição por Fox em Sex Set 26, 2014 9:33 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeSáb Ago 27, 2011 11:23 pm

FoOoOxXXxxXXx \o/ \o/ \o/

Niceeeeeeeeeeeeee!!! \o\
Pois..... O problema do Mercier é k para além dele n regular bem da kabeça é um obcecado de primeira!!! GrRrRRrrr..... p*t* Sorry k a razão do descontrolo dele n seja nada especial e bombástiko, mas sabes k eu gosto de manter as fics muito terra a terra!!

A Nicky é corajosa sim senhoraaaaaa!!!! Pode n ser o suficiente para ti, mas dá-lh o beneficio da duvida, ela ainda agora komeçou a sair da kaska....dá.-lhe tempo Wink

Ahhhhhhh pois é!!! Grande Nat... \o\ \o\ \o\
(O Patrick pode ser mm mt útil já k ele andava metido kom o nojentinho!!!)

Ahahah axas?? Tom & Nat??? É engraçado k digas isso... já ouve mais uma pessoa a falar-m no mm, mm k n tenha nd a ver kom os kasalinhos em kestão haha És mesmo kupido sweety!!!

Mais a kaminhoooooooooooooooooooooooooooo yaya




* * * KiSsEsSSSs * * *






149

[FF] - Kampf der Liebe - Página 16 149ir

Tinham chegado de manhã a Londres e passado a tarde a dormir para restituir forças para a temporada que iam passar na capital Inglesa. Tom tinha o seu quarto em frente ao de Bill, enquanto Gabi estava no quarto do lado que tinha ligação com o quarto de Bill através de uma porta para que pudessem estar sempre juntos sem que ninguém desconfiasse.

O sol começava a desaparecer e Tom encontrava-se deitado sobre a sua cama com o portátil no colo a ver os e-mails que tinha recebido e a tentar ganhar coragem para telefonar a Miss K. A ideia de a ver novamente não lhe agradava, não sabia se havia de ficar contente, ou não. Pensar em Miss K despertava-lhe um sem fim de lembranças, algumas muito boas, tão boas que se tinham tornado inesquecíveis, mas outras muito más, tão más que se tinham tornado igualmente memoráveis. Não tinha como fugir àquele encontro, não podia virar-lhe costas agora que estava na cidade dela e que lhe tinha prometido que a ajudava, mas a sua vontade para o fazer era mais que muita. Havia uma razão para ter pedido que Miss K se mantivesse afastada da sua vida: ela trazia demasiados problemas e estava associada às pessoas que mais detestava e que queriam fazer mal a si e ao seu irmão; tinha-o magoado demasiado por entre as suas mentiras e planos diabólicos para estragar a sua vida; mas principalmente porque sabia que não teria forças para a recusar estando com ela e ouvindo a sua voz periodicamente, precisava de uma maneira de sarar a ferida que tinha no seu interior, e a única forma disso acontecer era com distância e muitas mulheres novas e diferentes na sua cama todas as noites. Agora a distância ia acabar, e uma vez mais Tom tinha a certeza que ia sentir o desejo fervilhar-lhe nas veias no momento em que visse aquele corpo pequeno e esculpido que em tempos tinha habitado o seu imaginário de perfeição, aquele cabelo negro até meio das costas, os olhos azuis que olhavam para si carregados de amor e dedicação como só ela era capaz de olhar para si: com devoção, sentindo-se capaz de tudo para estar do seu lado e amá-lo perante todas as adversidades. Ia ser difícil resistir-lhe, mas queria ser capaz de o fazer. Tinha de ser capaz de a ajudar e seguir caminho com a sua vida, como se aquele encontro nunca tivesse acontecido. Pousou o computador sobre a cama e percebendo que quanto mais tempo adiasse aquele telefonema mais tempo sentiria o seu peito sobressaltado por aquele assunto, resolveu ganhar coragem e telefonar a Miss K. Não tardou até ela responder.

- Estou…
- K… -
disse Tom sem saber ao certo como reagir – É o Tom…
- Eu sei… -
disse Miss K sentindo o seu coração disparar por ouvir a voz dele e saber que aquele telefonema queria dizer que ele estava na sua cidade e que se queria encontrar consigo – Como correu a viagem?
- Foi longa, mas correu bem…
- Ainda bem…

- Podes falar? –
perguntou Tom percebendo que ela estava num local público pelo barulho que se fazia ouvir no fundo.
- Sim, mas não me posso demorar muito porque entro agora às cinco e meia…
- Prometo não tomar muito o teu tempo... Era só para combinar como queres fazer para nos encontrarmos… Por mim é quando quiseres, tenho tempo…
- Pode ser esta noite? –
perguntou Miss K sentindo-se nervosa com a ideia de o ver ainda naquela noite – Amanhã tenho aulas até às quatro e depois entro às cinco e meia no restaurante e tenho medo que não dê tempo para falar contigo à vontade…
- Pode… -
disse Tom sentindo-se alterado com a ideia de estar com ela dentro de poucas horas – Como é que queres fazer? Queres que vá ter contigo a algum sítio?
- Não! É mais seguro se for eu a ir ter contigo… Nenhum de nós ia querer ser visto com o outro em público…

- Nenhum de nós?!
perguntou Tom estranhando o facto dela não querer ser vista consigo.
- Eu explico-te tudo quando estivermos juntos… - disse K percebendo que ele não tinha percebido a sua preocupação – O restaurante fecha à meia-noite, não é tarde para ti?
- Acho que sabes a resposta a essa pergunta… -
disse Tom sorrindo timidamente – Não mudei assim tanto desde a última vez que estivemos juntos, tenho a certeza que ainda me conheces bastante bem…
- Talvez… -
disse Miss K sentindo o seu coração disparar desenfreado numa correria ao ouvi-lo falar deles como pessoas íntimas que se conheciam bem do passado. Era tão bom sentir-se próxima dele, quanto aterrador – … Onde é que estás hospedado?
- No Savoy… Quarto 714…
- Deixa-me apontar… -
disse Miss K abrindo a mala para tirar do seu interior um pequeno bloco de notas e apontar o hotel e número de quarto de Tom – Ok… Estou aí por volta da uma, pode ser?
- Claro…

- Desculpa se te estou a estragar os planos para esta noite… Provavelmente querias ir sair e aproveitar a noite Londrina… -
disse Miss K que conhecia bem os hábitos de Tom e sabia que ele gostava de se divertir e adicionar uma companhia feminina às suas noites.
- Não, vim cá para falarmos… O resto pode esperar…
- Obrigada por teres vindo… -
disse Miss K sentida com o gesto e rapidez dele.
- Não precisas de agradecer… - disse Tom sem saber como se comportar. Quanto a tivesse à frente ia ser cem vezes pior.
- Ok… Vemo-nos logo… - disse Miss K não se querendo demorar muito mais – Se por alguma razão quiseres alterar o planeado manda-me uma mensagem porque eu não vou poder atender o telefone nas próximas horas…
- Não vou alterar nada… -
garantiu Tom e consumido pela curiosidade perguntou – … Estás a trabalhar num restaurante agora?
- Sim… É só como part time, mas chega para o que eu preciso, e como tenho a faculdade também não dá para ter um trabalho que seja a tempo inteiro… Conciliar as duas coisas já é difícil…
- E o dinheiro que tinhas ganho com os Mercier? –
perguntou Tom deveras curioso.
- Eu disse-te que não tinha feito nada para merecer aquele dinheiro e que não o queria para nada… - disse Miss K sentindo-se entristecer – Mas depois falamos… Tenho de ir entrando, está na minha hora…
- Sim, já deves estar a ficar atrasada… Falamos depois…
- Até logo Tom… -
disse Miss K desejando nunca ter de desligar o telemóvel para que puder ouvir sempre a voz dele.
- Até logo… Bom trabalho… - despediu-se Tom contente pelo telefonema ter sido mais fácil do que tinha imaginado. O pior ainda estava para vir - Fico à tua espera…

- Savoy, quarto 714… -
repetiu Miss K consciente de que não precisava de ter apontado nada no seu caderno, porque o seu coração seria incapaz de a deixar esquecer a morada onde ele estava, principalmente quando estava a apenas três estações de metro de si.
- Sim…
- Lá estarei… -
disse Miss K sem saber se lhe devia mandar beijinhos ou não, mas antes que se debatesse muito, ouviu o telemóvel ser desligado.

Respirou fundo e colocou o telemóvel sobre a mesa-de-cabeceira. Miss K parecia já não estar minimamente interessada em si, não parecia tão nervosa e apaixonada como quando falavam antigamente ao telefone. Será que o amor que ela dizia sentir por si já se tinha extinguido? Será que tinha sido demasiado cruel com ela no passado? Ou será que era só a dor causada pelo problema que a estava a macerar que a deixava mais apreensiva e distante? Qual seria o problema dela? Seria mesmo Mercier a razão do seu pedido de ajuda? Seria egoísta em querer que ela continuasse interessada em si? Seria egoísta gostar que ela o olhasse com a força com que ela o olhava no passado? Seria arrogante em pensar que a poderia ter se quisesse, porque ela seria incapaz de lhe resistir? Como será que ela reagiria quando o visse à sua frente passado tanto tempo? Era melhor não pensar e não se deixar consumir por dúvidas, ainda naquela noite teria resposta a muitas das suas questões, não valia a pena martirizar-se em dilemas por antecipação.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Chegada a hora de jantar, e uma vez que os gémeos queriam passar despercebidos mas adoravam a comida de um restaurante vegetariano a somente dois quarteirões do hotel onde estavam hospedados, Gabi propôs-se a ir buscar comida ao restaurante para que pudessem comer todos juntos no quarto dela, que era o mais asseado por não estar a ser utilizado. Bill e Tom fizeram uma lista imensa com tudo o que desejavam comer, mas mesmo assim, no caminho a pé para o restaurante Gabi recebeu dois telefonemas de Bill que em conferência com Tom tinham chegado à conclusão que ainda queriam pedir mais comida e bebida para compensar as horas que tinham passado a hibernar no hotel. Gabi ria-se de cada vez que atendia o telemóvel porque já sabia que ia encontrar um Bill esfomeado e desejoso de comer o restaurante inteiro. Uma vez no restaurante pediu comida que dava para cinco pessoas e foi-lhe dito para aguardar cerca de trinta minutos. Como estava perto de Trafalgar Square, Gabi preferiu sair do restaurante enquanto esperava e admirar aquela bela praça histórica. Passeava-se em torno de uma das grandes fontes centrais, admirando o quotidiano dos londrinos e as pessoas que por ali se passeavam quando ouviu o seu telefone tocar novamente e começou a rir sozinha ao imaginar que Bill e Tom já deviam estar com medo que ela tivesse fugido com a comida. Pretendia atender o telefone com uma piada, mas antes de atender foi a tempo de ver que quem lhe telefonava estava longe de ser um dos gémeos.

- Estou… - atendeu Gabi amaldiçoando-se mentalmente por ter atendido o telefone de forma tão rápida em vez de ter ignorado a chamada.
- Impressionante… Nem hesitas em atender o telefone! Que coragem é essa que tens em ti? …Ou será instinto suicida? – perguntou Mercier impressionado com a garra de Gabi – Tens feito coisas muito idiotas ultimamente… Desafias-me, desligas-me o telefone na cara, bates-me… Olha que essa tua coragem pode ser levada como estupidez!
- Quando perceber que eu não tenho medo de si, vai ver que os seus truques baixos não me afectam minimamente… -
disse Gabi respirando fundo tentando controlar a raiva que sentia para se comportar à altura do que aquele momento pedia de si.
- Isso é o que tu queres que eu pense… Tenho a certeza que já perdeste algumas noites por causa de mim, com medo do que eu sou capaz de te fazer a ti e a todos os que te rodeiam… Olha que eu posso ladrar muito bem, mas na altura de morder, sou ainda melhor…
- Ainda bem que se considera um cão reles e sem educação…
- Fala à vontade… Um dia vou-te fazer rastejar e engolir todas as palavras que estás a dizer neste momento…

- Veremos quem vai rastejar primeiro… -
disse Gabi sentindo-se fortalecida e pronta para a guerra - Alguma razão especial para este telefonema, ou não consegue simplesmente viver sem mim? – perguntou Gabi tentando ir directa ao assunto – Se for esse o seu problema, tenho muita pena mas não me dou com pessoas insignificantes e da sua laia!
- Quem te dera a ti teres metade do homem que eu sou, ao teu lado!!!
- Oh sim… Era o meu sonho quando era criança… Ter um Gremlin nojento como animal de estimação…
- Continua… Fala à vontade… Quanto mais me provocas, mais hás-de levar… -
disse Mercier a rir de forma teatral querendo mostrar-se superior às bocas de Gabi – Claro que tu preferes Barbies em vês de Gremlins, não é? Os Gremlins são demasiado machos para ti…
- Nem por isso… As Barbies são feitas de plástico e não têm coração, e isso também me faz lembrar a sua pessoa! –
disse Gabi de forma altiva – Se o seu telefonema era só para discutir sobre bonecos e brinquedos da nossa infância, não vou perder o meu tempo…
- Sabes muito bem que não é esse o tema que me leva a telefonar-te… Não te armes em espertinha comigo porque eu não vou com a tua cara, nem com o teu nariz empinado… Será um prazer estalar os dedos e ver-te na miséria!
- Ahhh… Também faz magia? –
perguntou Gabi para o picar. Sabia que era demasiado arriscado gozar com Mercier daquela forma, mas pela primeira vez parecia que ele tinha consciência que tinha encontrado alguém que por muito que não tivesse a maldade e os meios de actuar dele, não se importava minimamente com as baboseiras que ele dizia e não lhe dava a importância que ele queria obrigar-se a ter.

- Cala-te e ouve minha puta!!!
- Uiiiiiii… Estou cheia de medo… -
disse Gabi a rir para que Mercier percebesse que ela o queria rebaixar e ridicularizar.
- Aquela estalada que me deste… Vais pagá-la muito cara…
- Aceita cartão de crédito, ou prefere cheque? –
perguntou Gabi divertindo-se a gozar com ele.
- Quando o contrato que vincula a Nicky ao Bill acabar, diz adeus à tua carreira…. – disse Mercier escolhendo ignorar as palavras trocistas de Gabi.
- Com lençinho branco e tudo? – perguntou Gabi a rir.
- Com o que quiseres… Podes dizer adeus à tua paz de espírito porque eu vou tornar a tua vida num inferno! – disse Mercier dando a entender o prazer que tinha em ameaçá-la daquela forma.

- Ok… Mensagem recebida… Receptora em pânico…
- É bom que estejas… Olha sempre por cima do ombro, porque eu vou andar à espreita e vou-te apanhar quando menos esperares…
- Ohhh mas assim já me está a avisar e vai deixar de ser surpresa!!! Não me diga que para além de ser uma criatura detestável também é o género de pessoa que gosta de estragar o divertimentos dos outros??? Isso são muitos defeitos para acumular… -
disse Gabi a rir, contente por naquele dia estar tão bem disposta e não estar a levar as ameaças de Mercier a sério.
- Ri-te, ri-te… Mas não te esqueças que quem ri por último, ri melhor
- Mas você tem tanta piada, que duvido que eu não seja a última a rir…

- Então se te queres rir mais um bocado… Que tal eu contar ao teu namoradinho tudo o que se passou contigo num certo concerto em Berlin? –
ameaçou Mercier – Pela reacção dele quando vos encontrei, parece que mantiveste a tua palavra e não lhe contaste nada do que aconteceu… Parece que ele não sabe que o teu corpo já foi usado pelo maridinho da ex puta dele…
- Deixe-me adivinhar… Já esgotou todas as ameaças e este é o último recurso? –
perguntou Gabi perdendo qualquer vontade de rir e gozar com Mercier. Se Bill soubesse da verdade através de Mercier o resultado podia ser catastrófico, pior do que se soubesse pela sua boca. O melhor que podia fazer era dar a crer ao manager de Nicky que aquele assunto não a afectava – Boa sorte!

- Vocês adoram-se comer uns aos outros, não é??? –
perguntou Mercier em tom de provocação – A Nathalie era casada com o Patrick… O Patrick e tu foram muito íntimos… Tu és a nova puta do Kaulitz, e o Kaulitz… Bem esse já comeu todas… Nem saberia por onde começar…
- Não me afecta minimamente… Tente algo melhor… Que venha a próxima tentativa frustrada de me amedrontar… -
disse Gabi de forma descontraída mas sentindo-se em pânico por dentro. E se Mercier contasse realmente tudo a Bill? Como é que ia ser capaz de o encarar sabendo que lhe tinha mentido de forma tão descarada, ocultado algo tão importante para a sua vida, desafiado Mercier daquela forma, e negado a sua confiança? Como seria capaz de olhar para aqueles olhos que amava e vê-los desmoronarem-se em tristeza pelo que lhe tinha acontecido?
- Mas não precisas de ter medo, ele não te vai rejeitar… Parece que ele simpatiza com vítimas de abusos sexuais… - disse Mercier contendo a sua raiva – Deve-lhe dar ainda mais tesão para a próxima vez que estiverem juntos…
- Acho que agora chegámos àquela parte em que se está a começar a confundir com o Bill, o que é algo absolutamente despropositado porque nem que nascesse vinte vezes, haveria de ter metade do coração e bondade que o Bill tem… Guarde a sua tesão pelas vitimas de abuso sexual e faça o que quiser com ela, mas não me faça perder mais tempo com os seus telefonemas psicóticos e ridículos… Estou-me bem a cagar para si… Pode morrer à vontade, garanto que só ia ao seu funeral quem estivesse no testamento, e mesmo esses se forem inteligentes mandam desinfectar o dinheiro antes de o receberem, não vá ele ter restos de veneno…
- Tu até tens piada!!! –
disse Mercier a rir alto e a bom som.
- Ainda bem que o faço rir… Deve ser por causa disso que gosta tanto de me telefonar… Mas ao contrário de si, que gosta de viver a vida dos outros, eu tenho uma vida própria e já fui demasiado incomodada com as suas parvoíces por hoje, por isso se me dá licença, vou desligar… - disse Gabi sem paciência para mais brincadeiras.
- Já pedes para desligar o telefone??? Estamos a ficar muito educadas para o que eu estou habituado… - disse Mercier a rir.

Gabi respirou fundo e perdendo a paciência para continuar numa troca aguerrida de palavras, desligou o telefone na cara de Mercier. Não queria admitir mas estava em pânico. Sentia-se entre a espada e a parede. Não queria envolver Bill naquilo que se tinha passado, mas se ele ia ter de saber do que tinha acontecido, preferia que soubesse da sua boca, do que pela boca de Mercier. Tinha de ganhar coragem para falar com ele e contar-lhe o que se tinha passado. Não sabia como ia ser capaz de encarar Bill e reconhecer que lhe andava a esconder algo tão grave, mas tinha de pensar numa maneira de falar com ele e esclarecer tudo para que não vivesse aterrorizada com a ideia de Mercier fazer das suas. Ia-lhe custar muito ter de magoar Bill daquela forma, ele já andava tão preocupado consigo e assombrado com tudo o que tinha acontecido em Los Angeles, não ia ser mesmo nada fácil tocar naquele assunto.

Olhou para o relógio e percebendo que ainda tinha dez minutos de espera, sentou-se na grande escadaria da National Gallery de Londres e pensou em telefonar a Nathalie para a pôr a par do que tinha acabado de acontecer. Sentia as suas pernas estremecerem e o seu coração bater intimidado com a simples ideia de Bill descobrir tudo o que lhe tinha acontecido. Olhou para o telemóvel, que ainda mantinha na mão direita, e pensou que talvez fosse melhor telefonar a Nicky Fuller uma vez que ela também sabia a verdade sobre o que lhe tinha acontecido e tinha sido um apoio forte e estável quando tinha estado hospedada em sua casa. Para além disso, Nicky já tinha falado com Bill sobre uma situação bem pior que a sua e talvez fosse capaz de a ajudar a acalmar e encaminhar na melhor direcção para lidar com aquele problema. Não pensou muito mais no assunto e telefonou-lhe rezando para que ela não estivesse em gravações.

- Estou… - atendeu Nicky.
- Estou Nicky, é a Gabi! Tudo bem?
- Gabi! Fico tão contente que me estejas a telefonar! –
disse Nicky visivelmente feliz com o telefonema – Como está Londres?
- Enublado como sempre… -
disse Gabi a rir.
- E tu como estás? Como te tens sentido?
- Estou bem… As consultas com a Dra, Gray ajudaram-me a tirar um peso do peito e a sentir-me mais eu, mais próxima daquilo que costumava ser… Sinto-me como se tivesse restabelecido as forças e me sentisse novamente capaz de enfrentar tudo e seguir em frente! Quando chegar a casa vou procurar ajuda e ver se continuo a enfrentar o que aconteceu e se ultrapasso isto de vez…
- Que bom! Fico mesmo muito contente que estejas a conseguir voltar ao que eras e que consigas meter todo este incidente para trás das costas…


- Nicky… - começou Gabi por dizer sem saber como abordar o tema – O Mercier acabou de me telefonar…
- Eu não acredito!!! –
disse Nicky chocada e com medo do que ele pudesse ter dito a Gabi – O que é que ele queria???
- Ameaçar-me novamente… Acho que me tornei na presa preferida dele desde que o comecei a desafiar…
- Tens de ter cuidado Gabi!!! Ele é muito perigoso… Não o provoques!!! Quando mais o provocares pior é…
- Eu sei, mas eu não sou capaz de ficar calada e vê-lo ameaçar e fazer mal a toda a gente… Não consigo! Sempre fui ensinada a lutar por aquilo que queria e que achava que estava correcto e o Mercier está no meu caminho e no caminho daqueles que amo! Não está certo… Que mundo é este onde pessoas boas vivem aterrorizadas pelo medo do que lhes pode acontecer para que outros como o Mercier andem a viver uma vida de sonho com todas as mordomias e mais algumas? Não é justo… Estou cada vez mais farta disto tudo e com vontade que seja feita justiça…
- Eu sei… Se o mundo fosse mais justo, pessoas como o James não existiam… Mas tens de ter paciência e calma, tudo se vai resolver, o Bill está a encarregar-se disso… Quando é que ele vai falar com o advogado?
- Amanhã…
- Vês! Amanhã já vais ter boas noticias… A justiça vai ser feita!!! Vamos todos ver-nos livres dele… -
disse Nicky na tentativa de animar Gabi que parecia muito em baixo.

- Ele disse que ia contar ao Bill o que aconteceu comigo…
- Filho da mãe!!! Ele não tem o direito de fazer isso!!! Isso é uma coisa muito pessoal que só te diz respeito a ti… Que monstro!!! Como é que eu fui capaz de estar tanto tempo ao lado dele e julgar que ele só me queria bem… Ele só pensa nele e no que lhe convém… Que nojo!!!
- Eu vou ter de contar a verdade ao Bill… Não posso correr o risco de ele vir a saber de tudo pela boca do Mercier… -
disse Gabi assustada com aquela ideia.
- Detesto que sejas obrigada a contar o que aconteceu ao Bill… Não há nada pior que revelarmos um segredo que nos magoa tanto, sabendo que não estamos preparadas para o fazer, e que esse segredo vai fazer com que as outras pessoas nos olhem de maneira diferente e sintam pena daquilo que passámos… Mas talvez seja melhor… O Bill vai ter um choque muito grande quando descobrir o que aconteceu, mas precisa de ouvir a verdade vinda de ti, precisa sentir que confias nele… Se souber através de ti, tu podes prepará-lo para a notícia e explicar-lhe como te sentes, se for o James a contar-lhe a verdade… Garanto-te que ele vai dar a noticia ao Bill da forma mais desumana e que souber que o magoa mais…
- Eu não queria que ele fosse envolvido nisto… -
disse Gabi triste em admitir que não tinha outra saída.
- Eu sei…Mas no fundo ele está envolvido em tudo desde o inicio, tu é que só chegaste agora… Ele precisa saber o que está a acontecer e tu precisas de confiar nele… Ele vai-te ajudar a superar tudo, vai estar do teu lado para o que der e vier, porque o Bill é assim, um amigo no verdadeiro sentido da palavra, estejas bem ou mal, ele está do teu lado…

- Mas ele vai-se culpar pelo que aconteceu… Vai querer matar o Mercier e o homem que me fez aquilo…
- É normal… É normal sentirmos raiva, ódio, vontade de matar e erradicar todo o mal que nos foi feito a nós ou aos que amamos… Mas tens de lhe explicar que não há nada que ele possa fazer para apagar o passado e que tu precisas dele ao teu lado e não atrás de grades por ter cometido uma loucura… -
disse Nicky se forma carinhosa – Explica-lhe tudo, ele vai ver que não tem culpa de nada do que aconteceu… Era impossível ele saber que te iam fazer o que fizeram…
- Ele vai sentir-se impotente por não ter sido capaz de me proteger…
- Eu percebo que te custe muito contar-lhe o que aconteceu!
- Custa-me mais por ele do que por mim…
- Eu sei… Mas também é natural que seja difícil para ti falares sobre este assunto, ainda é tudo muito recente e é normal que te sintas desconfortável e magoada em falar nisso… Olha para mim… Já passaram treze anos e eu não sou capaz de falar sobre o que me aconteceu… É normal…
- Eu sinto-me bem em falar… -
confessou Gabi – Ao inicio sentia-me envergonhada e humilhada por tudo ter acontecido de forma tão rápida e eu não ter sido capaz de fazer nada para travar tudo o que aconteceu, mas ao mesmo tempo sempre me orgulhei do facto do Mercier não ser capaz de chegar ao Bill através de mim, sabes? Eu não quero ser uma arma contra ele, quero ser um porto seguro onde ele pode descansar e saber que está em segurança e que pode repousar porque eu estou do lado dele para o apoiar e amar incondicionalmente… Não quero que o Bill se preocupe comigo sempre que fizer frente ao Mercier, não quero que ele viva mais aterrorizado do que já vive! Nós só queremos viver a nossa vida em paz… Não fazemos mal a ninguém… Queremos paz e merecemos paz!!!
- Claro que sim… -
disse Nicky sensibilizada com as palavras de Gabi e a forma emocionada com que ela falava – E um dia vais ter essa paz, e o James vai estar longe das vossas vidas… Amanhã vais ter boas noticias, vais ver! Tenho a certeza!
- Espero que sim… Mas até lá tenho de pensar numa maneira de contar algo ao Bill que o vai devastar… Eu não quero que ele sofra mais…
- Ele vai sofrer ainda mais se for o James a contar-lhe Gabi… Eu sei que vai ser muito difícil para ti, mas aquilo que vais fazer acaba por ser o menor de dois males… Imagina que o James nem lhe conta nada, imagina que um dia daqui a muito tempo, o Bill descobre o que aconteceu? Como é que achas que ele se vai sentir? Nessa altura é bem capaz de se sentir traído por lhe teres escondido algo tão importante na tua vida… Não vai ser fácil, mas é melhor contares-lhe o que se passou… -
aconselhou Nicky – Força e coragem…
- Bem vou precisar… -
disse Gabi suspirando.

- Eu não te cheguei a contar mas quando passei aquele dia com o Bill a andar de um lado para o outro para sermos vistos pelos paparazzi, no meu dia de folga… - disse Nicky lembrando-se da conversa que tinha tido com Bill nesse dia acerca de Gabi.
- Sim…
- O Bill falou-me de ti… Ele está desconfiado que algo se passou contigo!
- Pois… Ele falou comigo sobre isso…
- Ele disse-me… Mas mesmo depois de lhe dizeres que nunca te tinha acontecido nada, ele continuou a achar que sim… Acho que ele de certa forma já está preparado para o que lhe vais contar, só não vai esperar que seja uma coisa tão recente e que tenha acontecido pelas mãos do James…
- Mas isso não me conforta minimamente…
- Eu sei… Desculpa… Gostava de ser capaz de te ajudar mais…
- Tu já tens feito imenso por mim… Só te posso agradecer!
- Não precisas… Fico muito contente que me tenhas telefonado e que confies em mim para te ajudar!

- Bem… Eu tenho de ver se vou andando… Fiquei de ir buscar o nosso jantar e já deve estar pronto… -
disse Gabi olhando para o relógio levantando-se da escadaria da National Gallery encaminhando-se para o restaurante – É verdade, como é que está tudo entre ti e o Mercier? Depois daquele nosso encontro, fiquei com medo que ele te fizesse alguma coisa…
- Não está nada bem… -
confessou Nicky confiando em Gabi – Ele está cada vez mais violento e obcecado e tenho medo do que ele me possa fazer…
- Mas o que é que ele te fez??? –
perguntou Gabi preocupada.
- Voltou-me a agarrar e… Beijou-me…
- Oh meu Deus!!! Nicky tens de ter cuidado… Ele está mesmo obcecado por ti!!!
- Eu sei… -
disse Nicky que se martirizava com esses pensamentos todos os dias – Tenho medo que ele me tente violar e forçar a alguma coisa…
- Tens de dar queixa dele na policia… Tens de fazer qualquer coisa… Ele não pode pensar que manda em ti e que pode fazer o que quiser contigo!!!
- Não posso dar queixa na policia… Ele não me fez nada que o faça ficar preso e depois ele era capaz de ficar ainda mais agressivo… -
disse Nicky com medo do poder de Mercier – Mas eu tenho medo Gabi… Tenho muito medo… Não sei como será o dia de amanhã e isso deixa-me nervosa e stressada o tempo todo… Há dois dias que ele não me diz nada!
- Não podes viver com medo!!! Tens de fazer alguma coisa…

- Pensei que me fosses compreender… -
disse Nicky sentindo os olhos ficarem repletos de lágrimas – Pensei que se alguém me fosse compreender, esse alguém fosses tu… Mas talvez não saibas o que é viver debaixo de pressão ou sentires o teu corpo paralisar quando alguém é mais agressivo contigo…
- Desculpa… -
disse Gabi percebendo que Nicky estava sensível àquele tema e que tinha de ter mais cuidado na forma como falava – Tens razão… Eu compreendo… Não da mesma maneira como tu, o que me aconteceu foi muito diferente do que te aconteceu a ti, mas eu compreendo o medo… O Mercier precisa de ser parado… Chega de vivermos neste medo que nos consome e não nos deixa viver! … O que é que estás a pensar fazer?
- Já fiz… No dia em que tudo aconteceu bati-lhe e fugi… Foi a primeira vez na vida que consegui reagir perante algo que me aterrorizasse…
- Boa!!! –
disse Gabi contente por Nicky ter conseguido reagir contra ele e mostrar-se forte e com vontade de lutar.
- Senti tanto nojo… Mas tanto nojo… Apetecia-me desinfectar a boca com lixívia… - disse Nicky enojada ao recordar-se do beijo de Mercier – E amanhã começo com aulas de Kick boxing… Estou farta de viver com medo e deixar que façam de mim o que querem… Vou começar a ripostar… Senti-me tão forte e capaz quando bati no James e me afastei dele pelo meu próprio pé…

- Estou muito orgulhosa de ti!!! Acho que fazes muito bem em munir-te de todas as armas possíveis para seres capaz de te defender! –
disse Gabi chegando à porta do restaurante, ficando um pouco na rua para acabar a conversa.
- Mas a próxima vez que o vir, vou ter de me fingir de inocente… Quando o Bill não está por perto ele é mais brando comigo, controla-se mais facilmente… Vou esperar que ele me procure e rezar para que ele não fale no que aconteceu… Pode ser que ele se queira esquecer de tudo para cair nas minhas boas graças outra vez…
- Sim, não é boa ideia ele revoltar-se contra ti, se conseguires manter as coisas controladas é melhor! Mas se acontecer alguma coisa liga-me!
- Podes ficar descansada… -
disse Nicky contente por perceber que tinha ganho uma nova amiga em Gabi – Agora vai… O vosso jantar já deve estar frio!
- Desculpa, tenho mesmo de ir… -
disse Gabi com pena de ter de desligar – Falamos depois… Sempre que quiseres, podes falar comigo…
- Eu sei que sim… E o mesmo em relação a ti! Gabi… Não contes nada disto ao Bill, prefiro que ele não saiba… Pelo menos por enquanto… Não quero que ele perca tempo a pensar no que não deve!
- Ok… -
disse Gabi contente por ter o apoio de Nicky e perceber que ela queria proteger Bill de ter mais razões para procurar justiça com Mercier pelas suas próprias mãos – Adeus Nicky, beijinhos…
- Beijinhos querida… Bom jantar!
- Obrigada! –
disse Gabi momentos antes de desligar o telefone.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeSeg Ago 29, 2011 8:04 pm

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[FF] - Kampf der Liebe - Página 16 150tf

Não sabia o que fazer ou sentir, sabia que ela devia estar quase a chegar e isso estava a deixá-lo estranho e incomodado com o que podia acontecer. Desejava nunca mais ter de a ver para evitar sentir-se daquela forma. Se pudesse esquecer-se que ela o tinha usado com o intuito de lhe fazer mal, se pudesse esquecer-se que ela se tinha aproximado de si a mando de Mercier, era capaz de a imaginar a fazer parte da sua vida novamente. Mas não se conseguia esquecer daquilo que tinha vivido, da dor que tinha causado ao seu irmão e da forma como tinha sufocado e reprimido aquilo que o magoava para parecer forte e inabalável. Agora que estava prestes a encará-la novamente, sentia a dor que em tempos tinha sentido voltar a tomar conta de si, sentia a dor que tinha sufocado no seu interior querer procurar um apoio para saltar cá para fora, e não sabia se o sufoco que sentia no seu peito ia aparecer em forma de raiva ou desejo, e isso deixava-o amedrontado. Da última vez que a tinha visto sabia que se ia ver livre dela para sempre, mas ela tinha-lhe trocado as voltas e agora não sabia o que ia acontecer, não tinha controlo sobre o que se estava a passar e isso assustava-o ainda mais. Olhou para o relógio desejando ter controlo sobre o tempo e quando se preparava para continuar a fazer zapping, ouviu bater à porta do seu quarto três vezes. Sentiu o triplo do nervosismo tomar conta de si e teve a certeza absoluta que não estava preparado para a enfrentar de novo. Desligou a televisão e levantou-se da cama sem saber ao certo como se preparar para aquele encontro, mas sabia que nada do que fizesse naquela fracção de segundo ia alterar o que estava destinado para acontecer. Não tinha como fugir e não podia fugir depois de se ter proposto a ir ter com ela. Encaminhou-se até à porta e colocou uma mão sobre a maçaneta respirando fundo e desejando uma última vez que ela não se constituísse como uma tentação novamente. Abriu a porta e por momentos sentiu-se perdido no seu passado, quando em tempos esperava aquelas visitas com um fogo e uma chama acesa no seu interior que não era capaz de ser extinta facilmente. Ela mantinha a cabeça baixa, parecia não estar preparada para aquele encontro, era um momento constrangedor para ambos. Viu-a levantar a cabeça encapuçada, e para seu espanto por detrás dos olhos azuis que em tempos o queriam dominar, caía uma franja muito loira e penteada para o lado, algo totalmente diferente e inesperado para Tom. Miss K olhou para ele e sentiu-se atingir fortemente por uma flecha entre as suas omoplatas, uma flecha do cupido que lhe aquecia deliciosa e perigosamente as costas. Estar perante aquele olhar, aquelas tranças negras, aquele estilo dele, aqueles lábios, aquele piercing, aquelas mãos, tudo isso deixava-a rendida sem que ele precisasse sequer abrir a boca. O que sentia por Tom estava longe de ter morrido ou ser substituído por qualquer outro sentimento que não fosse amor. Nunca tinha amado ninguém como o amava a ele e não tencionava cair nas teias do amor novamente se isso significava sofrer como até ali já tinha sofrido. O misto de sentimentos que tomavam posse de si eram tão fortes e arrebatadores que se fosse cobarde teria fugido naquele mesmo instante para se pôr a salvo daquele homem que era capaz de a subjugar de forma tão sensível aos seus sentimentos e falhas enquanto ser humano. Ele era e seria sempre a sua perdição.

- Keri… - disse Tom sem saber ao certo como reagir àquela situação – Entra…
- Obrigada… -
agradeceu Miss K entrando de forma tímida e envergonhada no quarto dele.

Tom demorou-se a fechar a porta, cerrou os olhos por segundos ao aperceber-se que o perfume dela continuava o mesmo. Aquele perfume ainda era capaz de dar consigo em louco, era o elixir do seu desejo, do que o tornava irracional e selvagem. Respirou fundo e mentalizou-se que não ia tentar nada naquela noite, tinha de a respeitar e proteger-se. Virou-se na direcção do quarto e apercebeu-se que ela tinha ficado no meio do pequeno corredor que dava acesso à zona onde estava a cama, reticente em avançar.

- Põe-te à vontade… - disse Tom encaminhando-se até ao interior do quarto, passando por ela fazendo um esforço para não respirar a sua essência e não se sentir mais provocado do que já se sentia com a simples ideia daquele encontro – … Queres beber alguma coisa?
- Não, obrigada… Vim directa do restaurante para aqui… -
disse Miss K ao mesmo tempo que pousava a sua mala sobre a secretária do quarto e tirava o capuz da cabeça para revelar o seu cabelo natural a Tom.

Tom sentiu-se paralisar e ficar sem reacção perante a Miss K que tinha à sua frente. Parecia uma pessoa nova e totalmente diferente daquilo que ele tão bem conhecia no seu passado. O cabelo dela quase não chegava aos seus ombros e era tão claro como o de Nicky Fuller, tinha perdido a franja que lhe embatia sobre os olhos para a pentear de lado, os seus olhos azuis pareciam ter perdido algum brilho, mas Tom não conseguia perceber se era a tristeza e o nervosismo que se apoderavam deles, se era o loiro que roubava alguma vivacidade e protagonismo ao seu olhar. O seu corpo no entanto parecia igual ao de sempre, definido e perfeito para ser apreciado e amado. Olhou para ela de alto abaixo enquanto a via tirar o casaco e pousá-lo perto da mala e sentiu uma onda de desejo corromper o seu pensamento. Aquela nova Miss K estava ainda mais feminina e perfeita para o seu gosto. A sua missão de lhe resistir ia ser mais complicada do que julgava. Desejou no seu íntimo que ela não tentasse nada consigo ou não lhe seria capaz de resistir. Queria matar saudades daquele corpo e conhecer aquela nova mulher que aparecia à sua frente e que o estava a atrair de forma tão irracional como a Miss K que em tempos conhecia.

- Estás muito diferente… - disse Tom de forma inconsciente.
- Ainda bem… - disse Miss K esperando que com o tempo Tom conseguisse reconhecer as diferenças internas em relação à pessoa que em tempos tinha conhecido, e não só as diferenças no seu aspecto físico.
- E muito bonita… - disse Tom sem pensar duas vezes no que dizia, percebendo que estava a entrar no modo sedutor e que tinha de fugir dele enquanto ainda era tempo. Não podia ceder aos seus desejos sabendo que qualquer aproximação dela podia resultar em algo de muito errado. Não estava à procura de mais do que uma conversa esclarecedora naquela noite. Viu-a olhar para si incomodada com a afirmação que tinha acabado de ouvir e achou por bem tentar emendar o erro – É bom ver-te assim… Pareces bem… Estás com bom aspecto…
- Obrigada… Tu também me pareces bem…
- Sou o mesmo de sempre… -
disse Tom por entre um sorriso algo tímido.
- Calculo que sim…

- Como estão as coisas? Tudo bem contigo? –
perguntou Tom não querendo ser demasiado agressivo na aproximação ao tema que a levava até ele.
- Já estiveram melhor, e pior…
- Estás a trabalhar num restaurante agora? –
perguntou Tom sentando-se sobre a cama, encostado à cabeceira de braços cruzados enquanto a via encostar-se à secretária do quarto, mantendo distância de si.
- Sim…
- É aqui perto?
- Sim… Fica a uns quarteirões daqui, não é muito longe, são só três estações de metro…
- Como é que se chama? –
perguntou Tom por curiosidade.
- Exquisite… - disse Miss K sentindo-se mal em manter uma conversa de circunstancia com Tom quando mal conseguia olhar para ele nos olhos e sentia o seu corpo estremecer de nervosismo e o seu coração correr de forma anormal dentro do seu peito.
- É um nome interessante… - comentou Tom sem saber ao certo o que dizer – Há quanto tempo estás a trabalhar lá?
- Desde a última vez que falei contigo… Passado um ou dois dias passei lá à porta e vi o cartaz a dizer que precisavam de uma empregada de mesa… Achei que era a altura perfeita para mudar de vida e procurar um novo começo… Mais honesto e trabalhador…

- E o dinheiro dos Mercier? –
perguntou Tom cheio de curiosidade.
- Doei para uns orfanatos…
- A sério??? –
perguntou Tom estupefacto – Não guardaste nada para ti? Tu precisavas daquele dinheiro…
- Mas precisava mais da minha dignidade e de me sentir bem comigo mesma… Além disso eu cresci parte da minha vida num orfanato e sei as dificuldades que eles têm… Achei que estava na altura certa de lhes devolver a ajuda que me prestaram quando precisei… Eu sei que o dinheiro não é o mais honesto, mas vai ajudar em muito as crianças… -
disse Miss K olhando para Tom timidamente – O dinheiro que faço no restaurante chega para pagar a faculdade… Tão cedo não saio de casa da minha mãe, mas há outras prioridades…
- É bom saber que tens a tua vida encaminhada… -
disse Tom impressionado com as mudanças que via nela. Muito tinha mudado em Miss K desde a última vez que tinha falado com ela.
- Sim… É bom saber que tenho um rumo e um objectivo, mesmo que a curto prazo… Mantém-me ocupada e focada no que tenho de fazer…

- O cabelo loiro fica-te muito bem… Gosto do novo look… É a tua cor natural, não é?
- Sim… -
disse Miss K sentindo-se incomodada com o interrogatório de Tom - Decidi voltar ao que era antes de me meter com as pessoas erradas… Achei que merecia dar uma segunda oportunidade a mim mesma…
- Fazes bem… -
disse Tom sem saber o que mais dizer.

- Não precisas fazer conversa de circunstância comigo… - disse Miss K sentindo a tensão que ia no ar entre eles.
- Não é conversa de circunstância… Quero saber o que se passa na tua vida… Já não falamos há imenso tempo…
- E agora podemos passar ao motivo que me trás por cá? –
perguntou Miss K indo directa ao assunto.
- Sim… - disse Tom impressionado com a atitude dela. Miss K parecia não lhe dar qualquer importância, como se a pessoa que em tempos conhecia já não sentisse nada por si.

- Não te teria telefonado se não precisasse realmente da tua ajuda… - disse Miss K respirando fundo sem saber por onde começar – E se não soubesse que o que tem estado a acontecer talvez te ajude… Eu sei que tinha prometido manter-me longe de ti, e fazia tenções de cumprir o prometido, mas acho que talvez devas saber do que se passa…
- … E o que é que se passa? –
perguntou Tom mais curioso que nunca.
- Eu tentei lidar com isto da melhor maneira possível… Mas não consigo mais… Não sozinha… Eu sempre fiz de tudo para emendar os erros que tinha cometido contigo, para te manter afastado desta confusão toda e proteger-te da melhor forma que conseguia… Mas acho que preciso da tua ajuda…

- Estás com problemas por causa dos Mercier?
- Sim… -
confessou Miss K – Era de estranhar que eles me deixassem partir livremente, não era?
- Depois de tudo o que fizeste para os impedir de chegar até mim… É normal que tenhas criado dois inimigos… -
disse Tom com medo do que pudessem ter feito a Miss K por ela o ter ajudado no passado – O que é que eles te fizeram?
- Ainda não fizeram nada, mas ameaças não têm faltado… -
disse Miss K puxando a cadeira da secretária para se sentar e contar a Tom o que lhe andava a acontecer – Uma semana depois de tudo o que aconteceu entre nós, comecei a receber telefonemas anónimos… Fui estúpida em atender os dois primeiros... A Paige queria fazer questão que eu soubesse que só existiam duas posições em relação a ela: ou ao lado dela, ou contra ela… E como eu me tinha juntado a ti, estava contra ela… Depois desses dois telefonemas decidi nunca mais atender telefonemas anónimos e segui em frente com a minha vida… Passado um tempo comecei a receber avisos por escrito…
- O que é que diziam?
- Que era uma traidora e que haveria de pagar por tudo o que tinha feito… -
disse Miss K sentindo-se segura com a voz quente e viril dele – Que se achava que me iam deixar viver em paz, estava muito enganada… E estes recados apareciam em qualquer lado onde eu estivesse: na faculdade, no restaurante, em casa, ou mesmo na rua… Um dia ia a caminho do metro e foi-me entregue um papel com uma nova ameaça... Todos os papéis vinham sempre escritos a computador…

- Como é que esses recados chegavam até ti?
- Era sempre uma pessoa diferente que mos entregava… Quase que parecia que subornavam alguém no meio da rua para mos ir entregar… Uma vez cheguei a perguntar à pessoa que me tinha entregue o bilhete, quem é que tinha pedido que aquele papel chegasse até mim e porque é que mo estava a entregar, e o rapaz na altura disse-me que lhe tinham dado vinte libras para me virem entregar aquele papel…
- Coisas à menina rica e mimada como a Paige que adora esbanjar o dinheiro que tem! –
disse Tom enraivecido.
- Sim… O rapaz disse-me que tinha sido uma rapariga a pedir-lhe aquele favor e descreveu-a… Só pode ser a Paige… Tenho a certeza que era ela…
- Ela tem-te controlado…
- Sim… Ela sabe tudo o que eu faço, onde estou, quando estou, com quem estou… -
disse Miss K assustada só de falar no assunto – Tornei-me no novo brinquedo preferido dela…
- Por isso é que me disseste que nenhum de nós ia querer ser visto com o outro? –
perguntou Tom juntando as peças do puzzle.
- Sim… A ti não te dá jeito porque és uma figura pública e seres visto com alguém só cria rumores desnecessários… A mim não me dá jeito porque se ela souber que eu estou novamente em contacto contigo, pode desconfiar daquilo que eu te venho propor…

- O que é que me vens propor? –
perguntou Tom interessado em saber.
- Espera… A minha história ainda não acabou por aqui… A Paige não se ficou pelos telefonemas e os bilhetes… - disse Miss K percebendo que a atenção de Tom estava totalmente cativada – Depois disso começaram a ser-me entregues envelopes com fotografias do dia-a-dia dos meus pais…
- Dos teus pais???
- Sim… Eu não vejo o meu pai há muitos anos, mas não lhe desejo nenhum mal… Seria incapaz de carregar comigo a culpa de algum dia acontecer-lhe alguma coisa… E o mesmo com a minha mãe… Podemos parecer duas perfeitas desconhecidas a partilhar a mesma casa, mas é a minha mãe… Não quero que nada de mal lhe aconteça! -
disse Miss K fazendo uma pausa para fechar os olhos e respirar fundo – Mas a Paige quis passar a mensagem de que me mantinha controlada a mim e aos meus pais, e eu percebi o recado…
- O que é que ela quer de ti???
- Nada… -
disse Miss K encolhendo os ombros – Brincar com a vida das pessoas sempre foi o jogo preferido dela… Ela não vai parar até saber que dá comigo em louca…

- Porque é que não dás queixa dela? –
perguntou Tom pensando que era a hipótese mais simples para acabar com aquelas ameaças de uma vez por todas.
- Calma… Já lá chegamos… Porque ela também não se ficou por aqui…
- Ainda há mais??? –
perguntou Tom boquiaberto - Que mais é que ela te fez???
- Há duas semanas comecei a receber encomendas em casa… Correio registado vindo de diversos pontos do planeta… Nunca traz a morada do remetente, mas os selos são sempre de um sítio diferente… Já recebi encomendas de Roma, Lima e Durban…
- … O que é que têm essas encomendas?
- Animais mortos… Pedaços de carne putrefactos…
- Oh Gott… -
disse Tom levando as mãos à cabeça impressionado com as coisas que ouvia de Miss K. Ela andava a viver sobre o terror de Paige desde que tinham deixado de se dar. Sentia-se culpado pela desgraça dela – Desculpa…
- Não tens culpa de nada… -
disse Miss K exibindo um sorriso doce nos lábios. Tom parecia realmente incomodado com aquilo que ouvia, de certa forma ele preocupava-se consigo e isso tocava-lhe no seu coração, era impossível não tocar – Mas tenho medo de qual será o próximo passo… Quando é que as ameaças vão passar a algo mais palpável? O que é que ela está a planear fazer a seguir?

- Deves estar assustada… -
disse Tom sentindo uma vontade imensa de a conseguir proteger de tudo o que estava a acontecer.
- Já estive mais… - disse Miss K percebendo no olhar de Tom o seu instinto protector – … O Mercier sabe que tu estás em Londres?
- Não, o nosso voo era para Hamburg… Neste momento estamos de férias, não temos nada na agenda que ele precise de tomar conhecimento, mas vou mandar uma mensagem ao Jost a pedir que desminta a nossa estadia por cá se alguma coisa lhe chegar aos ouvidos… -
disse Tom pensando estrategicamente.
- Talvez seja melhor…

- K… -
disse Tom sem saber o que fazer para a ajudar – Eu sei que as coisas não têm sido fáceis para ti, mas… Porque é que me telefonaste? Queres contratar um segurança? Um detective privado? Precisas de dinheiro?
- Não… -
disse Miss K respirando fundo tentando ganhar coragem para expor finalmente a sua proposta – Pensei muito sobre qual seria a melhor maneira de lidar com tudo isto que estava a acontecer e… Cheguei à conclusão que ver-me livre da Paige, mais do que me ajudar a mim, ajuda-te a ti e ao teu irmão… E talvez isso vos trouxesse alguma paz… Talvez pudesse emendar algum erro do passado…

- O que é que queres dizer com isso? –
perguntou Tom intrigado sentando-se mais direito na cama para ouvir com atenção.
- Eu podia ir neste momento à policia e dar queixa dela… - explicou Miss K – Guardei todos os bilhetes que me foram entregues e todas as encomendas que recebi… Arranjei um extracto de todas as vezes que ela me tentou telefonar… Tenho provas suficientes para levantar dúvidas em relação à Paige… É uma questão de tempo até a apanharem…
- Mas tens medo que ela tenha o juiz comprado? Ou a polícia? –
perguntou Tom que sabia que era algum comum para os Mercier.
- Não é isso… É que, eu posso dar queixa dela, e ver-me livre dela… Ou então, posso ajudar-te a meter a Paige e o tio dela na prisão…
- Como assim? –
perguntou Tom cada vez mais intrigado.
- Se tu estivesses interessado em meter os Mercier em tribunal… Eu posso testemunhar como cúmplice deles…
- Mas assim ainda ias presa!!! –
disse Tom em alarmado não querendo que nada de mal lhe acontecesse, não desejava nada de mal a Miss K.
- Talvez não… Eu não fiz nada do que eles me pediram, pelo contrário…Eu sempre te tentei ajudar… Posso fazer um acordo com a justiça e através das informações e das provas que tenho contra eles, ajudar-vos…

- E se correr mal??? –
perguntou Tom impressionado com o facto dela se estar a disponibilizar a tal.
- Se correr mal passo um ou dois anos na prisão… - disse Miss K respirando fundo convicta de que era o melhor para todos.
- Isso é uma loucura!!! – disse Tom deslizando até aos pés da cama para ficar mais perto dela e olhá-la nos olhos – Tu eras capaz de fazer isso???
- Também mereço pagar pelo que fiz…
- Tu não fizeste nada!!!
- Vamos deixar o juiz decidir isso… -
disse Miss K baixando o rosto para encarar o chão e não a face dele que estava tão próxima da sua e a deixava tão nervosa.

Tom levou uma mão à cabeça enquanto pensava no assunto. Não lhe desejava mal, não queria que ela corresse o risco de ir para a prisão como cúmplice de Mercier por algo que nunca tinha chegado a fazer, mas Miss K era um trunfo importantíssimo na sua luta contra o manager de Nicky Fuller e era capaz de arrastar a sobrinha dele para a justiça também, eram dois coelhos de uma só cajadada. A proposta era aliciante. Olhou para ela e viu-a acanhada e aterrada a olhar para as suas próprias mãos, ignorando a proximidade dele. Como é que depois de tudo o que tinham vivido juntos ela ainda era capaz de o surpreender? Como é que ainda era capaz de o fazer desejá-la perdidamente? Que mistério era aquele que envolvia aquela mulher e que o rendia de forma magnética? Poderia confiar nela? Algo no seu interior lhe dizia que sim, que aquela era talvez a maior prova de amor que Miss K alguma vez lhe tinha dado e que podia confiar cegamente nela pois ela faria de tudo para o ver feliz e em segurança.

- Eu e o meu irmão estamos a reunir provas contra o Mercier… Amanhã vamos encontrar-nos com um advogado pela primeira vez para discutirmos o assunto e ver exactamente o que precisamos fazer para metê-lo atrás das grades com tudo aquilo que já temos reunido contra ele… - confessou Tom olhando para ela com um pesar nos olhos.
- Eu posso-vos ajudar… - disse Miss K prontamente olhando para ele esperançada – Deixa-me ajudar-vos…
- Amanhã falo com o advogado sobre o teu caso… Se for seguro…
- E mesmo que não seja… -
disse Miss K emocionando-se com o facto de Tom a querer proteger – Fala-lhe na possibilidade de eu fazer um acordo com a justiça… Eu tenho as fotos que a Paige tirou de ti… Da vossa noite juntos… - acrescentou Miss K sentindo-se mal por tocar naquele assunto – Tenho as mensagens dela gravadas no meu telemóvel... E acredita que algumas mostram bem o quão empenhada ela estava em fazer de tudo para te apanhar… Também tenho alguns e-mails que trocávamos de vez em quando e conversas no MSN… Eu consigo apanhar a Paige… Ligá-la ao tio dela não será difícil…
- Sim… Isso não será de todo difícil… -
disse Tom reflectindo sobre o assunto – Eu vou falar com o advogado… Depois digo-te qualquer coisa…

- Deixa-me fazer isto por ti Tom… -
pediu Miss K olhando-o nos olhos, sentindo lágrimas arrebatarem o seu olhar – É o mínimo que posso fazer depois de tudo o que te fiz passar…
- Tu já fizeste muito por mim, por isso é que estás na situação em que estás agora… Porque é que não me falas de uma maneira de acabar com o que te está a acontecer? Porque é que só estás preocupada em ajudar-me e não te preocupas com a tua segurança? -
disse Tom aproximando-se ainda mais dela, sentindo-se atraído ao ar desamparado e frágil dela.
- Porque enquanto não souber que fiz tudo para corrigir o passado, não consigo seguir em frente… - confessou Miss K.
- …. Ok! – disse Tom sem saber como negar-lhe algo que a faria avançar e seguir em frente com a sua vida, sabendo que ia ser positivo para ambos – Vou falar com o advogado e depois entro em contacto contigo novamente…
- Faz isso… -
disse Miss K levantando-se da cadeira começando a pegar no seu casaco para o vestir.

Tom observou-a levantar-se com atenção e seguiu todos os gestos dela. Miss K estava a dar como concluída a conversa de ambos sem que ele tivesse o que dizer. Agora que a tinha à sua frente não queria que ela fosse embora. Queria ter forças para resistir, mas tudo o que desejava era que ela ficasse ali a falar consigo, que cedesse ao que tinha a certeza que ela ainda sentia por si e se entregasse a ele, nem que fosse apenas mais uma vez. Desejava-a imensamente e aquele perfume dela não o deixava raciocinar agora que ela voltava a vestir o casaco e parecia espalhar ainda mais a sua fragrância no ar. Sabia que devia ficar calado e guardar os seus pensamentos para si mesmo, mas também sabia que se o fizesse não seria a pessoa que sempre tinha sido: alguém arrojado que lutava pelo que queria e que quando sentia o desejo consumi-lo de forma tão irracional, não cruzava os braços até ter o seu objecto de desejo deitado nos seus lençóis. Podia estar a ir contra todos os seus pensamentos até há meia hora atrás, mas agora que a tinha visto, cheirado e ouvido, tinha direito a mudar de ideias, tinha direito a querê-la e desejá-la nem que fosse por uma noite, nem que fosse para esquecer o passado e ser feliz uma vez mais. Miss K sempre lhe tinha dado as melhores noites da sua vida, sentia falta do modo como os seus corpos ligados eram capazes de atingir graus de prazer inimagináveis. Sentia falta de a ouvir gemer, e sentir o corpo dela escorregadio com o suor de ambos, do piercing que adornava o seu umbigo e a tornava ainda mais sensual, dos beijos intensos e apaixonados dela, da forma como ela se entregava na totalidade, de sentir aquele olhos azuis sobre si e ver espelhados neles um misto de amor e prazer que o deixavam louco de prazer e orgulhoso de si mesmo. Desejava-a muito, nada tinha mudado desde a última vez que tinha estado frente a frente com ela, por mais que em tempos se tivesse sentido magoado demais para ser capaz de continuar a encontrar-se com ela. O desejo ofuscava a dor que em tempos tinha sentido. Era o desejo que o guiava, era e seria sempre a fome carnal e o desejo que levavam a melhor de si.

- Então vou ficar à espera que me digas alguma coisa… - disse Miss K pegando na sua mala olhando para ele intimidada com a proximidade – Agora tenho de ir… Amanhã tenho aulas às nove…

- Não precisas de ir embora… -
disse Tom de forma praticamente inconsciente, levantando-se da cama ao vê-la virar-lhe costas sem se despedir de si para procurar a porta do seu quarto – Se não quiseres…

- … O que é que disseste? –
perguntou Miss K estacando no caminho para se virar para trás e olhar para Tom, pensando estar a sonhar.
- Podes ficar comigo esta noite… - disse Tom permanecendo imóvel, estudando os movimentos dela e as suas reacções para perceber se ia ter sorte ou não. Tinha a certeza que Miss K tinha percebido a razão do seu convite. Sempre tinham sido muito semelhantes no que tocava à procura de prazer.
- Porquê? – perguntou Miss K dando alguns passos na direcção de Tom, observando o modo estático e hipnotizado com que ele a olhava – Para te aquecer a cama?
- Se quiseres…


Miss K sentiu-se consumir por uma raiva imensa. Depois de tudo o que tinha falado com Tom naquela noite, depois de praticamente ter deixado os seus sentimentos escaparem e ficarem à mercê dele novamente, ele mostrava uma vez mais que tudo o que na realidade lhe interessava era sexo e o prazer que o seu corpo lhe podia dar, e por mais que a proposta dele fosse tentadora e o seu corpo o desejasse desde o momento em que o tinha visto abandoná-la num quarto de hotel em Hamburg, recusava-se a ser resumida e usada como uma queca, sabendo que para ele não ia significar mais do que uma noite de prazer e para si ia reavivar as chamas de um amor tão forte, quanto impossível de esquecer por completo.

- Porquê? – perguntou Miss K olhando para ele nos olhos ganhando força para os enfrentar realmente pela primeira vez naquela noite – Não consegues arranjar melhor esta noite? É tarde demais para ires à caça?
- Não é isso… -
disse Tom percebendo no olhar dela que a tinha perturbado. Estava a lidar com uma nova Miss K.
- Então? Queres matar saudades? A tua vida sexual não anda assim tão interessante e tens de recorrer aos teus restos? … Eu mudei Tom!

- Tens outra pessoa? –
perguntou Tom interessado em perceber de onde vinha aquela reacção.
- Não! – disse Miss K sentindo-se ainda mais ofendida – Quando se gosta realmente de alguém não se esquece essa pessoa do dia para a noite…
- Gosta?! … Já não me amas?
- O que é que isso te interessa? –
perguntou Miss K impressionada com as coisas pelas quais Tom se interessava – Porque é que queres remexer no passado?
- Eu quero saber… -
disse Tom humedecendo os lábios à medida que dava um passo na direcção de Miss K e a via fugir de si.
- Tens muitas raparigas atrás de ti, não precisas de mais uma…
- Tu nunca foste como as outras…

- Não te estou a perceber… -
disse Miss K levando as mãos à cabeça num misto de incómodo e confusão pelo que estava a acontecer. Desejava ouvir cada palavra que Tom lhe dizia, tinha-o desejado todas as noites desde que o tinha conhecido, mas gostava de as ouvir sabendo que havia algo para além de interesse sexual nelas – Tu pediste-me para sair da tua vida… Pediste-me que nunca mais te telefonasse ou procurasse e agora estás interessado em mim e no que eu sinto por ti?
- Estás magoada comigo… Eu percebo… -
disse Tom tentando ser sensível e compreensível com ela, sem saber como se desenvencilhar do problema em que se tinha metido. Nunca tinha pensado que ela o fosse recusar daquela forma e que ficasse ofendida com o seu convite.
- O que é que achas??? – perguntou retoricamente Miss K sentindo o seu coração totalmente descontrolado e o seu corpo estremecer sem acreditar que estava a recusar uma noite com Tom – Eu percebo o que fizeste e respeitei o que me pediste… Eu sabia que no dia que descobrisses os verdadeiros motivos que me tinham feito aproximar de ti, não ias querer saber mais de mim, mas não te estou a perceber agora! Deves pensar que eu sou um objecto e que podes brincar com os meus sentimentos… Eu não estou à tua disposição sempre que quiseres… Não respondo ao estalar dos teus dedos!
- Estás a interpretar-me mal… -
disse Tom atrapalhado.

- Ouve… Eu só te telefonei porque pensei que te pudesse ajudar…Não estou aqui para me usares novamente e amanhã me telefonares a dizer que foi muito bom enquanto durou mas que não me queres ver mais à frente… Eu não sou um objecto com que possas brincar, sou uma pessoa e tenho sentimentos… - disse Miss K sentindo os seus olhos encherem-se de lágrimas de tão dolorosa que aquela situação se tinha tornado para si.
- Eu sei… - disse Tom incomodado com o modo emocionado com que ela falava e com as palavras que o faziam sentir-se mal, como se exigisse demasiado dela ou a estivesse a enganar – Mas eu continuo a desejar-te… Eu quero estar contigo desde que entraste pela porta do meu quarto… Tu estás linda… - disse Tom tentando uma nova aproximação dela para a ver andar em direcção à porta do seu quarto convicta das suas palavras e de que ia embora.
- Eu sou mais do que um corpo… Se me consideras diferente das outras vê isso e respeita-me… Respeita aquilo que vim aqui fazer e que continuo disposta a fazer por ti… - disse Miss K colocando uma mão sobre a maçaneta da porta – Não vim ter contigo em troca de nada, a não ser de paz e justiça… Aceita isso… Eu mudei… E não há nada que possas fazer para me comprares…
- Ainda bem porque provavelmente não tinha dinheiro suficiente para te comprar… -
disse Tom no seu modo sedutor – Eu não me quero aproveitar de ti… Apenas julguei que sentisses o mesmo que eu e que quisesses estar comigo com a mesma força com que eu te quero neste momento… Podíamos esquecer tudo e por umas horas sermos novamente livres…
- Não… -
disse Miss K sentindo uma gota escorrer pelo seu rosto ao mesmo tempo que abria a porta do quarto de Tom – Prefiro nunca mais te ter, a ter de passar pelo mesmo que passei da última vez que te vi partir… A dor é infinitamente menor…

- Deixa-me ajudar essa dor a ir embora… -
disse Tom aproximando-se dela para pela primeira vez tocar-lhe e segurar na sua face com ambas as mãos olhando de forma intensa para os lábios dela.
- Só estás a fazer pior… - disse Miss K fechando os olhos ao sentir o toque macio e forte das mãos que tanto amava. Como é que era capaz de o recusar, amando-o com uma devoção cega que a consumia dia após dia sem lhe dar descanso?
- Eu faço o que quiseres… - disse Tom em forma de súplica, vendo os olhos dela abrirem e olharem para si doridos e magoados, fazendo com que Tom percebesse que não tinha sido o único a sofrer com tudo o que tinha acontecido e que Miss K ainda não tinha sido capaz de seguir em frente e continuava a sofrer todos os dias por aquilo que sentia por si.
- … Fala com o teu advogado e depois diz-me alguma coisa… - disse Miss K desprendendo-se das mãos dele para olhá-lo com tristeza e sair do quarto de Tom – Adeus Tom…

Tom engoliu a seco aquelas palavras e sentindo-se estúpido por ter estragado tudo e não se ter conseguido controlar, fechou a porta e sentiu uma vontade imensa de descarregar a sua frustração e raiva em algo ou alguém. Porque é que tinha de se ter comportado como um ser irracional? Porque é que não podia ter ficado calado? A dor dela ainda era demasiado fresca e habitava-a de forma devastadora. Tinha a certeza que ela ainda o amava, mas isso não ia suplantar o facto de estar sozinho naquele quarto e do seu corpo pedir pelo corpo de Miss K como se tivesse reavivado o seu antigo vício e quisesse compensar todo o tempo que tinha passado afastado dele.
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Catarina Kretli
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeTer Ago 30, 2011 8:29 pm

ATUALIZADA (:
Eu demorei mais cheguei. NOOOOOOOOOSSA SENHORA. quando coisa aconteceu enquanto estive fora. :O Bill perfeito como sempre, Tom safado acho que tem coisas que nunca vai mudar né? *o*
Gabi FAAALA LOGO, tem que dizer disso rápido, ele tem que saber pela sua boca. Miss K novamente na parada ? Hm.. Isso ainda vai render muita coisa.
Bem, estão aqui pra não sair mais. Então posta DIKAS (:
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dikas
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeQua Ago 31, 2011 8:27 pm

CaTariNaAAaaa \o/ \o/ \o/


Welcome backkkkkkkkkkkkkk!!!!!
Ahhhhhh pois é!!! Muita koisa akonteceu MESMO!!!!
É mesmo... O Tom nunca há.de mudar.... Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil
O BiLL é mesmo perfeitinho I love you I love you I love you
A Gabi tem mesmo de falar.... O BiLL precisa saber da verdade pela boca dela!!!
Mais a caminhooooooooooooooooo!!!!



* * * KiSsEssSss * * *




\o/ PuBLiC SerViCe AnNouNceMenT \o/


Serve o presente PSA, para vos pôr a par da próxima paragem da Kampf..... Lembram-se de eu ter dito que em Setembro ia de férias também??
Ora bem... Elas estão à porta....
Assim sendo o último capitulo a ser postado será na noite de dia 6 de Setembro (terça-feira) e eu estarei de regresso e em força na noite de 18 de Setembro (domingo)!





151

[FF] - Kampf der Liebe - Página 16 151bm

Há dez minutos que Tom estava no quarto de Bill colocando-o a par das suas descobertas e conversas com Miss K. Gabi encontrava-se no seu quarto a tomar banho e a preparar-se para um novo dia, enquanto Bill acabava de se arranjar para sair com Tom a fim de irem conhecer o advogado que Jost lhes tinha arranjado. Bill estava impressionado com a maldade dos Mercier. Como é que era possível eles perseguirem e aterrorizarem Miss K? Era certo que ela os tinha traído e tinha-se recusado a fazer o que eles queriam procurando fazer o exacto oposto, mas se até isso fazia parte do grande plano maquiavélico deles e o seu grande intuito era que ela fosse simplesmente capaz de se aproximar de Tom o máximo possível para o magoar e abrir a porta para que Paige fizesse o trabalho sujo, porque é que se queriam vingar dela? Qual era o propósito daquela perseguição de tinham conseguido na perfeição o seu objectivo: tinham conseguido magoar o seu irmão gémeo ao ponto de o magoar a si mesmo. Como é que Paige era capaz de ser uma criatura tão maléfica ao ponto de querer estragar a vida de alguém que em tempos considerava a sua melhor amiga? Ou também seria isso um esquema? Seria Miss K o seu animal de estimação preferido? Aquela que faria das tripas coração para ajudar a sua amiga sem se aperceber que no final era o seu pescoço que estaria em risco. Paige tinha sido realmente bem sucedida na sua estratégia. Tinha conseguido o que queria e Bill tinha de a admirar por isso, se as coisas não corressem como ele desejava, dentro de um a dois meses as fotos de Tom que o ligavam ao consumo de droga poderiam ser vendidas à imprensa e os Tokio Hotel estariam em muitos maus lençóis.

- É muito nobre da parte dela querer ajudar-nos e ter-se lembrado de ti… - disse Bill impressionado com o gesto de Miss K – Ela podia muito bem ter apresentado queixa da Paige e ver-se livre do inferno que está a viver, mas não, ela quis uma vez mais proteger-te e colocar-nos um paço à frente dos Mercier… Mesmo depois de tudo o que tu lhe fizeste…
- Até parece que lhe fiz alguma coisa assim tão má!!! –
disse Tom percebendo pelo ar do seu irmão o ar recriminatório que ele punha naquelas palavras.
- Nãooo… Só a expulsaste do teu quarto porque ela não queria ter sexo contigo, aliás expulsaste-a do teu quarto não sei quantas vezes, já para não falar da vez que a mandaste expulsar do hotel em Milão, ou daquela vez em que a expulsaste da tua vida… Mas isso são coisas pequenas…
- Dito assim parece pior do que na realidade foi! –
disse Tom metendo uma mão na consciência percebendo que já tinha sido muito cruel para Miss K no seu passado, mas não querendo admiti-lo.
- Eu não estou a exagerar em nada, só te estou a resumir os factos da vossa amizade colorida! - disse Bill sentando-se em frente da secretária que tinha no quarto para colocar alguma base – Acho que nos devíamos considerar uns sortudos por ela depois disso tudo ainda ter pensado em ti e nos querer ajudar! Eu não dedicava mais um segundo do meu tempo a alguém que me fizesse um terço do que tu lhe fizeste!!!
- Talvez tenhas razão…
- Podes ter a certeza que tenho! –
disse Bill olhando para Tom levantando uma sobrancelha - Ela é uma boa aliada para termos ao nosso lado!
- Sim… Ela está sempre um paço à frente dos Mercier, mesmo quando já não tem qualquer ligação com eles… É a única que até agora o conseguiu fazer… -
disse Tom reflectindo sobre o assunto.

- Podes telefonar-lhe? Gostava de ter uma conversa com ela… - disse Bill colocando um pouco de blush.
- Sobre o quê? – perguntou Tom levantando-se da cama de Bill estranhando aquele pedido.
- Não sei Tom… Ainda estou indeciso se vamos debater o estado da economia mundial, ou a cultura dos tremoços no Timbuktu… És mesmo limitado cerebralmente quando queres! O que é que achas que eu quero falar com ela oh minha besta??? – disse Bill pousando o pincel que tinha usado para colocar blush sobre a mesa, para olhar para Tom com uma sobrancelha levantada.
- Eu sei que queres falar com ela sobre os Mercier!!! Mas o que eu te contei não chega? – perguntou Tom começando a andar de um lado para o outro, mexendo substancialmente as mãos, dando a entender a Bill que algo estava errado.
- Parece que não!!! Gostava de falar com ela pessoalmente… Se não for pedir muito… E se não te importares, o que não parece que não é o caso… - disse Bill procurando um eyeliner para finalizar a sua maquilhagem.
- Não! Claro que não me importo… Se queres mesmo falar com ela, eu telefono-lhe e marco um encontro… Mas para isso vamos ter de ficar mais uns tempos por cá…
- Ficamos o tempo que for preciso desde que consigamos resolver tudo o que for preciso para meter aquele filho da puta na prisão… Ainda temos muito tempo de folga, podemos ficar por cá o tempo que quisermos… Agora que ele anda de olho na Gabi, preciso assegurar-me que ele vai estar muito longe de qualquer um de nós até ir para trás das grades!
- Eu sei… E pior que isso tudo é que daqui a um mês o teu contrato com a Nicky vai acabar e o nosso inferno vai começar… Tenho a certeza que ele tem umas quantas bombas preparadas para nós!!! –
disse Tom expirando sonoramente e de forma irrequieta.
- E não hão-de ser só bombas… Com todas as informações que a K já te tinha dado sobre o assunto, hão-de ser bombas atómicas!!! – disse Bill acabando a maquilhagem, olhando-se uma última vez ao espelho para perceber que estava pronto para sair, e levantando-se da cadeira onde estava sentado acrescentou – Fala com a K e pede-lhe para se encontrar connosco assim que puder…
- Ok…

- O que é que tu me andas a esconder? –
perguntou Bill sentindo Tom mais irrequieto que o costume percebendo que ele tinha andado a tramar alguma – O que é que aconteceu ontem à noite que não me estás a contar? Foste para a cama com ela?
- Importaste que feche a porta? –
perguntou Tom apontando para a porta que ligava o quarto de Bill ao de Gabi, querendo privacidade para contar a Bill o que o estava a incomodar. Sentia-se sufocar por ainda não ter contado nada ao seu gémeo.
- Importo! Eu quero despedir-me da Gabi antes de sairmos… Vou encostá-la… - disse Bill encaminhando-se até à porta que ligava ambos os quarto para a encostar e dar alguma privacidade ao seu irmão para falar – De qualquer das maneiras, ela está a tomar banho, não vai ouvir o que me contares e mesmo que oiça, a Gabi é de confiança, sabes disso!
- Eu sei, mas preferia que as minhas humilhações ficassem em privado, só entre nós… -
disse Tom sem conseguir parar quieto um segundo, sabendo que ia ouvir um sermão de Bill.

- Aiiii… O que é que tu fizeste desta vez??? – perguntou Bill com medo do que ia ouvir.
- Não consegui resistir-lhe… - confessou Tom suspirando – É mais forte do que eu… Ela estava linda, mais perfeita do que nunca… Agora tem o cabelo curto e loirinho e…
- Mas ainda ontem me disseste que não querias nada com ela!!!
- E não queria, até a ver à frente de novo… E agora quero e muito….
- Espera!!! –
pediu Bill levantando uma mão no ar para ele parar, não percebendo aquilo que o seu irmão lhe estava a tentar dizer – … Mas não aconteceu nada?
- Não… Eu convidei-a para passar a noite comigo mas ela não quis... Ela está muito diferente, a K que eu conhecia era capaz de tudo para estar comigo… Esta K ficou incomodada e quase ofendida por eu lhe propor que passássemos a noite juntos…
- Hmmm… Mas achas que ela já não gosta de ti ou tem alguém?
- Ela diz que não tem ninguém e sim… Acho que ela ainda gosta muito de mim e que não me esqueceu…
- Mas depois de tudo o que vocês viveram é normal que ela não queira passar pelo mesmo novamente… -
disse Bill reflectindo em voz alta – É como te digo meu irmão, a vossa relação era muito psicótica, vocês tanto estavam no céu, como no momento a seguir no inferno… Foi muito desgastante para os dois! E se para ti te custou muito tudo o que aconteceu, imagina para ela que gostava de ti!!! Tu só perdeste uma boa queca, mas ela perdeu a pessoa que amava… Não pode ter sido fácil… Se algum dia gostares de alguém a sério vais perceber o que eu te estou a dizer! Os tempos que passei afastado da Gabi foram uma tortura autêntica…
- Eu sei… Ela fez questão de me dizer que sofreu bastante com o que aconteceu e que não queria que voltasse a acontecer o mesmo porque não ia ser capaz de o suportar…
- Então deixa-a em paz! Vamos tratar dos nossos negócios com ela e ir embora… Tudo o que tens de fazer é controlar essas hormonas… Come umas quantas inglesas e resolve o assunto da forma como resolves sempre tudo o que te incomoda… -
disse Bill tentando não dar importância à coisa.

- Mas eu quero ela! – confessou Tom – Eu preciso ter aquela miúda mais uma vez… Se tu a visses… Ela está perfeita…
- Mas o que um não quer, dois não fazem!
- Mas ela quer…
- Por isso é que ontem te disse que não??? –
perguntou retoricamente Bill, tentando abrir os olhos ao seu irmão – Eu sei que as raparigas costumam ser estranhas e dizerem que não quando no fundo querem dizer que sim, mas… Vocês já têm uma história, se ela acha que o que pode acontecer entre vocês não a vai favorecer em nada, respeita a vontade dela e não forces as coisas… Não tornes nada mais complicado do que já é, porque de certeza que não está a ser nada fácil para ela estar frente a frente contigo passado tanto tempo e depois da forma como vocês acabaram tudo… Se ela nos quer ajudar com o caso dos Mercier, ainda a vais ver muitas vezes, convém que te comportes como um homenzinho para não ter de me preocupar com o processo e com o facto de andares a afugentar as nossas testemunhas, principalmente uma testemunha tão importante quanto ela! Tens noção que a Miss K sozinha é capaz de meter a Paige e o Mercier na prisão??? Nós precisamos dela Tom… Não faças merda, por favor!!!
- Eu não quero fazer merda!!! –
disse Tom percebendo aquilo que Bill lhe estava a tentar dizer mas sentindo-se demasiado tentado com ela – Mas eu quero mesmo estar com ela… Sinto falta daquilo que tínhamos… Ela deu-me as melhores noites da minha vida, aquela miúda na cama é perfeita… Ela sempre foi o meu vicio… E sabes o que costumam dizer, uma vez viciado, viciado para sempre… Não existe uma cura, apenas momentos de abstinência… Se eu cruzasse os braços e não tentasse absolutamente nada com ela não estava a ser eu mesmo… Eu até aceito que ela não queira estar comigo, mas não vou aceitar um não sem pelo menos tentar sacar-lhe um sim… Vou lutar pelo que quero…

- Já reparaste que todos os problemas que tens são sempre derivados a mulheres? A tua vida podia ser infinitamente mais simples se te mantivesses afastado de metade das mulheres com quem já te relacionaste… Eu se fosse a ti já tinha virado padre ou monge!!!
- Eu sei… A minha vida seria infinitamente mais simples, mas também seria infinitamente mais vazia e menos excitante… Eu prefiro os problemas que tenho tido, a viver sem emoção, sem ser eu mesmo… Eu sou assim! Sempre fui e sempre serei!
- Eu sei… -
disse Bill suspirando. Conhecia demasiado bem o seu irmão para saber que o que ele dizia era a mais pura das verdades, ele preferia a excitação e todo o ritual de sedução, a uma vida estável e monótona ao lado de alguém – … E se eu te desafiar?
- Força… -
disse Tom a rir.
- Desafio-te a manteres-te afastado da Miss K durante a nossa estadia em Londres… - disse Bill muito sério – Podes falar com ela, estar com ela, mas não te podes nem fazer a ela, nem tentar aliciá-la a cair nas tuas teias…
- E o que é que eu ganho com isso? –
perguntou Tom ainda a rir.
- Manténs-te fiel ao que tinhas dito antes de a veres… Manténs-te fiel aos teus princípios e à tua racionalidade… Deixas a rapariga sentir-se em paz e respirar aliviada por não estar sempre sobre pressão… Respeita-la… E pelo caminho dou-te 500€ se conseguires…
- E quais são as contra-partidas? –
perguntou Tom cruzando os braços estudando aquele desafio.
- Se não conseguires… Tens de passar um mês afastado de mulheres!
- UM MÊS???
perguntou Tom em pânico, abrindo muito os olhos ao seu irmão como se ele lhe estivesse a pedir para passar um mês sem água.
- Sim Tom… Um mês… Já passaste mais tempo que isso antes de teres perdido a virgindade e não morreste!!!
- Mas nessa altura eu não sabia do que é que me andava a privar!!! Um mês é muito!!! –
disse Tom tentando negociar o tempo de celibato caso falha-se o desafio.
- As condições são estas… É suposto seres penalizado… Um mês sem ninguém se te fizeres à defunta… É pegar ou largar…
- Claro que eu não aceito o desafio!!! Deves estar muito bêbado se achas que alguma vez na vida eu ia entrar de cabeça num desafio que tenho a certeza que vou perder, principalmente tendo contra-partidas dessas!!! Nem pensar!!!
- A ideia é ser difícil e desafiar-te!!! Mas também não vale de nada aceitares um desafio sabendo de antemão que não o vais cumprir e que vais fazer de tudo para o perder, tens de ter espírito de sacrifício e levar as coisas a sério!!!
- Não quero… Não vale a pena… Eu quero a miúda e vou fazer o que conseguir para a ter… Além disso garanto-te que não terias como controlar se eu ia para a cama com alguém durante um mês!!!
- Arranja-se sempre uma maneira! –
disse Bill sorrindo.
- Se pensas que eu só fodo à noite enfiado dentro de uma cama, estás muito enganado meu irmão… Ias ter de me controlar vinte e quatro horas por dia e sempre que adormecesses eu escapava e mandava uma sem dares por isso!!!
- Assim não vale a pena…. Tu não queres ser desafiado!!! Ontem disseste-me uma coisa mas hoje a tua cabeça está totalmente virada para outra… -
disse Bill pegando na sua mala, colocando no interior o telemóvel – Faz como quiseres… Eu nunca te consegui controlar mesmo… És um ninfomaníaco!!!
- Com muito gosto!!! –
disse Tom piscando o olho ao irmão.
- Mas controla a merda que fazes e os danos que causas… Se a Miss K se afastar de nós por causa de ti, eu mato-te quando estiveres a dormir!!!
- Pelo menos vou sem sofrimento… -
disse Tom rindo das palavras do seu irmão.
- Temos de ir andando… Vou despedir-me da Gabi, aproveita para telefonar à K e ver quando é que lhe dá jeito para nos encontrarmos… - disse Bill encaminhando-se para o quarto do lado através da porta que os ligava, ao mesmo tempo que barafustava com Tom – É tão desmiolado… Só usa a cabeça errada, depois dá merda… Mas vamos continuar a fazer merda, porque merda é bom… Nem sei como é que não a come à colherada logo pela manhã para dar-lhe força e energia para o dia…

Tom desatou-se a rir com o resmungar do seu irmão. Bill ficava sempre muito indignado com as suas decisões quando relacionadas com mulheres, mas a verdade é que Tom já se conhecia e sabia que não valia a pena estar a dizer que ia tentar controlar-se, quando na primeira oportunidade que lhe aparecesse à frente ia jogar-se de cabeça na esperança de ter uma noite com Miss K. Era preferível deixar as coisas fluírem sem apostas ou desafios. Pegou no telemóvel para marcar um encontro com Miss K e reflectiu por uma fracção de segundos se devia pedir-lhe desculpa pela sua atitude na noite anterior, mas chegou à conclusão que não tinha nada pelo qual se desculpar, queria estar com ela e tinha tentado a sua sorte, lá por não ter corrido bem, não tinha de se rebaixar e pedir desculpas se o desejo continuava preso no seu corpo e ainda não tinha desistido daquilo que tinha começado a tentar na noite passada. Ligou para Miss K e esperou que ela atendesse.

- Estou… - disse uma voz feminina e sensual que Tom tão bem conhecia.
- Estou, K… Estou-te a incomodar?
- Estava nas aulas, mas saí para vir atender o telefone… Diz…
- Estava-te a telefonar porque estive a falar com o meu irmão sobre aquilo que me contaste ontem e ele ficou interessado em encontrar-se contigo para falarmos melhor… Achas que podes encontrar-te connosco?
- Quanto tempo é que vocês vão ficar por Londres?
- Ainda não temos data de regresso…
- Amanhã vou ter folga… Podíamos encontrar-nos amanhã se desse para vocês… Tenho aulas até às quatro e depois podia ir ter convosco… Assim temos mais tempo para falar…
- Parece-me uma óptima ideia… -
disse Tom humedecendo os lábios com a língua em forma de desejo por ter um novo encontro com ela agendado.
- Ok, então… Vou ter contigo ao teu quarto? – perguntou Miss K envergonhada.
- Sim… O meu quarto parece-me um bom ponto de encontro…
- Ok… Então até amanhã… -
despediu-se Miss K – Tenho de voltar para as aulas…
- Claro… Boas aulas e desculpa se te causei algum transtorno…
- Não tem problema, a aula está a ser uma seca de qualquer das formas… Adeus Tom…
- Adeus…


Tom desligou o telefone e respirou fundo. Dentro de pouco mais que vinte e quatro horas ia estar novamente com ela, será que deveria tentar a sua sorte tão cedo ou esperava mais um pouco? Ela não parecia ter ficado chateada consigo, nem estar a reagir de forma estranha ao que tinha acontecido. Miss K ainda ia cair nas suas teias.

- Já está! Vamos indo? – perguntou Bill entrando novamente no quarto dele para ir ter com Tom.
- Sim… - disse Tom arrumando o telemóvel no bolso – Falei agora com a K e ela amanhã está de folga e propôs vir ter connosco depois das aulas para falarmos…
- Óptimo!!! E isso é a que horas?
- Ela acaba as aulas às quatro e vem logo para cá… -
disse Tom encaminhando-se até à porta para a abrir e esperar que Bill pegasse num casaco para saírem.
- Boa… - disse Bill pegando na chave do seu quarto e no casaco para ir ter com Tom e fechar a porta do quarto - Falando nas tuas aventuras amorosas… Tens falado com a Nicky?
- Não!!! –
disse Tom prontamente como se Bill lhe tivesse perguntado algo ilógico – Nem devo falar tão cedo! Só estamos cá há dois dias… Eu não costumo falar com ela todos os dias, nem nada parecido!
- Pensava que agora que vocês eram muito íntimos que iam falar com mais regularidade… -
disse Bill a rir para picar o irmão.
- Pois, mas ela é tua namorada e não minha, quem tem de andar ao corrente do que ela faz és tu… - disse Tom na defensiva – Eu não sou paizinho de ninguém!!!

- Já te estás a querer livrar dela? –
perguntou Bill pregando uma rasteira a Tom enquanto se encaminhavam para o elevador.
- Não… - disse Tom apoiando-se na parede para se equilibrar, mandando um murro no braço de Bill para ele não se armar em esperto – Mas nunca controlei a miúda e não é agora que vou começar a controlar só por ter acontecido o que aconteceu… Somos todos maiores e vacinados e sabemos como estas coisas funcionam…
- … Ela também?
- Sim! Ela falou-me nisso, por isso não te preocupes! –
disse Tom chegando ao elevador, carregando no botão para o chamar.
- Somos todos tão para a frentex… - disse Bill em tom de gozo.
- Todos menos tu meu irmão!!! – disse Tom empurrando Bill contra a porta fechada do elevador por entre o riso de ambos – Tu és muito old fashion
- Prefiro ser assim!!! –
disse Bill tentando empurrar Tom de encontro a porta também enquanto se ria.
- Olha o elevador… - disse Tom parando ao aperceber-se que o elevador estava a chegar e as portas iam abrir a qualquer momento.

- Vou telefonar à Nicky… - disse Bill pegando no telemóvel para ver as portas do elevador abrirem e lá dentro estar um casal idoso ao qual eles se juntaram para apanhar boleia até ao rés-do-chão – Quero saber como andam as coisas…


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Tinha passado a tarde com Tom entre a ida ao advogado, um almoço tardio, e umas compras alternativas e cheias de estilo no Soho. Estava cansado e desejoso de poder jantar e passar o resto da noite com Gabi. Entrou no seu quarto de hotel e foi recebido com um beijo caloroso de Gabi que parecia estar cheia de saudades dos seus lábios. Bill pousou os sacos das compras sobre o pequeno sofá do quarto e abraçou-se a ela contente por a ter nos braços novamente. Estar com Gabi em Londres e não poder desfrutar daquela cidade com a única pessoa que fazia o seu coração bater, era doloroso. Preferia passar vinte e quatro horas fechado naquele quarto de hotel, a ter de fingir que ela não existia, sabendo que ela tinha de andar sozinha para não dar nas vistas.

- Como foi a tua tarde? – perguntou Bill beijando-a nos lábios de forma doce.
- Normal… - disse Gabi suspirando – Fui almoçar à Oxford Street e aproveitei para fazer umas comprinhas… E pelo que percebi, tu também…
- Sim, fomos dar uma volta pelo Soho e comprei umas coisinhas para mim e para ti… -
disse Bill atacando os lábios dela ao mesmo tempo que sorria e arrastava-a até à cama – E por falar em Oxford Street, passamos por lá a caminho do advogado e vimos que no Dominion Theatre está lá uma peça sobre os Queen e ficámos cheios de vontade de ir ver… Que me dizes?
- Parece-me muito bem… Mas nós não podemos ser vistos juntos… -
disse Gabi ao mesmo tempo que se deixava cair sobre a cama devido à pressão que Bill fazia nesse sentido.
- Eu sei… E detesto esta situação, mas mesmo assim gostava que fosses, não me sinto bem em sair para me ir divertir e deixar-te no hotel! Quero estar contigo, mesmo que seja há distância… Só de saber que estás lá, no mesmo espaço que eu, a ver e ouvir o mesmo que eu, já fico mais feliz… - disse Bill passando uma mão sobre os cabelos dela, beijando a ponta do seu nariz – Eu e o Tom temos de ficar num camarote, mas podíamos comprar dois bilhetes para ti e ias com o teu guarda-costas…
- Que romântico!!! –
disse Gabi a rir ao mesmo tempo que acariciava o rosto dele – Tens algum fascínio doentio por ver a tua namorada num encontro romântico com outro?
- Não!!! Não te quero ao lado de nenhum homem que não seja eu… Nunca!!! –
disse Bill abraçando-a – Tu és minha… Só te deixo ir com ele para estares segura e acompanhada!
- Só me deixas?! Mas agora preciso da tua autorização? –
perguntou Gabi a rir beijando-lhe o pescoço de seguida.
- Claro que não amor! Eu confio em ti… – disse Bill procurando os lábios dela com todo o amor que sentia por ela.

- Preferia ir contigo e estar ao teu lado… Mas se é a única maneira de estarmos juntos, mesmo estando separados… Adorava ir ver a peça dos Queen com o meu guarda-costas! – disse Gabi a rir entranhando os dedos de ambas as mãos no cabelo de Bill puxando os lábios dele novamente até si para o beijar.
- Hmmm… Estes teus beijos… - disse Bill suspirando ao mesmo tempo que revirava os olhos mostrando a clara satisfação que sentia quando estava nos braços dela e os seus lábios se cruzavam.

- Como é que correu o encontro com o advogado? – perguntou Gabi acariciando as costas de Bill com ternura.
- Não posso dizer que correu mal… - disse Bill levantando a sobrancelha direita pensando numa maneira de explicar a Gabi aquilo que o advogado lhes tinha dito.
- Então? – perguntou Gabi sentando-se direita na cama para o ouvir com atenção.
- O advogado diz que temos entre mãos um caso gravíssimo e que à partida será fácil fazer com que o Mercier seja condenado! O problema é arranjar as provas necessárias para julgá-lo garantindo que ele fica preso para o resto da vida!
- O advogado falou em prisão perpétua??? –
perguntou Gabi espantada com aquela possibilidade.
- Sim… Ele diz que duvida que um homem como o Mercier se mantenha de braços cruzados um dia que saia da prisão e vir que tem a vida e a carreira destruída, por isso o advogado acha que o melhor é tentar tudo por tudo para encontrar coisas palpáveis que consigam provar que ele é um perigo para a sociedade e que não há reabilitação possível para um homem como ele… Mas isso é muito difícil porque ele não cometeu nenhum crime em primeiro grau, que nós saibamos… Se nós tivéssemos um trunfo estrondoso contra ele, saía-nos a sorte grande…

Gabi engoliu a seco a afirmação de Bill. Sabia de um crime que se poderia constituir como um trunfo contra Mercier e que provaria com todas as certezas que ele era um homem maldoso e sem escrúpulos, mas ainda não tinha encontrado coragem para falar a Bill sobre o assunto.

- Não vai ser fácil… Mas o advogado diz que o metemos na prisão facilmente com as provas e testemunhos da Miss K, da Nicky, e da fotógrafa que tirou as fotos para me chantagear a entrar no contrato… Mas tudo isto não chega para o meter na prisão para sempre… Mesmo que a juntar a isto tudo o Jost ainda tenha provas de que ele andou a pagar para serem lançados boatos sobre nós na imprensa…
- Então o que é que estás a pensar fazer?
- Já fiz… -
disse Bill com um sorriso radioso de quem se sentia um génio – A caminho do escritório do advogado falei com a Nicky ao telefone e pedi-lhe que ela fizesse um esforço para se lembrar de outras pessoas que pudessem estar envolvidas em esquemas do Mercier, e ela recordou-me que há um ano atrás um agente lhe tinha feito uma proposta para mudar de agenciamento e que foi nessa altura que o Mercier chamou o violador dela de volta para LA para a aterrorizar…
- Mas se a Nicky não quer falar sobre o passado dela, como é que vais usar isso em tribunal? –
perguntou Gabi tentando seguir o raciocínio de Bill.
- Porque esse agente entretanto desapareceu do mapa… Deixou de falar com a Nicky e nunca mais lhe disse nada… Nós desconfiamos que ele tenha sido vítima do Mercier também… Se conseguirmos provar as teias nas quais o Mercier anda envolvido e a quantidade de pessoas que ele já moveu para fazer mal e afastá-las da Nicky a todo o custo… Acho que somos capazes de desencadear um passado bem negro do Mercier e que usado contra ele no tribunal nos pode ajudar e muito… Pedi à Nicky o número do agente e entreguei-o ao advogado para fazer as suas investigações… Vamos esperar que o Mercier tenha sido o mesmo filho da puta com ele que foi connosco… Não desejo mal nenhum ao homem, mas neste momento dava-nos muito jeito…

- E a tentativa de homicídio dele em relação ao Tom e à Nat em casa da Nicky? Não conta para nada? –
perguntou Gabi percebendo que por melhor que pudesse ser a ideia de desenterrar o passado de Mercier, podia não dar em nada e precisavam de estar preparados com tudo.
- Conta, mas conta pouco e não dá para prisão perpétua… - disse Bill sentando-se direito na cama para conversar melhor com ela – A agressão dele contra a Nat é totalmente condenável, embora ele possa alegar que foi em legitima defesa porque a Nat é que se atirou contra ele… Com o Tom, conta ainda menos porque eles envolveram-se numa luta equilibrada e o Tom é que o mandou para a piscina e o Mercier também pode alegar que o Tom estava a tentar afogá-lo e que teve de se defender e lutar pela sobrevivência, e depois há o problema de não ter sido apresentada nenhuma queixa o que faz com que o juiz vá considerar que não aconteceu nada assim tão grave para que nenhuma das partes procurasse auxilio da justiça… No entanto, o advogado diz que como temos as fotos das agressões dele contra o Tom e a Nat que é mais uma coisa para juntar ao processo e que tudo isso só ajuda a provar que ele não bate bem da cabeça e que é mesmo um perigo andar por aí à solta!

- Então a única maneira de o meter na prisão para sempre era se ele tivesse cometido um crime deliberadamente e de forma premeditada, em que a vítima fosse realmente uma vítima e estivesse inocente e impossibilitada de responder ao ataque dele? – perguntou Gabi sentindo o seu coração disparar de forma desenfreada ao perceber que não tinha saída possível sem ser contar a Bill a verdade.
- Por exemplo… - disse Bill pensando no assunto – Se ele tivesse cometido um crime muito grave e atentado contra a integridade física e psicológica de alguém, tínhamos o caso ganho… Isto claro, se tivéssemos provas de que tal era verdade…

Se até então considerava que o que lhe tinha acontecido era algo negativo e destrutivo para Bill, agora via uma leve esperança de que algo positivo podia brotar do que lhe tinha acontecido, mesmo que isso significasse causar uma dor arrasadora e debilitante ao homem que amava. Talvez fosse chegada a altura de lhe contar o que se tinha passado no concerto de Lady Gaga e ajudá-lo na sua luta pela paz e liberdade. Ela era o grande trunfo que Bill desejava e precisava, era a segurança e certeza de que James Mercier ia apodrecer na prisão para o resto da vida e nunca mais poderia atentar contra nenhum deles.

- Bill… - disse Gabi percebendo que era chegada a hora de se confessar ao homem que amava.
- Shhhh… Não vamos falar mais neste assunto… - disse Bill sorrindo ao mesmo tempo que abraçava Gabi pelo pescoço - Está tudo encaminhado e havemos de conseguir alguma coisa contra ele… E mesmo que não consigamos metê-lo na prisão para o resto da vida, há-de ficar lá dentro uma longa temporada… Agora só quero pensar em ti e em mim…

- Bill… -
voltou Gabi a dizer tentando chamar a atenção dele, negando a fome com que os lábios dele se dirigiam aos seus, deixando-o imediatamente alerta – Eu gostava de falar contigo sobre uma coisa…
- Podes falar comigo sobre tudo amor… -
disse Bill largando o corpo de Gabi para olhar para ela e reparar que ela estava estranhamente nervosa e alterada do nada.
- Mas primeiro gostava que me prometesses que aconteça o que acontecer… Conte-te eu, o que te contar… Tu não vais fazer nada estúpido e irracional…
- Depende… -
disse Bill estranhando aquele pedido, olhando-a intensamente nos olhos esperando conseguir matar a sua curiosidade.
- Preciso que me prometas! – pediu Gabi pegando em ambas as mãos dele para as acariciar – Promete-me que nada do que eu te diga te vai fazer cometer uma loucura!
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeSex Set 02, 2011 8:02 pm

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[FF] - Kampf der Liebe - Página 16 152io

- Bill… - voltou Gabi a dizer tentando chamar a atenção dele, negando a fome com que os lábios dele se dirigiam aos seus, deixando-o imediatamente alerta – Eu gostava de falar contigo sobre uma coisa…
- Podes falar comigo sobre tudo amor… -
disse Bill largando o corpo de Gabi para olhar para ela e reparar que ela estava estranhamente nervosa e alterada do nada.
- Mas primeiro gostava que me prometesses que aconteça o que acontecer… Conte-te eu, o que te contar… Tu não vais fazer nada estúpido e irracional…
- Depende… -
disse Bill estranhando aquele pedido, olhando-a intensamente nos olhos esperando conseguir matar a sua curiosidade.
- Preciso que me prometas! – pediu Gabi pegando em ambas as mãos dele para as acariciar – Promete-me que nada do que eu te diga te vai fazer cometer uma loucura!



- O que é que aconteceu??? – perguntou Bill assustado com a seriedade de Gabi e as promessas que ela queria que ele lhe fizesse – Tem alguma coisa a ver com o Mercier???
- … Tem… –
disse Gabi sem saber como contornar aquela pergunta – Promete-me que não vais fazer nada contra ele… Que vais fazer de tudo para não te cruzares com ele sem ser em tribunal, e que mesmo em tribunal não vais fazer nada estúpido… Promete-me que se ele te telefonar ou tentar entrar em contacto contigo tu não atendes o telefone!!! Promete-me que não te aproximas dele aconteça o que acontecer…
- Estás a tentar proteger o Mercier??? –
perguntou Bill espantado com aquele pedido.
- Não… Estou a tentar proteger-te a ti! – disse Gabi segurando na face de Bill com ambas as mãos estremecendo com medo de lhe contar o seu passado.

- Porque é que queres que eu prometa isso??? – perguntou Bill realmente assustado com as palavras de Gabi e com o olhar aterrorizado dela. O que é que ela lhe estava a esconder que o poderia tornar irracional e atentar contra a sua própria segurança? Será que Mercier tinha chegado até Gabi? Como? Quando? Onde? Precisava urgentemente de respostas – Não te posso prometer nada… Se ele te tocou com um dedo que seja, eu mato-o!!!
- Então também não te posso contar nada… -
disse Gabi tentando fazer alguma chantagem psicológica com ele para o fazer prometer aquilo que ela queria ouvir.
- Não… Tens de me contar… Eu preciso saber o que é que aconteceu!!! O que é que aquele filho da puta te fez??? – perguntou Bill enraivecido e em pânico.
- … Só se prometeres!

- Ok!!! Eu prometo-te tudo o que quiseres… -
disse Bill relutante mas em desespero.
- … Por mim? Por nós?
- Por ti, por mim, por nós, pelo Tom, pela minha mãe, os meus cães, os Tokio Hotel… Pelo que quiseres…
- Não atendes o telefone ao Mercier em caso algum, e vais evitá-lo a todo o custo a não serque sejas obrigado judicialmente a falar com ele?
- Prometo… -
disse Bill assustado, ajoelhando-se em frente de Gabi, pegando na face dela com ambas as mãos – …O que é que aconteceu? O que é que ele te fez?

- Acho que sou capaz de ter o trunfo de que precisas para o incriminar mais a sério… -
disse Gabi tentando controlar-se e escolhendo bem as palavras que utilizava ao ver a intensidade e pânico do olhar de Bill.
- Não… - disse Bill em negação abanando a cabeça da direita para a esquerda, aproximando-se mais do corpo de Gabi olhando fundo nos olhos azuis que amava incondicionalmente com medo do que aquilo poderia querer dizer – Eu não quero que tu sejas envolvida nisto!!!
- Mas eu já estou envolvida amor… -
disse Gabi sentindo o coração nas mãos e os lábios dele procurarem o toque dos seus de forma desesperada – Bill… Olha para mim, eu estou bem… Eu estou bem amor… - disse Gabi sorrindo de forma terna, tomando as mãos de Bill que estavam pousadas na sua face, para as acariciar e beijar docemente.
- O que é que ele te fez??? – perguntou Bill soltando uma das suas mãos de Gabi para a passar pelos cabelos dela.
- Há uns tempos atrás ele pediu a alguém para me procurar…

- FILHO DA PUTA!!! –
explodiu Bill em raiva levantando-se da cama de rompante levando as mãos à cabeça – Eu vou matá-lo… - e parando para olhar para Gabi perguntou – Quando???
- No concerto da Lady Gaga, quando estávamos em Berlin… -
disse Gabi sentindo-se corroer por dentro ao ver a dor e pânico espelhados no corpo de Bill. Quando ele soubesse o que tinha acontecido ficaria incontrolável. Como é que lhe ia contar a verdade?
- Mas isso já foi há imenso tempo!!! Porque é que não me contaste nada??? – perguntou Bill andando de um lado para o outro furioso.
- Queria evitar problemas… Não te queria ver assim… - disse Gabi não conseguindo controlar as lágrimas que começavam a assaltar os seus olhos – Não te quero perto do Mercier!!! Recuso-me a ser o pombo-correio dele…

- Eu prometi-te que não fazia nada e tenciono cumprir a minha promessa… -
disse Bill sentando-se na cama ao lado dela, pousando as suas mãos sobre as pernas de Gabi – O que é que ele queria??? O que é que te fizeram amor??? Conta-me… Por favor…
- Lembraste quando no final do concerto eu saí para ir à casa de banho?
- Sim…
- Foi aí que foram ter comigo e me ameaçaram… -
disse Gabi evitando olhar para os olhos de Bill com medo de ficar sem as barreiras de defesa que segurassem as lágrimas nos seus olhos – Disseram-me que tinham um recado para ti…
- Que recado??? O que é que te fizeram??? Magoaram-te??? Porque é que não me contaste nada??? –
perguntou Bill de forma frenética tentando perceber tudo aquilo que Gabi dizia.
- O recado era que estava de olho em ti… - disse Gabi olhando timidamente para o olhar amedrontado e enraivecido de Bill – Mas no fundo o que ele queria que tu soubesses era que ele estava de olho em mim… Que tinha poder sobre mim!!! Eu conheço-te e sei que isso te ia deixar magoado e transtornado, por isso é que optei por não te contar nada, porque não queria que sofresses mais do que já estás a sofrer, porque não tenho medo do que ele me possa fazer, e porque me recuso a ser uma arma contra ti!!! …Ele sabe que tu nunca irias deixar que nada mais grave me acontecesse… Ele queria que ficasses com medo do que me podia acontecer… E eu não ia deixar que ele te fizesse isso... Estava determinada a passar pelo que fosse preciso passar para evitar que ele chegasse até ti através de mim…
- Não é altura para te armares em heroína… O Mercier não tem escrúpulos… Não podes fazer frente a ele!!! Principalmente sozinha!!! Devias ter-me contado o que aconteceu…
- Eu desabafei com a Nat e com a Nicky… Elas fizeram-me muito bem…

- Confiaste nelas e não confiaste em mim??? –
perguntou Bill magoado com o que ouvia, levantando-se da cama para se afastar.
- Eu precisava de ajuda naquele dia Bill… Eu não queria que tu soubesses o que tinha acontecido… - disse Gabi olhando para ele com medo que ele se chateasse consigo por ela não ter mostrado ter confiança nele – Se soubesses quantas vezes desejei não ter de carregar este segredo em mim… Quantas vezes me martirizei por me ter chateado contigo por não confiares em mim e agora estar-te a fazer ainda pior… Mas eu não podia… Para chegar a ti, o Mercier tem de passar por cima de mim!!! Morta e enterrada!!!

Bill preparava-se para responder a Gabi quando ouviu alguém bater à porta do seu quarto. Tentou ignorar aquele distúrbio mas ouviu Tom do outro lado da porta a bater e com o coração nas mãos encaminhou-se de forma furiosa até à porta, abrindo-a para se deparar com Tom de sorriso nos lábios. Tom petrificou ao ver o seu irmão gémeo. Nunca o tinha visto assim. Bill parecia ter sido possuído por um espírito desinquieto. O seu olhar estava baço e exibia um misto de tristeza, raiva, amor e incompreensão. Sentiu no seu peito que algo de muito mal se estava a passar naquele quarto.

- Estás bem??? – perguntou Tom em alarmado.
- Não... – disse Bill sem rodeios, sentindo os seus olhos começarem a ficar aguados.
- Estão a discutir??? – perguntou Tom tentando perceber o que estava a acontecer.
- Não… - disse Bill tentando apressar Tom – O que é que queres???
- Estava à espera que me dissesses se sempre querem ir ver os Queen para reservar os bilhetes online, mas já vi que se calhar não é uma boa ideia…
- Não quero ver a merda dos Queen nem hoje, nem nunca!!! Se quiseres convida uma das tuas putas e vai com ela!!! –
disse Bill de forma agressiva e alterada.

- Bill o que é que se passa??? – perguntou Tom sentindo uma dor imensa no peito ao ver o seu irmão gémeo naquele estado.
- Depois falamos… Preciso voltar lá para dentro…
- Quando quiseres falar procura-me, vou estar no meu quarto… -
disse Tom sem saber o que dizer e como apaziguar a dor que ia espelhada no seu irmão.
- Ok… - disse Bill fechando a porta na cara de Tom sentindo que cada segundo perto do seu irmão que passava, sentia-se mais sensível e fraco.

Encaminhou-se para o interior do quarto e deu com Gabi sentada na cama com os joelhos flectidos e a cabeça enterrada neles enquanto os abraçava, e percebeu que provavelmente ainda não tinha ouvido metade da história pois ela ainda não tinha contado o que é que eles lhe tinham feito para que aquele incidente pudesse meter Mercier na cadeia para sempre. Bill não se sentia encorajado para ouvir o que Gabi tinha para lhe contar. Sentia parte de si morrer em dor e agonia ao saber que antes de sequer saber de a mulher que amava estava em perigo, ela já tinha sido atacada e ameaçada numa casa de banho como se fosse um animal. Como é que ia conseguir cumprir com a sua promessa quando tudo o que desejava era matar Mercier de forma lenta e dolorosa? Como é que ia ser capaz de ouvir aquilo que Gabi tinha para lhe contar quando o seu coração já estava tão enfraquecido em dor e pesar? Sentou-se ao lado de Gabi na cama e passando uma mão sobre os cabelos castanhos-claros dela percebeu que nada daquilo era fácil para ela e que tinha de ser paciente e reagir da melhor maneira que conseguisse, para tornar aquela experiência menos dolorosa para ambos. Respirou fundo e viu-a levantar a cabeça para ver os seus olhos repletos de lágrimas. Sentiu o seu coração mirrar e o pânico que sentia dominar o seu corpo com a certeza que o que quer que ela lhe fosse contar ia ficar para sempre gravado no seu coração. Ia sentir-se culpado daquilo para o resto da vida. Se tivesse colocado um segurança atrás de Gabi há mais tempo, se tivesse esperado até o contrato acabar para se aproximar dela, se tivesse sido mais discreto e evitado que Mercier soubesse o quão importante aquela mulher era na sua vida. Se, se, se…

- Ainda não me contaste tudo, pois não? – perguntou Bill sentindo uma lágrima escorrer dos seus olhos por ver Gabi olhar para si com pesar e abanar ligeiramente a cabeça da direita para a esquerda – … O que é que aconteceu a seguir? Eles ameaçaram-te… Pediram-te para me dares o recado…
- Era só um… -
disse Gabi sem saber como contar a Bill que o seu agressor era Patrick – Eu recusei-me a fazer o que ele me pediu e ele voltou a ameaçar-me… Mas para me fazer entender melhor o que queria dizer e achando que me metia medo… Levou uma mão ao interior das minhas pernas e…
- Não… Não… Não… -
disse Bill abanando a cabeça em forma de negação querendo acreditar que tudo aquilo não passava de um pesadelo, ao mesmo tempo que as lágrimas começavam a escorrer pelo seu rosto de forma ininterrupta e dorida – Não pode ser… Não pode… Ele não te fez isso…
- Eu estou bem amor… -
disse Gabi começando a chorar sem controlo ao ver o quão magoado Bill estava, abraçando o corpo dele para o tranquilizar – Acredita em mim… Eu estou bem… Seria muito pior se ele te magoasse a ti…
- Mas ele está-me a magoar mais do que se me magoasse directamente… Este era o meu pior pesadelo… Ele tornou o meu pior pesadelo, realidade… -
disse Bill abraçando o corpo dela com força – Como é que suportaste isso tudo dentro de ti??? Porque é que não te abriste comigo??? Eu podia ter-te ajudado!!!
- A Nat ajudou-me… E a Nicky quando estávamos em LA levou-me à psicóloga dela que me ajudou bastante… Acho que vou querer procurar ajuda quando estiver de regresso a casa…
- Eu não me apercebi de nada…
- Desculpa… Eu não te queria ter escondido nada… Eu confio a minha vida nas tuas mãos, mas sabia que neste caso tu podias reagir muito mal e cometer uma loucura… Nunca me perdoaria se isso acontecesse!

- Eu cheguei a perguntar-te se alguma vez… -
disse Bill pegando no rosto de Gabi com ambas as mãos para olhar para ela e chorar a sua dor em conjunto.
- Eu não te podia contar amor!!! Eu não queria que ele chegasse a ti… Não através de mim… – disse Gabi beijando docemente os lábios de Bill
- Porque é que me estás a contar agora?
- Porque quero ser o teu trunfo… Confio que vás cumprir a promessa que me fizeste e vais-te manter afastado do Mercier a todo o custo!!! Vamos metê-lo na prisão sem sujar as mãos como ele…
- Eu quero-o morto… –
disse Bill com um olhar diabólico e vingativo.
- Ele vai pagar pelo que fez, mas é a justiça que se vai encarregar dele!!! Vamos vê-lo apodrecer na prisão para sempre!!!

- Foi por isso que lhe bateste??? –
perguntou Bill tentando juntar as peças do puzzle.
- Sim…
- Se eu soubesse o que tinha acontecido, tinha-o matado com as minhas próprias mãos…
- Por isso é que eu não te podia contar nada! -
disse Gabi abraçando com força o corpo dele.
- Ainda por cima nesse dia… - disse Bill incrédulo – Não é que algum dia fosse bom, mas no dia em que nós íamos anunciar o nosso namoro… Eu estava tão feliz… Fui tão egoísta contigo…
- Foste perfeito!!! –
disse Gabi sorrindo de forma terna – A tua felicidade e energia deu-me muita força… Todo o amor que sentes por mim ajudou-me mais do que tudo o resto… Se tu soubesses como os teus braços me fazem sentir bem, como foram sempre eles que me alegraram e me deram força para não ter medo e seguir em frente confiante de que um dia ia ficar tudo bem…

- Mas eu podia..
- Não… -
disse Gabi colocando uma mão sobre os lábios de Bill fazendo com que ele parasse de falar – Tu não podias fazer mais do que fizeste… Se eu te tivesse visto tão triste e abatido como te vejo neste momento ia sentir-me ainda pior e não ia ser capaz de recuperar da dor que sentia em mim e que te estava a causar… Foi horrível manter este segredo comigo, mas talvez tenha sido o melhor para ambos…
- O melhor era aquele filho da puta arder no inferno!!! –
disse Bill abraçando o corpo dela – Só de pensar no que ele te fez… Como é que ele foi capaz de ser um monstro??? Como é que depois de ver os problemas que a Nicky sempre teve a vida toda por causa do que lhe aconteceu, o filho da puta tem coragem de fazer mal a uma pessoa indefesa… Sinto tanta raiva dele!!!
- Não sei… -
disse Gabi limpando as suas lágrimas – Mas quando a Nicky me contou o que lhe tinha acontecido fiquei ainda mais impressionada que ele fosse capaz de tamanha monstruosidade! Ele está obcecado por ela… Ele está doente… Eu tenho medo pela Nicky…
- Ele que se livre de lhe tocar… -
disse Bill enraivecido.
- Eu faço questão de o meter na prisão e assegurar-me que ele não saí de lá nunca mais… - disse Gabi limpando as lágrimas que escorriam dos olhos de Bill – Vamos ser livres para viver a nossa vida sem medo, e para amar…

- Eu amo-te tanto… -
disse Bill abraçando o corpo dela, beijando os seus lábios com carinho e dedicação.
- E eu a ti… Amo-te mesmo muito… Sou capaz de tudo por ti…
- Já sofreste demais por minha causa…
- Tu não tens culpa de nada!!! Nunca tiveste… És uma das maiores vítimas do Mercier no meio disto tudo… Se o que me aconteceu serve para nos assegurarmos que o Mercier fica preso e bem preso… Valeu a pena passar pelo que passei… -
disse Gabi beijando a testa de Bill com carinho.
- Nada faz com que valha a pena o que te aconteceu!!! E saber que não estava ao teu lado para te ajudar… Saber que ele te fez o que fez… Dói tanto… Dói tanto saber que eu estava a escassos metros de ti enquanto alguém te magoava tanto… E eu não fiz nada…
- Eu estou bem… Não havia nada que pudesses ter feito… -
voltou a repetir Gabi acariciando a face dele - … Vão-se encontrar com o advogado de novo?
- Sim… Depois de amanhã para ver o que ele descobriu sobre o agente que tentou contratar a Nicky…
- Fala-lhe no meu caso…
- O teu caso só tem um problema… -
disse Bill tentando pensar racionalmente no assunto – Provas… Como é que vamos provar que isso te aconteceu?
- A Nat guardou um saco preto que ele usou para me colocar sobre a cabeça…
- Oh meu Deus… -
disse Bill abraçando-a com força regressando às lágrimas ao imaginar o terror que Gabi devia ter passado ao ser tratada como uma prisioneira de guerra, tudo para chegarem até si.
- Foi só no final… Ele queria assegurar-se que eu não o identificava se me virasse para trás… - disse Gabi sem saber como contar a Bill sobre Patrick, mas sabendo que lhe tinha de contar para limpar a sua alma de segredos que lhe pesavam em demasia – E pode ser que as câmaras de vigilância do recinto tenham apanhado qualquer coisa… Ele aproximou-se de mim antes de eu entrar para a casa de banho, foi ele que forçou a minha entrada, se isso estiver gravado já prova que aquela pessoa não ia com boas intenções… Principalmente quando ele saiu primeiro que eu, e nesse mesmo instante eu telefonei à Nat a pedir ajuda e ela foi ter comigo a correr e só saímos passados uns bons minutos… Isso tem de servir para alguma coisa… Se não servir… Eu consigo reconhecer o meu agressor…

- Viste quem ele era??? –
perguntou Bill atónito com a informação.
- Não… Mas reconheci a voz dele passado uns dias… E vi no pescoço dele a marca que lhe deixei das minhas unhas cravadas na pele… - disse Gabi respirando fundo preparando-se para largar a bomba – … Foi o Patrick…
- O QUÊ???
- Não tenho dúvidas… E a Nat já falou com ele sobre o assunto e tudo…

- FILHO DA PUTA, EU VOU MATAR ESSE GAJO!!! –
disse Bill levantando-se da cama aos berros como se isso fosse ajudar a domar a raiva imensa que sentia em si.
- Não, não vais… Ele está incluído na tua promessa, eu disse: “Promete-me que nada do que eu te diga te vai fazer cometer uma loucura!”… Vamos meter um processo contra ele também… Fala com o advogado… - disse Gabi calmamente para não stressar mais Bill – Vamos pô-lo atrás das grades com o Mercier!
- Talvez devesses ir connosco ao advogado… -
disse Bill sentando-se novamente na cama, tentando processar todo o pesadelo em que se via inserido.
- Se quiseres que vá, eu vou…
- É melhor… -
disse Bill sem querer acreditar em tudo o que tinha ouvido naquele quarto, e pensando no assunto apercebeu-se de mais uma peça do puzzle que sempre tinha estado fora do sitio e que agora fazia sentido – … Por isso é que bateste no Patrick também… Devias ter-lhe partido a cara!
- Quem me dera!!! Se não estivéssemos no tribunal acho que o espancava até à morte… Que criatura nojenta e sem coração… Não sei como é que a Nat algum dia pôde gostar dele!

- Amor… Desculpa… Eu sei que não me queres ouvir pedir desculpas mas… Eu não consigo imaginar aquilo que tens passado, nem acredito que não reparei em nada…
- Não reparaste em nada??? E de todas aquelas vezes que me perguntaste se eu estava bem porque sentias que algo estranho se passava? Eu é que fugia sempre às perguntas… Tu nunca engoliste a ideia de eu ter batido no Patrick e no Mercier só porque sim… Tu chegaste mesmo a pensar que alguém tinha abusado de mim… Tu já sabias de tudo… Só não querias acreditar que fosse possível…

- Promete-me que nunca mais me escondes anda… Por favor… -
implorou Bill com o coração nas mãos.
- Nunca meu amor!!! – disse Gabi abraçando o corpo dele, beijando-o de forma apaixonada – Eu sei que já disse isto antes e que não fui capaz de cumprir, mas daqui por diante, aconteça o que acontecer, vou-te sempre contar tudo e mostrar-te o quanto confio em ti e o quanto és importante na minha vida… Eu já não sei viver sem ti… Amo-te demasiado para me imaginar sozinha…
- Amo-te… -
disse Bill beijando-a com todo o amor que sentia por ela. Não sabia como ia ser capaz de ultrapassar tudo aquilo que tinha ouvido, mas não ia ser fácil.

- Agora posso-te pedir um favor? – perguntou Gabi de forma doce.
- Pede-me o mundo e eu dou-te o universo… - disse Bill desejoso de a poder agradar e compensar toda a dor e ausência que lhe tinha causado.
- Deita-te aqui um bocadinho comigo e abraça-me com força… Preciso sentir os teus braços à minha volta e o amor que sentes por mim… Juntos somos capazes de superar tudo…
- Sim… Juntos somos mais fortes… -
disse Bill deitando-se sobre a cama puxando o corpo de Gabi para si, para a abraçar com força e repousar os seus lábios na boca dela procurando acalmar a raiva e a sede de vingança que tinha no seu interior.

Bill uniu sua testa à testa de Gabi e fechou os olhos tentando respirar fundo e exorcizar todos os demónios que naquele preciso instante tomavam conta do seu cérebro e lhe diziam para apanhar o primeiro avião para a Berlin e Los Angeles para ajustar contas com os malfeitores que tinham roubado parte da inocência da sua namorada. Desejava com todas as suas forças ver o sangue de Patrick e Mercier escorrer de forma trágica por entre as suas mãos, não importava qual era o preço que tinha a pagar depois. O que Mercier tinha mandado fazer a Gabi era desumano e de uma crueldade atroz, aquilo que lhe desejava fazer seria severamente pior e mais debilitante não só física como psicologicamente. Respirou fundo e tentou afastar os pensamentos raivosos que o assombravam sem saber como ia ser capaz de se manter fiel à sua promessa quando tudo o que pedia era uma oportunidade de estar frente a frente com Mercier uma vez mais para se deixar explodir em raiva. Sentiu os braços de Gabi apertarem-no com mais força e os lábios dela assentarem no seu pescoço de forma querida e suave e apercebeu-se que estava a chorar de raiva e ódio. Não era capaz de controlar tudo o que sentia no seu interior sem de exprimir fisicamente. A dor que sentia estava a rasgar-lhe pedaços de carne e a entranhar-se ainda mais fundo no seu coração. Ia precisar de muito tempo para conseguir aceitar o facto de tudo aquilo que tinha ouvido estar a acontecer a uma das pessoas que mais amava no mundo e sem a qual já não se imaginava a viver. Não tinha sido capaz de defender, nem proteger nenhum dos que amava, era um pedaço de nada que servia de desculpa para que outros se vingassem nos seus entes mais queridos. Tudo o que desejava era acordar a qualquer momento e deparar-se com Gabi do seu lado, e saber que tudo não tinha passado de um pesadelo.

- Se quiseres fala com o Tom… Desabafa com ele… Pode ser que te faça bem e que te sintas melhor… - sussurrou Gabi que se sentia pior do que nunca ao ver a dor que Bill tinha dentro de si – Podes contar-lhe o que aconteceu…
- Agora só quero estar contigo… -
disse Bill tentando controlar as lágrimas.
- Eu não vou a lado nenhum… - disse Gabi descansando a sua cabeça no peito dele, entrelaçando uma perna no corpo de Bill para o abraçar de todas as formas possíveis.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Acordou com a sensação de que algo estava estranho e apercebeu-se imediatamente do que era. No ar, um odor a tabaco contaminava o quarto e deixava-a incomodada. Procurou Bill ao seu lado e não o viu. Sentou-se na cama, encostando-se à cabeceira, e viu-o sentado sobre o sofá com as pernas flectidas, a olhar para a janela enquanto fumava calmamente um cigarro. Parecia triste e pensativo, tal como saberia que ele ia ficar um dia que lhe contasse aquilo que tinha acontecido a si.

- Não podes fumar no quarto… - disse Gabi ternamente para não o assustar.
- Eu sei, mas apetecia-me um cigarro e não te queria deixar sozinha… - disse Bill olhando para ela com um sorriso paternal no rosto.
- Podias ter ido fumar… Eu estava a dormir… E estou bem amor!
- Mas eu não quero estar longe de ti…
- Então apaga o cigarro e volta para a cama… -
pediu Gabi pegando no seu telemóvel que estava pousado na mesa-de-cabeceira para se aperceber que ainda eram cinco da manhã – Vem para ao pé de mim…
- Deixa-me fumar este cigarro… Estou mesmo a precisar… -
disse Bill levando o cigarro à boca para puxar o seu fumo.
- Então eu vou para ao pé de ti… - disse Gabi levantando-se da cama para procurar um lugar entre as pernas de Bill onde se pudesse sentar e abraçar ao corpo dele sentindo-se protegida nos seus braços.

- És perfeita... - disse Bill olhando Gabi nos olhos, abraçando-se a ela com força, depositando de seguida um beijo carinhoso no topo da sua cabeça.
- Estou longe de ser perfeita!
- Para mim, não… Para mim, és perfeita…
- Um dia vais perceber que não… -
disse Gabi entranhando uma mão na nuca de Bill procurando os lábios dele para o beijar de forma longa e demorada, mostrando todo o afecto que sentia por ele.
- Tenho a certeza que quando esse dia chegar, vou amar a tua normalidade tanto quanto a tua perfeição…
- Espero que sim… -
disse Gabi abraçando-o com força, descansando a sua cabeça no peito dele enquanto ele continuava a fumar de forma pacífica.

- Não consigo dormir… - confessou Bill por entre o silêncio do quarto.
- … Porquê? – perguntou Gabi de forma inocente tendo a certeza que saia a resposta à sua pergunta.
- Não consigo aceitar aquilo que te aconteceu… - disse Bill olhando para ela sentindo os seus olhos ficarem repletos de lágrimas – Não consigo pensar no que foi para ti viveres uma situação dessas… Não consigo pensar que estava tão perto de ti e não fiz nada… Não consigo aceitar que tenhas de ter sorrido e engolido um segredo tão duro para me proteger… Não era suposto tu me protegeres, era suposto eu te proteger! Não consigo… Não quero acreditar… Sinto-me demasiado culpado com tudo o que te aconteceu…
- Amor… Olha para mim… -
disse Gabi segurando na face dele com ambas as mãos para o obrigar a olhar para si – Eu estou bem! Eu amo-te por seres tão sensível e protector e por me amares de forma tão especial, mas eu estou bem… Não te precisas de preocupar porque tudo o que aconteceu só serviu para me tornar mais forte e para dar cabo do Mercier… Não deixes que ele ganhe… Se viveres com medo e a sentires-te mal, ele vai vencer… É isso que ele quer… Não o deixes vencer… Olha para mim…

Bill procurou os lábios de Gabi e beijou-a ao mesmo tempo que suspirava de forma audível. Sabia que tudo o que ela dizia era verdade mas não era capaz de libertar o peso que sentia no seu interior. Talvez com o tempo, mas ainda era muito cedo. Sentia-se a pior pessoa à face da Terra. Sentia a dor dela de forma tão excruciante que não se conseguia dissociar dos seus pensamentos negativos. Sabia que Gabi tinha razão e que aparentemente estava bem, mas isso não compensava o facto dela ter sido aterrorizada e ameaçada.

- Tudo em que consigo pensar é em matá-lo… - confessou Bill deixando uma lágrima rolar pela sua face – Só quero uma oportunidade para estar frente a frente com ele e acabar com isto tudo… Sinto uma raiva tão grande e tão forte dentro de mim como nunca tinha sentido na minha vida… Quase como se fosse um animal selvagem… É a lei da sobrevivência… Ele fez-me mal a mim e às pessoas que eu mais amo, e tenho a certeza que ele não vai parar! Ele só nos vai deixar em paz quando morrer… Ele precisa morrer…
- E quem é que o vai matar??? Tu??? –
perguntou Gabi percebendo que o ódio que Bill sentia o estava a deixar irracional – Preferes matá-lo e ir para a prisão, a esperares que a justiça seja feita??? Preferes perder anos da tua vida afastado de tudo o que amas e de tudo o que construíste por causa de alguém que não merece que percas um segundo da tua vida com ele??? Não!!! Eu não te vou deixar fazeres isso!!! Eu quero viver a minha vida ao teu lado… Não quero ter de te visitar uma vez por semana à prisão!!! Quero construir a minha vida contigo, amar-te para sempre, ver os nossos filhos crescerem… Ver-te brincar com eles e envelhecer ao teu lado, até sermos os dois tão irritantes que já não nos conseguimos ver mais à frente, mas não conseguimos viver um sem o outro!!! Quero um futuro contigo Bill… Não mates o nosso futuro… Eu preciso de ti… Sem ti não vou ter a mesma força que tenho… - disse Gabi sentindo lágrimas de comoção e dor escorrerem pelos seus olhos ao mesmo tempo que via as lágrimas que escorria dos olhos de Bill rolaram com maior intensidade.
- Eu também quero tudo isso… - disse Bill beijando-a e abraçando-a com força entre braços – Mas é tão difícil… É tão difícil aceitar tudo isto… Era tão mais fácil deixar-me levar pela raiva e o ódio que sinto…
- Tu nunca escolheste o caminho mais fácil… Porque é que hás-de começar agora??? –
perguntou Gabi virando-se de frente para Bill, ajoelhando-se entre as pernas dele para olhá-lo nos olhos – Tu sempre lutaste pelo que acreditavas, contra preconceitos e a maldade dos outros… Não cedas agora! Eu amo o Bill lutador que vai contra tudo e todos… O Bill que acredita na justiça e que sabe que um dia ela será feita e nós vamos ser muito felizes!
- Ele já me fez tanto mal… Ele não merece piedade…
- Eu não estou a dizer que mereça… Ele não merece nada! Mas tu mereces! Tu mereces a tua liberdade, e mereces ser feliz! Não deixes que ele destrua a tua vida por completo! Tens tanta gente que te ama e que está do teu lado e que faria de tudo para te ajudar… Esquece o Mercier, não o deixes vencer, não o deixes roubar-te a vida… Ele está sozinho e rodeado de pessoas que o odeiam… Acredita no karma, porque o Mercier vai ter o que merece… Eu acredito que sim!
- Eu sei, mas o que é que eu faço a esta raiva que me consome??? O que é que faço se tudo em que consigo pensar é numa forma lenta e dolorosa de o matar e fazer sofrer tanto quanto ele me está a fazer sofrer neste momento??? –
perguntou Bill apagando o cigarro que já se tinha queimado sozinho no seu cinzeiro improvisado.
- Nada… Esquece a raiva e concentra-te somente em amar-me a mim e a todos que te amam, só seremos fortes se estivermos juntos e unidos… - disse Gabi aproximando-se o máximo que conseguia dele unindo a sua testa à dele, abraçando-o pelo pescoço – Tu prometeste-me que não farias nenhuma loucura…
- Mas o Tom não…

- O que é que disseste?! –
perguntou Gabi afastando-se dele para o olhar nos olhos não acreditando que ele tinha dito aquilo.
- O Tom não te prometeu nada… - disse Bill de forma praticamente inocente ao perceber que ela tinha ficado zangada com a sua afirmação.
- Vais deixar que o teu irmão perca a liberdade dele e fomente ainda mais o ódio que sente pelo Mercier??? Queres mesmo que o teu irmão se envolva ainda mais nisto tudo??? Bill… Acorda!!! Tu não estás a pensar!!!
- Eu sei… -
disse Bill abraçando-a com força puxando-a para si, fazendo com que ela se sentasse no seu colo – Mas eu amo-te tanto… Ele não podia ter-te feito o que fez… Ele não podia…
- Eu também te amo muito… -
disse Gabi beijando-o de forma apaixonada – Mas o ódio não é a solução para nada… A vingança só gere vingança… Nós não precisamos de mais dor e raiva, precisamos de amor e justiça… Ele é capaz de nos vencer pela maldade, mas nós vamos vencê-lo pelo bem… Juntos!!!
- Não me deixes… -
pediu Bill entre lágrimas.
- Nunca!!! Estou contigo para sempre… - disse Gabi enrolando as suas pernas no corpo dele para o abraçar de todas as formas possíveis – Agora por favor, quando falares com o teu irmão sobre o que aconteceu tenta por tudo que ele não cometa nenhuma loucura… O Tom tem muito a perder no meio disto tudo… Não podemos perdê-lo a ele também…
- Já falei com ele…
- Quando??? –
perguntou Gabi estranhando.
- Quando estavas a dormir… Precisava desabafar… Ele veio cá ter e falámos no teu quarto…
- E ele disse que ia fazer alguma coisa??? –
perguntou Gabi assustada.
- Disse que o ia matar… Comigo…
- Ohhh Bill… Por favor… Não faças nada estúpido e que te venhas a arrepender para o resto da vida… Tu prometeste-me!!! Eu confio em ti… Não me faças arrepender de ter-te contado a verdade!!! Faz-me confiar ainda mais em ti!!!
- Eu sei… Eu prometi e vou cumprir a minha promessa… Mas vai ser uma tortura… Vou desejar vê-lo morto todos os dias para o resto da minha vida…
- Eu sei meu amor… -
disse Gabi beijando-o – E ele vai morrer… Toda a gente morre! Mas a morte dele vai ser a apodrecer na prisão… Longe de nós e de todos os que amamos!!! Tens de falar com o teu irmão… Não o podes deixar sequer imaginar cometer uma loucura… Por favor…
- Sim… Eu vou falar com ele… Tens razão… Não o quero ver ainda mais envolvido no meio desta confusão toda…
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeDom Set 04, 2011 2:12 pm

Capítulos fortes. A Gabi finalmente contou, e como eu esperava não foi nada bem. Eu nem sei mais o que dizer, isso tudo foi um choque. O Tom faz tudo por impulso, ele tem que se controlar se não vai colocar tudo a perde e agora mais do que nunca ele tem que ficar ao lado do irmão e da sua cunha, força é tudo o que eles precisam agora. Mercier tem que morrer no mármore do inferno e tem que ser estrupado pelo capet* p*t* p*t* p*t*
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeDom Set 04, 2011 8:03 pm

CaTaRiNaAaAAaa \o/ \o/ \o/


Foram fortes mesmo Embarassed
A Gabi se livrou desse peso, mas passou um peso gigante para o coração do BiLL....... Sad Sad Sad
O Tom precisa mesmo se controlar e n deitar tudo a perder... Isso é muito importante nesse momento!!!
LolOlolOlololOL ao Mercier ser estrupado pelo capeta LolOlolOlolOlololOlolOl haha haha haha



* * * KiSsEsSsSs * * *



153

[FF] - Kampf der Liebe - Página 16 153fy


- Boa sorte com a conversa… - disse Gabi dando um último beijo apaixonado a Bill para ganhar coragem de se largar dos seus braços e ir dar uma volta pela cidade enquanto Bill e Tom se encontravam com Miss K – Telefona-me assim que estiverem despachados!
- Vou sentir a tua falta a cada segundo que passar… -
disse Bill abraçando-a com força no momento em que sentia que os braços dela se queriam desprender dos seus.
- E eu a tua! Mas vais ver que o tempo passa rápido!

- Tem cuidado… -
disse Bill beijando-a uma vez mais ao mesmo tempo que acariciava as suas costas.
- Não te preocupes, o segurança vai comigo… Não me vai largar um segundo que seja! Vai correr tudo bem! É só por umas horinhas, não tarda nada estou de volta e se quiserem posso trazer comida para o jantar… E esta noite podíamos ir sair para espairecer um pouco a cabeça, ou ir à peça dos Queen… O que achas? – perguntou Gabi percebendo que Bill ainda estava muito combalido com tudo o que lhe tinha acontecido e que precisava de um escape.
- Acho que a ideia do jantar é óptima, mas preferia ficar no hotel contigo…
- Sair fazia-te bem!!! –
disse Gabi soltando-se do corpo dele para pegar na sua mala que estava pousada em cima da cama.
- Só quero estar contigo…
- Podemos ir à peça dos Queen… Assim podemos estar juntos na mesma…
- Mas separados! -
disse Bill suspirando – Não… Esta noite quero estar contigo, só nós os dois… Longe de tudo e de todos…
- Não podemos deixar de viver amor… A vida é lá fora, temos de encarar o mundo e mostrarmos que não temos medo de nada, nem ninguém!
- Podemos começar amanhã? –
sugeriu Bill com um olhar inocente e desprotegido ao mesmo tempo que a abraçava uma vez mais e beijava os seus lábios.
- Podemos… Mas de amanhã não passa!!! Vou falar com o teu irmão e dizer para ele reservar os bilhetes para o espectáculo…
- Ok… -
disse Bill sorrindo convencido por ela.
- Então vá… deixa-me ir porque senão daqui a um bocado chega a rapariga e ainda me cruzo com ela! – disse Gabi depositando um beijo doce nos lábios de Bill soltando-se dos seus braços de seguida – Amo-te!
- E eu a ti… -
disse Bill à distância vendo-a sair do seu quarto com muita pena sua.

Fechou a porta do quarto e respirou fundo. A noite anterior tinha sido muito debilitante para o seu coração, mas pior ainda para o coração de Bill. Precisava de obrigá-lo a sair, falar e distrair-se para não se deixar consumir pela raiva e pelo medo. Precisava falar com Tom e pedir que ele fosse seu aliado. Cerrou o punho e bateu na porta da frente, que pertencia ao quarto de Tom, esperando que ele abrisse a porta. Gabi sentiu o olhar de Tom estranho sobre si, era claro que ele já sabia o que lhe tinha acontecido, mesmo que Bill nunca lhe tivesse contado que já tinha falado com Tom.

- Olá… E com licença… - disse Gabi entrando no quarto de Tom, fechando a porta para que Bill não ouvisse a conversa que ia ter com o seu irmão – Não quero que o Bill nos oiça… Preciso falar contigo sobre duas coisas…
- Claro… -
disse Tom sem saber como reagir perto de Gabi.

- Gostava que reservasses bilhetes para amanhã à noite irmos ver o espectáculo dos Queen!
- Tens a certeza?
- Sim, tenho a certeza! O teu irmão precisa sair e distrair-se… Precisa ele e precisamos nós! Estamos há quatro dias em Londres e ainda não fomos a nenhum espectáculo, nem fomos sair… Temos de aproveitar, mesmo que eu não possa ir convosco, vocês têm de sair e divertirem-se!!! Estamos em Londres minha gente!!!
- Havemos de ter outras oportunidades de nos divertirmos… Neste momento não convém que ninguém saiba que estamos aqui… Além disso nenhum de nós se sente confortável em sair e deixar-te no hotel para ir passear!
- Quem é que fica no hotel??? –
perguntou Gabi a rir para aligeirar o ambiente que sentia estar pesado e a tensão no olhar de Tom – Eu estou neste momento de saída para ir passear pela cidade… E estou muito bem, não preciso de babysitters!!! Para isso já me chega o armário que tenho como sombra…
- Tu precisas dele!
- Eu sei… E ele é atencioso e simpático, não é um grande sacrifício andar com ele atrás…

- Eu sei que provavelmente não queres falar sobre o que aconteceu comigo mas… -
disse Tom sem saber como controlar aquilo que tinha debaixo da língua, abraçando Gabi de forma terna e preocupada – Sinto muito que tenhas de ter passado pelo que passaste… Gostava muito de ter estado por perto para te ajudar!
- Obrigada… -
disse Gabi abraçando o corpo de Tom sentindo-se bem naquele abraço seguro e apertado – Não há nada que nenhum de nós possa fazer… Mas eu estou bem…
- Estás mesmo? –
perguntou Tom separando-se do corpo dela para a olhar nos olhos e averiguar se ela falava a verdade – Eu não sou o Bill… Não precisas de ser forte comigo…
- Eu estou bem! –
disse Gabi de forma segura olhando Tom nos olhos para que ele percebesse que ela não estava a fingir a sua tranquilidade – Sinto-me cada dia mais forte… E com o vosso apoio tenho a certeza que vou voltar ao que era num abrir e fechar de olhos!

- Aquele cabrão vai pagar pelo que te fez!!! Juro pela minha vida que o vou fazer engolir cada palavra e cada gesto que ele teve para contigo… -
disse Tom de forma enraivecida – Ele e o Patrick… Quando os vir à frente de novo vou espancar aqueles focinhos até eles caírem no chão mortos e inanimados!!!
- Não, não vais!!! A próxima vez que os vires vai ser em tribunal, quando eles forem presos justamente por tudo o que nos fizeram passar… Mas ainda bem que falaste nisso… Isso leva-me ao segundo assunto que tinha para falar contigo…
- Não podes esperar que nenhum de nós fique de braços cruzados depois do que te aconteceu!!! –
disse Tom incrédulo.
- Posso e sei que vão ficar!
- Enganaste!!!
- Não, não me engano… Deixa a raiva de lado e pensa naquilo que estás a dizer Tom! Qualquer loucura que cometas só vais piorar a situação… -
disse Gabi com pesar no olhar – As únicas pessoas que vão comparecer em frente ao juiz são o Mercier, o Patrick e a Paige… Não te quero ver envolvido nesta confusão! Pensa que tudo o que fizeres vai estar a estragar o teu futuro e a danificar o teu irmão ainda mais… Vais estar a alimentar a sede de vingança dele e estimar um ódio que não merece ser estimado… Temos de nos estimar é uns aos outros… Deixa-os apodrecerem na prisão…
- É muito difícil aceitar esta situação… -
disse Tom levando uma mão à cabeça – Não podes esperar que aceitemos o que aconteceu com naturalidade porque nada do que aconteceu foi natural… Nada disto devia ter acontecido! Ele não se devia ter metido contigo!!!
- Tom… Por favor… Se queres realmente fazer alguma coisa por mim, deixa-os em paz… Deixa-os serem julgados pelo tribunal e evita confusões! Vamos deixá-los enterrarem-se ainda mais… Sozinhos! Temos de nos manter juntos e unidos, não podemos ceder à pressão e à raiva, isso é o que o Mercier quer, porque é isso que nos vai destruir… -
disse Gabi respirando fundo percebendo que as suas palavras tinham atingido Tom de alguma maneira - Eu não quero que tu alimentes as ideias malucas do teu irmão… Ele já está a sofrer muito com tudo o que aconteceu, se tu incentivares o ódio dele e a sede de vingança, ele não vai deixar o coração sarar e eu não o quero assim… Quero-o confiante e seguro de que amanhã será um dia melhor! Porque vai ser um dia melhor! E no dia em que o Mercier e os seus cúmplices estiverem atrás das grades, nesse dia a justiça será feita, não pelas tuas mãos ou pelas mãos do Bill, mas pelas mãos da sociedade que tem direito de julgar e condenar!

- É difícil…
- Mas tem de ser! Temos de fazer as coisas como manda a lei, senão vamos ser iguais ao Mercier, e no dia em que algum de nós se assemelhar a ele, vai ser o nosso fim! Promete-me que não vais alimentar as loucuras do Bill e que vais fazer os possíveis e impossíveis para te controlares em relação a tudo o que envolva o Mercier!
- Eu não te posso prometer algo que sei que não sou capaz de cumprir…
- A indiferença é a melhor arma que podemos ter contra ele… Vamos fazê-lo pensar que não se passa nada, e quando ele menos esperar… Atacamos em grande!!! Enquanto isso, vamos fingir que está tudo bem…
- Faz sentido mas eu perco a cabeça com aquele filho da mãe…
- Mesmo assim! Faz isso pelo teu irmão… Ele precisa de paz, ele não aguenta mais uma má noticia, está prestes a rebentar! Preciso que colabores comigo, por favor!!!
- Vou tentar… Não posso prometer, mas vou tentar…

- Faz os possíveis e os impossíveis, por favor… O teu irmão prometeu-me que se vai manter afastado, mas se souber que tu estás em perigo ele não vai hesitar um segundo em quebrar a promessa dele… Colabora comigo…
- Ok… -
disse Tom suspirando percebendo que não tinha como lutar contra a racionalidade dela. Seria capaz de tudo para proteger o seu irmão, mesmo que isso significasse controlar o animal que habitava no seu interior e desejava que a justiça fosse feita pelas suas próprias mãos.

- Agora tenho mesmo de ir embora ou ainda me cruzo com a tua amiga… - disse Gabi com um sorriso maroto e leve nos lábios, tentando diminuir a tensão que se fazia sentir – Não te esqueças de fazer a reserva dos bilhetes para amanhã… Estamos a precisar!
- Sim senhora! –
disse Tom sorrindo levemente para também ele procurar aligeirar o ambiente.

Gabi preparava-se para colocar a mão na maçaneta e abrir a porta quando ouviram bater à porta três vezes seguidas. Era o toque característico de Miss K. Gabi retraiu a sua mão e olhou para Tom com cara de caso. Tom passou à frente dela e abriu a porta levemente para ter a certeza absoluta que era Miss K, e uma vez que conferiu que era ela, fez questão de abrir a porta totalmente para trás para que ela visse que ele estava com outra mulher no quarto. Se Miss K ia fazer-se de difícil, ele não ia facilitar as coisas. Sentiu o olhar de Miss K sobre Gabi e reparou que ela estava espantada e incomodada com a presença dela.

- Desculpa se vim cedo demais… - disse Miss K envergonhada e sem coragem de olhar para Tom nos olhos, agarrando-se com mais força aos livros que trazia nos braços – Eu disse-te que vinha a seguir às aulas, mas se quiseres posso voltar depois…
- Não é preciso… Vieste quando combinado, eu é que me demorei um bocadinho mais do que estava à espera… -
disse Tom contente por ver que Gabi tinha tido efeito nela – Podes dar-me só um minutinho para acabar aqui uma coisa?
- Claro… -
disse Miss K sentindo-se de alguma forma humilhada e uma perfeita anormal por ainda sentir o seu coração tão magoado e apertado ao vê-lo com outra mulher.
- Então, com licença… - disse Tom sorrindo de forma cordial, fechando a porta a Miss K, deixando-a plantada no corredor.

- O que é que estás a fazer? – perguntou Gabi incrédula com aquilo que tinha acabado de ver Tom fazer – Vais deixá-la no corredor à espera? Nós já tínhamos acabado de falar…
- Eu sei… Mas ela não sabe! -
disse Tom com um sorriso de Don Juan – Não há nada como uma boa dose de ciúmes para apimentar uma conquista… E garanto-te que a K adora apimentar as coisas…
- Eu não acredito! –
disse Gabi levando uma mão à cabeça a rir do que via – Isso resulta mesmo??? É que se fosse comigo estavas tramado… Se não fosse ter marcado uma conversa com o teu irmão, quando abrisses esta porta eu já estava bem longe daqui!
- Até parece que não andavas louca de ciúmes quando o Bill andava com a Nat e com a Nicky! -
disse Tom levantando uma sobrancelha.
- É diferente… Eu gosto do teu irmão, vê-lo com outra rapariga é muito difícil… E claro que tenho ciúmes, porque o amo e só o quero ver comigo!
- Talvez ela também me ame e também só se queira ver comigo… Já pensaste nisso? –
perguntou Tom piscando o olho a Gabi – Talvez imaginar as coisas loucas que nós os dois estivemos a fazer aqui dentro a deixe roída de ciúmes e desejosa de ser ela no teu lugar…
- Tirando a parte que a coisa mais louca que nós fizemos foi dar um abraço!!!
- Mas ela também não precisa saber disso… -
disse Tom a rir.

- Ai Tom Tom… Tu és louco! Ainda bem que há quem tenha paciência para ti! - disse Gabi a rir dos truques dele para conquistar as suas presas – Vou indo…
- Ok… Gabi, foi muito bom… -
disse Tom de forma sedutora e intensa para a picar – Temos de repetir…
- Não me digas que é isto que fazes com as tuas amiguinhas??? Olha que é bem decepcionante! Esperava que com a tua fama fizesses bem mais do que falar…
- E faço, mas tu estás fora da minha jurisdição…
- Tonto!!! –
disse Gabi a rir passando por Tom para colocar uma mão na maçaneta e antes de abrir a porta virar-se para trás e acrescentar – E com que então esta é que é a famosa Miss K? A que te mandava aquelas prendas todas?
- É ela mesmo!
- É bem gira… Tens bom gosto… -
disse Gabi piscando o olho a Tom para o ver rir.

Gabi abriu a porta e saiu do quarto de Tom, sorrindo de forma amigável a Miss K quando se cruzou com ela no corredor, Miss K não foi capaz de lhe retribuir o sorriso, parecia triste e cabisbaixa. Gabi sentiu pena dela, estava na cara que ela continuava apaixonadíssima por Tom e que aquele encontro tinha sido uma facada no seu coração apaixonado. Olhou para trás e viu Tom à porta do quarto a olhar para si em vez de olhar para Miss K e percebeu que ele estava mesmo empenhado em fazer de tudo para a deixar enciumada. Sem pensar naquilo que fazia, elevou a sua voz e disse:

- Tom… Depois telefona-me…

Tom ficou espantado e impressionado com a atitude de Gabi e não foi capaz de responder, apenas sorrir de forma rasgada e morder o lábio inferior na zona do piercing ao mesmo tempo que abanava a cabeça da direita para a esquerda. Olhou para Miss K e viu-a fitar um ponto imaginário no chão, era notório que ela se estava a controlar e a engolir tudo o que tinha acabado de acontecer. A ideia dela ter ciúmes seus era extremamente bem-vinda e aliciante ao seu apetite voraz.

- Desculpa ter-te feito esperar… - disse Tom olhando para Miss K com um sorriso sedutor sabendo que a ia deixar ainda mais enciumada e intrigada por estar tão desenvolto e ao mesmo tempo mostrar-se tão desinteressado nela – Vamos ter com o meu irmão?
- Sim… -
disse Miss K sentindo que tinha perdido a sua oportunidade com Tom e que ele tinha seguido em frente. Com Tom seria sempre assim, haveriam sempre outras na fila de espera preparadas para tomarem o seu lugar. O seu coração ia sempre sofrer, mas pelo menos antigamente tinha momentos de felicidade nos braços dele, agora só sabia o que era aguentar a dor de estar com ele e não lhe poder tocar com medo que os danos provocados fossem impossíveis de suportar.

Tom recolheu-se no interior do seu quarto sem dar justificações a Miss K e foi buscar a chave e o telemóvel. Voltou a sair e não dirigiu a palavra ou sequer olhou para Miss K enquanto fechava a porta do seu quarto e se encaminhava até à porta do quarto de Gabi, onde Bill já os devia aguardar para a tão esperada conversa. Miss K sentia-se incomodada, o seu coração batia de forma desenfreada por não gostar do que tinha acabado de presenciar e por não saber o que a esperava dentro daquele quarto. Lembrava-se de ter conhecido Bill numa altura em que o seu futuro com Tom parecia poder ter asas para voar. A ideia de estar novamente perante o irmão gémeo de Tom e aquele que significava tanto para a pessoa que amava continuava a deixá-la tão nervosa e atrapalhada quanto no dia em que o tinha conhecido. Olhou para Tom de soslaio e percebeu que ele estava demasiado perto de si, mas com a cabeça algures muito longe, talvez naquilo que se tinha passado no quarto dele antes que chegasse. Parecia não se importar minimamente com a sua presença ali, e isso fazia-a sentir-se praticamente ignorada e pesava-lhe ainda mais no coração. Viu a porta do quarto abrir-se e por trás da porta surgir um Bill Kaulitz muito alto com um sorriso rasgado e amistoso nos lábios. Sentiu-se envergonhada e corar ligeiramente perante aquela recepção tão calorosa.

- Tenho a certeza que te lembras do meu irmão… - disse Tom olhando para Miss K e Bill de forma alternada – E tu também te deves lembrar da Keri…
- Sim, claro! Olá… –
disse Bill de forma simpática dando dois beijinhos a Miss K afastando-se da porta para os convidar a entrar – Entrem…
- Obrigada… -
disse Miss K passando por Tom e Bill não reparando que nas suas costas Bill fazia olhinhos ao seu irmão impressionado com a beleza dela e recebia em contrapartida um murro no braço.

- Devo confessar que se te visse na rua não te reconhecia… Estás muito diferente! – disse Bill fazendo conversa de circunstância enquanto os levava para o interior do quarto e fazia sinal a Miss K para se sentar no sofá para estar mais à vontade – Gosto muito do que fizeste com o cabelo, fica-te muito bem!
- Obrigada… -
disse Miss K sentando-se no sofá, pousando os seus livros e mala sobre ele. Sentia-se acanhada e sem saber o que dizer perante os elogios de Bill que se aproveitava agora para sentar na cadeira que tinha perto da secretária do quarto – Às vezes precisamos de mudar… Faz-nos bem!
- A quem o dizes… -
disse Tom em forma de desabafo enquanto se sentava nos pés da cama para ficar mais próximos deles e sentir-se mais incluído na conversa.
- Pois… - disse Bill a rir – Eu gosto dessas mudanças de visual…
- Eu também… –
disse Miss K suspirando ao mesmo tempo que conseguia exibir um sorriso sincero e meigo a Bill. Ele inspirava-lhe confiança.

- Bem… Antes de mais tenho de te agradecer por estares a desperdiçar a tua folga connosco! Passar a tarde enfiada num quarto de hotel não deve ser a melhor coisa do mundo… - começou Bill por dizer.
- Depende… - disse Tom com um sorriso perverso ao mesmo tempo que humedecia os lábios e percebia que tinha deixado Miss K ainda mais desconfortável do que já estava.
- Ok… Reformulando: para uma pessoa normal, perder uma folga para ficar trancada num quarto de hotel não é a melhor coisa do mundo!
- Eu vim porque quis… -
disse Miss K.
- E eu dou muito valor a isso, acredita! – disse Bill – A isso e ao facto de teres procurado o Tom para lhe explicar tudo o que anda a acontecer na tua vida e como isso nos pode ajudar! A tua ajuda é essencial para nós, se não fosses tu, não seriamos capazes de provar muitas das coisas que temos contra o Mercier e a Paige! Por isso só te posso mesmo agradecer por teres tido a coragem de o procurar depois de tudo o que aconteceu…
- Começa… -
disse Tom em forma de desabafo.

- Não lhe ligues! – disse Bill a Miss K rindo-se de seguida, despoletando nela um sorriso sincero e radioso – Na realidade eu tenho de confessar que me sinto mal de te ter pedido para vires até cá… Acho que devia ter cancelado o nosso encontro porque ontem à noite infelizmente conseguimos descobrir algumas informações que a serem provadas nos dão uma alavanca de força para prender o Mercier…
- Mas não a Paige… -
disse o Tom cruzando os braços.
- Exacto! E foi por isso que eu acabei por não cancelar o nosso encontro… - justificou-se Bill – Precisamos da tua ajuda para enterrar ainda mais o Mercier, e para levar a Paige com ele!
- Eu percebo… -
disse Miss K ouvindo com atenção tudo o que Bill tinha para lhe dizer.

- O Tom contou-me o que se tem passado contigo e sinto muito que tenhas de estar a pagar um preço tão alto pela ajuda que nos deste no passado! O que tu fizeste por nós, foi muito importante, não era qualquer pessoa que se sacrificaria da forma como tu te sacrificaste sabendo que estás a lidar com criminosos e pessoas sem escrúpulos… Sabendo que o mais natural seria eles a seguir virarem-se contra ti! – disse Bill - E aquilo que estás a fazer agora por nós, mesmo debaixo de toda esta pressão que estás a sofrer e sabendo que não vai ser nada fácil, diz-nos muito! Podias perfeitamente acabar com a Paige e mandá-la para a prisão facilmente, e no entanto quiseste aproveitar para juntares forças connosco, sabendo que o processo vai ser mais longo e mais renhido do que poderia ser… Nem sei como te agradecer! Precisamos de pessoas como tu que tenham a coragem de se chegar à frente e não tenham medo que seja feita justiça!
- Eu não tenho medo… -
disse Miss K sentida com as palavras de Bill – Não tenho nada a perder!

- Acho que acabar com a Paige sozinha podia ser uma má jogada… -
disse Tom reflectindo em voz alta – O Mercier nunca aceitaria o facto da sobrinha dele ir parar à prisão, e para além de arranjar uma maneira rápida e ilícita de a ter cá fora, haveria com certeza de fazer tudo ao seu alcance para se vingar de ti… – disse Tom olhando para Miss K para a ver retraída e sem vontade de o encarar – O Mercier não é como a Paige, ele não avisa e não se fica pelas ameaças, ele ataca de surpresa e faz o maior número de estragos que conseguir de uma só vez!
- Sim… -
confirmou Bill e seguindo a sua linha de raciocínio continuou – É bom saber que te podemos acolher e ajudar na tua luta e que isso posso facilitar todo o processo… No fundo a nossa entre ajuda é mútua e o proveito será mútuo também!
- Foi por isso mesmo que procurei o Tom… -
disse Miss K falando com Bill como se Tom não estivesse presente no quarto. Não se sentia bem perante ele – Não a pensar na minha protecção e segurança, embora já estivesse a chegar ao meu limite e não fosse capaz de continuar muito mais tempo sem fazer nada, nem falar com ninguém… A minha ideia sempre foi ajudar-vos e evitar que o mal fosse feito, mas uma vez que não fui capaz de fazer isso… Pelo menos agora ajudo-vos a lutar contra eles… Não sabia que vocês estavam a colocar o Mercier em tribunal, mas acho que é mesmo a única maneira de darmos a volta à situação… É a única maneira de nos vermos livres deles!
- Nós somos da mesma opinião! –
disse Tom.
- E nós estamos dispostos a fazer tudo o que for preciso para te ajudar e te dar a protecção que precisas… - assegurou Bill – Isso inclui contratar um segurança para te proteger! Não queremos que nada te aconteça, tu és essencial para todo este processo e mesmo que não fosses, és amiga do Tom e nós nunca te iríamos virar as costas numa altura em que precisas de nós!
- Nem sei o que dizer… -
disse Miss K tocada pelo carinho e amizade que Bill lhe transmitia – Eu não preciso de segurança…
- Precisas! –
disse Tom sentindo o olhar dela desviar-se até ao seu pela primeira vez desde que tinham entrado naquele quarto como se procurasse conforto e segurança nele – Não vamos correr riscos! Não vais ficar à mercê da maldade deles! Já aprendemos essa lição… - disse Tom referindo-se ao que tinha acontecido com Gabi, vendo Bill respirar fundo e flectir as sobrancelhas em forma de desespero pela lembrança de um erro que o ia marcar profundamente para o resto da vida - Amanhã sem falta vamos tratar da tua segurança, possivelmente vais precisar de dois seguranças… Um para estar contigo durante o dia e outro para proteger a tua casa à noite… E não seria má ideia colocar um sistema de segurança em tua casa, pelo sim, pelo não…
- Eu não posso aceitar que vocês paguem a um segurança para me vigiar… Quanto mais a dois!!! –
disse Miss K impressionada com Tom.
- O dinheiro para nós não é um problema! - disse Bill que valorizava a segurança acima de qualquer bem monetário que pudesse ter.
- É menos um par de calças que o Bill compra este mês! – disse Tom a rir.

- Não sei… - disse Miss K reticente.
- Desculpa se vou parecer agressivo… - disse Bill – Mas neste momento não tens hipótese de escolha! Tu vais-nos ajudar muito à tua maneira, deixa-nos ajudar-te à nossa! Ficamos mais descansados se soubermos que tens alguém que olhe por ti e que te proteja!
- Não vale mesmo a pena fazeres frente ao meu irmão, é impossível sair-se vencedor de um frente a frente com ele! –
disse Tom sorrindo a Miss K.
- Ok… - disse Miss K olhando para Bill timidamente – Obrigada… Tenho a certeza que me vou sentir muito mais segura…
- E mais do que te sentires segura, vais estar realmente muito mais segura! –
garantiu Bill.
- Sim… - assegurou Tom contente por ver aquele assunto tratado.

- Gostava de te perguntar se tens ideia de mais alguém que pudesse estar envolvido com os Mercier ou que fosse uma vítima deles… - perguntou Bill – Qualquer informação que tenhas é preciosa! Tudo o que conseguirmos recolher contra eles é mais um trunfo que temos na mão!
- A Paige nunca me apresentou a nenhum dos amigos dela… Nunca fui digna de pertencer à alta sociedade como ela… -
disse Miss K ficando triste ao recordar aquela relação de amizade, que de amizade pouco tinha tido – A única pessoa com quem eu falava era a empregada dela… Ela sempre gostou muito de mim… Mas duvido que me dissesse alguma coisa, ela trabalha na casa dos Mercier desde sempre e é-lhes muito fiel! Quanto a cúmplices… Que saiba, era só eu!

- Conheces o Patrick Franz? –
perguntou Tom curioso.
- Patrick Franz? Hmmm… Não… O nome não me diz nada… - disse Miss K abanando a cabeça da direita para a esquerda tentando lembrar-se daquele nome sem se recordar de nada.
- Um alemão, alto, cabelo loiro praticamente rapado, olhos azuis… - descreveu-o Bill.
- Não… - disse Miss K sem se recordar de ninguém com aquela descrição.
- Ele era um dos cúmplices do Mercier… Se te lembrares de alguma coisa em relação a ele, diz-nos! - acrescentou Tom.
- A Paige não confiava em mim… Só me contou o que queria contar e o que lhe interessava que eu soubesse… - disse Miss K – Desculpem, não vos poder ajudar mais!
- Já nos estás a ajudar muito! –
disse Bill.
- Se me lembrar de alguma coisa eu digo-vos… - garantiu Miss K.

- Deixa-me dar-te um cartão do nosso advogado… - disse Bill pegando num pequeno cartão que tinha guardado numa das gavetas da secretária, estendendo-o a Miss K – Amanhã eu e o Tom temos um encontro com ele para lhe falar das descobertas que fizemos e para ele nos pôr a par de como vão as investigações… Provavelmente ele vai-te telefonar para falar contigo e recolher as provas que tens para verem até que ponto elas podem ser usadas em tribunal!
- Ok… -
disse Miss K guardando o cartão que Bill lhe dava na mala.
- Quanto ao segurança, hoje à noite já vamos falar com o nosso manager e pedir que ele entre em contacto com uma agência de seguranças da confiança dele… - disse Tom para a tranquilizar – Assim que tiver noticias telefono-te…
- Têm a certeza que não se importam? –
perguntou Miss K uma vez mais.
- Absoluta!!! – disseram ambos os gémeos em uníssono fazendo com que Miss K sorrisse.

- Só mais uma coisa… - disse Bill ajeitando-se na cadeira para tocar naquele assunto – Eu sei que o Tom não vai gostar que eu diga isto…
- Então não digas! –
disse Tom imediatamente, com medo do que o seu irmão ia dizer.
- Mas eu vou dizer na mesma! – disse Bill olhando para Tom levantando a sobrancelha direita, retomando o seu raciocínio ao voltar a olhar para Miss K e perceber que ela estava realmente interessada naquilo que ele tinha para lhe dizer – Tem paciência com o Tom…
- Eu não acredito!
disse Tom levantando-se da cama sem acreditar que Bill ia armar-se em paizinho.
- Ele é desmiolado mas até é boa pessoa… - disse Bill ignorando a dramatização do seu gémeo – Eu sei que às vezes é difícil aturá-lo e que ele é muito chato e inconveniente, mas por favor… Não desistas de nós! Precisamos mesmo muito de ti!
- Não faço tenções de desistir de nada! –
garantiu Miss K com um olhar seguro – Não tenho por hábito desistir! Estou do vosso lado até ao final!
- Ufff… –
disse Bill recostando-se para trás na cadeira mais aliviado – É que eu sei que às vezes lidar com o Tom pode ser desesperante e não queria que te sentisses mal… Se precisares de alguma coisa e não quiseres falar com ele, podes falar directamente com o advogado, não precisas de passar por ele…
- Obrigadinho!!! –
disse Tom elevando as mãos no ar em espanto e incredulidade com as coisas que ouvia de Bill – Agora és meu pai???
- Só estou a zelar pelo bem comum! –
disse Bill – Não precisamos de andar a tropeçar uns nos outros se não nos sentirmos bem com isso… Arranja-se sempre uma alternativa!
- Obrigada! Se descobrir alguma coisa e vir que me sinto melhor em falar com o advogado, procuro-o… -
disse Miss K pegando nas suas coisas percebendo que era chegada a altura de procurar uma retirada.

- Obrigado por teres vindo! – disse Bill com um sorriso na cara, levantando-se da cadeira ao perceber que ela já estava pronta para sair – Assim que tivermos mais noticias entramos em contacto contigo!
- Ok… -
disse Miss K levantando-se do sofá, pegando nas suas coisas.
- É pena ter de te rever nesta situação, mas foi bom ver-te de novo… - disse Bill de forma simpática e sorridente começando a encaminhar-se para a porta.
- Eu sinto o mesmo! – disse Miss K sorrindo encantada com a simpatia do irmão gémeo de Tom.

- Deixa estar que eu levo-a até à saída… - disse Tom procurando um momento a sós com Miss K – Também vou para o meu quarto…
- Ok… -
disse Bill percebendo o que o seu irmão queria, e virando-se para Miss K com a mesma simpatia que até ali, deu-lhe dois beijinhos e acrescentou – Obrigado por teres vindo! Vemo-nos um dia destes…
- Sim… -
disse Miss K enternecida com Bill – Obrigada pela ajuda!
- Obrigado também! –
disse Bill vendo Tom abrir a porta do seu quarto com pressa de ver Miss K dali para fora.
- Adeus Bill! - disse Miss K antes de sair do quarto de Gabi.
- Ade…

Tom fechou a porta antes que Bill fosse capaz de acabar de falar. O seu irmão já tinha prejudicado a sua missão de sedução o suficiente com aquela despedida de Miss K. Olhou para Miss K e percebeu que ela estava novamente nervosa e incomodada por estar a sós consigo. Gostava que ela fosse até ao seu quarto, mas não sabia como a aliciar até isso sabendo que ela estava constrangida e o seu poder de sedução já tinha tido melhores dias com ela.

- Queres entrar para falarmos um bocadinho? – perguntou Tom tirando a chave do quarto do bolso das calças, ao mesmo tempo que andava em direcção à sua porta.
- Não… - disse Miss K abraçando contra o peito três livros que trazia nos braços.
- Porquê? – perguntou Tom tentando fazê-la mudar de ideias – Eu não posso ficar à conversa no corredor…
- Porque eu não quero! Não tenho nada para te dizer e não vejo a hora de chegar a casa e poder descansar…

- É mesmo por causa disso ou tem alguma coisa a ver com a rapariga que viste sair do meu quarto à bocado? –
perguntou Tom tentando picá-la.
- Eu não tenho nada a ver com o que tu fazes com a tua vida, nem com quem o fazes! – disse Miss K fingindo que aquele incidente não a tinha incomodado minimamente quando no fundo ainda sentia o seu coração mirrar no interior do peito pela dor de o ver com outra mulher – Já não temos nada um com o outro, e mesmo quando tínhamos nunca te andei a controlar!
- É verdade… Nós éramos perfeitos um para o outro… -
disse Tom dando um passo em direcção de Miss K ao mesmo tempo que passava de forma lenta e sedutora a língua sobre o piercing que tinha nos lábios.

Miss K procurou dar um passo para trás de modo a afastar-se de Tom mas o nervosismo que tomava conta de si era tanto que acabou por tropeçar nos seus próprios pés, procurando apoio com uma mão na parede do corredor, ao mesmo tempo que os livros que carregava nos braços caiam ao chão. Tom prontificou-se a auxiliá-la, segurando-a pela cintura e puxando-a de encontro ao seu corpo para que ela sentisse a sua força viril e ficasse tão embrenhada em si ao ponto de não ser capaz de lhe resistir dali em diante. Miss K olhou para Tom nos olhos e apercebeu-se que a cara de ambos estava assustadoramente próxima e que aquele era um golpe perfeito para que Tom se aproveitasse de si. Estava totalmente rendida aos braços dele e à força com que ele a tomava naquele abraço. Olhou para os lábios dele não conseguindo evitar o desejo de o beijar e ouviu-o sussurrar por entre um sorriso sensual de quem sabia que a tinha na mão.

- Não precisas ficar nervosa…
- Convencido!!! –
disse Miss K colocando as mãos no tronco de Tom para o empurrar e afastar-se dele regressando à realidade, dobrando-se sobre o chão para apanhar os livros que tinham caído – Juro que não te percebo! Sempre lutaste tanto para me expulsares do teu quarto, devias agradecer o facto de eu agora me querer manter afastada dele… Estou-te a poupar o trabalho de depois teres de me expulsar!
- E também me estás a poupar o prazer que era capaz de ter contigo…
- Que prazer?!
disse Miss K fitando-o nos olhos como se lhe quisesse fazer frente, ao mesmo tempo que sentia o seu corpo gritar por esse prazer que só Tom lhe era capaz de dar – O que é que estavas à espera que eu fosse fazer contigo para dentro desse quarto?
- Aquilo que nós fazemos melhor… -
disse Tom passando um dedo sobre a franja loira de Miss K, tirando-a de frente dos seus belos olhos azuis - Aquilo que sempre nos deixou loucos um pelo outro…

- Quando é que me vais deixar em paz? –
perguntou Miss K – Estou farta de sofrer por tudo o que aconteceu… Já te disse que prefiro nunca mais ter nada contigo do que ter uma noite de sonho e ouvir-te dizer novamente que nunca mais me queres ver à frente… Doeu demasiado a primeira vez e eu não sou masoquista…
- Eu não te volto a dizer nada disso… Prometo… -
disse Tom tentando-a ao olhar para os seus lábios carnudos de forma fascinada para que ela percebesse o tamanho do seu desejo. Queria sentir aqueles lábios na sua pele e no seu corpo todo – Entra… Só um bocadinho…
- Não Tom! Não, é não… Era não ontem, anteontem e vai continuar a ser não hoje, amanhã, depois de amanhã e todas as vezes que me procurares com o intuito de me usares como um corpo… -
disse Miss K sentindo as suas pernas começarem a estremecer com a pressão que sentia sobre o seu coração e as borboletas que começavam a voar no interior do seu estômago.
- Sempre fomos um corpo um para o outro e sempre fomos felizes… - disse Tom levando uma mão à face dela, entranhando os seus dedos no cabelo dela ao mesmo tempo que o seu polegar acariciava o seu rosto – Vem comigo… Prometo que não te vais arrepender…
- Mas naquela altura eu sabia que gostavas de mim e me desejavas por inteiro….
- Continuo a desejar… -
disse Tom imediatamente, aproximando-se do corpo dela para que as suas faces ficassem a escassos centímetros uma da outra – Muito…

- Não consigo… -
disse Miss K afastando-se dele com medo do que poderia acontecer – Não estou preparada para sofrer de novo… Ainda não estou refeita do que aconteceu…
- Não precisas sofrer mais… Eu estou aqui…
- Não… -
disse Miss K olhando uma última vez para ele por entre um suspiro longo e sentido para de seguida lhe virar costas e desaparecer por entre o corredor do hotel.

Tom deixou-se ficar no corredor a olhar para ela. Onde é que ela tinha ganho aquela força e aquele controlo todo para lhe conseguir resistir daquela forma? Será que a dor que ela sentia era assim tão forte que justificasse torturar-se e manter-se longe do corpo dele? Ou será que Miss K não queria realmente nada consigo? Estaria a história deles acabada? A ideia de nunca mais a ter perturbava-o, principalmente agora que a desejava de forma tão viva. Voltou a encaminhar-se até ao quarto de Bill e bateu à porta três vezes, tal como Miss K se costumava apresentar. Queria estar com o seu irmão e escrutinar aquilo que tinha acabado de acontecer.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 16 Icon_minitimeTer Set 06, 2011 8:04 pm

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[FF] - Kampf der Liebe - Página 16 155if

Quando ouviu bater três vezes seguidas à porta do seu quarto não conseguiu evitar de sorrir e sentir que ia ter a noite da sua vida. Miss K não tinha sido capaz de lhe resistir e procurava-o para finalmente ceder ao que existia entre eles e sempre se tinha comprovado tão forte. Encaminhou-se até à porta do seu quarto, humedecendo os lábios, sentindo o seu corpo aquecer com a recepção calorosa que lhe queria proporcionar. Ia fazê-la desejar reviver aquela noite vezes sem conta e não se arrepender por um momento que fosse de se ter entregue a ele. A história deles não tinha ficado pelo passado. Abriu a porta de sorriso nos lábios, certo de que ia encontrar a Miss K que em tempos conhecia, mas rapidamente se sentiu perder o sorriso ao vê-la aparentemente ressentida e ofendida com a sua própria presença ali, parecia estar de alguma forma contrariada. Antes que fosse capaz de se expressar, viu-a erguer à frente dos seus olhos quatro notas de cinquenta libras e percebeu que aquilo que a levava até ele não era o facto de se querer entregar a si, mas a revolta que ela sentia com o gesto dele.

- O que é isto??? – perguntou Miss K franzindo o sobrolho.
- Notas… - disse Tom não querendo dar importância àquele assunto.
- Eu sei que são notas!!!

- Entra… -
pediu Tom afastando-se para dar espaço a Miss K para entrar no seu quarto, percebendo que ela ia querer falar sobre o assunto e que não tinha ido ter consigo somente para devolver a gorjeta que lhe tinha deixado. Talvez ainda tivesse a capacidade de a fazer mudar de ideias – É a gorjeta que eu te deixei?
- Sim… Tu deixaste-me quase duzentas libras de gorjeta! –
disse Miss K entrando para o interior do quarto de Tom sem tirar o casaco ou pousar a mala, para que ele percebesse que ela estava ali para falar com ele e ir embora. Só tinha entrado no quarto porque sabia que Tom não podia ser visto em público, principalmente a discutir com uma rapariga.
- E tu vieste devolver o dinheiro? – perguntou Tom fechando a porta do seu quarto, encaminhando-se até perto de Miss K.
- Tu não me podes comprar com o teu dinheiro… - disse Miss K pousando o dinheiro de Tom sobre a mesa do seu quarto – Está aqui… Está devolvido!
- Já te disse que não te quero comprar com dinheiro, porque mesmo que isso fosse possível, não ia ter dinheiro suficiente para te comprar… Só te queria ajudar…
- Com duzentas libras???
- Sim… Eu sei que o dinheiro te faz falta e gostei muito do restaurante e do teu trabalho… Tirando a parte do balde de gelo… -
disse Tom cruzando os braços sorrindo de forma libidinosa, tentando aligeirar a tensão que sentia no ar.
- Eu não posso aceitar duzentas libras Tom!!! Isso é o que eu ganho em dez dias de trabalho!!!
- Ou num dia em que eu apareço para te fazer uma visita… Aceita o dinheiro… Tu mereces cada cêntimo… -
disse Tom percebendo perante a falta de palavras de Miss K que ela tentava arranjar outras formas de o contrariar, mas que não as encontrava devido ao nervosismo que parecia tomar conta do seu corpo. Ela ainda o desejava e não era pouco – … Foi só isso que te trouxe até aqui?
- Não… Também te quero pedir que não voltes a brincar com os meus sentimentos! –
disse Miss K muito segura de si olhando Tom nos olhos.
- Eu não quero brincar com os teus sentimentos, nunca quis…
- Depois daquilo que fizeste hoje, e que me podia ter custado o meu trabalho, não é o que parece!

- Alguém te disse alguma coisa?
- Não… Mas isso não significa que ninguém tenha reparado e que em conversa com o gerente eu não possa vir a ter problemas!
- Se tiveres problemas eu ajudo-te a encontrar outro trabalho… -
disse Tom como se o trabalho dela não tivesse significado para si.
- Como se isso fosse muito fácil!!! Tu estás muito mal acostumado, sabes? – disse Miss K incrédula com o que ouvia – E se eu gostar do trabalho que tenho? E se eu não me quiser a arriscar a ser despedida pelos teus caprichos? Tu só estás aqui de visita! Amanhã ou depois de amanhã vais embora e a tua vida continua, mas eu moro aqui, eu dependo daquele trabalho para estudar… O mínimo que podias fazer era ter consideração por mim e respeitar-me! A vida não é fácil para algumas pessoas!

- Foi assim tão mau? Não gostaste de estar mais próxima de mim e de sentir os meus lábios de novo? –
perguntou Tom encostando-se à parede que dava acesso ao corredor.
- Não é isso que está em questão… - disse Miss K sentindo-se atrapalhada pela forma como ele estava a tentar aos poucos provocá-la – Eu podia ter perdido o meu trabalho só porque te apeteceu brincar comigo!
- Ok… Desculpa… -
disse Tom tentando adoptar um ar sério, voltando a atacar e pressioná-la na direcção daquilo que queria ouvir - … Era só isso que me querias dizer?
- Tu não percebes… -
disse Miss K suspirando de forma audível mostrando a Tom a clara insatisfação por aquela conversa que não a ia levar a lado nenhum, e farta de se torturar começou a encaminhar-se na direcção da porta do quarto para ir embora – Não vale a pena!
- Então explica-me… -
disse Tom segurando nela por um braço, evitando que ela seguisse caminho pelo corredor e saísse do seu quarto. Enquanto Miss K estivesse confinada naquele espaço, haveria esperança.

- Como é que eu te posso explicar o que é amar alguém se tu não sabes o que isso significa? – disse Miss K sentindo a mão dele sobre o seu braço como algo que instigava um fogo no interior do seu corpo. Olhou para ele nos olhos e sentiu-se perder na imensidão dos seus sentimentos. Como é que era possível amar tanto alguém que era ao mesmo tempo o seu maior pecado e sonho? Iria carregar para sempre consigo aquilo que lhe tinha feito no passado, mesmo que tivesse feito de tudo para apagar e emendar os seus erros. Mas os momentos perfeitos que tinha vivido nos braços de Tom também seriam para sempre recordados. Era inevitável qualquer homem que se aproximasse de si ser comparado com ele, o seu primeiro e verdadeiro grande amor, aquele que a fazia suspirar passado tanto tempo, aquele que a fazia sentir-se como uma criança perdida num mundo de doces e fantasias. Queria explicar-lhe como era difícil estar perante ele e rejeitá-lo quando tudo o que o seu corpo lhe pedia estava ali à sua frente, como era difícil dizer-lhe que não desejando gritar que sim, mas sabia que ele nunca iria ter a capacidade de a perceber porque sabia que o seu amor não era recíproco – Tu não sabes o que é sentir o coração na boca sempre que ouves falar de alguém, ou sempre que esse alguém te vem à cabeça… Não sabes o que é acordar a pensar em ti e deitar-me a imaginar onde estarás e com quem… Não sabes o que é sentir as pernas tremerem sempre que te aproximas de mim e o meu corpo pedir pelo teu cada vez que me tocas… Tu não sabes o que é nada disso… Como é que eu te vou explicar que tudo o que fazes pode potencialmente ser uma maneira de brincares com os meus sentimentos? Principalmente quando me apareces à frente vindo do nada e fazes de tudo para corromper o meu coração e os meus princípios… Eu não quero sair disto tudo mais magoada do que já estou… Percebes isso? Não quero ceder ao que sinto por ti de forma não pensada, para amanhã perceber que errei ao fechar os olhos a algo que esteve à minha frente o tempo todo e que eu optei por não ver!

- Eu não te posso dar mais do que aquilo que estou disposto a dar… -
disse Tom assustado com aquilo que ouvia, sem saber o que dizer.
- Eu não estou à espera que queiras namorar comigo… Só quero que sejas sincero e que te entregues de forma pura, sem jogos… Que me sintas em ti não como uma one night stand mas como alguém de quem gostas… E alguém que gosta muito de ti… - disse Miss K de forma envergonhada.
- Tu sempre foste mais que uma one night stand para mim… - disse Tom sentindo o seu corpo reagir à excitação de saber que ela o desejava e parecia estar a ceder a si. Queria jogá-la contra a parede e beijá-la de forma louca, matando a falta que ela lhe fazia.
- Mas foi isso que me fizeste sentir quando me pediste para sair da tua vida… - disse Miss K afastando-se ligeiramente dele, entrando novamente para o interior do quarto para continuar a conversa. O olhar de Tom não deixava escapar o medo que sentia ao ouvi-la declarar-se a si. Talvez desta vez, mesmo que sem ser de forma propositada, o conseguisse afastar de si com a revelação dos seus sentimentos mais puros e sinceros.
- Eu só te pedi para sair porque não conseguia viver com o facto de tu te teres aproximado de mim por interesse e de vires a mando do Mercier… Mas agora já percebi que tudo o que se passa na minha vida nos últimos meses tem a mão dele, e tu foste a única que foi contra ele e que lutou por mim…
- E fui provavelmente a única que tive direito a ter uma porta aberta para sair da tua vida…
- Mas também foste a única que eu quis de volta… Quando eu fecho uma porta não a volto a abrir, nunca mais… Não há segundas hipóteses comigo… E contigo houve uma segunda hipótese e pode haver uma terceira se tu quiseres… Só depende de ti… -
disse Tom aproximando-se dela humedecendo os lábios como se, se preparasse para a beijar e consumar o fogo que sentia no seu interior - Eu só pedi para saíres da minha vida porque pensei que fosse o melhor para mim… Eu sabia que não ia conseguir estar afastado de ti… Eu rejo-me pelo desejo, e o meu desejo por ti é impossível extinguir… Mas tu reges-te por amor… Eu tinha a certeza que ias ser capaz de te manter afastada de mim… Porque o teu amor é forte e capaz de qualquer sacrifício…
- Não sei se isso é uma coisa boa… -
disse Miss K sentindo o seu coração demasiado fraco com a aproximação de Tom e as palavras dele que a atingiam certeiras no coração.

- O que é que eu preciso fazer para acreditares em mim? – disse Tom aproximando-se dela o máximo que lhe era permitido, olhando-a de forma intensa e afogueada.
- Respeitares a minha vontade…
- De te manteres afastada de mim, quando eu sei que tudo o que queres é estar comigo? –
perguntou Tom tomando a face dela com ambas as mãos.
- Sim… - disse Miss K sentindo-se perder as forças, ao mesmo tempo que abanava a cabeça levemente de cima para baixo.
- É mesmo isso que queres? – perguntou Tom infiltrando uma mão na nuca dela acariciando-a de forma doce mas forte e segura – Queres que te deixe e que vá à procura de outra?

- Fazeres chantagem psicológica com uma mulher que te ama é no mínimo baixo e de mau carácter!!! –
disse Miss K tirando as mãos de Tom do seu corpo, segura de que ele não a respeitava e provavelmente nunca iria respeitar.
- Eu não estou a fazer chantagem psicológica… - disse Tom em sua defesa, sabendo que não tinha muito como contestar aquela afirmação – Só quero que percebas o que o teu não significa para mim, e aquilo que vou fazer no momento em que saíres pela porta do meu quarto… Não te estou a pressionar… Eu respeito-te se é essa a tua vontade, mas não me peças para deixar de viver só porque tu não queres viver comigo! Eu quero muito estar contigo, mas se tu não queres… Eu vou procurar alguém que queira e que apague o fogo que acendes em mim… Não é a primeira vez que o faço, e pelos vistos não será a última…
- Não me apontes o dedo pelas tuas one night stands!!! –
disse Miss K sentindo o seu coração apertar ao ouvir o que Tom dizia. Não queria ser a razão pela qual Tom procurava outras mulheres, nem agora, nem nunca.

- Porque é que achas que eu fui para a cama com a Paige???
- Nós estávamos juntos quando foste para a cama com ela!!! Não te desculpes comigo… Isso é ainda mais baixo!!! Tu sabes como isso me magoou e me magoa!!! –
disse Miss K sentindo uma tristeza profunda tomar conta de si, desejando procurar uma forma de sair daquele quarto o mais rápido possível e ver-se livre daquele sentimento que a consumia.
- Nós estávamos juntos mas tu não estavas comigo naquela noite… - disse Tom desejando tocar-lhe e fazer aquela confusão toda ir embora – Eu estava à procura de ti… Ela tinha o teu cheiro e o teu batom…
- Pára!!! –
disse Miss K sentindo as palavras dele como balas no seu coração já desfalecido – Eu não quero saber pormenores…
- Não foi a primeira vez que procurei uma mulher na esperança de te encontrar a ti… -
disse Tom de forma cruel sabendo que a magoava – E hoje vou fazer o mesmo… Se encontrar alguém que se assemelhe a ti vou trazê-la para este quarto e fazer-lhe tudo o que te desejo fazer neste momento…
- Talvez fosse altura de resolveres os teus problemas de outra forma… Olha bem para a confusão que os teus desejos impensados te causaram!!! -
disse Miss K apontando para si mesma, sentindo nojo de estar no quarto onde Tom levava as mulheres com quem tinha sexo. Sentia-se resumida a uma delas.

- Eu preciso apagar-te de mim… - disse Tom mordendo o lábio inferior em desejo, ao mesmo tempo que cerrava os olhos.
- Eu também… - disse Miss K deixando que os seus olhos se enchessem de lágrimas – Nada disto é saudável e tu não me fazes bem…
- Não percebes que esta é a única maneira que conheço para lidar com o que me perturba??? É a única maneira de apagar o que sinto, o que penso, o que sou… -
disse Tom não se orgulhando daquela ser a cura para os seus males mas reconhecendo que o sexo era provavelmente o seu vicio, aquilo que o fazia sentir-se bem consigo mesmo por mais que estivesse debilitado. Sempre tinha sido o seu refúgio.
- Se tudo o que queres é um orgasmo, podes fazer isso sozinho, não precisas de mim, nem de ninguém…
- Porque é que haveria de querer estar sozinho quando posso estalar os dedos e ter quem eu quiser? –
disse Tom de forma arrogante.

- Tens razão… - disse Miss K sentindo que tinha atingido o seu limite de sofrimento e que estava prestes a começar a chorar de forma compulsiva em frente de Tom e não queria que ela a visse tão fragilizada - Vai apagar o teu fogo numa pega qualquer que te queira comer, e que deseje ser usada para te fazer esquecer quem tu não consegues ter…
- Só vai ser difícil o processo de selecção… A oferta é mais que muita… -
disse Tom querendo provocá-la e ver-se livre dela o quanto antes. Se ela não queria estar consigo não tinha direito a criticá-lo daquela forma.
- Porque é que não telefonas à do outro dia??? Não me digas que ela não te deixou satisfeito… - disse Miss K virando-se de costas para Tom para limpar uma lágrima que teimosa tinha insistido em cair dos seus olhos.
- Boa ideia… - disse Tom encaminhando-se até ao roupeiro para tirar um casaco do seu interior dando a entender que ia à procura de companhia naquele momento – A Gabi sabe fazer um homem feliz… Ela é capaz de encher as medidas a qualquer um…
- Óptimo!!! –
disse Miss K encaminhando-se até à porta do quarto de Tom sem olhar para ele, por sentir novas lágrimas a escaparem dos seus olhos sem serem convidadas para tal – Vou-te deixar sozinho… Precisas de te preparar para o teu grande encontro desta noite…

- Espera… -
disse Tom pegando nas chaves do quarto, no telemóvel e na sua carteira, para colocar tudo nos seus bolsos – Eu vou contigo…

Miss K sentiu as suas pernas estacarem no sítio onde estava e a sua mão parar o movimento que efectuava de abrir a porta do quarto dele, para se virar para trás e olhar para a forma como ele metia alguns objectos no bolso. Sabia que Tom era um homem de palavra e que ir para a cama com uma mulher diferente todas as noites era algo tão natural como ter de comer para sobreviver, mas não esperava realmente que ele o fosse fazer, não depois das palavras que tinham trocado, não sabendo que ele o ia fazer por raiva e por despique. Sentiu o seu coração explodir e percebeu que a dor que ele lhe infligia por estar tão perto, mas tão distante de si era realmente superior a qualquer dor que ele lhe pudesse causar por um novo desgosto.

- Vais mesmo…? – perguntou Miss K a medo, enxugando as lágrimas silenciosas que caiam dos seus olhos.
- Eu disse que ia… - disse Tom pegando no seu perfume para se borrifar três vezes, e olhar para o espelho ajeitando o lenço que tinha sobre a cabeça – Porquê? Ainda duvidas de mim? Agora mais do que nunca preciso de alguém que me faça esquecer que te vi…
- Já te pedi para não me usares como desculpa… -
disse Miss K sentindo-se ainda pior que anteriormente – Não percebes como isso me magoa???

Tom preparava-se para lhe responder quando ouviu a porta do seu quarto bater com toda a força. Olhou na direcção da porta e percebeu que tinha ido longe demais, Miss K tinha abandonado o seu quarto de rompante, mostrando a sua indignação a tudo o que se estava a passar. Tom certificou-se que tinha a chave do quarto consigo e correu até à porta para sair e ver Miss K apressada no final do corredor. Fechou a porta do seu quarto e correu até ela, apanhando-a somente quando ela já estava na zona dos elevadores e tocava freneticamente no botão para chamar um elevador, como se isso fosse fazer com que o elevador chegasse mais rápido e ela pudesse evitá-lo. Olhou para Miss K sem saber o que dizer. Devia-lhe um pedido de desculpas pela forma arrogante e altiva como lhe tinha falado, mas o seu orgulho não o deixava verbalizá-lo. Sentia-se rejeitado e magoado. Se ela soubesse como era especial e como a desejava, se soubesse como nunca tinha vivido nada tão intenso com nenhuma outra mulher, como tinha medo de admitir que magoá-la lhe custava de forma excruciante porque gostava demasiado dela. Podia não a amar, mas ela era o que de mais próximo ele tinha tido a uma relação e não deixava de ser uma mulher perfeita aos seus olhos, pelo corpo perfeito que tinha e por tudo o que tinha feito por si e continuava a fazer. Olhou para Miss K e percebeu que ela estava a fazer de tudo para o evitar e que também ela não sabia o que dizer. Ou será que não tinha mais nada para lhe dizer? Humedeceu os lábios tomando coragem para falar, mas quando se preparava para o fazer chegou o elevador e Miss K entrou no seu interior de forma apressada como se quisesse fugir de si. Tom perdeu a coragem de falar. Entrou no interior do elevador e para não violar o espaço dela colocou-se na ponta oposta do mesmo, olhando para ela de soslaio. Os seus olhos estavam aguados e mostravam-se feridos e repletos de mágoa. Tom levou as mãos à cara, enterrando a cabeça nelas. Detestava aquele ambiente que se fazia sentir, não sabia lidar com a pressão que sentia dentro de si, precisava realmente de um escape. Sentiu o elevador parar de forma abrupta, e tirou as mãos da cara para ver Miss K com a mão sobre o botão que parava o elevador. Sentiu uma réstia de esperança dentro de si e o seu corpo aquecer. Viu Miss K virar-se de frente para si com um olhar exausto e cansado de sofrimento e teve medo de a magoar mais, a dor que via nela já parecia ser impossível de suportar.

- E se eu te pedir para não procurares ninguém…? – disse Miss K num misto de voz trémula e sussurro de dor.
- … Porque é que eu haveria de não procurar alguém? – respondeu Tom de forma praticamente retórica, mas desejando que ela lhe desse a única razão capaz de o fazer mudar de ideias.
- Tens razão… Não há nada que te prenda ao que eu te peço, ou ao que sinto por ti… - disse Miss K suspirando sem saber como matar a dor que a consumia de forma tão atroz

- Fala!!! – disse Tom aproximando-se dela, ao perceber que ela ia voltar a carregar no rés-do-chão para o elevador andar, colocando-se entre ela e os botões para evitar que ela o fizesse - Diz-me de uma vez por todas aquilo que tens preso dentro de ti… Diz que me desejas e que não consegues conceber a ideia de me veres a ir ter com outra quando tudo o que desejamos é estar um com o outro e esquecer que o resto existe… … - disse Tom tomando a cara dela com ambas as mãos aproximando a sua face da dela, louco por a beijar e por ouvi-la dizer que o desejava tanto quanto ele a desejava naquele momento - Eu sou teu esta noite e em todas as noites que me quiseres… Usa-me, abusa de mim… Ou então ama-me… Faz qualquer coisa… Não me deixes escapar-te das mãos… Não é isso que nenhum de nós quer….

- Ensaiei este discurso tantas vezes… -
disse Miss K colocando ambas as mãos sobre as mãos de Tom que estavam sobre o seu rosto, fechando os olhos, deixando que duas lágrimas escorressem dos seus olhos – Tentei negar-te para mim mesma tantas vezes … - disse Miss K sentindo o elevador começar a andar e ser puxado para cima, fazendo com que as mãos de Tom a largassem e ele se afastasse com medo que a qualquer momento o elevador parasse e entrassem novos passageiros – Mas é muito mais difícil estar contigo e dizê-lo à tua frente… Tu tiras-me as forças… É difícil negar-te… É difícil afastar-me de ti… É difícil saber que vais ter com outra… Mas eu não quero sofrer mais… Não percebes isso?
- K… -
começou Tom por dizer sentindo o elevador parar e calando-se.

As portas abriram e pelo elevador entrou um homem de idade com que Tom já se tinha cruzado anteriormente naquele mesmo espaço quando estava com Bill e seguiam caminho até ao seu primeiro encontro com o advogado. Miss K chegou-se para trás ficando ao lado de Tom para dar espaço ao senhor para entrar. Ele cumprimentou-os com as boas noites, ao qual Tom sorriu e acenou com a cabeça, mas Miss K não se sentia capaz de falar, as lágrimas escorriam pelo seu rosto de forma ininterrupta, e sentia que se abrisse a boca naquele momento iria começar a soluçar. O senhor carregou no rés-do-chão e virou-se para trás ao ouvir uma fungadela de Miss K. Sorriu-lhe amistosamente e com um sorriso nos lábios disse:

- Ele foi malandro consigo? Estes jovens de hoje em dia não sabem as pedras preciosas que têm nas mãos… Mas não fique assim querida, ele é bom rapaz com certeza, e para estar a chorar assim é porque o ama muito… Olhe que quando menos esperar tem a minha idade… A vida é muito curta… Tenho a certeza que não vai querer olhar para trás e arrepender-se deste momento… Aproveite agora… Não o deixe escapar!

Miss K sorriu. O senhor não fazia a mínima ideia do que estava a falar, mas as suas palavras tinham algum fundo de verdade e ajustavam-se de alguma forma à sua situação. Olhou de soslaio para Tom e viu os olhos dele brilharem na sua direcção como se implorasse que ela ouvisse aquilo que o senhor de idade lhe dizia. Antes que dessem conta o elevador chegou ao rés-do-chão e o senhor esperou que a porta abrisse para se voltar a virar para trás e acrescentar:

- Não saiam… Vão falar e resolver os vossos problemas… Não gosto de ver meninas bonitas a chorar!
- …Vamos falar melhor? –
perguntou Tom a Miss K de forma sentida.

Miss K olhou para ele e limpando as lágrimas que tinha no rosto, abanou a cabeça de forma afirmativa.

- Obrigado… - disse Tom com um sorriso ao senhor que saia agora pela porta do elevador de sorriso nos lábios, desejando-lhes o resto de uma noite mais feliz que até ali. Tom voltou a carregar no botão que os levava até ao sétimo andar e esperou que as portas se fechassem para se virar de frente para Miss K e perceber que ela estava demasiado fragilizada com tudo o que estava a acontecer – O senhor tem razão no que disse… Tu não vais querer olhar para trás e arrepender-te deste momento… Eu vejo em ti a dor de saberes que eu vou estar com outra pessoa a pensar em ti… Estás a sofrer por saber que me podes ter e não queres…
- Porque é que não podes simplesmente ficar sozinho esta noite? –
perguntou Miss K olhando para ele de forma desesperada.
- Tu não queres estar comigo, mas também não queres que eu esteja com ninguém!!! Já viste o quão injusto isso é??? Estás-me a pedir para deixar de viver…

- Achas mesmo que eu não quero estar contigo? –
perguntou retoricamente Miss K sentindo o seu coração tão fraco quanto o seu corpo. A dor e o amor consumiam-na.
- Então diz-me que queres estar comigo… - disse Tom chegando-se à frente para travar o elevador no quinto andar, evitando que chegassem ao seu destino final, e virando-se para Miss K acrescentou – Quero ouvir-te dizer isso da tua boca… Porque eu desejo-te tanto quanto te desejei a primeira vez que te vi…
- … Eu quero… Quero muito estar contigo…
- Então sê minha esta noite… -
disse Tom aproximando-se para encostar o seu corpo ao dela contra a parede do elevador e levar ambas as mãos ao seu rosto tomando-o de forma segura e sensual – Eu só te quero a ti…

- Dá-me uma razão para ficar contigo… -
pediu Miss K olhando para ele sentindo-se atingir por uma onda de calor ao sentir todo o corpo de Tom pressionado contra o seu e a forma possante como as mãos dele se apoderavam do seu rosto.
- Só uma??? Isso é difícil… Consigo pensar em milhares… A começar pelo facto de que é o que eu quero, mas também é o que tu queres… Porque eu não aguento mais estar afastado de ti, porque em breve me vou embora… Porque me amas… Porque estás aqui! Tu vieste ter comigo, ao meu quarto porque me queres e desejas e sentes o mesmo fogo que eu… Estou farto de olhar para ti e fantasiar o momento em que vou estar contigo de novo… Preciso de mais… - disse Tom fazendo as suas mãos deslizarem pelas curvas do corpo dela, demorando-se no seu peito – Porque aquele beijo que tentei não te dar quando estávamos no restaurante, ficou encravado em mim… Porque eu quero um orgasmo teu… Preciso que te venhas e preciso estar dentro de ti para te sentir… Foda-se preciso de ti… Não é de uma one night stand, não é de uma pega qualquer… É de ti… Deixa-me apagar a tua tristeza e o fogo que sentes…
- … Queres torturar os meus sentimentos para teu prazer pessoal… -
disse Miss K sentindo a sua respiração começar a descontrolar-se e o seu corpo arrepiar-se ao som das palavras de Tom.
- A noite toda… - disse Tom deslizando as suas mãos para as costas de Miss K, agarrando-a com força pelo rabo e puxando o corpo dela contra o seu como se a quisesse consumir ali mesmo.

Tom ouviu Miss K soltar um leve gemido e sem se controlar atacou os lábios dela de forma possante e selvagem, queria possui-la de forma irracional e animalesca. Sentia um desejo louco por ela e uma necessidade de a ter fora do normal. Nenhuma outra pessoa naquela noite seria capaz de matar a fome que o seu corpo tinha, somente ela. Sentiu os lábios dela deixarem escapar uns sons de contentamento, e as suas mãos procurarem abraçá-lo e acariciarem as suas costas ao mesmo tempo que Tom entrelaçava os seus lábios nos dela e procurava que a sua língua reconhecesse uma vez mais todos os cantos daquela boca que sempre tinha adorado beijar. Sentia o sabor dela misturado com o perfume que ela trazia, e uma excitação demasiado incontrolável para se manter naquele elevador por muito mais tempo. Afastou-se do corpo dela sem qualquer vontade e voltou a carregar no botão para o sétimo andar. Precisava de chegar até ao seu quarto o quanto antes.

- O que é que eu estou a fazer? – perguntou-se retoricamente Miss K levando as mãos à cabeça como se ainda se perguntasse se não estava a cometer um grande erro.
- A seres feliz… - disse Tom voltando a abraçá-la pela cintura, beijando-a de forma sensual e fugaz.
- Apetece-me esquecer tudo e deixar-me levar pelo momento… - disse Miss K abraçando o corpo dele pela cintura empurrando-o até à porta – Não me faças arrepender, por favor…
- Nunca… Vou fazer-te sonhar com esta noite por muito tempo… -
disse Tom sentindo as portas abrirem, soltando-se do corpo dela com medo que alguém pudesse estar no corredor.

- Vais-me fazer sonhar com as estrelas de Hamburg de novo? – perguntou Miss K à medida que saía do elevador e mordia o lábio inferior pela conotação que no passado as estrelas de Hamburg tinham para si.
- De Hamburg, de Londres e do Universo… - disse Tom espreitando para o corredor para perceber que ninguém estava à vista, aproveitando para abraçar a cintura dela e procurar beijar os seus lábios de forma astuta e desenvolta enquanto se encaminhavam até à porta do seu quartoHmmm… Minha Miss K…
- Não me chames Miss K… -
pediu ela afastando-se dos lábios de Tom – Isso pertence ao passado…
- Como quiseres… -
disse Tom encostando-a à porta do seu quarto para a beijar um pouco mais, ao mesmo tempo que procurava a chave do quarto nos bolsos das calças, sentindo as mãos dela abraçarem o seu corpo e introduzirem-se nos bolsos de trás das suas calças.

Tom encontrou as chaves e sem descolar os seus lábios dos dela, abriu a porta e mandou a chave para dentro do quarto, abraçando-se ao corpo de Miss K, obrigando-a a entrar, fechando a porta atrás de si com o pé direito. Sentiu as mãos dela despirem o seu casaco e procurou tirar-lhe a mala que trazia sobre o ombro esquerdo e despir o casaco dela, ao mesmo tempo que a beijava ininterruptamente sem conseguir saciar a fome que aqueles lábios lhe provocavam e ambos se desfaziam dos sapatos que traziam calçados. Sentiu Miss K forçá-lo brutamente a encostar-se contra uma parede do corredor que dava acesso ao quarto e os braços dela abraçarem-no pelo pescoço, ao mesmo tempo que deixava os seus lábios deliciarem-se em beijos descontrolados pelo prazer de sentir a força do piercing de Tom novamente sobre a sua boca. Deixou as suas mãos deslizarem sobre as formas perfeitas do seu corpo curvilíneo e empurrou Miss K em frente, fazendo-a embater de costas na parede do corredor que estava à sua frente. Levou os seus lábios até ao pescoço dela beijando-a de forma sensual, enquanto sentia as mãos delas acariciarem a sua nuca, e deu consigo mesmo a comprimi-la contra a parede em movimentos ondulatórios como se ensaiasse o momento em que voltaria a unir-se com ela. Levou os seus lábios até à boca de Miss K, e regressou aos beijos que o deixavam loucos de prazer. Colocou uma mão por entre os cabelos dela, e deixou que a outra deslizasse até ao seu rabo redondo e provocante e a puxasse para si como se não se quisesse demorar muito mais em possuí-la. Sentiu as mãos de Miss K introduzirem-se por debaixo da sua t-shirt e arranharem as suas costas de forma dolorosamente sedutora, fazendo com que Tom soltasse um grunhido e mordesse o lábio inferior dela. Miss K saltou para o colo dele, que prontamente a segurou pelo rabo e levou até à mesa do seu quarto para a deitar sobre ela e continuar a sessão de beijos de forma selvagem e primitiva. Tom estava irremediavelmente excitado e desejoso de finalmente cumprir com o seu desejo de a ter novamente sobre a sua cama. Puxou a túnica de Miss K para cima e sorrindo ao ver o piercing no umbigo dela, beijou, lambeu e sugou a sua barriga de forma incessante. Não conseguia manter os seus lábios afastados daquele corpo, um segundo que fosse. Ergueu-se direito e perante o olhar ardente dela, tirou a t-shirt que tinha sobre o corpo e soltou o cinto das suas calças, que largas procuraram refúgio no chão do quarto, perto da sua t-shirt que já lá se encontrava. Miss K sentou-se sobre a mesa e enrolando as suas pernas à volta do corpo dele, puxou-o até si. Sentiu as mãos de Tom procurarem a sua túnica e puxá-la para cima sem mais demoras, atirando-a para o chão. Os olhos dele olhavam para o seu peito como uma vontade de o devorar. Miss K sorriu e levando as mãos atrás das suas costas, desapertou o soutien e deixou que ele escorregasse pelos seus braços tentando ainda mais Tom. Sentiu as mãos dele apoderarem-se do seu peito e os seus lábios procurarem satisfazer o desejo de a beijar, mordiscando levemente a sua pele. Miss K beijou o topo da cabeça de Tom e pegando na face dele, levou os seus lábios até si para sentir a destreza e mestria que ele colocava no poder dos seus beijos. Sentiu Tom afastar-se do seu corpo e reparou pela justeza dos boxers dele que estava fatalmente excitado com todos aqueles preliminares fogosos. Levou as mãos ao peito de Tom passando as suas mãos pelo seu peito definido, deslizando-as até aos seus vincos e beijou-o.

- Tinha tantas saudades tuas… - disse Miss K de forma afogueada sem saber onde encontrava força na respiração para falar.
- Deixa-me matá-las… - disse Tom aproveitando o facto de ela ter as pernas enroladas à sua volta, para a voltar a pegar ao colo, beijando os seus lábios de forma sedenta, pousando-a de pé sobre a cama para abraçar as suas pernas e beijar o seu umbigo – Tu deixas-me louco…
- Tal como tu me deixas a mim… -
disse Miss K apoderando-se da face dele para o beijar de forma fugaz, sentindo as mãos de Tom largarem-na e procurarem as calças que tinha mandado para o chão em busca de um preservativo num dos seus bolsos – Rápido… Não te demores muito… Não consigo ter-te afastado de mim…
- Confessa que sou viciante… -
disse Tom sorrindo de forma perversa ao encontrar um preservativo nos seus bolsos e exibi-lo a Miss K.
- És mais que isso… Se fosses só um vicio não estavas tão entranhado no meu corpo… Tu já és parte de mim…
- Eu gosto de estar entranhado no teu corpo… De todas as maneiras possíveis… -
disse Tom aproximando-se da cama para puxar as leggings e as cuecas de Miss K para baixo de uma só vez, deixando-a a nu à sua frente.

Tom lambeu uma linha imaginária do corpo de Miss K que ia desde a sua zona púbica ao seu umbigo e perante o sorriso sensual e feminino que o deixava louco, abraçou-a pelas pernas e deitou-a sobre a cama.

- Não aguento mais… Preciso de ti… Preciso estar dentro de ti… - disse Tom puxando os seus boxers para baixo, rasgando a embalagem de preservativo que tinha na mão colocando o preservativo em si mesmo, olhando para a forma como Miss K mordia o lábio inferior enquanto olhava perversamente para si a fazê-lo – Não me olhes assim… Estás-me a deixar ainda mais louco…
- Ainda bem…
- Como é que consegues ter este efeito em mim?
- Anda cá e eu mostro-te… -
disse Miss K esfregando uma das suas pernas sobre o peito de Tom.

Tom humedeceu os lábios e subindo sobre a cama, deitou-se sobre o corpo dela e deixou que os seus lábios a possuíssem de forma determinada e emocionante. Miss K abraçou-se ao corpo dele, arranhando as suas costas de forma dura, sentindo-o gemer entre os seus lábios. Deixou que uma das suas mãos deslizasse até ao rabo dele e apertou-o com uma vontade imensa de o sentir no seu interior novamente. Estar com Tom e sentir a força e vitalidade com que ele a desejava, fazia-a esquecer-se que existia um mundo lá fora. Tudo em que conseguia pensar era nele e quão perfeito era o modo como os seus corpos se procuravam e queriam. Sentia cada toque dele com o dobro da intensidade. Estar afastada de Tom tinha sido um flagelo para si, reencontrá-lo e pertencer-lhe naquela noite, por mais que se viesse a registar como um erro, fazia-a desabrochar e sentir-se feliz. Depois de muitas semanas de dor e sufoco, sabia bem sentir a felicidade apoderar-se do seu coração e da sua vida novamente. Ele era tudo pelo qual o seu coração batia. Era a força que a impulsionava para se levantar todas as manhãs e lutar por um futuro melhor. Queria ser melhor por ele e para ele. Nunca seria capaz de deixar de o desejar como amante e homem, ele era a sua alma gémea entre lençóis, mesmo que fora deles a vida não fosse tão simplificada. Obrigou o corpo de Tom a rodar sobre a cama e colocou-se sobre ele ganhando uma posição de dominância. Olhou Tom nos olhos e perante a excitação exacerbada que ambos sentiam no corpo, sentou-se sobre o colo dele e puxou-o pelas mãos, obrigando-o a sentar-se sobre a cama também. Segurou na face de Tom e beijou-o de forma assanhada e carregada de sentimento.

- Pensei que nunca mais te ia ter… - disse Miss K beijando o queixo dele, percorrendo a linha do seu maxilar em beijos, enquanto sentia as mãos dele abraçarem o seu corpo e acariciarem-na de forma viril – Quero-te tanto…
- Então não me faças esperar mais… –
pediu Tom beijando o ombro direito dela, olhando-a de seguida nos olhos para que ela sentisse o calor que já percorria o seu corpo.
- Nem mais um segundo… - disse Miss K deslizando uma mão sobre o tronco de Tom até às suas partes íntimas, posicionando-o à entrada do seu corpo, deixando-se sentar sobre o corpo dele, sentindo-o entrar no seu interior de forma profunda Ahhh… O meu corpo está completo de novo…
- Perfeito… -
disse Tom fechando os olhos sentindo-se regressar ao corpo que o fazia sentir-se primitivamente humano.

Miss K abraçou-se ao pescoço de Tom e unindo os seus lábios aos dele, deixou que o seu corpo cavalgasse sobre ele com destreza e agilidade, reconhecendo cada sensação de prazer e ardor que aquele corpo lhe provocava como a união perfeita de dois corpos. Sentiu os lábios de Tom procurarem o seu pescoço e moveu-se sobre o corpo dele sentindo-o entrar e sair de si estimulando-a de forma esmagadoramente perfeita. Tomou os lábios dele por assalto, sugando o piercing que ele tinha sobre os lábios ao mesmo tempo que emitia pequenos gemidos de prazer por senti-lo no seu interior.

- O teu cheiro… - disse Tom deslizando uma mão sobre o peito dela, prendendo os seus lábios ao seu pescoço para sugar toda aquela essência que o deixava louco.

Miss K arqueou o seu corpo para trás deixando que Tom a acariciasse de forma mais vincada, e aprisionando Tom no seu interior roçou o seu corpo vezes e vezes seguidas nele, sentindo o seu grau de excitação exceder-se em muito. Sentiu as pernas de Tom abrirem, e as mãos dele deitarem o seu corpo para trás sobre a cama, deixou que Tom colocasse as suas pernas sobre os ombros dele e se inclinasse sobre o seu corpo tomando-o de assalto de forma rude e áspera, fazendo com que Miss K soltasse gemidos de prazer descontrolados. Sentiu-o entrar e sair de si em golpes rápidos e profundos e aumentar a velocidade a que a penetrava quando o prazer de ambos já era algo para além do normal num encontro casual com qualquer outro corpo que não fosse o de ambos. Unidos, o prazer que sentiam era sempre superior ao normal, era isso que os tornava tão magnéticos e necessitados de se darem. Miss K fechou os olhos e sentindo-o perfurar o seu interior a uma velocidade excitadora e instigada sentiu o seu corpo ceder à onda de espasmos esmagadora que se apoderava do seu corpo, ao mesmo tempo que soltava um grito contido de prazer, e dos seus olhos escorriam duas lágrimas que a relembravam do prazer e força com que amava e sentia aquele homem dentro de si.
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