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 [FF] - Kampf der Liebe

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Catarina Kretli
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Catarina Kretli
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Catarina Kretli


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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeDom Set 11, 2011 10:07 pm

Gabi sendo forte por ela e por todos, isso é que é ser uma grande mulher. Tom vai conseguir se segurar ? Acho que não hein, a primeira oportunidade que ele tiver vai matar a Mercier e uma vez só. Miss K não resistiu a tentação e foi com tudo mas dá para entender, afinal ela não é de ferro. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' matando a saudade com grande estilo e não é pra menos para um Kaulitz né ? OKSOPAKSOPA (:
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeQua Set 14, 2011 2:58 pm

-


Última edição por Fox em Sex Set 26, 2014 9:30 pm, editado 1 vez(es)
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dikas
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeDom Set 18, 2011 8:32 pm

HaLloOoOoOoOo \o/ \o/ \o/


CaTaRiNaAAaAAaa
A Gabi é realmente incrivel = )
Pois..... n m admirava nd k o Tom aproveitasse a primeira oportunidade para matar o Mercier GrRrRrRRrRrrr.......
Pois...... O Tom é realmente irrresistivel, ele sabe disso.... e a Miss K n é mm d ferro!!! *.* E depois há k matar saudades m grd estilo MESMO.... se é para matar saudades, é para matar saudades!!!!



FoOoOoOOx
Olha a tua foto lindaaaaaaaaa!!!!!
LolOLololOLololOLololOlolOL Faço os possiveis sweety =p
A Gabi é mesmo uma santa!!!!!!!!!
ViVa a Nicky.... tomara k ela dê uns bons kicks e faça do Mercier um sako de boxe GrRrRRrRRrRrr......
LoOLolOlolololOL Yah..... Cerebros a venderem.s no e.bay é k era...há mt gente k precisava d um!!!! GrRrRrrRrRr.......
LolOlolOLOL fiko kontente k gostes de ver a K de voltaaaaaa!!!!! E k gostes do koração grande dela......d todas as formas possiveis, if you know what I mean =p LolOlololOL Ela n pode mesmo ir abaixo.... E o Tom k se comporte!!!!!! =p

3 respostas:
1) Não....
2) N é sweety.... preciso de férias ... depois logo se vê =p LolOlol
3) LolOlololOL Já sim..... mas n passou disso..... mas kem sabe um dia big boss =p LolOlolOL




* * * KiSsEsSsSsSSss * * *




156

[FF] - Kampf der Liebe - Página 17 156wf

Bill estava deitado sobre a cama, enrolado apenas numa toalha de banho, observando Gabi escolher a roupa que ia vestir naquele dia. Sentia-se genuinamente feliz, Gabi fazia-lhe bem. Sabia que o seu mundo estava prestes a descambar mas ao lado dela sentia-se forte o suficiente para enfrentar tudo o que se avizinhasse. Colocou as mãos por detrás da cabeça suspirando de forma sonora e viu Gabi parar de fazer aquilo que fazia para olhar para si e sorrir.

- Adoro ver-te a arranjar… - confessou Bill retribuindo o sorriso à sua amada – Adoro olhar para ti… Acho que era capaz de ficar um dia inteiro assim, deitado nesta cama a apreciar-te…
- Tonto! –
disse Gabi a rir, encaminhando-se até Bill para lhe depositar um beijo nos lábios, sentindo as mãos libertinas de Bill tentarem arrancar do seu corpo a toalha de banho que protegia a sua intimidade Tuuuuu
- Eu e tu é muito mais divertido! -
disse Bill sugerindo perversamente aquilo que ia na sua mente.
- És mesmo tonto! – disse Gabi ajeitando a toalha que tinha à volta do corpo, depositando um novo beijo nos lábios quentes dele.

Gabi encaminhou-se até à mesa do quarto e de dentro de uma bolsa que ali tinha pousada e onde trazia os seus acessórios para a viagem, retirou o pequeno diamante que costumava usar antigamente como adereço no nariz. Encaminhou-se até ao grande espelho do quarto e tirou a argola que tinha no nariz, substituindo-a pelo pequeno diamante.

- Estás a mudar o piercing? – perguntou Bill, sentando-se direito na cama para a observar.
- Sim… Estou farta da argola!
- Quando te conheci tinhas o diamante… -
disse Bill com um sorriso apaixonado – Gosto muito desse diamante… Mas tudo te fica bem! Ainda não te disse mas estou a pensar fazer mais um piercing…
- Outro?
- Sim… Queres fazer um comigo?
- Hmmm… Não tenho nada que gostasse de furar neste momento… -
disse Gabi guardando a argola na bolsa dos seus acessórios – Sempre quis ter um piercing no nariz e no umbigo… Estou satisfeita com eles por enquanto… - e virando-se para Bill inclinou a cabeça de maneira que ele visse o piercing que tinha colocado e perguntou – … Gostas?
- Muito!!!
- Ainda bem… -
disse Gabi encaminhando-se até ele para se sentar na borda da cama, abraçá-lo pelo pescoço e beijar os seus lábios de forma apaixonada – Mas se quiseres posso fazer-te companhia quando fores furar…
- Adorava, mas acho que não podemos arriscar-nos a sermos vistos juntos… -
disse Bill depositando um beijo no nariz de Gabi.
- Tens razão… - disse Gabi suspirando e sorrindo de forma divertida perguntou – E estás a pensar furar o quê? Não é o nariz, pois não?
- Não! –
disse Bill a rir – Ainda não sei o que furar, mas há imenso tempo que me apetece fazer outro furo e como o Tom vai aumentar os furos das orelhas, estava a pensar juntar-me a ele e ver o que me apetece furar na altura… Tinha pensado furar as orelhas também…
- Como o Tom? –
perguntou Gabi alarmada. Não imaginava Bill com tubos nas orelhas.
- Não, furos normais… Mas depois quando chegar lá, logo vejo o que me apetece fazer… - disse Bill beijando os lábios de Gabi para ser interrompido pelo telemóvel dela que começava a tocar.

- Desculpa amor… - disse Gabi separando-se dos lábios de Bill para se esticar sobre a cama e pegar no telemóvel que estava sobre a sua mesa-de-cabeceira e anunciar – É a minha mãe…
- A minha sogra! -
disse Bill a rir, piscando um olho a Gabi – Atende!

- Estou mãe… -
atendeu Gabi deitando-se na cama ao lado de Bill – Sim ainda estou em Inglaterra mas devo voltar para casa amanhã ou depois de amanhã, porquê? Precisas de alguma coisa? … Oh Deus … Mas como é que ele está??? … Quando é que foi operado? – perguntou Gabi com um semblante visivelmente preocupado dando a entender a Bill que algo se tinha passado com algum membro da sua família – Quanto tempo vai ficar internado? ... Vou ver se arranjo uma passagem para voltar ainda hoje… Eu sei, eu sei, mas eu quero estar com ele… Digo-te alguma coisa assim que souber… Não fiques assim mãe… Oh não chores… Já está tudo bem, foi só um susto… Não tarda nada estou de volta para te dar um grande abraço e estarmos todos unidos, está bem? Sê forte mãezinha… Adoro-te! ... Eu tenho sempre cuidado comigo, não te preocupes, vai correr tudo bem… Adeus, beijinhos! Obrigada por telefonares a avisar!

Gabi desligou o telefone e respirou fundo ao mesmo tempo que o voltava a pousar sobre a mesa-de-cabeceira. Olhou para Bill sem saber como lhe dizer que tinha de regressar o quanto antes para a Alemanha, mas confiante que ele ia perceber as razões que a levavam a querer regressar a casa, uma vez que ele tinha ouvido a conversa que tinha acabado de ter com a sua mãe e percebia que era um caso urgente e que a sua família precisava de si. A família de Bill também era unida e não o imaginava a querer estar em qualquer ponto do globo, sabendo que alguém que lhe era próximo estava no hospital.

- O que é que aconteceu? Quem é que foi operado? – perguntou Bill preocupado, passando uma mão sobre a face transtornada dela.
- O meu irmão Stefan… Desculpa amor eu preciso mesmo de regressar… Se quiseres ficar por cá…
- Não! Tudo o que tínhamos a tratar aqui, está tratado… Queres que peça ao Jost para tratar das passagens de regresso? –
perguntou Bill querendo tirar aquele peso de cima dos ombros dela.
- Não, eu trato disso… - disse Gabi depositando um beijo nos lábios dele para de seguida se levantar da cama e pegar na primeira coisa que tinha à frente para vestir – Falas com o teu irmão?
- Sim… Mas o que é que aconteceu? –
perguntou Bill preocupado.
- O meu irmão já andava há dois dias a queixar-se com dores e hoje levaram-no ao hospital porque ele dizia que não se conseguia mexer e os médicos disseram que era uma apendicite aguda, mas acho que quando o foram operar perceberam que o apêndice estava tão infectado que já tinha perfurado e tinha dado origem a uma peritonite… Ele tinha acabado de sair do bloco operatório agora quando a minha mãe me telefonou… - disse Gabi vestindo umas cuecas e um soutien – Quero estar com a minha família neste momento…
- Claro…
- Quero ir ao hospital ver como é que ele está… A minha mãe disse-me que ele é capaz de ficar internado cinco ou seis dias dependendo de como o corpo dele recuperar da cirurgia, e que depois tem de ter descanso absoluto… -
disse Gabi vestindo umas calças de ganga.

- Queres que vá contigo? Gostava de estar ao teu lado e apoiar-te… - disse Bill levantando-se da cama para encaminhar-se até ela e dar-lhe um abraço forte percebendo que ela estava nervosa com tudo o que se tinha passado.
- Não podes amor… - disse Gabi abraçando-se ao corpo dele – Adorava ter-te ao pé de mim, mas se é arriscado ir contigo fazeres um piercing, imagina o quão pior é entrares num hospital cheio de gente de mão dada comigo! Não… Eu vou sozinha e mantenho-te a par de tudo o que se passa… Além disso quero que conheças a minha família mas numa situação normal, não quero que se conheçam num corredor de hospital…
- Por mim não tem problema… Mas eu compreendo… A tua família precisa de apoio e acho muito bem que queiras estar com o teu irmão e com eles… Não é a altura certa para eu me intrometer! -
disse Bill depositando um beijo doce nos lábios dela para de seguida se separar de Gabi e procurar também ele alguma coisa para vestir.
- Não ficas chateado comigo, pois não? – perguntou Gabi com medo que ele entendesse mal as coisas.
- Nunca amor, não te preocupes… É hora de estares ao lado deles e quando o teu irmão estiver recuperado, combinamos um jantar lá em casa ou assim, para eles me conhecerem melhor…
- Sim… -
disse Gabi encaminhando-se até ele para o abraçar – E assim dá-me tempo de os preparar…
- Preparar?! Para quê?
- Para falar sobre ti e o que sinto por ti…

- Tu nunca falaste aos teus pais e aos teus irmãos sobre mim??? –
perguntou Bill impressionado. Não estava à espera que Gabi o mantivesse num total segredo.
- Não… - disse Gabi sentindo-se envergonhada com a forma intensa como ele olhava para si – Eu queria ter falado com eles na altura em que nós acabámos, porque as coisas estavam a ficar mais sérias entre nós… Mas depois… Acabámos! Optei por guardar a nossa relação para mim mesma, até porque seria difícil explicar aos meus pais e aos meus irmãos que eu andava contigo e que estávamos muito apaixonados, quando tu apareces em todo o lado com a Nicky Fuller… Nem sei como é que eles vão reagir a isso…
- A Nicky!!! –
disse Bill levando as mãos à cabeça percebendo a grande embrulhada em que estava metido e como os pais de Gabi iam odiá-lo por saber que ele andava com a filha deles e com outra mulher ao mesmo tempo – Os teus pais vão esfolar-me vivo!!!
- Pelo menos os meus irmãos vão… -
disse Gabi a rir do ar desesperado dele – A nossa situação é muito complicada para explicar a dois pais conservadores e a dois irmãos super, hiper, mega protectores… Mas eu estou disposta a isso… Eu amo-te, e se eu compreendi tudo o que se passa na tua vida, eles também hão-de compreender, mesmo que este mundo seja muito diferente daquilo que eles estão habituados!

- Os teus pais são conservadores??? –
perguntou Bill ainda mais em pânico – Mas tu tens piercings e tatuagens!!!
- Tiveram de se habituar! As tatuagens já é coisa de família, os meus irmãos também têm e eles são mais velhos e desbravaram o caminho… Comigo foi mais fácil, principalmente porque as minhas tatuagens estão escondidas e são pequeninas e femininas, não chocam ninguém, ao contrário do meu irmão Jan que tem metade do braço tatuado… Mas os piercings foi mais complicado… Nenhum dos meus irmãos tem… Fiz o piercing no umbigo quando tinha 16 anos e consegui escondê-lo até ter 23… Não foi mau… -
disse Gabi a rir – O do nariz é que é impossível esconder, e ouvi muitos sermões do meu pai, mas lá se acabou por conformar…
- Ele vai-me detestar!!! –
disse Bill em pânico.
- Eles sabem que eu trabalho para ti… Com o tempo vão aceitar… - disse Gabi abraçando-se a ele – Eu não estou preocupada amor, não penses mais nisso… O que interessa é que nos amamos e queremos estar juntos, os outros só têm que aceitar…
- Mas eu gostava que a tua família gostasse de mim…
- E vão gostar… Pode é demorar um bocadinho! Mas eu sou muito convincente e vou fazer-lhes a cabeça… Vais ver… -
disse Gabi a rir, beijando os lábios de Bill.

- Talvez seja melhor só falares com os teus pais depois do contrato terminar… Já não falta muito tempo… - sugeriu Bill – E assim o teu irmão Stefan tem tempo de recuperar da cirurgia…
- E ter um ataque cardíaco e voltar para o hospital… -
disse Gabi a rir, vendo a cara de pânico de Bill – Estou a gozar tontinho!!! Relaxa… Não vai ser assim tão mau… Mas os meus irmãos não te vão facilitar a vida…
- Eu sei… Lembro-me bem das histórias que me contaste sobre eles gostarem de afastar os teus pretendentes… Estou tão fodido!!!

- Hmmm… É melhor nem dizer o que me passou pela cabeça… -
disse Gabi a rir de forma compulsiva.
- Diz... – pediu Bill assustado com a forma como ela se ria da sua desgraça.
- É perverso…
- Então agora é que tens mesmo de dizer!!! -
disse Bill ficando mais interessado no assunto.
- Ok… - disse Gabi de forma envergonhada – Tu disseste que estavas fodido…
- Sim…
- E eu pensei: Sim… É verdade… Mas não é por causa dos meus irmãos… É por causa de mim… A única pessoa que te fode sou eu…

- Hmmm…. Adoro essa mente perversa… -
disse Bill assaltando os lábios de Gabi de forma entusiasta – E se passasses as tuas fantasias para a realidade?
- Parece-me perfeito… -
disse Gabi beijando Bill de forma arrojada, arrancando do corpo dele a toalha que tinha à volta da cintura – Mas antes, tens de falar com o Tom para saber se ele quer regressar connosco ainda hoje, para eu reservar os bilhetes de avião… Depois podemos tornar todas as nossas fantasias realidade…
- Dizes isso assim e ainda me provocas??? -
disse Bill afogueado olhando para si mesmo, totalmente nu à mercê dela.
- Adoro provocar-te… Já devias saber isso… - disse Gabi levando os seus lábios ao peito de Bill, brincando com o piercing que ele tinha sobre o mamilo.
- Tens a certeza que não me queres agora… Eu não sei se consigo esperar calmamente até te ter novamente… – disse Bill pegando na face dela para levar os lábios de Gabi até aos seus e beijá-la apaixonadamente, sentindo o desejo fervilhar dentro de si.
- Tenho… - disse Gabi olhando-o nos olhos – Porque isto tem de ser tratado o quanto antes e eu quero tempo para estar contigo… Se é para tornar as minhas fantasias realidade, vou dar-te trabalho meu amor…

- Okkkk…. Vou telefonar ao Tom… -
disse Bill soltando-se de Gabi imediatamente para tratar daquele assunto o quanto antes e poder estar com ela como desejava.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


- Não, não, por mim é na boa, quando vocês forem eu também vou… – disse Tom o mais baixo que conseguia para não incomodar Miss K que dormia ao seu lado, enquanto ele sentado na cama falava com o seu irmão por telefone - Ok, vou preparar tudo… Até logo…

Tom desligou o telefone e pousou-o sobre a mesa-de-cabeceira. Voltou a deitar-se e espreguiçou-se com vontade. Olhou para ela e sentiu-se envergonhado ao perceber que ela tinha acordado e que olhava para si com um sorriso extremoso nos lábios.

- Desculpa, acordei-te com o barulho… - disse Tom virando-se de lado para ficar de frente para ela.
- Não tem problema… - disse Miss K sorrindo. Não havia melhor acordar no mundo que aquele ao lado do homem que amava - Bom dia…
- Boa tarde… -
disse Tom corrigindo-a a rir.
- Que horas são?
- Duas e meia...
- Já??? –
disse Miss K com pena do tempo ter passado a correr - Às cinco tenho de estar no restaurante…
- Eu também tenho de ver se faço a mala…
- Já vais embora? -
perguntou Miss K sem vontade de se ver afastada dele por tempo indeterminado.
- Sim, o meu irmão tem de estar amanhã de manhã sem falta em Hamburg… Vamos hoje à noite…
- Isso quer dizer que é a última vez que vamos estar juntos… Não te vou ver mais… -
disse Miss K abraçando o corpo de Tom como se já sentisse falta dele.
- Sim, parece que esta é a nossa despedida… Temos de aproveitar… - disse Tom guiando a cabeça dela até aos seus lábios para a beijar - Gostaste da noite de ontem?
- Era possível não gostar? –
disse Miss K sorrindo de forma radiosa, beijando Tom de seguida.
- Hmmm… Boa resposta… - disse Tom sentindo o seu ego em alta – Eu disse que não te ias arrepender…
- Nunca tive dúvidas de que não me ia arrepender do que passássemos juntos, o meu problema é o amanhã… Mas não quero pensar nisso… -
disse Miss K abraçando o corpo dele por entre um suspiro sentido – Deixa-me continuar a sonhar…

- É impressão minha ou estás-te a baldar às aulas? –
perguntou Tom na brincadeira.
- Parece que sim… Tu desencaminhas-me! – disse Miss K a rir, acariciando o peito dele.
- És uma baldas!!! - disse Tom fazendo-lhe cócegas.
- Preferias que eu tivesse ido às aulas? – perguntou Miss K por entre um ataque de riso, ao mesmo tempo que se afastava dele e sentava-se na cama para fugir às suas investidas.
- Não… - disse Tom puxando o corpo dela para cima do seu, infiltrando as suas mãos no cabelo dela ao mesmo tempo que procurava os seus lábios de forma desenvolta – Mas agora já podes ir embora…

- O quê?! –
perguntou Miss K olhando para ele com medo de ter ouvido aquilo que julgava ter ouvido. Ele não podia estar a mandá-la embora de forma tão directa depois da noite que tinham passado juntos e de ela lhe ter aberto o seu coração em relação ao medo que sentia de ser usada por ele e descartada como um objecto.
- Adorei estar contigo… - disse Tom passando uma mão sobre o cabelo dela de forma ternuranta - Foi muito bom… Adorei matar saudades do teu corpo… Mas agora talvez seja melhor ires embora… Tens de ir trabalhar e eu gostava de ficar sozinho…

- Estás-me a pedir para ir embora ou a expulsar-me? –
perguntou Miss K saindo de cima de Tom para se sentar ao lado dele e olhá-lo com o coração nas mãos.
- Estou a sugerir que talvez seja melhor… - começou Tom por dizer sentando-se direito na cama.
- Eu não acredito… - interrompeu-o Miss K sentindo o seu coração ser esfaqueado sem dó nem piedade, levantando-se da cama para procurar as suas cuecas e leggings que estavam no chão e vesti-las – Como é que és capaz de me fazer isto depois de tudo o que aconteceu???
- Foi só sexo… Eu tenho coisas para fazer, tu tens de estar no restaurante às cinco… É melhor cada um seguir o seu caminho… -
disse Tom justificando-se.

- Deixa-me adivinhar… Nunca mais me queres ver à frente??? – perguntou Miss K olhando Tom nos olhos, sentindo lacrimejar uma dor profunda.
- Ou por trás…
- Era este o teu conceito de não me fazeres arrepender de nada do que acontecesse entre nós??? –
perguntou Miss K pegando no soutien que tinha no chão, vestindo-o – Tu não tens mesmo sentimentos… Eu só sirvo para ser um corpo que te dá prazer… Dás-me nojo!!!

- Estou a brincar!!! –
disse Tom a rir, ajoelhando-se sobre a cama de sorriso nos lábios – Achas mesmo que eu te ia expulsar do meu quarto???
- Não brinques comigo!!! –
disse Miss K sentindo lágrimas silenciosas escorrerem dos seus olhos, sem saber se haveria de acreditar nele ou não.
- Desculpa… - disse Tom indo até aos pés da cama para a puxar pela cintura até si, abraçando-a e beijando o seu umbigo de forma arrojada – Achei que podia ter piada…

- … Estavas mesmo a brincar? –
perguntou Miss K com medo.
- Claro totó!!! – disse Tom a rir, puxando o corpo dela para a cama, deitando-se sobre ela para a olhar nos olhos e limpar as lágrimas que escorriam – Eu disse-te que não te ia expulsar mais da minha vida… Vim para ficar até ambos querermos…
- Estúpido!!! –
disse Miss K batendo no peito dele com os punhos cerrados, chorando de forma nervosa.
- Desculpa… - disse Tom sorrindo ao mesmo tempo que tentava fugir dos punhos dela – Não quero que vás embora… Não estou satisfeito… Quando estou contigo preciso sempre de mais…
- Estúpido!!! –
repetiu Miss K desta vez abraçando-se ao pescoço dele, apertando-o com força com medo de o perder. Sentia-se tão debilitada pela forma credível como ele lhe tinha dito tudo aquilo – Fizeste-me sentir horrível…
- Pensei que não fosses acreditar em mim… -
disse Tom procurando os lábios dela para a beijar.
- Foste bastante convincente… Além disso depois de tudo o que se passou entre nós, tenho sempre o coração nas mãos quando estou contigo… - disse Miss K tentando controlar o nervosismo que ainda ia em si – Eu gosto mesmo de ti Tom… Não brinques com os meus sentimentos… Já é duro o suficiente amar-te e não ser correspondida…

- Desculpa… -
disse Tom novamente, beijando-a de forma ágil e doce para a compensar pelo sucedido – Queres almoçar comigo? Podíamos tomar banho, encomendar qualquer coisa para comer e despedirmo-nos em grande…
- Sem mais brincadeiras Sr. Viagra!!! –
disse Miss K a rir.
- Chegou-te aos ouvidos a história do viagra? – perguntou Tom a rir.
- Acho que chegou aos ouvidos de toda a gente… - disse Miss K a rir e interessada sobre o assunto acrescentou - Isso é mesmo verdade? Nunca notei que precisasses de viagra, aliás era capaz de dizer que os cientistas te deviam estudar como um caso de virilidade… Estás sempre pronto para mais e és insaciável e incansável… A não ser que tomes viagra às escondidas… O que explicava muitas coisas…
- Hey hey… Não duvides das minhas capacidades de garanhão… -
disse Tom assaltando os lábios dela de forma selvagem, passando a sua mão direita sobre as curvas dela, deliciado com aquele corpo – Nunca precisei de viagra, nem vou precisar tão cedo… Só quis fazer uma experiência, mas correu mal…
- Ainda bem! –
disse Miss K mordendo o lábio inferior de Tom.

- Estás com ciúmes??? – perguntou Tom a rir.
- Ciúmes não… Mas alguma inveja… Embora preferisse que não tivesses ido para a cama com outra e que não tivesses usado químicos para isso…
- Outras… -
corrigiu Tom sugando o lábio inferior dela.
- Hmmm… Estou a ver que foi uma noite animada…
- Não tens noção… -
disse Tom com um ar perverso – Mas não precisas de ter ciúmes nem inveja, tu és o meu viagra natural… Basta olhar para ti, sentir o teu cheiro e o meu corpo desperta…
- Ainda bem… -
disse Miss K beijando-o com vontade – Se tens de usar viagra, prefiro que o uses com outras, comigo quero tudo ao natural… Gosto de saber que sou capaz de te deixar louco sem precisares de químicos que ponham a tua vida em risco...
- E deixas… És capaz de me deixar insano por ti… Um verdadeiro animal… Rawwrrrr… -
grunhiu Tom imitando um leão ao mesmo tempo que fazia deslizar as leggings e as cuecas dela para baixo.
- Uuuhhhh… Estou cheia de medo… - disse Miss K a rir, fazendo-o rodar sobre a cama, sentando-se sobre o corpo dele para acariciar o seu peito ao mesmo tempo que o beijava de forma ávida – Tenho tanto medo que se pudesse não ia trabalhar…
- Não vás…
- Preciso de ir… Mas vou estar com a cabeça em ti… -
disse Miss K beijando Tom de forma astuta e sensual.

- Talvez não fosse má ideia largares o teu emprego por uns tempos… - sugeriu Tom.
- Porquê? – perguntou Miss K sem esperar aquele comentário de Tom – Eu preciso do dinheiro para pagar a faculdade…
- Não sei, mas imagina que a Paige ou o Mercier te fazem alguma coisa… É muito fácil saber onde tu andas… Todos os dias tens a mesma rotina… -
disse Tom falando de forma séria e preocupada – Talvez até devesses estar uns tempos afastada da faculdade quando o processo começar… Mais vale prevenir…
- E o que é que vou fazer entretanto? Ficar fechada em casa? Como é que pago a faculdade se não trabalhar e não tiver dinheiro para isso?
- Eu posso-te ajudar… -
disse Tom sentando-se, vendo Miss K chegar-se mais para trás nas suas pernas, dando-lhe espaço – Podes vir ter connosco a Hamburg, lá estás mais segura…
- E fico aonde? Com que dinheiro? E quando fores em tour? –
perguntou Miss K espantada com o facto de Tom lhe estar a sugerir que ela fosse para perto de si por uns tempos.
- Logo vemos… Mas quer fiques em Hamburg ou vás comigo, longe da Paige e da tua rotina diária estás mais protegida que aqui… - disse Tom abraçando a cintura dela.

- Estás preocupado comigo? – perguntou Miss K a derreter-se em amor com a preocupação de Tom.
- Sim… Tu és especial para mim… Não quero que te aconteça nada, principalmente por minha causa…
- Acho tão querido que te preocupes… -
disse Miss K abraçando-o pelo pescoço com força, suspirando de amor com a doçura dele – Mas não tenho medo do que possa acontecer… Por enquanto vou continuar a viver a minha vida normalmente, depois logo vemos se é preciso mudar alguma coisa…
- Depois pode ser tarde demais… -
disse Tom com medo que algo muito mau acontecesse a Miss K por não estar devidamente protegida.
- Com os seguranças que vocês contrataram e o alarme que mandaram instalar em minha casa, acho que não me preciso de preocupar… - disse Miss K beijando-o de forma doce.
- Espero que não… - disse Tom levando os seus lábios ao pescoço dela para a mordiscar de forma sensual – Podes pelo menos aceitar o dinheiro que te deixei ontem? Quero ajudar-te de alguma maneira…
- Tom… Depois do que se passou entre nós, ofereceres-me dinheiro não é uma boa ideia… -
disse Miss K afastando o seu pescoço dos lábios dele para o olhar seriamente – Eu percebo que me queiras ajudar, mas o que é que isso fazia de mim?
- Não... Não te estou a oferecer dinheiro por causa de nada do que se passou… Não fiques a pensar isso! Seria incapaz de oferecer-te dinheiro pelo que aconteceu… -
disse Tom atrapalhado. Não queria que ela pensasse que queria pagar pelo sexo esplêndido que tinham tido na noite anterior.
- Eu sei… Mas se ontem não achava muita piada ao facto de me ofereceres dinheiro, só porque sim… Hoje acho ainda menos… Acho que consegues compreender isso…
- Claro… -
disse Tom respirando fundo, procurando os lábios dela – Mas eu sei que te faz falta…
- Por isso é que trabalho… Ganho o meu próprio dinheiro…
- E esse dinheiro foi ganho enquanto trabalhavas… -
disse Tom sentindo as mãos dela apoderarem-se das suas costas, arranhando-o lentamente de alto a baixo, provocando-o com diversos arrepios.
- Mas o cliente estava emocionalmente transtornado pelo meu poder de sedução… - disse Miss K mordendo o lábio inferior dele de forma agressiva fazendo com que ele soltasse um gemido.
- E fisicamente também… Se tu soubesses como ele estava fisicamente demente, tinha-lo violado naquela casa de banho… - disse Tom assaltando os lábios dela de forma selvagem.
- Se soubesse o que sei hoje, tinha-o violado muito antes que isso…

- Que me dizes de acompanhar-me num banho escaldante? –
sugeriu Tom humedecendo os lábios ao mesmo tempo que levantava e baixava as sobrancelhas de forma rápida mostrando a sua verdadeira intenção com aquele banho.
- Hmmm… Que convite irrecusável… - disse Miss K levantando-se de cima dele – Vou pôr a água a correr… Fico à tua espera…

Miss K piscou o olho a Tom e encaminhou-se até à casa de banho de forma lenta e sensual, abanando as ancas propositadamente por saber que Tom estaria a olhar para si e sentir-se-ia ainda mais provocado e aliciado em segui-la. No caminho despiu o soutien que ainda trazia vestido e virou-se de frente para Tom mandando o soutien para que ele o apanhasse. Tom apanhou o soutien e sorriu ao vê-la continuar o seu caminho até à casa de banho como se fosse um felino. A sensualidade em Miss K era inata, o corpo dela tinha sido desenhado para levar os homens à loucura. Levou o soutien dela até ao nariz e cheirou-o ficando louco com a intensidade a que conseguia sentir o perfume dela naquele pedaço de lingerie. Pousou o soutien e fechou os olhos levando as mãos à cabeça. Era impossível não ficar louco com ela. Como é que tinha pensado que seria capaz de lhe resistir? Ouviu a água do chuveiro começar a correr e de sorriso no rosto, levantou-se da cama, desejoso de a possuir. Quando se preparava para se encaminhar até ela ouviu Miss K soltar um grito estridente de pânico e sair da casa de banho a correr.

- O que foi??? – perguntou Tom assustado.
- Está um bicho na casa de banho… - disse Miss K abraçando-se ao corpo dele enojada com o habitante da casa de banho de Tom.
- Tudo isto por causa de um bicho??? – perguntou Tom a rir.
- É nojentoooo!!!
- … Mulheres! -
suspirou Tom em forma de desabafo, ao mesmo tempo que se ria e dava um beijo em Miss K para ir até à casa de banho ver que bicho era capaz de a aterrorizar daquela forma.

Chegado à casa de banho procurou por toda a parte o bicho que podia ter provocado aquela reacção em Miss K e após muito procurar encontrou um insecto de proporções pequenas que se assemelhava a um escaravelho mas mais longo e pequeno. Não sabia que bicho era aquele mas não era minimamente ameaçador. Riu-se de forma sonora e pegando num pedaço de papel higiénico fê-lo deslizar para cima do papel e saiu da casa de banho com ele.

- Foi isto que te assustou? – perguntou Tom a rir.
- Ahhhhh que nojo… - disse Miss K afastando-se o máximo que conseguia de Tom – É horrível…
- Mas não morde! Não se vai transformar num insecto assassino e matar-nos aos dois sem dó, nem piedade… Não precisas ter medo!
- Não é medo, é nojo!!! O que é que vais fazer com ele?
- Pô-lo fora do quarto… -
disse Tom encaminhando-se até à porta – Não o vou matar só por querer aprender como é que dois seres humanos fazem sexo… É voyeur mas não merece a forca por isso…

Miss K desatou-se a rir com aquilo que ele dizia, ao mesmo tempo que Tom abriu a porta do quarto apenas o necessário para espreitar e ver se alguém estava no corredor, e apercebendo-se que ninguém andava por ali, largou o bicho fora do quarto.

- Obrigada… - disse Miss K encaminhando-se até Tom enquanto ele fechava a porta do quarto para o abraçar e beijar.
- Agora o único animal aqui dentro sou eu, e eu não te faço mal… Se não quiseres… - disse Tom com um sorriso devasso, procurando os lábios dela e o seu corpo com as mãos.
- Podes fazer o que quiseres comigo… - disse Miss K puxando-o até à casa de banho.
- Não devias dizer isso… Sou bem capaz de te comer viva com o desejo que sinto em mim…
- … Podes fazer o que quiseres comigo! -
voltou Miss K a repetir de forma lenta e provocadora, ao mesmo tempo que entrava para debaixo do chuveiro e passava as mãos sobre o seu próprio corpo ao sentir as primeiras gotas de água escorrerem sobre o seu corpo.
- Hmmm… Arriscas-te tanto… - disse Tom louco de desejo, sugando o piercing que tinha nos lábios.
- Sempre gostei de apimentar as coisas quando estou contigo… Vem… - disse Miss K puxando o corpo de Tom para debaixo da água e beijá-lo de forma impetuosa e atrevida – Quero aproveitar cada segundo ao teu lado… Ainda tenho saudades de ti…
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeTer Set 20, 2011 8:41 pm

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[FF] - Kampf der Liebe - Página 17 157hng

Tinha decorrido uma semana desde o regresso de Bill, Tom e Gabi à Alemanha. O irmão de Gabi já estava em repouso absoluto em casa. O processo contra Mercier estava instaurado e em breve ele seria notificado e levado até à justiça para pagar pelos seus erros.

Gabi tinha passado a noite em casa dos gémeos em Hamburg. Naquela manhã eles tinham saído para irem finalmente a uma loja de piercings de sua confiança para que Tom alargasse os furos das orelhas e Bill furasse as orelhas também. Gabi aguardava pacientemente pelo regresso deles enquanto se entretia na sala a ver um filme, rodeada pelos cães dos gémeos que dormiam calmamente em seu redor no chão e no sofá. Gabi sentia-se tão confortável que num dos intervalos do filme adormeceu, só acordando com o barulho dos cães a levantarem-se e ladrarem para correrem até à porta receber os seus donos. Gabi espreguiçou-se num longo suspiro e levantou-se curiosa para ver as novidades que o seu amor trazia para lhe contar, mas para seu espanto, somente Tom entrava pela porta de casa.

- O Bill ficou a arrumar o carro… - disse Tom percebendo pelo olhar de Gabi a decepção de só o ver a ele – Eu tive de entrar o quanto antes porque a anestesia está a passar e não aguento as dores... Foda-se… Acho que eles me alargaram isto demais…
- Mas fica-te bem… Eu gosto… -
disse Gabi observando com atenção as orelhas de Tom.
- Eu também gosto, mas dói como tudo… Deixa-me ir tomar qualquer coisa para as dores… - disse Tom encaminhando-se até à casa de banho onde guardavam os medicamentos para tomar algo que o ajudasse a anestesiar um pouco mais.

Gabi espreitou pela janela e viu Bill sair do carro e encaminhar-se ate à porta. Escondeu-se atrás de um móvel e ao sentir Bill abrir a porta de casa, saltou para a frente do seu caminho, provocando a Bill um susto que lhe valeu um berro e um estado de choque, ao ponto de ficar petrificado à entrada de casa. Gabi riu-se do ar assustado dele e por entre as lamúrias de Bill apercebeu-se que ele trazia uma nova aquisição para além dos furos nas orelhas.

- O que é isso que trazes no nariz? – perguntou Gabi sem saber se havia de gostar daquele objecto metálico que adornava o septum do seu namorado.
- Gostas? – perguntou Bill com medo, ao mesmo tempo que fechava a porta de casa.
- Não sei… É estranho ver-te com isso pendurado… - disse Gabi aproximando-se dele para o abraçar e olhar para o piercing mais de perto – Tinhas dito que não ias fazer nada no nariz…
- Mas o homem da loja tinha um e era tão fixe… Apeteceu-me!
- Ahhh, então está bem! –
disse Gabi a rir abraçando-o com força procurando os lábios dele para o beijar, sentindo-se embater naquela argola que se encontrava no seu caminho.
- Auuuuu…
- Aleijei-te??? – perguntou Gabi preocupada.
- Esta merda dói como tudo… - disse Bill afastando-se de Gabi – Só espero que desinche rapidamente…
- Espero que sim porque não quero ficar afastada de ti eternamente por causa dessa coisa… -
disse Gabi abraçando-se a Bill novamente.

- Não gostas, pois não? – perguntou Bill entristecido.
- Não sei amor… É estranho ver-te assim… É diferente do que estou habituada, mas com o tempo hei de me habituar…
- Pelo menos gostas dos das orelhas? –
perguntou Bill fazendo beicinho, ao mesmo tempo que a abraçava com desejo de a beijar.
- Adoro… Ficam-te muito bem! Tudo te fica bem… - disse Gabi depositando um beijo numa das bochechas dele.
- O do nariz é à experiência, se não gostar, depois tiro… Mas eu gostei do efeito…
- E isso é que importa! –
disse Gabi com um sorriso nos lábios para o assegurar que o ia amar com ou sem piercing – Eu amo-te a ti, e não à quantidade de metal que trazes anexada ao teu corpo!
- Que romântico!!! –
disse Bill a rir abraçando-se a ela com força, com um desejo pulsante de a poder beijar.

- Imagino que os meus irmãos vão adorar conhecer-te com isso no nariz… Tenho a certeza que te vão arranjar mais uns quantos nomes… - disse Gabi a rir.
- Mais uns quantos nomes??? Os teus irmão têm nomes para mim??? – perguntou Bill assustado com a resposta que poderia ouvir.
- Sim… - confessou Gabi por entre um sorriso envergonhado – Eles têm nomes para todos os elementos da banda…
- Tipo o quê?? –
perguntou Bill levantando a sobrancelha direita com medo do que se preparava para descobrir.
- Tipo o Gus é o ursinho carinhoso… - disse Gabi a rir – O Ge é a Miss Alemanha… O Tom ficou recentemente conhecido como o Viagras
- E eu??? –
perguntou Bill em pânico.
- Tu já foste o ouriço-cacheiro, a menina, o Elvis… E agora deves ser o touro… Ou o Bull Kaulitz…. – disse Gabi a rir-se sozinha perante o ar assustado de Bill e as ideis loucas que os seus irmãos teriam para arranjar um novo nome para Bill.
- Oh Meu Deus… Eles detestam-me!!! Nunca me vão aceitar!!!
- Claro que vão… Mas eu disse-te que eles eram muito protectores e os meus pais muito conservadores e tu não lhes estás a facilitar a vida com essa argola no nariz…
- É o meu fim…
- Não me interessa o que eles pensam… Eu amo-te e nada do que eles digam vai mudar isso… -
disse Gabi entranhando as mãos nos cabelos de Bill para o acariciar, olhando-o directamente no olhos que amava – Meu Bullzinho
- Goza, goza
- É giro gozar contigo… Ficas todo picado… -
disse Gabi a rir divertida com a situação.

Bill tentou uma vez mais beijar Gabi ao de leve nos lábios mas o simples toque dela sobre o seu nariz inchado e dorido fê-lo afastar-se e queixar-se novamente de dores. Estava condenado a querer beijar a mulher que amava nos próximos dias e a não conseguir. Aquele piercing só lhe trazia dissabores.

- Que merda!!! Quero-te beijar!!! – disse Bill de forma zangada.
- Depois compensas-me… - disse Gabi piscando-lhe o olho e mordiscando ao de leve o seu queixo.

- Estou cheio de dores!!! – disse Tom regressando à sala, sendo seguido por um dos seus cães como se fosse a sua sombra.
- Tens de dar tempo para o comprimido fazer efeito… - disse Gabi a rir – Quantos é que tomaste?
- Dois…
- Vá lá… Desta vez não foi em overdose… -
disse Gabi a gozar com ele – Vais ver que isso já passa… Tens de dar tempo ao tempo…
- Ah ah ah… -
disse Tom sem gostar da piada – Gostaste da surpresa do teu namorado?
- Que surpresa? –
perguntou Gabi sem perceber onde ele queria chegar.
- O massacre que ele fez ao nariz… - disse Tom apontando para a argola que Bill trazia no nariz.
- Ainda me estou a habituar à ideia… - disse Gabi.

- Não precisas retrair-te… Podes dizer que ele parece um autêntico animal! – disse Tom a rir.
- Mas ele é um animal… O meu animal… - disse Gabi abraçando a cintura de Bill, depositando um beijo no peito dele.
- Não vale a pena tentares provocar-me… Vais sair a perder! - disse Bill com um sorriso vitorioso.
- Vocês não têm graça nenhuma… - disse Tom como se fosse uma criança a querer fazer birra.

Gabi e Bill riram-se de Tom. Acima dos seus risos surgiu o som do telemóvel de Bill que tocava incessantemente. Bill afastou-se de Gabi e pousou a mala sobre o sofá procurando no seu interior o telemóvel. Assim que viu quem lhe ligava trocou um olhar alarmante e intenso com Tom.

- Eu atendo! - disse Tom prontamente, estendendo a mão na direcção de Bill para que ele lhe passasse o telemóvel.
- Quem é? – perguntou Gabi achando estranha aquela troca de olhares.
- É o cabrão, não é? – perguntou Tom para confirmar as suas suspeitas.

Bill olhou para Gabi de forma incomodada. Tinha-lhe feito uma promessa, e por mais que desejasse cumpri-la a vontade que tinha em atender aquele telefonema e matar Mercier com o veneno das suas palavras era excruciante. Só queria uma oportunidade para descarregar toda a raiva que sentia no seu interior.

- É ele??? – perguntou Gabi assustada com o olhar hesitante de Bill.
- Claro que é… - disse Tom andando na direcção de Bill decidido em tirar-lhe o telemóvel da mão para resolver aquele assunto ele mesmo.
- Tom, não faças asneiras, por favor!!! – pediu Gabi assustada com aquela determinação e raiva que via espelhada na postura de Tom – Tu prometeste…
- Este cabrão tem de aprender a lição… -
disse Tom tirando o telemóvel das mãos de Bill para olhar para o visor e certificar-se que era realmente ele – Filho da puta… É preciso ter muita lata!!! - e para surpresa dos presentes, Tom encaminhou-se até Gabi e depositou o telemóvel nas mãos dela – Eu prometi-te… Mas não sei se sou capaz de me controlar, é melhor seres tu a ficar com o telemóvel...

Gabi ficou perplexa a olhar para a atitude de Tom. Por momentos tinha temido que algo pudesse acontecer. Olhou para Bill e viu-o imóvel e especado, sem reacção. Era claro que se sentia provocado e enraivecido com aquele telefonema, os olhos dele não deixavam esconder o auto-controlo que exercia sobre o seu corpo naquele momento. Sentiu o olhar de Bill desviar-se até si como se pedisse desculpa por se sentir tentado a atender o telefone e quebrar a sua promessa, e por entre o silêncio e a troca de olhares ouviu-o dizer:

- Se não atendermos não vamos saber o que ele quer…
- Quer foder-te o juízo!!! -
disse Tom enraivecido – Que mais pode ele querer??? É o mesmo de sempre…
- Sim… -
disse Gabi colocando o telemóvel em silêncio no bolso detrás das suas calças – Tudo o que ele quer é ameaçar-nos e provocar-nos ao ponto de cometermos uma loucura… E eu não vou deixar que isso aconteça!
- Não tens curiosidade? –
perguntou Bill.
- Não… E tu também não devias ter! – disse Gabi encaminhando-se até ele para pegar na sua face com ambas as mãos, olhando-o nos olhos de forma intensa – Não me faças perder a confiança que tenho em ti…
- É muito difícil ficar quieto e calado… -
disse Bill colocando as mãos sobre as mãos de Gabi.
- Eu sei amor… Mas é um pequeno sacrifício que te peço para que tudo corra bem… Não o deixes chegar até ti… Por favor…

Bill preparava-se para responder a Gabi quando o telefone de Tom começou a tocar. Tom tirou o telemóvel do bolso perante o olhar inquieto do seu irmão gémeo e de Gabi e reparando que era apenas Nathalie que lhe telefonava, descansou os restantes.

- É na boa… É a Nat… - disse Tom momentos antes de atender o telefonema – Estou…
- Olá Tom… -
disse Nathalie numa voz consternada – Já sabem as novidades?
- Não… -
disse Tom levantando uma sobrancelha – O que é que aconteceu?
- Estava a tentar telefonar ao Bill para falar com ele, mas ele tem o telefone ocupado…
- É o cabrão do Mercier…
- Uuuuiiii… Já vos está a chatear a cabeça? –
perguntou Nathalie espantada pela rapidez do manager de Nicky – É que vim tomar café com o Jost e a Nova e o advogado telefonou agora ao Jost a dizer que foi entregue uma intimação ao Mercier e que o processo está oficialmente aberto… Para a semana vai ser chamado perante o juiz para a primeira audiência…
- Estás a gozar??? –
perguntou Tom feliz com as novidades – O cabrão deve estar passado!!! Nem sabe onde se meter…

- O que é que se passa??? –
perguntou Bill aproximando-se de Tom para tentar perceber o que se estava a passar.
- O Mercier foi intimado!!! – disse Tom a rir – Até dá vontade de lhe telefonar só para o ouvir disparatar e rir da desgraça dele…
- E o Patrick??? –
perguntou Gabi curiosa.
- Não sei… - disse Tom que por momentos se tinha esquecido que estava ao telefone com Nathalie, e concentrando-se novamente na conversa que estabelecia perguntou – E o Patrick e a Paige?
- Calculo que tenham sido intimados também… O advogado disse que as intimações seguiram todas caminho hoje… Para a semana vão ser colocados frente a frente ao juiz para que ele determine se perante as acusações e as provas apresentadas há caso para seguir em frente…
- Mas isso nós já sabemos de antemão que sim… -
disse Tom com toda a certeza do mundo.
- Estamos a falar das leis americanas, e com o Mercier nunca se sabe… Não seria a primeira vez que comprava um juiz… - disse Nathalie sabendo da influência que Mercier tinha tido sobre a perda da custódia do seu filho.
- Vai correr tudo bem… Ele não tem por onde escapar…
- Espero que não…

- O Jost está por perto? –
perguntou Tom curioso.
- Está, mas ainda está ao telefone com o advogado, ele diz que depois vos telefona para falarem…
- Ok…
- Agora vejam lá não façam nada estúpido em relação ao Mercier… -
advertiu Nathalie – As coisas estão bem encaminhadas, não deitem tudo a perder…
- Podes estar descansada, aquele cabrão de nós só vai ter silêncio a partir de agora… Mas o caralho deve estar tão fodido, mas tão fodido que dá gosto só de imaginar… -
disse Tom a rir.
- Não posso negar… - disse Nathalie a rir também – Mas nada de agir de cabeça quente! Pensa no Bill e em toda a gente que depende que este julgamento corra da melhor forma possível!
- Sim senhora! –
disse Tom numa voz divertida.
- Agora tenho de desligar porque senão a pobre da Nova vai tomar café sozinha e falar com os passarinhos porque eu e o Jost estamos ao telefone… - disse Nathalie a rir.
- Vai lá… Beijos para as duas… - despediu-se Tom – Diz ao Jost que nós ficamos à espera do telefonema dele!
- Ok… Adeus Tom, beijinhos!


Tom desligou o telefone e perante o olhar entusiasmado e curioso de Bill e Gabi, fez-lhes um resumo rápido de tudo aquilo que Nathalie lhe tinha contado.

- Isso quer dizer que: começou… - disse Gabi levando as mãos à boca, sem saber se devia estar aliviada pelo processo estar finalmente a decorrer, se com medo do que Mercier seria capaz de fazer sabendo que tinha toda a gente contra ele.
- Sim… Começou! disse Tom de sorriso bem rasgado – Aquele filho da mãe vai finalmente ter o que merece…
- Vai correr tudo bem… -
disse Bill respirando fundo ao mesmo tempo que ouvia o seu telemóvel começar novamente a tocar. Gabi espreitou para ver de quem se tratava e tirou o som do telemóvel, voltando a guardá-lo no bolso das calças – Tem de correr tudo bem…
- E vai correr! -
disse Gabi abraçando o tronco de Bill com força para que ele se sentisse encorajado com a jornada que tinha à sua frente.
- Quando a comunicação social souber, vai-se passar!!! - disse Tom.
- Eu trato disso… - disse Gabi encostando a face ao peito de Bill apertando-o com mais força nos braços – A mediatização do caso é inevitável, mas temos a Nicky do nosso lado e isso vai ajudar-nos… O público conhece a Nicky Fuller, e não o James Mercier… Num caso em que a Nicky aparece contra o próprio manager, não tenho dúvidas que a opinião publica vai ficar do lado dela… Principalmente quando o lado dela tem vocês os dois associados…
- E nós somos os bons da fita!!! –
disse Tom.
- Eu sei, mas às vezes a comunicação social gosta de tomar partidos e o Mercier é um homem influente que já deve estar a planear uma maneira de jogar todo o processo a favor dele, fazendo-o parecer a vitima… Nada que já não tenhamos previsto… - disse Gabi – Mas eu e o Jost temos falado e vamos fazer os possíveis e impossíveis para que isso não aconteça… Até porque uma vez que o caso seja aberto e os detalhes do processo sejam revelados a público, é impossível o Mercier passar por vitima durante muito mais tempo!

- Ahhh, o que eu dava para ver a cara daquele cabrão neste momento!!! –
disse Tom sentando-se num sofá a rir.
- Até já te esqueceste das dores! - disse Gabi a rir do ar de felicidade de Tom.
- Há prazeres que suplantam em muito qualquer dor que se possa ter… - disse Tom de sorriso nos lábios e a sua mente perversa em funcionamento.

- Eu não atendi o telefone… - disse Bill baixinho, procurando olhar directamente para os olhos de Gabi.
- Eu sei amor… - disse Gabi beijando a bochecha direita dele – Obrigada por teres cumprido com o prometido… O Mercier está a provar o seu próprio veneno… Vamos deixá-lo envenenar-se à vontade…
- Sim, é o melhor que podemos fazer… -
disse Bill acariciando o rosto de Gabi, encostando-o novamente ao seu peito para a poder abraçar com força. Precisava de toda a força que conseguisse arranjar – Não sei o que faria se não te tivesse do meu lado…
- Algo muito estúpido e irracional com toda a certeza! –
disse Gabi a rir tentando reduzir a tensão que se fazia sentir no ar.
- Não tenho dúvidas disso… - disse Bill sorrindo. Não conseguia resistir àquela mulher. E pegando no rosto dela novamente com ambas as mãos olhou-a intensamente nos olhos e nos lábios que amava e acrescentou – Se soubesses como me apetece beijar-te…
- Se soubesses como esse olhar me provoca…
- Que se foda… -
disse Bill puxando o rosto de Gabi até ao seu para envolver os seus lábios nos dela de forma sôfrega e apaixonada, ao mesmo tempo que soltava uma interjeição controlada de dor.

- A NICKY!!! – gritou Tom dando um pulo do sofá com um semblante sério e preocupado, interrompendo o beijo de Bill e Gabi.

- Hmmm….?!? – disse Bill libertando os seus lábios de Gabi.
- Foda-se a Nicky, Bill!!! – disse Tom pegando no telemóvel – Se o Mercier já sabe do processo… A Nicky corre perigo!!!
- Oh Meu Deus!!! -
disse Gabi que nem se tinha lembrado desse pormenor.
- Vais-lhe telefonar? – perguntou Bill preocupado.
- Claro!!! – disse Tom procurando o número de Nicky para começar a ouvir o telefone a tocar e andar de um lado para o outro preocupado – Ela não atende…
- Calma… -
pediu Gabi não querendo que Tom ficasse tão alterado pois deixava-a alterada também.

- Tom… - atendeu Nicky feliz por ouvir a voz dele.
- Estou Nicky… Está tudo bem contigo? – perguntou Tom preocupado.
- Sim…
- O Mercier ainda não te procurou???
- O James? –
perguntou Nicky a rir como se Tom tivesse contado uma piada – O James está neste momento à porta de minha casa a fazer a cena da vida dele!
- Como assim???
- O advogado não vos telefonou? –
perguntou Nicky a estranhar a reacção de Tom.

- Bela merda de advogado que arranjámos! – disse Tom em alemão para Bill e Gabi – Falou com toda a gente menos connosco!
- Isso agora não importa… -
disse Bill.
- Como é que está a Nicky??? - perguntou Gabi alarmada.
- Pelos vistos está bem… - disse Tom, e retomando ao telefonema acrescentou – A Nat telefonou-nos para nos pôr a par do que se estava a passar!
- Ah! Estava a ver… O advogado telefonou-me há cerca de uma hora atrás para me dizer que as intimações iam seguir caminho e que de seguida ia falar com o vosso manager
- Pois, acontece que o Jost é uma gralha e ainda está a falar com ele ao telefone em vez de nos avisar do que se está a passar! O cabrão já está a telefonar ao Bill e tudo… Deve estar possesso!
- Nem fazes ideia…

- O que é que se passa??? O que é que ele te fez??? –
perguntou Tom sentindo-se enraivecer com a ideia de Mercier chegar-se perto de Nicky.
- Nada… - disse Nicky calmamente de forma a tranquilizá-lo – O advogado telefonou-me e eu pedi imediatamente aos meus seguranças que barrassem qualquer entrada do James em minha casa! Se depender de mim, ele nunca mais me vai ver à frente… Acabou! Já não tenho razões para fingir que não sei de nada e que confio nele… Não o quero perto de mim, nem de ninguém que me seja importante!
- O cabrão deve estar a espumar de raiva!!! –
disse Tom a rir como se aquele feito fosse uma pequena vitória – Adorava estar aí para o ver!!!
- Eu também adorava que estivesses aqui, mas não era para o veres a ele… -
disse Nicky um pouco envergonhada com o facto de sentir tanta falta de Tom.
- Íamos celebrar tanto!!!! – disse Tom mordendo o lábio inferior.
- Hmmm…. Eu quero…
- Havemos de ter todo o tempo do mundo para nós!

- És capaz de te concentrar no que interessa??? –
disse Bill de forma impaciente desejoso de saber novidades sobre Nicky, não querendo que a conversa descambasse.
- Calma amor… - disse Gabi passando uma mão sobre o peito de Bill para o acalmar.

- E agora o que é que vais fazer? – perguntou Tom a Nicky percebendo que não tinha espaço nem privacidade para conversas mais intimas.
- Agora vou rescindir o meu contrato com ele! – disse Nicky de forma decidida – Estive a falar com o Michael Sarkov, o manager que me tinha procurado no passado e que está envolvido também no processo… E em principio vou assinar contrato com ele… Ainda nos vamos encontrar para discutir melhor alguns assuntos, mas à partida o negócio está fechado, e mesmo que não esteja, com o James não fico nem mais um segundo!
- O cabrão vai ter um ataque cardíaco!!! –
disse Tom rindo-se alto e a bom som – São só boas novidades!!!
- Não atendo mais os telefonemas dele, está interdito de entrar em minha casa ou no estúdio…
- No estúdio também???
- Sim, telefonei directamente ao Spielberg para lhe dizer que a situação estava incontrolável e que o ia ter de despedir e pedi o especial favor para barrarem a entrada do James nos estúdios porque tenho a certeza que ele fará os possíveis e impossíveis para atormentar toda a gente e perturbar as gravações!
- Isto é muito bom!!! -
disse Tom a rir – O filho da mãe nem sabe para onde se virar!!! Genial Nicky… A sério… Estás a dar com o homem em louco!!!
- Isto não é nada perto do que ele nos fez…
- Mas é um bom começo! –
disse Tom realmente entusiasmado.

- Estou a pensar tirar umas férias… Não sei até que ponto é seguro estar aqui neste momento… Talvez seja melhor ir de férias para algum sitio longínquo onde o James não sonhe que eu possa estar!
- Acho que é uma óptima ideia… -
disse Tom tentando controlar a sua excitação – Quanto mais longe estiveres, melhor!
- Acho que vou falar com o Spielberg para ver se é possível alterar as minhas gravações… Já não me falta filmar muitas cenas, se conseguisse filmá-las todas de seguida, agora ou mais para o final das filmagens era perfeito…
- Acho que fazes bem, é mesmo o melhor para ti neste momento… E acredito que estejas a precisar de descansar e sentir-te em segurança…
- Sim… E acho que vou precisar de muita força para encarar o que nos espera…
- Não tenhas medo… Isto está no papo!!! –
disse Tom confiante de si mesmo.
- Acho que vou esperar pela sentença final para respirar aliviada…
- Mas espero que não queiras esperar tanto tempo para celebrarmos… -
disse Tom de forma perversa.
- Por mim não esperávamos um segundo que fosse… - disse Nicky desejosa de rever Tom.
- Por mim também não…

- Tenho saudades tuas… -
confessou Nicky por entre um suspiro involuntário.
- Hmmm… Minhas ou do meu corpo? – perguntou Tom humedecendo os lábios, contente com o desenrolar da conversa
- De tudo…
- Sou mesmo irresistível, não sou? –
perguntou Tom a rir.
- Tu sabes que és…

- Tom… –
disse Bill de forma autoritária como se pedisse ao seu gémeo para regressar à Terra e aos problemas que enfrentavam naquele momento.

- Mas eu gosto de te ouvir dizer que sou… - disse Tom mordendo o lábio inferior ao mesmo tempo que olhava para Bill e percebia que não podia mesmo ter privacidade com Nicky – Posso telefonar-te depois para continuarmos a conversa? Tenho quatro olhos especados a olhar para mim neste momento à espera que eu lhes diga como estás e o que se passa…
- O Bill e a Gabi?
- Bingo!
- Manda-lhes beijinhos meus!
- Eu mando… -
disse Tom – Falamos depois, ok?
- Ok!
- Cuidado com o Mercier! –
advertiu Tom.
- Está tudo sobre controlo… - disse Nicky feliz por saber que Tom se preocupava consigo – Acho que vou pedir que seja reforçada a minha segurança pessoal…
- Faz isso!
- Beijinho Tom… Até logo!
- Beijos… Naqueles sítios todos que eu sei que tu gostas… -
disse Tom de forma sedutora.
- Hmmm… Quem me dera…
- Quando estivermos juntos vais ver… -
disse Tom olhando de soslaio para Bill e perceber que o seu gémeo estava a atingir o seu limite de paciência – Depois telefono-te… Beijos…
- Para ti também…


Tom desligou o telefone e antes que conseguisse abrir a boca para falar e contar tudo o que Nicky lhe tinha dito, ouviu Bill dizer-lhe numa voz austera:

- Estás contente demais… Não tens medo que o Mercier nos passe a perna?
- Achas??? –
inquiriu Tom - A melhor defesa é o ataque… O homem está louco sem saber para onde se virar… Aposto que não estava à espera que nada disto acontecesse!
- Ele é perigoso Tom… -
disse Gabi amedrontada com a segurança de Tom.
- O pior erro é subestimar o adversário! - acrescentou Bill.
- Fogo, mas vocês são capazes de ficarem felizes e perceber que o nosso plano está a resultar melhor do que esperávamos??? – disse Tom irritado com o facto de Bill e Gabi parecerem mais perturbados do que antes do inicio daquela batalha judicial.
- O Bill tem razão… Temos de manter os pés bem assentes na terra e não começar a cantar vitória antes de tempo, senão ainda vamos cometer um erro Crasso… - disse Gabi.
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- Obrigada por teres vindo ter comigo… Precisava mesmo de desabafar com alguém… - agradeceu Nathalie – Mas podíamos ter falado pelo telefone, não precisavas ter vindo até Berlin!
- Eu precisava de vir à Universal e queria fazer uma visita à Dunj para ver como vai a vida de mamã, por isso não me custa nada aproveitar a visita para estar contigo! De qualquer das maneiras ia-te telefonar para saber se querias tomar um café enquanto o Erik está na escola… -
disse Gabi sorrindo de forma amistosa – Além disso parecias-me nervosa e preocupada ao telefone…

- Um cappuccino e um caffe latte… -
disse o empregado de mesa, pousando em frente de Gabi e Nathalie o seu pedido.
- Obrigada - agradeceram Gabi e Nathalie em coro.
- Qualquer coisa que precisem é só fazerem-me um sinal… - disse o empregado de sorriso no rosto, visivelmente contente por as atender.
- Por enquanto é tudo, obrigada… - disse Gabi percebendo que o empregado estava a gostar da companhia delas.

Gabi e Nathalie esperaram que o empregado de mesa se afastasse e depois de provarem o café que lhes tida sido trazido até à mesa, sentiram-se mais à vontade para continuar a conversa que ainda agora tinham iniciado.

- Como é que estão as coisas com o teu namorado agora que ele sabe o que se passou contigo? – perguntou Nathalie não querendo mencionar nomes para que nenhum ouvido indiscreto descobrisse algo que não devia.
- Bem, embora ele ande muito protector e ainda mais preocupado que o costume… Mas é normal… Eu sabia que ele ia reagir assim…
- Sim, depois de tudo o que aconteceu é normal que ele tenha medo da própria sombra…
- Ele está muito assustado com o inicio do processo… Acho que está com medo que todos os nossos esforços para acabarem com isto tudo, vão por água abaixo…
- Com todas as provas que vocês conseguiram reunir, duvido que alguma coisa possa correr mal… o Mercier não tem hipótese!
- Eu sei… -
disse Gabi suspirando – Mas também é normal que ele se sinta amedrontado, afinal de contas são muitas vidas que estão em risco…
- Sim, tens razão… Mas de resto está tudo bem com vocês?
- Tudo… Ele anda mais querido e romântico do que nunca…
- Mais???
perguntou Nathalie a rir – É possível ele ser mais querido e romântico do que sempre foi contigo???
- Também pensei que não fosse possível, mas é… -
disse Gabi a rir – Ele é absolutamente perfeito comigo!

- Agarra-o bem!!!
- Nem precisas dizer isso… Já não imagino a minha vida sem ele… -
disse Gabi sorrindo de forma apaixonada – Estou mesmo a ponderar apresentá-lo à minha família e tornar as coisas oficiais!
- Mas isso são óptimas novidades! E como é que achas que os teus irmãos vão reagir?
- Não sei… -
disse Gabi franzindo a testa – Mas acho que vai ser complicado… Tenho um bocado de receio em relação a isso… Acho que vou ter de ter uma conversa muita séria com os meus irmãos, porque ele anda aterrorizado com a ideia de os conhecer e eu tenho a certeza que os meus irmãos vão começar com piadinhas que vão deixá-lo ainda mais amedrontado… Eles têm de perceber que eu estou mesmo apaixonada e que faço tenções de construir uma vida com ele…
- E os teus pais?
- Os meus pais mesmo que não gostem dele vão ser educados e respeitadores… No final dão-me um relatório pormenorizado de todos os defeitos e qualidades que encontraram nele e a conclusão final sobre o que eles acham sobre a nossa relação…
- Estou a ver que o teu namorado vai passar por um autêntico teste com a família Asbach…
- Sim… E eu sei que isto é horrível e não quero que ele se sinta constrangido, mas é normal que ele não esteja confortável com a situação! Eu também não estou! Acredita que dava tudo para ter uma família menos conservadora e mais liberal, mas o meu pai foi militar, e isso por si só diz tudo…

- És a menina do papá! – disse Nathalie a rir.
- Pois… Ainda por cima sou a mais nova, por isso sou a menina dos maninhos também… - disse Gabi colocando uma mão na cabeça – … Ok… Confesso que estou em pânico, acho que eles não vão querer dar muitas hipóteses ao meu namorado…. Principalmente com a história toda da Nicky…
- O que é que vais fazer se eles o rejeitarem???
- Nada… Mais facilmente sou deserdada do que o deixo… Já sou crescidinha e os meus pais têm de aceitar as decisões que eu tomo para mim e para o meu futuro… Adoro a minha família, sou capaz de tudo por eles, mas o Bimeu namorado é parte de mim… Nunca amei ninguém assim e não estou disposta a abdicar dele depois de tudo o que já passámos juntos!
- Não te invejo…


- Achas que podes falar com ele? – pediu Gabi – Acho que ele precisa de uma amiga para desabafar sobre o assunto… Mas por favor não o assustes ainda mais…
- Deixa comigo! –
disse Nathalie com um grande sorriso – Vou dar-lhe força para enfrentar as feras…
- Isso era óptimo…

- Está tudo do vosso agrado? Desejam mais alguma coisa? –
perguntou o empregado aproximando-se novamente delas.
- Está tudo óptimo obrigada! – disse Nathalie sorrindo.
- Posso oferecer-vos um copinho de água? – perguntou o empregado de sorriso nos lábios, visivelmente derretido com a atenção que Nathalie lhe tinha dado.
- Eu aceito… - disse Nathalie.
- Pode ser… - disse Gabi.
- Óptimo! Vou já tratar disso… - disse o empregado feliz por poder mostrar serviço às suas clientes preferidas.

- É impressão minha ou o empregado está caidinho por ti? – perguntou Gabi a rir.
- É impressão tua!
- Olha que eu acho que não… -
disse Gabi olhando na direcção do empregado para o ver servir dois copos de água com os olhos postos na sua amiga – Ele não tira os olhos de ti!
- Mas é melhor ele não olhar muito… Não sou boa companhia neste momento e não estou à procura de mais confusões com homens, os que já tenho chegam e sobram! Só quero saber do Erik, ele é o único homem da minha vida!
- Diz isso aos teus pretendentes… -
disse Gabi a rir ao aperceber-se que o empregado de mesa se encaminhava na direcção delas com um sorriso rasgado e sem tirar os olhos de Nathalie.

- Aqui têm! - disse o empregado pousando um copo de água em frente de cada uma delas – Posso ser-vos útil em mais alguma coisa?
- Não, obrigada… -
disse Gabi a rir com a forma como o empregado não queria sair de junto delas.
- Podia deixar-nos um pouco a sós? – pediu Nathalie sem grande simpatia.
- Com certeza… - disse o empregado entristecido com a forma áspera com que Nathalie lhe falava – Mas se precisarem de alguma coisa…
- Sim, já sabemos… Obrigada! –
disse Nathalie a querer despachá-lo.

- Não era preciso falares assim com o rapaz! – disse Gabi após o empregado as ter deixado a sós – Ele só queria ser prestável e estar perto de ti…
- Mas eu não quero que ele esteja perto de mim! -
disse Nathalie dando um gole no seu copo de água, evitando o olhar de Gabi.

- O que é que se passa contigo? Porque é que estás assim?
- … O Patrick procurou-me!
- Oh Meu Deus! Procurou-te? Ao vivo e a cores? –
perguntou Gabi sentindo-se arrepiar com o nome do seu agressor.
- Sim… Apanhou-me ontem à saída da escola do Erik… Fui lá deixá-lo e quando estava a regressar para o carro, ele estava encostado ao meu carro à espera que eu regressasse… - disse Nathalie olhando para Gabi com pesar.
- E o que é que se passou? Ele procurou-te por causa do processo?
- Sim e não… -
disse Nathalie suspirando – Ele já foi intimado… Estava muito chateado comigo por eu vos ajudar a colocá-lo na prisão!
- O que é que ele estava à espera que acontecesse depois de tudo o que ele fez??? –
perguntou Gabi de forma enraivecida, para se aperceber pelo olhar perdido de Nathalie que talvez não fosse a melhor altura para explodir em raiva – Desculpa… Este assunto mexe muito comigo…
- Eu sei… -
disse Nathalie alterada com o peso de tudo o que estavam a viver – Ele pediu-me para voltar para ele… Para sermos uma família de novo e esquecermos tudo o que tinha acontecido…

- Nat…
- Não precisas dizer nada… Eu sei que ele não me merece e que não há hipótese de voltarmos a estar juntos, mas tive de jogar com os sentimentos dele e pedir-lhe que falasse a verdade em tribunal e que contasse tudo o que sabe sobre o Mercier… Disse-lhe que se ele cumprisse a pena dele e pagasse pelos seus erros, que no futuro podíamos voltar a estar juntos…
- … Estás mesmo a ponderar isso?
- Não… Sinto-me mal comigo mesma por lhe ter mentido, mas fiz o que achei que tinha de ser feito para nos dar uma vantagem em tribunal… Ele prometeu-me que ia contar tudo aquilo que sabia…
- Não fizeste nada de mal! –
disse Gabi tentando tranquilizar a sua amiga – Eu sei que não é bonito mentir, mas às vezes algumas mentiras são necessárias… O Patrick já fez muito mal a todos nós, arranjares uma maneira dele pagar pelos erros que cometeu e limpar de alguma forma o seu passado não tem mal… Ninguém te vai condenar por isso!
- Eu sei… Mas depois antes de ele ir embora… Ele beijou-me… E eu deixei… -
disse Nathalie suspirando fundo, tentando ganhar coragem para admitir aquilo que tinha sentido no seu interior no momento em que os seus lábios tinham tocado os lábios do seu ex-marido – Por um lado porque era uma maneira de o assegurar que estava a ser sincera, por outro... Porque no momento em que ele me beijou o meu coração parecia querer explodir e recordei todos os momentos felizes que passámos juntos…

- Ele já não é esse homem de que te recordas…
- Eu sei…. Eu sei disso tudo! E por mais que eu odeie a pessoa em que ele se tornou… Ainda há algo nele que me recorda o homem pelo qual me apaixonei e com quem jurei passar o resto da minha vida… -
disse Nathalie sentindo os seus olhos encherem-se de lágrimas – Fiquei a sentir-me ainda pior comigo mesma por lhe estar a mentir…
- Estás sensível e fragilizada com tudo o que aconteceu, é natural que te sintas mal com tudo isto… O teu passado com o Patrick não acabou assim há tanto tempo… Mas vais ver que com o tempo serás capaz de desprender-te dele e seguir em frente com a tua vida… -
disse Gabi sem saber ao certo que palavras lhe dizer perante a fragilidade da sua amiga.
- Espero que sim… Tudo o que quero é estar com o meu filho e seguir em frente sem olhar para trás…
- E vais conseguir! O tempo vai-se encarregar de te dar a paz que precisas…

- Peço desculpa de estar novamente a interromper… -
disse o empregado aproximando-se da mesa de Gabi e Nathalie, para reparar que Nathalie estava com os olhos cheios de lágrimas e Gabi tinha um semblante pesado e preocupado – Queria apenas despedir-me de vocês, o meu turno está a acabar e gostava de vos deixar um cartão do café para que nos visitassem mais vezes… - disse o empregado colocando um cartão-de-visita em frente de Nathalie e outro em frente de Gabi – Espero vê-las em breve e espero sinceramente que tenham gostado do meu serviço…
- Obrigada… -
disse Gabi com um sorriso no rosto – Havemos de voltar…
- Ainda bem! Resto de uma boa tarde… -
disse o empregado com um sorriso contido ao ver Nathalie tão cabisbaixa.
- Obrigada… - disse Nathalie levantando o olhar para ver o empregado despedir-se e ir-se embora.

- Ele está totalmente vidrado em ti… - comentou Gabi pegando no cartão que o empregado lhe tinha deixado para o observar com atenção.
- E eu vidrada no meu filho! – disse Nathalie pegando no cartão.

- O que é isso? – perguntou Gabi ao aperceber-se que nas costas do cartão de Nathalie estava escrito algo à mão. Virou o seu cartão ao contrário e apercebeu-se que o seu não tinha nada escrito.
- O quê? – perguntou Nathalie virando o cartão ao contrário para ver o nome do empregado e o seu número de telefone escrito à mão – Que lata!
- Lata nada… -
disse Gabi a rir – Se ele está interessado em ti foi corajoso da parte dele dar este passo!
- Podia ter guardado a coragem para outra pessoa…
- Ohh… Não sejas assim! Não te podes fechar no teu mundo! Sair com outras pessoas até te podia ajudar a esquecer o passado… Dizem que um grande amor, cura-se com outro!
- Gabi, eu adoro-te… Mas eu não estou à procura de amor!
- O amor é sempre bem-vindo! E às vezes não se precisa de estar à procura de nada, para as coisas nos baterem à porta! Olha o que aconteceu comigo e com o meu namorado!
- Neste momento não sou boa companhia para ninguém! Saía uma vez com ele e ele ficava traumatizado para o resto da vida, nunca mais me ia querer ver à frente!
- Porque é que não deixas ser ele a decidir isso?
– sugeriu Gabi por entre um sorriso amistoso que nada agradava Nathalie - … Ele é bem giro!
- E novo!!! –
acrescentou de imediato Nathalie.
- Não me digas que a idade é um problema para ti!!!
- Quando se tem um filho, é!
- Ohhh… Não sejas assim!!! Ninguém te está a pedir para casares ou namorares com ele… Apenas para saíres e divertires-te um pouco… Se der nalguma coisa, dá… Se não, paciência!
- Não me parece… -
disse Nathalie convicta.
- Ok… Tu é que sabes… - disse Gabi desistindo ao perceber que Nathalie estava irredutível naquele dia – Promete-me apenas uma coisa: Vais guardar esse cartão com a tua vida… Se um dia mudares de opinião, telefonas-lhe!
- Não lhe vou telefonar… Sei lá a quantas mulheres ele não entrega um cartão destes!!!
- Não quero saber a quantas mulheres ele entrega um cartão… Quero que me prometas que não vais mandar para o lixo o cartão que ele te deu!
- Para que é que eu vou guardar o cartão se não tenciono usar o número???
- Porque eu te estou a pedir!
- Queres o número dele??? Eu dou-to… -
disse Nathalie estendendo o cartão a Gabi.
- Não… Mas quero que não feches totalmente as portas à felicidade! Mantém pelo menos a porta entreaberta!
- Ok, ok… -
disse Nathalie respirando fundo – Andas a aprender a ser persuasiva e chata como o teu namorado!
- Naaaaa, isto já é inato… -
disse Gabi a rir.
- Que dois!!! – disse Nathalie suspirando ao mesmo tempo que guardava o cartão na sua mala.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Alcançou o telemóvel com a mão direita e olhando para o visor de forma ainda meio ensonada apercebeu-se que era Miss K que lhe telefonava. Não hesitou em atender.

- Bom dia… - disse Tom de sorriso nos lábios.
- Bom dia?! – perguntou Miss K a rir – Só estás a acordar agora?
- Sim…
- Vida boa!
- Muito boa para ser acordado por ti…
- Podia ser melhor…
- E há-de ser… Quando é que me fazes uma visita?
- Não sei… -
disse Miss K reticente – Mas gostava de falar contigo sobre esse assunto… Contigo acordado de preferência…
- Podes falar… -
disse Tom sentando-se na cama, esfregando os olhos para acordar melhor.
- Também te posso telefonar depois se quiseres…
- Não, é na boa… Já estou sentado…

- Estou a pensar pedir um tempo no restaurante… -
confessou Miss K.
- Aconteceu alguma coisa??? – perguntou Tom alarmado.
- A Paige descobriu tudo…
- Tudo o quê??? Ela não foi intimada??? O Mercier e o Patrick foram!
- Não sei… Não falo com ela, e ela também não me procurou para falar…
- Então??? O que é que aquela cabra fez??? –
perguntou Tom possuído por raiva.
- Mandou-me uma nova encomenda… Desta vez vinda de Atenas…
- Cabra!!! Eu mato essa puta!!! Não acredito que ela continua a fazer joguinhos depois de ser intimada e chamada a tribunal para responder pelas merdas que fez!!!
- Não… A encomenda data de há três dias atrás, antes dela saber que ia ser chamada a tribunal…
- Vá lá… Pelo menos não é tão burra quanto pensava!!! E o que é que ela te enviou??? Mais animais mortos???
- Não Tom… -
disse Miss K respirando fundo – Ela descobriu tudo sobre nós! Na encomenda vinha um animal de peluche decapitado e com um coração verdadeiro no lugar da cabeça…
- É puta e macabra!!! –
disse Tom em forma de desabafo enraivecido.
- E um envelope com fotografias minhas a caminho do teu hotel… E fotos tuas e do Bill no restaurante! E alguém se deu ao trabalho de fazer uma bola sobre a nossa imagem para nos realçar, e escrever algo a pincel e numa tinta vermelha… O segurança da manhã disse-me que não tem dúvidas de que as fotos foram escritas a sangue…
- Ela escreveu nas fotos a sangue??? –
perguntou Tom chocado com a loucura e maldade de Paige Mercier.
- A letra não é dela, deve ser de um dos seus capangas… Mas não tenho dúvidas de que vem a mando dela…

- Ela é louca!!! Essa gaja precisa ser internada!!! Ela é doente!!!
- Ela tem-me mesmo debaixo de olho e por mais que neste momento tenha segurança, não me sinto segura… Tinhas razão quando dizias que o meu dia-a-dia é demasiado rotineiro e que se alguém me quiser apanhar, facilmente me põe as mãos em cima…
- O que é que te fez mudar de ideias?
- O segurança disse-me o mesmo que tu… -
confessou Miss K – Ele disse que temos de planear bem o meu dia-a-dia a partir de agora, porque desta forma será muito fácil a Paige conseguir encontrar a vingança que quer…
- Eu disse-te! –
disse Tom levando uma mão à cabeça pensando naquilo que podia fazer por Miss K – E o que é que vais fazer com a faculdade?
- Provavelmente deixá-la um pouco para trás até o processo estar a decorrer… Vou falar com os professores e com uma colega em quem confio mais ou menos e pedir-lhe que me vá enviando a matéria para poder estudar… Não quero perder o ano, e não sei quanto tempo esta situação se vai arrastar… Quero pelo menos tentar fazer as cadeiras nos exames…
- Acho que neste momento é a melhor decisão que podes tomar… Pela tua segurança e o teu futuro… -
disse Tom respirando fundo, percebendo pela voz de Miss K que afastar-se de tudo o que tinha como certo e que a tinha ajudado a superar os seus problemas era complicado, e que ela já tinha pensado bem nas hipóteses que tinha a seu dispor, antes de lhe telefonar. E recordando-se de algo que ela tinha dito perguntou – Disseste que ela tinha escrito nas fotos a sangue… O que é que ela escreveu?
- “Sempre soube que eras uma puta!”
- Ela escreveu isso??? –
perguntou Tom colérico de raiva – A puta-mor teve a lata de te chamar puta a ti??? A gaja que praticamente me vendeu o corpo em troca de fotos e de magoar a suposta melhor amiga, tem a lata de chamar puta a alguém??? Devia começar a olhar-se ao espelho!!!
- Não me lembres disso… -
pediu Miss K numa voz triste – O que ela escreveu não me afecta minimamente! Já telefonei ao advogado e ele aconselhou-me a dar queixa na polícia, coisa que eu já fiz… Assim dá para juntar mais esta prova ao processo e com a ocorrência policial e tudo…
- Bem jogado!
- Ela vai ter de perceber que tudo o que ela me fizer vai atacá-la em tribunal!
- E já faltou mais…
- Sim…


- E no meio disto tudo, estás a pensar seguir o meu conselho e vir até Hamburg por uns tempos? – perguntou Tom como se estivesse apenas interessado em saber aquilo que ela estava a pensar fazer da sua vida dali para a frente – Não te fazia mal saíres daí e deixá-la à nora sem saber onde tu andas…
- Sim, mas não sei até que ponto é boa ideia ir ter contigo… -
disse Miss K sorrindo inocentemente pela forma como ele abordava aquele assunto – Já para não falar do factor dinheiro, que eu sei que para ti nunca é um problema, mas para mim é…
- Eu gostava que viesses até cá… Era uma maneira de te ter por perto, saber que estavas bem… E que estavas à distância de um telefonema…
- Mas eu estou à distância de um telefonema… -
disse Miss K mordendo o lábio inferior, feliz por ouvir Tom dizer aquelas palavras.
- Mas não estás à distância de um telefonema da minha cama… E eu quero-te perto da minha cama…
- Hmmm…. Isso é tentador…
- Eu sei… Por isso é que Hamburg é o destino perfeito para ti! -
disse Tom sabendo que a tinha na mão – Além disso ouvi dizer que nesta altura do ano o céu de Hamburg é particularmente estrelado…
- Tu sabes que eu adoro as estrelas de Hamburg… São as minhas preferidas… Sempre foram e sempre serão! Mas e se nos apanham? E as tuas fãs? E onde é que eu ficava?
- Temos de ter cuidado para não nos apanharem… -
disse Tom com simplicidade – Quantos rumores e quantas fotografias minhas é que já viste espalhadas na imprensa cor-de-rosa?
- Mais que muitas!
- E quantas são verdade? Nem um décimo! Quando é a sério nunca me apanham…
- Tirando a Chantelle…
- Eu disse: quando é a sério!
disse Tom sem vontade de tocar naquele assunto – Se fizermos as coisas bem feitas, garanto-te que ninguém nos apanha e que o problema das fãs nem se coloca… Em relação ao sitio para ficares, vamos discutir, certo?
- Acho que sim… -
disse Miss K a rir com a expressão utilizada por Tom.

- Ok, então vamos fazer assim… Calculo que tenhas um dinheiro de parte por causa da faculdade, certo?
- Sim… Mas eu vou ter de continuar a pagar a faculdade… Quero fazer os exames no final do ano para ver se não chumbo!
- Então eu vou pedir ao Jost que me encontre um sítio baratinho em Hamburg onde possas ficar…
- Sim! Sem muitas mordomias, só preciso de um quarto de hotel para dormir e tomar banho, de resto eu viro-me bem sozinha!
- Então um dia pagas tu, no dia a seguir pago eu… Combinado? –
propôs Tom.
- Tom…
- Um sitio bem baratinho… Nem vou reparar que o dinheiro me sai da conta, acredita!
- Mesmo assim…
- Então o que é que propões? –
perguntou Tom.
- Eu pago o hotel, até conseguir pagar… Quando não tiver mais dinheiro, regresso a casa…
- Casmurra!!!
- Eu prefiro assim…

- Então deixa-me pelo menos oferecer-te a viagem de avião!
- Casmurro!!! –
disse Miss K a rir.
- Isso é um sim??? Vá lá… Eu cedi quando te chamei casmurra… - disse Tom a rir.
- Ok… - disse Miss K suspirando, desistindo às insistências de Tom.
- E depois podemos passar uma boa temporada juntos…
- Onde?
- Cá em casa…
- Hmmm… É isso que costumas fazer com as tuas conquistas? Levá-las para casa?
- Só as que valem mesmo a pena… -
disse Tom humedecendo os lábios – E tu vales a pena… Mesmo muita pena!

- Por acaso gostava de conhecer o teu quarto… -
confessou Miss K por entre um sorriso sedutor e feminino.
- A minha cama queres tu dizer!
- Não totó! O teu quarto, a tua casa… O sitio onde moras, o teu cantinho…
- Não queres conhecer a minha cama??? –
perguntou Tom indignado.
- Nem por isso….
- Mentirosa!!! –
disse Tom a rir percebendo o joguinho dela.
- Quero conhecer a tua casa inteira… Todos os cantos e recantos… - disse Miss K numa voz sedutora e sensual que deixava Tom louco.
- Hmmmm…. Perfeito! – disse Tom mordendo o lábio inferior – Só temos de ter cuidado com o quarto do meu irmão, ele é capaz de armar-se em sensivelzinho se nós o ocuparmos!
- Tom!!!
disse Miss K denotando asco pela ideia de Tom ao mesmo tempo que ria – Nem penses que eu vou para o quarto do teu irmão!!! Só quero saber de ti e de mim, num sítio bem privado!
- Estou a gozar! –
disse Tom a rir - Quando é que estás a pensar vir? Já estou cheio de desejo…
- O quanto antes…
- O quanto antes parece-me bem… Vou pedir ao Jost para te comprar uma passagem para amanhã e marcar hotel!
- Calma! –
disse Miss K a rir da forma ansiosa como Tom falava – Tenho de falar com os meus professores, a minha colega, pedir demissão no restaurante…
- E não consegues fazer isso entre hoje e amanhã de manhã?
- … Consigo!
- Então porque é que havemos de estar mais tempo separados? Sinto falta do teu cheiro e do teu corpo…
- E eu do teu…
- Então porque é que amanhã não dormes cá em casa para matarmos saudades?
- Tens noção que estivemos juntos há uma semana? –
perguntou Miss K a rir, deleitada com o desejo que sentia fervilhar em si, e a ânsia que via espelhada nas palavras de Tom.
- Sim… Mas tivemos muito tempo afastados e eu só estive contigo uma noite e isso não me chega… Quero mais, preciso de mais… Diz que amanhã dormes comigo…
- … Amanhã durmo contigo…
- Hmmm… -
disse Tom encantado com aquilo que ouvia – Diz de novo…
- Amanhã durmo contigo… -
repetiu Miss K a rir.
- Acho que quero ouvir mais uma vez… - disse Tom a rir fechando os olhos.
- Tom… Amanhã… Durmo… Contigo! – disse Miss K de forma pausada e sensual.
- P-e-r-f-e-i-t-o! – disse Tom soletrando as letras – Perfeito!
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeSex Set 23, 2011 12:25 am

gostei Very Happy

- P-e-r-f-e-i-t-o! – disse Tom soletrando as letras – Perfeito
este Tom é demais xD

continue Very Happy

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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeDom Set 25, 2011 12:02 am

AnDreA \o/ \o/ \o/


Fico muito contente k vc tenha gostado!!! \o\


* * * KiSsEssSs * * *


159

[FF] - Kampf der Liebe - Página 17 159zf


Naquele dia os amigos estavam reunidos. Por mais que fosse apenas uma questão de apoio e nada definitivo viesse daquela primeira audiência com o juiz, os gémeos e todos aqueles envolvidos no processo contra James Mercier, sentiam um peso no peito, como se aquela audiência fosse prever o resultado do processo que se avizinhava longo e penoso. Reunidos em casa de Jost, aguardavam um telefonema do advogado que lhes desse boas noticias. Nesta primeira audiência o juiz ia apenas deixar assente se James Mercier, a sua sobrinha e o seu cúmplice seriam levados a tribunal. Naquela fase inicial saber-se-ia o poder que James Mercier poderia exercer sobre o juiz. Se o caso fosse posto de parte, era certo que ele tinha conseguido alguma vantagem sobre os tribunais americanos. Se o processo seguisse em frente, haveria finalmente a possibilidade de ser feita justiça. Mercier devia estar naquele momento a rezar para que todas as suas cunhas e subornos funcionassem. Numa segunda audiência o juiz e um júri escolhido aleatoriamente, acusaria formalmente os arguidos e ouviria da boca deles qual a sua declaração em relação ao estado de culpa de todas as acusações que lhes eram apresentadas. Esta segunda audiência seria o ponto de partida para o inicio do verdadeiro julgamento. Estas audiências preliminares decorriam com rapidez e tinham a duração de cinco a dez minutos cada, passada esta fase, o julgamento teria finalmente inicio e Patrick e os Mercier iriam começar a responder perante a justiça aos seus crimes.

- Devem estar quase a telefonar… - comentou Jost.
- Quanto mais pensares nisso, mais vai parecer que demora! - disse Nova tranquilizando-o – A audiência é rápida, o advogado avisou que ia entrar para o tribunal, não tarda nada está-te a telefonar!
- Espero que com boas noticias… -
disse Nathalie respirando fundo.
- Pensamento positivo minha gente… Eles vão pagar pelo que fizeram! – disse Tom que andava frenético com Bill de um lado para o outro.
- Sim… - disse Gabi encolhida sobre si mesma tentando não mostrar o nervosismo atroz que sentia tomar conta de si.

- Entretanto… Não há nada que se coma? – perguntou Gustav com um ar inocente, como se não percebesse o real valor do telefone que todos esperavam.
- Estás a gozar? – perguntou Andreas estupefacto com a pergunta de Gustav.
- Não… - disse Gustav percebendo que todos os olhares naquela sala o fulminavam – Tenho fome…
- Claro que há… -
disse Nova levantando-se do sofá onde estava sentada – Queres vir comigo até à cozinha? Assim podes escolher o que te apetece comer! Mais alguém quer alguma coisa? Para comer? Beber? … O que quiserem! Desculpem não ter oferecido antes… Nem me lembrei…
- Não te preocupes connosco Nova, nós não temos um buraco no estômago como o Gus… -
disse Tom de forma sarcástica.
- Desculpa, mas tenho mesmo fome… - disse Gustav sentindo-se mal por parecer insensível naquele momento.
- Quando é que não tens fome? – perguntou Georg, abraçando Emily nos seus braços, que sorria com o olhar inocente de Gustav.
- Não precisas de pedir desculpa! – disse Nova – Anda comigo…

- Este gajo devia andar com uma marmita atrás para sempre que tem fome… -
comentou Tom em desabafo enquanto via Gustav e Nova desaparecerem a caminho da cozinha.
- Deixa-o em paz! Ele tem fome! Deixa-o comer… - disse Nathalie farta daquela conversa – Quando és tu que tens fome, ele não te reprime!
- Mas não sou eu que depois me ando a queixar que estou gordo! –
disse Tom – Ele come que nem um bisonte!!!
- E que coma! Vais gostar menos dele por causa disso? –
perguntou Nathalie que estava facilmente irritável com tudo o que se andava a passar na sua vida – Tu fazes coisas muito piores que comer e ninguém te julga!
- Não é bem assim… -
começou por dizer Tom.
- Importam-se de discutir isso noutra altura? – perguntou Bill, abrindo a boca pela primeira vez – Estou nervoso com esta situação toda e não me apetece nada ouvir-vos discutir!

Nathalie e Tom calaram-se automaticamente. Bill aproximou-se do sofá onde Gabi estava sentada e sentou-se ao lado dela, abraçando-a com força como se fosse retirar do seu corpo a força que necessitava para ser forte e enfrentar aquilo que os esperava dali para a frente. Sentia-se impotente. Sabia que se aquela primeira audiência corresse mal, as suas esperanças iam por água abaixo. Não tinha forças para começar do zero. Não tinha forças para lutar contra a maré, precisava de um incentivo e de algo que o assegurasse que estava a fazer o que era certo e que pela primeira vez desde que o seu contrato com Nicky tinha começado, ia ser capaz de proteger aqueles que amava. O silêncio tinha-se instaurado na sala, ninguém se sentia capaz de pronunciar uma palavra depois do pedido de Bill. Passado cerca de dois minutos o telefone de Jost começou a tocar. Bill olhou para Tom que estacou no meio da sala a olhar para ele, ao mesmo tempo que abraçou Gabi com mais força e sentiu os lábios dela beijarem o seu pescoço de forma terna como se lhe quisesse dar uma força extra. Todos os olhos se viraram para Jost. Nova e Gustav regressaram da cozinha a correr para presenciar aquele telefonema.

- Estou… - atendeu Jost sentindo o coração nas mãos – Sim… Sim… Quando? … Hmmm… Todos?... Ok, ok… Eu falo com eles… Então? Aconteceu alguma coisa?... Pois, já estávamos à espera que isso fosse acontecer… E não há nada que se possa fazer para evitar que isso aconteça novamente no futuro?… Estou a ver… Sim, claro, qualquer coisa que seja possível fazer já é bom… Muito obrigado… Muito obrigado mesmo! … Com certeza, qualquer coisa que seja preciso, estaremos todos disponíveis… Obrigado doutor! Adeus, boa tarde… Cumprimentos…

Jost desligou o telefone e perante o olhar esperançoso de toda a gente, sorriu de forma sincera e aliviada e anunciou as boas novidades.

- Eles estão oficialmente processados!
- Os três??? –
perguntou Bill sentindo o coração acelerar no interior do seu peito, sem querer celebrar antes do tempo.
- Sim! – respondeu Jost com um grande sorriso no rosto.

- Parabéns amor, conseguiste! – disse Gabi abraçando-se com força ao corpo de Bill, feliz por finalmente terem uma boa noticia ao fim de tanto tempo.
- Conseguimos! – corrigiu-a Bill retribuindo o abraço sentido e sincero da sua namorada, procurando os lábios dela para a beijar.

- Que boa noticia! – disse Nova levando as mãos à boca.
- Eu nem acredito… Até parece mentira! – disse Nathalie sem saber como reagir.
- Mas é verdade! – disse Jost, encaminhando-se até Nova para a abraçar.

Bill levantou-se do sofá e aproximando-se do seu irmão, deu-lhe um abraço forte e sentido, espelhando todo o alívio, felicidade e medo que sentia naquele momento.

- Vamos dar cabo deles! – disse Tom ao ouvido de Bill.
- Temos de dar cabo deles… – respondeu Bill respirando de nervosismo e alívio.
- Estão nas nossas mãos!

Bill separou-se do corpo de Tom e vendo o sorriso rasgado e feliz que ele exibia, abanou a cabeça de forma positiva, tentando contagiar-se pelo positivismo do seu gémeo. Antes que conseguisse dizer mais alguma coisa, sentiu Andreas abraçá-lo dando-lhe os parabéns pela vitória neste primeira batalha. A seguir a Andreas, seguiu-se Nathalie, e antes que desse conta estava rodeado pelos seus amigos e Nova e Jost já tinham trazido duas garrafas de champagne para que celebrassem aquela primeira vitória. Ergueram uma flute à justiça e perante uma onda de sorrisos e felicidade, brindaram alegremente.

- O advogado disse que a comunicação social apareceu no tribunal em peso. Claro que o advogado do Mercier pediu que fosse barrada a entrada deles, e conseguiu que lhe fosse feita a vontade, mas o advogado também disse que quando o julgamento começar, nada vai impedir que a comunicação social esteja presente, mesmo que não sejam autorizados a filmar e passar imagens do julgamento cá para fora! – disse Jost após o brinde.
- Nada que já não estivéssemos à espera… - disse Tom em forma de desabafo – Estamos prontos para enfrentar o Mercier e o mundo, não é maninho?
- Sim… Estou confiante de que tudo vai correr pelo melhor… O que tiver de acontecer, acontecerá… -
disse Bill suspirando, não se mostrando assim tão optimista quanto isso.
- Não pareces assim tão seguro de ti mesmo… - comentou Jost.
- Enquanto não ouvir uma sentença que considere justa, não estou descansado… - disse Bill olhando de soslaio para Gabi que percebia pelo olhar do seu amado o quão dolorosa seria qualquer sentença que não colocasse Mercier atrás das grades para todo o sempre Preciso que seja feita justiça…
- E vai ser feita!!! –
disse Tom passando um braço sobre os ombros de Bill.
- Nós merecemos que a justiça seja feita… - acrescentou Bill olhando directamente nos olhos para Tom, Gabi e Nathalie de forma alternada.

- E agora quando é que é a próxima audiência? – perguntou Nathalie curiosa.
- No final da semana! – respondeu Jost.
- São rápidos! – comentou Gustav impressionado com a rapidez da justiça americana.
- Esta parte é a mais rápida, quando o julgamento começar será mais demorado porque são muitas acusações, mas sim… A justiça americana é bem mais rápida do que a nossa! – disse Jost.
- Ainda bem… - comentou Nathalie desejosa de ver aquele assunto dado como encerrado.

- Não querendo ser chato… Posso aproveitar a vossa visita para falar convosco sobre negócios? – perguntou Jost a Bill e Tom.
- Só connosco? – perguntou Tom estranhando.
- Sim, é por causa da Nicky Fuller… - disse Jost – Eu e a Gabi estivemos a falar sobre o assunto esta manhã e gostávamos de falar convosco em privado…
- Ok… -
disse Bill olhando para Gabi curioso.
- Vamos para o escritório? – sugeriu Jost.
- Sim… - disse Tom enchendo a sua flute para seguir Jost, Bill e Gabi até ao escritório.

Jost encaminhou-se até ao escritório, sendo seguido pelos seus amigos. Uma vez no escritório, Jost optou por não fechar a porta para que ninguém se sentisse mal ou constrangido. Aquele era um tema a discutir em privado, mas não queria fazer tabu do assunto, até porque todas as decisões que dali emergissem iam ser partilhadas com os restantes elementos da banda e os amigos mais próximos de ambos.

- Só uma pergunta… - disse Tom antes que alguém tomasse a palavra – Se o assunto é o contrato do Bill com a Nicky Fuller porque é que eu tenho de estar presente?
- Porque tu tens sempre uma opinião sobre tudo, e por mais chato e inconveniente que tu às vezes sejas, o Bill preza a tua opinião… -
disse Jost de sorriso no rosto – Se eu não te convidasse para esta conversa, tu fazias-te de convidado na mesma!
- Até parece! –
disse Tom tomando um gole do seu champagne.
- É verdade! – disse Bill cruzando os braços, curioso com a conversa que se seguia – E então? O que é que vocês andaram a falar?
- Força… -
disse Jost dando a palavra a Gabi. Sabia que se fosse Gabi a abordar o assunto tudo seria muito mais fácil para Bill aceitar e perceber.

- O teu contrato com a Nicky está prestes a terminar… - começou Gabi por dizer.
- Sim, faltam duas semanas… - acrescentou Bill.
- É hora de começarmos a pensar em como tudo será feito… - disse Gabi com cuidado.
- Como é que eles vão acabar o namoro? – perguntou Tom, sentando-se na cadeira da secretária de Jost.
- Sim… - confirmou Jost.
- Acabando! Ninguém precisa de saber de nada… - disse Tom – Quando lhes perguntarem, eles dizem simplesmente que já não estão juntos… Ou vocês querem fazer um filme do final do namoro deles para dar que falar?
- Não, nada de escândalos! –
disse Jost.
- Mas o Bill e a Nicky são um casal muito acarinhado pelo grande público e o relacionamento deles já é longo e dado como certo… - explicou Gabi.
- O que quer dizer que se tratarmos o assunto com algum cuidado e explicarmos as coisas com alguma clareza, podemos recolher mais benefícios do que se simplesmente ignorarmos que alguma coisa tenha acontecido… - disse Jost.

- Hmmm… - murmurrou Bill pensativamente – E qual é a vossa ideia?
- Lembraste da Nicky ter sugerido a possibilidade de usar o processo para o final do vosso namoro? –
perguntou Gabi a Bill.
- Sim… - assentiu afirmativamente Bill.
- A Gabi falou-me nessa ideia esta manhã, e eu acho-a genial… Acho que é a oportunidade perfeita para vocês resolverem este assunto! – disse Jost.
- Sim, concordo… É uma boa desculpa para as coisas não darem certo… - disse Bill.
- Principalmente agora que o caso se tornou mediático e em breve a comunicação social vai ter acesso a podres do Mercier que nunca sonharam ser passíveis de existir! - acrescentou Tom, colocando os pés em cima da secretária de Jost, como se estivesse em casa.
- Cuidado com as patinhas! – disse Jost.
- Na boa… - disse Tom de sorriso rebelde nos lábios, sem se mexer um centímetro que fosse.

- Estás disposto a passar mais tempo com a Nicky? – perguntou Gabi não conseguindo esconder a tristeza que aquela pergunta lhe causava.
- Mais tempo??? – perguntou Bill impressionado com a sugestão – E nós???
- Nós continuamos nós… Nada vai mudar… -
assegurou Gabi.
- Mas eu quero que mude!!! – disse Bill com um olhar perdido.

- Bill, mesmo que as coisas entre ti e a Nicky acabem… Não convém que apareças em público com a Gabi logo de seguida… - disse Jost.
- Sim, convém darmos uns meses de distanciamento… - disse Gabi percebendo a tristeza do olhar de Bill, sentindo o seu coração lacerar.
- Meses??? – repetiu Bill em pânico.
- Porquê? – perguntou Tom – Porque é que ele não pode simplesmente ter-se apaixonado pela Gabi e deixar a Nicky para estar com ela…
- Porque isso ia danificar a imagem dele e da Gabi! –
disse Jost – Queremos que este namoro com a Nicky Fuller acabe a bem…
- Se o Bill aparecer comigo logo de seguida, vai ser óbvio que eu fui a razão do final do namoro deles, e isso vai provocar a revolta de muitas fãs que poderiam perfeitamente olhar para mim como a destruidora do casalinho perfeito… -
explicou Gabi – Além disso o processo será a única razão pela qual o Bill e a Nicky acabam… Não aguentam a pressão e decidem separar-se, mas adoram-se e vão ser amigos para todo o sempre, percebes? Eu só posso aparecer daqui a uns meses… Quando o casal Bill e Nicky já não for tão falado…
- Ok… Faz sentido… -
disse Tom.

- Quanto tempo a mais tenho de ficar com a Nicky? – perguntou Bill suspirando e ajeitando o cabelo em forma de stress.
- Pouco! – assegurou Gabi com um olhar terno.
- O suficiente para vocês serem vistos juntos no inicio do processo! – acrescentou Jost.
- Então qual é o vosso plano? – perguntou Bill sem gostar da ideia.
- Seres visto com ela nas vossas idas ao tribunal… Ficares em casa dela no inicio do processo, como até agora sempre ficaste… - explicou Gabi – E quando vocês forem presença assídua em todas as revistas e jornais… Tu mudas-te para um hotel e vocês começam a aparecer em tribunal separados… Será óbvio o que aconteceu…
- E quando te perguntarem o que se passou, podes dizer que gostas muito da Nicky e que ela é uma das tuas melhores amigas, mas que a vossa relação estava a sofrer uma forte pressão e que precisavam de um tempo… -
sugeriu Jost – Depois tens de ter um cuidado extra para não seres apanhado com a Gabi… Os media não te vão largar! E isso vale para ti também Tom…
- Para mim?! –
repetiu Tom levantando uma sobrancelha sem perceber aquele aviso.
- Sim… - confirmou Gabi – Tens de ter um cuidado extra para não seres apanhado nas tuas escapadelas românticas com a Nicky…
- Foi só uma até agora! –
disse Tom achando que eles estavam a exagerar nas precauções.
- Mesmo assim! – disse Jost – Não te esqueças que os media são exímios em especular… Não podemos dar-lhes qualquer razão, por mais remota que seja, para que eles pensem que tu tens alguma ligação com a Nicky, tal como o Bill e a Gabi também têm de ter muito cuidado para que ninguém desconfie que exista alguma coisa mais do que uma ligação profissional entre eles… É preferível que o voltem a ligar com a Nat, do que pensem que a Gabi está envolvida no meio disto tudo!
- Porque é que é bom que façam ligações a todas as mulheres que estão à minha volta, menos àquela que amo e que quero que façam??? –
perguntou Bill um pouco revoltado com aquela situação.
- Não a queres proteger? – perguntou Jost, observando Bill acalmar de forma imediata – … Então é bom que ninguém sonhe que ela exista… Com o tempo poderás declarar o teu amor por ela publicamente, mas por agora, vamos acabar aquilo que começámos!!!

- Não queria que tivesses envolvida no meio disto tudo… -
disse Bill com um olhar triste a Gabi.
- Tu vales tudo isto e muito mais! Já falta pouco para tudo terminar… Falta pouco para podermos estar juntos sem nos precisarmos de esconder… – disse Gabi encaminhando-se até ele para o abraçar com força e unir os seus lábios com os dele para lhe assegurar que estaria sempre do seu lado.

- Quando é que o julgamento vai começar? – perguntou Bill com curiosidade – E quando é que a encenação começa?
- Ainda é impossível de prever, mas quando começar…Vocês começam a encenação… -
disse Jost.
- E a Nicky? Vão falar com ela? Já falaram? – perguntou Bill.
- A Gabi prefere ser ela a falar com a Nicky! – comentou Jost.
- Sim, prefiro ser eu a tratar de tudo! – disse Gabi – Acho que vou ter uma conversa com ela de amiga para amiga… Ver o que ela acha da ideia, se quer fazer algumas alterações ao planeado, e depois logo vemos!

- Em breve tens de ir para Los Angeles novamente… -
disse Jost – Tens de estar lá durante o processo!
- Eu, o Tom, a Nat, tu e todas as nossas testemunhas… -
acrescentou Bill.
- Sim… Em breve vamos à luta… - disse Jost suspirando.
- E a justiça será feita… - disse Gabi trocando um olhar terno com Bill, assentindo afirmativamente com a cabeça dando maior segurança ao seu namorado.
- A justiça será sempre feita! – disse Bill – Resta saber quem a fará…
- Bill!!! –
disse Gabi com medo daquele comentário dele.
- Não te ponhas com ideias!!! – disse Jost imediatamente.
- Tarde demais Jost… As ideias já estão bem enraizadas nessa cabecinha… - disse Tom tirando os pés de cima da mesa, e perante o olhar de Gabi e Jost que o fulminavam, acrescentou – Mas só serão concretizadas por cima do meu cadáver!


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Vê-la entrar pela porta de sua casa era no mínimo excitante. Já se imaginava a passar a noite nos braços dela e dar largas à sua imaginação. Miss K parecia intimidada mas ao mesmo tempo radiante de felicidade. Tom aproximou-se dela e abraçando-a de forma sensual, puxou o corpo dela em direcção do seu e deixou que os seus lábios trocassem um beijo longo e revitalizante.

- Bem-vinda! – disse Tom com um sorriso maroto nos lábios.
- Obrigada. Não me posso queixar da recepção… Fazes-me sentir realmente bem-vinda!
- Ainda não viste nada… -
disse Tom sussurrando ao ouvido dela, sugando o lóbulo da sua orelha de seguida, ao mesmo tempo que a agarrava com ambas as mãos pelo rabo e a puxava mais de encontro a si.
- Hmmm… Vejo que estás animado com a minha chegada… - disse Miss K de sorriso nos lábios procurando os lábios de Tom que pareciam viciados nos seus.
- Hoje apetece-me celebrar! - disse Tom separando-se de Miss K, mordendo ao mesmo tempo o seu lábio inferior ao aperceber-se que Bill entrava na sala para cumprimentar a sua convidada.

- Keri! – disse Bill de sorriso nos lábios, encaminhando-se até ela para lhe dar dois beijinhos – Fizeste boa viagem?
- Sim… –
disse Miss K envergonhada por ter sido apanhada aos beijos com Tom de forma tão envolvente.
- Já ouviste as boas notícias? – perguntou Bill.
- Hmmm…. Acho que não… - disse Miss K sem perceber do que Bill falava.
- O processo segue em frente! O julgamento foi aprovado! – disse Tom de sorriso bem rasgado.
- A sério??? – perguntou Miss K entusiasmada – Então era isso que o advogado queria comigo! Quando saí do avião, liguei o telemóvel para telefonar à minha mãe e tinha três chamadas não atendidas do vosso advogado… Tentei telefonar-lhe mas ele não atendeu! Que noticia boa!!!
- Temos de celebrar!!! –
disse Tom fazendo olhinhos a Miss K ao mesmo tempo que humedecia os seus lábios.
- A K se calhar está cansada da viagem Tom… - disse Bill percebendo que o seu irmão estava desejoso de fazer uma celebração privada.
- Ela não se cansa assim tão facilmente! – disse Tom de sorriso perverso nos lábios.

Miss K sentiu-se corar com o comentário de Tom. Era muito embaraçoso ouvi-lo tecer comentários perversos acerca da sua pessoa em frente de outros, principalmente de Bill. Não o conhecia assim há tanto tempo e tinha estado com ele em raras ocasiões. Desviou o olhar, olhando em direcção do chão na esperança de tentar esconder a sua face rosada, mas Tom parecia disposto a envergonhá-la o máximo possível.

- Estás a corar? – perguntou Tom a rir.
- Isso não ajuda… - disse Miss K tapando as bochechas com ambas as mãos.
- Não precisas corar em frente ao meu irmão, ele é família…
- Isso muito menos! –
disse Miss K abrindo os olhos a Tom na esperança que ele parasse.
- Não tem problema… - disse Bill a rir – Já estou habituado às coisas do meu irmão! Sente-te em casa… Estás à vontade… Quanto tempo vais ficar connosco?
- Só hoje, amanhã já vou para um hotel… -
respondeu Miss K.
- Depois logo se vê! – disse Tom.
- Vou! Não vos quero incomodar! – disse Miss K voltando a abrir os olhos a Tom percebendo que ele estava realmente eléctrico e que ia ser difícil naquela noite conseguir controlá-lo.
- Depois falamos… - acrescentou Tom.
- De qualquer maneira, és muito bem-vinda. Ficas o tempo que quiseres! – disse Bill – Tom, mostras a casa à K?
- A casa, o quarto… -
disse Tom sem tirar o sorriso depravado do rosto.
- Ok, já percebi… - disse Bill sentindo-se a mais – Vou para o escritório acabar uma coisa e depois vou dormir… Estejam à vontade para fazer o que quiserem fazer…
- Celebrar? –
perguntou o Tom esperando a aprovação do seu irmão.
- Isso… - disse Bill sentindo-se realmente mal com a falta de descrição de Tom -
Boa noite!
- Boa noite… -
disse Miss K sem saber onde se esconder.
- Adeus maninho! – disse Tom acenando com a mão a Bill enquanto ele se encaminhava para o escritório.

- Estou tão envergonhada! - disse Miss K escondendo a cara por entre as mãos sentindo os braços de Tom ladearem a sua cintura de forma rápida e excitada – Precisavas de dizer essas coisas em frente ao teu irmão?
- Precisava… -
disse Tom levando os seus lábios ao pescoço de Miss K para a beijar e mordiscar de forma sensual – Não te consigo explicar o quanto te quero neste momento, mas se me deixares levar-te até ao teu quarto, vais perceber…
- Hmmm… Tenho direito a um quarto só para mim? –
perguntou Miss K abraçando o pescoço de Tom deleitada com a forma como ele a acariciava e beijava.
- Até a dois se quiseres… - disse Tom procurando os lábios dela para a beijar de forma desenvolta e arrojada.
- Mostra-me… - pediu Miss K largando o corpo dele para pegar na asa da mala de viagem que trazia e esperar que Tom lhe indicasse o caminho.
- Só se me prometeres que vais corar muito para mim… - disse Tom afastando a mão de Miss K da mala para ele próprio a levar.
- Isso depende daquilo que pretendes fazer comigo… - disse Miss K abraçando a cintura de Tom, beijando as costas dele.
- Tudo! – disse Tom puxando-a por um braço de forma violenta para a agarrar e beijar de forma desinibida.

Tom abandonou a mala no meio da sala e sem conseguir controlar o desejo pulsante que sentia por Miss K, arrastou-a por entre beijos e abraços que auscultavam o corpo dela com as suas mãos fortes e seguras, até ao quarto de hóspedes onde ela ia ficar naquela noite. Entrou para o interior do quarto e fechando a porta atrás de si, desfez-se do casaco que trazia vestido, desejoso de poder libertar a sua fúria sexual.

- Pensei que me fosses mostrar a casa… - disse Miss K encantada com a forma como ele parecia um animal naquela noite. O desejo que Tom sentia por si era visível no seu olhar e na forma como ele se movimentava e a agarrava.
- Amanhã mostro-te tudo o que quiseres… Prometo… - disse Tom começando a tirar a t-shirt que trazia vestida.
- Isso é tudo felicidade por me veres, ou estás assim também por causa do processo? – perguntou Miss K aproximando-se de Tom a tempo de o ajudar a tirar a t-shirt.
- Pode ser um misto das duas coisas? – perguntou Tom sentindo-se arrepiar com o toque suave das mãos de Miss K sobre o seu peito.
- Pode… Tu é que sabes… - disse Miss K beijando o peito de Tom de forma lânguida e sensual.

Tom segurou no queixo de Miss K e elevou a face dela até aos seus lábios, beijando-a de forma inquieta, ao mesmo tempo que as suas mãos se tentavam desfazer do casaco e t-shirt que ela trazia vestido. Sentia uma fome desumana corromper o seu interior. Não sabia dizer o porquê de se sentir tão excitado, talvez fosse o acumular de vários factores, entre eles o facto de Miss K estar nos seus braços, debaixo do seu tecto, e de ter acesso ilimitado a ela. Sentia-se praticamente mais excitado pela ideia de estarem prontos a enfrentar um desafio público como o julgamento dos Mercier. Sentiu as mãos dela puxarem-no pelas calças até à cama e percebeu que estava longe de estar satisfeito do corpo dela, ainda agora se tinham reencontrado e a sua fome exacerbada mostrava-lhe as saudades que mesmo sem se aperceber tinha sentido daquele corpo. Viu-a sentar-se na cama e sentiu as mãos dela puxarem-no para mais perto. Uma vez satisfeita com a proximidade do corpo de Tom, Miss K começou a desapertar as calças dele de forma lenta e sedutora, puxando-as vagarosamente para baixo sem desviar o seu olhar do dele. Tom olhava atentamente para ela enquanto mordia o lábio inferior e acariciava a sua face e cabelo loiro com as mãos. A forma segura como ela era sempre capaz de o dominar, deixava-o fatalmente atraído.

- Não tens medo do que te pode acontecer? – perguntou Tom acariciando a face dela.
- O que é que queres dizer com isso? – perguntou Miss K percebendo pela intensidade com que Tom colocava a pergunta que em nada tinha a ver com conteúdo sexual.
- Com o processo…
- Não… -
disse Miss K beijando a barriga de Tom de forma doce.

- E se fores presa? – perguntou Tom acarinhando o cabelo dela – Se tiveres uma coima a pagar? Trabalho comunitário para fazer?
- Nem assim… -
disse Miss K pegando numa das mãos de Tom para a beijar de forma ainda mais terna.
- Mas devias…
- Enquanto tu estiveres bem, está tudo bem… -
disse Miss K deitando-se para trás, puxando o corpo dele para cima do seu – Só quero que fiques bem…

- Tu gostas mesmo de mim, não gostas? –
perguntou Tom olhando-a fundo nos olhos azulados.
- Ainda perguntas? – disse Miss K com um sorriso terno nos lábios.

- Era capaz de me habituar a esse sentimento… - disse Tom procurando os lábios dela.
- … Que sentimento? – perguntou Miss K sem perceber ao certo aquilo que ele queria dizer.
- Ser amado… - disse Tom mordendo o lábio superior dela, puxando-a para si – Sentir que existe alguém que era capaz de tudo por mim…

- Deve ser bom sentir o amor de alguém… -
disse Miss K abraçando Tom pelo pescoço, beijando de forma doce os lábios dele.
- Sim… - disse Tom pensando em voz alta, apercebendo-se que talvez tivesse dado uma impressão errada daquilo que tinha dito. Tinha falado demais. Talvez devesse ter mantido o seu raciocínio em privado. Não queria que ela pensasse que ele sentia algo mais do que desejo por ela – Talvez um dia venhamos a saber o que isso é…
- Tu já devias saber… -
disse Miss K empurrando o corpo de Tom para a cama, sentando-se sobre o seu tronco – Amo-te perdidamente desde o dia em que me expulsaste do teu quarto pela primeira vez!
- E eras capaz de tudo por mim?
- Tudo…


Tom puxou o corpo de Miss K sobre o seu e atacou os seus lábios de forma desavergonhada. A segurança e força com que ela se declarava apaixonada por si deixava-o ainda mais excitado à face dos perigos e riscos que ela corria com todo o processo. Abraçou o corpo dela e rodando sobre a cama voltou a colocar-se sobre o corpo dela, numa posição de dominância.

- E agora… Neste momento… Não tens medo do que te possa acontecer? – perguntou Tom lambendo os lábios dela, ao mesmo tempo que passava uma mão sobre as curvas sinuosas do corpo dela.
- Agora? … Neste momento? … A última coisa no mundo que poderia sentir, era medo… - disse Miss K sugando o lábio inferior dele, procurando com ambas as mãos o rabo dele para o apertar de forma a que ele percebesse o desejo que também ela sentia naquele momento – Ou já te esqueceste o quão perfeito tu consegues ser quando estamos juntos? Principalmente sobre um céu tão estrelado como o de Hamburg…
- Já…
- Então deixa-me relembrar-te… -
disse Miss K enrolando as suas pernas em volta do tronco de Tom procurando os lábios dele para o beijar de forma desinibida.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeSeg Set 26, 2011 8:10 pm

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Aninhou-se na almofada, procurando o conforto da cama e do quentinho que se fazia sentir, e não contente com o quão feliz se sentia naquela manhã, virou-se para o outro lado por entre um suspiro longo e satisfeito, e esbarrou de encontro ao corpo de Tom que deitado ao seu lado acordava com aquele choque frontal.

- Estás aqui?! – interrogou Miss K espantada, abraçando o corpo de Tom e deitando a sua cabeça no peito dele para o sentir mais perto de si. Não havia maneira mais perfeita para começar o seu dia.
- Deixa-me ver… - disse Tom ensonado mas com uma boa disposição notória, ao mesmo tempo que apalpava a sua cara, tronco e braços, e por entre um sorriso rasgado e divertido acrescentava – Sim, parece que estou aqui!
- Disseste que querias ir para o teu quarto… -
comentou Miss K sentindo uma mão dele abraçar o seu corpo.
- E ia… Mas tu cansaste-me até à exaustão… - disse Tom com um sorriso perverso nos lábios – Dormi que nem um anjo…
- Mas ontem à noite portaste-te que nem um demónio…


Miss K olhou para Tom e perante o silêncio de quem acabava de acordar, viu um sorriso aberto e sincero nos lábios dele. Elevou-se um pouco mais na cama e sem resistir beijou aqueles lábios que tanto amava e suspirou de forma profunda acariciando o peito dele. Fechou os olhos e deixou-se ficar a absorver aquele momento idílico. Acariciou a cara dele, brincando com a ponta dos seus dedos sobre a sua pele como se desenhasse caminhos e escrevesse segredos que jamais teria coragem para desvendar e viu os lábios dele desenharem um novo sorriso. Miss K sentiu os braços de Tom abraçarem a sua cintura e deitarem-na sobre a cama. Sentiu o peso do corpo dele sobre o seu e os lábios dele atacarem o seu pescoço de forma lenta e sedutora ainda embargado pelo sono que sentia.

- Tenho sede… - disse Tom de forma sensual roçando os seus lábios até ao ouvido dela.
- Hmmm… Eu também… - disse Miss K abraçando o pescoço de Tom, puxando os lábios dele até aos seus para o beijar de forma longa e demorada
- Então podias ir buscar água para nós… - disse Tom separando-se dos lábios dela a rir.
- Ohhh… Parvo!!! – disse Miss K largando o corpo dele como se fizesse birra.

- Vá lá… - disse Tom sugando o lábio inferior dela.
- Pensava que estavas com sede de mim e do meu corpo!
- Também! Mas esse já é o meu estado natural… Tenho sempre necessidade física de ti… Mas agora tenho mesmo sede… -
disse Tom a rir – Podias ir-me buscar água…
- Tu tens cá uma lata!!! –
disse Miss K a rir.
- A culpa é tua! Ontem desgastaste-me… - disse Tom, fazendo uma das suas mãos passear-se pelas curvas sinuosas do corpo de Miss K ao mesmo tempo que lhe fazia olhinhos – Agora precisas de repor a minha energia…
- A casa é tua… Tu é que sabes onde estão os copos… Queres água? Levantas o rabinho e vais buscá-la! E pelo caminho podes trazer-me um copinho de água para mim também!
- Aí é que está… Não precisas de saber onde estão os copos… -
disse Tom mordiscando o lábio inferior dela – Vais à despensa e tiras duas garrafinhas de água e está o assunto resolvido!

- Estamos muito bem-dispostos esta manhã!!! –
disse Miss K não conseguindo resistir ao charme dele, abraçando-o e beijando-o com vontade.
- Podemos ficar ainda mais bem-dispostos se me fores buscar uma garrafa de água… Prometo que não te vais arrepender! – disse Tom lambendo o pescoço de Miss K, beijando-o de seguida.
- Ai a minha vida! - disse Miss K por entre um sorriso deliciado e um suspiro longo – E se encontrar o teu irmão enquanto me estiver a passear pela casa?
- Dizes-lhe bom dia! –
disse Tom a rir com simplicidade.
- Não me sinto bem em invadir assim a tua despensa…
- Tens a minha autorização para invadir tudo o que quiseres!
- Mas ontem nem me fizeste uma visita guiada à casa… Nem sei onde fica a cozinha e a despensa!
- Eu posso-te explicar… Ou não queres a minha recompensa?
- Claro que quero… -
disse Miss K arranhando as costas de Tom de forma dura e sensual.
- Ainda bem, porque eu também a quero e não é pouco… - disse Tom atacando os lábios de Miss K de forma selvagem – Pelo caminho podes aproveitar para trazer a tua mala, assim podemos ir até ao meu quarto tomar banho…
- Estás-me a convidar para conhecer o teu quarto?
- E a minha casa de banho… Se quiseres, claro…
- Tu sabes que eu não sou capaz de dizer que não, não sabes? –
perguntou Miss K enrolando uma perna no tronco de Tom, puxando-o até si para o beijar.
- Então despacha-te… - disse Tom acariciando a perna dela até ao seu rabo, dando-lhe uma palmada como se a incentivasse a seguir caminho – A mala ficou algures a meio do caminho…
- E a despensa? –
perguntou Miss K afastando-se do corpo de Tom para procurar a sua roupa no chão do quarto e começar a vestir-se.
- Fazes o caminho todo de regresso até à sala e vais reparar que tens uma porta à tua direita, junto da zona da mesa de jantar… Aí fica a cozinha, depois entras na cozinha e à tua direita vais encontrar outra porta que é a despensa…

- Mais alguma coisa? –
perguntou Miss K acabando de vestir o seu top e de fechar as calças.
- Volta rápido! – disse Tom puxando-a por uma perna para a fazer sentar-se sobre a cama e beijá-la – Tenho sede!
- Ohhh!!!
disse Miss K soltando-se do corpo dele a rir.
- … De ti! – disse Tom com um sorriso perverso nos lábios.
- Hmmm… Assim gosto mais de ti! – disse Miss K atacando os lábios dele.

Miss K beijou os lábios de Tom uma vez mais e levantou-se para de forma envergonhada aventurar-se pelos corredores de casa dele em busca da mala perdida e de saciar a sede do seu amado. Encontrou a mala no inicio do corredor que dava acesso aos quartos, sorriu ao perceber que ela estava realmente no meio do caminho e com todo o cuidado encostou-a junto de uma parede para de seguida se encaminhar até à sala. Olhou com atenção à sua volta e ficou impressionada com aquele espaço. A sala era ampla, a decoração jovem e airosa, as diversas janelas faziam com que o imenso jardim complementasse aquele espaço de forma absolutamente perfeita. O sol reflectia a Primavera e enchia o seu coração de uma felicidade superior àquela que já sentia em si naquela manhã. Sorriu e respirou fundo contente com a sua vida. Tinha perdido todas as esperanças de algum dia voltar a estar com Tom, e certamente nunca se tinha imaginado a acordar em casa dele, com ele do seu lado, aquela manhã suplantava todos os sonhos que pudesse ter. Olhou à sua volta e reparou numa porta perto da mesa de jantar. Encaminhou-se até essa porta e apercebeu-se que se tratava realmente da cozinha. Entrou e ficou encantada com aquele espaço igualmente amplo e asseado. O jardim também parecia querer entrar pela cozinha adentro, tornando aquele espaço tão familiar, quanto idílico. Miss K não conseguia tirar o sorriso do rosto. Procurou a porta da despensa e com algum contentamento entrou no interior dela e colocou-se em bicos dos pés para chegar às garrafas de água que estavam na última prateleira. Saiu da dispensa com duas garrafas de água na mão e para seu espanto ao sair deu de caras com uma rapariga de costas voltadas para si. Parecia estar a fazer algo no balcão da cozinha. Miss K sentiu-se envergonhada, não sabia como reagir, nem estava à espera de encontrar alguém que não fosse Bill no interior da casa. Encostou a porta da despensa e perante as suas dúvidas e um ranger inesperado da porta, viu a rapariga virar-se de frente para si e teve um choque momentâneo. Lembrava-se perfeitamente daquele rosto. Aquela era a rapariga que tinha estado com Tom em Londres. Ficou em choque. Não sabia como reagir, ou o que dizer. O que estaria ela a fazer ali? Será que Tom tinha algo combinado com ela naquela manhã? O que é que se estava a passar? Sentiu uma tristeza imensa atingir o seu coração e um aperto querer roubar-lhe o ar.

- Olá! - disse Gabi com um sorriso amistoso nos lábios.
- … Olá… - disse Miss K sem saber como expressar as suas dúvidas e dores de foro emocional - … Tu…
- Eu…?!
inquiriu Gabi sem perceber o que Miss K queria dizer – Eu estou quase a acabar… Estou só a fazer uma torrada, se quiseres utilizar a torradeira a seguir é na boa…
- Não… Obrigada… -
disse Miss K amaldiçoando-se mentalmente pelo facto dela ser bonita e simpática. Quem seria ela? Seria assistente particular deles? Era essa a razão pela qual ela estava ali? Será que Tom tinha um caso com a sua assistente? E perante as suas dúvidas e preocupações não se conseguiu conter em perguntar – … Tu trabalhas para eles?
- Sim... –
disse Gabi de sorriso nos lábios, e percebendo que a única vez que Miss K a tinha visto tinha sido em circunstâncias menos próprias, chegou-se à frente e estendeu-lhe uma mão de sorriso nos lábios, apresentando-se – Gabriele Asbach, sou a relações públicas deles… Prazer…
- Prazer… Eu sou a Keri… -
disse Miss K estendendo a mão a Gabi para perceber pelo cumprimento de Gabi que ela era uma mulher de armas. Então se Gabi trabalhava para eles, mas não como assistente, o que estaria ela a fazer ali àquelas horas?
- Eu sei… A famosa Miss K, não é?
- Sim… –
disse Miss K espantada com o nível de informação de Gabi.
- Era eu que costumava entregar as tuas prendas ao Tom! – disse Gabi a rir, voltando-se novamente para a torradeira para ver se estava tudo bem. Não tardava muito para as torradas de Bill estarem prontas.
- Então também és assistente pessoal deles? – perguntou Miss K confusa.
- Não, mas nos hotéis qualquer contacto que queira ser estabelecido com os rapazes passa sempre primeiro por mim ou pelo manager da tour… - disse Gabi contente por ouvir as torradas saltarem – Não queres mesmo utilizar a torradeira?
- Não…
- Ok, então vou desligá-la… -
disse Gabi desligando a torradeira, retirando de seguidas as torradas.

Miss K ficou especada no mesmo sitio a olhar para a forma natural como Gabi tirava uma faca de uma gaveta e deslocava-se até ao frigorifico para tirar a manteiga do seu interior, era como se já conhecesse a casa de cor e salteado. Não estava a perceber o porquê de Gabi ali estar, será que Bill e Tom tinham marcado uma reunião para aquela manhã? Tom não lhe tinha dito nada, pelo contrário, parecia bem interessado em continuar a sua noite de prazer pela manhã adentro. Algo lhe estava a escapar.

- Precisas de mais alguma coisa? – perguntou Gabi ao aperceber-se que Miss K tinha petrificado à porta da dispensa.
- Não… - disse Miss K voltando à realidade, percebendo que estava à tempo demais ali especada e que ou perguntava aquilo que tinha preso em si, ou seguia caminho até Tom.
- Ok… - disse Gabi sem saber como se livrar daquele momento constrangedor.

- Desculpa estar-te a perguntar mas… - começou Miss K a dizer, sem saber como abordar aquele tema com uma perfeita desconhecida – Vocês vão ter uma reunião agora? É que o Tom não me disse nada…
- Não! –
disse Gabi acabando de barrar as torradas com manteiga, percebendo que Tom não tinha esclarecido Miss K sobre a sua existência – Parece que o Tom não te disse mesmo nada…
- O que é que queres dizer com isso? –
perguntou Miss K assustada – Tu e o Tom…
- Eu e o Tom??? Cruzes credo!!! Não!!! Não mesmo!!! –
disse Gabi rapidamente como se, se quisesse livrar de uma praga – Não te precisas de preocupar comigo!
- Mas naquele dia em Londres… Eras tu, não eras? –
perguntou Miss K com medo de se ter enganado e aquela não ser a rapariga que tinha estado com Tom naquela noite, embora duvidasse que algum dia fosse capaz de esquecer a cara que naquela noite e nas noites seguintes a tinha feito desejar esquecer a sua casmurrice de se manter afastada daquele que amava. Tinha de ser ela, lembrava-se de Tom a ter chamado de Gabi – … Não és a Gabi?
- Sim, sou eu, e era eu que estava com o Tom nessa noite… -
disse Gabi guardando a manteiga no frigorifico, colocando a faca para lavar de seguida – Mas nós estávamos só a falar… O Tom não te explicou?
- Não…
- É tão Tom!!!
disse Gabi por entre um longo suspiro, e pegando no prato com as torradas que tinha ficado de levar até ao seu amado acrescentou – Dá-me um minuto que eu já volto, ok? Não saias daqui… Eu explico-te tudo!
- Ok… -
disse Miss K sem perceber nada do que se estava a passar mas mais curiosa que nunca.

Miss K pousou as garrafas de água sobre a bancada da cozinha e esperou pacientemente que Gabi regressasse. Não sabia o que pensar, nem o que estava prestes a ouvir, mas ao que parecia Gabi e Tom não tinham realmente qualquer tipo de envolvimento para além do profissional e todo o ciúme que tinha sentido era infundado e baseado em informações falsas que Tom lhe tinha fornecido. Respirou fundo e antes que pudesse fazer algo mais, Gabi regressou com um sorriso nos lábios e sem torradas.

- Desculpa, tinha mesmo de ir entregar as torradas ou elas iam perder toda a piada! - disse Gabi com uma inocência cativante.
- Não tem problema… - disse Miss K encostando-se ao balcão da cozinha – Mas não estou a perceber nada do que se está a passar…
- Acredito! –
disse Gabi pensando que podia confiar nela, e que com o tempo e a permanência dela em casa dos gémeos seria difícil tentar esconder algo que estava à vista de qualquer um – As torradas que eu estava a preparar eram para o Bill…
- Sim... –
disse Miss K aceitando aquela informação de forma natural, mas pensando em mil e uma novas questões que se levantavam com aquela nova afirmação.
- Porque eu e o Bill estamos juntos…
- Ahhh!
disse Miss K sem conseguir controlar o espanto daquela afirmação. Não estava à espera de relacionar Gabi directamente com Bill e de forma tão íntima. Sabia que Bill e Nicky Fuller não tinham nada verdadeiro, mas não podia supor que por detrás daquela encenação toda, Bill tivesse uma namorada verdadeira. Gabi riu-se com a interjeição dela, fazendo com que Miss K se sentisse mal pela maneira chocada e nua como tinha reagido àquela informação – Desculpa!!! Não estava à espera… Pensei que tu e o Tom..
- Pois… Mas como vês eu e o Tom nunca iremos ter nada! –
disse Gabi a rir – E é bom que tenhas ficado espantada e tenhas sido apanhada de surpresa, quer dizer que não desconfiavas, e como deves imaginar nós não queremos que ninguém desconfie…
- Sim, claro… Por causa da Nicky Fuller…
- Pois… -
disse Gabi suspirando fundo com um sorriso entristecido nos lábios.

- Não deve ser fácil para ti… - comentou Miss K simpatizando com a dor de Gabi. Sabia que Tom tinha outras raparigas e não lhe era fácil aceitar aquela situação por mais que não tivesse outra hipótese.
- Não é… Mas tem de ser, e o que tem de ser, tem muita força!
- Pois… -
disse Miss K suspirando sonoramente pensando que também não tinha alternativa em relação à vida amoroda de Tom, senão aceitá-la.

- Resolvi vir até cá hoje de manhã e fazer uma surpresa ao meu namorado… - disse Gabi retomando o seu sorriso – Acordá-lo com um beijinho e um pequeno-almoço preparado por mim… Mas aparentemente duas torradas não eram suficientes para ele e tive de vir fazer mais duas! – disse Gabi a rir - Não pensei encontrar-te desta forma… Quer dizer, eu já sabia que tu vinhas ter com o Tom, mas não sabia que ele não te tinha falado sobre mim! Pensei que depois de vocês terem resolvido as coisas entre vocês, que ele te tivesse contado que eu sou apenas amiga dele…
- Não, ele não me disse nada…
- É mesmo tramado o raio do rapaz! –
disse Gabi a rir – Isso é tudo para te meter ciúmes! Naquele dia em que nos encontrámos em Londres, eu tinha ido até ao quarto dele para lhe pedir um favor, estava lá há dez minutos quando tu chegaste e aquilo foi tudo um esquema para tu ficares com ciúmes meus! Eu bem tentei dar-lhe na cabeça, mas ele sabe ser obstinado quando quer!
- Mas quando saíste do quarto disseste que lhe telefonavas… -
disse Miss K tentando juntar todas as peças do puzzle.
- Foi uma estupidez, eu sei… - disse Gabi sentindo-se mal pelas suas acções – Desculpa! Mas estava na cara que vocês queriam estar um com o outro, e achei que se fizesse o joguinho do Tom, podia estar-vos a ajudar!
- E ajudas-te… -
confessou Miss K envergonhada – Mas também derramei muitas lágrimas nessa noite por tua causa… Ou melhor, por causa do Tom… Tu não tens culpa de nada... É a maneira dele ser…
- Mas não penses mais nisso! Não vale a pena! –
disse Gabi percebendo que Miss K começava a ficar triste com as recordações daquele dia – Como vês não te precisas de preocupar comigo… Eu sou namorada do Bill e não tenciono largá-lo nunca! O Bill é o homem da minha vida… Por mais lamechas que isto possa parecer!
- E eu acho que o Tom é o homem da minha vida… Mas ele não parece pensar o mesmo…
- Não fiques assim… -
disse Gabi sentindo-se mal com toda aquela situação – Ele gosta muito de ti, mas sabes como é o Tom, ele ainda é novo e gosta de ter liberdade e de não se sentir preso a ninguém! Aproveita o tempo que tens com ele, quem sabe um dia ele não queira assentar e não veja em ti uma pessoa com quem possa ter um futuro?
- Ele comigo terá sempre um futuro… Sou capaz de tudo por ele… Mesmo que seja daqui a cinquenta anos, no dia em que ele me telefonar e disser que me quer do seu lado, eu vou estar lá… É mais forte que eu… E acredita que eu já tentei contrariar o que sinto por ele diversas vezes e de diversas formas, mas é impossível…
- Então aproveita! –
disse Gabi com um sorriso amistoso nos lábios – Vive esse amor, porque pior do que amar e não ser correspondida, é amar e estar afastada daquele que amamos, sabendo que ele pode estar ao nosso lado! Ele pode não te amar de alma e coração, mas gosta muito de ti…
- Eu sei…
- Aproveita!
- É o que estou a fazer! –
disse Miss K suspirando.

- Mas sabes o que é que ele merecia? – perguntou Gabi na brincadeira para aligeirar a conversa – Merecia que te vingasses dele pela mentirinha que te pregou em relação a mim… Ai merecia, merecia!
- Pois merecia! –
disse Miss K entrando na onda de risos e brincadeira de Gabi.
- Alinhas numa brincadeirinha? – perguntou Gabi de forma maldosa.
- Claro! – disse Miss K adorando a ideia – Tens alguma coisa em mente?
- Hmmm… Acho que sim… -
disse Gabi esfregando uma mão na outra, contente com o plano que tinha em mente.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Respirou fundo e abriu a porta do quarto de hóspedes onde estava instalada. Viu Tom escondido por debaixo dos lençóis com um sorriso radioso, contente por a ver de volta e tentou fazer uma cara o mais apática possível.

- Porque é que demoraste tanto tempo? Mais um bocadinho e ia atrás de ti, pensei que te tivesses perdido… Não percebeste a sede que tenho em mim esta manhã? Anda… - disse Tom batendo com uma mão sobre a cama como se a incitasse a ocupar aquele espaço -Vem ter comigo… Deixa-me matar a sede…
- Tens aqui a tua água! -
disse Miss K mandando uma garrafa de água pelo ar até Tom, tentando colocar um semblante incomodado e chateado – Queres matar a tua sede? Mata-a sozinho!
- Wow… O que é que se passa??? –
perguntou Tom agarrando a garrafa de água no ar, sentando-se direito na cama para tentar perceber o que se estava a passar e o porquê dela ter ficado assim de repente.
- Aliás… Queres matar a tua sede, mata-a com as tuas amiguinhas… - disse Miss K atirando com a outra garrafa contra Tom de forma agressiva – Toma! Assim tens muita água para matar a sede!
- K… -
disse Tom sendo atingido no peito pela segunda garrafa de água – O que é que aconteceu??? Estava tudo bem quando saíste daqui!!!
- Tens razão… Estava tudo bem quando eu saí daqui… -
disse Miss K pegando na sua roupa e acessórios que ainda estavam no chão – Até que encontrei uma das tuas amantes na cozinha!
- O quê??? Uma das minhas amantes???
perguntou Tom sem saber o que dizer. Quem poderia estar na sua cozinha naquela manhã? Nenhuma das pessoas com quem alguma vez se tinha envolvido tinha acesso a sua casa. As únicas pessoas com quem se tinha envolvido naquele espaço era Nicky e Amber, mas em condições particulares, e duvidava que qualquer uma delas se encontrasse naquele momento na sua cozinha – Eu não tenho nenhuma amante!!!

- Achas que eu acredito que me és fiel??? –
disse Miss K de forma enraivecida.
- Eu não te sou fiel a ti, nem a ninguém!!! Sou fiel a mim mesmo e basta!!! – disse Tom levantando-se da cama, vestindo os seus boxers ao perceber que Miss K estava realmente enervada e a preparar-se para ir embora – Eu não tenho nada com ninguém, por isso é impossível ter amantes!!! Tu sabes que eu às vezes estou com outras pessoas… Mas eu não costumo trazer ninguém para minha casa!!! Nem ninguém tem acesso à minha casa sem que eu saiba!!! Se está alguém na cozinha, está clandestinamente!!!
- Não é o que parece, porque ela tinha a chave de tua casa e estava muito feliz e contente a preparar-te o pequeno-almoço!
- Impossível!!! Quem é que encontraste na cozinha???
- A tua querida Gabi! Parece que Londres lhe ficou gravado na memória e ela veio a correr atrás de ti…
- Ohhh… A Gabi é na boa! –
disse Tom a rir.
- Não Tom! Não é na boa! – disse Miss K encaminhando-se até à porta dando a entender que ia sair.
- É! - disse Tom colocando-se à frente de Miss K para que ela não pudesse sair – Eu não tenho nada com a Gabi, e acredita que ela não está aqui para me preparar o pequeno-almoço a mim… A Gabi anda com o Bill…

- Queres mesmo que eu acredite que a rapariga com quem tu andaste enrolado há uma semana atrás, esta semana anda com o teu irmão???
- Eu nunca tive nada com ela… Ela estava em Londres connosco, mas estava em segredo, ninguém podia saber! Ninguém pode saber que ela e o Bill estão juntos, por causa do contrato dele com a Nicky Fuller… -
disse Tom aproximando-se de Miss K, levando as suas mãos à cara dela para a tentar acalmar – Quando nos encontraste nós estávamos a falar…
- … A sério? –
perguntou Miss K de forma inocente como se estivesse prestes a acreditar nele, ao mesmo tempo que levava as suas mãos ao peito de Tom para o acariciar.
- Sim… Eu não tenho nada com a Gabi, ela é namorada do meu irmão… Se ela está neste momento na cozinha a preparar um pequeno-almoço romântico para alguém, é para o Bill…
- Não me enganes Tom… Eu prefiro que me digas a verdade, a que te escondas atrás de mentiras e subterfúgios! –
disse Miss K sentindo as palavras que dizia – Prefiro que me digas que andas com ela… Prefiro saber, a sentir-me de alguma forma enganada…
- Eu não te estou a enganar… -
disse Tom puxando a face de Miss K até si para a beijar de forma singela.

Tom envolveu os seus braços à volta da cintura de Miss K e puxou-a de encontro ao seu corpo para a beijar de forma mais ágil. Começou por fazer uma das suas mãos deslizarem até ao rabo dela, e quando se preparava para a puxar em direcção à cama, ouviu bater à porta. Soltou-se dos lábios de Miss K e olhou-a nos olhos de forma confusa e surpresa. Não imaginava Bill ou Gabi a procurarem Miss K, principalmente àquela hora. Antes que conseguisse perguntar quem era, viu a porta entreabrir-se e Gabi surgir com um sorriso muito rasgado entre os lábios e uma bandeja na mão com o que parecia ser um pequeno-almoço. Tom por momentos petrificou, não percebia o que estava a acontecer. Porque é que Gabi se encontrava ali? Era impossível ela ter-se perdido em direcção ao quarto de Bill, ela já o conhecia de cor e salteado. Tom preparava-se para lhe perguntar o que é que se passava quando viu o sorriso de Gabi desaparecer e a sua cara apresentar uma ausência total de felicidade.

- Então era por causa dela que não querias que eu viesse ter contigo hoje de manhã??? – perguntou Gabi entrando no interior do quarto, pousando a bandeja sobre uma cómoda para de seguida se virar para Tom e Miss K com um rosto revoltado de raiva – Eu a pensar que tinhas de ir trabalhar e que estavas realmente desgostoso por não ter tempo para estar contigo e tu estás aqui enfiado com essa… Com essa…

Miss K afastou-se de Tom, olhando para ele com uma expressão triste e revoltada. Tom estava totalmente apático sem saber o que dizer ou fazer. O que se estaria a passar para Gabi entrar pelo quarto de hóspedes adentro e armar um escândalo daqueles como se eles tivessem algum relacionamento? O mundo teria enlouquecido naquela manhã?

- … Mentiste-me!!! – disse Miss K com um ar chocado.
- Não!!! Eu não tenho absolutamente nada com ela!!! – disse Tom em choque sem perceber aquilo que se estava a passar, e virando-se para Gabi acrescentou - Estás-te a passar???
- Não Tom! Tu é que te estás a passar!!! -
disse Gabi de forma convincente – Mas vais começar a passar-te sozinho a partir de agora, porque eu estou farta de ser a tua escrava!!! Estou farta que me digas que me amas e que nas minhas costas andes com todos os rabos de saia que te apareçam à frente!!!
- Ele jurou-me que vocês não tinham nada…. –
disse Miss K como se tivesse sido enganada e ainda estivesse em choque.

- Mas vocês estão-se a passar??? – perguntou Tom começando a ficar colérico com Gabi – Desde quando é que eu tenho alguma coisa contigo??? Só podes estar bêbada!!!
- Eu pedi-te que me contasses a verdade… -
disse Miss K.
- E eu contei!!! – disse Tom indignado por ela não acreditar em si - Se eu tivesse alguma coisa com ela dizia-te, mas ela é namorada do meu irmão!!! – e virando-se para Gabi acrescentou – O Bill sabe disto???
- Claro… -
disse Gabi como se a pergunta de Tom não fizesse sentido nenhum – Ele deu-me a chave de vossa casa para eu te vir surpreender! E que rica surpresa que eu tive!!!
- Então tu não és namorada do Bill? –
perguntou Miss K.
- Claro que é!!! – disse Tom.
- Não… - disse Gabi ao mesmo tempo de Tom – Tu viste-nos juntos em Londres… Já estamos juntos há alguns meses…
- Estás louca??? –
disse Tom levando uma mão à cabeça – Só podes estar a gozar comigo!!!
- Sim… Mas tu mereces… -
disse Gabi com um sorriso jocoso nos lábios.

- Estás a gozar comigo??? – perguntou Tom sentindo-se ferver em raiva.
- Claro totó!!! – disse Gabi a rir – E não sou a única!
- Tu também??? –
perguntou Tom virando-se para Miss K vendo um sorriso tímido nos lábios dela.
- Pois… - disse Miss K.
- Eu mato-vos!!! – disse Tom cerrando os olhos em forma ameaçadora – Mas de onde é que vocês se conhecem para fazerem um complô contra mim???
- Da cozinha… -
disse Miss K aproximando-se de Tom para o abraçar como se pedisse desculpas pelo sucedido.
- Girl Power! – disse Gabi com um sorriso vitorioso nos lábios – É para ver se aprendes a não brincar com quem não deves!

- Tens muitas coisas para me explicar!!! –
disse Tom abraçando Miss K pela cintura de forma brusca, puxando-a de encontro a si para devorar um pedaço do seu pescoço numa mordidela selvagem.
- E pelos vistos a sós… - disse Gabi começando a encaminhar-se sorrateiramente até à porta para os deixar a sós.
- E tu também!!! – disse Tom prendendo Miss K nos seus braços.
- Talvez, mas podemos falar depois… - disse Gabi abrindo a porta do quarto – Agora tenho de ir ter com o meu namorado porque vim até cá para estar com ele e fazer-lhe uma surpresa!
- Estou a ver que hoje vens cheia de surpresas! –
disse Tom levantando a sobrancelha direita.
- Eu sou uma caixinha de surpresas! – disse Gabi a rir enquanto saia do quarto de Miss K – E ainda agora o dia começou… Se eu fosse a ti tinha medo!
- Eu quero-te longe de mim!!! –
disse Tom fazendo um sinal de cruz em direcção a Gabi como se ela fosse o demónio, ao mesmo tempo que Miss K se ria – Bem longe!
- Pfff… Deves pensar que eu te quero muito perto! –
disse Gabi deitando a língua de fora a Tom momentos antes de fechar a porta do quarto.

- E agora nós minha menina!!! – disse Tom apertando Miss K com mais força de encontro ao seu corpo como se a quisesse anexar a si – Quem é que a menina pensa que é para gozar assim comigo??? Primeiro acorda-me, depois deixa-me pendurado à espera, manda-me com duas garrafas de água para cima e agora faz-me esta cena... Quem é que você pensa que é, hã???
- … Alguém que te deixa louco! –
disse Miss K saltando para o colo de Tom não querendo perder mais um segundo que fosse afastada dele.
- Hmmm… Certamente… - disse Tom atacando os lábios dela com uma fome renovada, encaminhando-se até à cama para dar largas à sua imaginação.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeQua Set 28, 2011 8:59 pm

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A visita de Miss K a casa dos gémeos tinha-se prolongado mais do que o previsto e o desejado pela própria. Sempre que pensava que devia ir embora e procurar um cantinho seu, Tom convencia-a a ficar mais umas horas por perto, e as horas derivavam sempre no resto do dia em questão. Por mais que amasse toda a atenção que Tom lhe dava, também a receava e sentia-se cada vez mais assustada por não se sentir capaz de lhe dizer que não. Cada vez se sentia mais próxima dele e mais capaz de o amar para todo o sempre. Estava a viver uma autêntica lua-de-mel nos seus braços. Não se conseguia manter longe do seu corpo e ele parecia faminto com ela por perto. Por mais que Bill e Gabi habitassem o mesmo espaço que eles, o mundo parecia ter ficado deserto e só Tom se encontrava no seu caminho. Dois dias tinham passado e Miss K começava a pensar numa maneira de quebrar aquele clima perfeito, antes que Tom se fartasse da sua presença e as coisas terminassem de forma negativa. Era preferível pôr um ponto final enquanto estavam em alta do que esperar que Tom se sentisse cansado de si e não a quisesse por perto durante uns tempos. Perdida nos seus pensamentos e entretida a olhar para o imenso jardim que decorava o exterior da casa, nem reparou que a fonte do seu desejo acabava de entrar na sala e aproximava-se de si com o intuito de quebrar a sua reflexão.

- Preciso que me faças um grande favor… - disse Tom abraçando o corpo de Miss K pelas costas, sussurrando-lhe ao ouvido.
- Hmmm… Assim é difícil recusar qualquer que seja o teu pedido… - disse Miss K arrepiando-se com o som da voz dele sussurrada ao seu ouvido e o toque das mãos de Tom à volta da sua cintura.
- Preciso que empates a Gabi…
- Hã?!
disse Miss K surpresa com aquele pedido, virando-se de frente para Tom, abraçando-o pelo pescoço.

- Preciso que distraias a Gabi… O meu irmão está a preparar-lhe uma surpresa e precisa da minha ajuda… Podes distraí-la?
- Sim, mas… -
começou Miss K por dizer. Como é que ia distrair Gabi? Por quanto tempo? O que estariam eles a tramar?
- Prometo que se me ajudares, temos a noite toda por nossa conta! - disse Tom beijando-a de forma astuta sabendo que ela seria incapaz de o recusar – Não consigo parar de pensar em coisas perversas que gostava de fazer contigo…
- Não precisas de nada perverso para me convenceres!

- Isso quer dizer que tratas dela por mim? –
perguntou Tom com um sorriso nos lábios.
- Sim… - disse Miss K procurando os lábios de Tom – Mas depois vou querer saber que coisas perversas te vão nessa cabecinha…
- Pensava que não precisasses de nada disso…
- E não preciso… -
disse Miss K largando o corpo de Tom, virando-lhe costas como se estivesse de partida – Mas um pouco de pimenta, anima sempre as nossas noites…
- Oh se anima! –
disse Tom dando uma palmada sonora no rabo dela.

- É assim que tencionas animar a nossa noite? – perguntou Miss K olhando para ele como uma felina, mordendo o seu lábio inferior.
- Porque não? – perguntou Tom puxando-a pela cintura até si.
- Porque não?! – disse retoricamente Miss K em forma de sugestão, ao mesmo tempo que abraçava o corpo de Tom.
- Vai… Antes que eu fique louco… - disse Tom procurando os lábios dela para a beijar, ao mesmo tempo que apertava o seu rabo com ambas as mãos de encontro a si mesmo.
- Tenho uma notícia para ti: Tu já és louco há muito tempo! – disse Miss K sorrindo por entre os lábios dele – Queres que eu a entretenha até quando?
- Até eu a vir chamar… -
disse Tom soltando o corpo de Miss K para ir buscar as coisas que Bill lhe tinha pedido – Já falta pouco!
- Ok… -
disse Miss K dando um último beijo a Tom, sentindo uma das mãos dele baterem novamente no seu rabo em tom de provocação.

Tom sorriu e seguiu caminho até à cozinha. Miss K sabia que Gabi tinha estado a tomar banho e que muito provavelmente estava prestes a sair do quarto e a procurar Bill. Tinha de se antecipar. Como quem não queria a coisa, plantou-se à porta do quarto de Bill tentando pensar em algo para dizer a Gabi que a conseguisse entreter por algum tempo. Esperou cerca de cinco minutos e viu Tom passar em direcção ao sótão com um cesto repleto de comida, sorriu-lhe e ficou ainda mais curiosa com aquilo que eles preparavam, mas logo se tentou concentrar para não parecer uma perfeita anormal perto Gabi. Ouviu a porta do quarto de Bill abrir e tentando disfarçar a sua presença ali a meio do corredor, fingiu que andava em direcção ao quarto onde estava hospedada. Gabi saiu do quarto e sorriu de forma amistosa a Miss K que atrapalhada não se lembrava de nada para lhe dizer.

- Sabes onde está o Bill? – perguntou Gabi fechando a porta do quarto.
- O Bill? – voltou a perguntar Miss K enquanto tentava engendrar um plano para a manter ocupada Hmmm… O Bill estava no jardim a última vez que o vi… O Tom precisava da ajuda dele e eles estavam juntos… No jardim…
- Ok, obrigada… -
disse Gabi começando a andar em direcção à sala.

- Ahh Gabi…
- Sim… –
disse Gabi virando-se para trás.
- Eu gostava de falar contigo… - disse Miss K sem saber o que mais lhe dizer – E gostava de aproveitar para falarmos agora, já que o Tom e o Bill estão ocupados e nós podemos estar à vontade…
- Ok… -
disse Gabi regressando para ao pé de Miss K curiosa com o que ela teria para falar consigo.
- Hmm… Eu estava a pensar procurar um hotel onde ficar enquanto cá estou… - disse Miss K sem se lembrar de mais nenhum tema que pudesse servir de conversa para ocupar Gabi – Eu adoro a vossa companhia, mas tenho medo desta proximidade toda com o Tom… Tenho medo que a qualquer momento ele se farte de mim e perca o interesse…
- Eu percebo… Com o Tom o melhor que podes fazer é não deixar que as coisas percam intensidade ou interesse…
- Eu sei, por isso é que estava a pensar ir embora agora que está tudo bem entre nós, antes que ele se farte de mim…

- Queres um conselho? –
perguntou Gabi percebendo que Miss K precisava de apoio para aquela decisão que estava prestes a tomar. E perante um aceno afirmativo por parte de Miss K, Gabi continuou – Acho que fazes bem! Se te mantiveres por perto vais ser um dado adquirido, e o Tom não dá valor ao que tem… Se estiveres num hotel acabas por tornar as coisas mais interessantes… Vão ter sempre a excitação de estarem tão perto um do outro, mas ao mesmo tempo tão longe por ser tão perigoso de se encontrarem sem que olhos indiscretos vos persigam…
- Então achas que eu devia ir?
- Sinceramente? Acho que sim!
- Se eu precisar, ajudas-me a procurar um sítio onde ficar? –
pediu Miss K sabendo que Tom ia tornar a sua fuga complicada e ele é que tinha ficado de lhe arranjar um hotel onde ficar.
- Claro!
- Preciso de um sítio baratinho, mas com boas condições…
- Não te preocupes, se precisares de ajuda, eu estou aqui para te ajudar! Não te vou deixar desamparada! –
disse Gabi de forma amistosa.
- Obrigada! – disse Miss K sentida com as palavras de Gabi. Era bom saber que podia contar com alguém naquele país que lhe era desconhecido.

- Gabi! – disse a voz de Tom vinda do corredor.
- Sim… - disse Gabi virando-se para trás para fitar Tom.
- O Bill pediu para ires ter com ele lá acima ao sótão…
- Ok, obrigada! –
disse Gabi com um sorriso no rosto, e virando-se para Miss K acrescentou – Depois se quiseres podemos continuar a falar…
- Acho que já estou decidida sobre o que fazer… Obrigada… Se precisar depois peço-te ajuda… -
disse Miss K de sorriso tímido no rosto.
- Não hesites! – disse Gabi de sorriso no rosto, afastando-se lentamente dela.

Tom esperou que Gabi passasse por si e esboçou um sorriso aberto e um tanto ou quanto perverso de quem sabia perfeitamente aquilo que a esperava. Deixou que ela passasse e olhou para Miss K com o mesmo sorriso perfeito, mas desta vez esperando poder ter a mesma sorte que Gabi teria naquela noite.

- E nós? O que vamos fazer esta noite? – perguntou Tom fazendo olhinhos a Miss K.
- Podemos ver um filme… - disse Miss K que desejava poder abraçar o corpo de Tom enquanto viam um filme e desfrutar daquele momento de normalidade que nunca tinha tido na companhia dele, antes de se afastar por uns tempos. Precisava de aproveitar a companhia de Tom, precisava de sentir que todo aquilo era real e não um sonho com o qual andava a fantasiar.
- Pornográfico? – perguntou Tom em tom de sugestão.
- Hmmm… NÃO! – disse Miss K desatando-se a rir – Podemos ver um filme normal!
- Mas assim não tem tanta piada… -
disse Tom encaminhando-se até ela para a abraçar pela cintura e apoderar-se do seu pescoço.
- Claro que tem… - disse Miss K olhando-o fundo nos olhos – Ao teu lado é impossível alguma coisa não ter piada!
- Isso é porque eu tenho um dom natural para tudo o que faço… -
disse Tom sorrindo de forma perversa.
- Não tenhas dúvidas disso! – disse Miss K suspirando, procurando de seguida os lábios de Tom para os beijar com todo o seu amor e dedicação. E sentindo os braços dele à volta da sua cintura apertarem-na mais, e os seus lábios descolarem-se, olhou-o fundo nos olhos e sorriu de forma tímida. Ia ser difícil ficar afastada dele, principalmente sabendo que era uma escolha sua – Gostava que telefonasses ao Jost e pedisses para ele me marcar hotel para esta noite…
- Ok… -
disse Tom não prestando atenção ao que ela dizia, voltando a beijá-la, procurando-a com desejo.

- Estou a falar a sério… - disse Miss K uma vez afastada daquele novo beijo – Gostava de ir dormir a um hotel esta noite…
- Podemos tratar disso amanhã…
- Hoje!
- Amanhã! –
disse Tom cerrando os olhos e fazendo beicinho na tentativa de a cativar – Hoje tenho outros planos para nós… Temos a casa por nossa conta…
- Não posso continuar a adiar isto sempre para amanhã…
- Eu sei… Mas hoje podes! –
disse Tom excitado – Temos a casa por nossa conta!!!
- Tom…
- Não se fala mais no assunto! –
disse Tom beijando os lábios dela – Podes escolher o filme, vemos o que quiseres e fazemos o que quiseres… Mas quando nos aproximar-mos do quarto, quem manda sou eu!
- Tom… -
disse Miss K a rir com a forma como ele falava.
- Sim, sim… Eu sei… E amanhã vais embora…
- Vou mesmo! –
disse Miss K segura daquilo que dizia.
- Eu sei que vais… Por isso é que hoje temos de aproveitar…
- Então, telefona ao Jost para marcar hotel para amanhã…
- Não confias em mim? –
perguntou Tom soltando o corpo dela fingindo-se ofendido – Amanhã eu deixo-te ir embora…
- Então porque é que não telefonas ao Jost?
- Ok, eu telefono… -
disse Tom tirando o telemóvel do bolso para telefonar ao seu manager e pedir que tratasse de tudo para que Miss K amanhã tivesse um quarto de hotel à sua espera.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Não desconfiava que Bill lhe estivesse a preparar qualquer surpresa até ao momento em que entrou no compartimento que dava acesso ao sótão e sentiu uma fragrância aromática no ar, ao mesmo tempo que reparou que as escadas se encontravam tapadas por um grande lençol preto e que nele afixado, um papel branco lhe pedia para se despir e colocar uma túnica preta com pequenas incrustações em diamantes brilhantes que se encontrava pousada e dobrada sobre um degrau das escadas. Em letras mais pequenas, Bill pedia o encarecido favor dela não ter realmente nada sobre o corpo para além daquela túnica. Gabi riu-se alto e em bom som com o pedido de Bill. O que estaria ele a preparar? Não tinha desconfiado de nada. Tinham passado o dia juntos a apanhar banhos de sol no jardim e Bill não parecia ter nada em mente para além daquele pedaço de paz e calmaria que estavam a vivenciar. Suspirou e achando piada àquele pedido de Bill, despiu a sua roupa e pousou-a sobre o degrau onde estava a túnica, vestindo-a de seguida, rindo com o facto dela ser tão curta que deixava a bordinha do seu rabo à mostra. Tinha a certeza que aquele aspecto tinha sido minuciosamente programado. Uma vez preparada para continuar a subir os degraus da escada que davam acesso ao sótão, passou o grande lençol preto e sorriu ao ver uma rosa vermelha no último degrau. Pegou na rosa e ficou impressionada pela perfeição da mesma, parecia ter sido simetricamente desenhada. Subiu o último degrau e o que viu fez com que o seu coração disparasse num frenesim sem par. O sótão estava irreconhecível. No centro, um colchão forrado por um lençol preto e centenas de pequenos diamantes que reluziam de forma esmagadora. À volta do colchão, milhares de pétalas vermelhas desenhavam uma estrela. Num dos vértices interiores dessa estrela um cesto quer parecia de pic-nic, exibia uma garrafa de champagne e diversos artigos de comida. Gabi estava boquiaberta, não sabia como reagir à perfeição que se estendia a seus olhos. Procurou Bill com o olhar e encontrou-o junto da sua janela preferida, com um sorriso intensamente brilhante para condizer com a fila de velas certamente aromáticas (pela fragrância que se sentia no ar) que forrava a parede das janelas de uma ponta à outra, criando no ar uma idílica sensação de estar num dos seus sonhos mais secretos, onde tudo na sua vida era pacífico e perfeito. Gabi encaminhou-se até Bill, reparando que ele usava somente umas calças de fato de treino pretas e largas, deixando à vista desarmada o seu peito magro e embelezado pela arte que o complementava.

- Preparas-te tudo isto para nós? – perguntou Gabi emocionada e derretida com o gesto de Bill e o seu sorriso esplendoroso.
- Não… Preparei tudo isto para ti! – disse Bill abraçando o corpo dela e beijando os seus lábios da forma mais doce que sabia como a beijar.
- Para mim?
- Sim… -
disse Bill acariciando o rosto emocionado dela – Há muito tempo que não te preparo nenhuma surpresa… E tu sabes que eu adoro preparar-te surpresas! Sinto saudades de ter momentos só nossos… Nunca podemos sair, ser vistos em público, fazer as coisas que outros casais fazem, mas isso não quer dizer que não possamos ter noites diferentes e só nossas…
- Qualquer segundo passado do teu lado é perfeito… -
disse Gabi beijando o peito dele, acariciando as suas costas.
- Esta noite será mais que perfeita… - disse Bill afastando-se do corpo de Gabi para pegar na mão dela que estava livre e encaminhá-la até à zona do colchão – Porque tu tens sido o meu grande apoio… Há muito tempo que somos bombardeados por más noticias… Nunca conseguimos ter paz e alimentarmo-nos somente do nosso amor… Por isso esta noite quero que aproveites e te esqueças que existe um mundo lá fora… Quero falar, rir, beijar-te muito, e fazer amor contigo a noite toda… Gostava de ser capaz de mudar tudo o que nos tem acontecido, mas à impossibilidade de o fazer, quero ser capaz esta noite de nos fazer viver só do nosso amor, e deixar as guerras lá fora…

- Por mais tumultuosa que a nossa relação possa ser… É nossa! E eu não a trocava por nenhuma outra deste mundo! – disse Gabi beijando os lábios dele com todo o amor que sentia por aquele homem. Ele era perfeito, nunca seria capaz de encontrar alguém que amasse e respeitasse mais do que ele.

Bill ajudou Gabi a sentar-se no colchão e perante o olhar emocionado e apaixonado dela, dirigiu-se à cesta de verga que tinha ao lado do colchão e retirou do seu interior duas flutes de champagne. Passou-as para as mãos de Gabi e perante o riso apaixonante dela, abriu a garrafa e serviu-os para fazerem um brinde.

- A nós e ao nosso futuro… - disse Bill olhando para Gabi de forma intensa.
- Sim… Ao nosso amor! – disse Gabi procurando os lábios de Bill para o beijar por entre um suspiro.
- Amo-te! – disse Bill chocando a sua flute de encontro à de Gabi.
- E eu a ti meu amor! – disse Gabi bebendo de seguida um trago de champagne, ao mesmo tempo que Bill, trocando um olhar doce e apaixonado com ele.
- És realmente tudo o que eu sempre desejei… - disse Bill levando uma mão ao rosto dela para a acariciar de forma ternurenta – Ou talvez mais…
- Tu fazes-me querer ser sempre melhor… Por ti e para ti… -
disse Gabi pousando o seu copo do chão, tirando o copo de Bill das suas mãos para o pousar perto do seu.

Gabi passou uma perna sobre o colo de Bill e sentou-se sobre ele, abraçando-o pelo pescoço. Sentia-se em união perfeita com o homem que amava. O corpo dele colado ao seu fazia-la esquecer que tudo o resto existia. Olhou-o fundo nos olhos e humedecendo os seus lábios beijou-o de forma intensa e longa. Deixou que as suas mãos percorressem o cabelo dele como sabia que ele gostava, e só parou de o beijar quando sentiu que a respiração de ambos estava demasiado debilitada para se prolongar por muito mais tempo. Sentia falta daqueles momentos a dois em que podiam apenas dedicar-se um ao outro, namorarem e amarem-se sem limites. Sentiu o corpo de Bill rodar e colocá-la de costas sobre o colchão, deitando-se sobre si, exercendo pressão sobre o seu corpo. Deixou que as suas pernas continuassem a prender o corpo dele de encontro ao seu e sorriu ao ver um sorriso radioso e apaixonado nos lábios do homem que amava. Puxou-o até aos seus lábios para o poder beijar um pouco mais e sentiu-se arrepiar quando sentiu uma mão de Bill acariciar as suas pernas somente com as pontas dos dedos, segurando nas suas ancas com força, como se a quisesse vincular a si. Bill puxou a ligeiramente a túnica de Gabi para cima e apercebeu-se que ela trazia cuecas vestidas, contra as suas instruções. Riu-se e como castigo mordeu o lábio inferior de Gabi em provocação.

- Quando eu disse que era para vestires só a túnica… Não incluía roupa interior… - disse Bill de forma sussurrada apoderando-se do pescoço dela em pequenas mordidas sedutoras.
- Eu sei… - disse Gabi acariciando o cabelo dele, sentindo-se arrepiar vezes e vezes sem conta.
- Não estás a respeitar as minhas regras… Vou ter de te castigar…
- Talvez eu estivesse a prever um castigo e essa tenha sido a razão pela qual eu mantive a minha roupa interior… -
disse Gabi com um sorriso perverso nos lábios – Já pensaste nisso?
- Não, mas agora que dizes isso… Adoro a ideia! –
disse Bill atacando os lábios dela com uma força devoradora.

Gabi entusiasmou-se com o beijo e soltando as suas pernas do corpo de Bill procurou começar por deslizar as calças dele para baixo, deixando-o mais à vontade para que ele pudesse tomar conta do seu corpo como só ele era capaz de o fazer. Sentiu os lábios de Bill começarem a desprender-se dos seus e a deslizarem num roçar sensual sobre o seu pescoço, ao mesmo tempo que puxava a túnica que trazia vestida para fora do seu corpo. Gabi ajudou-o a despi-la e uma vez livre da túnica, ajudou-o a tirar o seu soutien. Bill passou as mãos sobre o peito pequeno e arrebitado dela e levou os seus lábios até ele para o beijar de forma dominada pelo desejo. As mãos de Bill continuavam a deslizar sobre o corpo dela, acariciando-a de forma apaixonada, e lentamente procuraram retirar as cuecas que ela ainda trazia vestidas. Gabi arranhou as costas dele de forma sedutora e acariciou o seu peito, procurando matar o desejo que sentia em tocar naquele corpo que amava. Fechou os olhos ao sentir que Bill encaminhava os seus lábios até às suas pernas e a beijava de forma extremamente sedutora ao mesmo tempo que a acariciava e só os voltou a abrir quando sentiu que ele se afastava do seu corpo. Viu-o de costas de volta da cesta de verga e levou a sua mão até ao corpo dele para o sentir mais por perto. Bill olhou para ela de sorriso no rosto e voltou a empenhar-se naquilo que fazia. Gabi esperou um pouco mais e logo viu Bill virar-se para si com uma nova rosa vermelha na mão, desta vez repleta de chantilly. Gabi riu-se, contagiando Bill que se deitou ao lado dela e lentamente começou a brincar com a rosa na sua barriga, deixando-a suja de chantilly. O toque da rosa era tão subtil e leve que fazia com que Gabi se arrepiasse. O olhar de Bill era tão intenso e concentrado enquanto brincava sobre a pele dela, que fazia com que Gabi retirasse prazer daquele gesto tão doce e romântico dele. Bill continuou a roçar a rosa, desta vez sobre o peito de Gabi e ao sentir que ela emitia sons de contentamento e excitação, pousou a rosa ao lado do colchão e abraçou a cintura dela para com a sua boca lamber todo o chantilly que ela tinha sobre o seu corpo, sentindo as mãos de Gabi procurarem novamente a sua cabeça para o acariciar enquanto ele o fazia. O prazer que ela sentia era cada vez mais audível e visível a olho nu. Bill tinha sido capaz de a deixar a arder em desejo. Pegou na face dele e puxou-o até si para também ela provar o chantilly que ele trazia nos lábios. Beijou-o de forma selvagem e enlouquecida pelo sentimento e desejo que fervilhavam dentro de si. Bill retribuiu aquele beijo de forma igualmente avassaladora e sabendo que não seria capaz de aguentar muito mais tempo afastado do corpo dela, posicionou-se à entrada do seu corpo e deixou que os seus corpos se unissem de forma profunda. Gabi abraçou o pescoço dele e procurou beijá-lo cada vez mais e de forma mais arrojada. Desejava-o com todas as forças do seu corpo. Bill começou por impulsionar o seu corpo sobre o dela de forma lenta, para que ela se habituasse ao seu corpo e o pudesse sentir com toda a sua força, Gabi levou uma mão até às costas dele e outra até aos seus cabelos e ajudou-o na sua missão de procurar o prazer que ambos eram capazes de sentir quando estavam unidos por amor, e impulsionou-se também ele de encontro à pélvis dele, sentindo-o cada vez mais profundamente. Sentiu os lábios de Bill apoderarem-se do seu pescoço e o seu corpo procurar penetrá-la cada vez de forma mais hábil e eficaz, aumentando a velocidade a que a tomava. Fez deslizar ambas as mãos até ao rabo dele e agarrando-o com força, ajudou a impulsionar-se para o seu interior consumida pela fome de o sentir no seu interior. Sentiu uma mão de Bill apoderar-se do seu peito e os seus lábios seguirem o exemplo da sua mão, ao mesmo tempo que o corpo dele parecia incansável na busca de prazer. O seu coração corria de forma desenfreada, o seu corpo aquecia em ondas de prazer, o toque de Bill parecia cada vez mais mágico e profundo. Sentiu as mãos de Bill abraçarem a sua cintura e puxarem-na para si enquanto ele se sentava no colchão e a sentia instigar e estimular o corpo de ambos com a forma como ela se roçava e elevava sobre a sua masculinidade. Bill levou as mãos à face dela segurando-a com determinação e olhou-a de forma intensa, mordendo o lábio inferior em forma clara de desejo. Gabi sorriu de forma ofegante e beijou a ponta do nariz dele. Abraçou-o pelo pescoço e atacou os seus lábios com a mesma fome com que o seu corpo se impulsionava sobre o dele. Bill abraçou o corpo dela com força, passando as suas mãos firmes sobre o cabelo dela e acariciando as suas costas. Gabi sentia-se prestes a explodir de forma orgásmica, elevou-se o suficiente para se sentar novamente sobre o corpo de Bill mas desta vez de costas para ele, e sentiu os braços dele ladearem-na com uma força renovada, e as suas mãos procurarem o seu peito ofegante e excitado. Gabi elevou os braços na direcção da cara de Bill e procurou os seus lábios para o beijar de forma debilitada pelo prazer que sentia em si, sentindo o corpo dele ceder aos espasmos de prazer que o faziam ofegar e gemer por entre os seus ouvidos de forma extremamente sensual. Bill sugou o lóbulo da orelha dela e percebendo que ela estava preste a atingir a mesma onda de prazer que ele, levou uma das suas mãos até ao ponto onde os seus corpos se uniam como um só e estimulou-a de forma incessante até a sentir ceder ao prazer que sentiam. Bill deitou-se para trás tentando recuperar a respiração acelerada e sentiu o corpo de Gabi deitar-se sobre o dele, virando-se de frente para ele para descansar sobre o seu corpo. Levou as suas mãos ao cabelo de Gabi e deixou-se ficar a acariciá-la de olhos fechados, até que o corpo de ambos regressasse um pouco ao normal.

- Eu sei que nunca falámos sobre o assunto mas… - começou Bill por dizer, ao mesmo tempo que acariciava as costas dela de forma doce e pacifica – Mesmo que seja impossível assumirmos o nosso namoro nos próximos meses por uma questão de segurança… Eu gostava de te dar mais… Não quero que te sintas como a outra, ou como alguém que tem de estar escondido de tudo e de todos…
- Achas mesmo que eu me sinto como a outra? –
perguntou Gabi levantando a cabeça do peito de Bill para o olhar nos olhos com um sorriso imenso de felicidade por tudo o que tinham acabado de viver, ao mesmo tempo que acariciava a face dele de forma querida e o beijava nos lábios ternamente – Abria mão de qualquer coisa por momentos como este que acabámos de viver, mesmo que para isso tenhamos de viver escondidos de tudo e todos para o resto da vida! Só te quero a ti! A fama ou a atenção que ser tua namorada me pode trazer, não me interessa para nada… O que me interessa é o que tu sentes por mim… O mundo pode esperar!
- Mesmo assim… Eu quero que o mundo saiba que tu és minha…
- E com tempo saberá… Quando for altura para isso…
- Não quero esperar pelo futuro, quando o que sinto é algo que está tão presente em mim… -
disse Bill beijando os lábios dela de forma apaixonada.

- Bill, eu sei que é difícil teres de fingir que estás com a Nicky e que eu não significo nada para ti, mas já falta pouco…
- Eu sei… -
disse Bill deitando-a ao seu lado, beijando os seus lábios, para de seguida se sentar sobre o colchão e respirar fundo – Mas eu quero que sejas cada vez mais na minha vida... E mesmo que não tenhamos falado sobre isto… - disse Bill inclinando-se sobre o cesto de verga para retirar do seu interior uma pequena caixinha de veludo azul-escuro, fazendo com que o olhar de Gabi ficasse preso às suas mãos, e o seu coração disparasse de forma ainda mais frenética do que no momento em que os seus corpos se entregavam – Gostava que usasses isto, como forma do nosso amor…

Gabi sentou-se sobre o colchão e olhando de forma alternada para as mãos e olhos de Bill sentiu-se emocionar e perder qualquer capacidade de falar. Será que Bill a estava a pedir em casamento? Não seria um pouco cedo para isso (por mais que o amor deles fosse para sempre)? Não se estariam a precipitar? Nunca tinham falado nessa possibilidade.

- Ninguém precisa de saber o significado deste anel… - disse Bill abrindo a pequena caixa que tinha entre mãos para deixar a descoberto um anel de ouro branco totalmente coberto por pequenos diamantes – Será o símbolo do nosso amor…
- Oh meu Deus!!!
disse Gabi levando as mãos à boca em choque pela beleza e valor daquele pequeno objecto.
- Gostava que o usasses como um símbolo do nosso compromisso… - disse Bill retirando o pequeno anel do interior da caixa – Gostava de poder usar um também, mas tenho a certeza que passado pouco tempo percebiam que o meu compromisso não era com a Nicky Fuller…
- É lindo… -
disse Gabi em choque.
- Um dia, quando eu puder admitir publicamente aquilo que sinto por ti… Quando for finalmente livre para te amar, gostava de também carregar comigo um símbolo do nosso amor… - disse Bill pegando na mão direita de Gabi para lentamente introduzir no seu anelar aquele pequeno objecto que tinha escolhido com todo o seu amor e carinho.

- Nem sei o que dizer… É lindo, é perfeito, é… - disse Gabi olhando para a sua mão perdida em emoção – Não podia significar mais para mim…
- Era tudo o que eu queria! –
disse Bill levando a mão dela até aos seus lábios para a beijar com doçura – Mesmo que seja impossível assumirmos o nosso namoro, quero que saibas que o que sinto por ti não é uma brincadeira, é algo muito importante e que espero que afecte a minha vida para sempre…
- Eu sei amor… Basta olhar para os teus olhos… -
disse Gabi abraçando o corpo dele emocionada, sentindo diversas lágrimas tomarem conta dos seus olhos.
- Sempre que eu olhar para as tuas mãos vou lembrar-me deste momento… Mesmo que esteja com a Nicky, ou mesmo que estejamos rodeados por pessoas que não podem sequer sonhar com o que eu sinto por ti… Nas tuas mãos está o nosso amor e o nosso destino…
- Vou levá-lo comigo para todo o lado… Vamos ser inseparáveis… -
disse Gabi beijando Bill de forma apaixonada ao mesmo tempo que se aproximava ainda mais dele e se sentava no seu colo para o poder beijar e amar - A partir de hoje este anel faz parte de mim… Como só tu fazes parte de mim…

- Tenho pensado muito naquilo que quero para mim e para o meu futuro…
- E… -
disse Gabi acariciando a face dele olhando-o de forma apaixonada.
- E tudo o que sei é que quero dedicar a minha vida à música e a ti… Vocês são as minhas duas grandes paixões… Pensei mesmo num dia, quem sabe, talvez casar… Tornar-te minha…
- Eu já sou tua…
- Mas eu quero que toda a gente saiba que és minha, e quero que toda a gente saiba que eu sou teu e que não tenho olhos para mais ninguém… -
disse Bill abraçando o corpo dela com força como se não a quisesse perder.
- Ia adorar um dia casar contigo e constituir uma família ao teu lado… - disse Gabi beijando-o de forma doce e apaixonada ao mesmo tempo que acariciava o rosto dele.
- A sério? – perguntou Bill por entre um sorriso enternecedor e feliz.
- Sim… Quando te disse que queria envelhecer ao teu lado até sermos os dois bem velhinhos e irritantes, sem nos podermos aturar um ao outro, mas sem conseguirmos viver um sem o outro também, estava a falar a sério… - disse Gabi acariciando o peito de Bill ao mesmo tempo que começava a beijar lentamente o pescoço dele para o provocar – Quero muito viver a minha vida ao teu lado… Neste momento não imagino o meu futuro sem ti…

- Como é que me podes amar tanto se eu já te trouxe tanta dor?
- Estar sem ti é infinitamente pior… -
disse Gabi beijando os lábios dele, ao mesmo tempo que as suas mãos acariciavam o cabelo dele da forma como sabia que ele gostava – Preciso de te ter e sentir…
- Dava tudo para ter a certeza que no futuro vais estar em segurança e que nunca mais serás um alvo a abater por minha culpa… Mas temo que quando o nosso relacionamento vier ao de cima… Vais ter de responder à ira das minhas fãs tresloucadas…
- Shhhhhh…. –
disse Gabi colocando uma mão sobre os lábios de Bill, acariciando-os – Vamos deixar as guerras lá fora…
- Tens razão… -
disse Bill sorrindo de forma doce, beijando a mão dela de seguida – Hoje só quero aproveitar para namorar contigo…
- Então beija-me… -
sussurrou Gabi de forma sensual, olhando fixamente para os lábios dele.

Bill sorriu de forma mais rasgada e abraçando o corpo dela com força, beijou-a de forma segura e alongada, brincando de forma sedenta com a sua língua. Gabi empurrou o corpo de Bill para o colchão e deitando-se sobre ele beijou-o de forma mais atrevida, sentindo as mãos dele percorrerem as suas pernas. Roçou os seus lábios até ao peito de Bill e apoderou-se do piercing que ele trazia no mamilo brincando com ele com os seus lábios e língua. Sentiu as mãos dele percorrerem o seu rabo, as suas costas, procurarem o seu peito, e puxarem o seu rosto até ele para a beijar de forma apaixonada. Gabi sentiu Bill começar a ficar excitado com a troca de carícias e beijos e provocando-o ainda mais, deixou que os seus lábios deslizassem até à barriga dele e brincassem perigosamente perto do centro de gravidade do corpo de Bill naquele momento. As reacções corporais de Bill eram instantâneas, ele respondia de forma rápida e sensível ao toque dela e o seu corpo encontrava-se novamente preparado para se entranhar no corpo da mulher que amava. Bill voltou a sentar-se no colchão e abraçando o corpo de Gabi pela cintura, puxou-a até si e deitou-a sobre aquele espaço, apoderando-se de forma animal do seu corpo, não contendo o desejo e a urgência que tinha em se unir com ela novamente e provar-lhe que quando lhe tinha dito que queria fazer amor consigo pela noite adentro, estava a falar a sério
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeSex Set 30, 2011 9:50 pm

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Levantou-se ensonado e sem vontade de deixar o ninho de amor que tinha construído na noite anterior para si e Gabi. Era a segunda vez que ouvia tocar à porta e conhecendo Tom como conhecia, sabia que ele não se ia levantar para ir ver quem era. Encaminhou-se até ao intercomunicador e ligou a câmara para ver se eram as suas fãs que queriam chateá-los, ou se era realmente alguém do seu círculo mais próximo. A estrada parecia vazia, não havia sinal de nada, nem ninguém. Encolheu os ombros e começou a encaminhar-se novamente em direcção ao sótão ao mesmo tempo que se espreguiçava. Quando estava prestes a sair da sala, ouviu alguém bater à porta. Bill achou estranho. Encaminhou-se novamente até à porta e espreitando pelo óculo sentiu o seu coração parar de bater e um nervosismo imenso tomar conta do seu corpo. Respirou fundo e abriu a porta, ligeiramente envergonhado por estar somente de calças de fato de treino.

- Surpresaaaaaaaaaaaaaaaaaa! – disse Nicky abraçando o corpo de Bill de forma entusiasmada e viva.
- Nicky… - disse Bill abraçando o corpo dela sem saber o que dizer.

Adorava a companhia de Nicky, mas pensar que algures num dos quartos Tom estava com Miss K e que Nicky tinha de ser confrontada com isso de forma inevitável, fazia-o desejar que naquele dia ela se mantivesse muito longe de sua casa.

- Desculpa ter-te acordado! – disse Nicky soltando o corpo dele com um sorriso nos lábios – Eu sei que devia ter avisado, mas se tivesse avisado, não era surpresa! E como tu me fizeste prometer que assim que tivesse um espacinho na minha agenda vinha ter contigo… Aqui estou eu!
- Claro… Fizeste muito bem!!! –
disse Bill em pânico sem saber o que fazer ou como reagir. A sua cabeça andava a mil à hora na tentativa de arranjar uma maneira de safar Tom do mar de confusões que se iam suceder naquela manhã.
- Além disso o Mercier tem passado os dias à porta de minha casa e do estúdio e está-se a tornar cada vez mais difícil fugir dele… Achei que devia mesmo sair de Los Angeles por uns tempos… Até porque em breve vai começar o nosso martírio…
- Pois… E amanhã eles vão a tribunal... –
disse Bill ainda em estado de choque sem saber bem como reagir – Mas entra… Como é que conseguiste entrar na propriedade?
- O teu jardineiro abriu-nos a porta… -
disse Nicky apontando para o carro com o seu segurança privado.
- Trouxeste segurança?
- Neste momento todo o cuidado é pouco… -
disse Nicky, e virando-se para o seu segurança acrescentou – Pode descarregar as malas e seguir…

Bill levou uma mão à cabeça e pensou naquilo que iria dizer a Nicky em relação a Tom e Miss K, mas logo chegou à conclusão que não tinha nada a ver com aquele assunto e que já tinha avisado e discutido com Tom diversas vezes por causa da sua vida boémia e que ele é que deveria lidar com aquela situação, até podia ser que lhe fizesse bem para ganhar algum juízo. Reconhecia que naquele caso em concreto o seu irmão não tinha culpa de nada, ele era livre de estar com quem quisesse na sua própria casa, e tinha a certeza que se Tom soubesse de antemão que Nicky Fuller ia ter consigo, não estaria naquele momento com Miss K deitada na sua cama. Respirou fundo enquanto observava o segurança de Nicky deixar duas malas à porta de sua casa e ajudou-a a carregá-las para dentro, fechando a porta de seguida.

- O Tom está em casa? – perguntou Nicky com um alegria revitalizada por falar no nome dele.
- Acho que sim… - disse Bill começando a tentar esquivar-se às perguntas.
- Importas-te que o vá acordar?
- Talvez não seja grande ideia… -
disse Bill tentando esconder o pânico que sentia naquele momento. Tinha a certeza que aquela manhã ia acabar com muito choro e muitas desilusões – Ele às vezes tem mau acordar…
- Mas eu gostava de lhe fazer uma surpresa também…
- Pois… Porque é que não fazemos assim: eu vou acordá-lo, digo-lhe que preciso da ajuda dele, e tu podes-te esconder na cozinha e quando nós entrarmos… Tu fazes-lhe a surpresa!
- Não é a mesma coisa… -
disse Nick insistindo na sua ideia. Tudo o que desejava era acordar Tom e fazer-lhe companhia na sua cama.
- Eu sei, mas é melhor assim… Acredita! Ele tem andado mais chato e irritadiço que o habitual por causa das coisas com o Mercier…
- A sério? Quando falei com ele ao telefone, parecia-me mais entusiasmado que o normal!
- Mas não… -
disse Bill sem saber o que mais dizer para que ela não persistisse na ideia de irromper por sua casa adentro e surpreender Tom na cama com outra.

- Bem… Se tu achas que é melhor assim… Tu é que o conheces! – disse Nicky suspirando num misto de satisfação e tristeza por não poder concretizar o seu desejo de se infiltrar na cama de Tom para o acordar de forma diferente do habitual.
- Ok… Então, esconde as malas atrás do sofá para ele não as ver quando entrar na sala e esconde-te na cozinha… Daqui a um bocadinho ele já lá vai ter contigo! – disse Bill com um sorriso um pouco forçado.
- Ok! – disse Nicky tão entusiasmada que nem se apercebeu que Bill estava demasiado estranho.

Bill saiu da sala encaminhando-se até ao quarto de Tom. Pelo caminho amaldiçoava-o mentalmente por o estar a colocar naquela situação. Gostava muito de Nicky e não queria que ela ficasse magoada com o cenário com o qual se ia deparar naquela manhã. Parou à porta do quarto do seu gémeo e ignorado o facto de ser demasiado arriscado abrir a porta sem antes anunciar a sua entrada, abriu a porta devagarinho espreitando para o seu interior com medo de os acordar, ou apanhar em flagrante. Tom e Miss K dormiam pacificamente. Bill entrou e encaminhou-se até ao lado da cama onde Tom estava deitado, colocando uma mão sobre o braço do seu irmão para o acordar ao mesmo tempo que sussurrava o seu nome.

- Hã… - murmurrou Tom à medida que acordava e via o seu irmão agachado a sussurrar o seu nome.
- Precisamos de falar!
- Sim… -
disse Tom voltando a fechar os olhos, ignorando-o.
- Agora!
- Estou ocupado… -
disse Tom ajeitando-se na almofada.
- Rebentou uma bomba!!! – disse Bill na esperança que isso fizesse com que Tom quisesse ouvir aquilo que ele tinha para dizer.
- Uma bomba?! – perguntou Tom abrindo os olhos para ver Bill com uma cara zangada e preocupada que o alarmava.
- Preciso de falar contigo imediatamente!!!
- Ok… -
disse Tom levantando-se da cama com cuidado para não acordar Miss K que dormia de forma profunda ao seu lado.

Bill encaminhou-se até ao exterior do quarto, sendo seguido por Tom que apanhava os seus boxers do chão para os vestir e se espreguiçava, coçando os olhos ao mesmo tempo, na tentativa de acordar melhor. Bill fechou a porta do quarto de Tom e perante o ar ensonado e alienado do seu irmão, largou a bomba.

- A Nicky está neste momento na nossa cozinha! – disse Bill sem saber como andar à volta daquilo que tinha para lhe dizer.
- O QUÊ??? – perguntou Tom em pânico, desejando estar ainda a dormir – Tens a certeza???
- Claro que tenho a certeza Tom!!! Por isso vê se acordas e resolves esta merda!!!

- Merda, merda, merda… -
disse Tom levando as mãos à cabeça – O que é que eu vou dizer à K???
- E o que é que vais dizer à Nicky???
- Não sei!!! –
disse Tom encostando a testa a uma parede. Não conseguia raciocinar àquela hora – Preciso da tua ajuda!
- Eu sei! –
disse Bill – Porque é que achas que eu estou aqui? A Nicky queria vir-te acordar de forma queridinha… Imagina o que não seria se a Nicky entrasse no teu quarto e te visse na cama com a K!!!
- Nem digas isso!!! –
disse Tom como se fosse o diabo a negar a cruz Merda, merda, merda… O que é que eu faço Bill?
- Fala com a K… Abre o jogo…
- Ela vai-se passar!!!
- Não tens grande opção neste momento! A Nicky é minha namorada… Ela tem de ficar obrigatoriamente cá em casa… E duvido que consigas ter as duas sobre o mesmo tecto! –
disse Bill colocando uma mão sobre os ombros de Tom – Eu distraio a Nicky… Mas não te esqueças que quando a vires à frente tens de fingir que estás surpreso!
- Acredita que isso não vai ser minimamente difícil de fazer!!! O que me preocupa agora é a K… Como é que eu a vou tirar cá de casa sem que ela perceba que a Nicky está na cozinha?
- Sem que ela perceba que a Nicky está na cozinha? Mas tu achas que isso é possível esconder? Olha que ainda te vais enterrar mais…
- Achas?
- Claro!!! É melhor explicares-lhe a situação… Abre o jogo, se não o fizeres e ela vier a descobrir o porquê de a teres posto a andar, ela vai ficar muito chateada e com toda a razão…

- Ai que merda!!!
- Eu sei… Mas tu vais conseguir resolver isto tudo… -
disse Bill encorajando o irmão – Vai lá… Fala com a K, eu vou empatar a Nicky…
- Ok… Obrigado… -
disse Tom passando uma mão na cabeça sem saber o que dizer a Miss K. Como é que a ia acordar para uma notícia tão debilitante, arranjando uma maneira de a tornar menos dolorosa? Estava perdido.
- Ah, e Tom… - disse Bill antes de se ir embora – É bom que não apareça mais nenhuma das tuas amantes ou não tenho onde as esconder!!!
- Não faças brincadeiras com isto, por favor!
- Descontraí… Tu não tens culpa de nada! Resolve o assunto…


Tom respirou fundo e voltou a entrar no quarto fechando a porta. Olhou para Miss K a dormir na sua cama e percebeu que não tinha coragem de a magoar novamente. Já lhe tinha causado muito mal, não estava pronto para a fazer sofrer novamente, nem para a ver chorar, e ficar magoada consigo. Estava farto das complicações e dos rumos que a sua vida levava. Porque é que Nicky tinha de aparecer em sua casa naquela manhã? Porque é que não tinha avisado que ia a caminho? Porque é que era obrigado a magoar Miss K mesmo quando não tinha qualquer desejo em fazê-lo? Levou as mãos aos olhos e respirou fundo, pensando que não havia nenhuma maneira simpática de a acordar para o que seria um autêntico pesadelo para qualquer mulher que o amasse. Aproximou-se lentamente da cama, e deitou-se ao lado dela, abraçando o seu corpo pelas costas, beijando ao mesmo tempo o seu ombro desnudado. Sentiu o corpo dela despertar para o seu toque e sorrir, virando-se de frente para ele abraçando-o com força e enroscando-se nos seus braços. Tom beijou os lábios dela com alguma doçura e passou uma mão sobre os cabelos dela, tirando-os de frente dos seus olhos.

- Bom dia… - disse Tom beijando o pescoço de Miss K de seguida – … Podemos falar?
- Acordaste com vontade de falar? –
disse Miss K sorrindo com a meiguice dele – Não me lembro de alguma vez isso ter acontecido… Costumas acordar sempre tão… Desperto!
- Eu sei… Mas hoje gostava de falar contigo sobre algo chato e que tu não vais gostar nada…

- O que é que se passa? –
perguntou Miss K percebendo pela maneira como Tom falava que se tratava de algo realmente sério e que não ia ser nada agradável de ouvir.
- Por favor não fiques chateada comigo… Eu não tenho culpa do que está a acontecer… Acredita que não desejei que nada disto acontecesse e que se tivesse qualquer outra opção, faria as coisas de maneira diferente… - disse Tom com o coração nas mãos.
- Estás-me a deixar preocupada… - disse Miss K afastando-se do corpo de Tom, sentando-se na cama para despertar melhor – O que é que se passa? Diz… Nunca houve tabus entre nós e já falámos sobre coisas bem piores de certeza…
- Sim… Depois de tudo o que já passámos devíamos ser capazes de falar sobre isto… Devíamos ser capazes de falar sobre tudo… -
disse Tom respirando fundo, sentando-se na cama, olhando para ela de forma amedrontada – A Nicky Fuller está cá em casa… Fez-nos uma surpresa e resolveu vir-nos visitar…
- Ok… -
disse Miss K sem perceber o porquê de isso a ir chatear tanto. Será que Tom queria que ela fosse embora sem que Nicky desse por isso para manterem tudo em segredo? Qual era o problema de Nicky saber que Tom estava acompanhado? Ela não conhecia a sua veia de playboy? Não tinha conhecimento do seu envolvimento com Tom no passado? De certeza que sabia da sua existência, nem que fosse através do processo. Porque é que elas não se podiam conhecer ou cruzar? – E o que é que isso tem a ver comigo?
- … Eu e a Nicky temos estado juntos… -
admitiu Tom tentando analisar todas as reacções dela ao pormenor para saber quando é que estava a ir longe demais nas informações que lhe prestava.

Miss K sentiu o seu coração apertar de tal forma que por momentos julgava tê-lo perdido de tão pequeno e indetectável que ele tinha ficado. Olhou para Tom e não conseguiu perceber qual a interpretação que devia fazer daquele temor que lhe via nos olhos. Sentiu a sua respiração saltar de compasso e o seu corpo arrepiar-se com aquela informação. Tom andava envolvido com Nicky? Nicky Fuller? A suposta namorada do seu irmão? Uma das mulheres mais desejadas do mundo? Tom mantinha um relacionamento como aquele que tinha consigo, com outra pessoa? Era isso que as palavras dele significavam? E o que é que ele queria dizer com o facto dela estar em casa dele naquele momento? O que é que se estava a passar? Teria acordado para o seu pior pesadelo? Aquele em que Tom anunciava que estava comprometido com outra mulher, uma mulher muito mais bonita e interessante que ela? Como é que ia suportar a dor que sentia naquele momento pulsar no seu interior? Como é que ia processar o facto de Tom ter um relacionamento secreto com Nicky Fuller? Como é que ia ser capaz de manter o seu coração são, se a sua cabeça começava já a matá-la lenta e dolorosamente com perguntas que só a danificavam ainda mais? Como é que Tom era capaz de olhar para si e estar consigo, quando podia estar com Nicky Fuller? Seria um entretenimento nas horas vagas dele, até que se pudesse dedicar mais à namorada do seu irmão?

- É uma coisa recente… - acrescentou Tom sem conseguir perceber nada daquilo que ia na cabeça de Miss K naquele momento – Nada sério…
- Sério o suficiente para ela te vir procurar e querer fazer-te uma surpresa… - disse Miss K apertando o lençol que a cobria de encontro a si como se ao proteger a sua nudez, estivesse também a proteger o seu coração de se magoar.
- Ela é nossa amiga… O Bill tinha-a convidado a vir ter connosco assim que tivesse uma pausa nas gravações…

- Ela sabe sobre mim? Sobre nós?
- Não… -
disse Tom impressionado por Miss K estar a reagir tão bem àquela noticia – Nunca falámos sobre mulheres… Ela sabe que eu tenho outras, mas nunca quis saber pormenores… E nem sequer imagina que tu estás aqui comigo…
- Não estás a pensar manter-nos às duas debaixo do mesmo tecto, pois não? –
perguntou Miss K sentindo o seu coração estilhaçar ao ouvir falar sobre a relação dele com Nicky Fuller, e em como ela era a outra aos olhos de alguém, mesmo que esse alguém não soubesse quem ela era.
- Não… Não quero isso para nenhuma das duas… Se dependesse de mim, vocês nunca se tinham cruzado…

- E agora, o que é que vais fazer? –
perguntou Miss K sentindo-se meia adormecida, como se tivesse levado uma pancada na cabeça e estivesse anestesiada para aquilo que Tom lhe contava.
- O meu irmão tem um contrato com a Nicky… Ela tem de ficar cá em casa enquanto eles namoram… Têm de aparecer sempre juntos…
- Ou seja… Eu tenho de ir embora… -
disse Miss K por entre um longo suspiro e um aceno positivo com a sua cabeça, como quem já tinha percebido a história que Tom lhe queria contar.
- Se tu quiseres ficar…
- Não… Sinceramente não quero estar contigo sabendo que tu estás com outra pessoa… -
disse Miss K sentando-se na cama, enterrando a cabeça nas mãos, deixando a dor que sentia curvar o seu corpo e começar a exteriorizar-se gradualmente.

- Eu não queria que nada disto acontecesse… - disse Tom percebendo que ela estava mais magoada com o que estava a acontecer do que as suas palavras queriam deixar transmitir.
- Nem eu Tom… Nem eu… - disse Miss K levantando a cabeça para olhar para ele com uma tristeza profunda - Mas está a acontecer… E uma vez mais tu estás a expulsar-me da tua cama, do teu quarto, da tua casa…
- Não! –
disse Tom ajoelhando-se ao lado dela para se tentar explicar - Eu não te estou a expulsar de lado nenhum… Estou-te a pedir, educadamente, para ires um pouco mais cedo do que o planeado para o hotel, para facilitar as coisas… Não quero confusões, nem escândalos…
- Achas que eu vou armar um escândalo? –
disse Miss K praticamente ofendida com aquilo que ele lhe dizia - Não sei como é que é a Nicky, mas eu nunca iria armar um escândalo… Muito menos sabendo como tu és…
- Como eu sou?!
- Sim… Tu não és de ninguém… Ia armar um escândalo para quê? Para sair disto tudo ainda mais magoada com as coisas que ia ouvir? –
disse Miss K começando a sentir os seus olhos ficarem repletos de lágrimas incontroláveis pela dor que sentia no seu peito.

- Eu não te quero magoar… - disse Tom passando uma mão sobre as costas desnudadas dela, sentindo que a estava a desiludir novamente.
- Mas como é que achas que eu me sinto neste momento?
- Eu sei… E detesto isso… Dava tudo para que as coisas fossem diferentes…. Se ao menos ela me tivesse avisado que vinha…
- Ias fazer o quê? Esconder-me dentro do armário? Mandar-me embora sem pressa? Esconder-me a verdade? –
inquiriu Miss K deixando escapar uma primeira lágrima silenciosa e comovida pela dor que a consumia.
- Sim… Ia esconder-te a verdade, porque a verdade magoa-te ainda mais… Eu sei que tu sabes que eu estou com outras mulheres de vez em quando, mas não precisas de saber quem são e quando estou com elas… Isso só te tortura ainda mais…
- Eu aceito-te como és… Mas não me peças para gostar do estilo de vida que levas… -
disse Miss K olhando-o fundo nos olhos, conseguindo transparecer toda a sua dor e tristeza - Eu vivo sobre tortura constante ao teu lado… Mas a minha tortura é dez vezes pior quando estou afastada de ti… Por não saber de ti, por não te poder ver, tocar, abraçar, beijar… Por não saber com quem estás e o que estás a fazer… A incerteza é infinitamente mais dolorosa do que a verdade… Prefiro saber a verdade, a que me tapes os olhos… Por isso prefiro que isto tudo esteja a acontecer, a que tu me fizesses ir embora e me desses uma pancadinha nas costas para me despachares…
- Acredita em mim… Eu não te quero despachar… -
disse Tom passando uma mão sobre o rosto dela, tentando amenizar a dor que via espelhada nos seus olhos e nas suas lágrimas.
- Eu acredito Tom… Mas é o que estás a fazer… De certa forma estás a escolhê-la a ela…
- Eu não tenho outra saída…
- Há sempre outras saídas!
- Quais? … Diz-me! Ajuda-me!
- Conta-lhe a verdade… Diz-lhe que estás acompanhado…
- Não a quero magoar…
- O teu problema é esse Tom… -
disse Miss K levantando-se da cama para começar a apanhar a sua roupa interior do chão e vesti-la - Nunca queres magoar ninguém, mas acabas sempre por magoar alguém… E acaba sempre por ser a mesma… Aquela que te ama e que tu sabes que por mais que lhe batas e a trates como lixo, ela volta sempre a correr para os teus braços porque não consegue simplesmente contemplar a ideia de uma vida onde tu não existes!

- K… Eu estou entre a espada e a parede… Será que não percebes isso? –
perguntou Tom percebendo a mágoa dela, mas querendo-se desculpar por a estar a fazer sofrer. Seria incapaz de o fazer de propósito. Não queria de qualquer forma brincar com os seus sentimentos.
- Percebo… Juro que percebo a tua situação… Tens duas das tuas amantes debaixo do mesmo tecto e não sabes o que fazer com nenhum delas com medo de as perderes às duas…
- Não é nada disso… -
disse Tom levantando-se da cama para ir de encontro a Miss K e segurar na face dela com ambas as mãos obrigando-a a olhar para si, apercebendo-se que as lágrimas que escorriam dos seus olhos se tornavam mais frequentes - Neste momento não estou a pensar nos benefícios físicos que possa ter com nenhuma das duas… Acredites ou não, estou mesmo preocupado com o que tu sentes, e em tentar fazer-te perceber que não quero mesmo que te vás embora, não queria que as coisas acontecessem desta forma, mas neste momento sou obrigado a tentar jogar pelo seguro e a fazer o mínimo de danos possíveis… E já que tu não ficas sobre o mesmo tecto que ela, e ela tem mesmo de ficar aqui…
- Eu vou para um hotel… Onde podes ir ter comigo nas horas vagas quando a Nicky Fuller não te estiver a ocupar muito tempo… -
disse Miss K soltando-se das mãos de Tom para procurar no chão as suas calças de ganga e vesti-las – Não… Espera!!! Onde é que eu tenho a minha cabeça… Não podes ir ter comigo, porque eu vou estar num hotel rasca e é demasiado perigoso tu seres visto por lá, por isso, tens o caminho livre para estar com a Nicky Fuller sempre que quiseres…
- Tu sabes que não é isso que eu quero… -
disse Tom levando as mãos à cabeça, percebendo que aquele assunto estava a magoar Miss K de forma debilitante e que cada segundo que passava a dor era superior.
- Neste momento não sei nada… - disse Miss K vestindo o seu top, ao mesmo tempo que não se achava capaz de encarar Tom por muito mais tempo - Tudo o que sei é irracional… Estou demasiado transtornada emocionalmente para conseguir pensar de forma racional… Desculpa…
- Eu percebo… -
disse Tom sem saber o que mais dizer para que ela fosse capaz de o perdoar.

- Imaginar-te com a Nicky Fuller é capaz de tirar a auto-estima a qualquer pessoa! – disse Miss K sentindo a sua auto-estima demasiado ferida e a sua ferida demasiado aberta - A Nicky é uma das mulheres mais desejadas do mundo! Como é que depois de estares com ela, ainda és capaz de querer estar comigo? Eu não lhe chego sequer aos pés!
- Não digas isso! A Nicky é uma mulher normalíssima, como qualquer outra… -
disse Tom sentindo o seu coração apertar ao vê-la falar assim de si mesma. Miss K seria incapaz de sonhar com a perfeição que tinha no seu imaginário como corpo e mulher.
- Para o comum dos mortais não é… - disse Miss K calçando os seus sapatos - Tenho a certeza que algures no teu passado já a viste com outros olhos…
- Não fiques magoada comigo… -
pediu Tom vendo-a calçar os sapatos e preparar-se para sair do seu quarto.

- Vais falar-lhe de mim? – perguntou Miss K respirando fundo, tentando controlar as lágrimas que insistiam em jorrar incessantemente, olhando para ele de forma profunda, à espera de uma resposta.
- Não sei… Ainda não pensei no que vou fazer…
- … Vais dormir com ela nesta cama? –
perguntou Miss K sentindo as suas mãos começarem a tremer pela dor que sentia.
- … Não sei… - respondeu Tom sem conseguir olhar para ela nos olhos, abanando a cabeça da direita para a esquerda, em negação e desconhecimento do futuro. Não lhe queria mentir.
- Eu não quero que durmas com ela nesta cama… - disse Miss K começando a chorar de forma ainda mais cruel, magoada pelo confronto com uma realidade que a magoava como facas espetadas no seu peito ausente de coração - Por favor não durmas com ela nesta cama…
- Ok… -
disse Tom de forma quase sussurrada, comovido com a dor que via espelhada nela.

Miss K enxugou as lágrimas que escorriam dos seus olhos de forma ininterrupta e sem se prolongar muito mais, saiu do quarto de Tom encaminhando-se até ao seu quarto para reunir as suas coisas e fazer a mala para ir embora. Tom seguiu-a sem saber o que dizer ou fazer. Aquela situação era demasiado debilitante. Encostou-se a uma parede olhando para a forma como ela acabava de fazer a mala ao mesmo tempo que chorava e sentiu-se a pior pessoa à face da Terra por ser capaz de a fazer sofrer daquela maneira novamente.

- Eu não acredito que vou sair daqui e deixar-te entregue nos braços de outra… - desabafou Miss K por entre lágrimas, enquanto fechava a sua mala.
- K…
- Tu não percebes o quanto isto me magoa… -
disse Miss K olhando para Tom com os seus olhos raiados de sangue e dor - Estes dias contigo foram demasiado perfeitos para serem reais… Eu não estou habituada a ser feliz… Era estranho demais se fosse capaz de sair de tua casa sem que algo me fizesse bater no fundo do poço e me relembrasse do meu lugar neste mundo…
- Tu mereces ser feliz… -
disse Tom sentindo o aperto que tinha no seu peito, adensar cada vez mais.
- Eu também costumo dizer isso a mim mesma, mas a vida encarrega-se de me prestar uma rasteira a cada esquina em que passo…

- Eu não queria que fosses embora assim… -
disse Tom tentando-se aproximar dela para a abraçar, sendo ignorado pelo corpo dela que pegava na mala e a começava a arrastar para a porta do quarto.
- Pára Tom! Não vale a pena repetires que não querias que eu fosse embora assim, quando eu não te vejo sequer tentar lutar para que eu fique…
- Eu não posso fazer nada…

- Pois não… E o mais triste é que eu acho que mesmo que pudesses, tu não ias fazer nada… Porque eu serei sempre a plebeia que te oferece noites de prazer… Mas tu pertences ao mundo e à realeza… Eu sou apenas a Gata Borralheira que sonha um dia ser uma Cinderela e encontrar o seu príncipe encantado… O meu problema é que o meu príncipe está demasiado ocupado a descalçar os sapatos de todas as raparigas deste mundo e do próximo, em vez de procurar o pé daquela que seria capaz de calçar os sapatos que o acompanhariam para o resto da vida… O meu conto de fadas é um conto de fadas da vida moderna… Não tem um final feliz, nem um príncipe que anda montado num cavalo branco… No meu conto de fadas, a Cinderela sofre, e quando encontra o seu príncipe, percebe que nunca o teve realmente, por mais que por vezes ele seja doce e terno consigo como provavelmente nem ele se acha capaz de ser… Eu conheço um Tom que nem tu mesmo conheces… E um dia eu adorava apresentar-to…

- Estás a tornar isto tudo muito mais difícil… -
disse Tom sentindo-se abater com as palavras dela. Estava emocionado com toda aquela despedida.
- Pois estou… Estou a tornar isto sentido, de coração… Estou a trazer as emoções para algo que deveria ser mecânico… Chegou a próxima, é hora de eu partir… Acontece que no meu coração, o anúncio de que a Nicky chegou, veio artilhado com uma bomba, que eu não sei quando irá rebentar, mas que me deixa em constante alerta… Eu sei que não me queres magoar, mas eu neste momento estou muito magoada… Mas só eu posso enfrentar as próximas horas de solidão e negar este acordar tão doloroso do meu conto de fadas… - disse Miss K respirando fundo, limpando as últimas lágrimas que escorriam do seu rosto. Não queria chorar mais em frente dele – Podes chamar-me um táxi?
- Sim… -
disse Tom perdendo qualquer capacidade de argumentação.

Tom saiu do quarto meio aturdido, sentia-se adormecido e anestesiado com tudo o que estava a acontecer. A sua vontade de encarar Nicky naquele momento era inexistente. Regressou ao seu quarto e pegando no telemóvel, chamou um táxi até à porta de sua casa. Ao regressar para junto de Miss K encontrou-a prostrada com a sua mala de viagem a meio do corredor.

- O táxi vai levar-te até ao hotel…- disse Tom de forma calma e pausada tentando não a magoar ainda mais – Precisas de dinheiro?
- Não… Preciso de muitas outras coisas que o dinheiro nunca seria capaz de me dar…
- Desculpa…
- Por momentos imaginei e vivi o sonho de como seria ter-te para mim… De me pertenceres… E a visão que tive era perfeita demais… Obrigada por me fazeres acordar, mas para a próxima, por favor não me faças sequer sonhar…
- Não digas isso… Eu preocupo-me contigo…
- Não te precisas de preocupar… Eu vou sair por aquela porta e desaparecer… -
disse Miss K encaminhando-se até à porta de saída de casa dos gémeos.
- Mas eu não quero que desapareças…
- Que ironia! –
disse Miss K esboçando um sorriso – Não queres que eu desapareça, mas neste momento dá-te jeito veres-me pelas costas…
- Tu sabes que não é bem assim…
- Eu não sei nada… -
disse Miss K abrindo a porta de casa dele – Ou se calhar sei mais do que gostava de saber, e devia ter seguido o meu sexto sentido em vez de me deixar guiar pelo coração como sempre…
- Não quero que te vás embora chateada comigo… -
disse Tom vendo-a sair pela porta – Diz-me qualquer coisa quando chegares ao hotel… Por favor!
- Não contes com isso… -
disse Miss K olhando uma última vez para ele e para o seu corpo – Adeus…

Tom deixou-se ficar à porta de sua casa, vendo-a partir e sentiu-se praticamente desumano. Porque é que tinha de fazer sempre porcaria? Fechou a porta de casa quando se apercebeu que ela tinha desaparecido do seu ângulo de visão, e encostou a testa à porta da entrada, fechando os olhos e respirando fundo. Tinha de vestir umas calças e uma t-shirt e ir ter à cozinha. As suas capacidades de representação tinham de ser postas à prova.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeSeg Out 03, 2011 8:18 pm

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[FF] - Kampf der Liebe - Página 17 163qn

- Porque é que ele está a demorar tanto tempo? – perguntou Nicky inquieta com o reencontro com Tom.
- Eu disse-te que ele às vezes tinha um acordar difícil… - disse Bill tentando safar a pele do seu irmão.

- Diz lá o que é que queres… - disse Tom entrando na cozinha como se não soubesse que Nicky Fuller o esperava para lhe fazer uma surpresa.
- Surpresaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!! – disse Nicky jogando-se nos braços dele abraçando-o de forma saudosa.
- Nicky!!! – disse Tom da forma mais surpresa que conseguia, ao mesmo tempo que abraçava o corpo dela e olhava para Bill com um olhar triste e prostrado por tudo o que se tinha já passado naquela manhã – O que é que estás aqui a fazer? Que surpresa… Não estava nada à espera de te ver aqui!!!
- Estava cheia de saudades vossas!
- Acho que ainda estou meio a dormir… -
disse Tom separando-se do corpo dela para a ver com um sorriso tão feliz e radioso no rosto que quase seria capaz de animar a sua alma, se ela não estivesse demasiado negra naquela manhã.
- Não, não estás! Não sou um sonho, sou real! – disse Nicky voltando a abraçá-lo, desta vez procurando os lábios dele para o beijar de forma entusiasta.

- Enganaste-me bem Bill… - disse Tom tentando esconder o facto de ter conhecimento daquela surpresa com sabor tão amargo.
- Eu não! A Nicky é que preparou tudo sozinha, eu também fiquei surpreso quando a vi à porta!
- Queria mesmo fazer-vos esta surpresa… -
disse Nicky entusiasmada, não largando os braços de Tom que pareciam mais amortecidos que o costume naquele dia – E por mim tinha-te ido acordar com um beijinho, mas o Bill disse que talvez não fosse boa ideia…
- Ainda bem que não me foste acordar! Ontem deitei-me muito tarde e o meu quarto está todo desarrumado, parece que passou pela segunda guerra mundial… -
disse Tom tentando esquivar-se.
- Achas mesmo que isso me ia assustar? – perguntou Nicky a rir, depositando um novo beijo nos lábios dele.
- Tendo em conta que a tua casa está sempre imaculadamente limpa e arrumada… - disse Tom esboçando um sorriso.
- Tonto! - disse Nicky abraçando o corpo dele com mais força momentos antes de o soltar Ahhh… Trouxe uma coisa para vocês! Está na mala… Vou buscar…
- Não precisavas ter trazido nada! –
disse Bill de forma cortês – A tua companhia já é a melhor prenda que nos podias dar!
- Não é nada de mais… É só uma coisinha que vos queria mostrar! –
disse Nicky de forma entusiasmada saindo da cozinha em direcção à sala para ir buscar algo à mala.

- É suposto irmos atrás dela? – perguntou Bill quase que em forma de reflexão.
- Talvez… - disse Tom meio alienado com tudo o que tinha acontecido.

- Como é que correram as coisas com a K? – perguntou Bill percebendo pela tristeza do seu irmão que só podia ter corrido mal.
- Muito mal… - disse Tom levando uma mão aos olhos – Mesmo muito mal… Ela saiu daqui a chorar, magoada comigo… E com razão! Deve estar neste momento lá fora, destroçada… Eu sou mesmo uma besta sem coração, nem sentimentos!
- Não fiques assim… -
disse Bill aproximando-se do seu irmão para lhe dar um abraço – Fizeste o que tinhas de fazer…

- Apetece-me desaparecer por umas horas…
- Com a Nicky aqui é um bocado difícil!
- Não consegues inventar qualquer coisa para a tirar daqui? –
pediu Tom.
- Ela acabou de chegar, deve estar cansada!
- Mesmo assim… -
implorou Tom que precisava de alguma paz e sossego – Vai passear com ela, ou jantar fora, ou qualquer coisa… Vocês precisam ser vistos juntos, agora mais que nunca! Anda toda a gente de olho em vocês por causa do julgamento…
- E a Gabi? –
perguntou Bill – Tenho a Gabi lá em cima… Estou aqui a tentar ajudar-te a resolver esta merda toda, mas lá em cima, ainda tenho a Gabi que provavelmente está preocupada e à minha espera para saber o que se passa e se é seguro descer, não vá ser vista por alguém que não pode sequer sonhar que ela está cá em casa!
- Ou se calhar está a dormir e nem deu por nada… Vá lá Bill… Preciso mesmo estar um bocado sozinho…
- Tenho de falar com a Gabi primeiro…
- Por mim…


Bill preparava-se para dar resposta a Tom, quando Nicky regressou à cozinha com um tubo em tamanho A2 nas mãos e um sorriso radioso nos lábios.

- A semana passada fizemos a photo shoot para o filme e ontem antes de acabarem as gravações o Spielberg entregou-me isto… - disse Nicky estendendo até às mãos dos gémeos o tubo que tinha nas mãos.
- Força… - disse Tom incentivando o seu irmão, que era sempre mais curioso, a tomar o tubo nas mãos e descobrir o seu conteúdo.
- Eu disse que não é nada de mais… - disse Nicky entusiasmada enquanto via Bill abrir o tubo.
- Ohhhh…. – disse Bill retirando do tubo um cartaz do filme de Nicky, onde figurava a imagem dela em grande destaque. Perto de cada um dos nomes dos actores principais, do realizador e dos produtores, estava um autógrafo personalizado para Bill e Tom – Está assinado e tudo… Olha… - disse Bill passando o cartaz para as mãos de Tom.
- Não é mais pequeno que o habitual? – perguntou Tom de forma astuta.
- É! – disse Nicky contente por Tom ter reparado nesse pormenor – Esse é o protótipo… Provavelmente ainda vai ser trabalhado, mas esse é edição limitada, e só tem um quem trabalhou na produção do filme…
- Wow… Obrigado Nicky! –
disse Bill dando um abraço a ela – Isto é valioso!
- Sim… Por isso é que quis que vocês ficassem com o meu…
- Obrigado! –
disse Tom abraçando Nicky também.
- Não precisam de agradecer… Vocês acompanharam-me ao longo do filme e foram a minha base de segurança e força, sem vocês acho que tinha desmoronado a meio das filmagens…
- Vamos pendurá-lo no escritório! –
disse Bill de forma entusiasmada.
- Parece-me uma boa ideia! – concordou Tom com um sorriso no rosto – Emolduramos e penduramos no escritório!
- Isso é uma honra para mim! –
disse Nicky feliz por eles terem gostado tanto da prenda.
- A honra é nossa! – disse Bill verdadeiramente feliz com aquele gesto dela – Ainda por cima está autografado e tudo! Adorei pequeno furacão!
- Fico mesmo contente! –
disse Nicky suspirando de felicidade. Estar de regresso junto dos seus amigos deixa-a feliz.

- Falando noutro assunto… - disse Bill ao mesmo tempo que via Tom guardar o poster de volta no canudo – Estás muito cansada hoje?
- Não, porquê? –
perguntou Nicky entusiasmada com a proposta que Bill teria para si.
- Porque tinha pensado que hoje era um bom dia para sermos vistos juntos… - disse Bill sentindo o olhar de Tom sobre si de forma esperançada e agradecida – Amanhã o Mercier vai a tribunal e era bom se nós fossemos vistos juntos e unidos… Não só era uma estalada de luva branca na cara do Mercier, como assim podíamos divulgar o facto de estarmos mais juntos e unidos que nunca…
- Sim… Parece-me uma boa ideia… -
disse Nicky pensando sobre o assunto – Mas como é que vamos fazer para que os paparazzi nos apanhem? Há algum sitio aqui onde eles costumem andar?
- Boa pergunta… -
disse Bill que ainda não tinha reflectido no assunto.

- Podem sempre pedir a alguém que telefone para a Bravo a dizer que tem informações de que a Nicky está cá… Ou então vocês podem ir passear para o centro de Hamburg à espera que alguém vos veja e divulgue a informação, ou… Podem ir jantar perto da Bravo… De certeza que algum jornalista vos vais ver e vai querer fazer notícia disso! – disse Tom.
- Bem pensado… - disse Bill.
- Há uma razão pela qual eu sei evitar que saíam noticias minhas quando eu não quero… - disse Tom - Eu sei como as fabricar, por isso é mais fácil saber evitá-las!
- É tão inteligente o meu irmãozinho! –
disse Bill a rir, sendo seguido pelo riso de Nicky.
- Por mim podemos fazer um bocadinho de tudo… Menos telefonar directamente para eles, deixa-os trabalhar e procurarem a notícia, nós já estamos a facilitar as coisas e muito! - disse Nicky – Podemos ir passear um bocadinho no centro de Hamburg, fazer umas comprinhas… Nunca visitei o centro da cidade e gostava de o conhecer, e depois no final do dia podíamos ir jantar…
- Sim… Só tenho de falar com a Gabi para a avisar, mas por mim está tudo óptimo… -
disse Bill de sorriso no rosto, olhando para Tom para o ver sorrir e de semblante mais aliviado.
- Por falar em Gabi, como é que ela está? – perguntou Nicky interessada.
- Espero que a dormir… - disse Bill a rir – Ela está lá cima à minha espera…
- Ohhh… Desculpa!!! Não sabia que estavas acompanhado! –
disse Nicky sentindo-se mal por estar a tomar tanto tempo de Bill.
- Não tem problema… - disse Bill sorrindo – Mas se calhar agora era melhor ir ter com ela, não vá ela estar acordada e preocupada comigo!
- Claro… -
disse Nicky.

- Tom… Instalas a nossa convidada especial? – pediu Bill com medo da ideia não ser muito bem recebida pelo seu gémeo.
- Sim… - disse Tom com um sorriso singelo nos lábios – Vai lá ter com a tua querida…
- Ok… Então vou falar com ela e já venho ter convosco… -
disse Bill de forma a dar perceber a Tom que não o ia deixar na mão.
- Na boa… Até já… - disse Tom pensando em formas de entreter Nicky enquanto Bill estava ocupado com Gabi. Tinha de levar Nicky para o quarto de hóspedes que não tinha pertencido a Miss K, mesmo que ele não estivesse pronto para receber visitas.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Deitou-se ao lado do corpo dela, beijando o seu ombro de forma meiga e carinhosa e percebeu que o corpo de Gabi, coberto apenas pela túnica que lhe tinha dado para vestir na noite anterior, estremecia de frio de forma compulsiva.

- Estás a tremer… - disse Bill, passando uma mão sobre os cabelos dela, beijando a ponta do seu nariz.
- Saíste de ao pé de mim… - disse Gabi abraçando o corpo dele, entrelaçando as pernas nas dele – Eras tu que me estavas a manter quente…
- Desculpa mas estavam a tocar à porta e tive de ir abrir… -
disse Bill abraçando-a, friccionando as suas mãos de encontro ao corpo dela para a aquecer, arrependendo-se de não ter trazido uma manta que aquecesse o corpo da sua amada.
- Demoraste tanto tempo…
- Era a Nicky…
- A Nicky??? Falei com ela há dois dias e ela não me disse que vinha!
- Quis fazer-nos uma surpresa…
- Que bom! –
disse Gabi enroscando-se mais no corpo de Bill, beijando o seu peito de forma afectuosa.

- Sim… Só te estás a esquecer de um pequeno pormenor… O Tom e a K estavam juntos…
- Oh meu Deus a K!!! –
disse Gabi sentindo-se acordar, afastando-se do peito de Bill para olhar para ele – O que é que vocês fizeram?
- Tive de ir acordar o Tom e ele teve de pedir-lhe para ela se ir embora…
- Ele fez isso???
- Tinha de ser! A Nicky tem de ficar cá em casa…
- Que cena… - disse
Gabi sentando-se no colchão sem saber o que dizer – Ela deve estar devastada…
- O Tom diz que sim… -
disse Bill sentando-se ao lado dela – Mas ele também não está muito melhor… Ele pediu-me para sair com a Nicky esta tarde e ir jantar fora com ela para ver se chamamos a atenção dos paparazzi, e se ela saí cá de casa para ele ter um pouco de tempo a sós…
- O Tom pediu-te isso? –
perguntou Gabi impressionada com o que parecia ser um acto de consciência de Tom.
- Sim… Importas-te?
- Claro que não… -
disse Gabi abraçando o corpo de Bill beijando os lábios dele de forma meiga – Sabes que eu não me importo nunca que saias com os teus amigos e que te divirtas…

- E não ficas com ciúmes?
- Da Nicky? Não… Eu e a Nicky temos uma relação muito liberal! –
disse Gabi de forma muito séria, desmanchando-se a rir no final.
- Olha para ela a fazer piadinhassss… - disse Bill começando a fazer cócegas na cintura de Gabi, atacando também o pescoço dela em pequenas mordidelas.
- Ahhhhhh!!! – gritou Gabi, rindo sem se conseguir controlar – Páraaaaaa!!!
- Só se me disseres que tens ciúmes meus!!! –
disse Bill persistindo com as cócegas.
- Porque é que eu haveria de ter ciúmes teus? – perguntou Gabi com dificuldade por entre o seu riso descontrolado.
- Dizzzzzzz!!!
- Nãoooooooo… –
disse Gabi levantando-se do colchão para fugir às mãos dele.
- Então esta noite não venho dormir a casa… - disse Bill ficando sentado no colchão, cruzando os braços como se fizesse uma birra.
- Eu também não… - disse Gabi compondo a túnica que trazia vestida.
- Também não tens como entrar!
- Quem te disse que eu vinha dormir a tua casa? Pfff… Ainda tenho um tecto para morar! Não preciso da tua guarida…
- Ainda bem…
- Sim… Ainda bem!

- Porque é que tens de ser má? –
perguntou Bill em plena birra enquanto se levantava do colchão.
- Eu não sou má! – disse Gabi de sorriso nos lábios – Só estou a dizer a verdade… Não tenho ciúmes da Nicky, eu sei que ela me é fiel! Não consegue viver sem mim!
- se eu te apanho!!! –
disse Bill começando a correr atrás dela, fazendo com que Gabi fugisse de si.
- Tenta lá!!! – disse Gabi divertida a correr de um lado para o outro fintando os braços de Bill que procuravam agarrá-la – Eu e a Nicky somos muuuuuuuuuuuito felizes juntas!
- É só piadinhas hoje! Vais ver quando eu te apanhar… -
disse Bill conseguindo encurralá-la perto de uma das grandes janelas do sótão Ahhh… E agora?
- Agora… -
disse Gabi com um sorriso nos lábios que denotava o gosto que aquela brincadeira tinha para si, e mandando-se para os braços de Bill de forma apaixonada pediu – Castiga-me!
- É o que tu mereces!!! –
disse Bill com um sorriso radiante no rosto, abraçando-a com força e beijando-a com todo o desejo que sentia por ela – Mas infelizmente não posso… A Nicky está à tua espera!
- Ah ah ah… -
disse Gabi atacando os lábios de Bill num beijo demasiado tentador para que ele fosse capaz de a rejeitar.

- Ok… A Nicky não está à tua espera… - disse Bill conseguindo-se desprender dos lábios dela com alguma dificuldade – Mas o Tom está… Ele precisa de ajuda…
- O Tom??? Desde quando é que o teu irmão precisa de ajuda para lidar com raparigas? –
perguntou Gabi beijando o peito dele, empurrando-a na direcção do colchão.
- Desde que não quer pensar nelas…
- Só pode estar doente!
- Doente não está, mas também não está nada bem… -
disse Bill sentindo um peso no peito referente a Tom e à mágoa que ele sentia por ter tratado Miss K como um objecto novamente.

- Ok… - disse Gabi respirando fundo, afastando-se do corpo de Bill – Vamos socorrer o Tom! Mas ficas-me a dever uma…
- Uma??? Achas mesmo que eu só te ia dar uma agora? –
perguntou Bill mordendo o lábio inferior, passando uma mão pela face dela, para a puxar até si pelo pescoço e roubar-lhe um beijo.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


- Tens aqui uns lençóis para a cama… - disse Tom passando um conjunto de lençóis para as mãos de Nicky – Desculpa não ter o quarto preparado, mas não fazia ideia que vinhas ter connosco…
- Não tem problema… -
disse Nicky sorrindo de forma tímida e sedutora - Ajudas-me?
- Claro… -
disse Tom sorrindo de forma contida.

- Ainda não te ouvi dizer que tinhas saudades minhas… - disse Nicky pousando os lençóis sobre a cómoda do quarto, tirando o primeiro lençol para o estender sobre a cama enquanto Tom tirava a colcha da cama para trás.
- Desculpa… Não estava nada à espera de ter ver aqui! Estava tão ensonado que nem me lembro ao certo o que é que disse ou não disse…
- Gostaste da surpresa? –
perguntou ela de forma doce, estendendo o lençol.
- Foi uma grande surpresa! – disse Tom tentando fugir à pergunta. Não queria explorar os seus sentimentos, era demasiado perigoso naquele momento.
- Pensei diversas vezes se devia vir… - disse Nicky entalando o lençol do seu lado da cama, vendo Tom fazer o mesmo do outro lado – Talvez o melhor fosse fugir para um sítio onde ninguém me reconhecesse e onde estivesse em segurança, mas não quero estar sozinha… Quero estar convosco, quero ganhar força para encarar o que nos espera… Estar sozinha neste momento não me ia fazer bem…
- Pois… -
disse Tom acabando de fazer a cama do seu lado – Queres um cobertor também? À noite fica frio…
- Contigo por perto, duvido… -
disse Nicky de forma envergonhada.
- Comigo o frio é sempre psicológico! – disse Tom a rir, indo buscar um cobertor ao armário.
- Eu sei…

Nicky aproximou-se de Tom e tirou o cobertor das mãos dele, jogando-o sobre a cama. Queria abraçar o corpo dele e provar os seus lábios. Sentia falta do carinho de Tom, de se sentir amada nos seus braços e esquecer que o mundo existia. Abraçou o corpo de Tom pelo pescoço e sentindo os braços dele rodearem a sua cintura, beijou os seus lábios de forma demorada e doce. Tinha saudades daquela intimidade, como nunca tinha pensado algum dia vir a sentir. Sentiu os braços de Tom desprenderem-se de si e os lábios dele depositarem um beijo terno no topo da sua cabeça. Nicky suspirou de felicidade, aquele gesto dele era tão carinhoso, mesmo que não reconhecesse aquele Tom que tinha à sua frente. Viu-o estender o cobertor sobre a cama e voltou ao seu lugar para o ajudar a esticar e entalar o cobertor. Olhou para ele e percebeu que algo estava errado, a chama que ele carregava sempre consigo parecia extinta.

- Estás estranho hoje… - comentou Nicky.
- Estou cansado… Estou a precisar de dormir…
- Não sabia que o teu corpo era capaz de se sentir cansado…
- Nem eu… -
disse Tom puxando a colcha da cama – Está pronta…
- Obrigada pela ajuda… -
disse Nicky aproximando-se novamente de Tom – Queres que te faça uma massagem?
- A ideia parece-me tentadora, mas acho que neste momento adormecia…
- Duvido que fosses capaz de adormecer… -
disse Nicky abraçando o corpo de Tom, introduzindo uma mão debaixo da t-shirt de Tom para sentir a sua pele a arder – Onde é que está o Tom que foi ter comigo a LA?
- Estou aqui… -
disse Tom sentindo-se mal por não estar nas suas potencialidades máximas. Não queria sentir-se mal, não queria estar preocupado com Miss K, nem queria desiludir Nicky, gostava muito dela e da sua companhia, ela não tinha culpa que aquela manhã tivesse sido tão desastrosa, as suas intenções eram as melhores em fazer-lhe aquela surpresa, e em condições normais tinha a certeza que ia aproveitar a visita de Nicky em grande. Abraçou o corpo dela tentando contrariar a sua tristeza e melancolia e assaltou os seus lábios de forma segura – Continuo aqui… E continuo desejoso de estar contigo...

- Se não quiseres… -
disse Nicky sentindo que talvez tivesse esperado demais de Tom e que para ele o romance tivesse terminado no momento em que ele tinha saído de sua casa.
- Eu quero! – disse Tom beijando-a novamente e de forma mais ágil para que ela sentisse que o seu desejo não tinha desaparecido, estava apenas adormecido pelo peso da sua consciência.
- Não precisas de estar comigo por obrigação… - disse Nicky passando uma mão sobre o peito dele – Foi bom enquanto durou… Ajudaste-me a ver a vida de outra maneira…
- Nicky… -
disse Tom pegando na face dela, obrigando-a a olhar para os seus olhos – Eu quero! Eu hoje não estou bem, mas isso não significa que te tenha deixado de desejar… Foi bom enquanto durou e enquanto durar… Não te despeças de mim… Não sou capaz de te ver afastar de mim neste momento!
- Eu não vou a lado nenhum… -
disse Nicky sensibilizada com as palavras dele.
- Preciso de ti… - disse Tom sentindo-se demasiado frágil.

Estava farto de ver as pessoas de quem gostava saírem da sua vida. Sentia-se abandonado desde a sua infância, desde o momento que o seu pai o tinha deixado. Talvez isso o fizesse procurar sempre alguém novo e diferente, alguém que tapasse o vazio que sentia no seu interior. Por mais mulheres que passassem na sua vida, o buraco nunca estava tapado. A dor de ver Miss K partir naquela manhã tinha-a feito reviver algo que estava demasiado esquecido, escondido e enraizado no seu passado. Estava farto daquela vida, farto de ter um peso no peito, farto de procurar e sentir que nunca encontrava aquilo que necessitava para seguir em frente e ser apenas uma pessoa normal. Farto de desejar sempre mais, e de querer tudo, sem nunca ter nada. Sentiu os braços de Nicky abraçarem-no com força e os lábios dela beijarem o seu rosto e apercebeu-se que duas gotas solitárias, como o seu coração, escorriam pela sua face. Não se lembrava da última vez que tinha chorado.

- Eu estou aqui… - disse Nicky apertando-o com força, sentindo-se emocionar com a intensidade com que Tom lhe falava e também ele se comovia – Não te vou deixar até que cada um de nós queira seguir o seu caminho… Eu quero estar contigo, quero mesmo muito… Se tu queres estar comigo também, não vejo nenhuma razão para que não aproveitemos o tempo que temos… Queres falar sobre o que te está a deixar assim? – perguntou Nicky acariciando a face dele, sentindo-se entristecer pelas lágrimas silenciosas que escorriam pela face dele.
- Não… - disse Tom respirando fundo, tentando controlar a sua emotividade. Detestava perder o controlo sobre as suas emoções – Quero esquecer… Ajudas-me a esquecer?
- Claro! –
disse Nicky sentindo-se capaz de tudo para ver um sorriso nos lábios dele.

Tom introduziu uma mão por entre os cabelos dela e outra na sua cintura, e respondendo de forma inata àquilo que lhe perturbava, puxou o corpo dela para junto do seu, atacando os seus lábios com uma fome redobrada. Sabia que aquela era a única maneira de sarar o que o perturbava e esquecer-se de todos os seus problemas. Beijou-a de forma esfomeada, deixando que as suas mãos percorressem o corpo dela de forma não menos faminta. Sentiu Nicky agarrar-se a si e beijá-lo com desejo e saudades. A distância tinha-lhe feito bem, o seu corpo parecia mais desinibido e repleto de desejo, a chama que tinha incendiado no corpo dela, estava mais que acesa e parecia insaciável. Começou a empurrar o corpo dela em direcção à cama, ao mesmo tempo que roçava os seus lábios até ao pescoço de Nicky e a beijava de forma lasciva, quando ouviu o tossir característico de Bill à porta do quarto. Tom largou o corpo de Nicky e retomando à sua triste realidade, sorriu ao seu irmão que se fazia acompanhar por Gabi.

- Parece que a Nicky já está bem instalada… - disse Bill sorrindo para ambos, vendo Nicky corar.
- Desculpa… - disse Nicky de forma envergonhada.
- Não precisas de pedir desculpa… - disse Bill a rir – Fico contente por vos ver tão entretidos…
- Olá Nicky… -
disse Gabi entrando no interior do quarto para dar um abraço apertado a Nicky, enquanto Tom trocava um olhar com o seu irmão de quem se preparava para arrepender-se de algo – Como é que estás?
- Tudo bem!

- Estava a pensar tomar um banho, comer qualquer coisa e depois podíamos seguir caminho… -
disse Bill partilhando os seus planos.
- Por mim parece-me bem! – disse Nicky e virando-se para Gabi acrescentou – Desculpa! Ainda agora cheguei e já te estou a roubar o namorado!
- Não tem problema… -
disse Gabi sorrindo – Eu também já tenho coisas planeadas, o meu irmão foi operado a semana passada e fiquei de o ir visitar hoje.
- Mas está tudo bem com ele? –
perguntou Nicky preocupada.
- Agora sim, mas está de convalescença em casa, e assim vai ficar mais umas boas semaninhas, a operação dele foi chata… - disse Gabi.
- Espero que recupere bem e depressa! - desejou Nicky.

- Ok, então agora que já estás instalada e bem instalada, queres tomar um banho para relaxar? – perguntou Bill, continuando na sua missão de aliviar Tom da presença de Nicky o máximo possível.
- Isso era óptimo! – disse Nicky.
- Então vem comigo… Eu sei que já sabes onde fica a casa de banho, mas quero-te arranjar umas toalhas… - disse Bill.
- Ok, deixa-me só pegar no meu necessaire… - disse Nicky abrindo uma das malas para tirar do seu interior uma malinha pequenina com os seus produtos de higiene e beleza – Até já…
- Até já… -
disseram Gabi e Tom ao mesmo tempo.

- Queres que fique contigo hoje à noite, para te fazer companhia? – perguntou Gabi a Tom no momento que Bill e Nicky saiam do quarto.
- Não, deixa estar… Tens de ir visitar o teu irmão…
- Posso ir amanhã se quiseres que fique contigo… -
disse Gabi percebendo pelo olhar de Tom que algo não estava bem com ele.
- Acho que neste momento gostava de estar sozinho…
- Tens a certeza?
- Absoluta! –
disse Tom colocando um braço sobre os ombros de Gabi tentando aligeirar a conversa – Então a surpresa? Estava à altura, ou não estava à altura?
- O teu irmão é louco!
- E tu louca por ele! –
disse Tom chocando a sua cabeça com a de Gabi.
- Naaaaa… Isso é só impressão tua! – disse Gabi a rir colocando um braço à volta da cintura de Tom para se encaminharem para fora do quarto de Nicky.

Gabi fechou a porta do quarto onde Nicky estava hospedada para lhe dar alguma privacidade e ao olhar para Tom viu-o fitar a porta do outro quarto de hóspedes onde anteriormente estava Miss K. Parecia triste e pensativo, o seu olhar não era capaz de esconder o peso que tinha no seu interior.

- Queres que eu trate do quarto dela? – perguntou Gabi pensando que era uma maneira de o ajudar.
- Não… Eu trato disso…
- Não me custa nada!
- Eu sei… -
disse Tom sorrindo de forma afável a Gabi, depositando um beijo na testa dela – Porque tu és incrível! Um verdadeiro achado! Devias ter ido na minha conversa…
- Hmmm… Acho que não! –
disse Gabi a rir.
- Eu bem tentei… Um dia ainda te vais arrepender de não me teres dado sequer uma hipótese!
- Sim, sim… Depois nesse dia falamos, pode ser? –
disse Gabi começando a afastar-se de Tom percebendo que ele ia começar com as brincadeirinhas do costume e que já se sentia mais animado.

- Gabi… - disse Tom interrompendo o afastamento dela – Gosto muito de ti…
- Eu também gosto muito de ti… -
disse Gabi regressando atrás para lhe dar um abraço apertado, percebendo que era aquilo que Tom precisava naquele momento.

Tom deixou que Gabi se afastasse de si e respirando fundo tomou coragem para entrar no quarto de Miss K novamente. Olhou em seu redor e para seu espanto encontrou algo no chão perto da mesa-de-cabeceira. Aproximou-se daquele pequeno objecto que reluzia e apanhou-o do chão, apercebendo-se que era um pequeno brinco prateado. Provavelmente Miss K tinha-o perdido sem se dar conta. Tom sentou-se na cama, e rodando aquele pequeno objecto entre as suas mãos, tirou o telemóvel do bolso das calças e tentou telefonar a Miss K para saber como é que ela estava e avisá-la que se tinha esquecido do brinco em sua casa, mas o telemóvel tocava e Miss K parecia não querer atender. Tom tentou ligar uma vez mais, mas sem efeito. Miss K estava demasiado magoada consigo para querer confrontá-lo novamente. Respirou fundo e conformando-se com a decisão dela de se manter afastada de si, guardou o telemóvel e o brinco no bolso e levantou-se da cama, puxou a colcha para trás e arrancou os lençóis e o cobertor que tinham pertencido a ela. Amontoou-os no chão e juntou-lhes as fronhas das almofadas. Voltou a tapar a cama com a colcha e sentou-se novamente, desta vez enterrando a cabeça entre as mãos enquanto pensava em tudo aquilo que tinha feito, e em como podia ter piorado em muito as coisas se Bill e Gabi não tivessem aparecido no momento em que se preparava para deixar o seu corpo sarar a dor que sentia, da única maneira que sabia como. Tinha de controlar os seus impulsos, tinha de arranjar outra maneira de resolver os seus problemas, algo que não lhe trouxesse ainda mais confusão e dificuldades. Precisava urgentemente de colocar a roupa de cama de Miss K para lavar e tomar um banho para despertar daquele pesadelo que se tinham tornado os seus pensamentos.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeQua Out 05, 2011 9:16 pm

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[FF] - Kampf der Liebe - Página 17 164ow

Entrou no quarto de Tom pé ante pé e apercebendo-se que ele já estava a dormir, fechou a porta devagarinho. Despiu o casaco que trazia vestido e largou-o no chão. Tinha a certeza que Tom ia adorar aquela surpresa. Descalçou os sapatos e despiu o vestido que trazia vestido, largando-o também no chão. Abriu o lençol e enfiou-se dentro da cama. Aproximou-se do corpo de Tom e colocou uma perna sobre o corpo dele, levando uma mão ao seu peito para o acariciar e acordar de forma prazeirosa. Sentiu o corpo de Tom estremecer por entre um arrepio e viu-o abrir os olhos devagarinho, sorrindo ao aperceber-se que era Nicky que estava ao seu lado.

- Pensei que te fosse encontrar acordado quando chegasse a casa… - disse Nicky sem parar de acariciar o corpo de Tom na tentativa de o despertar como desejava e como sabia que ele ia adorar – Não me parece bem que estejas a dormir…
- Nem que esteja a sonhar contigo? –
perguntou Tom por entre um sorriso depravado.
- Não precisas de sonhar comigo, eu estou aqui… - disse Nicky subindo para cima do corpo de Tom, deixando as suas mãos acariciarem o tronco dele e os seus lábios beijarem-no.

- Nicky… - disse Tom sentindo-se excitar com a forma esfomeada como ela se ocupava do seu corpo. Seria incapaz de negar aquelas investidas se não tivesse procurado a intimidade do seu quarto para escapar à fome que o seu próprio corpo tinha de Nicky. Tinha de ser capaz de se manter afastado de Nicky naquela noite, não podia ceder à pressão que o seu intimo exercia sobre a sua racionalidade, tinha de se manter afastado dela, ou tinha a certeza que se sentiria ainda pior pessoa.
- Hmmm… Tommm… - disse Nicky de forma sedutora sabendo que ele gostava de ouvir o seu nome ser pronunciado daquela forma em momentos de maior intimidade.

- Preciso mesmo de dormir…
- Dormir?!
perguntou Nicky afastando os seus lábios e mãos do corpo dele, espantada com aquela reacção dele – Preferes dormir a estar comigo? Ou estás doente, ou passa-se algo mesmo muito grave para estares assim!
- Estou só cansado… -
disse Tom puxando o corpo dela de encontro ao seu para lhe depositar um beijo nos lábios e mantê-la abraçada junto a si.

- É mesmo só isso? – perguntou Nicky acariciando a face dele com uma mão vendo um sorriso doce formar-se nos lábios de Tom.
- Sim… Deixa-me dormir esta noite e prometo que não te vais arrepender… - disse Tom rodando o corpo dela, deitando-a na cama ao seu lado, depositando um beijo no seu pescoço.
- Ok… - disse Nicky entristecida por todas as suas investidas em se aproximar de Tom terem ido por água abaixo naquele dia – Queres que te deixe sozinho?
- Não te importas? –
perguntou Tom com medo de se descontrolar e não ser capaz de se manter afastado de Nicky, acabando por não honrar a sua palavra com Miss K quando lhe tinha dito que não deixaria Nicky dormir na cama onde eles tinham estado juntos – Queria mesmo descansar e contigo por perto tenho a certeza que não vou ser capaz!
- Já dormimos uma vez juntos e não aconteceu nada… -
disse Nicky deixando que a sua mão voltasse a acariciar o peito desnudado de Tom.
- Pois, mas nessa altura não tinha as tuas mãos a passarem pelo meu corpo e os teus lábios a quererem manter-me acordado… - disse Tom puxando a cabeça dela até si para a beijar de forma impetuosa – É só por hoje…
- Já estou a perceber o teu esquema… -
disse Nicky suspirando ao mesmo tempo que se afastava de Tom e procurava coragem para se levantar, vestir e encaminhar-se até ao quarto que lhe estava destinado – Estás-te a fazer de difícil para eu te desejar ainda mais… Não é preciso… Eu já estou no limite da minha sanidade quando estou perto de ti…
- Hmmm…. Estás a tornar as coisas ainda mais difíceis… -
disse Tom mordendo o lábio inferior na zona do piercing desejando perder qualquer capacidade de discernimento que ainda tinha naquele momento e fazer amor com Nicky pela noite fora.

- Já estou de saída… - disse Nicky vestindo o casaco e pegando nos seus sapatos e no vestido para ir embora - Mas não prometo que não chegue ao meu quarto e não pense muito em ti… E não me responsabilizo se me ouvires gritar o teu nome…
- Quem está no limiar da sanidade não tarda nada sou eu…
- É da maneira que me compreendes melhor… Acendeste o fogo, agora apaga-o! -
disse Nicky em tom provocatório.
- Não tenhas dúvidas que o farei com todo o prazer… - disse Tom vendo-a abrir a porta do quarto – Quem diria que eu ia soltar uma fera… O meu irmão tem razão quando te chama pequeno furacão…
- Prometeste-me que era sempre a melhorar… Agora quero mais… Boa noite Tom… Sonha comigo!
- Não será difícil de o fazer… -
disse Tom olhando com interesse para a forma segura e decidida como ela lutava para o ter. Nicky estava cada vez mais interessante e atraente. Ia ser humanamente impossível resistir-lhe.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Entrou no quarto de Nicky pé ante pé e apercebendo-se que ela ainda estava a dormir, fechou a porta devagarinho. Colocou uma mão no bolso do roupão que trazia vestido e tirou uma caixa de preservativos, pousando-a sobre a mesa-de-cabeceira. Despiu o roupão e largou-o no chão. Tinha a certeza que Nicky ia adorar aquela surpresa e aquele acordar. Abriu o lençol e enfiou-se dentro da cama. Aproximou-se do corpo de Nicky e abraçou-a deliciado com o toque de seda da sua camisa de dormir. Sentiu o corpo dela estremecer por entre um arrepio e viu-a abrir os olhos devagarinho, sorrindo ao aperceber-se que era Tom que estava ao seu lado. Nicky abraçou o corpo dele e Tom procurou os seus lábios para lhe dar os bons dias.

- Já dormiste tudo? – perguntou Nicky ainda meia a dormir, feliz por ser acordada daquela forma.
- Hmm Hmm… - murmurrou Tom abanando a cabeça de cima para baixo de forma positiva enquanto deslizava os seus lábios até ao pescoço dela para a beijar de forma lânguida e deixar que as suas mãos percorressem as curvas do corpo dela.
- E sonhaste comigo?
- Hmm Hmm…
- És sempre um homem de poucas palavras ao acordar…
- Hmm Hmm… -
disse Tom a rir puxando o corpo dela sobre o seu para que ela sentisse com o seu próprio corpo o quão limitado era o seu vocabulário quando acordava com os sentidos apurados – Podemos retomar a noite de ontem?
- Parece que o teu corpo diz que sim… -
disse Nicky sentando-se sobre o tronco de Tom apercebendo-se que o corpo de Tom não se encontrava somente excitado, mas também totalmente nu.
- E tu? O que é que me dizes?
- Eu… -
disse Nicky aproximando os seus lábios de um dos ouvidos dele – Digo-te sempre que sim!

- Deixa-me compensar-te por ontem… -
disse Tom passando as suas mãos pelas pernas de Nicky, sentindo-se arrepiar pela proximidade dos lábios dela à sua orelha e pescoço.
- Shhh… - disse Nicky colocando um dedo sobre os lábios de Tom olhando-o nos olhos – Não tens nada que me compensar...
- Então deixa-me fazer-te feliz esta manhã…
- Isso aceito… -
disse Nicky substituindo o seu dedo pelos seus lábios para o beijar de forma astuta e repleta de desejo.

Tom alcançou a caixa de preservativos que tinha colocado sobre a mesa-de-cabeceira e enquanto sentia Nicky abraçar o seu corpo e beijá-lo de forma desinibida, tirou um preservativo da caixa e com a habilidade que lhe era fornecida através da experiência, abriu a embalagem e colocou o preservativo em si mesmo. Na noite anterior tinha ficado com um défice de Nicky. Por mais que a quisesse ver afastada do seu corpo, tudo o que desejava era estar com ela e poder dar asas à sua imaginação. Nicky era sempre tão doce que não era capaz de lhe resistir. Posicionou-se à entrada do corpo dela e deixou que lentamente Nicky tomasse controlo daquela manhã em que os seus corpos se voltavam a unir e provar do prazer de ambos.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Faltava pouco mais de uma hora para que os amigos dos gémeos se reunissem em sua casa para a segunda fase do julgamento de Patrick e dos Mercier. Bill e Tom tinham convidado toda a gente para jantar para unidos aguardarem por novidades do advogado. Tom tinha-se refugiado no seu quarto enquanto tentava ganhar coragem para tentar telefonar novamente a Miss K. Não sabia nada sobre ela, desde o momento que a tinha visto sair de sua casa de lágrimas nos olhos. Da janela do seu quarto via Bill, Gabi, Nicky, Nathalie e Andreas no jardim estabelecendo uma agradável conversação enquanto bebiam um aperitivo para o jantar. Por mais que se sentisse mais restabelecido do dia anterior, no seu peito continuava a existir um peso pelo facto das coisas terem corrido tão mal com Miss K e de saber que a tinha magoado muito. Andando de um lado para o outro do seu quarto, ganhou coragem e ligou para ela. Para sua surpresa, Miss K atendeu o telefone com alguma rapidez.

- Estou…
- K… -
disse Tom ligeiramente espantado com o facto dela ter atendido o telefone. No seu intimo pensava que ela continuava sem querer saber de si.
- Sim…
- Como é que estás?
- Diz-me que não me telefonaste só para me perguntar isso… -
disse Miss K sentindo-se frágil e demasiado emocionada com o facto de ouvir na voz dele um tom verdadeiro de preocupação.
- Não… Mas gostava de saber como estás… Se gostaste do hotel… Se estás bem instalada ou queres mudar…
- Foi só por causa disso que me telefonaste?
- Não… -
disse Tom percebendo que ela queria ignorar todas as suas perguntas.
- Então fala-me daquilo que te levou a telefonar…

- Esqueceste-te de um brinco cá em casa…
- Eu reparei… Deve-me ter caído enquanto preparava a mala para fugir de tua casa…
- K… -
disse Tom sentindo aquela indirecta acertar-lhe em cheio no coração – Desculpa… Por favor, não fiques chateada comigo!
- Eu sei que tu não tens culpa que a Nicky tenha aparecido em tua casa vinda do nada… Eu sei de tudo isso, mas também sei que me magoa muito ser tratada com a indiferença com que me trataste… Preferes esconder-me a admitir que tens alguma coisa comigo… E sim… Eu sei que a situação é complicada, porque andas com as duas, mas nem puseste em causa a ideia de magoar a Nicky, enquanto não hesitaste sequer em mostrar-me a porta de tua casa… E sim… Também sei que a Nicky tem um contrato com o teu irmão e precisava de ficar aí, mas há maneiras e maneiras de se fazer as coisas… E nada consegue diminuir aquilo que eu senti em acordar contigo a pedires-me para sair da tua casa porque tinha chegado outra para ocupar o meu lugar…
- Eu sei… E eu percebo… -
disse Tom sentindo-se ainda pior do que já se sentia – Acredita que se eu soubesse fazer melhor ou de maneira diferente, tinha feito… A chegada da Nicky também me surpreendeu e muito! Mas acredita que eu não te queria magoar, se dependesse de mim nunca mais derramarias uma lágrima por minha causa…

- Contaste-lhe sobre mim? –
perguntou Miss K sentindo o coração apertado nas suas mãos.
- Não…
- Estás a pensar contar?
- Não sei… Continuo sem ter uma resposta para essa pergunta…

- … Dormiram juntos?
- Porque é que tens de pensar nisso? Não te chega saber que quando estou contigo, estou contigo a 100%?
- Isso responde à minha pergunta… -
disse Miss K sentindo os seus olhos ficarem aguados com a dor que sentia ao saber que Tom tinha ido para a cama com Nicky Fuller.
- Não! Eu não respondi a pergunta nenhuma! Só te estou a dizer que quando estou contigo, estou mesmo contigo!
- E quando estás com ela, estás mesmo com ela?
- K…


E perante o silêncio de Tom, Miss K tirou as suas próprias conclusões.

- O que é que queres que faça com o teu brinco? – perguntou Tom querendo mudar a conversa – Não queres cá passar em casa mais tarde? Hoje é o segundo julgamento dos Mercier…
- Obrigada pelo convite mas não me apetece estar contigo neste momento… -
disse Miss K tentando salvaguardar a sua integridade – Além disso é demasiado perigoso ser vista por perto de tua casa… Ontem depois de apanhar um táxi cruzei-me com uma legião de fãs que iam a caminho de tua casa, por cinco minutos que não fui apanhada em flagrante a sair daí!
- Hoje não tens esse problema, vamos dar um jantar cá em casa com os nossos amigos mais próximos e as pessoas que estão envolvidas no processo… Gostava muito que também estivesses presente, vamos esperar a resposta do tribunal todos juntos… Só vais faltar tu… Queria muito ter-te aqui…
- E depois o que é que ias dizer à Nicky? –
perguntou Miss K sem perceber Tom.

- Porque é que não podemos jantar juntos como amigos?
- Porque neste momento eu estou magoada contigo e preciso de um tempo para me refazer daquilo que aconteceu…
- É só por causa disso, ou não queres ser minha amiga? –
perguntou Tom com curiosidade – Se tudo o que eu te pudesse oferecer fosse a minha amizade e nunca mais acontecesse nada entre nós, isso chegava-te?
- Essa pergunta chega a ofender-me Tom! –
disse Miss K sentindo-se ainda mais magoada do que já estava – Tu não sabes mesmo o que é amar alguém, pois não? Passa-te completamente ao lado! Eu amo-te Tom… Percebes isso? Não estou somente interessada no sexo, ou naquilo que me possas dar… Amo a pessoa que tu és, por mais que às vezes me dê vontade de esganar-te pelas coisas que dizes! Se tudo o que me tivesses para oferecer fosse a tua amizade, podes ter a certeza que ia ser o meu tesouro mais precioso e que alimentaria a nossa amizade com todo o amor que sinto por ti! Mas porque é que dizes isso? Queres acabar tudo entre nós e ser somente meu amigo?
- Não…
- Então dá-me tempo para digerir aquilo que aconteceu…
- Nós devíamos falar…
- Nós estamos a falar!
- Pessoalmente!
- Ainda é cedo…
- Desculpa… -
disse Tom sentando-se na cama ao mesmo tempo que ouvia tocar à campainha – Eu queria que as coisas fossem diferentes… Mais simples…
- Eu também!


- Não te afastes de mim… - pediu Tom sentindo-se preencher novamente pelo imenso vazio que no dia anterior o tinha assaltado por surpresa.
- Era o que eu devia fazer, para me proteger a mim mesma…
- Não… -
disse Tom enterrando a cabeça entre as mãos – Por favor… Vamos falar…
- Havemos de falar…


Tom preparava-se para lhe responder quando ouviu Bill bater á porta do seu quarto e abri-la, espreitando para o interior do quarto.

- Está a começar a chegar gente… - avisou Bill baixinho para que Tom pensasse em começar a desligar o telefone e ir receber as pessoas que chegavam.

- Ok… - disse Tom fazendo um gesto para que o seu irmão não se fosse embora – K… Tenho de desligar. Tens a certeza que não queres passar por cá? As portas estão abertas para quando nos quiseres visitar…
- Tenho…
- E o teu brinco? O que é que queres que eu faça com o teu brinco?
- O que quiseres… Não estou preocupada com ele neste momento…
- Ok… -
disse Tom vendo Bill entrar no seu quarto e andar de um lado para o outro à espera que ele desligasse o telefone – Quando quiseres falar, telefona-me…
- Tu também… -
disse Miss K com medo que se não o dissesse Tom se afastasse de si. Naquele momento não se sentia capaz de o perder novamente, não depois dos dias maravilhosos que tinha passado com ele. Precisava pôr a cabeça no sitio e sarar a dor que sentia.
- Beijos…

- Como é que estão as coisas? –
perguntou Bill ao ver o seu irmão desligar o telefone.
- Mal… - disse Tom suspirando ao mesmo tempo que mandava o telemóvel para cima da cama e se deitava.
- Não te ponhas muito confortável, o pessoal está todo a chegar!

- Alguma vez te sentiste abandonado? –
perguntou Tom sentindo-se fragilizado desde o momento que aquele sentimento se tinha apoderado sobre si.
- Talvez… Quando éramos mais novos e o pai foi embora sem dizer nada… - disse Bill sentando-se na cama a pensar naquele assunto – Porquê?
- Estou farto de ser deixado para trás… De me sentir dispensável…
- Tu é que fazes isso! És tu que costumas abandonar as pessoas!
- Não…
- Sim! É uma defesa tua… Tu não deixas que as pessoas se aproximem muito… Por isso é que gostas de relações curtas e fugazes… Quando elas te começam a conhecer e a querer um pouco mais de ti, tu foges!

- Achas que eu sou como o pai? –
perguntou Tom querendo negar a similaridade ao homem que mais detestava à face da Terra.
- Nesse sentido sim… Mas tu não tens nada a ver com ele… Ele nunca será metade do homem que tu és! - disse Bill percebendo que aquele assunto estava a mexer muito com o seu irmão – Tu serias incapaz de abandonar os teus filhos, mesmo que a mãe deles já não fosse aquilo que querias para ti!
- Podes ter a certeza disso!!!
- E tenho! –
disse Bill com firmeza para que Tom percebesse que não havia comparação possível, e tentando mudar um pouco o tema da conversa acrescentou – Não queres saber como correu a noite de ontem?
- Não… -
disse Tom querendo ignorar que o dia anterior tinha sequer acontecido.

- Estás a pensar contar à Nicky sobre a K? – perguntou Bill que tinha achado estranho Tom estar a convidar Miss K para os visitar quando Nicky estava em casa deles.
- Contar o quê? Que tenho outras pessoas? Ela sabe disso, e não se importa… - disse Tom sem saber o que fazer mas tendo a certeza absoluta que não queria magoar mais ninguém – Não quero correr o risco de magoar a Nicky… Estou farto disto… Mais vale ficar-me somente pelas one night stands, assim nunca corro o risco de magoar ninguém!
- Estás a dizer isso da boca para fora! Eu sei que tu gostas muito da Nicky e da Keri e que é isso que te está a deixar assim…
- Não quero falar mais sobre isso!!! –
disse Tom levantando-se da cama de rompante tentando fugir aos seus sentimentos – Vamos lá para dentro?
- Porque é que não queres falar? –
perguntou Bill levantando-se da cama.
- Poupa-me a tua veia de psicólogo… Vamos lá para dentro, ou não? – disse Tom encaminhando-se até à porta.
- Sim… - disse Bill seguindo Tom, percebendo que o seu gémeo não andava nada bem e precisava mesmo de falar.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Ter a casa repleta de amigos ajudava a esconder a tristeza que ia no seu interior. Tom detestava sentir-se vulnerável no que tocava aos seus sentimentos, mas desde o dia anterior que parecia estar a ser atacado por uma avalanche de emoções, como se estivesse a ser alvo de tudo aquilo que tinha enterrado no seu interior desde a sua infância e que o magoava de forma irreversível. Estava demasiado sensível a tudo o que se passava à sua volta e por isso mesmo se naquele dia não recebesse uma boa notícia vinda do advogado, não seria capaz de responder pelas suas acções. Tudo o que desejava era cometer o máximo de loucuras que conseguisse na esperança de apagar a dor e a tristeza que sentia brotar do seu peito. Já não sabia até que ponto tinha sido boa ideia esconder de Nicky que Miss K também fazia parte da sua vida, mesmo sabendo que isso a ia magoar. Começava a querer entrar num modo automático de egoísmo em que só se protegia a si mesmo e as mulheres que se cruzavam consigo, não eram mais que corpos sem sentimentos. Já nem sabia se era boa ideia prolongar as suas noites com Miss K e Nicky com medo de as magoar ainda mais e consequentemente magoar-se a si mesmo. Uma coisa era certa, nunca lhe tinha acontecido preocupar-se tanto com duas mulheres, e querer protegê-las ao ponto de saber que sofreria ao afastar-se delas. Miss K e Nicky tinham ganho um espaço muito especial no seu coração, não era amor, mas não era somente desejo, algo em si se preocupava realmente com aquilo que elas viviam e sofriam.

Unidos na sala de estar por entre copos de cerveja e pizzas, aguardavam uma resposta do tribunal. Tom cruzava o olhar com Nicky de vez em quando e percebia que embora ela estivesse assustada e expectante com o telefonema do advogado, parecia despertar quando os seus olhares se cruzavam e um sorriso nascia nos seus lábios sensuais. Tom sentia-se um pouco mais reconfortado ao ver um sorriso nos lábios dela e desejava perder-se naquele sorriso e deixar que ele apagasse toda a dor que sentia. Entretidos com picardias entre Georg e Bill, todos os presentes despertaram ao ouvir o telefone de Jost tocar e o mesmo confirmar que era o tão esperado telefonema do advogado. Bill baixou a música ambiente que tinha colocado na sala e encaminhando-se até Gabi abraçou-a na esperança de terem boas noticias.

- Estou… - atendeu Jost sobre o olhar atento de todos os presentes – Sim… Como é que correu? ... Sim… - continuou Jost a dizer olhando para Nathalie franzido o olhar – E que consequências é que isso tem para nós? … Mas isso até é bom, não é? … Pois… Ele é que é bem capaz de estar a cavar a sua própria sentença… E agora quando é que o julgamento começa realmente? … Tão rápido? … Pois… Nos casos mediáticos eles esmeram-se, é pena que não seja sempre assim! E os media? Tiveram algum problema com eles? … Ainda bem… Ok, ok… Obrigado doutor! Depois entro em contacto consigo para combinarmos tudo… Com certeza… Cumprimentos doutor, e mais uma vez obrigado!

- E então? –
perguntou Nathalie assim que Jost desligou o telefone, achando estranho o modo como ele tinha olhado para si durante a conversa.
- O julgamento começa daqui a um mês e o filho da puta deu-se como inocente! – disse Jost espumando de raiva – E a sobrinha foi pelo mesmo caminho… Parece que estão à espera de conseguir safar-se das acusações!
- E o Patrick? –
perguntou Nathalie sentindo um peso no peito.
- Declarou-se como culpado!
- Esse ao menos assume a merda que faz!!! –
disse Bill revoltado.
- Não digas isso… - disse Gabi percebendo que Nathalie não se sentia feliz com aquela noticia e recebendo um olhar de indignação de Bill acrescentou – Depois explico-te…

- Mas se eles estão todos metidos uns com os outros… O Patrick declarar-se culpado quando todos se declararam inocentes, não faz muito sentido! –
disse Gustav pensando em voz alta.
- Pois… - disse Jost olhando para Nathalie percebendo que o que ia dizer podia magoá-la – Por mais que seja a verdade, não foi mesmo nada inteligente da parte dele! Era o que o advogado me estava a dizer… Não sabemos até que ponto ele acabou de cavar a sua própria sentença… Com o Mercier não se brinca, e ele indirectamente acabou de confessar os seus crimes e os crimes dos outros!
- Achas que ele corre risco de vida? –
perguntou Nathalie sentindo-se desmoronar.
- Quem sabe? – disse Jost encolhendo os ombros – Com o Mercier tudo é possível… Mas mesmo que ele não corra risco de vida, duvido que o Mercier não lhe queira dar uma bela lição pelo que ele acabou de fazer!

- Alguém me pode explicar o que aconteceu? –
perguntou Nicky que não percebia alemão e estava nervosa com a forma impaciente como todos tinham começado a falar em alemão entre si e com Jost.
- Eu explico-te! - disse Nova ocupando-se de Nicky para lhe explicar aquilo que Jost tinha acabado de dizer.

- E eu vou… - disse Nathalie tentando conter as lágrimas que queriam escorrer dos seus olhos, apontando na direcção da cozinha como se fosse buscar algo, quando na realidade só queria um refúgio onde se pudesse esconder e chorar à vontade. Não queria que ninguém a visse chorar por um homem tão maldoso como o seu ex-marido.

- Nat… - disse Gabi seguindo-a até à cozinha percebendo o quão doloroso era ouvir que Patrick estava metido em maus lençóis com uma pessoa como James Mercier.
- Ele só se declarou como culpado porque eu lhe pedi!!! – disse Nathalie chorando de forma enraivecida e amedrontada – Se lhe acontecer alguma coisa vou sentir-me responsável para o resto da vida!
- Não fiques assim… -
disse Gabi abraçando a sua amiga – Ele só está a fazer o que é correcto!
- Mas a vida dele vale mais que isso!!!
- Eu sei… Mas ele quer pagar pelos erros que cometeu, e está a ser muito corajoso em enfrentar o Mercier de frente!
- Tu ouviste o que o Jost disse? –
perguntou Nathalie afastando-se de Gabi para a olhar nos olhos – O que ele fez foi uma estupidez e colocou o Mercier em risco… O Mercier vai querer vingança!!!
- Calma… Vais ver que vai ficar tudo bem… -
disse Gabi abraçando Nathalie novamente.

- Toda a gente o odeia… Toda a gente quer que ele vá morrer longe, mas eu não lhe desejo tanto mal, só quero que ele pague pelo que fez e que volte a ser a pessoa que eu conhecia!
- Vai ficar tudo bem… -
disse Gabi passando uma mão sobre os cabelos de Nathalie na esperança de a acalmar – Queres falar com o Bill?
- O Bill nunca gostou do Patrick e depois do que ele te fez, odeia-o de morte! Ele nunca vai perceber…
- Experimenta… -
incentivou-a Gabi – Ele é teu amigo… Eu não lhe falei sobre nada daquilo que tu me contaste que aconteceu entre vocês, mas talvez não fosse má ideia abrires-te com ele…
- Ele vai fazer-me sentir ainda pior!
- Duvido que se ele te vir assim queira fazer-te sentir pior! Ele pode não gostar do Patrick, mas gosta de ti! Quer ver-te bem! Tu não tens culpa de nada do que o Patrick fez!

- Eu sinto falta do Bill… -
confessou Nathalie – Desde que ele ficou a saber o que aconteceu que não me sinto bem em falar com ele… Como se no fundo ele me fosse culpar por ter trazido o Patrick para perto dele e consequentemente de ti…
- Não penses nisso! –
disse Gabi limpando as lágrimas da cara de Nathalie – Ele seria incapaz de pensar numa coisa dessas… Fala com ele…Vocês sempre foram tão amigos, não vale a pena ficarem cada um no seu canto agora que precisam tanto um do outro!
- Tens razão…
- Vou chamá-lo… -
disse Gabi dando um beijo na testa de Nathalie para lhe dar força.

Gabi regressou à sala e percebendo que Bill conversava com Tom de forma tensa aproximou-se devagarinho abraçando o corpo do seu namorado.

- Desculpem interromper, mas a Nat precisa de ti… - disse Gabi depositando um beijo nos lábios de Bill.
- Aconteceu alguma coisa? – perguntou Bill achando estranho o modo como Gabi lhe dizia aquelas palavras.
- Não, mas ela precisa de um amigo… Ajuda-a amor! – disse Gabi soltando-se do corpo dele como se lhe desse permissão para ele a procurar – Ela está na cozinha e gostava de falar contigo… Não te esqueças que ela precisa de um amigo neste momento!
- Ok… -
disse Bill sem perceber o que o esperava, e aproximando-se de Gabi para lhe dar um beijo, sussurrou-lhe perto do ouvido – O Tom também está a precisar de uma amiga…
- Não te preocupes! –
disse Gabi recebendo um beijo terno de Bill antes de o ver afastar-se em direcção à cozinha.

- Está tudo bem com a Nat? – perguntou Tom preocupado.
- Mais ou menos… - disse Gabi – Ela e o Bill andam tão distantes ultimamente, acho que lhes vai fazer bem falarem… E tu? Queres falar sobre o que te está a deixar assim?
- Eu estou bem…
- Não te vi celebrar o inicio do julgamento…
- Mas há alguma coisa para celebrar?
- Para alguém que estava em êxtase a semana passada… Pensei que sim! –
disse Gabi percebendo que Tom estava pior do que ela julgava – Ignorar que temos um problema, não é uma solução para ele…
- Eu sei…
- Não precisas de falar comigo se não te sentes à vontade para isso, mas eu gostava muito de te poder ajudar… Se calhar estás a precisar de uma opinião feminina… -
disse Gabi na tentativa de o tentar fazer abrir-se consigo.

Tom olhou em direcção a Nicky e percebeu que ela estava entretida a falar com Nova e Emily e que provavelmente não ia procurar por si. Pegou na mão de Gabi e puxando-a um pouco de parte, abriu uma das grandes janelas que davam acesso ao jardim e puxou-a para o exterior da casa para poderem falar em privado. A noite estava fria, mas Tom não sentia qualquer frio. Tirou o casaco que trazia vestido e deu-o a Gabi percebendo que a diferença de temperatura para o interior da casa tinha-a incomodado.

- Mesmo quando eu me esforço para não seu um autêntico filho da puta, acontece alguma coisa que me obriga a dizer e fazer aquilo que não quero… - disse Tom tirando um cigarro do maço que tinha no bolso das calças para o acender e começar a fumar.
- Estás a falar da K? – perguntou Gabi sentando-se numa das espreguiçadeiras do jardim, vendo Tom andar de um lado para o outro.
- Sim… - confirmou Tom respirando fundo – Não me sinto bem com esta situação… Acreditas que sinto remorsos?
- Sim… Tu és humano!
- Sinto-me constrangido perto da Nicky, mas ao mesmo tempo tudo o que quero é aproveitar que ela está cá para estar com ela! Mas a K também não me sai da cabeça… Saber que ela saiu cá de casa como saiu, que está tão perto de mim e ao mesmo tempo tão longe… E a sofrer por minha causa! Sinto que estou a traí-las às duas… A uma porque estou a mentir-lhe e a ocultar-lhe algo que ela provavelmente devia saber, e a outra porque sei que a magoei mais do que alguma vez magoei alguém e porque ela sabe que tenho outra pessoa na minha cama neste momento… -
disse Tom sentindo-se sufocar – Tenho medo de me estar a transformar no meu pai… Não quero ser o mesmo filho da puta que ele foi para a minha mãe… Recuso-me a ser assim…

- E se contares a verdade à Nicky e explicares tudo calmamente à K? –
perguntou Gabi tentando arranjar soluções para Tom. Nunca o tinha visto daquela forma e era preocupante ver a vivacidade e alegria sempre características de Tom darem lugar a algo tão negro.
- Se contar a verdade à Nicky, vou magoá-la!
- Talvez não seja assim tão mau… Ela não está à espera de nenhum compromisso!
- Mas eu não quero correr o risco de a fazer sofrer como fiz a K sofrer… Neste momento não estou preparado para passar por isso novamente!
- E falares com a K?
- Já falei, já lhe expliquei tudo mais do que uma vez, e por mais que ela diga que compreende, é difícil ela aceitar e não se sentir magoada… As coisas aconteceram da pior forma, eu fui um perfeito anormal com ela Gabi… -
disse Tom metendo a mão na consciência – Eu fui acordá-la com beijinhos e festinha e pedir-lhe que ela fizesse a mala e fosse embora sem que a Nicky desse por isso!

- Queres que eu fale com a K? –
perguntou Gabi sem saber o que mais fazer para ajudar a tranquilizar Tom.
- Fazias isso por mim?
- Claro!
- Talvez se tu falares com ela e explicares-lhe que estou mesmo mal com esta situação toda…
- É só dares-me o contacto dela e o hotel onde ela está hospedada e amanhã vou ter com ela, prometo fazer os possíveis para que ela perceba que as coisas não aconteceram como todos gostávamos que tivessem acontecido!
- Obrigado! –
disse Tom feliz por ver uma luz ao fundo do túnel.

- Eu acho que no fundo tu gostas mais delas do que queres admitir… - disse Gabi com medo da reacção de Tom.
- Eu sou o primeiro a admitir que gosto delas e que elas são especiais para mim! Não tenho problemas em admitir isso!
- Isso é bom Tom!
- Será? Desde os meus tempos de escola que não me apaixono, nem deixo que o meu coração entre nas minhas aventuras amorosas… Garanto-te que não estou a gostar nada da sensação de me preocupar com elas!
- Tens de arranjar um equilíbrio e…
- Porque é que eu não posso ter as duas? –
perguntou Tom interrompendo Gabi.
- Porque vivemos num mundo onde temos de fazer opções e sermos responsáveis por aquilo que fazemos… Não se pode ter tudo o que se quer… Há sempre consequências para as nossas opções de vida!
- Eu quero-as às duas… E a quem mais me apetecer!
- Eu sei… Tu queres ser tu mesmo! Viver a tua vida sem teres preocupações, aproveitar a tenra idade para cometer todas as loucuras que podes cometer…. E isso é bom, mais vale cometeres as loucuras todas agora, do que daqui a dez anos! Mas se o teu coração se ligou a estas duas mulheres, e se elas mexem tanto contigo, como é óbvio que mexem… Vale a pena dares-lhes uma hipótese! É tão raro alguém te tocar desta maneira, não as afastes com medo do futuro! Luta pelo que está a nascer dentro de ti…
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[FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Empty
MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeSáb Out 08, 2011 12:04 am

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[FF] - Kampf der Liebe - Página 17 165tev

Procurava no seu telemóvel o número de telefone de Miss K, enquanto subia a pé até ao quarto andar. Tinha tentado entrar no elevador, mas o espaço era tão pequeno e o elevador parecia tão antigo e claustrofóbico, que não tinha sido capaz sequer de fechar a porta. A chave do quarto dela não estava na recepção, mas isso não queria dizer que ela não tivesse levado a chave consigo e não estivesse a passear pela bela cidade de Hamburg para a conhecer melhor. Se Miss K não se encontrasse no seu quarto e batesse com o nariz na porta, Gabi estava já preparada para lhe telefonar a marcarem um encontro para almoçarem juntas e terem uma conversa de mulher para mulher. Percorreu o corredor à procura da porta do quarto de Miss K e assim que a encontrou reparou que ela tinha colocado sobre a maçaneta da porta um pedido para que não a incomodassem. Gabi tinha a certeza que Miss K estava no quarto. Bateu de forma segura à porta.

- Sim? – perguntou a voz de Miss K vinda do interior do quarto.
- Room service! - disse Gabi na brincadeira.
- Não obrigada…
- Estou a gozar! –
disse Gabi a rir.

Miss K ficou intrigada com aquela resposta e achando reconhecer a voz que ouvia, abriu um pouco a porta para ter a certeza absoluta que se tratava realmente de Gabi. Ao deparar-se com ela não soube como reagir. O que estaria Gabi ali a fazer? Porque é que a procurava? Será que Tom lhe tinha pedido para ela ir ter consigo? Ou estaria ela com pena de si?

- Gabriele!!!
- Vim convidar-te para almoçar e não aceito um não como resposta… -
disse Gabi com um sorriso amistoso nos lábios – Encontramo-nos daqui a meia hora lá em baixo?
- Mas…
- Também não aceito mas… Meia hora chega para ti?
- Sim… -
disse Miss K sem saber como contrariá-la.
- Fico à tua espera na recepção! – disse Gabi sem tirar o sorriso dos lábios Ahh… E podes chamar-me Gabi!
- Ok… Gabi… -
disse Miss K envergonhada e sem coragem para lhe negar aquele convite. Ia saber bem sair do quarto de hotel. Estava fechada há tempo demais.
- Então, até já!
- Até já…


Gabi afastou-se para dar alguma privacidade a Miss K e encorajá-la a arranjar-se para ir ter consigo e encaminhou-se até às escadas, descendo-as de regresso até ao rés-do-chão. Sentou-se num sofá à entrada do hotel e pegou numa revista para a ajudar a passar o tempo enquanto esperava por Miss K. Na revista um artigo de quatro páginas falava sobre a relação de Bill e Nicky Fuller e do recente escândalo do processo contra o manager de Nicky, mas para descanso de Gabi, que lidava com a imagem pública dos Tokio Hotel, a imprensa ainda não tinha informações suficientes sobre o processo para começar a especular. Dentro de semanas, quando o verdadeiro julgamento começasse, ia ter muitas dores de cabeça, mais do que a comunicação social podia sequer imaginar. Os escândalos de James Mercier, aliados à tentativa de homicídio de Tom e Nathalie, todo o esquema de corrupção e suborno, a sua violação, o final de namoro de Bill e Nicky e muitas outras coisas iam tornar os próximos meses complicados de gerir e de os controlar. Enquanto via as fotografias de Bill e Nicky juntos em Los Angeles deu consigo a suspirar e a imaginar o dia em que poderia passear com Bill como um casal normal de namorados sem que corressem qualquer risco. Bill e Nicky faziam um casal muito bonito. Será que algum dia seria capaz de fazer um casal tão bonito com Bill? Será que algum dia ia ser aceite pelas fãs dele ou pela comunicação social que adorava criar escândalos e dizer mal de tudo e todos? Amava-o tanto que desejava do fundo do coração ser capaz de estar à altura do desafio que era ser a namorada oficial de Bill Kaulitz. Sentia uma pontada de ciúmes ao ver uma foto em específico onde Bill e Nicky olhavam um para o outro de forma cúmplice, sentados numa esplanada em Los Angeles, e trocavam um sorriso sincero. Noutra fotografia Bill e Nicky trocavam um beijo que embora encenado parecia sentido e verdadeiro. Por mais que gostasse de Nicky, estava desejosa que o contrato terminasse de uma vez por todas para não ter de olhar mais para fotografias como aquelas. Meia hora passou sem que Gabi desse conta. Sentiu alguém aproximar-se de si e ao aperceber-se que era Miss K, pousou a revista e levantou-se do sofá com um sorriso no rosto, desejosa de sair daquele espaço e apanhar algum ar.

- Vamos? – perguntou Gabi.
- Sim… - disse Miss K começando a encaminhar-se para a saída do hotel, pousando as chaves do seu quarto na recepção, perante um sorriso amistoso e acolhedor do recepcionista.

- Gostei do hotel – disse Gabi para meter conversa enquanto saiam do hotel - O pessoal da recepção foi muito simpático comigo!
- Sim, eles são muito simpáticos e atenciosos.
- Só não gostei do elevador… -
disse Gabi fazendo uma cara de pânico.
- Ele faz barulho e parece que se vai desfazer a qualquer instante, mas é seguro… - disse Miss K a rir da careta que Gabi tinha feito Acho eu!
- Faz barulho? Então ainda bem que não subi de elevador!
- Para dizer a verdade, eu também costumo subir pelas escadas, e não tenho medo de elevadores, nem sou claustrofóbica!
- Mas eu sou!
- A sério?
- Sim… Sempre que posso dispenso elevadores e locais muito fechados!
- Então fizeste bem em não ter andado no elevador! –
disse Miss K a rir.

- Vamos almoçar? – sugeriu Gabi – Conheço um restaurante aqui perto que é maravilhoso, e não é muito caro!
- Pode ser!

- Há quanto tempo é que não comes decentemente? –
perguntou Gabi calculando que Miss K não se andava a alimentar bem desde que tinha saído de casa dos Kaulitz. Os desgostos amorosos eram capazes de tirar a fome a qualquer pessoa.
- Não tenho tido muita fome…
- Ou seja, nem sequer tens comido! Deves estar com um buraco no estômago!
- Não, eu estou bem…
- Não podes estar muito bem, o corpo humano precisa de comida para sobreviver! –
disse Gabi parando em frente a um pequeno restaurante caseiro.

- É aqui?
- Sim! É um restaurante pequeno e acolhedor, pertence a uma família grega que veio para a Alemanha à procura de um futuro melhor… -
disse Gabi abrindo a porta para que entrassem.
- É um restaurante grego?
- Sim, mas também tem comida alemã… -
disse Gabi sorrindo na direcção da rapariga que se aproximava delas para as sentar numa das poucas mesas que estavam livres.

Gabi e Miss K seguiram a rapariga até uma mesa e segundo a sugestão da mesma, escolheram pequenos aperitivos de entrada para experimentarem um pouco daquela cultura distante.

- A que devo a tua surpresa? – perguntou Miss K curiosa com as razões que levavam Gabi a procurá-la.
- Calculei que estivesses a precisar de uma amiga para falar, e de alguém que te tirasse do quarto de hotel e te alimentasse decentemente!
- Eu estou bem…
- Estás mesmo? –
perguntou Gabi dando espaço a que a empregada de mesa servisse as bebidas que tinham encomendado – O Tom não está nada bem, por isso não me admira que tu estejas ainda pior…

- Ele não está bem? –
perguntou Miss K curiosa e preocupada com aquela afirmação de Gabi.
- Não... Sabes que ele gosta muito de ti e não queria que as coisas tivessem acontecido como aconteceram! Tudo o que ele fez foi tentar evitar que algo ainda pior pudesse acontecer…
- Mais ou menos!
- Keri, ninguém sabia que a Nicky ia aparecer à porta de casa deles! Foi uma surpresa para toda a gente! Já pensaste que o facto dele se abrir contigo e contar-te a verdade significa que ele confia em ti? Ele podia ter-te escondido o que se passava entre ele e a Nicky, mas optou por dizer-te a verdade!

- Eu não estou chateada com ele! Eu percebo que seja uma situação complicada, e sim, já me lembrei disso, ele podia ter-me mentido ou inventado uma desculpa qualquer para eu ir embora, mas optou por contar-me a verdade… Ele sabe que eu valorizo a verdade, por mais que me custe aceitá-la, e é por isso mesmo que eu lhe pedi um tempo… Se ele me tivesse mentido e enganado, por mais que me custasse, eu não ia ser capaz de voltar a olhar para a cara dele! – disse Miss K respirando fundo – Mas é difícil sentirmo-nos trocadas quando amamos alguém… É difícil passar quatro dias perfeitos nos braços dele, e acordar com ele a pedir-me para sair porque outra chegou e ele não quer ser apanhado na minha companhia…. Dói… Também tenho amor-próprio, e se não tiver, tenho de me forçar a ter, porque o Tom tem de aprender que eu não vou estar ao lado dele infinitamente… Ele não me pode magoar para sempre, eu não o posso deixar!
- Eu sei… Eu compreendo que para ti seja muito complicado, mas tenta compreender o lado dele… Ele anda mesmo triste com tudo o que aconteceu, nunca o vi assim…

- Foi ele que te pediu para vires falar comigo? –
perguntou Miss K achando estranha a forma como Gabi falava, quase como se estivesse a tentar fazer com que ela tivesse pena de Tom e cedesse.
- Não, mas eu comentei com ele que vinha… E foi ele que me deu o teu número de telefone e o nome do hotel onde estavas hospedada…
- Hm… -
murmurrou Miss K sem saber o que dizer, enquanto a empregada de mesa as servia com os petiscos que tinham pedido de entrada.
- Obrigada! – disse Gabi à empregada de mesa antes que ela se afastasse, e concentrando-se novamente em Miss K e no facto dela parecer fragilizada e entristecida com a conversa disse – A melhor coisa que podes fazer em relação ao Tom, é mostrares-te altiva! Superior a tudo o que aconteceu…Tu sabes como ele é… Este é o Tom que amas, o Tom que um dia está contigo e no dia a seguir está com a Nicky ou outra qualquer… Ele é assim… Mostra-lhe aquela Miss K que o conquistou, aquela que sabia o que queria e lutava por ele!
- Neste momento é difícil…
- Pensa no que queres para o teu futuro… Se queres realmente o Tom na tua vida, se é dele de quem gostas, com todas as suas qualidades e defeitos… Não o deixes afastar-se de ti! Luta por ele… Ele gosta tanto de ti, fá-lo perceber que sem ti a vida não é a mesma coisa!
- Ele não me ama…
- Ama sim… À maneira dele, mas ama! O Tom está numa fase tão fragilizada, se tu o deixares fugir, eu temo que ele vá procurar outra pessoa qualquer que te apague da memória dele…


- Porque é que me estás a dizer isso? Porque é que queres que eu lute?
- Porque gosto de ti… Podes ter-te aproximado dele de forma errada, podes ter muitos defeitos, mas nunca vi ninguém que irradiasse tanta felicidade quando está ao pé dele, quando olha para ele, quando fala dele… Está mais que na cara que tu o amas com a tua própria vida… Tu és muito importante para ele ou ele não ia ficar tão triste e zangado consigo próprio por aquilo que fez! Acho que tu lhe fazes muito bem, ele precisa de ti e é óbvio que tu precisas dele… Porque não lutar? Se ele fosse apenas uma diversão, eu dizia-te para te afastares e seguires em frente com a tua vida porque ele já está magoado neste momento, mas eu sei que ele é mais que isso, eu sei que por ti, vocês estavam juntos até morrer… Por isso luta, porque se não o mantiveres por perto… Ele pode escapar-te, e desta vez para sempre…

- Eu não quero ficar sem ele… Não consigo deixar de amá-lo…
- Então vem comigo até lá a casa…
- E os paparazzi?

- O Bill saiu com a Nicky hoje de manhã, as redondezas estão livres de paparazzis… e além disso eu tenho vidros fumados no carro…
- E se eles chegarem a casa entretanto? Eu não me quero cruzar com a Nicky…
- Porquê? Mostra ao Tom que és superior a isso tudo… A Nicky não está interessada no Tom, o que aconteceu entre eles foi uma aventura… Ela é uma rapariga simpática e querida, vais ver que se a conheceres perdes todas as ideias de que ela é um mito!
- Não sei… -
disse Miss K reticente com aquela ideia – E se o Tom não estiver em casa?
- O Tom anda a deprimir… Acredita que ele está em casa!

- Sabes o que é que me custa mais no meio desta situação toda? –
perguntou Miss K sentindo um aperto constante no seu interior.
- O quê?
- É que quando eu estou com o Tom, estou sempre com o coração nas mãos porque nunca sei o que esperar dele e da vida que ele leva, mas desta vez não foi assim… Desta vez foi diferente porque eu pensava que estava em controlo da situação… Pensei que ia embora da casa dele e que ia ficar tudo bem! Pensei que o facto de eu estar a procurar um hotel onde passar a noite, me ia garantir que desta vez nada de mal ia acontecer! Os dias que passei com o Tom foram perfeitos, e eu sei por experiência própria que sempre que assim é, acontece alguma coisa para estragar tudo, mas desta vez pensei que tudo fosse ser diferente porque eu estava a antever a desgraça e a proteger-me de antemão… Desta vez eu estava segura de que na manhã seguinte ia acordar, estar um bocadinho com ele e seguia caminho até ao hotel com um sorriso nos lábios, feliz por saber que tudo tinha sido mais que perfeito e que ele ia sentir a minha falta…
- Ele sente a tua falta!
- Porque percebeu que me magoou!


- Vem comigo até lá a casa… Prometo que te trago de volta ao hotel assim que quiseres!
- Não sei se tenho coragem de estar frente a frente com ele neste momento… Tenho medo de não me conseguir controlar… Não quero que ele me veja a chorar…


- Eu percebo… - disse Gabi tomando um gole da sua bebida - O Bill pediu-me para te enviar um recado…
- O Bill?!
- Sim… Ele pediu-me para te pedir para não desistires de nós…
- Ele pensa que eu quero desistir?
- Ele tem medo que tu não queiras mais nada a ver com o Tom e que isso implique afastares-te do processo…
- Nunca! Seria incapaz de o fazer… Ele não precisa recear que eu me afaste, estou convosco até ao final, mesmo que as coisas com o Tom nunca mais voltem a ser aquilo que eram!
- Então vem comigo… -
insistiu Gabi – Faz uma surpresa ao Tom, fala com ele e pelo caminho assegura o Bill de que estás nisto até ao final…
- Não disseste que o Bill tinha saído com a Nicky?
- Sim, mas se ele souber que estiveste lá em casa e a querer resolver as coisas com o Tom, ele vai ficar mais descansado…
- Não sei… E aparecíamos lá sem avisar?
- Se preferires telefonar ao Tom a avisar que passamos lá a seguir ao almoço… -
disse Gabi em forma de sugestão – Mas acho que ficavas em vantagem se ele não soubesse que ias a caminho…
- Eu não estou interessada na vantagem… Não quero estar em guerra com ele nem com ninguém!
- Eu acho que tens de jogar um pouco a teu favor... Não quero que estejas em guerra com ele, mas mostra-lhe a determinação que sempre lhe mostraste e sempre o cativou… Se o amas, luta! Tu és a única que o consegue dominar, e acredita que isso é algo muito raro, ele não deixa que nenhuma rapariga o faça… Isso tem de querer dizer alguma coisa, não achas? Nem que seja o facto dele confiar em ti mais do que o normal e de te aceitar como és, sem se querer impor sobre ti!


Miss K sorriu de forma tímida. A ideia de ser especial na vida de Tom enchia-lhe o coração com uma força revitalizada. Amava-o muito e sentia-se capaz de tudo para o ter por perto, principalmente sabendo que essa era a vontade dele também. Olhou para Gabi e o sorriso aberto dela convidava-a a aceitar a sua proposta de fazerem uma surpresa a Tom e procurar restabelecer alguma paz de espírito a ambos. Só esperava ser capaz de controlar as suas emoções perto dele, mas já se conhecia suficientemente bem para saber que ia ser muito difícil.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


- Tommmmmm… – gritou Gabi enquanto segurava na porta de casa dos gémeos para que Miss K entrasse.
- Sim… - respondeu Tom do interior do escritório onde se entretinha a dedilhar alguns acordes soltos.
- Tens uma visita para ti! – disse Gabi piscando o olho a Miss K, fechando a porta depois da sua entrada.
- Já vou… - gritou Tom.

- Vou deixar-vos a sós… - disse Gabi sorrindo.
- Não precisas de ir embora se não quiseres… - disse Miss K sentindo o coração na boca e um sem fim de borboletas esvoaçarem no interior da sua barriga com o nervosismo de estar perante Tom novamente.
- Mas eu quero… Vou estar lá dentro no quarto do Bill a descansar um bocadinho, quando quiseres ir embora é só dizeres!
- Obrigada! –
disse Miss K vendo Gabi sorrir-lhe à medida que ia embora e a deixava na sala.

Sentia um nervosismo atroz tomar conta de si, saber que ia estar frente a frente com Tom deixava-a sem saber o que dizer ou fazer. Estar de volta àquela casa onde tinha sido tão feliz, debilitava ainda mais o seu coração. Entreteve-se a passear de um lado para o outro na esperança de acalmar a sua alma irrequieta enquanto pensava naquilo que queria dizer a Tom, chegando cada vez mais à conclusão que não sabia o que dizer ou como o enfrentar.

- K… - disse Tom sem acreditar naquilo que os seus olhos viam passear-se pela sua sala.

Miss K virou-se para trás e viu Tom surgir da porta que dava acesso ao corredor que ia para os quartos. Sentiu o seu coração disparar de forma desequilibrada e preocupante ao mesmo tempo que o via aproximar-se de si.

- Vieste ter comigo… - disse Tom sem querer acreditar.
- Sim…
- Está tudo bem contigo? –
perguntou Tom parando a uma distância de segurança dela com medo de se aproximar demais e de a deixar incomodada – … Já não estás chateada comigo?
- Como é que eu posso ficar chateada contigo? –
perguntou Miss K olhando para ele de forma apaixonada. Era incapaz de negar aquilo que sentia emergir do seu interior de forma tão forte.
- Eu não queria… – começou Tom por dizer.
- Eu sei… - disse Miss K aproximando-se de Tom, colocando uma mão sobre os lábios dele para evitar que ele falasse. Não queria ouvi-lo falar mais sobre aquele assunto, era demasiado debilitante para o seu coração – Tenho pensado muito em ti…
- Em nós? –
perguntou Tom sentindo-se impelido a segurar na face dela com ambas as mãos olhando para os seus lábios de forma gulosa.
- Também…

Tom aproximou a sua face da dela para a beijar, e sentiu o rosto de Miss K fugir do seu e desfazer-se das suas mãos que o prendiam. Observou a forma atordoada como ela andava para longe de si sem saber como reagir ao desejo que sentia e à voz que lhe ditava a razão e comandava a sua racionalidade e percebeu que por mais que Miss K estivesse ali à sua frente, ainda estava muito magoada e ressentida com tudo o que tinha acontecido.

- Eu quero… - disse Miss K levando uma mão à cabeça sem saber como era capaz de recusar os lábios dele – Mas é difícil beijar-te sabendo que tens estado com outra pessoa…
- Neste momento só quero estar contigo… -
disse Tom abraçando-a pelas costas, levando o seu nariz até ao pescoço de Miss K para respirar fundo a sua essência de forma profunda – O teu perfume deixa-me louco…
- Tu deixas-me louca! –
disse Miss K levando as suas mãos até ao rosto dele para o acariciar, ao mesmo tempo que deitava a sua cabeça para trás e fechava os olhos aproveitando cada toque dele.

- Deixa-me provar os teus lábios… - sussurrou Tom ao ouvido dela, beijando a sua orelha de forma lânguida.
- Já os provaste muitas vezes…
- Quero prová-los mais uma vez…
- Só mais uma vez? –
perguntou Miss K rodando sobre os braços de Tom para ficar de frente para ele e fitar o seu olhar possuído por desejo.
- Não…

Miss K abraçou o corpo de Tom pelo pescoço e fechando os olhos uniu a sua testa com a testa dele, respirou fundo e levemente roçou os seus lábios e a sua face sobre a face de Tom e sobre os lábios dele, deixando-o louco de desejo. Miss K sentiu as mãos de Tom puxarem-na mais de encontro a si, como se tal fosse possível e agarrarem o seu rabo de forma nitidamente excitada. Continuou a roçar a sua face e os seus lábios sobre o rosto de Tom, depositando um beijo sobre o pescoço dele, perto da orelha.

- Da próxima vez que estiveres com ela… Lembra-te de mim… - disse Miss K de forma sussurrada e provocadora.
- Quem te disse a ti que não é isso que acontece sempre que a beijo ou…
- Ninguém me disse nada! -
disse Miss K afastando a sua face de Tom, passando uma mão sobre o tronco dele para sentir os seus músculos bem definidos. Amava o tronco de Tom – Mas gostava que me dissesses que é em mim que pensas… Que é a mim que me desejas…
- Neste momento não sou capaz de pensar em nada… -
disse Tom sentindo-se demasiado abrasado com a forma sedutora e tentadora como Miss K tocava no seu corpo e falava consigo.
- A não ser em mim?
- Em ti e naquilo que pretendes fazer com a tua mão…
- O que é que gostavas que a minha mão fizesse? –
perguntou Miss K olhando para ele com luxúria pura no seu olhar, ao mesmo tempo que mordia o seu lábio inferior.
- Tu sabes do que é que eu gosto…
- Tens razão… -
disse Miss K deslizando a sua mão para baixo, roçando a zona da braguilha de Tom, ouvindo a respiração dele ficar mais densa – Eu sei do que é que tu gostas… Sei do que é que o teu corpo gosta… Conheço bem todos os cantos e recantos do teu corpo…

- Se não me queres, não me provoques mais… -
disse Tom segurando na mão de Miss K, impedindo que ela o deixasse ainda mais descontrolado do que já estava.
- Está para nascer o dia em que eu não te vou querer… - disse Miss K, aproximando a sua face do rosto dele para de forma lenta e sensual lamber a base do piercing que habitava os lábios de Tom.
- Queres-me aqui e agora?
- Quero-te sempre… -
disse Miss K soltando a sua mão das mãos de Tom, voltando-a a colocar sobre a braguilha de Tom, circundando o corpo dele até atingir o seu rabo e enfiar a sua mão por dentro da t-shirt de Tom, acariciando as costas dele de forma arrepiante.

- Vem comigo até ao meu quarto… - disse Tom soltando de seguida um grunhido de dor e prazer por sentir Miss K arranhar as suas costas de cima a baixo.
- Consegues chegar ao teu quarto? – perguntou Miss K para o provocar – Parece-me que tens os sentidos demasiado apurados para conseguir ir tão longe…
- Por mim não ia a lado nenhum… -
disse Tom levando os seus lábios ao pescoço dela para a devorar – Mas não estamos sozinhos em casa…
- Pensei que gostasses de um bom desafio… Não gostas do perigo e da excitação de correres o risco de seres apanhado em flagrante? -
disse Miss K fazendo as suas mãos correrem sobre o corpo de Tom com desejo, sem saber como negar aquilo que desejava e sentia ferver em si.
- Vieste até mim para me enlouquecer? – perguntou Tom procurando os lábios de Miss K sendo-lhe novamente negado um beijo. Tom sentia-se ainda mais provocado e loucamente ávido de a possuir – Porque é que me provocas desta maneira? Porque é que não me beijas… Preciso de te ter… - acrescentou Tom levando uma das suas mãos até ao peito de Miss K para a acariciar e beijar o seu decote farto e sensual.
- Há muito tempo que não te via assim… Adoro ver-te assim tão excitado…
- Diz-me que estás tão excitada quanto eu… -
pediu Tom lambendo o peito de Miss K até ao seu pescoço para a mordiscar de forma sensual.
- Porque é que não comprovas por ti mesmo o meu grau de excitação? – sugeriu Miss K pegando no rosto de Tom para o olhar com o desejo insuportável que a consumia.
- Quero que tenhas um orgasmo com a simples ideia de me teres dentro de ti…

Miss K mordeu o seu lábio inferior e não conseguindo conter por muito mais aquilo que sentia pulsar em todo o seu corpo, puxou o corpo dele até ao seu e beijou-o de forma apaixonada e excitada, querendo e desejando possuir Tom sem tabus, esquecendo-se de tudo aquilo que tinha acontecido entre eles no passado. Só conseguia pensar nele e na forma como a língua dele perscrutava o interior da sua boca com uma fome exacerbada, ou no modo como as mãos dele a agarravam como se não estivessem satisfeitas pelo roçar dos seus corpos e a quisessem agregar a si de forma primitiva. Tudo o que conseguia pensar era nele e no desejo louco que sentia por aquele homem que era capaz de a deixar sem rumo. Sentiu o corpo de Tom empurrá-la até ao sofá e deixou-se ir sentindo o corpo dele deitar-se sobre o seu e roçar-se de forma sexual e animal, fazendo com que Miss K percebesse que ele seria realmente incapaz de manter-se em cativeiro atrás daquele par de calças de ganga que embora fossem largas o prendiam num sofrimento cruel e sôfrego. Abraçou o corpo de Tom, colocando as pernas em volta da sua cintura e soltando-se dos lábios dele, preparava-se para o provocar uma vez mais e instigá-lo em tomar o seu corpo, quando ouviu uma chave entrar na fechadura e sentiu o corpo de Tom saltar de cima do seu, sentando-se ao seu lado como se nada estivesse a acontecer. Sentou-se direita sobre o sofá e afastou-se ligeiramente de Tom, rindo com o volume que se fazia notar nas calças de Tom, passando-lhe uma almofada para que ele escondesse as provas do seu crime. Olhou na direcção da porta e viu Bill e Nicky Fuller entrarem em casa trocando palavras divertidas de quem tinha acabado de viver uma aventura para fugir dos paparazzi, e sentiu-se petrificar com a beleza e elegância daquela que era a outra a amante de Tom. Nicky Fuller parecia uma deusa saída dos sonhos mais idílicos de qualquer homem.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeDom Out 09, 2011 8:09 pm

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Abraçou o corpo de Tom, colocando as pernas em volta da sua cintura e soltando-se dos lábios dele, preparava-se para o provocar uma vez mais e instigá-lo em tomar o seu corpo, quando ouviu uma chave entrar na fechadura e sentiu o corpo de Tom saltar de cima do seu, sentando-se ao seu lado como se nada estivesse a acontecer. Sentou-se direita sobre o sofá e afastou-se ligeiramente de Tom, rindo com o volume que se fazia notar nas calças de Tom, passando-lhe uma almofada para que ele escondesse as provas do seu crime. Olhou na direcção da porta e viu Bill e Nicky Fuller entrarem em casa trocando palavras divertidas de quem tinha acabado de viver uma aventura para fugir dos paparazzi, e sentiu-se petrificar com a beleza e elegância daquela que era a outra a amante de Tom. Nicky Fuller parecia uma deusa saída dos sonhos mais idílicos de qualquer homem.

- Juro que gostava de ter uma máquina comigo para ter fotografado aquele momento! – disse Bill a rir, fechando a porta de casa para de seguida se aperceber da presença de Tom e Miss K sentados no sofá da sala – Keri! – disse Bill de forma espantada, aproximando-se dela, ao mesmo que ela se levantava para o cumprimentar com dois beijinhos – Que surpresa boa! – disse Bill sem saber se a presença dela trazia boas noticias ou não, e tentando agir de forma mais natural possível perguntou – Já conheces a Nicky?
- Não… -
disse Miss K impressionada com tudo em Nicky Fuller, sentindo-se mais pequena que uma formiga.
- Nicky esta é a Keri… Ela também está envolvida no processo… - disse Bill sem saber como as apresentar, olhando para o ar de pânico de Tom que persistia em ficar calado e enterrado no sofá coberto por uma almofada como se fosse um miúdo de castigo.
- Prazer! – disse Nicky aproximando-se de Miss K sorridente para a cumprimentar com dois beijinhos também.
- Sim… Prazer! – disse Miss K embasbacada com o sorriso e a simpatia dela.

- Já sabes que o julgamento começa daqui a um mês? – perguntou Bill tentando aligeirar o ambiente.
- Sim… Foi por causa disso que vim até cá… - disse Miss K tentando disfarçar.
- Pois, a K vinha falar connosco sobre isso… - disse Tom falando pela primeira vez, tentando evitar olhar para Nicky. Sentia a sua consciência pesada.
- Estive a falar com a Gabi e ela disse-me que estavas com receio que as coisas corressem mal e eu queria que soubesses que não te precisas de preocupar comigo… Não tenciono desistir de nada… - disse Miss K olhando inocentemente para Tom sabendo que ele ia perceber a mensagem e sentir-se provocado – Estou aqui para o que der e vier!
- Obrigado! –
disse Bill com um sorriso bem rasgado nos lábios – Precisamos mesmo de toda a ajuda que for possível!
- E de nos mantermos juntos e unidos! –
acrescentou Tom ao pensar nas segundas intenções que as palavras de Miss K traziam.
- Sim! – afirmou Bill olhando para Tom com estranheza. Algo se estava a passar naquela sala segundos antes dele ter chegado a casa. Conhecia o seu irmão como a palma das suas mãos.

- Só ainda não sei como é que vou fazer em relação à estadia em LA… - disse Miss K tentando enrolar mais a conversa para que Bill e Nicky não pensassem que ela estava ali por outras razões – Vocês estão a pensar ficar lá durante todo o tempo do julgamento ou vão regressar a casa por entre sessões? Não sei qual será a solução mais barata…
- Ainda não falámos no assunto… -
comentou Bill olhando para Tom ao mesmo tempo que se aproximava dos sofás para se sentar e conversarem mais à vontade.
- Estão à vontade para disporem da minha casa o tempo que for preciso! – disse Nicky sem saber se haveria de se aproximar ou deixá-los a sós para conversarem mais à vontade.
- Nós temos compromissos nos próximos tempos, por isso provavelmente vamos ter de andar entre LA e outros sítios, mas se calhar é melhor que a nossa sede seja LA, não achas Bill? – perguntou Tom, reflectindo em voz alta.
- Sim… Talvez… - disse Bill fazendo sinal a Nicky para que ela se sentasse ao lado dele.
- Por mim estão à vontade! – disse Nicky de sorriso no rosto sentando-se ao lado de Bill, e virando-se para Miss K acrescentou – Se quiseres também és bem-vinda em minha casa pelo tempo que precisares de lá ficar! Neste momento a ideia de ficar sozinha aterroriza-me por isso quanto mais pessoas, melhor!
- Não sei se é boa ideia… -
disse Miss K sorrindo de forma envergonhada, percebendo que Nicky estava realmente longe de sequer imaginar que ela e Tom podiam estar envolvidos.
- Pois! - disse Bill olhando para Tom de forma séria e assustada à procura de apoio para demover aquela ideia maluca da cabeça de Nicky.
- A sério que não tem problema nenhum! – disse Nicky de forma sorridente.
- Mas tu nem me conheces! – disse Miss K impressionada com a simpatia de Nicky. Seria tão mais fácil odiá-la e temê-la se ela fosse arrogante, oca e fútil – Eu estava a pensar talvez arranjar um part-time por lá e alugar um quarto, ou assim…
- O dinheiro que fazes no part-time é o dinheiro que vais gastar no quarto, ficas sem nada para subsistir! –
disse Nicky fazendo contas mentalmente – LA é uma cidade muito cara para se viver!
- Havemos de encontrar outra solução! –
disse Tom tentando pensar em diversas maneiras para que Miss K conseguisse ficar em LA pelo tempo do julgamento.
- Eu acho boa a ideia do part-time… - disse Bill tentando distanciar Nicky de Miss K o máximo possível.
- O problema é que depois com o julgamento, ela vai ter de faltar imensas vezes e duvido que alguém queira empregar uma pessoa envolvida num processo mediático, sabendo que vai ter a comunicação social toda à porta e uma empregada a faltar dia sim, dia não… - disse Nicky – Reconsidera a minha proposta! Eu sei que nós não nos conhecemos mas se tu és amiga do Bill e do Tom, és como se fosses minha amiga… Além disso vai estar lá toda a gente, não te ias sentir deslocada…
- Não sei… -
disse Miss K sorrindo de forma nervosa sem saber o que dizer ou fazer – A proposta é tentadora mas eu não me iria sentir bem…
- Porquê? –
perguntou Nicky insistindo com Miss K.
- Porque… - começou Miss K a dizer, sentindo-se entre a espada e a parede.
- Porque vocês ainda agora se conheceram! – disse Tom tirando a almofada de cima do seu colo ao sentir que já era seguro. Aquela conversa estava a ficar demasiado perigosa para a sanidade de todos os presentes. E percebendo que tinha sido demasiado agressivo na maneira como tinha tentado demover Nicky daquela ideia maluca, acrescentou – Mas até daqui a um mês têm tempo de se conhecerem melhor…

- Tens razão… -
disse Miss K pensando bem no assunto e em todas as palavras que Gabi lhe tinha dito ao almoço. Se era a provocadora Miss K que ia à luta que fascinava Tom, ia dar-lhe o gosto de estar na presença dela e tentá-lo até à loucura. Não estava preparada para perder Tom nem oferecê-lo de mão beijada a Nicky Fuller, por mais simpática e bonita que ela parecesse ser. Ia lutar e ia até onde Tom a deixasse ir – Um mês ainda é muito tempo… - e virando-se para Nicky acrescentou – Tens a certeza que não estaria mesmo a incomodar?
- Absoluta! –
disse Nicky de sorriso nos lábios.
- Ainda temos tempo para pensar noutra solução! – disse Bill tentando tudo por tudo que Miss K não tomasse nenhuma decisão precipitada, nem tão perigosa. Não gostava nada daquela brincadeira.
- Por mim está pensada! – disse Nicky trocando um sorriso cúmplice com Miss K. Podia não a conhecer, mas Miss K parecia uma rapariga simpática e em quem podia confiar.
- Por mim também! – disse Miss K sorrindo em retorno a Nicky.

Tom trocou um olhar de pânico com Bill que lhe levantava uma sobrancelha em desassossego. O que se estaria a passar pela cabeça de Miss K para sequer pensar duas vezes naquela loucura? Tinham de arranjar um acordo ou outra qualquer solução para que Miss K comparecesse em tribunal sem que tivesse de conviver com Nicky diariamente. Tom olhou para Miss K e o seu olhar confuso cruzou-se com um olhar decidido e provocador que o deixou ainda mais irrequieto e desnorteado com tudo o que se estava a passar.

- Quando é que estão a pensar ir? – perguntou Miss K curiosa.
- Não sei… - disse Bill tentando ganhar tempo para falar com Tom e tentar procurar alternativas para o problema que iam enfrentar.
- Ainda há bocado estavas a dizer que gostavas de ir o quanto antes por causa da comunicação social e das fãs que estão acampadas à porta de tua casa! - disse Nicky estranhando o facto de Bill responder de forma tão rápida. Será que ele não se sentia bem perto de Miss K e não gostava da ideia dela convidá-la para sua casa?
- Sim… - disse Bill sem conseguir contornar aquilo que tinha dito a Nicky quando tinham saído para almoçar.
- Deve ser complicado! - comentou Miss K.
- É… Aqui na Alemanha eles descontrolam-se facilmente com o nosso mediatismo, e neste momento já não são só os media alemães que estão aqui, e isso torna tudo ainda mais difícil… - disse Bill e pensando na confusão que estava à porta de sua casa, perguntou – Como é que vieste cá ter? A casa está rodeada!
- Vim com a Gabi… -
disse Miss K – Mas quando cheguei só estavam umas poucas fãs à porta, os media tinham ido todos atrás de vocês!
- Com a Gabi?! –
perguntou Bill surpreso. Sabia que Gabi ia almoçar com ela e convencê-la a resolver as coisas com Tom, mas não a tinha visto desde que chegara a casa.
- Não viste o carro dela lá fora? – perguntou Tom a rir.
- Nem reparei… - disse Bill que no meio de tanta confusão não se tinha apercebido de nada – Onde é que ela está?
- No teu quarto a descansar um pouco... –
disse Miss K.

- Começa a ser complicado ela vir até cá a casa… Hoje arriscou-se demasiado… - disse Bill levando uma mão à cabeça – Não sei como é que vamos fazer para estarmos juntos daqui para a frente…
- Talvez seja melhor não estarem juntos até irmos para LA… -
sugeriu Tom – Eu sei que é complicado, mas com esta confusão toda à porta de nossa casa é impossível vocês encontrarem-se como se costumavam encontrar!
- Eu sei… -
disse Bill suspirando.

- Como é que vamos fazer para eu e a Gabi irmos embora? – perguntou Miss K pensando que talvez não tivesse sido boa ideia ter ido ter com Tom debaixo de uma guerra mediática.
- A melhor solução talvez seja o Bill e a Nicky voltarem a sair… Parece que os jornalistas só estão interessados nisso! – disse Tom pensando em voz alta.
- Por mim… - disse Nicky dispondo-se imediatamente a ajudá-las.
- Se for essa a única solução… - disse Bill levantando-se do sofá. E virando-se para Miss K acrescentou – Ficas para lanchar connosco?
- Não… Eu devia ir embora… -
disse Miss K levantando-se também do sofá, fazendo com que Nicky e Tom se levantassem também para não se sentirem mal.
- Estás em casa… - disse Bill começando a ficar irrequieto. Tudo o que desejava naquele momento era ir ter com Gabi.
- Obrigada, mas talvez seja mesmo melhor eu ir indo, não vos quero dar trabalho ou causar problemas… Além disso aquilo que tinha para fazer, está feito… - disse Miss K sorrindo timidamente para Tom.
- Ok, então deixa-me ir ver da Gabi e já volto… - disse Bill encaminhando-se em direcção ao corredor que dava acesso aos quartos.
- Claro… - disse K sorrindo de forma amistosa.

Tom olhou em seu redor e apercebeu-se que se encontrava sozinho na sala com Nicky Fuller e Miss K. Respirou fundo e sorrindo para cada uma delas, sentiu uma vontade imensa de fugir e escapar-se daquela situação constrangedora.

- Há quanto tempo é que estás em Hamburg? – perguntou Nicky para meter conversa com Miss K.
- Uma semana e pouco…
- Já cá tinhas estado?
- Sim, mas por pouco tempo, só desta vez é que estou a conseguir visitar a cidade…
- Eu também só estou a conseguir dar uma volta pela cidade agora! –
disse Nicky de forma simpática para prolongar a conversa – Das outras vezes que cá estive vinha um pouco às escondidas, mas desta vez dá jeito que me vejam…
- Porquê? –
perguntou Miss K curiosa.
- Por causa da relação dela com o Bill… - esclareceu Tom, percebendo que estava em segurança – Em breve a relação deles vai acabar e dá jeito que eles sejam vistos juntos e unidos, tornam-se numa força contra o mediatismo do processo e é da forma que mais tarde têm maior facilidade para acabar…
- Ahhh… -
disse Miss K que não percebia nada daqueles esquemas que os famosos faziam para trapacear a comunicação social e o público em geral – Acho que não era capaz de fingir um relacionamento durante tanto tempo, nem seria capaz de me dar tão bem com alguém por obrigação!
- Acredito! –
disse Nicky a rir – É nestas situações que dá jeito ser actriz e ter de contracenar com alguém como o Bill que torna as coisas tão fáceis…
- Sim, nisso tiveste sorte! –
disse Miss K sorrindo de forma amistosa.

- Vocês querem beber alguma coisa? – perguntou Tom tentando arranjar uma forma de se escapar – Está calor…
- Não, eu estou bem! –
disse Nicky voltando-se a sentar no sofá.
- E tu? – perguntou Tom a Miss K.
- Eu aceito… Está realmente muito calor aqui dentro… - disse Miss K sorrindo de forma cúmplice a Tom.
- Alguma coisa em especial? – perguntou Tom mordendo o lábio inferior à medida que se ia afastando em direcção à cozinha.
- Água se puder ser… - disse Miss K lembrando-se da sua primeira manhã em casa de Tom.
- Claro! - disse Tom sorrindo de forma atrevida.

Deixaram-se ficar em silêncio enquanto Tom desaparecia em direcção à cozinha. Miss K olhou para Nicky e trocaram um sorriso doce. Nicky era realmente fascinante, havia um brilho no olhar dela e um carisma demarcado pela sua presença que a deixavam impressionada, era como se uma aura a rodeasse e aquela diva que coloria o grande ecrã fosse trespassado para a rapariga aparentemente normal que ela parecia ser.

- Eu sei que já te devem ter dito isto imensas vezes, mas admiro muito o teu trabalho… - disse Miss K quebrando o silêncio.
- Obrigada! – disse Nicky com uma expressão lisonjeada e ternurenta – Por mais vezes que o digam, sabe sempre bem ouvi-lo e saber que é dito com sinceridade!
- Merecias ter ganho o Oscar!
- Isso é que já não sei… -
disse Nicky a rir – A concorrência era muito forte!
- Mas tens a vida toda pela frente, e com o teu talento hás-de ter muitas oportunidades para vencer muitos Oscares!
- Ohhh… Obrigada… Agora estás-me a deixar sem graça!
- Desculpa! –
disse Miss K a rir de forma envergonhada. Tinha-se excedido nos elogios.

- É gira, não é? – perguntou Tom piscando o olho a Miss K em clara provocação, à medida que se aproximava novamente do sofá com duas garrafas de água.
- É! – disse Miss K tirando a garrafa de água das mãos de Tom com uma atitude de quem não ia deixar que Tom a dominasse naquele assunto. Procurou um sitio onde se sentar no sofá e olhando para Nicky com um sorriso nos lábios, acrescentou - És ainda mais bonita ao vivo que no pequeno e no grande ecrã!
- Vocês querem mesmo deixar-me sem jeito! Podemos falar de outra coisa que não seja eu, a minha beleza ou os meus dotes como actriz? –
pediu Nicky sentindo-se envergonhar.
- Claro! Podemos falar de mim, da minha beleza e dos meus dotes como guitarrista! – disse Tom a rir de forma sedutora.
- Já cá faltava o ego mor! - disse Miss K a rir.
- Não tenho razões para ter o ego em alta? – perguntou Tom para provocar.
- Tens pois… - disse Miss K sorrindo de forma cúmplice com ele.
- A tua beleza é notória… - disse Nicky a rir – Mas os teus dotes de guitarrista… Hmmm… Não sei!
- Não sabes???
inquiriu Tom levantando uma sobrancelha.
- Não… Eu não percebo nada de guitarra… - disse Nicky.
- Eu também não… - compactuou Miss K – Se calhar nem tocas lá grande coisa, mas parece que tocas muito porque sabes uns acordes e tocas para muita gente!

- Vocês estão a duvidar dos meus dotes musicais??? –
perguntou Tom desafiando-as com um sorriso e um olhar divertido.
- Sim! – disseram Miss K e Nicky ao mesmo tempo, desatando-se a rir de seguida.
- Porque é que não tocas um bocadinho para nós e provas que estamos enganadas? – sugeriu Miss K deliciada com o a possibilidade de espicaçar Tom.
- Eu não preciso de provar nada a ninguém! – disse Tom a rir.
- Estás com medo? – perguntou Nicky a rir, em clara provocação.
- Olha, olha… Estou tramado convosco! – disse Tom a rir – Vão-me obrigar a ir ao escritório buscar uma guitarra???
- Sim! –
responderam Miss K e Nicky em coro, rindo-se do ar de Tom.
- Ok… Vocês é que pediram! - disse Tom entre sorrisos, encaminhando-se em direcção ao corredor que dava acesso aos quartos – Vão-se arrepender de terem duvidado dos meus dotes artísticos!!! E vou já avisando que vou querer uma indemnização por danos morais e psicológicos!!!!

Sentadas no sofá, aguardando o regresso de Tom, Miss K e Nicky riam-se de forma cúmplice e divertida com toda aquela situação. Era difícil olhar para Nicky Fuller como uma ameaça, mesmo percebendo que ela era a mulher ideal para qualquer homem. Algo nela era estranhamente normal e terno, algo que a fazia duvidar das suas capacidades de amante para com Tom, ele nunca seria capaz de ficar satisfeito somente com uma mulher doce e terna, iria sempre sentir falta da chama que ardia de forma inequívoca e avassaladora consigo.


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Sentiu os braços que amava envolverem o seu corpo e acordou com um sorriso nos lábios, vendo o rosto de Bill aproximar-se de si para a beijar de forma doce e terna como só ele era capaz de o fazer.

- Hmmmm…. – murmurou Gabi num suspiro, à medida que abraçava o corpo dele – Voltaste…
- Sim… -
disse Bill passando uma mão sobre o rosto dela ao mesmo tempo que a beijava novamente.
- Como é que correu o almoço?
- Bem… E o teu pelos vistos também… A Keri está neste momento na sala com o Tom e a Nicky…
- Ohh!
disse Gabi afastando-se do corpo de Bill alarmada com as repercussões que aquele convívio poderiam trazer para os três.
- Não te preocupes, ainda está toda a gente viva!
- Não é melhor irmos ter com eles para evitar que eu tenha de emitir um comunicado de imprensa a anunciar que o Tom não virou serial killer, nem resolveu matar duas pessoas de uma cajadada só?
- Não é de todo uma má ideia amor, mas preciso de falar contigo…

- Diz… -
disse Gabi sentando-se mais direita sobre a cama para estar atenta àquilo que Bill tinha para lhe dizer e que parecia sério pela expressão do seu rosto.
- A K quer ir embora, mas a casa está rodeada… O Tom propôs que eu e a Nicky saíssemos novamente e arrastássemos os media daqui para fora, enquanto tu sais com a K e a levas de regresso ao hotel…
- É uma boa ideia… -
disse Gabi sorrindo ao perceber que estava alarmada sem razões para tal – Podem contar comigo!
- E nós como ficamos?
- Nós? O que é que queres dizer com isso?
- Com esta confusão toda à porta de nossa casa… Está-se a tornar muito arriscado vires ter comigo…
- Disseste nossa casa? –
perguntou Gabi derretendo com a forma doce como ele tinha pronunciado aquele pequeno detalhe.
- Nem reparei… - disse Bill sorrindo de forma tímida, sendo atacado por um beijo doce e apaixonado de Gabi – Mas no fundo esta casa já é um pouco tua também... Este é o nosso ninho… Não te sentes em casa quando estás aqui comigo?
- Sinto! Quando estou contigo sinto-me sempre em casa…
- Então como é que vamos fazer daqui para a frente para estarmos juntos? –
perguntou Bill brincando com uma madeixa do cabelo dela – Eu não quero estar longe de ti…
- Tu estás sempre comigo… -
disse Gabi pegando na mão de Bill para a colocar sobre o seu peito na zona do seu coração – Quando é que estavas a pensar ir para LA?
- Daqui a duas semanas… Mas eu não sou capaz de estar duas semanas sem ti!!!
- Claro que és amor! –
disse Gabi abraçando o corpo dele com força – Podemos falar ao telefone todos os dias, e de certeza absoluta que em duas semanas havemos de encontrar uma maneira de nos encontrarmos… Não vou deixar de gostar de ti só porque vamos estar duas semanas separados! Carrego comigo o nosso amor, lembraste? – perguntou Gabi com um sorriso terno no rosto mostrando-lhe o anel que insistia em não tirar do dedo – Temos um compromisso, e não são duas semanas que te vão afastar de mim!

- Eu não quero estar duas semanas afastado de ti…
- Tem de ser… -
disse Gabi passando uma mão sobre o cabelo dele – Duas semanas passam rápido!
- Eu não posso estar duas semanas sem ti!
- Claro que podes tontinho! –
disse Gabi sorrindo, pegando nas mãos de Bill para depositar um beijo terno nelas – Não estás sozinho, tens o Tom e a Nicky aqui contigo!
- Não… Eu não vou ficar afastado de ti…. -
disse Bill olhando para Gabi de forma emocionada e desassossegada.
- Bill… Não podemos deitar tudo a perder agora… - disse Gabi sentindo o seu coração encolher ao ver a dor espelhada nos olhos daquele que amava – São só mais duas semanas... Depois vamos para LA e ninguém tem nada a ver com o que se passa enquanto lá estivermos… Podemos dormir juntos todas as noites!
- Eu estou-me a cagar para se deitamos tudo a perder ou não!!! -
disse Bill levantando-se da cama alterado e dominado por um sentimento que o esmagava de forma atroz.

- Porque é que estás a reagir assim? - disse Gabi assustada com a forma agressiva como ele reagia. Não sabia o que mais lhe dizer ou o que mais fazer para o tentar acalmar – … O que é que se passa?
- Eu não te posso deixar sozinha!!! –
disse Bill andando de uma lado para o outro do quarto, levando as mãos à cabeça, tentando controlar as lágrimas de raiva que se apoderavam dos seus olhos – Não percebes isso???
- … Porquê? –
perguntou Gabi a medo sentindo um peso imenso sobre o seu coração ao lembrar-se que a única vez que o tinha visto dominado por aquela cólera, tinha sido no dia em que tinha cravado no seu coração a dor e raiva da injustiça que lhe tinha sido cometida.
- Porque tenho medo… - disse Bill libertando as lágrimas aprisionadas nos seus olhos, escondendo-as com as suas mãos.
- Tens medo de quê amor? – perguntou Gabi de forma doce, ao mesmo tempo que se levantava da cama e se aproximava dele para lhe tirar as mãos da frente dos olhos e beijá-las de forma meiga.
- De te deixar sozinha…
- Não me vai acontecer nada… -
disse Gabi pegando no rosto dele ternamente para beijar os seus olhos aguados, sentindo-se emocionar com aquele momento. A dor que Bill carregava pelo peso do seu passado continuava a debilitá-lo com uma força avassaladora – Olha para mim amor… Não me vai acontecer nada…
- Já aconteceu… -
disse Bill olhando para os olhos azuis dela sentindo-se emocionar ainda mais. A ideia de Mercier chegar até Gabi novamente envenenava a sua racionalidade e enchia-o de uma dor e uma raiva capaz de levar tudo à sua frente.
- Eu estou bem… - disse Gabi abraçando o corpo dele com força – Vou estar com a minha família e os meus amigos, vou estar bem e em segurança! Além disso tenho o guarda-costas comigo…
- Tu estavas a escassos metros de mim e ele chegou até ti… Eu não fiz nada… Absolutamente nada!

- Não penses mais nisso… -
pediu Gabi sentindo o seu coração despedaçar-se com a dor dele, e dos seus olhos brotarem lágrimas de dor por o ver tão magoado e prostrado – … E se fossemos mais cedo para LA… Isso tranquilizava-te?
- Sim… Eu quero estar ao teu lado… -
disse Bill abraçando-a com força procurando os lábios dela para a beijar veementemente – Eu preciso de estar contigo e saber que estás em segurança!
- Ok… Então vamos mais cedo… -
disse Gabi pensando que aquela seria a única solução para manter Bill mais calmo e em controlo daquilo que se passava.
- Daqui a uma semana?
- Quando quiseres… -
disse Gabi passando uma mão sobre o rosto dele para o acalmar – Assim até é da maneira que fugimos da confusão que se gerou à vossa volta aqui na Alemanha…
- Eu só quero estar contigo, é só isso que me interessa… -
disse Bill abraçando-a, acariciando o corpo dela de forma sedenta, imaginando que não voltaria a poder tocar nela tão cedo – Quero-te tanto…

Gabi procurou os lábios de Bill para o beijar e assegurar que não ia a lado nenhum e sentiu o corpo dele comprimi-la em direcção a uma parede, procurando beijá-la de forma animalesca como se a sobrevivência dele dependesse do seu corpo e da troca apaixonada de afecto e carinho. Acariciou o corpo dele de forma terna e suave e a resposta que recebeu por parte dele foi ainda mais arrojada e agressiva. O corpo de Bill parecia desesperado em consumi-la e em estar com ela com a ideia de estarem afastados e de algo poder acontecer e ele não ser capaz de o controlar. Gabi levou as mãos à t-shirt de Bill e puxou-a para cima sentindo as mãos de Bill atacarem as suas calças de forma imediata, procurando com fome e desejo uma maneira de se ver livre delas. Abraçou o corpo de Bill pelo pescoço e saltando para o colo dele, deixou que o amor que sentia os unisse com todo o vigor e paixão.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeTer Out 11, 2011 8:42 pm

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Tinha a casa por sua conta. Bill tinha saído com Nicky para despistar os paparazzi que tinham acampado à porta de sua casa, e Gabi tinha saído com Miss K para a levar de regresso ao hotel. Deitado numa espreguiçadeira no jardim, Tom apanhava banhos de sol. Vestido somente com uns calções de banho, uns óculos de sol e de phones nos ouvidos, ouvia música calmamente de olhos fechados enquanto sentia o seu corpo queimar com o calor que se fazia sentir naquele dia em Hamburg. Na sua cabeça ainda passavam imagens da forma provocadora como Miss K tinha aparecido em sua casa munida de um atrevimento que já não via nela há algum tempo. Adorava aquela forma decidida como ela sabia o que queria e se apoderava do seu corpo. Se Bill e Nicky tivessem chegado a casa alguns segundos mais tarde, Tom teria sido apanhado de calças na mão, mas com um sorriso glorioso nos lábios. Sentiu um dos seus cães começar a lamber o seu pé esquerdo e sorriu com as cócegas que aquela carícia canina lhe provocava. Encolheu as pernas, flectindo-as sobre a espreguiçadeira e recordou um tempo em que todos os dias procurava por um e-mail vindo de Miss K, sonhava em ouvir a voz doce e feminina dela, queria sentir aquele aroma que fluía na sua pele, desejava que os seus lábios se pintassem de vermelho com a força com que a beijava. Os encontros frutíferos deles no passado tinham um grau de excitação e mistério que a tinham tornado no seu vício perfeito, e no entanto tinha sido capaz de passar tanto tempo afastado dela após descobrir que ela vinha a mando dos Mercier, e não tinha sentido a mínima falta dela e do seu corpo até a ter visto novamente e perceber que o seu corpo não seria capaz de se satisfazer caso não dominasse o dela novamente. Sorriu ao imaginar novamente a felicidade que teria sentido se Bill e Nicky tivessem chegado um pouco mais tarde a casa e intensificou o seu sorriso ao imaginar a mão dela percorrer o seu tronco nu de uma ponta à outra, arrepiando-se em cada centímetro de pele que era tocada e que provocava os seus sentidos até ao limite do prazer. Mordeu o lábio inferior e sentiu aquela mesma mão percorrer a linha que distinguia os calções de banho da sua pele, sentindo-se ainda mais excitado com aquele toque e percebeu que por mais que a sua imaginação fosse fértil e muito impura, aquela mão estava realmente a acariciá-lo. Abriu os olhos e viu Nicky Fuller dobrada sobre o seu corpo, deliciada em percorrer a pele dele com as suas mãos. Tom sorriu e puxando o corpo dela para que ela se sentasse ao seu lado na espreguiçadeira disse:

- Isto podia ser o começo de um dos meus sonhos eróticos…
- Podia, e pode… -
disse Nicky beijando o peito de Tom ao mesmo tempo que o acariciava de forma cada vez mais sensual e sugestiva.
- Hmmm… Adoro tornar os meus sonhos realidade! - disse Tom deixando que uma mão percorresse as curvas do corpo dela.
- Tens sorte que recentemente eu aprendi a adorar tornar os teus sonhos em realidade também… - disse Nicky aproximando os seus lábios dos dele para o beijar de forma provocadora e fazê-lo desejar por mais.
- Então porque é que não lês a minha mente e não me fazes um homem feliz?
- Aqui? –
perguntou Nicky passando uma perna sobre o corpo de Tom, sentando-se no seu colo.
- Vês como consegues ler-me o pensamento com uma exactidão invejável? – disse Tom por detrás de um sorriso perverso, segurando no rosto de Nicky com ambas as mãos, puxando-a até si para a beijar – Alguma vez te disse que adoro quando as mulheres usam vestidos? – perguntou Tom passando as mãos sobre as pernas macias dela.
- Não…
- Adoro quando as mulheres usam vestidos curtinhos e fluidos como o que trazes hoje vestido…
- Ai sim?
- Sim…
- Porquê?
- Sabes muito bem porquê…
- Não, não sei… Esclarece-me… -
disse Nicky percorrendo com as suas mãos os vincos do corpo de Tom puxando ligeiramente os calções de banho dele para baixo, para continuar a seguir aquele vincos que a levavam até à intimidade de Tom – Sr. Professor…

- Anda cá… -
disse Tom fazendo sinal para que ela aproximasse a orelha dele para ouvir um segredo, e introduzindo uma mão por debaixo do vestido de Nicky, tocando-a de forma mais intima, sussurrou-lhe – Adoro o acesso fácil que me proporciona…
- Acesso fácil a quê? –
perguntou Nicky de forma sussurrada, beijando a orelha de Tom.
- À felicidade e ao prazer… - disse Tom deixando que a sua mão entrasse no interior das cuecas de Nicky e lhe exemplificasse aquilo que queria dizer.
- Hmmm
- Acho que estás a começar a perceber aquilo que te dizia…
- Sim… -
disse Nicky abraçando o pescoço de Tom, beijando-o de forma excitada pela forma como ele lhe tocava e estimulava – Mas as tuas mãos não me deixam saciada…
- Não te preocupes, nos meus sonhos eróticos as minhas mãos são apenas um aperitivo…
- E muito bom… -
disse Nicky acometendo os lábios de Tom para o beijar ao mesmo tempo que libertava expressões de puro prazer por entre os beijos que trocavam.
- Adoro esses queixumes e gemidos… - disse Tom mordendo o lábio inferior.
- És o culpado de todos eles… - disse Nicky começando a respirar de forma mais pesada. Passou os olhos pela janela que dava acesso à sala e viu Bill passar em direcção à cozinha, assustando-se e tirando a mão de Tom do interior das suas pernas de forma rápida – O teu irmão!!!
- É sempre o mesmo desmancha-prazeres! –
disse Tom suspirando, cruzando os braços triste por ter de acordar do seu sonho tornado realidade.
- Só se tu o deixares ser… - disse Nicky debruçando-se sobre o corpo dele para o beijar de forma lenta e provocadora – Não me digas que não vais apagar o meu fogo agora que o acendeste?!
- O fogo ainda está longe de estar acesso… -
disse Tom sentando-se na espreguiçadeira, abraçando o corpo dela, pensando numa maneira de continuarem aquilo que ainda agora tinha começado – Já sei!

Tom obrigou Nicky a sair de cima de si e levantando-se tirou o pequeno colchão da espreguiçadeira e pegou na sua toalha de banho, colocou a toalha sobre o ombro e o colchão debaixo do braço como se fosse uma prancha de surf, e pegou numa mão de Nicky arrastando-a para a outra extremidade do jardim, em direcção às árvores onde anteriormente já tinham trocado beijos e carícias fogosas. Nicky deixou-se ir de sorriso nos lábios e coração acelerado, percebendo aquilo que Tom tinha mente. Esperou que ele estendesse o colchão e a toalha sobre a relva e sentiu o seu corpo ser atacado pelas mãos dele que a abraçavam com uma segurança que denotava o desejo que ele sentia naquele momento. Deixou que Tom a levasse até ao chão e que as mãos dele passeassem sobre as suas curvas de forma arrojada, enquanto os lábios e a língua dele percorriam a sua boca e o seu pescoço com um vigor dominante. Nicky sentia-se arder num calor e numa falta de ar que a subjugava e cativava como só Tom era capaz de a subjugar e cativar. Sentiu uma mão de Tom procurar as suas cuecas e começar a deslizá-las para baixo enquanto acariciava a sua pele, e num momento de sanidade, travou as mãos dele de continuar, sentindo os lábios de Tom separarem-se dos seus de imediato e o olhar dele recair sobre si de forma confusa.

- Protecção… - sussurrou Nicky praticamente sem fôlego.
- Claro… - respondeu Tom igualmente acesso por uma chama que o consumia em desejo. E beijando-a novamente acrescentou – Deixei-me levar…

Nicky sorriu e observou o corpo de Tom levantar-se de cima do seu e afastar-se em direcção à casa para ir buscar um preservativo que assegurasse que aquilo que ia acontecer, acontecia de forma fogosa mas responsável. O corpo de Tom parecia esculpido por um Deus superior. As suas pernas eram excessivamente magras, mas o seu tronco era delgado e musculado em perfeição, os seus lábios eram lascivos, o toque das suas mãos arrebatador, e a sua sexualidade deliciosamente extasiante. Segurou no seu cabelo, colocando-o para cima e abanou uma mão sobre a sua face para acalmar o calor excessivo que sentia em si. Talvez numa situação normal não tivesse sido capaz de travar o corpo Tom. A forma como ele manipulava o seu corpo era tão perfeita, que a vontade que tinha em pedir que ele parasse era pouca ou nenhuma, mas sabendo do passado de Tom com Miss K, e sabendo que ele não era homem que renunciasse a uma noite passada nos braços de uma mulher bonita, algo na sua cabeça lhe pedia para ela ter cuidado e tomar todas as precauções necessárias para não se arrepender daquele encontro tão desejado. Enquanto esperava por Tom, deu consigo a questionar-se se Tom e Miss K ainda teriam algum envolvimento, eles pareciam estar à vontade um com o outro, um à vontade que transpirava intimidade e que podia querer dizer muita coisa. Apercebeu-se que Tom retomava para perto de si e sorriu-lhe, percebendo que ele acelerava a sua corrida para estar nos seus braços com a maior brevidade possível. Tom deitou-se ao seu lado e abraçando o seu corpo retomou os beijos e as carícias que deixavam Nicky fora do seu corpo.

- Posso-te fazer uma pergunta? – perguntou Nicky por entre beijos apaixonados e repletos de desejo.
- Uma, duas, três… As perguntas que quiseres… - disse Tom roçando os seus lábios até ao pescoço dela para sugar a sua pele de forma calorosa – Estou nas tuas mãos… Nenhum homem seria capaz de te negar uma resposta tendo um preservativo numa mão e o teu corpo na outra…

- Com quantas mulheres já estiveste? –
perguntou Nicky por entre um sorriso tímido e um temor no olhar.
- Muitas… - disse Tom afastando os seus lábios dela para a olhar nos olhos e tentar perceber de onde vinha aquela pergunta – Mais do que as que consigo contar…

- Desde que nós estivemos juntos, já estiveste com mais alguém?
- … Sim ...
- … Quando?
- Em Londres… E aqui em Hamburg… Porque é que perguntas?
- Por curiosidade…
- Isso incomoda-te?
- Não… Eu sei que tu és assim e eu percebo que tenhas as tuas necessidades…
- E eu percebo que tenhas curiosidade, mas… Podemos falar nisso noutra altura? –
perguntou Tom fazendo olhinhos a Nicky.
- Sim… - disse Nicky abraçando o pescoço de Tom – … Lembraste da cara de todas elas?
- Não… Tu sabes como é esta vida que levamos, conhecemos pessoas novas todos os dias, não sabemos metade dos nomes, nem reconhecemos metade das caras…
- Sim, mas pensei que desses um pouco mais de importância às pessoas com quem partilhas a tua intimidade…
- A verdade é que muitas das vezes eu não estou em mim… Faço o que faço porque existe um corpo que me é capaz de satisfazer e eu preciso de aliviar a cabeça da pressão do dia-a-dia…

- E eu sou alguém que serve para aliviar a tua cabeça da pressão do dia-a-dia? – perguntou Nicky acariciando o rosto de Tom.
- Não, tu sabes que eu gosto muito de ti… Tu és diferente! – disse Tom beijando os lábios dela de forma segura para tentar varrer da sua mente aquelas dúvidas e questões – Mas… Também o fazes na perfeição! Quando estou contigo não me lembro dos problemas que me assombram diariamente…
- Tens assim tantas coisas que te assombram diariamente?
- Suficientes para precisar de um escape de vez em quando…
- Eu gosto de ser o teu escape… -
disse Nicky sorrindo, puxando Tom até aos seus lábios para o beijar novamente – Tu fazes-me sentir bem…
- Isso é tudo o que eu quero… -
disse Tom subindo sobre o corpo dela, beijando o seu decote sensual – Isso e talvez um pouco mais neste momento…
- Aí sim?
- Sim… -
disse Tom levando uma das suas mãos até ao vestido dela para o levantar vagarosamente para cima.

- Gostei muito da tua amiga Keri… - disse Nicky acariciando as costas de Tom e o seu peito.
- Eu percebi… - disse Tom tentando não mostrar nenhum sinal de embaraço, subindo os seus lábios até ao pescoço de Nicky.
- Vocês dão-se muito bem…
- Sim… -
disse Tom roçando os seus lábios até aos lábios de Nicky em provocação, olhando para ela firmemente – Mas neste momento estou mais interessado em quão bem nós os dois nos damos…

Nicky sorriu e gostou do facto dele não dar grande importância a Miss K naquele momento. Tom tomou o lábio inferior dela e sugou-o de forma árdua, puxando-o para si. Aquela era capaz de ser a altura ideal para contar a verdade a Nicky, mas o momento que viviam era tão excitante e estimulante que a ideia de o quebrar só o assustava ainda mais. Estava decidido em não contar nada a Nicky e assim ia continuar. Tinha magoado Miss K o suficiente com toda aquela história e definitivamente não ia fazer o mesmo com Nicky, por mais que aquela abordagem dela parecesse uma forma de sondar até que ponto eles estariam envolvidos, mas Nicky não lhe tinha perguntado directamente se a pessoa com quem ele se tinha envolvido depois de terem estado juntos era Miss K, e ele não estava interessado em falar no assunto. Sentiu Nicky apoderar-se dos seus lábios e pensou que tinha sido capaz de esquivar-se do tema Miss K, mas logo se apercebeu que Nicky ainda não tinha dito tudo o que tinha preso em si.

- Vai ser divertido irmos todos juntos para LA!
- Vai ser óptimo e maravilhoso…
- Mas? –
perguntou Nicky percebendo pelo tom de voz que Tom envergava que haveria um “mas” pelo caminho.
- Mas tudo o que me interessa neste momento, é o facto do meu corpo estar a pedir pelo teu e de tu estares aqui, presa debaixo de mim e sem forma de me fugires!
- Hmmm… Estás mesmo desejoso de me ter, não estás?
- Eu estou sempre desejoso de te ter, mas às vezes temos um oceano inteiro entre nós… Hoje não! Porque é que não aproveitamos?
- Eu quero aproveitar… -
disse Nicky de forma sussurrada – Quero sentir que não existe mais ninguém no mundo sem sermos nós…
- Mundo? Que mundo? Estás-me a querer dizer que existe um mundo, e que esse mundo tem mais gente para além de nós??? –
perguntou Tom fingindo-se inocente.
- Não… - disse Nicky rindo da forma como ele falava – Só existimos nós, o nosso desejo e o prazer que temos nos braços um do outro!
- Hmm… Nós, desejo e prazer… Tudo na mesma frase parece-me um sonho!
- Um sonho vai ser quando te sentir novamente dentro de mim…

- Ainda me estás a dever uma indemnização por danos morais e psicológicos! -
disse Tom rasgando a embalagem do preservativo que tinha entre mãos, consumido pela excitação daquela troca de provocações.
- Prometo tratar de todos os danos morais e psicológicos que tenhas, mas agora gostava de tratar dos teus danos físicos… - disse Nicky puxando os calções de banho de Tom para baixo percebendo que o corpo dele estava deveras excitado – Parece-me que é o teu maior problema neste momento e o que precisa de ser resolvido urgentemente…
- É grande, não é? –
perguntou Tom a rir de forma pervertida.
- Hmmm… Enorme!!! – disse Nicky a rir da perversão dele – Mas o que é que eu sei… Eu nunca privei com muitas pessoas que tivessem danos físicos como o teu… Talvez não sejas assim tão impressionante!
- Oh não minha querida!!! Garanto-te que os meus danos são dos maiores e dos mais complicados de resolver que alguma vez vais encontrar… Preciso de tempo e muita paciência para os solucionar… -
disse Tom colocando o preservativo em si mesmo – Queres ser a minha psicóloga?
- Calculo que com tantos anos a correr de psicólogo em psicólogo já deva ter aprendido uma coisa ou outra e que consiga ajudar-te… Queres-me experimentar?
- Não… Quero-te por inteiro! –
disse Tom devorando os lábios dela, ao mesmo tempo que a abraçava com força e roçava o seu corpo excitado sobre o corpo ardente dela.

Nicky entrelaçou uma das suas pernas em torno do corpo de Tom e abraçando o seu tronco, puxou-o para si. Queria sentir o peso do corpo dele, a respiração dele roçar sobre o seu corpo, os lábios dele percorrerem a sua pele e os sons que ele emitia encherem os seus ouvidos de uma excitação cada vez mais palpável e sentida. Sentia-se consumir por um calor incalculável pelo modo como ele roçava o seu corpo excitado contra si e pela primeira vez na vida, sentir coragem e à vontade suficiente para passar uma mão pelo peito de Tom em direcção à sua zona mais íntima, e tocar nele de forma segura, direccionando-o para o interior das suas pernas. Queria senti-lo por inteiro. Queira que ele preenchesse aquele espaço que lhe era destinado de alma e coração. Sentiu-o entrar no seu interior de forma lenta e cuidada, como se estivesse a aproveitar cada centímetro do seu corpo que se abria receptivo a ele. Segurou no rosto de Tom e com desejo puxou-o até aos seus lábios para o beijar de forma doce mas exaltada pela forma como ele se apoderava de si. Sentiu-o ondular e roçar o seu corpo sobre ela e não foi capaz de conter um gemido de prazer. O desejo que sentia fervilhar na sua pele e no seu corpo era tão forte que aquele simples gesto parecia querer levá-la ao céu.

- Como é que consegues ser tão perfeito comigo? – perguntou Nicky beijando os lábios dele ao mesmo tempo que abraçava o pescoço de Tom com um braço e acariciava o seu rosto com a mão que tinha livre.
- Porque te adoro… - disse Tom começando a impulsionar o seu corpo sobre o dela de forma lenta e sentida.
- Fazes-me sentir tão especial…
- Tu és especial!
- Tão livre e capaz de tudo…


Tom deixou que o seu corpo ficasse profundamente entranhado no dela e passando uma mão sobre os cabelos dela, olhou-a fundo nos olhos para ver no seu olhar a felicidade e realização que sentia com a intimidade de ambos.

- Tu és capaz de muito mais do que aquilo que julgas! És forte, doce, divertida, sensual, muito feminina… Adoro estar contigo… - e levando os seus lábios ao ouvido dela acrescentou – Adoro estar dentro de ti…
- Neste momento é tudo o que eu desejo… Ter-te dentro de mim… -
disse Nicky puxando os lábios dele até aos seus para o beijar de forma ágil e animada. Sempre que ele era tão explicito consigo sobre aquilo que desejava, um novo fogo acendia-se no seu interior.
- Ainda bem, porque eu não vou a lado nenhum…

Tom saiu de dentro de Nicky e deitou-se ao seu lado puxando o corpo dela de forma a que ela se deitasse de lado e se virasse de frente para ele. Puxou uma perna de Nicky sobre o seu corpo e puxou a saia do vestido para baixo, tapando a intimidade de dela. Sentiu o corpo de Nicky receptivo ao seu, posicionando-se imediatamente de forma a que ele pudesse acercar-se do seu corpo e fizesse a magia que só ele tinha sido capaz de fazer até àquele dia. Tom abraçou o corpo dela, levando a sua mão até ao rabo de Nicky e puxou-a de encontro ao seu corpo como se fosse possível estarem ainda mais unidos, e deixando a sua mão ficar sobre aquele espaço, entrou novamente dentro dela, impulsionando-se com maior agilidade, ao mesmo tempo que puxava o corpo dela contra o seu sempre que entrava nela. Sentiu Nicky ajeitar-se ao seu corpo e quando deu por isso a sua mão estava somente a acariciar a perna dela e o seu rabo, uma vez que ela própria se impulsionava com força e desenvoltura sobre si, como se quisesse cada vez mais senti-lo no seu interior.

- O teu corpo é cada vez mais apetecível… - disse Tom por entre uma respiração acelerada, ao mesmo tempo que levava os seus lábios ao pescoço de Nicky e a beijava como sabia que ela gostava.
- E cada vez te deseja mais…
- Eu disse-te que ia ser sempre melhor e que ias querer sempre mais e melhor…


Tom sorriu de forma perversa e apoderou-se dos lábios dela de forma selvagem ao mesmo que aumentava a força e a velocidade em que possuía o corpo dela e ouvia uns gemidos começarem a soltar-se dos seus lábios, fazendo com que ele se sentisse ainda mais louco em busca do prazer que ambos sentiam em se entregarem um ao outro.

- Não pares… - pediu Nicky sentindo-se prestes a atingir um orgasmo que se avizinhava ser explosivo.

Tom sorriu e abraçando o corpo dela com força, entrou e saiu do seu interior de forma ainda mais rápida e perfurante, sentindo o corpo dela dar de si e estremecer em espasmos e ondas de prazer, ao mesmo tempo que soltava um grito louco pela sensação abrupta que se tinha apoderado do seu corpo. Tom pousou uma mão sobre a sua boca, tapando-a de forma a que Nicky não gritasse mais e não chamasse a atenção de ninguém nas redondezas, e instintivamente abrandou o modo como a penetrava, sabendo que ela estava mais sensível a si mas que continuaria a tomar prazer das suas investidas. Viu Nicky fechar os olhos e sentiu o corpo dela relaxar e descontrair um pouco, e tirou a mão da boca dela, passando-a sobre o seu cabelo de forma terna, ao mesmo tempo que procurava os lábios dela para a beijar lenta e prolongadamente, deixando que o corpo dela recuperasse do intenso prazer que tinha acabado de sentir. Nicky empurrou o corpo de Tom para que ele se deitasse de costas no chão e subiu sobre ele. Deitou-se por cima dele, e lentamente voltou a impulsionar-se sobre ele de forma segura e confiante de que o prazer que tinha sentido nos braços dele estava longe de ter chegado ao final. Desejava-o ainda mais. Tom deslizou as suas mãos pelas curvas do corpo dela, depositando-as nas suas ancas, deixando-se levar pela forma lenta e prazeirosa como ela corrompia o seu corpo. Fechou os olhos ao começar a sentir uma onda de prazer percorrer o seu corpo e emitiu um gemido de esforço que denotava a proximidade a que se encontrava ao clímax daquele encontro fugaz. Tom puxou o corpo de Nicky sobre o seu e levou uma mão ao seu peito, elevando a cabeça para o beijar e brincar com os seus lábios e língua na pele que se encontrava a descoberto. Sentindo o final daquele encontro prestes a culminar, elevou a sua pélvis de encontro ao corpo de Nicky, apercebendo-se que ela estava novamente prestes a atingir um novo orgasmo, pela sensibilidade acrescida a que o seu corpo ainda se encontrava. Sentiu uma onda de calor percorrer o seu corpo e a contracção dos seus músculos contagiar todo o seu corpo, até atingir a sua face num espasmo de puro prazer. Nicky sorriu ao aperceber-se que ele tinha finalmente atingido o orgasmo que tanto desejava lhe dar e sorrindo de felicidade, levou uma mão à face dele, acariciando-a com doçura, depositando um beijo lento e meigo nos seus lábios. Tom abriu os olhos e vendo-a sorrir, retribuiu o sorriso e puxou o corpo dela contra o seu, enterrando os lábios no seu ombro, ao mesmo tempo que impulsionava o seu corpo com uma energia renovada de encontro a Nicky, surpreendendo-a pela positiva. Não demorou muito para que Nicky se sentisse arrebatar por uma nova onda de prazer, e enterrasse ela mesma a sua face no pescoço de Tom para controlar a vontade desumana que tinha em exteriorizar aquilo que sentia explodir no seu interior. Tom beijou a face dela, saindo do seu interior, e passou uma mão sobre a face e o cabelo dela sussurrando-lhe ao ouvido numa voz embargado pelo prazer e desejo:

- Hmmm…. Nicky Fuller…
- Tom Kaulitz… -
respondeu Nicky com um sorriso satisfeito nos lábios, beijando-o lenta e demoradamente para aproveitar o momento.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeQui Out 13, 2011 8:01 pm

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- Já fiz as malas… - disse Bill em forma de comentário.
- Já??? – perguntou Gabi espantada – Mas ainda faltam três dias para a viagem!
- Mas quanto mais cedo me sentir envolvido nesta viagem, menos penso no tempo a que já estou afastado de ti e no tempo que ainda nos resta afastados…
- Oh meu amor… Já estamos a meio da semana, mais três diasinhos e estou nos teus braços! Prometo que nessa altura podes fazer o que quiseres comigo…
- O que eu quiser? –
perguntou Bill por entre uma voz interessada e marota.
- Sim… E é bom que faças muitas coisas comigo porque eu vou estar cheia de saudades tuas!
- Hmmm… Então podemos jogar às cartas? Fazer tricot?
- Não! Podemos beijar-nos muito, fazer amor e dormir agarradinhos!
- Não sei se estou interessado nisso… -
disse Bill a rir.
- LA é tão grande, tenho a certeza que hei-de encontrar alguém que esteja interessado…
- Livra-te!
- Não me trates bem que vais ver o que te espera! –
disse Gabi a rir.
- Eras incapaz… Tu só tens olhos para mim!
- Convencido!
- Realista! –
disse Bill a rir ouvindo Gabi rir-se também.

- Ahhh é verdade, tenho novidades para ti sobre a Nat!
- O Patrick fez alguma coisa? –
perguntou Bill preocupado.
- Não… Lembraste de eu te ter contado que quando estive em Berlin com ela um empregado tinha metido conversa connosco e tinha-lhe dado o número de telefone?
- Sim…
- Pois bem, ao que parece, ela tomou coragem e…
- Telefonou-lhe??? –
perguntou Bill espantado com aquela noticia.
- Melhor… Foi ter com ele pessoalmente! Passou lá no café para beber qualquer coisa e perguntou-lhe se ele ainda estava interessado em conhecê-la!
- A Nat fez isso? -
perguntou Bill estranhando aquele facto.
- Sim… E claro que ele disse que sim e eles vão sair amanhã à noite! – disse Gabi entusiasmada.
- Isso nem parece da Nat…
- Ela anda muito abalada com a história do Patrick… Faz-lhe bem sair e conhecer gente nova!
- Sim, mas ela não é o género de pessoa de ir falar com um gajo que não conhece de lado nenhum para irem sair!

- Eu sou capaz de a ter forçado um bocadinho a ir ter com ele… -
disse Gabi com medo de receber uma repreensão de Bill – Ela telefonou-me triste e cabisbaixa e eu disse-lhe que ela estava a precisar de mais acção na vida dela, de sair e divertir-se… E sou capaz de ter sugerido que ela fosse ter com ele... E ela é capaz de ter dito que não… E eu sou capaz de ter insistido diversas vezes até ela ter dito que sim…
- Espero que não a estejas a colocar numa bela furada!
- E se estiver? Pelo menos fica com uma história para contar! A Nat é uma pessoa inteligente, se ele não for flor que se cheire, ela há-de perceber e manter-se afastada… Além disso neste momento eu acho que ela precisa de gente à volta dela para se sentir bem com ela mesma e esquecer de uma vez por todas o Patrick… Sair e conhecer alguém não lhe vai fazer mal, ela é crescidinha e sabe tomar conta dela mesma!
- Tens razão… Ela precisa mesmo de esquecer o Patrick e se esse gajo a ajudar a esquecê-lo, já é bom! Espero que o encontro corra bem…
- Somos dois! –
disse Gabi por entre um longo suspiro – Amor… Preciso de desligar, o meu irmão vai ao médico para ver se já pode tirar os pontos e eu fiquei de ir com ele…
- Ok… Mandas-me uma mensagem quando chegares ao hospital?
- Mando... Mas não te precisas de preocupar, vou com o meu irmão e tenho o segurança comigo!
- Pois mas o teu irmão neste momento não é capaz de te proteger se for preciso! Fico mais descansado se me mandares uma mensagem a dizer que está tudo bem….
- Eu mando amor, não te preocupes!
- … E outra quando chegares a casa? –
pediu Bill com uma voz queridinha.
- Sim, não te preocupes! – disse Gabi com uma voz doce para o tranquilizar – Está tudo sobre controle!
- Eu depois logo à noite ligo-te antes de ir para a cama…
- Acho bem, quero o meu beijinho de boa noite!
- Amo-te muito… Boa sorte para o teu irmão…
- Obrigada… Amo-te…
- Muito?
- Como se não houvesse amanhã!
- Beijinhos….
- Beijinhos amor… -
despediu-se Gabi por entre um longo suspiro antes de desligar o telefone.

Bill suspirou e desligando o telemóvel, levantou-se da sua cama e encaminhou-se até à sala onde encontrou Tom deitado no sofá rodeado pelos seus cães a ver um filme que passava na televisão. Achou estranho Nicky não estar com ele, já que nos últimos dias Tom e Nicky pareciam a sombra um do outro.

- Onde está a Nicky? – perguntou Bill por curiosidade.
- No quarto a descansar de mim! A rapariga ainda é inexperiente nestas coisas, anda cansada... E com razão, não lhe tenho dado muito descanso! – disse Tom a rir de forma divertida.
- Custa-te muito teres um pouco mais de respeito e cuidado com a maneira como falas sobre a Nicky? – perguntou Bill incomodado com as perversões do seu irmão.
- Não vais começar com as tuas coisas, pois não? – perguntou Tom perdendo a vontade de rir – Ultimamente andas demasiado sensivelzinho! Tudo te enerva, tudo tem de ser romântico, lamechas ou uma autêntica tragédia Grega… Já enjoa! Se fosses mulher dizia que estavas com o período!!!
- Sabes o que é que já enjoa??? É andares enfiado na cama com a Nicky a toda a hora, sabendo que a Keri anda por aí… E o pior é que eu sei que se tu tivesses uma oportunidade saltavas-lhe logo para cima, com ou sem Nicky a viver debaixo do mesmo tecto que tu… Ou achas que me enganas? Naquele dia em que ela esteve cá em casa tenho a certeza absoluta que vocês andaram enrolados!

- E o que é que tu tens a ver com isso? Somos os dois crescidinhos e fazemos o que bem quisermos e entendermos! –
disse Tom puxando-se para cima no sofá cruzando os braços de seguida para olhar para o seu irmão com olhar de quem estava incomodado.
- Nada! Acontece que a Nicky não sabe o que se passa e é no mínimo porco que andes a dar umas voltas com a Keri nas costas dela! – disse Bill irritado.
- Para tua informação não aconteceu nada a não ser uma troca de beijos!
- Que te deixou bem acesso pelo volume que tiveste de esconder com uma almofada! Sim, porque também não me enganas com essa da almofada… Conheço-te há anos e não me lembro de nunca te ter visto agarrado a uma almofada com tanta determinação!
- Incomoda-te muito que eu seja feliz? –
perguntou Tom farto dos julgamentos e das lições de moral do seu gémeo.
- Às custas da Nicky? Incomoda! Eu disse que me ia manter afastado das tuas aventuras amorosas e que te ia deixar em paz para que vocês vivessem por vossa conta e risco, mas isso era antes de existir a K metida ao barulho!!! Com a Nicky por perto, aquilo que andas a fazer é nojento!!!

- Andas com um humor de queijo podre que não te digo nada!!!
- E o que eu acho mais incrível… -
continuou Bill fingindo não ter ouvido o comentário de Tom – É que não te vejo minimamente preocupado em tirar da cabeça da K a ideia ridícula de ir para casa da Nicky daqui a três dias! Devias andar preocupado com isso… E MUITO!!!
- Eu ando a tentar falar com ela, mas ela não me atende o telemóvel!
- Tens três dias para falar com ela e tentar prevenir uma catástrofe de acontecer… Começa a mexer-te!
- O que é que queres que eu faça? Que vá ter com a K?
- Nem penses!!! Isso é muito perigoso!!!
- Então vou continuar a telefonar-lhe até que ela atenda!

- Vocês chatearam-se?
- Não… Não sei o que se passa! Desde aquele dia em que ela esteve cá em casa que não tenho noticias dela… Talvez não fosse má ideia pedir à Gabi para passar pelo hotel se ela continuar sem responder…
- Estranho… -
disse Bill pensando em voz alta – Já falaste com o segurança dela?
- Não tenho o contacto dele…
- O contacto arranjas, pedes ao Jost! Pode ter acontecido alguma coisa e nós não sabemos… -
disse Bill que desde que tinha descoberto o que tinha acontecido com Gabi debaixo dos seus olhos, tinha a certeza que todo o cuidado era pouco quando se tratava de lidar com os Mercier.
- Tu andas mesmo paranóico!
- Sabes bem que a minha paranóia tem fundamento!!! E acho que também sabes que eu preferia que não tivesse!!!
- Nunca ouviste dizer que as más notícias chegam depressa? Se tivesse acontecido alguma coisa o Jost já sabia e já nos tinha dito!
- Então é mesmo muito estranho que ela desapareça assim de um momento para o outro… Tenta telefonar-lhe de novo, se ela não atender, logo à noite quando telefonar à Gabi, peço-lhe que ela dê lá um saltinho para ver se está tudo bem!
- Ok, vou tentar… -
disse Tom apercebendo-se que o seu telemóvel estava pousado à sua frente na mesa de café, e a sua vontade de o alcançar era nula – Chega aí o telemóvel…
- Preguiçoso! –
disse Bill entre dentes.
- Olha quem fala!!! É só dares dois passos e esticares a mão!!! – disse Tom refastelado no sofá.
- E tu é só chegares-te à frente e esticares a mão!!! Quem é que é mais preguiçoso??? – disse Bill aproximando-se da mesa de café para pegar no telemóvel do irmão - Além disso tu é que queres o telemóvel!
- Já não queres que eu telefone à K e que a convença a não ir para casa da Nicky? –
perguntou Tom tentando fazer pressão psicológica ao irmão.

- Toma lá o telemóvel e cala-te! – disse Bill mandando o telemóvel a Tom – Já não te posso ouvir!
- Ainda bem! -
disse Tom apanhando o telemóvel – É da maneira que me vejo livre de ti mais rápido!

- Já viste que toda a gente precisa de descanso de ti? As razões são as mais diversas, mas toda a gente precisa de recarregar as energias para lidar contigo! Não me admira nada que a K esteja afastada de ti de propósito para ver se descansa!
- Nunca! Nem com uma arma apontada à cabeça! A K seria incapaz de querer uma pausa de mim…
- Não é o que parece… -
disse Bill tossindo de forma falsa.
- Já ias embora, não? Vai lá tirar uma pausa de mim porque eu também estou a precisar de uma pausa tua!
- És pobre e mal agradecido! Pelo menos podias ter-me agradecido ter-te chegado o telemóvel… Hás-de ter muita sorte para a próxima! –
disse Bill começando a afastar-se de Tom em direcção à cozinha para ir buscar algo que comer.

Tom acedeu à sua lista de contactos e sem demora tentou ligar a Miss K. Enquanto o telefone tocava, viu Bill sair da cozinha e encaminhar-se até ao escritório. Parecia que ainda ia a resmungar, como era seu costume. O telefone tocava, mas Miss K parecia ter desaparecido da face da Terra e estar incontactável. Tom desligou e voltou a telefonar preocupado com aquele súbito desaparecimento. E se Bill tivesse razão? E se tivesse razões para estar paranóico? Talvez não fosse má ideia telefonar a Jost e pedir-lhe que contacta-se a empresa de seguranças que protegia Miss K a perguntar por ela. Desligou o telefone ao ouvir a mensagem de voice mail, e com um olhar desconfiado, olhou para um dos seus cães que se encontrava sentado a seus pés e inquiriu-se mentalmente se seria boa ideia telefonar para o segurança de Miss K. Se estivesse tudo bem, ia parecer que a estava controlar, e Tom não queria que ela pensasse isso, Miss K não era obrigada a contactar consigo caso não quisesse, nunca tinha sido, não era agora que ia começar a ser, mas era estranho ela desaparecer daquela maneira sem deixar rasto. Mas e se lhe tivesse acontecido alguma coisa? Se ela tivesse recebido uma visita de um enviado de Mercier e o segurança não se tivesse apercebido disso? E se estivessem os dois feridos? Nunca ninguém tinha desconfiado que Gabi pudesse ter sido atacada e a verdade é que tinha sido e bem debaixo dos seus olhos. Respirou fundo e quando se preparava para ligar a Jost, ouviu o seu telemóvel começar a tocar. Olhou para o visor e era ela. Sentiu-se respirar de alívio. Rejeitou-lhe a chamada e ligou-lhe de seguida para que ela não gastasse dinheiro.

- Não me telefonas… Não atendes os meus telefonemas… - disse Tom ao ouvi-la atender o telefone.
- Telefonaste-me? – perguntou Miss K de forma dominante e descontraída.
- Umas trezentas vezes desde a última vez que te vi!
- Andas assim com tantas saudades minhas? –
perguntou Miss K em tom de provocação e brincadeira. Gostava de sentir-se desejada por Tom – Desculpa, mas tenho andado ocupada…
- Com o quê? –
perguntou Tom sem perceber o que poderia estar a ocupá-la de tal forma que não pudesse sequer tirar cinco minutos para falar ao telefone consigo.
- Tudo e nada…

- Andas a fugir de mim?
- Eu não chamaria fugir…
- Pensei que já estivesse tudo bem entre nós! –
disse Tom surpreso por ela admitir que algo se passava para ela o andar a evitar.
- E está…
- Então porque é que andaste a semana toda a ignorar os meus telefonemas? Já estava a ficar preocupado contigo!
- Pensei que estivesses entretido… Não me digas que ela não te mantém ocupado? –
perguntou Miss K numa voz sedutora que sabia que provocava Tom.
- K…
- Ok, ok… -
disse Miss K percebendo que aquele assunto ainda era delicado para Tom e que tinha de controlar o seu sentido de humor aliado a sarcasmo e sedução – Só queria apimentar um bocadinho as coisas… Dar espaço… Dar tempo ao tempo… Afinal de contas em breve vamos estar juntos todos os dias…
- Por falar nisso… Tens a certeza que é boa ideia ires para casa da Nicky do jeito em que as coisas estão?
- Que jeito? Ela não sabe nada sobre nós, a não ser que já lhe tenhas contado, mas nós nem temos estado juntos!

- Achas mesmo que vais ser capaz de estar afastada de mim quando estivermos a viver debaixo do mesmo tecto? –
perguntou Tom tentando fazê-la ver o perigo daquilo em que eles se estavam a meter.
- Quem te disse a ti que eu tenciono ficar afastada de ti? – retorquiu Miss K com uma voz que sabia deixar Tom louco.
- Pois, é aí que eu quero chegar! E a Nicky? Como é que ela fica no meio disto tudo?
- Relaxa! –
disse Miss K como se aquele assunto estivesse sobre controlo, quando no fundo se sentia amedrontada, enciumada e prestes a cometer uma grande loucura em aceitar o convite de Nicky – Não pretendo quebrar a confiança que ela depositou em mim, nem fazer nada do qual me possa arrepender… Mas também não prometo não tirar uma lasquinha de ti de vez em quando… Pode ser que ela não dê por nada…
- Tu és doida! –
disse Tom impressionado com a garra e determinação daquela Miss K que não via há muito tempo. Ela parecia uma felina decidida em caçar a sua presa e possui-lo sem dó nem piedade, tal como ele gostava. Seria possível sentir uma onda de calor percorrer o seu corpo com a simples ideia de a ter à sua frente e não a poder beijar? A tentação crescia no seu interior e o fruto proibido parecia cada vez mais apetecido.

- Confessa lá que é excitante… - disse Miss K mordendo o seu lábio inferior. Conhecia Tom na perfeição. Sabia que aquelas provocações o tinham deixado com o desejo à flor da pele.
- Demasiado…. Mas também é perigoso… E o meu irmão mata-nos se magoarmos a Nicky!
- Não tenciono magoar ninguém, só levar-te à loucura… Vais conviver comigo dia e a noite sem me poder ter… Acho que já é castigo suficiente para ti…
- Isso é tortura!!!
- Mas não te preocupes, tenho a certeza que as portas para o quarto da Nicky estarão sempre abertas para ti…
- Isso não tem piada! –
disse Tom não gostando daquela conversa, lembrando-se novamente que era uma perfeita loucura Miss K ir para casa de Nicky – Não gosto da ideia de estar com as duas ao mesmo tempo…
- Então não estejas! –
disse Miss K de forma simples.
- Não é assim tão fácil…
- Mas agora viraste o escravo sexual dela? Tens de ir para a cama com ela mesmo que não queiras?
- Claro que não!
- Pois… Mas tu queres sempre… Estava-me a esquecer desse pormenor! Contigo sexo é: quanto mais, melhor. Não é?
- Temos mesmo de falar sobre isto? –
perguntou Tom ao ver a conversa começar a azedar.

- Mas também não te precisas de preocupar… Não faço tenções de ir para a cama contigo em breve… Muito menos na casa dela, com ela por perto!
- Ah já tens tudo planeado?
- Não… Mas tenho alguma dignidade e não penses que vou estar à tua espera de pernas abertas depois de teres estado com outra!
- Temos mesmo de falar sobre isto? –
repetiu Tom chateado com a conversa – Ainda nem chegámos a LA e já estamos a discutir por causa daquilo que ainda não aconteceu, e que provavelmente não vai acontecer!
- Não fazes tenções de dormir com ela quando estivermos lá? Hmmm… Qual é a desculpa que vais inventar para teres perdido a vontade? Cuidado não vá ela comprar-te Viagra a pensar que estás a precisar de um incentivo… -
disse Miss K a rir.
- Foda-se K, não quero falar mais sobre este assunto, por mim este é um assunto encerrado e tu não vais para casa da Nicky para evitarmos mais confusões! – disse Tom chateada com o rumo da conversa. Miss K estava imparável, não era capaz de a domar nem com algum esforço.
- Acontece que tu não mandas em mim…
- Eu sei!
- Então não me digas o que fazer! –
disse Miss K mostrando a Tom a personalidade incisiva e forte que o tinha cativado – Se quisesses falar, podíamos chegar a uma decisão em conjunto, e eu era capaz de pensar no assunto! Mas tu não me dás ordens… Não obedeço a nenhum homem, mesmo que o ame como nunca amei ninguém... Aqui quem manda sou eu!

Tom ficou calado. Não sabia o que dizer perante a mudança radical de atitude e sensibilidade que Miss K exibia desde aquela dia que o tinha ido visitar. Algo nela tinha mudado, a sua postura exibia uma segurança e frontalidade que há muito não via e se por um lado isso era cativante, por outro deixava-o de pé atrás sem saber o que esperar. Ela tinha-se tornado imprevisível e perturbadoramente desafiante e sedutora, Corria graves riscos em cair nas suas teias viciantes e cometer uma loucura com Nicky por perto.

- O que é que fazias se eu me envolvesse com outro homem? – perguntou Miss K após um longo silêncio.
- Porque é que perguntas? – perguntou Tom estranhando aquela pergunta dela. Será que Miss K tinha conhecido outra pessoa? Seria essa a razão que a mantinha tão ocupada na última semana?
- Responde…
- O que é que eu podia fazer?
- Nada?
- Pois… Mas isso não quer dizer que goste da ideia e que da próxima vez estivesse contigo com um sorriso nos lábios….
- Hmmm… Então tu podes estar com quem quiseres, as vezes que quiseres, e eu só posso estar contigo?
- Sim! –
disse Tom sem pensar naquilo que dizia. Não gostava de imaginar Miss K com mais ninguém, ela era sua, pertencia-lhe de corpo, alma e coração.
- Não me parece justo…

- Aconteceu alguma coisa que eu deva saber? –
perguntou Tom repleto de curiosidade.
- Que tu devas saber? Não…
- Porque é que haverias de estar com outra pessoa se me amas? – perguntou Tom sem compreender o porquê daquela conversa e temendo vir a descobrir algo que não ia gostar de saber.
- Às vezes há coisas que acontecem… Pessoas novas que se conhecem… - disse Miss K percebendo que aquele assunto estava a perturbá-lo.
- Tu serias a primeira a sentir-te mal por ter acontecido alguma coisa com outra pessoa que não fosse eu… Já te vou conhecendo! Acho que não ias ser capaz de olhar para mim com os mesmos olhos no dia a seguir. Tenho razão, ou não tenho razão?
- Talvez…

- … Se te envolvesses com outro, eu ia querer saber todos os pormenores… -
disse Tom sentindo-se acalentar por aquela conversa, que o perturbava tanto quanto excitava.
- Porquê?
- Curiosidade… Comparação… Queria saber se tinhas gostado mais dele do que de mim…
- Os pormenores magoam… -
disse Miss K que não era capaz de ouvir Tom falar de outras mulheres consigo.
- A mim não… Só me iam dar mais desejo, mais vontade de arrancar a roupa que trazes no corpo e esfolá-lo da tua memória e do teu corpo com a força e o prazer do meu…
- Hmmm… Parece que me tenho de aventurar por outros domínios para conhecer esse Tom mais selvagem e possessivo que me quer só para ele… -
disse Miss K com uma voz sedutora, ao mesmo tempo que mordia o lábio inferior em desejo, deliciada com a forma possessiva e acesa como ele falava de si.
- Eu sei que não eras capaz…
- Não me desafies… -
disse Miss K tendo a certeza absoluta que nunca seria capaz de olhar para outro homem duas vezes, pois os seus olhos só se alimentavam dele e o seu coração é que comandava a voz que guiava o seu corpo e o desejava como nunca desejaria mais ninguém.
- Tu só me desejas a mim… - disse Tom num tom provocador.
- Nunca se sabe o dia de amanhã…

- Diz…
- O quê?
- Que só me desejas a mim e que não estiveste com mais ninguém… -
pediu Tom passando a língua sobre o piercing que habitava os seus lábios de forma excitada.
- O que eu te digo é que a última vez que te vi, estavas lindo… E que a ideia de te ter tão perto de mim é capaz de me aquecer o corpo e deixá-lo arrepiado…
- Desejas-me?
- Como o fogo que queima dentro de mim…
- Diz que não estiveste com mais ninguém… -
pediu Tom ainda perturbado com a ideia dela ter estado com outro homem e do sentimento que ela dizia sentir por si ter-se esmorecido.
- … Não estive com mais ninguém… - disse Miss K sentindo o seu corpo responder à força e calor que a voz de Tom emanava.
- Então porque é que não me telefonaste quando viste as minhas chamadas não atendidas? – perguntou Tom ainda curioso com aquele assunto.
- Queria que sentisses saudades minhas… Que o teu corpo sentisse a mesma chama ardente que eu sinto por te ter tão perto e te desejar tanto…
- Eu sinto… -
disse Tom embargado em desejo. Aquela Miss K era realmente perigosa para o seu pensamento. Sentia-se capaz de a devorar.

- Vai arder ainda mais quando me tiveres por perto… - disse Miss K de forma provocadora percebendo que ele estava irremediavelmente seduzido.
- Eu não acredito que vou estar contigo por perto e que não te vou poder tocar…
- Não disse que não me podias tocar… Disse que não me podias ter…
- Tu és louca, e vais-me fazer cometer uma loucura…

- Tens medo de nos veres às duas juntas? De sermos amigas? De falarmos sobre ti nas tuas costas? De comparar-mos a forma como nos beijas, nos tocas, nos seduzes…
- Vos fodo…
- Sim… Tens medo?
- Não… Só te ia enaltecer o ego, e instigá-la… Quem saía a ganhar era eu… Mas ainda vais a tempo de desistir desta loucura…
- Adoro cometer loucuras contigo! –
disse Miss K por entre um sorriso sedutor.
- Tu vais ser a minha desgraça…
- E tu a minha alegria…
- Quero-te aqui e agora! –
disse Tom fervilhando em desejo.
- Tudo o que é bom faz-se esperar… - disse Miss K ardendo em paixão, e com os sentidos apurados pela fome que lhe ouvia na voz.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeQua Out 19, 2011 10:24 pm

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- Já não aguento mais isto… Alguém que descole a merda do avião? – disse Bill de forma irritada farto do compasso de espera a que era obrigado pelo controlo aéreo.
- Calma… - disse Nicky batendo amigavelmente duas vezes no joelho de Bill que estava do seu lado.
- Estamos aqui há uma hora!!! – retorquiu Bill.
- Dez minutos! – corrigiu Nicky olhando para o relógio ao mesmo tempo que ria do ar nervoso e irritado dele.
- Oh sensivelzinho… Vê se te acalmas porque ainda tens uma viagem bem comprida pela frente e eu não quero ter de conviver com esse teu humor, nem com o comportamento de diva! – disse Tom virando-se para trás para falar com o seu irmão.
- Vai-te foder! – disse Bill de forma impensada.
- Se soubesses como gostava de levar as tuas palavras à letra… - disse Tom por entre um sorriso perverso, ao mesmo tempo que piscava o olho a Nicky.
- Tu não me chateies!!! – disse Bill empurrando Tom para baixo.

- Oh Gabi… - disse Tom chamando Gabi que se encontrava sentada com Miss K nos bancos ao lado do seu e de Nathalie, mas do outro lado do corredor – Tu não controles o animal e vais ver...
- Do que é que estás para aí a falar? –
perguntou Gabi que estava entretida a falar com Miss K e não tinha ouvido a conversa entre Tom e Bill.
- Não controles a besta e esta noite não te aguentas em pé! – disse Tom a rir de forma marota – Há uma semana que só oiço lamúrias e cocózisses… Já não posso mais! Esta noite nem vão sobrar os teus ossinhos para roer…
- Respeito!!! –
disse Bill batendo com força no topo da cabeça de Tom para que ele se calasse.
- Então??? – retorquiu Tom chateado com aquela pancadinha.
- Meu caro Tom… - disse Gabi de forma altiva e pausada – Se os meus ossinhos não sobrarem, melhor… Assim tenho a certeza que tu não os atacas!
- Vês? –
disse Nathalie que sentada ao lado de Tom só se ria – É para aprenderes a estar calado… Não sei porque é que ainda te metes com a Gabi se já sabes que com ela não tens hipóteses, ela tem sempre uma resposta na ponta da língua!
- Mas olha que é bom que esses ossinhos não sobrem, senão… -
disse Tom mordendo o lábio inferior ao mesmo tempo que olhava para Gabi com desejo.
- Senão o quê oh Viagras? – perguntou Bill batendo novamente na cabeça de Tom para o fazer calar.
- Viagro-a toda! – disse Tom a rir, fazendo com que toda a gente menos Bill se risse.

Bill voltou a bater sobre a cabeça de Tom por entre queixumes dele, e só parou quando um pedido de Nathalie lhe rogou que parasse quieto pois ainda tinham uma longa viagem pela frente e não queria que eles se chateassem a sério. Bill cruzou os braços por entre lamúrias de que Tom era sempre a mesma coisa, e antes que desse conta os motores do avião começaram a funcionar e a viagem ia finalmente ter início.

- Aleluia!!! – disse Bill levantando as mãos ao céu, respirando fundo, ao mesmo tempo que reparava que Gabi olhava para ele com um olhar terno para o reconfortar e afastar o nervosismo que ele sentia em si por estar há tanto tempo longe da sua amada.
- Vamos a isso… - disse Jost, que seguia em frente de Tom e Nathalie com Nova que lhe dava a mão à procura de força para o medo que sentia em andar de avião.

Tom olhou para o lado de Gabi e trocou um olhar cúmplice com Miss K, que abanava a cabeça da direita para a esquerda a rir com as parvoíces dele. Tom piscou-lhe o olho. Também ele estava desejoso de chegar a Los Angeles, embora tivesse a certeza que nada de bom poderia vir daquela visita.

As horas pareciam passar de forma exageradamente lenta para Bill. Tudo o que tinha em mente era o facto de estar preso e confinado dentro das paredes de um avião e de se ver obrigado a manter-se à máxima distância possível de Gabi para que nenhum dos restantes três passageiros de primeira classe daquele voo, nem as assistentes de bordo, suspeitassem da sua ligação e envolvimento. Bill estava demasiado nervoso com aquela viagem rumo a um julgamento que iria definir a sua vida e a vida daqueles que amava. Era hora de ser feita justiça, e não admitia outro desfecho. Estava impaciente em deixar de fingir, em acabar de uma vez por todas a farsa que vivia com Nicky, e poder finalmente sentar-se ao lado da mulher que amava, pegar na sua mão, beijá-la em público, abraçá-la, e dizer a toda a gente que a amava e que tencionavam construir uma vida e uma família do seu lado. Jost, Nova, Nicky e Tom tinham adormecido. Nova tinha tomado um comprimido para a ajudar a acalmar durante a viagem e o sono tinha-se abatido sobre ela de forma esmagadora. Jost tinha seguido o exemplo da sua noiva e aproveitava para descansar durante a viagem, mesmo que para isso não necessitasse de comprimidos. Dormir sempre era uma maneira de fazer com que as viagens longas passassem mais rápido. Tom e Nicky tinham acabado por adormecer, devido ao sono e cansaço que traziam no corpo. A animação da noite anterior não lhes tinha dado muitas horas de sono. Miss K encontrava-se atentamente a ver o filme que exibiam no avião, sentindo os olhos ficarem cada vez mais pesados e a sua vontade de encontrar Tom nos seus sonhos aumentar exponencialmente. Bill tinha sido capaz de sair do seu lugar e colocar-se no corredor entre Gabi e Nathalie para falar com elas e sentir-se mais perto da sua amada. Sentia falta de estar com ela e olhar para ela, mesmo sem lhe poder tocar. Adorava a cumplicidade que tinham como amigos e isso por si só já lhe fazia falta. Sentado no braço da cadeira da frente a Gabi (que se encontrava vazia), Bill concentrava-se naquele momento de lazer, uma vez que era o mais próximo que conseguia estar de quem realmente lhe interessava naquele momento.

- Ainda não me contaste do teu encontro com o amiguinho… - disse Gabi piscando o olho a Nathalie, desejosa de saber novidades.
- Quero saber tudo! – disse Bill sorrindo, curioso com aquele encontro.
- Não deu em nada… - disse Nathalie revirando os olhos – Eu bem sabia que devia ter ficado sossegadinha no meu canto… Não sei porque é que me fui meter com aquele marmanjo!
- Então o que é que aconteceu? –
perguntou Bill num misto de curiosidade e preocupação.
- Eu disse-lhe que gostava muito de comida japonesa, então ele resolveu levar-me a um restaurante japonês muito bom… E diga-se de passagem, muito caro também! – começou Nathalie por dizer – O jantar estava óptimo, a companhia maravilhosa até que ele me mostrou o que realmente queria de mim…

- Deixa-me adivinhar… Sexo? –
perguntou Bill levantando a sobrancelha direita.
- Claro… - disse Gabi – Os homens só pensam nisso!
- É muito frustrante… Eu até estava a gostar dele, ele foi super cavalheiro comigo, abriu-me as portas, puxou-me a cadeira para me sentar… -
contou Nathalie.
- Puxou-te a cadeira para te sentares??? – perguntou Gabi impressionada – Já não se fazem homens assim… Ele queria mesmo impressionar-te!
- E impressionou!!! Acredita!!! –
disse Nathalie voltando a revirar os olhos.

- Então e depois? – perguntou Gabi.
- Depois, começámos a falar sobre nós… Eu disse-lhe que tinha um filho, que estava divorciada há pouco tempo…
- E o que é que ele achou de teres um filho? –
perguntou Bill que se preocupava muito com a sua amiga, mas também com a estabilidade e futuro de Erik que em breve se iria ver com um pai na prisão.
- Disse que não tinha problema, que também tencionava ter filhos no futuro e que adorava crianças… - disse Nathalie – Até aqui tudo perfeito… Juro que comecei mesmo a imaginar que talvez, quem sabe com o tempo me poderia apaixonar por ele e aprender a amá-lo…
- Até que… -
disse Bill querendo ouvir aquilo que realmente tinha acontecido para Nathalie se ter desiludido daquela forma.
- Até que… Ele elogiou a minha beleza… - disse Nathalie.
- Isso é bom… - comentou Gabi com um sorriso expectante nos lábios.
- E convidou-me para ir a casa dele a seguir do jantar… - disse Nathalie – Nós já tínhamos combinado que íamos ao cinema. Vocês sabem há quanto tempo eu não vou ao cinema? O quanto eu estava a ansiar esta ida ao cinema?
- Diz-me que ele não passou de bestial a besta só porque tu estavas irresistivelmente boa e ele não conseguia tirar os olhos de ti até te provar!!! –
disse Bill com o seu pensamento de homem – Aliás… Diz-me que ele não virou um perfeito anormal porque tu não vais ao cinema desde que te tornaste mais mediática!!!
- Não! –
disse Nathalie ouvindo Gabi a rir, vendo-a trocar um olhar cúmplice com Bill – Até aqui tudo bem, eu disse-lhe que não ia a casa dele e que se as intenções dele fossem acabar a noite na cama, que podia tirar o cavalinho da chuva porque eu não estava à procura de sexo… Ele sorriu e lá começou a falar sobre um documentário qualquer que tinha visto sobre acidentes de avião e eu pedi-lhe o favor para não me contar porque eu costumava viajar muito e essas coisas faziam-me impressão…

- Claro que isso puxou o tema trabalho e Tokio Hotel… -
disse Bill.
- Claro! – disse Nathalie – E claro que ele disse que não conhecia a banda muito bem, mas que gostava daquilo que ouvia na rádio… Mas no fundo estava na cara que ele vos detestava! Por esta altura acho que ele estava capaz de dizer que gostava de tudo desde que eu cedesse à pressão…
- Nem toda a gente gosta de Tokio Hotel, já sabes como é… -
disse Gabi suspirando.
- Pois… E passado cinco minutos ele estava novamente a dizer que eu estava linda e que devíamos ir para casa dele… - disse Nathalie – Claro que eu voltei a dizer que não… Mas passados outros cinco minutos ele teve a lata de dizer que adorava sashimi e que tinha a certeza que eu lhe ia saber a sashimi!!! Quem é que no seu juízo perfeito compara uma mulher a peixe cru???

- Eu não acredito! –
disse Gabi tapando a boca com uma mão, tentando conter o riso, já que Bill se ria sem dó nem piedade da história que era contada.
- Já nem sabia o que dizer! – disse Nathalie embargada pela sua história – Mas não era preciso eu dizer nada… Ele começou a comparar-se a ele próprio com um temaki, disse que era envolvente e delicioso e que nunca ninguém lhe era capaz de resistir… Chegou mesmo a dizer que o meu sashimi era bem vindo no temaki dele porque quanto mais de mim ele recebesse mais completo o seu temaki ficaria! Olha... Eu já nem sabia onde me meter… Ele comportou-se como um autêntico homem das cavernas… Só falava em sexo e só fazia comparações entre nós e a comida japonesa…
- Isso parece um filme! –
disse Bill sem conseguir parar de rir.
- Ri-te, ri-te!!! – disse Nathalie sem achar piada nenhuma ao sucedido.
- E depois? Como é que te livraste dele? – perguntou Gabi sem se conseguir para de rir também.
- Depois, no final do jantar… Que ele pagou!!! – frisou Nathalie – Voltou a insistir que queria conhecer-me melhor entre as quatro paredes do quarto dele, e eu disse-lhe que não sabia o que é que lhe tinha dado a ideia de que e era uma mulher fácil, mas que não estava minimamente interessada em partilhar o meu sashimi com ele porque não gostava de homens das cavernas que não eram capazes de jantar com uma mulher interessante sem pensar quando é que lhe vão saltar para cima… Derreteu-se em desculpas, e eu dei graças a Deus que nunca lhe tinha dado o meu número de telefone e enfiei-me no carro sem me despedir dele e fui embora… Tão cedo não volto a comer comida japonesa… - disse Nathalie suspirando ao mesmo tempo que revirava os olhos como se, se tivesse livrado de algo demoníaco.
- Desculpa mas a história é muito engraçada!!! – disse Bill sem conseguir parar de rir.
- O pior é que não é história!!! É realidade!!! – disse Nathalie.

- Desculpa!!! – disse Gabi sem se conseguir parar de rir – Não devia ter insistido para o conheceres…
- Deixa lá… Pelo menos comi bem e não paguei nada! –
disse Nathalie.
- Espero que tenhas comigo por dois ou três para levar o cabrão à falência! – disse Bill a rir.
- Está descansado que dei-lhe prejuízo de certeza! – disse Nathalie exibindo um sorriso matreiro.
- Mas também quem é que te manda seres irresistível? Depois os homens descontrolam-se!!! – disse Gabi com um sorriso amistoso.
- Preciso de um homem que goste de mim por mim, que me aceite como sou e não de alguém que só queira o meu sashimi! disse Nathalie.
- E tens todo o direito de o querer! – disse Gabi – E hás-de encontrar… Pode ser difícil, mas o teu dia há-de chegar!
- O teu encontro foi uma desgraça… -
disse Bill ainda a rir – Mas olha, pelo menos tens uma história engraçada para contar! Depois tens de contá-la ao Tom, ele vai adorar!!!
- Que perigo! Ainda vemos o teu irmão a engatar miúdas com a conversa do temaki e do sashimi!!! –
disse Nathalie descontraindo e exibindo um sorriso.

- Sinceramente… Há gente que não tem noção do ridículo! – disse Gabi abanando a cabeça da direita para a esquerda – Só de olhar para ele, nunca seria capaz de supor que ele fosse assim tão anormal! Ele engana bem…
- Mas olha que é por pouco tempo… Assim que começa a abrir a boca por mais de dez minutos, só sai merda! –
disse Nathalie – E não é por nada… Eu adoro homens que gostam de me provocar e atiçar-me, mas que se saibam controlar em público e que não hajam como perfeitos homens das cavernas com a simples ideia de acabarem a noite na cama! Há tempo para tudo… Se ele se tivesse comportado decentemente, no final da noite até era capaz de levar um beijo e de ter direito a um segundo encontro, mas assim não!!!

- Espero que para a próxima tenhas mais sorte! –
disse Bill.
- Qual próxima??? – interrogou-o Nathalie assustada com aquela ideia – Nada disso… Estou muito bem sozinha, não preciso de nenhum homem para me chatear, nem para me dar dores de cabeça…
- Mas podias ter aproveitado para te divertires um bocadinho… -
disse Bill piscando-lhe o olho – Tinhas provado o temaki e vias se a publicidade era enganosa…
- Bill… -
disse Nathalie olhando para ele de esguelha – Olha bem para mim! Achas mesmo que o que me faz falta neste momento é sexo?
- Claro que não! -
disse Gabi que compreendia a sua amiga.
- Pois… - disse Bill pensando no assunto.
- O que me faz falta é paz e sossego… Se pelo caminho encontrar alguém que ame e que me ame também, óptimo! Se não… Tudo o que preciso é de estabilizar a minha vida!
- Tens razão… -
disse Bill depositando um beijo terno sobre a testa de Nathalie. Percebia perfeitamente aquilo que a sua amiga lhe queria dizer, mas também sabia por experiencia própria que partilhar os momentos mais difíceis da sua vida com alguém que a amasse e a apoiasse, como era o seu caso com Gabi que lhe dava uma força e uma capacidade sobre-humana de agir como até então nunca tinha experienciado, a poderia ajudar muito. Se pudesse comandar o destino, desejava que a sua amiga encontrasse essa força nalguém que a respeitasse e amasse com a mesma força como respeitava e amava Gabi.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Chegados a casa de Nicky, foram recebidos com pompa e circunstância por toda a sua comitiva de empregados que tinha preparado por iniciativa própria um pequeno banquete de recepção a Nicky e aos seus convidados especiais. Reunidos na sala de estar, era chegada a hora de decidir o destino de cada um dos seus convidados no que dizia respeito ao quarto onde iam ficar hospedados. Nicky deixou ao critério de cada um. A sua casa tinha cinco quartos, sendo que um deles era o seu. Jost e Nova pediram um quarto para eles e ninguém foi capaz de se opor. Gabi e Nathalie estavam destinadas a um quarto, tal como da última vez que ali tinham estado. Sobravam dois quartos. Bill, Tom e Miss K ainda não tinham sitio onde ficar.

- Eu acho que a K devia ficar com um quarto só para ela, afinal de contas ela vai ficar cá até ao final do julgamento e nós a meio temos de nos mudar para um hotel… - disse Jost pensando sobre o assunto de forma racional.
- O Jost tem razão! – disse imediatamente Nathalie.
- Então isso quer dizer que eu fico com o Bill? – perguntou Tom colocando uma cara de pânico forçada que fazia com que todos se rissem.
- Na teoria… - disse Bill olhando para Gabi piscando-lhe o olho com um sorriso matreiro.
- Hmmm… Então isso quer dizer que na prática vou ficar com a Nat? – perguntou Tom aproximando-se da amiga para lhe colocar um braço sobre os ombros ao mesmo tempo que lhe fazia olhinhos.
- Não! – disse Nathalie afastando-se dele – Tenho a certeza que encontras outro poiso, não precisas de mim! Não faltam quartos nesta casa!
- Nem penses vir para o nosso! –
disse Jost agarrando-se a Nova como se Tom se constituísse um perigo para as suas noites tranquilas.
- Não te preocupes… - disse Tom passando a língua sobre o piercing que habitava os seus lábios enquanto pensava nos sacrifícios que ia ter de fazer para deixar que o seu irmão e Gabi tivessem o quarto livre todas as noites.

- Bem, então se estamos decididos com a distribuição pelos quartos, querem seguir-me para vos dar a conhecer a casa e escolherem os quartos onde querem ficar? – perguntou Nicky fazendo de anfitriã.
- Claro… - disse Nova, abraçando a cintura de Jost para seguirem Nicky.
- O quarto do rock é nosso! – disse Tom – Tenho imensa pena, mas aquele quarto só fica bem entregue nas mãos de dois músicos!
- Olha a lata dele! –
disse Nathalie a rir – A tua sorte é que para mim é-me indiferente o quarto onde durmo, não sou picuinhas como tu!
- Por mim também… -
disse Gabi – Podem escolher o que quiserem que eu e a Nat ficamos com o rejeitado! Todos os quartos são bons e bonitos!
- Então vamos? –
perguntou Nicky incentivando-os a seguirem-na - Vocês que já conhecem a casa se quiserem escusam de vir atrás, vou só mostrar-lhes o piso de baixo num instantinho e depois quando formos escolher os quartos, vêm connosco!
- Olha que boa ideia! –
disse Tom pegando num pequeno croquete para levar à boca, e olhando para a forma como Miss K estava desconfortável e calada disse-lhe – Vai com a Nicky… Esta vai ser a tua casa nos próximos tempos, convém que a conheças…
- Vou ter muito tempo para isso, mas eu vou… Porque quero! –
disse Miss K com um sorriso provocador nos lábios.

- Uiiii, o que é que foi aquilo? – perguntou Bill ao ver Nicky, Miss K, Jost e Nova desaparecerem em direcção à sala de cinema – É impressão minha ou existe uma picardia qualquer no ar entre ti e a Keri?
- Há sempre alguma coisa no ar entre nós…
- Tom!!! –
disse Nathalie de maneira a chamar-lhe a atenção e a pedir que tivesse respeito por Miss K e as restantes pessoas que não precisavam de ouvir as perversões dele.
- Não estava a pensar nisso!!! – disse Tom a rir, interpretando as suas palavras de forma perversa para perceber aquilo que Nathalie julgava que ele estava a dizer – Juro!!! Há sempre uma química, uma troca de olhares e palavras que nos descontrolam…
- Então vê lá se te aprendes a controlar… -
disse Bill levantando a sobrancelha direita ao seu irmão – Fazes porcaria, e levas! E não estou a gozar Tom!!!
- Sim senhor! –
disse Tom fazendo continência ao irmão de forma divertida.

- Então e fazendo minhas as tuas palavras da última vez que entrámos nesta casa… - disse Gabi aproximando-se de Tom com um sorriso maroto nos lábios – Com qual das duas é que vais ficar?
- Estás assim tão desejosa de me ver fora do quarto para teres o Bill só para ti? –
perguntou Tom humedecendo os lábios.
- Estou mais desejosa em saber quando é que vais contar a verdade à Nicky, ou se vais esperar ser apanhado com a boca na botija para seres obrigado a contar-lhe o que se anda a passar entre ti e a K! - disse Gabi.
- Outra! – disse Tom suspirando de forma audível para mostrar o quanto aquele tema o incomodava.

- Estás mesmo mais interessada nisso do que no momento em que vamos ficar a sós? – perguntou Bill mordendo o lábio inferior ao mesmo tempo que levantava a sobrancelha – É que eu estou prestes a raptar-te… Já não aguento mais estar afastado de ti!
- Seria incapaz de estar mais interessada na desgraça alheia do que no momento em que te tiver para mim novamente… -
disse Gabi sorrindo de forma apaixonada para ele.

- Terra para Bill e Gabi… - disse Nathalie tossindo de forma forçada – É favor controlarem-se… Ainda não têm luz verde para fazerem o que bem entenderem e caso não se lembrem as empregadas da Nicky acham que o Bill e ela são o casal sensação do ano!
- Eu sei… -
disse Gabi suspirando, e afastando-se ainda mais de Bill acrescentou – É melhor afastar-me…
- Vocês estão é a precisar de se comerem! –
disse Tom a rir.
- Com essa sensibilidade toda, não sei como é que tens tantas opções de escolha para onde dormir… - disse Gabi suspirando.
- Se tu soubesses… - disse Tom mandando um beijo aéreo a Gabi.
- Oh excitadinho… Controla as hormonas! – disse Bill dando um empurrão ao seu irmão pela zona do ombro.

- E esta é a sala de estar que vocês já conhecem… - disse Nicky regressando ao ponto de partida com os seus convidados especiais – Vamos até lá acima para escolherem os quartos?
- Vamos! -
disse Tom esfregando as mãos de contentamento, juntando-se ao outro grupo para ir com eles para o piso superior, sendo seguido pelo seu irmão e amigas.

Nicky subiu as escadas que davam acesso ao primeiro piso e começando por uma ponta da casa começou a mostrar os quartos aos seus convidados. Jost e Nova apaixonaram-se pelo quarto dedicado ao cinema e já nem queriam ver os restantes, convictos de que nenhum outro seria capaz de emanar um ambiente tão perfeito. Os restantes, mais uma vez, não tinham sido capazes de lhes negar aquele desejo. Bill e Tom estavam mais que decididos a tomar o quarto do rock de assalto, e as meninas não se opuseram a esse facto. Restava o quarto da moda e o da fotografia. Nenhuma delas se importava de ficar com qualquer um dos dois, mas sabendo que o quarto da moda em tempos tinha pertencido a Bill, Gabi optou por esse, uma vez que ninguém se decidia em que quarto ficar. Nicky mostrou o quarto dela por uma questão de delicadeza e pediu à sua governanta, que os seguia de um lado para o outro, para dar ordem aos seguranças para trazerem as malas de cada um dos seus convidados para os respectivos quartos. E como a viagem tinha sido longa e já tinham chegado perto da hora de jantar, Nicky sugeriu que se resguardassem nos seus quartos a descansar um bocadinho, ou quem sabe até a tomar um banho relaxante, e se encontrassem na sala de jantar às oito da noite. A ideia foi amplamente bem recebida. Todos os presentes recolheram-se até aos seus aposentos com vista a descansarem um pouco, apenas Tom e Bill estavam irrequietos com a excitação de finalmente terem chegado a Los Angeles e terem pela frente desafios tão complicados e estimulantes.

- Neste momento dava tudo para estar com a Gabi… - disse Bill por entre um longo suspiro enquanto se deitava sobre a cama, com as mãos por detrás da cabeça.
- Isso é fácil… - disse Tom humedecendo os lábios, encaminhando-se até à porta do quarto.
- Onde é que vais?
- Chamá-la! -
disse Tom como se fosse a coisa mais lógica do mundo – Vocês não se tocam há uma semana e estão igualmente insuportáveis… É um favor que faço a mim mesmo, patrocinar o vosso reencontro!
- Tu vê lá o que é que lhe dizes!
- Confia em mim…


Tom saiu do quarto e encaminhou-se até ao quarto de Nathalie e Gabi que ficava na ponta oposta do corredor. A meio caminho deu de caras com Nicky que ia a caminho da cozinha para dar ordens e instruções às suas empregadas em relação ao jantar.

- Já me ias fazer uma visitinha? – perguntou Nicky por entre um sorriso feliz por o ter novamente sobre a sua alçada.
- Ainda não… Preciso de falar com a Gabi, estava a caminho do quarto dela… Mas logo à noite… - disse Tom de forma sugestiva.
- Acho que já sabes onde fica o meu quarto de cor e salteado… - disse Nicky abraçando o pescoço de Tom – Sempre que quiseres estar comigo ou dar espaço ao Bill e à Gabi, já sabes onde ir bater…
- Hmmm… Que tentador! –
disse Tom abraçando a cintura dela para a beijar de forma ágil.

- Mas agora tenho mesmo de ir até lá abaixo ou logo não temos jantar… - disse Nicky beijando-o uma vez mais.
- Vai… - incentivou Tom, dando uma palmadinha do rabo dela – Não quero ficar sem o meu jantar…

Nicky beijou Tom uma vez mais, desta feita com um sorriso radioso nos lábios e seguiu caminho até ao piso de baixo. Tom continuou o seu percurso até ao quarto de Nathalie e Gabi e batendo à porta fez-se anunciar e entrou ao ouvir Nathalie dar-lhe permissão para tal.

- Não há ninguém nu? – perguntou Tom enquanto entrava.
- Ah ah ah… O que é que queres? – perguntou Nathalie enquanto desfazia a mala e arrumava as suas coisas numa cómoda, seguindo o exemplo de Gabi.
- Quero que a Gabi vá fazer o meu irmão feliz porque o rapaz anda miserável há uma semana e eu já não o consigo aturar! Ele anda a precisar de beijos, abraços, e esse tipo de coisas… Eu pensei em contratar-lhe uma daquelas senhoras da vida mas achei que não ia fazer o mesmo efeito…
- És tão parvo! –
disse Gabi abanando a cabeça da direita para a esquerda.
- Tratas dele ou não? – insistiu Tom – Ele está no quarto à tua espera…
- Claro que sim! –
disse Gabi largando tudo o que estava a fazer – Já não aguento mais estar afastada dele!
- Então vai lá fazer o meu maninho feliz que ele bem merece! –
disse Tom com um sorriso bem rasgado – Prometo que não vos interrompo…
- Não sejas parvo! –
disse Nathalie suspirando.
- Não sei o que é que pensas que vai acontecer, mas de certeza que não é isso! – disse Gabi que estava desejosa de abraçar, beijar e descansar nos braços do seu amado.
- Depois falamos… - disse Tom rindo da inocência de Gabi.

Gabi saiu do quarto e Tom esfregou as mãos uma na outra, olhando para Nathalie com um sorriso perverso.

- E agora, o que é que essa cabecinha está a pensar fazer? – perguntou Nathalie que já conhecia Tom bem demais para pensar que ele ia ficar inocentemente sentado à espera que o seu irmão mata-se as saudades da sua amada.
- Vou dar uma volta… Circular e estudar o perímetro… - disse Tom piscando o olho a Nathalie – Até já!
- Não te metas em aventuras! –
disse Nathalie vendo-o sair do seu quarto.

Tom abandonou o quarto, deixando Nathalie terminar de arrumar as suas coisas para que pudesse descansar e encaminhando-se até à porta de quarto de Miss K, bateu à porta e abriu-a, enfiando-se lá dentro sem esperar ser convidado para o fazer.

- Não me lembro de te ter convidado a entrar! - disse Miss K que estava naquele momento a sair da casa de banho e ficava tão espantada quanto feliz com a presença dele no seu quarto.
- Desde quando preciso de um convite para estar contigo?
- Estás a ficar muito mal educado…
- Educa-me! –
pediu Tom aproximando-se dela como se de uma presa se tratasse.
- Estou cansada… - disse Miss K afastando-se, andando para o interior do quarto – Gostava de ficar sozinha para descansar…
- Porque é que não descansamos juntos? –
sugeriu Tom com um olhar perverso.
- Não confio em ti para descansar…
- Hmmm… Esperta! Eu também não confiava… -
disse Tom a rir, seguindo-a para o interior do quarto – Então como é que queres fazer a partir de agora para estarmos juntos?
- Eu disse-te que não tencionava estar contigo de forma intima… -
disse Miss K contente por ele querer fazer planos consigo mas mostrando-se sempre altiva e em controlo, pois sabia que isso o deixava ainda mais ligado a si.
- Mas eu tenciono…
- É pena… -
disse Miss K abrindo a sua mala para começar a guardar os seus objectos pessoais e a sua roupa no quarto.

- Não queres sequer provar os meus lábios? – perguntou Tom aproximando-se dela por detrás de forma sedutora, passando as suas mãos pelas costas dela até a abraçar pela cintura e puxá-la para si.
- Não… Já conheço o sabor deles… - disse Miss K com um sorriso sedutor nos lábios, derretida com o modo como ele a queria seduzir.
- Vais-me fazer roubar-te um beijo? – perguntou Tom beijando o pescoço de Miss K com dedicação e prazer.
- Os beijos pedidos não sabem tão bem… Roubados são muito melhores… - disse Miss K virando-se de frente para Tom, abraçando o corpo dele pelo pescoço beijando-o de forma astuta e repleta de desejo, deixando Tom agradavelmente surpreendido.

Tom passeou as suas mãos sobre o corpo de Miss K puxando-a mais para si, com desejo à flor da pele. Aquela mulher era capaz de o deixar louco com as suas provocações. Beijou-a de forma expressiva e devoradora, deixando o piercing que habitava os seus lábios macerarem a pele dela, e a sua língua matar saudades de todos os cantos da sua boca. Sugou o lábio inferior de Miss K e passando as mãos sobre o cabelo dela, olhou-a com profundidade nos olhos ao mesmo tempo que humedecia os lábios.

- Tu és um perigo… - disse Tom beijando-a uma vez mais, desejando poder ir mais longe naquele final de tarde.
- Ainda bem… - disse Miss K de sorriso nos lábios, desprendendo-se do corpo dele regressando à sua mala para continuar a arrumar as suas coisas.
- Ninguém sabe que eu estou aqui…
- … E?
- Vamos aproveitar… -
disse Tom abraçando novamente o corpo dela, beijando-a de forma intensa.
- Não… - disse Miss K afastando-se – Quero descansar antes do jantar…
- Podes descansar a seguir…
- E vou descansar a seguir também!
- Porque é que tens de ser tão má para mim quando eu sei que me desejas?
- Má? Por ter vontade própria e não estar sempre sujeita às tuas vontades? Hmmm… Não me parece… -
disse Miss K de forma provocadora, e olhando para ele de forma igualmente instigadora acrescentou – Esse interesse todo é mesmo por mim, ou estás com problemas com a Nicky? Queres que te empreste o meu perfume para ser mais fácil excitares-te com ela?
- Não me provoques… -
disse Tom mordendo o lábio inferior.
- Não me tentes!
- Instigadora!
- Com muito gosto… -
disse Miss K de sorriso nos lábios – Agora vai… Quero ficar a sós…
- Ok… Vais desejar ter-te aproveitado de mim…
- Será? –
perguntou Miss K encaminhando-se até à porta, para lhe indicar o caminho – Não gosto da ideia de te ver só como um objecto… Gosto de ti mais do que isso…
- Mas eu gosto que te aproveites de mim… -
disse Tom encaminhando-se até à porta ao vê-la abrir a porta do seu quarto de forma descuidada e demasiado perigosa – Gosto mesmo muito dessa ideia…
- Então quem sabe um dia tenhas sorte e eu me aproveite de ti como se fosses o meu brinquedo preferido… -
disse Miss K apalpando o rabo de Tom enquanto ele saía do seu quarto, deixando-o agradavelmente surpreendido – Sem sentimentos, como tu gostas… - acrescentou Miss K fechando a porta na cara de Tom.

- Ãh?! – disse Tom confuso e estupefacto com aquilo que ela dizia e o facto de vir acompanhado por um apalpão e um fechar de porta na sua cara.

Tom pensou em voltar a bater à porta de Miss K para esclarecer aquele assunto mas segundos após lhe ter sido fechada a porta na cara, Nicky apareceu no fundo do corredor e Tom fingiu que andava em direcção ao seu quarto.

- Ainda por aqui? – perguntou Nicky de sorriso nos lábios.
- Parece que sim…
- Muito ocupado?
- Nada ocupado… -
disse Tom passando a língua sobre o piercing que tinha sobre os seus lábios.
- Queres vir um bocadinho até ao meu quarto? Podíamos descansar juntos…
- Devíamos descansar juntos… -
disse Tom com o desejo à flor da pele.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeSex Out 21, 2011 10:52 pm

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[FF] - Kampf der Liebe - Página 17 170de

- Não podemos continuar a dormir juntos… - disse Gabi enquanto vestia o seu pijama de volta – Não gosto nada desta situação… Sinto-me mal pelo teu irmão ter de dormir noutro quarto…
- Duvido que ele se importe… -
disse Bill com um sorriso nos lábios. Estar com Gabi tornava-o numa pessoa simplesmente feliz.
- Mesmo assim… Não me sinto bem em dormir contigo em casa da Nicky… Nunca me senti!
- Eu sei… Mas eu tinha tantas saudades tuas… Não consigo estar longe de ti… -
disse Bill puxando o corpo de Gabi para a cama, deitando-se sobre ela para a beijar de forma doce e apaixonada.
- Não precisas estar longe de mim quando é seguro estarmos juntos… - disse Gabi passando uma mão sobre o rosto dele para o acariciar de forma ternurenta – Mas temos de levar as coisas com calma! Eu não me sinto bem e fico com peso na consciência pelas loucuras que o teu irmão anda a cometer para arranjar guarida à noite…
- As loucuras dele já são um hábito!
- Não com a K e a Nicky debaixo do mesmo tecto… Não gosto nada desta situação… Gosto muito das duas… Não as quero ver sofrer…
- Eu sei amor… -
disse Bill beijando-a carinhosamente, ao mesmo tempo que acariciava o corpo dela com uma mão – Mas temos de deixar as crianças brincarem com o fogo e queimarem-se à vontade… Têm de aprender com os seus próprios erros e traçar os seus caminhos! Eu já falei com o Tom diversas vezes, não vale de nada…
- Mas a Nicky nem sabe do que se passa…
- Será? A Nicky é mais esperta do que julgas… Talvez ela esteja somente a aproveitar aquilo que de bom o relacionamento com o Tom lhe pode trazer e a fechar os olhos ao resto…
- Achas? –
perguntou Gabi preocupada – Não seria melhor eu falar com ela? Investigar o que ela pensa…
- Não… Deixa-os viverem a vida deles… Concentra-te só em mim! –
disse Bill mudando o seu tom de voz para imitar a voz pausada e imperativa de um hipnotizador – Eu sou a voz da tua consciência… O Bill Kaulitz é tudo o que desejas e tudo o que te faz feliz… Beija-o e abraça-o como se a tua vida dependesse dele…
- És tão tontinho! –
disse Gabi a rir, puxando o corpo dele até si para o beijar com vontade.
- E tu tão obediente… - disse Bill a rir mordendo o pescoço dela com determinação e gosto.
- A tua sorte é que eu te amo! – disse Gabi dando uma palmada no rabo de Bill para que ele saísse de cima de si.

Gabi levantou-se da cama e acabando de vestir o seu pijama, calçou os chinelos que tinha trazido calçados nos pés na noite anterior e respirou fundo olhando para o corpo de Bill deitado sobre a cama e o sorriso perfeito que ele exibia nos lábios, sorrindo-lhe de volta.

- Já te disse hoje que adoro ver-te vestir quando acordas de manhã, e que te amo? – perguntou Bill.
- Hmmm… Não…
- Mas a verdade é que adoro olhar para ti enquanto te vestes… E amo-te muito… Tanto quanto à soma do que amo a nossa futura casa, os nossos futuros filhos e os nossos futuros cães…
- Assim tanto? –
derretida com a forma como ele lhe falava no futuro deles.
- Mais ainda…
- O que é que eu fazia sem ti? –
perguntou Gabi suspirando, ao mesmo tempo que se aproximava da cama para depositar um beijo longo e apaixonado nos lábios dele – Bom dia amor…

Bill retribuiu o beijo e o suspiro. Gabi acariciou a face dele e enchendo-se de coragem, saiu do quarto de Bill, tirando a meia que estava na maçaneta da porta, e que na noite anterior Bill tinha insistido em colocar para que Tom soubesse que ele estava ocupado e que não queria ser interrompido. Voltou a entrar no quarto e com um sorriso de orelha a orelha, mandou a meia para cima da cama de Bill e disse:

- Sempre deu jeito…
- Eu disse que ia dar… -
respondeu Bill a rir, pegando na meia para a guardar.

Gabi mandou um beijo aéreo a Bill e voltou a sair do quarto para se encaminhar até aos seus aposentos. Quando ia já a meio do corredor apercebeu-se que a porta do quarto de Nicky se abria e sentiu-se envergonhar por ser apanhada a passear no corredor de pijama àquela hora da manhã. Para meio entendedor, meia palavra bastava. Viu Tom sair do quarto de Nicky e pôde respirar de alívio. Com Tom não tinha que se sentir envergonhada, as situações em que tinha sido apanhada em flagrante com Bill no passado faziam com que aquele simples encontro se tornasse banal. Estavam os dois na mesma situação clandestina.

- Bom dia cunhadinha! - disse Tom com um sorriso bem rasgado.
- Estou a ver que sim… - disse Gabi de sorriso nos lábios – E com esse sorriso acredito que também tenha sido uma boa noite!
- Se quiseres podemos falar sobre o assunto…
- Não, deixa estar! Dispenso! –
disse Gabi de imediato, lembrando-se que com Tom era sempre perigoso mostrar interesse sobre as noites dele porque corria o risco de ouvir mais do que o que queria saber.

- Já posso voltar para o meu quarto?
- Sim… Obrigada… E desculpa ter-te roubado o quarto esta noite, não voltará a acontecer tão cedo!
- Estás à vontade! Vocês andavam a precisar de estar juntos e como vês eu também me mantive entretido por isso toda a gente saiu a ganhar! Sempre que quiseres estás à vontade…
- Mas eu não quero… Não me sinto bem em estar com o teu irmão na casa da Nicky, ainda por cima com tanta gente a andar de um lado para o outro…
- É justo… Se não te sentes bem não tens de ficar com ele por obrigação, ele há-de perceber com certeza!

- E tu estás a planear passar as tuas noites com a Nicky? –
perguntou Gabi deixando que a sua curiosidade vencesse.
- Talvez… Às vezes… Quem sabe… Quando nos apetecer…
- E como é que a K fica no meio dessa história toda?
- A K já deixou bem claro que não quer estar comigo enquanto cá estivermos, por isso…
- Mas não deixa de sofrer por saber que estás com a Nicky…
- Ela é que quis vir para casa da Nicky… Ela sabia para o que vinha…
- Não sejas insensível Tom! –
pediu Gabi que compreendia o lado dele, mas também não o queria ver a perder a sensibilidade e o seu coração transformar-se novamente num coração de pedra.
- A minha situação também não é fácil… O melhor que eu posso fazer é não deixar de ser eu mesmo, porque aí é que vou meter os pés pelas mãos… Não sei ser de outra forma…
- Ok… Fazes o que quiseres, mas tem juízo!
- Isso é que não!!! –
disse Tom a rir como se do diabo se tratasse e estivesse a negar a cruz. Aproximou-se de Gabi para lhe depositar um beijo na testa e acrescentou – Vou indo, preciso de tomar um banho urgentemente…
- Até logo! –
disse Gabi com um sorriso no rosto pelo gesto carinhoso dele.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


- Estás aqui sozinha? – perguntou Gabi ao entrar na sala vinda da piscina e encontrar Miss K sentada num dos sofás a ver televisão – Não queres ir lá para fora apanhar sol?
- Eu estou bem aqui…
- Mas o tempo está óptimo, estão todos lá fora! -
insistiu Gabi percebendo que ela não estava tão bem quanto queria fazer parecer.
- Não estou com vontade…

- É por causa do Tom? –
perguntou Gabi sentando-se ao lado dela no sofá.
- Não… Mas também ainda não me sinto preparada para estar com ele e com a Nicky… Se acontecer alguma coisa, acho que sinto o meu coração despedaçar-se de vez…
- Pensei que estivesses melhor… Tens parecido tão segura de ti mesma e tão forte com tudo o que se tem passado…
- Por fora… -
confessou Miss K timidamente, sem coragem para encarar Gabi nos olhos – Por dentro continuo a mesma menina assustada com tudo o que se passa à minha volta… Prefiro ignorar as demonstrações de afecto deles e as trocas de olhares e palavras…
- Eles não fazem nada disso… -
garantiu Gabi – As empregadas da Nicky eram a fonte primária de informação do Mercier… Aqui dentro e para todos os efeitos, o Bill e a Nicky estão muito apaixonados, e o Tom e a Nicky nunca estiveram juntos na mesma sala sem a presença do irmão… Se fores lá para fora, garanto-te que não vais ver nada que te perturbe!
- Isso é complicado de acontecer…
- Vá lá… Não te deixes ir abaixo agora! –
disse Gabi percebendo que Miss K precisava de uma dose de força e coragem – A Miss K que eu conheço é capaz de deixar o Tom louco com a sua segurança e grandeza… É disso que os homens gostam, de serem provocados e obrigados a correrem atrás de nós, e o Tom adora um bom desafio! Vai lá para fora e mostra-te superior a tudo isto, vais ver que ele vai ficar de queixo caído e a suspirar pelos cantos!

- Ele tem andado um pouco transtornado comigo ultimamente… -
disse Miss K a rir ao recordar a forma sedutora como o andava a provocar e como ele ficava louco de desejo por si.
- Então… Se resulta, continua!

- Já me estava a perguntar onde é que vocês andavam! –
disse Nicky com um sorriso amistoso nos lábios ao entrar na sala e deparar-se com Miss K e Gabi a conversarem no sofá – Estava a falar com a Nat e com a Nova e depois de amanhã vamos fazer um programinha só de meninas! O que acham?
- Acho que estamos a precisar disso! –
disse Gabi adorando a ideia.
- Parece-me uma óptima ideia… - disse Miss K agradada com a ideia e simpatia de Nicky.
- Estávamos a pensar num dia de spa para relaxar e ficarmos ainda mais bonitas!
- Acho que o Bill vai querer colar-se a nós… -
disse Gabi que sabia o quanto o seu namorado adorava mimar-se.
- O Bill já se colou! – disse Nicky a rir – Mas eu disse-lhe que não! É só para meninas e ele não está convidado!

- Mas bem que podia estar… -
disse Gabi pensando no assunto em voz alta – Vocês precisam ser vistos juntos… E se planeássemos as coisas para fazer com que parecesse que tu tinhas ido ao spa com ele? Tipo encontro romântico! Assim se vos apanhassem era mais propaganda a vosso favor… Nós podemos ir noutro carro com a Nat e a Nova e entramos antes para ninguém desconfiar…
- Se achas que isso nos pode ajudar… -
disse Nicky.
- Acho que sim… - disse Gabi pensando racionalmente – Eu voto a favor do Bill nos acompanhar!
- Ok… Vou falar com ele… -
disse Nicky encaminhando-se para o exterior novamente.

- É incrível como és capaz de delinear planos estratégicos com tanta facilidade, quando eles incluem ver a pessoa que amas com outra… - disse Miss K impressionada com a forma como a cabeça de Gabi parecia estar sempre a processar informação e delinear planos para melhorar e alcançar a imagem pretendida por Bill e Nicky Fuller.
- Queres saber qual é o meu segredo? O truque é imaginar que ele é somente meu cliente… E nos dias em que isso não funciona, fingir que estou a pensar no Gus ou no Ge que são as pessoas que na banda me são mais afastadas, porque se pensar que é o Bill que tem de dar o corpo ao manifesto, as minhas ideias para a divulgação deste namoro ficam muito reduzidas… Acredita! E depois é esperar ver o menos possível e saber única e exclusivamente o que é estritamente profissional…
- Eu acredito…
- Porque é que não tentas fazer o mesmo? Ignora o Tom e concentra-te somente em divertires-te e tirares proveito do maravilhoso sol que está lá fora à nossa espera!
- Não sei se sou capaz de o fazer…
- Com treino vais lá! –
incentivou-a Gabi com um sorriso amistoso – … Eu já te disse que sou bastante ciumenta?
- Não! –
disse Miss K impressionada com aquela revelação. Nunca tinha suposto que Gabi fosse ciumenta, pelo contrário, sempre tinha pensado que ela não era o género de pessoa de ter ciúmes do seu companheiro.
- Mas sou… Antes de namorar com o Bill vê-lo com a Nicky era muito complicado, e quando começámos a namorar e ele tinha de fingir que estava com ela, era uma autêntica tortura… Mas respirava sempre fundo, punha o meu melhor sorriso e fingia que não era nada comigo… Tem de ser… Temos de nos mostrar superiores! Os homens não gostam de mulheres fáceis, só mesmo para as comer e deitar fora, se tu conseguires chamar-lhe a atenção e mostrares que te estás a divertir imenso e não precisas dele para nada… Tem-lo a teus pés!
- Eu posso tentar… -
disse Miss K incapaz de recusar uma tentativa. O entusiasmo de Gabi era tanto que devia-lhe isso, por tudo o que ela já tinha feito por si e Tom.
- Não perdes nada em tentar!
- Tens razão…
- Então anda… -
disse Gabi levantando-se do sofá puxando Miss K por uma mão até ao exterior da casa.

Miss K olhou para as espreguiçadeiras perto da piscina e viu Nicky Fuller a falar animadamente com Bill e do outro lado da piscina, Tom e Nathalie sentados nas escadas que davam acesso à água a apanharem banhos de sol. Sentiu o olhar dele recair sobre si e sorriu de forma tímida, recebendo um sorriso por parte dele também.

- Tens aqui uma cadeira livre… - disse Gabi apontando para a cadeira que estava ao lado de Nova.
- Obrigada… - disse Miss K aproximando-se da espreguiçadeira.

- Está combinado… O Bill vai connosco ao spa! disse Nicky contente por poder reunir alguns dos seus amigos numa tarde relaxante e divertida.
- Tens a certeza que é boa ideia? – perguntou Bill com um olhar triste a Gabi. Não a queria magoar.
- Óptima! É o melhor para vocês… - disse Gabi tentando sorrir e mostrar-se forte, vendo Miss K olhar para si percebendo que ela compreendia agora a força que um sorriso podia ter, mesmo que por dentro Gabi não gostasse de ver o seu namorado num falso dia romântico com outra pessoa.

- Amanhã o vosso contrato acabava… - disse Jost por curiosidade.
- Precisas mesmo de falar sobre isso? – perguntou Bill chateado. Tocar naquele assunto e no facto de estar afastado de Gabi por mais tempo, deixava-o mal disposto.
- Só o disse por curiosidade… - disse Jost levantando as mãos no ar como se não quisesse que Bill o julgasse por aquela afirmação inocente.
- Este contrato foi uma loucura! – disse Bill respirando fundo, e abraçando Nicky acrescentou - A única coisa boa no meio disto tudo foi conhecer-te pequeno furacão!
- Podes ter a certeza… Tu revolucionaste a minha vida! –
disse Nicky apertando o corpo de Bill com força.

Miss K deu consigo a observar o modo como Nicky e Bill se abraçavam e não percebeu se aquele sentimento era puro ou uma encenação para que olhos indiscretos vissem manifestação de carinho entre eles. Olhou para Gabi e percebeu que ela ignorava o acontecimento e se encaminhava para a ponta oposta da piscina para se juntar a Tom e Nathalie nas escadas. Respirou fundo e percebendo que Nicky e Tom mantinham uma boa distância de segurança, e que o seu coração estava a salvo, começou por despir o vestido que ocultava o seu bikini. Ao pousá-lo sobre a espreguiçadeira, olhou de soslaio para Tom e viu-o passar a língua insistentemente sobre o piercing que habitava os seus lábios ao mesmo tempo que olhava para o seu rabo. Miss K riu-se. Aquele era o seu Tom, não havia como lhe escapar as curvas de uma mulher bonita.

- Junta-te a nós! – disse Gabi incentivando Miss K a ir para perto de Tom em vez de se acanhar e excluir.
- Já vou… Vou só pôr creme… - disse Miss K com um sorriso nos lábios, vendo Tom sentar-se mais direito para poder ter uma melhor visão da sua pessoa.
- Queres ajuda para pôr creme nas costas? – perguntou Nova que estava sentada na espreguiçadeira ao seu lado.
- Se não te importares… - respondeu Miss K agradada com a simpatia dela, sentando-se de costas voltadas para Nova de modo a que ela conseguisse colocar-lhe o creme sem ter de se mexer muito.
- Claro que não… - disse Nova pegando numa porção de creme para barrar as costas de Miss K, ao mesmo tempo que ela colocava creme no resto do corpo.

Miss K olhou para Tom e viu os olhos dele pregados em si. Gabi apercebia-se de tudo e ria-se para Miss K que lhe devolveu um sorriso contente e provocador. Ouviu o riso característico de Bill irromper por entre o silêncio da natureza e olhou para ele para perceber que falava de forma animada com Nicky e Jost. Respirou fundo, agradeceu a Nova o facto de lhe ter colocado creme nas costas, e sabendo que Tom tinha um fascínio pela sua barriga e o seu piercing no umbigo, levantou-se e virou-se de frente para ele para acariciar a sua barriga de forma lenta e provocante com creme protector. Tom olhava para ela de forma abrasada, não parava de humedecer os lábios ou morder o lábio inferior em contenção de nervosismo. Miss K estava nas nuvens, nada podia ser melhor do que sentir que era capaz de ter um efeito sobre ele através de estímulos somente visuais. Tom estava longe de deixar de desejar o seu corpo e isso era meio caminho andado para ele a querer por perto. Miss K colocou os óculos de sol e encaminhou-se até às escadas da piscina, sentando-se ao lado de Nathalie. Olhou para Tom e sorriu-lhe, recebendo um sorriso contido e afogueado de volta. Tinha muito para aprender com Gabi sobre o espécime masculino.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Esperou que toda a gente saísse da piscina para se recolher nos seus aposentos e tomar um banho para se preparar para o jantar, e percebendo que ela se ia deixando ficar para último somente para o provocar, segurou no braço dela impedindo-a de partir. Tom olhou em seu redor e certificando-se de que estavam a sós, arrastou Miss K por entre a janela entreaberta que dava acesso ao escritório, e fechou a porta à procura de alguma privacidade. Naquele dia ela tinha um olhar que o estava a provocar de forma preocupante, tudo o que desejava era rasgar a pouca roupa que ela tinha sobre o corpo e possui-la de forma animal. Aproximou-se dela de forma selvagem e tomando a sua cintura nos braços, esmagou-a contra o seu corpo beijando-a vorazmente, sentindo a respiração dela adensar sobre os seus lábios e as suas mãos abraçarem-no acariciando cada centímetro da sua pele desnudada, provocando-o de forma arrepiante. Naquele momento sentia-se capaz de cometer uma loucura. Arrastou o corpo dela por entre aquele beijo fogoso de encontro a uma das estantes cobertas de livros que ocupavam aquele espaço, e sentiu uma mão dela cravar as unhas sobre a sua pele de forma dolorosamente magnífica. Levou ambas as mãos ao rabo dela e incitou-a a subir para o seu colo. Queria devorá-la. Miss K empurrou o peito de Tom para trás e tentando controlar a respiração e o bater descontrolado do seu coração, saiu de ao pé dele, tentando retomar algum equilíbrio.

- Isto não pode acontecer… Não aqui… Não enquanto estás com ela… - disse Miss K passando uma mão sobre a cabeça.
- Eu preciso de te ter…
- Eu sei… -
disse Miss K mordendo o lábio inferior apercebendo-se que ele estava loucamente excitado – Mas vais ter de te controlar…
- Não sei se consigo… -
disse Tom puxando o corpo dela até si para a beijar como se daquele beijo dependesse a sua sobrevivência – Estive a tarde toda controlado… Agora só me quero descontrolar…
- Já tiveste o teu momento de descontrolo, agora acalma as hormonas… -
disse Miss K empurrando o corpo dele sobre uma poltrona fazendo com que ele caísse sobre ela.

Tom agarrou-se ao braço de Miss K e puxou-a consigo sobre a poltrona, agarrou na face dela e beijando-a de forma selvagem até que ela cedesse aos seus lábios e ao seu corpo, começou a acariciar o corpo dela em direcção ao seu rabo e às suas pernas, puxando-a ainda mais de encontro a si. Miss K deixou-se ceder. As mãos de Tom roçavam o seu corpo de forma tão perfeita, era difícil dizer que não. Sentiu as mãos de Tom apoderarem-se a sua feminilidade e nesse momento acordou do êxtase em que se encontrava, levantando-se rapidamente do colo de Tom.

- Não…
- Tens a certeza?
- Não… Claro que eu te quero… -
disse ela por entre uma respiração conturbada – Mas não assim…
- Não penses… Deixa-te levar…
- Isso é o que eu costumo fazer, e é isso que me deixa sempre magoada… Desta vez vai ser diferente… -
disse Miss K encostando-se à secretária de Nicky.

- Porque é que não podes simplesmente aproveitar-te de mim? – perguntou Tom levantando-se para ir até Miss K e colar o seu corpo ao dela, abraçando-a pela cintura para que ela se deixasse levar pelo desejo – E que conversa foi aquela ontem de dizeres que um dia te aproveitavas de mim como um brinquedo e sem sentimentos? O que é que te leva a querer que é disso que eu gosto?
- Não é?
- Não… Isso tornava tudo menos intenso e mais insípido… Eu quero os sentimentos… Quero todos os teus sentimentos… -
disse Tom passando uma mão sobre o peito de Miss K, ao mesmo tempo que mordia o seu piercing e a fitava nos olhos – É isso que te torna diferente e especial… A força e a intensidade com que te entregas… Mesmo quando estamos nos nossos dias mais selvagens, transpiras paixão por todos os poros… - disse Tom levando o seu nariz ao pescoço dela para a cheirar de forma intensa, e beijá-la de seguida.
- Não é paixão… - disse Miss K inclinando o pescoço para o lado para que ele se apoderasse dele – É amor…
- Então nunca me deixes de amar… -
pediu Tom lambendo o pescoço dela, sugando a sua pele de seguida.
- Não sou capaz, mesmo que queira… - disse Miss K acariciando a nuca dele, puxando o seu rosto para o beijar de forma doce e apaixonada, como somente uma mulher que o amasse muito seria capaz de o beijar, e olhando-o fundo nos olhos acrescentou – Quero fazer amor contigo…
- Eu também… -
disse Tom puxando uma perna dela para redor do seu corpo.

Miss K deixou que Tom pegasse na sua perna, e quando o sentia preparado para atacar os seus lábios e possuir o seu corpo, segurou na face dele com ambas as mãos, mantendo-o à distância, olhando-o intensamente.

- Não quero sexo… Quero fazer amor contigo… - disse Miss K de forma sussurrada, roçando os seus lábios nos dele – Lentamente… De forma a sentir cada toque, cada beijo, ouvir cada som, cada respiração nossa…
- Eu não sei fazer amor… -
disse Tom largando o corpo dela sem saber o que fazer e como reagir àquilo que parecia ser um pedido e uma sugestão dela.
- Sabes… Eu conheço um Tom que era capaz de fazer amor da forma mais perfeita que existe…
- Então talvez o devesses procurar… -
disse Tom afastando-se do corpo dela, perdendo qualquer vontade de permanecer naquele escritório.
- É o que vou fazer… - disse Miss K percebendo que o tinha assustado - E quando o encontrar, vou fazê-lo um homem muito feliz…
- Não tenho dúvidas disso… -
disse Tom tentando fugir à conversa, ajeitando os seus calções de banho que pareciam ter ganho mais espaço.

- Tu sais pela porta e eu pela janela? – sugeriu Miss K percebendo que tinha conseguido afastar Tom de si.
- Parece-me um bom plano… - disse Tom evitando olhá-la nos olhos.
- Então até ao jantar… - disse Miss K encaminhando-se até à janela sem se despedir ou olhar para trás duas vezes.

Saiu do escritório com o coração nas mãos. Tinha falado demasiado. Talvez não devesse ter expressado as suas vontades mais íntimas a Tom, ele ainda não estava preparado para as ouvir.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeSáb Out 22, 2011 7:15 pm

gostei do muito do capitulo **

sua fic vicia em garota Razz
cotinue liebe Very Happy

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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeDom Out 23, 2011 8:14 pm

AnDrEa \o/ \o/ \o/


OoOoOHhhHhhhhh Obrigadaaaaaaa \o\ \o\ \o\
Fico contente k vc esteja gostando assim tanto!!!



* * * KiSsEsSSss * * *





171

[FF] - Kampf der Liebe - Página 17 171kj

- Foram seguidos até aqui? – perguntou Gabi a Bill e Nicky assim que eles chegaram ao spa.
- Acho que não… - respondeu Bill.
- Também não reparei em nada estranho… - disse Nicky vendo Gabi, Miss K, Nova e Nathalie já de roupão e chinelos, prontas para começarem a primeira massagem de relaxamento do dia – E então meninas, preparadas para serem mimadas?
- Meninas e menino… -
disse Bill a rir, tossindo de forma falsa e forçada.
- Claro… - disse Nicky a rir em coro com as restantes meninas – Meninas e menino!

- O nosso príncipe encantado também tem de tomar conta da sua imagem, senão a princesa vai preferir o cavalo a ele… -
disse Nathalie que estava bem animada.
- A minha princesa seria incapaz de preferir o cavalo! – disse Bill sorrindo para Gabi de forma apaixonada.
- Não devias estar a olhar para mim … - disse Gabi em alemão para que ouvidos indiscretos não a percebessem – Fora de casa eu não sou a princesa de ninguém!
- És sim… -
respondeu Bill em alemão – És a minha princesa onde quer que vás e onde quer que estejamos…

- Não estou a perceber nada… -
comentou Nicky.
- Nem queres perceber, eles só estão a dizer disparates! - disse Nathalie abrindo os olhos a Bill em forma de repreensão – Deviam era estar caladinhos que faziam melhor figura…
- Sim mãezinha! –
disse Bill de sorriso nos lábios.

- As senhoras que vão fazer a massagem das pedras quentes, queiram-me acompanhar por favor… - disse uma massagista que se aproximou deles devagarinho.
- Somos nós! – disse Nathalie entusiasmada.
- Até já… - disseram Nova e Gabi aos que ficavam, entusiasmadas com o que as esperava.
- Não vais? – perguntou Bill a Miss K.
- Não, eu escolhi uma massagem tailandesa…
- Adoro massagens tailandesas! –
disse Nicky pensando para si mesma que ia pedir o mesmo.
- Eu também! - disse Miss K de sorriso nos lábios.
- Eu acho que também vou para a das pedras quentes, nunca experimentei mas deve ser óptima para relaxar… - disse Bill por entre um suspiro de quem já antevia o prazer de ser mimado uma tarde inteira – Bem, vou-me preparar…
- Vai, vai… -
incentivou Nicky, recebendo um beijo terno na testa por parte de Bill – Eu não tarda nada vou fazer o mesmo…

- Talvez seja melhor ires-te preparar também… -
sugeriu Miss K à medida que Bill se afastava em direcção ao balneário masculino.
- Já vou… Queria só trocar uma palavrinha contigo… - disse Nicky de forma tímida, deixando Miss K preocupada – Queria-te pedir desculpa por andar tão ausente e não te andar a prestar muita atenção…
- Oh, não tem problema, a sério! –
disse Miss K aliviada por aquele ser o tema de conversa de Nicky e ela se mostrar tão atenciosa consigo.
- Nos últimos tempos a minha vida tem sido uma confusão: é o processo, o final das gravações, a mudança de manager… Tudo acumulado pesa, gostava de poder dedicar-te mais tempo para nos conhecermos melhor e para te sentires mais à vontade por cá…
- Não tem problema, tenho-me sentido muito bem recebida! Somos tantos, é natural que também não tenhas tempo para tanta gente e que tenhas as tuas coisas para tratar… Obrigada por me teres convidado para vir ao spa
- Era o mínimo que podia fazer! Acho que estamos todas a precisar de um dia de relaxamento para nos prepararmos para o que vem por aí…
- Vai ser complicado… -
disse Miss K suspirando.
- Oh se vai! – respondeu Nicky suspirando também – Mas hoje não é dia para pensarmos nisso… Agora é melhor ir-me preparar senão fico para trás…
- É melhor! –
disse Miss K sorrindo pela naturalidade e simpatia dela – Até já…
- Até já! -
disse Nicky de sorriso nos lábios afastando-se em direcção ao balneário feminino.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Deitadas sobre umas marquesas de relaxamento após a primeira massagem, Bill e as meninas tomavam um chá relaxante e trocavam algumas palavras e experiências de como tinha decorrido a primeira ronda de miminhos.

- Acho que amanhã não me mexo! – disse Nicky a rir.
- Somos duas… - disse Miss K.
- A massagem tailandesa é muito agressiva… - comentou Nathalie – Por isso é que prefiro uma mais suave quando se trata de relaxar. Só gosto das tailandesas quando preciso mesmo que me estalem os ossos!
- Mas como amanhã também não temos nada para fazer… -
comentou Gabi desculpando as dores que Miss K e Nicky sentiam.
- Eu tenho… - disse Nicky de forma triste – Tenho de ir aos estúdios… Telefonaram-me hoje de manhã a dizer que precisam de mim…
- Queres que vá contigo? –
perguntou Bill.
- Não é preciso… - disse Nicky contente por Bill querer estar consigo.
- Mas podia ser bom… - disse Gabi olhando de forma tímida para Bill – Principalmente se hoje a vossa vinda até aqui passou despercebida…
- Depois pensamos nisso… Agora vamos só aproveitar…. –
disse Nicky encostando-se para trás, fechando os olhos.

- Estava a pensar amanhã ir à psicóloga… - disse Gabi quebrando o silêncio que se tinha instaurado.
- Queres que fale com ela para marcar uma consulta? – perguntou Nicky querendo ajudar Gabi no que podia.
- Se não te importasses… - respondeu Gabi de forma tímida. Ainda não tinha falado sobre aquele assunto com Bill.

Bill olhou para Gabi com algum espanto e preocupação. Será que ela se continuava a sentir magoada e debilitada por tudo o que lhe tinha acontecido? Será que se escondia por detrás de uma máscara de felicidade e contentamento quando estava consigo mas no fundo sentia-se desmoronar em dor? Sentiu um aperto no peito e por mais que quisesse manter-se calado para não dar nas vistas, não era capaz. Amava-a demais para não se preocupar com ela.

- Gostava de ir contigo… - disse Bill.
- É muito arriscado… - disse Gabi percebendo pelo olhar dele a dor que ele carregava.
- Acho que também preciso de ajuda para superar o que aconteceu… - disse Bill arranjando aquela desculpa (que no fundo não era mais que a verdade) para justificar acompanhar Gabi até à sua consulta – Preciso de aprender a controlar a raiva e o sentimento de culpa que me consome…
- Talvez possas ir noutro dia… -
sugeriu Nicky tentando ajudá-los a ambos.
- Nem noutro dia! - disse Gabi pensando de forma racional, e falando em alemão para que ouvidos indiscretos não a percebessem acrescentou – Ia dar muito nas vistas se a Nicky nos arranjasse uma consulta com a mesma pessoa… A psicóloga sabe o que aconteceu comigo… Se tu lá apareceres no dia a seguir a contar uma história igual, basta juntar dois mais dois para perceber que tu e a Nicky vivem uma farsa e que na realidade tu andas comigo!
- E o sigilo médico - paciente? –
relembrou Bill que queria muito acompanhá-la e estar do seu lado naquele momento difícil.
- É melhor não contar com isso… - disse Gabi.
- Ela nunca contou nada sobre o segredo da Nicky… E esse é bem pior do que o nosso namoro! – relembrou Bill para que Gabi confiasse mais na psicóloga.
- Não nos vamos arriscar! Nem por mim, nem pelo que aconteceu… E não há sequer discussão possível em relação a isto! – disse Gabi de forma imperativa.

Nicky preparava-se para dizer algo, mas sentiu o olhar de Nathalie recair sobre si como se lhe pedisse para ficar calada, e conteve-se percebendo que aquele era um momento intimo entre os dois e que se devia remeter ao silêncio.

- Eu não consigo ver-te assim… - disse Bill suspirando ao mesmo tempo que enterrava a cabeça nas mãos – Quero estar contigo… Quero apoiar-te, ajudar-te… Não suporto ver-te mal e fragilizada por causa daquele filho da puta… Tudo o que mais desejo é matá-lo com as minhas próprias mãos e…
- Pára… -
pediu Gabi de forma praticamente inaudível, sentindo os olhos prestes a alagarem em lágrimas – Eu estou bem… Só quero falar um bocadinho…
- Porque é que não falas comigo? –
perguntou Bill olhando para ela de forma intensa e entristecida.
- Eu falo… Mas há coisas em que tu não me podes ajudar… Há assuntos que têm de ser resolvidos com um médico…

- Eu também preciso de ajuda… -
disse Bill olhando para ela com o coração nas mãos.
- Eu sei… - disse Gabi deixando que uma lágrima escorresse sobre o seu rosto de forma dura e silenciosa. Sabia o quanto Bill estava a sofrer com tudo o que tinha acontecido e como também ele precisava de ajuda para superar aquele percalço que tinha acontecido na vida de ambos.
- Não chores amor… - disse Bill sentindo uma vontade imensa de ir ter com ela e abraçá-la com força. O seu coração sentia-se despedaçar.
- Eu não queria que te sentisses assim por causa de mim…
- Um dia vai passar… -
assegurou Bill levando as mãos à boca e aos olhos para tentar conter aquilo que sentia e os impulsos que brotavam do seu corpo – Vai correr tudo bem…

O ambiente estava pesado, nenhum dos presentes sabia o que dizer ou como reagir à dor que os seus amigos exibiam de forma tão demarcada no seu interior. A força do amor de Bill e Gabi era forte e grandiosa. A vida conjunta deles tinha sido até então, tão dura e debilitante que era impossível alguém ficar indiferente à dor que via espelhada no semblante de Bill e de Gabi. Apenas Nicky não percebia ao certo o que tinha acontecido, embora percebesse que algo de muito grave tinha sido ali discutido e que isso tinha deixado tanto Bill como Gabi de lágrimas nos olhos e corações desfeitos.

- Mudemos de assunto… - disse Nathalie retomando ao inglês, procurando dar alguma paz de espírito a Bill e Gabi e fazer com que o ambiente desanuviasse.

- Amanhã também estou a pensar sair… - disse Nova na tentativa de mudar de conversa.
- Ai sim? Onde vais? – perguntou Nathalie tentando puxar outro tema de conversa.
- Eu e o David estivemos a falar e… Estamos a pensar arranjar casa em LA e mudarmo-nos para cá… - disse Nova com um grande sorriso nos lábios.
- A sério??? – perguntou Nathalie sem estar nada à espera daquela novidade.
- Mas isso é uma grande notícia!!! – disse Nicky contente por saber que ia poder tê-los perto com regularidade.
- Sim… - disse Nova de sorriso terno no rosto – Sempre foi um sonho de ambos e ontem à noite falámos sobre o assunto e estamos desejosos de procurar casa, e conhecer melhor a cidade … Estamos a pensar primeiro alugar um sítio onde ficar, e depois se gostarmos, compramos…

- E os Tokio Hotel? –
perguntou Nathalie.
- Eles agora passam muito tempo aqui… E provavelmente vão gravar aqui o próximo álbum… O David diz que hoje em dia com a internet não há qualquer inconveniente em morar aqui e trabalhar na Alemanha… E quando precisar dá lá um pulinho…
- O Jost não me falou de nada… -
disse Bill voltando à realidade e ficando magoado com o facto de Jost que era seu amigo de longa data e companheiro de trabalho não lhe ter dito nada.
- Só falámos nisto ontem à noite… Vamos ficar cá à experiência… Se não der bom resultado, voltamos para a Alemanha… - disse Nova justificando o seu amado.
- Nem sei o que dizer… - disse Bill conturbado com a notícia.
- Ele queria falar contigo e com os rapazes em privado… Desculpa ter-te dado assim a noticia… - disse Nova percebendo que tinha deixado Bill ainda mais prostrado – Espero que ele não fique chateado por eu ter falado de mais, mas estou muito contente com esta aventura que nos preparamos para viver e queria partilhar convosco…
- Espero que sejam muito felizes… Desejo-vos toda a felicidade do mundo! -
disse Gabi tentando ser positiva em relação a tudo, sentindo que Bill estava longe de ficar feliz com aquela noticia e com a forma como ela lhe tinha sido dada num momento em que estava tão sensível.
- Ia adorar ter-vos aqui! – disse Nicky que era visivelmente a pessoa que tinha ficado mais feliz com a noticia – Podem contar comigo para tudo o que precisarem!
- Obrigada… -
disse Nova e olhando para Bill percebendo que ele não estava estar feliz, acrescentou – Não fiques triste… Gostávamos muito que ficasses feliz por nós… É algo que já desejávamos há muito tempo e que ontem tomou novos contornos…

- Não sei porque é que nunca ouvi falar sobre isso… -
disse Bill olhando de soslaio para Nathalie à procura da confirmação de que tudo aquilo era uma novidade para eles, vendo-a encolher os ombros igualmente surpresa.
- O que interessa é que sejamos todos felizes… - disse Gabi olhando para Bill com o coração nas mãos.
- E quantos dos que aqui estamos, podemos dizer que somos verdadeiramente felizes? – perguntou Bill com alguma ira dentro de si, e olhando para cada uma delas instigou-as com os seus nomes – Nat? Nicky? K? Nova? … Gabi?
- Eu sou verdadeiramente feliz… -
disse Gabi percebendo que ele não estava mesmo nada bem.
- Eu também… - disse Nova.
- Eu nunca fui tão feliz como agora… - disse Nicky.
- Eu acho que já não sei o que é ser feliz há muito tempo… - confessou Nathalie sentindo-se abater por aquela conversa.
- Eu prefiro nem falar sobre isso… - disse K timidamente, pensando em quão complicada a sua vida tinha sido até então, e como só se tinha sentido realmente feliz a partir do momento em que o seu coração tinha começado a bater desenfreado pelo irmão de Bill.

- Com licença… - disse uma empregada do spa entrando na sala onde eles estavam – Acho que já estão aqui há muito tempo! Que me dizem de passarem para a sala dos jacuzzis? Sou capaz de vos arranjar dois jacuzzis para estarem todos juntos se assim desejarem…
- Parece-me perfeito! –
disse Nicky olhando para os seus amigos recebendo a confirmação deles para passar para a sala dos jacuzzis – Vamos a isso…

Levantaram-se das marquesas onde estavam sentados e deitados, e seguindo a empregada que os tinha ido buscar, foram até uma sala privada onde podiam ver dois grandes jacuzzis para que pudessem estar à vontade. A empregada anunciou que os ia chamar para um envolvimento em chocolate seguido de uma sessão de aromaterapia dentro de quarenta e cinco minutos e que até lá os ia deixar em privado para que aproveitassem os efeitos relaxantes do jacuzzi. Gabi olhou à sua volta e percebendo que não haviam câmaras à vista, puxou Bill à parte para falar com ele enquanto as suas amigas entravam no jacuzzi e emitiam sons de contentamento pela temperatura da água.

- Não és feliz comigo? – perguntou Gabi sentindo que a sua felicidade dependia das palavras de Bill para sobreviver.
- Claro que sou… - disse Bill desejando mais do que tudo abraçá-la com toda a sua força – Só tu és capaz de me manter feliz nos meus dias mais negros…

- Amo-te muito… -
disse Gabi levando a mão que continha o anel que ele lhe tinha oferecido como símbolo do seu compromisso, aos lábios para o beijar de forma doce – Só te quero ver feliz…
- Estar a sós contigo e ser livre para te amar era tudo o que me fazia feliz neste momento…
- Eu sinto o mesmo… -
disse Gabi sentindo uma vontade excruciante de o abraçar, justificando-se racionalmente para que aquele abraço pudesse existir, e sem se conter abraçou o corpo dele com toda a força que possuía, depositando um beijo amoroso na bochecha dele sussurrando-lhe – Assim que for seguro procuramos um psicólogo juntos… Quero estar ao teu lado para sempre…
- E eu ao teu… Custa-me muito ver-te ir à psicóloga e saber que não te posso ajudar, nem sequer acompanhar… Queria tanto estar contigo…
- Eu sei… -
disse Gabi soltando o corpo dele por entre um longo suspiro – E um dia vais estar…
- Um dia, meu amor... –
disse Bill pegando na mão de Gabi que continha o anel para o levar aos seus lábios e beijá-lo – Um dia…

- Devíamos ir para o jacuzzi… -
disse Gabi que tinha plena noção que já se estavam a arriscar muito, mas que estava encantada com aquele minuto a sós com Bill que lhe tinha sabido a um pedaço de céu – É melhor ficarmos cada um no seu…
- Concordo… -
disse Bill que não se sentia capaz de se manter longe de Gabi por muito tempo – Gabi…
- Sim…
- Esta noite vem ter comigo… Quero muito estar contigo…
- E o teu irmão?
- Ele desenrasca-se… Preciso de ti…


Gabi olhou para Bill de forma timidamente inocente e abanou a cabeça de cima para baixo em aprovação daquele pedido, e sorrindo de forma tímida voltou para junto das suas amigas, entrando no jacuzzi de Nathalie e Miss K, suspirando de amor como se ela e Bill fossem um casal de amantes muito apaixonado que se encontrava às escondidas de todos.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


- Chegaram as meninas!!! – disse Tom ao ver Bill e as suas amigas entrarem pela porta de casa.
- Finalmente!!! – disse Jost levantando as mãos ao céu.

- Então como é que correu? – perguntou Tom vendo um sorriso na cara delas à medida que elas e Bill se aproximava de si e de Jost que estavam sentados na sala a ver televisão.
- Perfeito… - disse Nicky sentando-se num dos cadeirões da sala por entre um longo suspiro de relaxamento total.
- Vocês iam adorar! – disse Nova sentando-se no colo de Jost, beijando-o de forma apaixonada.
- Ninguém nos convidou… - disse Tom em tom de birra – Só o Bill é que teve autorização para ir…
- Vocês não disseram que queriam ir! –
disse Gabi em protecção de Bill.
- E vocês passaram o dia a receber massagens e miminhos e nós ficámos aqui… Fechados em casa… A deprimir… - disse Jost seguindo o tom de birra de Tom.
- Deve ter sido mesmo isso! – disse Bill sentando-se num sofá.
- Se ficaram fechados em casa e a deprimir foi porque quiseram! – disse Nathalie.

Miss K aproximou-se do sofá e apercebendo-se que o único espaço livre para se sentar era ao lado de Tom, trocou um olhar tímido com ele e sentou-se ao seu lado. Desde o incidente do escritório que Tom a evitava e parecia fugir de si. Podia ser apenas impressão sua, mas para um Tom que estava sempre disposto a pôr-lhe as mãos em cima, ignorá-la era no mínimo estranho. As suas palavras tinham ecoado fortemente em Tom, arrependia-se de alguma vez as ter proferido.

- Ouvi dizer que amanhã vais ver casas… - disse Bill a Jost como quem não queria a coisa.
- Sim… - disse Jost olhando para Nova que lhe pedia desculpa com o olhar por ter falado cedo demais – Gostava de ter sido eu a contar…
- Vais ver casas aqui? Em LA? –
perguntou Tom estranhando aquela novidade, levantando-se do sofá para ficar de pé em frente a Jost e participar na conversa.

Miss K sentiu o seu coração enfraquecer. Tom não era capaz de estar ao seu lado, nem de olhar para si. Tinha ido longe demais naquilo que lhe tinha dito, Tom demonstrava uma atitude infantil e amedrontada, como se as suas palavras fossem capazes de o aprisionar a algo que ele não queria para o seu futuro.

- Sim… Eu e a Nova estivemos a falar e gostávamos muito de nos mudarmos para cá… - disse Jost percebendo pela atitude de Tom e o modo como Bill olhava para ele que a ideia não era bem recebida – Aqui não nos falta trabalho, está sempre bom tempo, temos cá alguns amigos…
- E nós? –
perguntou Tom sentindo que mais uma vez estava a ser abandonado.
- Vocês continuam a ser os meus melhores amigos e continuaremos a trabalhar juntos… Quando acabámos a produção do Humanoid vocês disseram que queriam gravar o vosso próximo álbum aqui… Agora têm mais uma razão para o fazer… Quem sabe virem passar uma temporada por cá enquanto gravam… - disse Jost levantando-se para se aproximar de Tom e dar-lhe um abraço – E sempre que for preciso eu vou ter convosco à Alemanha… Eu não vos estou a deixar, nem a abandonar!
- É bom que não estejas… -
disse Tom abraçando o seu amigo.
- Olha que nós sabemos onde moras, conhecemos a tua família e somos bem capazes de ir atrás de ti! – disse Bill levantando-se para o ir abraçar.
- Sim… - acrescentou Tom, e referindo-se ao seu pai acrescentou - O outro cabrão que nos abandonou foi capaz de não deixar rastro, mas tu não te escapas!
- Não vos tenciono abandonar! –
disse Jost abraçando Bill – Vou só aventurar-me numa vida nova, mas tenciono manter tudo o resto mesma!


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Rolou sobre a cama macia, transportando-a nos seus braços e beijou-a com todo o desejo que o consumia e que queimava no seu interior com uma chama viva e inesgotável. Sentiu as mãos de Gabi roçarem ao longo do seu corpo e agarrou-a com mais força, levando uma mão ao seu cabelo, e a sua língua a devorar de forma esfomeada o interior da boca dela. Mordeu o lábio inferior dela, ouvindo-a soltar um leve gemido que o estimulava, e roçou os seus lábios de encontro aos dela em direcção ao seu pescoço para a beijar, morder e sugar com desejo e devoção.

- Eu passo o dia todo contigo e mesmo assim estou cheio de saudades tuas… - disse Bill passando uma mão sobre a face dela, ao mesmo tempo que lhe dava um beijo terno – Não acho isto normal…
- Eu acho óptimo e maravilhoso! –
disse Gabi com um sorriso feliz nos lábios.
- Tudo o que me apetece fazer é abraçar-te e beijar-te… - disse Bill levado pela paixão, e olhando para ela de forma instigadora perguntou-lhe – Tu enfeitiçaste-me? És uma bruxa e eu não sei?
- Não… Sou uma fada e vim dar cor à tua vida…
- Nem tu sabes quanta… -
disse Bill atacando os lábios dela num beijo devorador.

- Tu fazes-me muito feliz… - disse Gabi entranhando os seus dedos no cabelo dele, acariciando a sua nuca como sabia que ele gostava – Tens sido o melhor amigo e o melhor companheiro que alguma vez tive…
- O melhor? –
perguntou Bill com um sorriso perverso nos lábios.
- Dos melhores!!! – disse Gabi com entusiasmo para que ele percebesse que ninguém se assemelhava a ele – Mas por mais que o teu apoio, a tua compreensão, a tua amizade, o teu carinho, e o teu amor me encham o coração e me ajudem a cicatrizar… Eu preciso de ouvir as palavras de alguém que me pode ajudar mentalmente a lidar com tudo o que aconteceu…
- Eu sei… E eu quero que fiques bem… -
disse Bill deitando a sua cabeça no peito acolhedor dela, ao mesmo tempo que acariciava a sua pele desnudada – Gostava era de ser capaz de ser tudo aquilo que precisas para ficar bem… Achas que sou egoísta por pensar assim?
- Não… -
disse Gabi apertando-o com força de encontro ao seu corpo por entre um longo suspiro – Acho que és a coisa mais fofa que alguma vez se cruzou comigo… Acho que me amas muito para sofreres como sofres por mim e para quereres ser tudo aquilo que me faz feliz… E eu adoro a forma como me amas e me completas…
- A sério? –
perguntou Bill de sorriso nos lábios, levantando a cabeça para olhar para ela nos olhos.
- Sim…
- Amo-te… -
disse Bill depositando um beijo enternecedor nos lábios dela – Quando voltarmos para a Alemanha quero muito conhecer a tua família… Quero tornar-me numa realidade para eles… Tenho uma vontade imensa de te pertencer e amar…
- Acho que será a altura certa para isso… -
disse Gabi de sorriso nos lábios, acariciando o rosto dele com a ponta dos seus dedos – Quero muito que faças parte da minha vida na totalidade...

- Contaste-lhes aquilo que aconteceu contigo em Berlin? -
perguntou Bill por curiosidade – … Por causa do Mercier…
- Mais ou menos… Contei uma versão mais leve do que aconteceu… Tinha de lhes contar o motivo pelo qual vinha para LA e estava envolvida no processo… Até porque se eles não soubessem por mim, no futuro podiam vir a saber pela comunicação social e eu tinha de evitar isso a todo o custo… Optei por ocultar a parte mais dolorosa da história e limitei-me a contar que tinha sido ameaçada com uma mensagem que era suposto chegar até ti…
- E o que é que os teus pais disseram?
- Disseram que se o meu trabalho ia ser assim tão perigoso que talvez devesse procurar outro…
- Eles vão-me odiar… -
disse Bill enterrando a cabeça no peito de Gabi, fechando os olhos.
- Não vão nada… - disse Gabi afagando o seu cabelo para o tranquilizar.
- Claro que vão… Não gostam da minha imagem, tenho a história com a Nicky no meu passado, ponho a filha deles em risco, e ainda a desencaminho na minha cama todas as noites… Acho que não tenho sorte com os teus pais!
- Pode ser que eles nos surpreendam… Era bom!
- Era óptimo!!!

- Acho muito fofo que queiras ser bem aceite na minha família e que isso signifique tanto para ti, sabias? –
perguntou Gabi segurando na cara dele com ambas as mãos para o olhar nos olhos.
- Não…
- Mas acho… -
disse Gabi puxando os lábios dele até aos seus para o beijar docemente.

Gabi começou por levar as suas mãos até às costas de Bill, acariciando-o ao mesmo tempo que o beijava e procurava também ela desencaminhá-lo naquela noite. Por mais que desejasse manter-se longe de Bill de forma intima enquanto estavam em casa de Nicky, algo nele corrompia sempre o seu coração e ela não era capaz de se manter fiel aos seus princípios.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeDom Out 23, 2011 9:11 pm

de nada liebe :p
nao tem que agradeçer, so disse a verdade, sua fic está linda :p

gostei do capitulo (como sempre :&)

bill e gabi tao fofinhos **
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeTer Out 25, 2011 9:16 pm

Andrea Baumann escreveu:
de nada liebe :p
nao tem que agradeçer, so disse a verdade, sua fic está linda :p

gostei do capitulo (como sempre :&)

bill e gabi tao fofinhos **


Aweeeeeeeeeeeeeee = ) Ki bom ki você gostou \o\ \o\ \o\




172

[FF] - Kampf der Liebe - Página 17 172xd


Naquele dia, a casa de Nicky Fuller parecia ter sido atingida por uma onda de paz e sossego. Todos tinham dormido até tarde, relaxado na piscina durante grande parte do dia, e agora que o dia estava prestes a terminar, Gabi tinha saído para ir à consulta com a psicóloga, Nicky e Bill tinham ido passar a tarde no estúdio, Nova e Jost a passearem-se pela cidade e a visitarem imobiliárias que lhes apresentassem casas como as dos seus sonhos, e apenas Tom, Miss K e Nathalie permaneciam em casa, descontraidamente na sala de cinema a ver um filme, enquanto esperavam que os outros chegassem para se arranjarem e irem todos jantar fora.

Tom continuava a ignorar Miss K. Há três dias que se recusava a olhar para ela, muito menos fazer uma aproximação. Miss K andava triste e com o coração nas mãos, a atitude de Tom magoava-a muito. Lembrava-se no passado de ter declarado o seu amor por ele e dele gostar de ouvir falar sobre os seus sentimentos. Porque é que agora o assustavam tanto? Porque é que tinha de se retrair daquela forma, só porque ela tinha expressado a sua vontade em estar com ele de forma mais íntima e envolvente? Não era capaz de tirar os olhos dele e desejar que Nathalie os deixasse a sós por um momento para que ela fosse capaz de esclarecer o que se passava. Foi por isso mesmo que vendo Nathalie abandonar a sala de cinema para ir à casa de banho, se levantou do lugar onde estava sentada e sentou-se na cadeira que ficava ao lado da dele. Tom olhou para si com curiosidade, mas logo desviou a cabeça em direcção à grande tela, não dando importância àquela aproximação.

- Quando é que estás a planear voltar a falar-me e a olhar para mim como um ser humano? – perguntou K virando-se de lado, prestando apenas atenção a Tom.
- Estás a dizer que eu não te trato como um ser humano??? – perguntou Tom franzindo a testa, sem tirar os olhos do filme.
- Olha para mim… - disse Miss K segurando no rosto de Tom pelo queixo, virando-o para si, obrigando-o a olhá-la nos olhos – Sinto falta de ter os teus olhos em mim…
- Estou a ver o filme…
- Até há três dias atrás não existia nenhum filme neste mundo que fosse capaz de roubar a tua atenção de mim… O que é que se passa? Foi por causa daquilo que eu te disse? Ficaste frio e distante depois disso…
- Vocês mulheres têm de estar sempre a analisar tudo! Se é porque disse é porque disse, se é porque não disse, é porque não disse… Ninguém vos percebe! Não querias distância de mim? Disseste que não querias nada comigo enquanto estivéssemos cá… Estou a respeitar a tua vontade… -
disse Tom soltando o seu queixo da força das mãos dela.

- Também te disse que queria fazer amor contigo…
- Sim… -
disse Tom voltando a olhar para o filme, ignorando aquele assunto.
- Em qualquer lado, em qualquer lugar…
- Isso não disseste…
- Estou-te a dizer agora… -
disse Miss K aproximando-se de Tom, pegando numa trança dele, brincando com ela por entre os dedos – … Porque é que tens medo de sentir? Cada dia que passa eu morro um bocadinho por dentro por estar longe de ti…

Nathalie estava naquele momento a entrar na sala de cinema, e ao ouvir aquilo que Miss K dizia, deu meia volta e regressou para trás. Tom e Miss K estavam a ter uma conversa séria, ou deveras comprometedora, e talvez fosse melhor deixá-los a sós já que Nicky Fuller se encontrava longe de casa e eles podiam ter algum espaço para falar à vontade.

- Sentir só traz dor… - disse Tom olhando para a mão de Miss K que brincava com a sua trança de forma entretida.
- Não… Sentir pode ser maravilhoso!
- Eu só te faço sofrer, como é que és capaz de dizer isso? –
perguntou Tom sem perceber que força e que coragem auto-destrutiva ela era capaz de ter no seu interior para ser tão masoquista e insistir em estar ao seu lado, em querer amá-lo e desejá-lo se tudo o que ele lhe podia trazer era sofrimento.
- Não vou dizer que não me faças sofrer… Neste momento estou a sofrer por ti… Por sentir que não me desejas, que não me queres ao teu lado, que me preferes ignorar a enfrentar que eu te amo… - disse Miss K olhando-o nos olhos desejando passar uma mão sobre o rosto incomodado e ferido dele para o assegurar do seu amor – Mas tu fazes-me tão feliz só com um olhar, imagina com o resto… Eu não sei aquilo pelo que já passaste, mas sei que não tens de ter medo de sentir, de deixares-te ir, de confiares em alguém… De confiares em mim, que só te quero bem!
- Pois… Tu não sabes o que foi a minha vida até aqui…
- Então conta-me… -
pediu Miss K levando a sua mão até ao rosto dele para o acariciar e fortalecer – Nunca me falas sobre ti, sobre a tua vida… Quero saber tudo… Quero sentir que confias em mim e me queres ao teu lado…
- Porquê? –
perguntou Tom olhando para ela com estranheza. Nunca nenhuma outra mulher tinha sido capaz de lhe tocar daquela forma e de querer quebrar as suas defesas de forma tão insistente.
- Tu sabes a resposta a essa pergunta… Tu sabes que é porque te amo!

- Ninguém quer ouvir falar sobre as desgraças dos outros… Tudo o que querem é ouvir as histórias glamourosas de uma vida feliz e rica com tudo o que se deseja… -
disse Tom desprendendo-se do filme na totalidade, sentindo-se abater por uma tristeza que tinha sido desenterrada do seu peito no dia em que tinha visto Miss K partir de sua casa
- Eu não! Eu quero ouvir as histórias reais… As histórias do Tom que eu conheço, com todas as suas qualidade e defeitos, mas principalmente com todas as suas fragilidades de ser humano…
- Eu não gosto de me sentir vulnerável…
- Mas és… Somos todos… Tu já me viste vulnerável tantas vezes, achas que isso me torna mais fraca? Que sou inferior a ti porque choro?
- Não… Acho que és muito forte, muito corajosa por sentires e viveres a vida de forma tão aberta… Eu não sou capaz… Gostava de ser, mas não sou…
- Experimenta… -
sugeriu Miss K passando uma mão sobre o peito dele, olhando-o nos olhos.

- O que é que queres ouvir de mim? – perguntou Tom sentindo uma ligeira raiva associada à sua tristeza por ela insistir em querer puxar aquela tema que o fragilizava tanto – Queres que declare o meu amor por ti?
- Não… Quero que me digas aquilo que tens preso em ti, e não aquilo que achas que eu quero ouvir…
- Queres que te diga que não confio nas pessoas? Que toda a gente se quer aproximar de mim por interesse? Que tudo o que vêem é fama e dinheiro? Que não posso andar na rua porque sou sempre atacado por uma legião de raparigas aos gritos que me vêm como um pedaço de carne? Que o meu pai me abandonou quando eu era uma criança e nunca foi capaz de me procurar? Nunca mostrou interesse em conhecer-me? –
disse Tom sentindo lágrimas corromperem o seu olhar – Ou queres que te diga que uma das únicas raparigas que amei foi capaz de me trair de forma cruel e vir para os jornais contar as nossas histórias? Que nunca tive muitos amigos mas que fui capaz de perder quase todos quando me tornei famoso? Que tenho medo do Mercier? Que morro de medo que ele faça alguma coisa ao meu irmão ou à minha família? O que é que queres que te diga? O que é que queres de mim? Queres-me ouvir dizer que tenho medo de me apaixonar por ti para depois ter de sofrer e viver sem ti quando me abandonares?
- Eu nunca te vou abandonar! –
disse Miss K sentindo duas lágrimas quentes escorrerem dos seus olhos, emocionada com a forma pura e sentida como Tom pela primeira vez se abria consigo – Tudo o que eu quero é proteger-te… Odeio todos aqueles que algum dia te magoaram, e todos aqueles que no futuro te irão magoar… Eu só te quero fazer feliz… Só te quero amar! Abandonar-te a ti era abandonar-me a mim também… Já passei por isso quando me pediste para ficar longe de ti… Tornei-me numa morta-viva… Sem vontade de lutar, sem força para viver… Eu nunca te vou abandonar! – disse Miss K procurando os braços dele para o abraçar com força. Tudo o que desejava era sarar o coração dele e presenteá-lo com o seu amor e segurança – Não tenhas medo de sentir… Não comigo… Eu não sou como as outras…
- Eu não quero chorar… -
disse Tom agarrando-se ao corpo dela sem conseguir conter as lágrimas que escorriam do seu rosto – Detesto chorar…
- Comigo estás seguro… Chora…


Tom deixou-se ficar abraçado a ela, chorando a sua dor em silêncio. Miss K sentia o seu corpo estremecer, e o seu ombro ficar molhado com a frustração e a mágoa que Tom carregava em si. Eram muitos anos a engolir as maldades e as falsidades das pessoas que o rodeavam. Eram muitos anos a sentir-se incapaz de amar, um objecto por entre as mulheres que passavam na sua vida. Eram muitos anos a esconder os seus sentimentos e colocar uma máscara sobre si. Tom teria de ser muito corajoso para tirar a máscara e sentir sem medos, nem receios.

- Eu não te deixei de desejar… - disse Tom acariciando a face chorosa dela, olhando alternadamente para os seus olhos e lábios – Mas eu não quero sofrer… E não quero que sofras com falsas esperanças de que um dia eu vou ser capaz de te amar e dar aquilo que mereces… Eu não sou uma boa pessoa, tu mereces mais do que isto…
- Algum dia me viste queixar daquilo que me dás? –
perguntou Miss K pegando no rosto dele, acariciando-o com ambas as mãos – Não… Nem nunca vais ver… Estou disposta a esperar por ti o tempo que for necessário… Mesmo que isso signifique continuar a ver-te com outras, continuar a sentir-me rejeitada… E sabes porquê? Porque sei que no dia em que te sentires capaz de me amar, como eu sei que és capaz de me amar… Nesse dia, serei a mulher mais feliz do mundo! Nesse dia o passado não vai importar, vai ser uma página virada, e nós… Nós vamos ser tão felizes Tom! Prometo… Vou fazer da minha missão de vida tornar-te o homem mais feliz e realizado do mundo!!!
- Tu mereces melhor… Alguém que te respeite, que te ame, que…
- Eu não sou uma santa! Nunca fui! Talvez esteja a pagar pelos meus erros… Ou talvez seja apenas alguém que apareceu no teu caminho para te dar esperança e força e dizer-te que tu consegues tudo o que quiseres e que tens um coração do tamanho do mundo mesmo que o escondas por baixo de uma capa sedutora e divertida…

- Eu quero perder o medo de amar… -
disse Tom timidamente – Quero aquilo que o meu irmão tem com a Gabi… Tenho inveja deles… Do amor deles, da união, da amizade, da liberdade… Quero saber que existe alguém assim para mim… Que não vou acabar os meus dias sozinho, acompanhado por desconhecidas interessadas na minha fama e no meu dinheiro… Não quero ficar sozinho para sempre… Tenho medo…
- Se depender de mim nunca vais ficar sozinho… -
disse Miss K sentida com tudo aquilo que Tom lhe dizia naquele dia.

- Eu sei que não te mereço, mas quero que sejas feliz, e sei que talvez outro homem te fosse capaz de fazer feliz… Mas eu matava quem se aproximasse de ti neste momento… Tu és minha… Eu preciso de ti… Não ia suportar ver-te virar-me as costas…
- Sim… Eu sou tua… Só tua e de mais ninguém… -
disse Miss K acariciando o rosto dele – Mas enganaste quando dizes que outro homem me seria capaz de fazer feliz… Ninguém é como tu… Tu és único e infinitamente especial… Ninguém seria capaz de me fazer sentir como tu me fazes sentir… Ninguém! ... És tu que eu amo, és tu que eu quero, és sempre tu… Por isso mete nessa cabecinha que tu me mereces, e que nunca te terás de transformar num assassino psicopata porque eu não sou sequer capaz de olhar para outro homem que passe por mim na rua… Percebes?

Tom olhou para Miss K e acenou afirmativamente com a cabeça por entre um sorriso feliz e envergonhado. Tinha perdido a capacidade de falar. As palavras dela ecoavam dentro do seu peito. Queria acreditar que tudo aquilo era verdade, queria voltar a acreditar no amor e ter esperança de ser capaz de a amar da forma incrível como ela o amava. Puxou o corpo de Miss K até si e deixou que os seus lábios a beijassem de forma terna e meiga, agradecendo todo aquele apoio, amor e dedicação que ela tinha por si. Sentiu os braços de Miss K envolverem-no e por entre o seu beijo o som se um suspiro ser liberto em plena felicidade. Libertou-se dos lábios dela e sentiu uma das mãos de Miss K encostar a sua cabeça ao peito dela, enquanto acariciava as suas costas com uma ternura sem fim. E perante o silêncio terno e sentido que se fazia sentir, ouviram alguém entrar pela porta de rompante, embargada por um cansaço de quem tinha corrido até lá.

- O Bill e a Nicky estão a chegar!!! - disse Nathalie avisando-os para que eles se precavessem daquilo que estavam a fazer.
- Obrigada… - agradeceu Miss K a Nathalie com um sorriso doce nos lábios, e pegando na face de Tom, beijou-o de forma doce e disse – É melhor eu ir…
- Sim… É melhor… -
concordou Tom sentindo as suas barreiras voltarem e o seu coração a fechar-se em si mesmo.
- Amo-te… - disse Miss K beijando os lábios dele uma última vez.

Miss K levantou-se e quando se preparava para sair daquele espaço, sentiu uma mão de Tom travar o seu corpo. Virou-se para trás e olhou para ele, curiosa e expectante com aquilo que ele tinha para lhe dizer.

- … E a Nicky? – perguntou Tom querendo clarificar aquilo que Miss K sentia e pensava em relação ao que se passava entre ele e Nicky Fuller - Como é que ficam as coisas com a Nicky?
- Eu respeito a tua decisão de não contares nada à Nicky… E percebo que queiras estar com ela… Ela é uma pessoa incrível e eu também não quero magoá-la… Tu és livre de fazer aquilo que queres fazer… -
disse Miss K sentindo o seu coração mirrar – Mas um dia gostava que fosses só meu…
- Eu não consigo… -
começou Tom por dizer. Por mais que tivesse aberto o seu coração a Miss K era muito complicado imaginar-se somente com uma pessoa, mesmo que essa pessoa o amasse tanto quanto ela. Miss K merecia melhor, merecia alguém que fosse capaz de a amar sem medo.
- Eu sei… Mas eu vou ficar à tua espera o tempo que for preciso…
- Vou-te magoar…
- Eu confio em ti…


Miss K beijou Tom de forma terna e passando uma mão sobre o rosto dele sorriu-lhe e encaminhou-se para o exterior da sala de cinema respirando fundo, sentindo-se privilegiada por ter vivido aquele momento tão verdadeiro e transparente com ele. O verdadeiro Tom era ainda mais bonito que a máscara que Tom colocava no rosto todas as manhãs. Talvez um dia fosse capaz de o ver mais frequentemente. Talvez um dia ele fosse capaz de a amar sem receio.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


- Estás aqui… - disse Nicky contente por o ter encontrado, mas surpresa por Tom estar refugiado na sua estufa interior – Andava à tua procura… O Bill pediu-me para te dizer que a Gabi não vai dormir no vosso quarto esta noite, mas que vai ficar por lá um bocadinho para eles falarem e estarem juntos…
- Ok, obrigado… -
disse Tom meio apático e perdido nos seus pensamentos.

- O que é que se passa contigo? – perguntou Nicky aproximando-se dele para o ver com um olhar triste que lhe partia o coração – Estás estranho desde o jantar…
- Estou cansado e a precisar de pôr a cabeça em ordem…

- Queres que te deixe sozinho?
- Não… -
disse Tom aproximando-se ainda mais dela para a abraçar de forma terna – Quero ficar assim durante um bocadinho, pode ser?
- Claro… -
disse Nicky abraçando o corpo dele, descansando a sua cabeça no peito de Tom – … Se quiseres falar…
- Não… Só te quero sentir… -
disse Tom beijando o topo da cabeça dela apertando-a com ainda mais força.

Nicky deixou-se ficar em silêncio aproveitando a doçura invulgar que os braços de Tom lhe proporcionavam naquela noite. Aquele Tom era diferente do habitual, era mais sereno, mais introspectivo, mais amoroso e capaz de amar.

- Sinto-me seguro assim… - disse Tom fechando os olhos ao mesmo tempo que inspirava fundo.
- Eu também… Tu sempre foste capaz de me fazer sentir segura mesmo nos momentos mais tenebrosos da nossa intimidade…

- Achas que eu sou frio e insensível? –
perguntou Tom separando-se do corpo dela para a olhar nos olhos à espera de resposta – Que por não ter facilidade em amar me tornei numa pessoa mesquinha e desapegada dos outros?
- Claro que não!!! Que disparate!!! –
disse Nicky achando tudo aquilo um absurdo – E se alguém te disse isso é porque não te conhece bem! Tu tens um coração enorme, tão grande quanto o do teu irmão!
- Ninguém mo disse… Estava só a pensar….
- Não penses nisso então, não tens razão nenhuma para duvidar de ti mesmo! –
disse Nicky depositando um beijo doce nos lábios dele, em busca de fazê-lo esquecer aquilo que ia no seu pensamento.

- Ultimamente tenho-me sentido mais sensível que o costume… - disse Tom afastando-se dela para andar até ao baloiço e sentar-se nele como se fosse uma criança indefesa – Detesto isso… Não sou capaz de olhar para mim mesmo ao espelho… Quando vejo os outros a chorar ou a sofrer sinto apego e vontade de ajudar e fazer qualquer coisa para que as pessoas se sintam bem… Mas quando é comigo, não… Não consigo olhar para mim mesmo e deixar de me sentir fraco…
- Os homens também choram, sabes? –
disse Nicky sentando-se ao colo de Tom abraçada ao seu pescoço, encostando o seu rosto ao dele em forma de carícia.
- Eu não… - disse Tom respirando um pouco mais fundo – Eu deixei de chorar há muito tempo... Acreditas em karma?
- Sim… Mas mais que isso acredito num Deus bondoso que nos acolhe nos seus braços e nos guia… Nos dá fraquezas para as vencermos e tornarmo-nos mais fortes!
- Talvez esteja a pagar por todo o mal que já fiz…
- Duvido que tenhas feito assim tanto mal a alguém para sofreres consequências disso… E se fizeste… Deus há de te perdoar! Duvido que Ele não goste de ti…
- Acreditas mesmo nisso?
- Sim…


Tom sorriu com a doçura e simpatia dela e abraçou-se a ela beijando-a de forma ternamente querida. Passou uma mão sobre os seus cabelos longos e apercebeu-se que ela olhava para ele com um sorriso nos lábios como se estivesse a pensar em algo.

- Em que é que estás a pensar? – perguntou Tom sorrindo em retorno.
- Em como mudaste desde que te conheci…
- Isso não é bom… -
disse Tom perdendo o sorriso que tinha nos lábios – Eu não quero mudar…
- Às vezes as mudanças acontecem de forma gradual e quando menos esperamos sentimo-nos capazes de algo que antigamente nos parecia impossível… Olha para mim… Eu sempre pensei que não seria capaz de me aproximar de um rapaz de forma mais íntima, mas tu e o teu irmão quebraram todas as minhas barreiras e deram-me a segurança que eu precisava para me entregar a vocês de alma e coração… Vocês fizeram-me mudar e eu estou-vos muito grata por isso, mesmo que ao inicio tenha sido muito complicado…
- Mas eu gosto da vida que levo… Gosto de sair, divertir-me, ser independente e ter a liberdade de fazer o que me apetece…

- É isso que te assusta? Perderes a tua liberdade?
- Não sei… Acho que tenho mais medo de a perder sem valer a pena, do que de a perder só por perder…
- Duvido que alguma vez a vás perder sem que valha a pena… E se queres que te diga… -
disse Nicky sentando-se de frente para ele, com uma perna de cada lado do seu corpo – Duvido que algum dia a vás perder totalmente… Nós somos muito parecidos nisso… Somos como pássaros, voamos muito de poiso em poiso e gostamos de voar… Quem se aproximar de nós com o intuito de nos cortar as asas não é bem-vindo… Quem as afagar e cuidar delas é bem-vindo ao nosso lado…
- Tens razão… Seria incapaz de estar com alguém que me quisesse cortar as asas… Quem quiser estar comigo tem de aprender a viver ao meu ritmo porque eu não tenho vida para viver ao ritmo de outra pessoa, e para te dizer a verdade, também não quero ter… Gosto de ser um líder, e não um seguidor…
- Eu sei… -
disse Nicky levando os seus lábios ao pescoço dele para o beijar ao mesmo tempo que impulsionava o seu corpo sobre o dele para dar balanço ao baloiço e juntos andarem para a frente e para trás com os seus corpos unidos como um só.

Tom deixou que ela pegasse no seu rosto e de forma doce, sentiu-a beijar os seus lábios com uma doçura e um amor com que raramente se lembrava ter sentido os seus lábios serem beijados. Queria abraçar o corpo dela mas tinha de se segurar ao baloiço ou ambos acabariam no chão, uma vez que ela só estava segura ao seu corpo e nada mais. Sentiu a cabeça dela pousar no seu ombro e por entre um longo suspiro deixou-se ficar no silêncio da noite a balouçar-se com Nicky nos seus braços. Sentia-se dentro de um dos muitos filmes de Nicky.

Sentia uma segurança diferente quando estava com Nicky Fuller, de quando estava com Miss K. Sentia-se estranhamente mais seguro com Nicky, como se ambos fossem debilitadamente frágeis e precisassem do apoio um do outro para progredirem e tornarem-se mais fortes. Sentia-se de igual para igual quando estava com ela. Lembrava-se de haver um tempo em que a sua segurança e destreza o tornavam de alguma forma superior e capaz de a comandar através da sua sedução e sexualidade, mas naquele dia, o seu coração estava tão vulnerável, que Nicky era apenas aquela amiga que era capaz de o compreender porque vivia a mesma vida que ele: uma vida rica em fama e dinheiro, repleta de interesses e oportunistas. Estava mais confuso que nunca. Duvidava de si mesmo, daquilo que queria e de tudo o que o circundava, incluindo a vida que tinha escolhido para si mesmo e o que isso acarretava. Nunca seria capaz de largar a música, mas talvez não fosse má ideia aprender a viver dela de outra forma. Tudo o que sabia é que se sentia incrivelmente bem colado ao corpo de Nicky a baloiçar naquela estufa idílica. Era mais parecido com ela do que alguma vez se tinha apercebido disso. Também ele tinha cicatrizes e feridas que não tinham sarado desde a sua infância, também ele era condicionado por elas na sua vida adulta.

E perante o silêncio que penetrava a noite de forma tão perfeita, Nicky sussurrou-lhe ao ouvido.

- Se estás a pensar em abrir mão de mim para teres a tua liberdade de volta…
- Estava longe de pensar nisso! Pelo contrário, estava a pensar o quanto somos parecidos e em como me fazes sentir bem… -
disse Tom beijando o pescoço dela como sabia que ela gostava.
- Não sei que semelhanças encontras em nós!
- Um dia conto-te…
- Mas gosto de te fazer sentir bem… Gosto de saber que retribuo aquilo que me dás… -
disse Nicky beijando-o lentamente, sentindo o doce sabor dos lábios deles prolongar-se no seu gosto.

- Posso dormir contigo? – perguntou Tom com um olhar indefeso.
- Claro… - disse Nicky abraçando-se a ele com mais força. Sentia-se feliz com ele por perto.
- Apetece-me adormecer assim nos teus braços…
- Não consigo pensar numa maneira melhor de acabar o meu dia…

- Importas-te que esta noite só durmamos? –
perguntou Tom com medo de ser rejeitado por não tencionar fazer mais do que dormir e sentir-se seguro nos braços dela.
- Claro que não… Queres que eu te embale nos meus braços, coce as tuas costas, afague o teu cabelo e te cante uma canção até adormeceres no meu peito?
- Isso parece-me perfeito… -
disse Tom com um sorriso doce nos lábios, procurando beijá-la.
- Estás a precisar de colinho…
- Acho que sim… -
disse Tom com alguma dificuldade. Era estranho reconhecer que queria sentir-se amado e acariciado sem ser de forma sexual.
- Eu trato de ti… - disse Nicky dedicando-se aos lábios dele com um carinho muito especial por ele.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeQui Out 27, 2011 8:04 pm

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[FF] - Kampf der Liebe - Página 17 173sm

- Aqueles gajos agora passam o dia a ver casas… - queixou-se Tom de Jost e Nova.
- É normal, se eles estão a pensar em mudar-se para LA, convém que vejam casas e vão conhecendo a cidade… - disse Nathalie desculpando os amigos da intransigência de Tom.

Tom respirou bem fundo e fechou os olhos aproveitando o sol que se fazia sentir naquela colina. Ainda não tinha digerido bem a ideia de Jost querer-se mudar para Los Angeles, e deixá-los ao abandono na Alemanha, mas aparentemente ia ter de aprender a viver com aquela decisão pois eles não pareciam interessados em mudar de opinião. Deixou-se ficar de olhos fechados até ouvir uma das empregadas de Nicky aproximar-se dela e anunciar algo que o deixava de queixo caído.

- Menina Nicky… - disse a empregada – A Menina Amber está à porta…
- Deixe-a entrar! –
disse Nicky não percebendo o porquê da empregada lhe estar a pedir autorização para que uma das suas melhores amigas entrasse em sua casa.

Tom olhou instintivamente para Bill e viu-o levantar uma sobrancelha em forma de desagrado. Olhou para Nicky e apercebeu-se que ela se levantava e preparava para enrolar um lenço à volta do corpo e ir receber Amber à porta. Nem parecia importar-se com o facto dele estar presente. Há muito tempo que não estava com Amber, mas ainda sentia uma tensão latente no seu interior, proveniente dos últimos dias que tinham passado juntos e de onde tinha resultado a sua aproximação a Nicky. Olhou para Miss K e viu-a entretida com Gabi e Nathalie no interior da piscina, mas apercebendo-se que Tom olhava para ela, sorriu-lhe, recebendo um sorriso tímido e preocupado em retorno. Miss K estava longe de imaginar o furacão que estava prestes a conhecer. Sentou-se sobre a espreguiçadeira e ao ver Nicky e Amber atravessarem a sala para irem até à zona da piscina, levantou-se e tirou os óculos de sol, pensando que uma boa maneira de se escapar de Amber, era entrando na piscina. Pousou os óculos sobre uma mesinha ao lado da espreguiçadeira e quando circundava a piscina para procurar um sitio onde mergulhar, ouviu aquela voz que tão bem conhecia.

- Tommm! – gritou Amber correndo até ele para o abraçar e depositar um beijo escaldante nos seus lábios – Estava cheia de saudades tuas!
- Olá Amber… Tudo bem? Já não te via há imenso tempo… -
disse Tom de forma tudo menos entusiasta.
- Tudo óptimo… - disse Amber pressionando o seu corpo de encontro ao dele, levando uma mão até à masculinidade de Tom para o apalpar, sentindo-o tentar desviar-se da sua mão, sem sucesso. E por entre um sorriso perverso e atrevido acrescentou – E contigo parece que continua tudo em ordem…
- Amber!!! –
disse Tom afastando-se dela.

Tom apercebeu-se que Nicky tinha perdido aquele cumprimento entusiasta, uma vez que tinha ficado no interior da sala a dar ordens a uma das suas empregadas. Já Miss K olhava para ele num misto de incredulidade e espanto. Quem era Amber e porque é que ela se aproximava de Tom daquela forma? Era óbvio que a intimidade deles era mais que muita, mas se ela era amiga de Nicky, porque é que não tinha vergonha na cara e não se ia fazer ao homem de outra pessoa? Partilhar Tom com Nicky Fuller não era tarefa fácil, partilhá-lo com o mundo era impossível do seu coração suportar. Respirou fundo e olhando para ele com um olhar triste e recriminatório de quem não percebia o que se estava a passar, virou-lhe costas para não ver aquilo que não queria e ignorou a presença de Amber.

- Ouvi dizer que vocês andavam por estas bandas e não resisti em vir dar-vos um beijinho! – disse Amber pousando as suas coisas numa espreguiçadeira que estava livre – Fico mesmo contente em poder rever-vos a todos…
- Como estás Amber? –
perguntou Bill ao ver Tom entrar para dentro da piscina e Miss K instintivamente procurar uma escada para sair e regressar à sua toalha. A chegada de Amber trazia ainda mais problemas para o seu irmão.
- Não vês… - disse Amber tirando o vestidinho que trazia, para ficar somente em bikini fio dental, dando uma voltinha sobre si mesma para que todos os olhos ali presentes pudessem observá-la – Estou óptima!
- Parece que sim… -
disse Bill sentindo a sua visão ser fortemente afectada pelo desfile escultural do corpo de Amber e um olhar ameaçador vindo de Gabi.
- Mas vocês também estão muito bem… O tempo faz-vos bem… - disse Amber observando o corpo de Bill por entre os seus óculos de sol, e apercebendo-se que não conhecia o corpo perfeito que acabava de sair da piscina e se juntava a Bill nas espreguiçadeiras acrescentou Hmmm… Eu não te conheço… Mas algo me diz que vou ter imenso prazer em conhecer-te…
- A mim???
perguntou Miss K sem perceber ao certo se era a si que ela se referia, e percebendo que Amber olhava para si com uma vontade devoradora de a possuir, acrescentou – Duvido! Mas o meu nome é Keri…
- Keri, tão deliciosa como a Halle Berry… -
disse Amber rindo-se da sua própria piada sem que nenhum dos presentes o fizesse.

A tensão era mais que muita. Miss K olhou para Tom de forma altiva e sentindo-se ofendida pela presença da nova amiga dele, pensou em recolher-se no seu quarto ou ir dar uma volta até ela desaparecer da sua frente, mas percebendo que Amber era competição, deitou-se na espreguiçadeira e deixou-se ficar por perto, talvez aquela tarde ainda fosse tornar-se interessante.

- Pedi que nos fosse servido um lanche especial com cocktails na piscina! – anunciou Nicky ao entrar novamente na área da piscina.
- Aí está uma boa ideia! – disse Bill que precisava de beber algo que aligeira-se o seu pensamento. Amber vinha munida de sedução e preparada para atacar.
- Perfeita… Mas tenho uma ainda melhor… E se nos embebedássemos e fizéssemos uma orgia? – sugeriu Amber a rir.
- Amber!!! – disse Nicky chamando a atenção da sua amiga para os seus excessos de entusiasmo – Menos… Ainda nem começaste a beber e já estás assim?
- Sabes como é amor… É preciso estar sempre em festa… -
disse Amber fazendo olhinhos a Nicky, deixando-a ainda mais incomodada.

- Mas e então, contem coisas… - pediu Amber, sentando-se na espreguiçadeira começando a colocar creme sobre o seu corpo, e virando-se para Nicky e Tom perguntou – Vocês sempre se andam a comer?
- Amber!!! –
disse Nicky abrindo muito os olhos para a sua amiga, na tentativa de a calar de vez. Quando Amber queria ser desbocada, ninguém a conseguia parar.
- Amber nada!!! Abri mão daquele pedaço de homem para que vocês percebessem de uma vez por todas que foram feitos um para o outro, por isso o mínimo que podem fazer para me tornar feliz é dizerem-me que estão juntos e que as vossas noites são tão divertidas como eu sempre desejei que fossem… Embora na minha cabeça as vossas noites também me incluíam a mim, mas quem sabe, um dia… A esperança é a última a morrer, e convenhamos que já estivemos mais longe disso vir a acontecer… - disse Amber aparentemente muito divertida com a sua conversa, deixando todos os outros sem saber o que dizer ou fazer.
- AMBER!!! – disse Nicky sentindo-se corar, envergonhada com aquilo que Amber dizia. Precisava urgentemente de um buraco onde se esconder.
- O que foi??? Quem diz a verdade, não merece castigo… - disse Amber de forma falsamente inocente.
- Não te esqueças que as paredes têm ouvidos… - disse Tom sem querer abordar o tema e na tentativa de o fazer esquecer-se sobre ele.

Olhou para Miss K e se antes a via estranha com toda aquela situação, agora via-a confusa e intrigada. Se lhe pudesse explicar tudo para que ela não pensasse no que não devia. A sua única esperança era que Miss K percebesse que Amber era assim excêntrica e extremamente sexual com toda a gente.

- Oh por amor de Deus… Ainda estão com medo do Mercier??? – perguntou Amber diminuindo a preocupação deles – Ele está mais que lixado… Deixem o homem em paz e vivam a vossa vida à vontade!
- Um dia… -
disse Nicky suspirando com esperança.
- Mas e então… - continuou Amber – Eu não disse que vocês iam resultar? Tenho um sexto sentido para a coisa… Mas eu vou querer saber pormenores sobre o sexo… É óptimo e maravilhoso???
- Amber, estás a ser indiscreta e mal educada… -
disse Gabi à medida que saia da piscina, - Eles já pediram para não falares sobre o assunto porque é perigoso e continuas a bater na mesma tecla… Se não respeitas a intimidade deles, pelo menos respeita o direito de se protegerem!!!
- Vocês estão muito tensos… Precisam de um diazinho no spa para relaxar… -
disse Amber.
- Já tivemos esse diazinho no spa, mas infelizmente não nos protegeu de ouvir disparates da boca de ninguém… - disse Gabi cada vez mais incomodada.
- Ok… Desculpa! Não vos queria ofender… - disse Amber para Tom e Nicky – Só queria saber como andam as coisas porque se andarem com alguma crise conjugal eu sei uma cura perfeita… E se já não houver casal, conheço uma maneira perfeita do Tom afogar as suas mágoas bem fundo… E tenho a certeza que ele vai adorar as minhas ideias… – disse Amber piscando o olho a ele - … Miau!

- Bem, eu vou tomar um banho… Ver se tiro o cloro do corpo… - disse Gabi pegando na sua toalha e encaminhando-se até à janela que dava acesso à sala, mas não sem antes olhar para Bill e demonstrar-lhe o quão incomodada estava com toda aquela situação.

- Ela não se está a ir embora por causa de mim, pois não? – perguntou Amber com um ar inocente.
- O que é que achas??? – respondeu Nathalie impaciente com toda aquela situação.
- Tens de aprender a ser menos desbocada! – disse Nicky envergonhada com a sua amiga.
- E ela mais liberal e menos florzinha de estufa! – disse Amber em contra-ataque.
- Tu não a conheces! – disse Bill imediatamente em protecção da sua amada.
- Nem a quero conhecer se ela for assim na cama!!! – disse Amber.
- Agora já me estás a incomodar a mim… - disse Bill sentindo-se ferver em raiva por ouvir o nome de Gabi correr na boca suja de Amber.
- Relaxa!!! Vá, não digo mais nada… - disse Amber deitando-se na espreguiçadeira e vendo Tom sair da piscina todo molhado, observou o corpo dele andar até à espreguiçadeira e não se conteve em murmurar entre dentes Hmmm…. As coisas que eu te fazia…
- O que é que disseste??? –
perguntou Nicky que não tinha percebido aquilo que ela queria dizer.
- Estava a sugerir ao Tom que viesse aqui para mais perto de mim para pormos a conversa em dia… - disse Amber com um sorriso no rosto.
- Não te quero molhar…. – disse Tom deitando-se na sua espreguiçadeira, desejoso de se ver livre daquele pesadelo.
- Mentiroso!!! Sempre gostaste de me ver bem molhada!!! – disse Amber a rir-se da sua piada.

- Eu vou ver se está a chover… - disse Nathalie saindo da piscina, espremendo o seu cabelo e enrolando-se na sua toalha para se encaminhar para um local onde não tivesse de ser confrontada com Amber.
- Vocês andam muito tensos… - comentou Amber – Já nem se riem de uma piada!
- Não teve grande graça! –
disse Nicky sem saber onde se enfiar. E tentando puxar conversa para outro tema perguntou – Tu não andavas a sair com o Ryan? O que é que aconteceu ao vosso namoro?
- Nada… -
disse Amber com simplicidade – Continuamos juntos… Mas a nossa relação é muito liberal e aberta… Tu sabes que eu só tenho olhos para ti, no dia em que me quiseres, digo adeus ao Ryan, ao Tom e a todos os outros…. E outras…
- Amber, já falámos sobre isso… -
disse Nicky desejando urgentemente um buraco onde se enfiar.
- Estou a brincar!!! – disse Amber atacando o pescoço de Nicky para a abraçar, ao mesmo tempo que depositava um beijo no rosto dela – Até certo ponto…
- Estás com piadas muito desagradáveis hoje… -
disse Bill cada vez mais incomodado por ela – Não me lembrava de seres tão irritante!
- Tu também??? –
perguntou Amber impressionada com o comentário de Bill.

- Sabes que geralmente quando o mundo está contra nós, não é o mundo que está errado, somos nós que não vemos a merda que andamos a fazer! – disse Miss K explodindo de raiva e ciúmes.
- Também falas? – perguntou Amber olhando para Miss K de alto abaixo.
- Nem sabes como! – disse Miss K sentando-se na espreguiçadeira, provocando Amber.
- Hmmm… E gritas? – perguntou Amber em provocação.
- Sempre que o momento pede por isso… – respondeu Miss K vendo Tom olhar para si e Amber de forma alternada com a boca aberta em forma de espanto – Não tenho medo de usar a minha voz e de me fazer ouvir!
- És cá das minhas! -
disse Amber com um sorriso guloso nos lábios.
- Naaaaa… Estou longe de jogar no teu clube… - disse Miss K farta da presença de Amber no mesmo espaço que si.

- Bem, parece que a ideia de um cocktail na piscina foi alterada, por isso, vou tomar banho também… - disse Bill tentando quebrar o ambiente que se fazia sentir no ar.
- Olha que boa ideia! – disse Miss K levantando-se da sua espreguiçadeira para se juntar a Bill.
- Então se assim é, eu junto-me a vocês… - disse Tom levantando-se de um pulo só, desejoso por se ver livre das provocações de Amber.
- Oh… Então mas eu vim cá para estar convosco!!! – disse Amber muito indignada.
- Nós já voltamos… - disse Bill sem qualquer intenção de cumprir com a sua palavra.

- Às vezes até me envergonhas com essas tuas conversas… - disse Nicky enquanto Bill, Tom e Miss K se afastavam da piscina. Estava chateada com a sua amiga, por mais liberal que ela costumasse ser, não era normal chegar ao ponto de deixar toda a gente incomodada. Eles eram visitas e convidados em sua casa, o mínimo que Amber podia fazer era tratá-los com respeito – Custava-te muito ser menos expansiva e mais contida?
- Já não te vejo há tanto tempo… Estou cheia de saudades tuas, não me consigo controlar! –
disse Amber agarrando-se novamente à sua amiga para lhe dar diversos beijos numa bochecha, até que Nicky esboçasse um sorriso doce e verdadeiro.

Bill, Tom e Miss K encaminhavam-se pelo interior da casa até às escadas que davam acesso à zona dos quartos. Os três mantinham-se num silêncio constrangedor de quem não sabia o que dizer e como verbalizar aquilo que tinham acabado de vivenciar com a presença de Amber naquela casa.

- Não há paciência… - disse Bill ao mesmo tempo que suspirava – Não sei como é que a Nicky se dá com ela!
- Que personagem… -
comentou Miss K – É que é pega e mal-educada!
- Não sei como é que consegues aguentá-la! –
disse Bill a Tom.
- Nem eu… - disse Tom por entre um suspiro de alivio por estar prestes a vê-la pelas costas.
- Eu acho que faço uma ideia… - disse Miss K sem se conseguir conter.
- Pois… - confirmou Bill, recebendo de imediato um olhar ameaçador do seu irmão. E estando perto da porta do quarto deles acrescentou – Bem… Eu vou indo… Tomar banho…
- Ok… -
disse Tom percebendo a margem de manobra que ganhava com Miss K.
- Até logo… - disse Miss K sorrindo e continuando caminho até à porta do seu quarto.

- K… Espera… - pediu Tom andando atrás dela – Não fiques chateada comigo…
- Porque é que haveria de ficar chateada contigo? –
perguntou Miss K sentindo-se dorida o suficiente para um dia só. Amber era o protótipo de mulher com que qualquer homem adoraria dar umas voltinhas, claro que Tom não era excepção.
- Também não foi uma situação fácil para mim…
- Acredito…
- Ela é passado…
- Não sei como é que foste capaz de alguma vez te envolveres com uma mulher assim… Tão vulgar e desinteressante… -
disse Miss K deitando cá para fora aquilo que sentia naquele momento – Desceste na minha consideração…
- Na altura precisava de alguém que me fizesse esquecer a minha vida… Não me orgulho de tudo aquilo que faço… E há muita coisa que me arrependo de ter feito…
- Pelos vistos ela não…
- Mas isso é porque eu sou irresistível… -
disse Tom com um olhar sedutor na tentativa de aligeirar a conversa e jogar charme a Miss K.
- Ás vezes até demais…

- Se fosse hoje em dia não tinha nada com ela… -
disse Tom na tentativa de apaziguar as coisas ao mesmo tempo que Miss K chegava à porta do seu quarto e a abria.
- Não estás à espera que eu te dê uma medalha por causa disso, pois não? - perguntou Miss K de forma altiva – É que sinceramente isso não é nada de grande mérito…
- Não sejas assim para mim… -
disse Tom encostando-se à ombreira da porta do quarto dela com um ar desprotegido – Ando cheio de saudades de estar contigo…
- Acho que vais ter de continuar a acumulá-las… -
disse Miss K começando a fechar a porta do seu quarto, sendo travada por uma mão de Tom que a impedia de o fazer.

- Não precisas de ajuda para lavar as costas? – perguntou Tom fazendo-lhe olhinhos.
- Não, há mais de vinte anos que as lavo sozinha… - disse Miss K fechando a porta na cara de Tom.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


A visita de Amber tinha sido mais curta do que a mesma esperava. A prepotência e atitude que ela trazia consigo não tinha deixado nenhum dos convidados de Nicky à vontade, e os planos que ela tinha de jantar com eles e irem sair para um bar ou discoteca, tinham saído furados. Após o jantar, uma onda de cansaço apoderou-se de todos e ninguém se sentia capaz de sair de casa, Amber viu-se forçada a ir embora porque já tinha combinado com o namorado que ia ter com ele e com os seus amigos a uma discoteca que estava na moda. Depois de Amber sair, Bill e companhia tinham-se apoderado da sala de cinema para uma noite de filmes muito caseira. Tinham transformado um momento aparentemente normal, num momento bem passado com muitas gargalhadas e partilhas de histórias hilariantes que tinham acontecido em tour. Quando tinham dado por isso já eram quase três da manhã e alguns por cansaço, outros por ingestão excessiva de álcool, tinham procurado refúgio nos seus respectivos quartos.

Há dois dias que Tom e Nicky se encontravam às escondidas na estufa interior quando todos já se tinham ido deitar. Desde que Nicky o tinha encontrado naquele espaço a reflectir, que sugeria a Tom refugiarem-se ali no final de cada noite para conversarem e estarem juntos antes de seguirem para os quartos com cautela para não serem apanhados em flagrante. Aquele dia não era excepção.

- Estava a ver que nunca mais vinhas… - disse Tom puxando o corpo dela até ao seu para lhe beijar os lábios com sede de os beijar.
- Estava a falar ao telefone com a Amber…
- Ela ainda agora saiu daqui!
- Mas quis pedir-me novamente desculpa pela excessiva extravagância de hoje à tarde… -
disse Nicky abraçando o pescoço dele, depositando um beijo no seu nariz.
- Ela desta vez abusou!
- Eu sei… Parecia consumida pelo diabo… Vês o que é que fazes às pessoas? –
perguntou Nicky com um sorriso maroto.
- Euuuu??? Estás muito enganada se pensas que sou eu que a deixo assim… Está na cara que ela está apaixonadíssima por ti, bastava estalares os dedos e esta noite tinhas companhia… - disse Tom beijando o pescoço dela, deixando as suas mãos curiosas percorrerem as curvas do corpo dela – Mas a tua sorte é que ela não é a única interessada em ti… E acho que se estalares os dedos, tens uma companhia muito mais interessante esta noite…
- Hmmm… Quem?
- O teu professor preferido… -
disse Tom humedecendo os lábios, demorando-se no piercing que os habitava.
- Que tentador…

- E então o que é que me dizes? –
perguntou Tom fazendo olhinhos a ela, ao mesmo tempo que passava uma mão sobre o pescoço dela.
- Importas-te que esta noite fique sozinha? – perguntou Nicky timidamente.
- Porquê? – perguntou Tom fazendo beicinho.
- Porque me apetece estar sozinha hoje… - disse Nicky timidamente, depositando um beijo doce nos lábios dele – Temos estado juntos todas as noites…
- É por causa da Amber?
- Não… -
disse Nicky abraçando o pescoço dele, puxando-o até si para o beijar de forma apaixonada – A Amber não tem nada a ver connosco!
- Então foi alguma coisa que eu fiz? –
perguntou Tom a medo só para ter a certeza que não tinha ofendido Nicky de alguma forma.
- Não! - disse Nicky abraçando-o com força – Tu és perfeito e maravilhoso como sempre, eu é que não estou habituada a ter companhia… Há duas semanas que estamos juntos todas as noites… Hoje gostava de ter a noite só para mim…
- Ok… É justo…

- Então… Posso dar-te um beijo de boa noite? –
disse Nicky acariciando o rosto dele – Estou cansada…
- Podes e deves… -
disse Tom puxando o corpo dela contra o seu atacando os seus lábios.
- Hmmm… Boa noite Tom… Bons sonhos…
- Boa noite, sonha comigo… -
disse Tom dando uma palmada no rabo dela, ao mesmo tempo que lhe piscava o olho.
- Auuu!
- Desculpa, não fui capaz de resistir!

- Vou indo à frente… -
disse Nicky com medo de serem apanhados por alguma empregada que se levantasse a meio da noite para ir à cozinha.
- Ok… Até amanhã…
- Até amanhã! –
disse Nicky começando a andar em direcção à porta da estufa mandando um beijo aéreo a Tom.

Tom procurou o baloiço e sentou-se, balouçando lentamente para frente a para trás enquanto absorvia o espaço que o fascinava e dava tempo a Nicky de chegar ao seu quarto. Perdeu-se no tempo e quando deu por si, estava na estufa sozinho há cerca de dez minutos. Levantou-se e encaminhou-se cautelosamente até à zona dos quartos. Quando chegou à porta do seu quarto reparou que Bill tinha colocado uma meia pendurada na maçaneta, o que era sinal que Bill e Gabi estavam a namorar e não queriam ser incomodados. Tom pensou nas suas opções e humedecendo os lábios em clara satisfação, encaminhou-se até ao quarto de Miss K e tentou abrir a porta dela devagarinho para não dar muito nas vistas, e para sua surpresa a porta do quarto de Miss K estava trancada. Tentou abri-la novamente, desta vez forçando-a um pouco mais, mas sem efeito. Tom mordeu o lábio inferior e abanou a cabeça da direita para a esquerda. Era a primeira vez que a procurava à noite, será que era costume Miss K ter a sua porta trancada para que ele não a pudesse procurar, ou aquela era uma noite especial? Instintivamente pegou no seu telemóvel e optou por escrever-lhe uma mensagem:


Para: Miss K

Estás acordada?



Tom sentou-se no chão em pleno corredor em frente ao quarto dela e com medo que Miss K não visse a sua mensagem, mandou-lhe um toque, ouvindo o telefone dela tocar do outro lado da porta.


De: Miss K

Sim... E se não estivesse tinhas acabado de me acordar...



Tom sorriu e sem hesitar, escreveu-lhe de volta:


Para: Miss K

Abre a porta…



Apenas segundos depois recebeu a sua resposta:


De: Miss K

Não!



Tom sorriu e pensando que ela se estava a fazer de difícil, respondeu:


Para: Miss K

Estou sentado à porta do teu quarto…



Tom respirou fundo e brincando com o telemóvel nas suas mãos esperou que ela respondesse. Desta vez a resposta demorou um pouco mais a chegar.


De: Miss K

Parece que trocámos de posição... Lembro-me de ter estado sentada à porta do teu quarto no passado e de te negares a abrir-me a porta... Mas não te preocupes que não tenciono chamar ninguém para te tirar daí! Podes dormir aí se isso te fizer feliz...



Tom engoliu a seco aquilo que leu. A sua memória tinha tratado de o fazer esquecer daquele episódio que tinha vivido com Miss K. Não se sentia orgulhoso do sofrimento que já lhe tinha causado e de algumas das suas atitudes para com ela. Talvez estivesse realmente a pagar por tudo o que já lhe tinha feito. Encheu-se de coragem e sem saber o que dizer, escreveu-lhe:


Para: Miss K

Se abrisses a porta era mais fácil falarmos…



Voltou a esperar um pouco e logo recebeu a sua resposta:


De: Miss K

Não quero falar, quero dormir... Boa noite!



Tom amaldiçoou-se mentalmente por não ser capaz de chegar até ela e triste consigo mesmo, respondeu de forma provocadora na tentativa de melhorar as coisas:


Para: Miss K

E eu quero dormir contigo…



Tom esperou por uma resposta dela e uma vez que passados dois minutos ainda não tinha recebido nada, voltou a enviar a mensagem anterior aguardando que Miss K lhe respondesse, sem efeito. Levantou-se do chão e aproximou o seu ouvido da porta na tentativa de perceber se ela continuava acordada, mas não foi capaz de ouvir nenhum som vindo do interior do quarto. Respirou fundo e pensou naquilo que deveria fazer a seguir. O seu quarto estava fora de opção, Nicky tinha-lhe pedido uma noite a sós e Miss K não queria nada consigo. Só lhe restava procurar guarida junto de Nathalie. Encheu-se de coragem, certo de que ia ouvir umas quantas bocas da sua amiga, e encaminhou-se até à porta do quarto dela. Quando se preparava para bater à porta e anunciar a sua entrada, sentiu o telemóvel que ainda mantinha preso numa mão vibrar. Miss K estava acordada e respondia-lhe:


De: Miss K

Porquê? Levaste uma tampa? Se a porta está trancada é porque não quero a tua companhia, nem a de mais ninguém... Vai dormir Tom... Boa noite...



Tom sentiu-se incrivelmente frustrado. Queria responder-lhe mas não era capaz de encontrar palavras para lutar naquela noite. Precisava de encontrar um poiso onde descansar e dormir sobre o assunto e no dia a seguir tentaria resolver todos os problemas que tinha criado com Miss K. Bateu à porta de Nathalie devagarinho e não recebendo qualquer resposta, entrou no quarto e apercebeu-se que Nathalie dormia profundamente. Descalçou os sapatos, despiu a roupa que trazia no corpo ficando somente em boxers, e abriu a cama enfiando-se vagarosamente no seu interior para que Nathalie não desse conta. Quando se aninhava na almofada procurando uma posição em que se sentisse confortável para descansar, sentiu Nathalie mexer-se e viu-a abrir calmamente os olhos, ligeiramente confusa por o ver ali na sua cama.

- Venho dormir contigo… - disse Tom baixinho na esperança que Nathalie não despertasse e não o enxotasse do seu quarto.
- Hã?!
- Vou dormir aqui contigo…
- Porquê? –
perguntou Nathalie ensonada.
- A Gabi está no meu quarto… - disse Tom não querendo falar sobre o assunto – Vamos dormir…
- Fica no teu canto…
- Nem vais dar por mim…
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeSáb Out 29, 2011 11:50 pm

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[FF] - Kampf der Liebe - Página 17 174su

As suas noites com Bill andavam a tornar-se muito perigosas. Nos últimos dias, embora não se envolvessem mais afincadamente, o tempo que tiravam no final da noite para namorarem e estarem juntos estava a aumentar a olhos vistos. Naquela madrugada, Gabi abandonava o quarto do seu amado por volta das cinco da manhã, desejosa de encontrar a sua cama para finalmente poder deitar a cabeça sobre a almofada e dormir pela manhã adentro. Saiu do quarto de Bill de sorriso no rosto, como já era habitual, e encaminhando-se até ao seu quarto, entrou nele devagarinho com medo de acordar Nathalie. Pé ante pé, encaminhou-se até à cama e ao aperceber-se que Tom ocupava o seu lugar e que estava agarrado a Nathalie sem nada vestido, entrou em pânico e deixou que o seu maxilar inferior ficasse totalmente aberto. Levou as mãos até à boca para evitar emitir qualquer som. Já era desagradável o suficiente encontrá-los na cama juntos a dormir, se tivesse de os enfrentar acordados seria ainda pior. E tal como entrou, Gabi saiu tentando fazer o mínimo barulho possível e voltou a encaminhar-se até ao quarto de Bill para lhe contar aquilo que tinha acabado de presenciar e adormecer nos braços do seu amado.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Acordou com um sorriso nos lábios sentindo uma mão percorrer a sua barriga em forma de carícia e subir sedutoramente até ao seu peito. Despertou em estado de alerta máximo ao aperceber-se que não era suposto estar a sentir aquela mão acariciá-la. Olhou para baixo e viu a mão de Tom apalpar o seu peito. Pegou de imediato na mão dele e afastou-a de si, chegando à conclusão que Tom se encontrava colado às suas costas, nu, e que dormiam agarrados como um casal apaixonado. Nathalie entrou em pânico. Na noite anterior tinha bebido mais do que era suposto, mas não se lembrava de ter perdido a memória, muito menos de ter ido para a cama com ele. Tom acordou sobressaltado e sem perceber aquilo que se estava a passar.

- Fogo, é preciso seres bruta? – perguntou Tom procurando uma nova posição na cama, desta vez longe de Nathalie, para continuar a dormir.
- Que merda é esta Tom??? – perguntou Nathalie em pânico, sem saber o que fazer ou como reagir – O que é que estás a fazer nu enfiado na minha cama???
- Eu não estou nu… Estou de boxers… -
disse Tom levantando o lençol para que Nathalie pudesse espreitar para debaixo do mesmo e confirmar por ela própria que ele não estava nu.
- Isso não responde à minha pergunta… - disse Nathalie sem receber nenhuma resposta por parte de Tom. Nathalie abanou violentamente Tom através do seu braço na tentativa de o acordar – És capaz de acordar se faz favor!
- Chata… Deixa-me dormir… -
murmurou Tom entre dentes.
- Então vai dormir para o teu quarto!!!
- Não posso… Cheira a sexo… -
disse Tom com um sorriso pervertido nos lábios.
- O que é que queres dizer com cheira a sexo??? perguntou Nathalie apurando os seus sentidos olfactivos para tentar captar algum cheiro que lhe estava a escapar. E percebendo que Tom estava demasiado confortável e que parecia pronto para adormecer novamente, abanou-o com violência – Tom!!! Tom, acorda!!!
- Hã?!
murmurou Tom virando-se para Nathalie, fazendo um esforço para manter os olhos abertos – O que é que foi agora?
- O que é que estás aqui a fazer???
- Estás a gozar comigo, certo? –
perguntou Tom levantando uma sobrancelha, ao mesmo tempo que a fitava com incredulidade.
- Por acaso parece-te que eu estou a gozar contigo???

- Não te lembras de nada?
- De nada, do quê??? –
perguntou Nathalie a ficar em pânico.
- Eu falei contigo ontem à noite! – disse Tom estranhando aquela amnésia da sua amiga – E tu respondeste-me e tudo! Eu disse-te que a Gabi estava no meu quarto e que vinha dormir contigo…
- Então porque é que eu acordei contigo colado a mim tipo lapa e as tuas mãos em sítios proibidos???
- Porque eu pensava que eras outra pessoa e estava a ter um sonho magnifico… -
disse Tom com um sorriso nos lábios.
- E foi só isso que aconteceu de certeza? – inquiriu Nathalie a medo.
- Absoluta… Tu disseste-me que eu podia dormir aqui desde que me mantivesse no meu canto…
- E ao que parece tu não foste capaz disso!
- Foi só um abraço… E um toquezinho mais atrevido… Nada de especial… -
disse Tom desculpando-se mas com um sorriso maroto nos lábios.
- Nada de especial, nada de especial… - murmurou Nathalie entre dentes.

- Nat, mesmo que tu estivesses muito bêbada, duvido que me deixasses chegar perto de ti!
- Como as coisas andam, nunca se sabe… -
disse Nathalie envergonhada. Por mais que se sentisse bem estando sozinha, a verdade é que sentia falta de vez em quando de ter um homem a seu lado. Alguém que a amasse e que dormisse assim aconchegado a si todas as noites.
- Hmmm… Estás a dizer que há esperança para mim? – perguntou Tom fazend olhinhos.
- Não! – disse Nathalie imediatamente para que Tom não tivesse ideias – … Mas o que é que querias dizer quando disseste que cheirava a sexo?
- Ontem à noite quando tentei regressar para o meu quarto tinha uma meia pendurada na maçaneta da porta… Isso só pode querer dizer sexo!
- Porque é que não foste procurar uma das tuas amantes?
- Não estou aqui contigo? –
perguntou Tom a rir sabendo que isso a ia deixar com a pulga atrás da orelha.
- Tom Kaulitz!!!
- Nathalie Franz!!! –
disse Tom a rir – Estou a gozar… A Nicky pediu-me para passar a noite sozinha, e a K ontem à noite não me queria ver à frente nem pintado de ouro… Não sei bem porquê…
- Porque é que será?!?! –
disse Nathalie de forma retórica.
- Também podia ter procurado o Jost… Mas acho que era expulso aos pontapés se me intrometesse no quarto dele por isso optei por vir dormir contigo… Mas também não é a primeira vez que dormimos juntos, escusas de fazer tanto drama à volta disso…
- Mas é a primeira vez que acordo contigo a… a… -
disse Nathalie sem saber como definir a forma como tinha acordado.
- Confessa que gostaste… - disse Tom a provocar.
- Estúpido… Vai-te embora… - disse Nathalie empurrando-o da cama na tentativa de se ver livre dele – Já é de manhã e eu não te quero aqui…
- Tu és muito agressiva… Uma noite contigo é capaz de ser interessante… -
disse Tom a rir enquanto se levantava da cama.
- Tommmm!!!
- E adoras dizer o meu nome… Hmmm… Oh Tom, Tommmm… Ahhh… Ahhhhhhh… Mais… Mais… Uhhhhh…… -
disse Tom a rir simulando um orgasmo.
- Estúpido!!! Pira-te daqui!!! – disse Nathalie mandando a almofada que tinha pertencido a Tom contra ele.
- És uma tigresa Nat… Nunca me hei-de esquecer! – disse Tom divertido e a rir-se.
- Idiota!!! Ahhh… E isto fica só entre nós, ouviste? Nada de piadinhas, nada de andar a espalhar o que não deves!
- Mas desde quando é que eu… -
começou Tom por dizer à medida que apertava as suas calças.
- Desde sempre meu querido, ou não te conhecesse eu ao tempo que te conheço!!!
- Mas eu agora estou mais crescido e maturo… -
disse Tom a rir, vestindo a t-shirt que trazia sobre o corpo na noite anterior.
- Essas palavras vindas da tua boca dão-me vontade de rir…
- Também és assim na cama? Mandona e agressiva? –
perguntou Tom fazendo olhinhos a ela.
- Estúpido… Vai-te embora!!! – disse Nathalie pegando nos ténis dele, mandando-os para junto da porta para que ele se fosse embora o mais depressa possível.
- Já estou a ir… Calma… Respira fundo… - disse Tom à medida que se encaminhava até à porta e apanhava os seus ténis, e rindo-se acrescentou – Espero que sejas mais simpática depois de fazer o amor…
- Desaparece Tom!!! –
gritou Nathalie envergonhada e farta de o ouvir.

Tom saiu do quarto a rir, e de ténis na mão encaminhou-se até ao seu quarto. A meia já não se encontrava pendurada na maçaneta. O caminho estava livre. Tom abriu a porta e entrou à vontade, largando os seus ténis de forma sonora à entrada do quarto. O barulho acordou Bill e Gabi que dormiam enroscados um no outro. Tom despiu a t-shirt que trazia vestida e quando se preparava para atirá-la para cima de uma cadeira viu Bill e Gabi, deitados na cama a olharem para ele com cara de caso.

- Hmmm… É suposto eu não estar aqui? – perguntou Tom pensando que estava a mais e que o seu irmão ia ficar chateado consigo por causa disso – A meia já não estava à porta…
- Que merda é que andaste a fazer??? –
perguntou Bill de forma irritadiça.
- Ok… Alguém acordou mal disposto… - disse Tom pensando em voz alta.
- A Nat não precisa de mais problemas na vida dela!!! – disse Bill largando o corpo de Gabi para se chegar acima na cama e olhar Tom com o seu olhar assassino.
- E eu também não… - disse Tom sem saber ao certo onde o seu irmão queria chegar com aquela conversa.
- Já tens a Nicky e a K na mesma casa, não te chega??? – perguntou Bill.
- Calma amor… - disse Gabi acariciando o peito dele tentando acalmá-lo.
- Calma nada! – disse Bill repleto de raiva – Que merda é que andas a fazer??? Estás a tentar corromper as minhas amigas todas??? Duas não te chegam???
- Wow… Calma aí oh campeão!!! Primeiro que tudo eu não ando a corromper ninguém... É ridículo dizeres uma coisa dessas!!! Depois, duas chegam e sobram…
- É que deviam mesmo chegar!!! Se não te respeitas a ti, respeita-as a elas… -
disse Bill
- Eu não sei do que é que estás a falar, mas se estás a implicar que eu e a Nat temos alguma coisa, só podes estar muito bêbado!!!

- Tom, a Gabi viu-te com ela… -
disse Bill tentando fazê-lo perceber que não valia a pena esconder – A Nat anda a passar por um momento difícil da vida dela, e como amigo dela que és, pensa com a cabeça de cima e mantém-te afastado dela… Ela não precisa de mais problemas, nem de disputar a tua atenção com mais mulheres… Ela merece mais que isso!!!
- O que é que viste??? –
perguntou Tom a Gabi começando a duvidar de si mesmo.
- Eu vi-vos a dormirem agarradinhos, pareciam ter um sorriso nos lábios… Estavam tal e qual um casal de namorados… - disse Gabi timidamente. Não gostava que Bill discutisse com Tom.
- Eu proíbo-te de estar com a Nat!!! Ouviste bem Tom??? PROÍBO-TE!!! – disse Bill dominado pela ira.
- Proíbes-me??? Mas quem és tu para me proibires seja do que for??? – perguntou Tom não gostando do tom alterado de Bill e da forma que ele lhe falava, como se tivesse perdido qualquer fé em si – Só para vossa informação, eu ontem à noite só fui dormir com a Nat porque não tinha outro sitio onde dormir…. E o meu quarto estava OCUPADO caso não se recordem!!!
- Nem tentes pôr as culpas para cima de mim!!!! –
disse Bill revoltado.
- Estás a precisar de um banho bem gelado para ver se acordas oh meu grande anormal… Achas mesmo que eu e a Nat íamos para a cama??? … Eu não sou como tu…
- Pois não… És bem pior!!! –
disse Bill irritado.

- Olha…. Eu vou mas é tomar um banho, porque já percebi que hoje nesta casa ninguém quer que eu durma e acordou tudo com vontade de me chatear a cabeça… - disse Tom abrindo uma gaveta da sua cómoda para tirar uns boxers limpos e retirando-se em direcção à casa de banho acrescentou – Com licença…

Bill deixou Tom partir em direcção à casa de banho e ouvindo-o bater com a porta com força mostrando a sua indignação. Voltou a abraçar Gabi e suspirar bem fundo.

- Foste um pouco ríspido demais com ele… - disse Gabi numa voz doce, beijando o peito desnudado de Bill – Não gosto de vos ver zangados…
- Nós não estamos zangados…
- Mesmo assim… Não gosto de vos ver brigar… E sinto-me culpada por isso… Se eu não tivesse feito filmes…
- Não tens culpa de nada… -
disse Bill beijando-a ternamente para a assegurar daquilo que dizia – Ultimamente ando mesmo preocupado com aquilo que ele anda a fazer com a vida dele… Ninguém vai suportar esta vida por muito tempo! Ele não tem juízo nenhum, e eu não quero que ele sofra…
- Se ele diz que não se passou nada entre ele e a Nat, temos de acreditar, o Tom pode ser muitas coisas, mas mentiroso não é!
- Eu sei… -
disse Bill suspirando beijando-a novamente – … Talvez seja melhor ires indo…
- Sim… Encontramo-nos ao almoço? –
sugeriu Gabi beijando-o uma última vez antes de s ir embora.
- Sim…
- Até já então… -
despediu-se Gabi levantando-se enquanto tinha coragem para isso.
- Até já amor…


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


- Bom dia… - disse Bill entrando na sala de jantar para encontrar os seus amigos já sentados à volta da mesa prontos para almoçar, com excepção de Nathalie – A Nat?
- Ficou a dormir… -
disse Gabi a rir – A ressaca está complicada…
- Oh se está…
- E o que é que tu sabes sobre isso? –
perguntou Jost na brincadeira.
- Ela acordou a mandar vir comigo e a empurrar-me da cama… - disse Tom apercebendo-se pelo olhar intrigado de Nicky e a onda de desprezo que Miss K lhe fingia estar a dar que para variar, tinha falado mais do que devia.
- Isso é porque tu és um melga! – disse Gabi a rir.

- E posso perguntar o que é vocês andaram a fazer para acordarem juntos na mesma cama? - perguntou Jost à espera de receber boatos fresquinhos.
- Mesmo que não pudesses, já estás a perguntar! – disse Bill levantando uma sobrancelha.
- Geralmente para se acordar é porque se esteve a dormir… - disse Tom de forma sarcástica.
- Só dormir? – insistiu Jost com um sorriso matreiro.
- Sim… Só dormir… Na noite passada o meu quarto esteve ocupado com umas certas pessoas, que esses sim não devem ter dormido grande coisa, e eu tive de procurar refúgio na cama de quem me tirou o meu lugar… - disse Tom olhando para Gabi com cara de caso.
- Ahh, já estou a ver… - disse Jost perdendo o interesse naquela história ao perceber que não ia levar nada dali.
- Pois… - disse Tom suspirando ao mesmo tempo que se apercebia que Nicky lhe sorria mais tranquilizada e divertida com aquela história.

- Pois nós esta manhã saímos bem cedinho… - anunciou Nova com um grande sorriso nos lábios.
- Deixa-me adivinhar… - começou Tom por dizer.
- Foram ver casas! – disseram os gémeos ao mesmo tempo.
- Como é que acertaram?! – disse Nova a rir percebendo que era lógico.
- Não é preciso ser um grande génio se até o Tom consegue adivinhar… - disse Gabi a rir para Tom.
- Ah ah ah… - disse Tom sem achar piada nenhuma.
- E então? – perguntou Nicky entusiasmada ao mesmo tempo que se ria com as picardias de Gabi com Tom.
- Dizes tu? – perguntou Nova a Jost por entre um sorriso genuinamente feliz.
- Pode ser… - disse Jost sorridente – Encontrámos a casa dos nossos sonhos… E sim, ouviram bem, não é simplesmente uma casa linda… É a casa dos nossos sonhos!
- Que bom!!! –
disse Nicky contente.
- Isso é que são boas novidades!!! – disse Gabi contente pelos seus amigos.
- Parabéns! – disse Miss K feliz por eles.

- Quando é que se mudam? – perguntou Bill percebendo o que aquilo queria dizer.
- Calma… - disse Jost – Antes disso gostava que vocês a fossem visitar e que nos dessem a vossa opinião!
- O que interessa é que vocês gostem… -
disse Bill.
- E pelos vistos vocês gostam e muito! - disse Tom.
- Mesmo assim… O que me dizem de hoje à tarde fazerem uma visitinha à nossa futura casa? - sugeriu Jost, percebendo que tinha de fazer com que os gémeos se sentissem integrados e não excluídos daquela sua nova vida. Não queria que eles pensassem que ele estava de algum modo a tentar abandoná-los.
- É uma óptima ideia! – disse Gabi percebendo aquilo que Jost tentava fazer – Íamos adorar!
- Estou desejosa por conhecer a vossa casa, nem acredito que vos vou ter por perto! –
disse Nicky empolgada com a novidade.

Tom olhou para Bill à procura de ler o pensamento do seu irmão e percebendo que ele estava capaz de ceder e não dificultar ainda mais as coisas, disse:

- Ok… Vamos lá conhecer essa casa nova!


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


A visita à nova casa de Jost e Nova tinha decorrido em normalidade. A felicidade de ambos era tão notória e instintiva que nenhum dos presentes tinha sido capaz de apontar qualquer defeito àquela vivenda de dois andares e quatro assoalhadas com piscina exterior e ginásio incorporado, que enchia os olhos e os corações dos seus amigos. Nicky estava felicíssima pela casa deles ficar a meio caminho entre a sua casa e os estúdios da Universal onde costumava gravar maior parte dos seus filmes. Tom tinha passado a visita toda a olhar para Miss K a e investigar os seus movimentos. Não percebia o porquê do desprezo dela depois de ainda há bem pouco tempo ela o ter amparado e prometido que estaria sempre do seu lado. Quando regressaram a casa de Nicky, Jost e Nova entreteram-se a fazer as malas para irem fechar contrato com a agência imobiliária e mudarem-se já no dia seguinte para a sua nova casa. Tom apercebeu-se que Miss K se encaminhava em direcção aos quartos e percebendo que toda a gente se mantinha entretida com algo e que não iam dar pela sua falta, seguiu-a sem que ela desse conta disso, e no momento em que a viu entrar para o seu quarto, correu até ela e entrou também.

- O que é que pensas que estás a fazer? – perguntou Miss K surpresa por o ver ali. Não se tinha apercebido que ele estava por perto.
- A pergunta é mais: O que é que pensas que me vais fazer… - disse Tom aproximando-se dela para a abraçar pela cintura e puxar até si, atacando ferozmente o seu pescoço.
- E a resposta é nada! - disse Miss K afastando o corpo de Tom de si – Estás louco?
- Por ti… -
disse Tom aproximando-se novamente dela com um olhar guloso.
- Pára Tom!!! – disse Miss K afastando-se dele sem gostar da brincadeira.

- O que é que se passa??? – perguntou Tom não gostando da forma como ela o rejeitava – Porque é que me tratas como se eu fosse um bicho desde ontem???
- Não quero estar contigo!
- Porquê? … É por causa da Amber?
- Talvez… Não sei… Estou a chegar ao meu limite Tom… Isto não é vida que eu queira para mim!
- Isto, o quê? –
perguntou Tom sem perceber o que se estava a passar.
- Isto… Brincar ao faz de conta… Eu tento ser compreensiva e tudo mais, mas é difícil ser sempre a substituta, aquela que tu só procuras quando não tens mais onde dormir… Eu mereço mais que isto… Hoje acordei sem vontade para sorrir e fingir que está tudo bem… Por isso se queres falar comigo ou estar comigo, vais ter de aguentar o meu mau humor…

- Não tem problema… -
disse Tom aproximando-se dela acariciando a sua face de forma doce – Eu quero estar contigo… Sinto mesmo a tua falta… Queres que esta noite venha dormir contigo?
- Não… -
disse Miss K sentindo-se derreter pelo toque das mãos dele.
- Assim podíamos falar à vontade… - disse Tom olhando-o profundamente nos olhos azuis, ao mesmo tempo que humedecia os seus lábios demorando-se um pouco mais sobre o piercing que os habitava.
- Não quero… - disse Miss K olhando para os lábios dele, rendida com a forma envolvente como ele lhe falava e tocava.

- Apetece-me tanto beijar-te… - disse Tom fitando-a nos lábios carnudos.
- Não brinques comigo… Eu hoje não estou bem…
- Deixa-me fazer-te sentir bem… -
pediu Tom levando uma mão até à nuca dela, acariciando-a de forma sedenta.
- Só me vais fazer sentir ainda pior… - disse Miss K segurando nas mãos dele, afastando-as de si, mas não sem antes depositar um beijo terno nelas – Deixa-me sozinha, por favor…

Tom afastou-se dela respirando fundo. Em vez de respeitar o seu pedido e sair, deixando-a a sós, optou por andar de um lado para o outro no quarto de Miss K deixando-a intrigada com os seus pensamentos, observando-o com toda a atenção.

- Eu sei que nós não temos passado muito tempo juntos, mas percebes que é difícil nas circunstâncias actuais…
- Percebo… -
disse Miss K – E percebes que eu não quero falar sobre isso hoje?
- Então queres falar sobre o quê?
- Sobre nada… Quero que me deixes a sós…
- Para me continuares a ignorar e a fingir que eu não existo?
- O que é que queres Tom? Queres que eu me ande a esfregar em ti, enquanto estás com a Nicky? Juro que não te percebo…
- Sim! –
disse Tom olhando para ela com todo o seu poder sedutor – Quero sentir que me desejas, que tens ciúmes meus, que não toleras a ideia de me ver com ela…
- Ou seja… Queres torturar-me e esfregar-me na cara a tua aventura amorosa com a Nicky… -
disse Miss K sentindo uma raiva imensa tomar conta de si – Vai à merda!

- Não percebes que eu quero estar contigo e que se pudesse raptava-te para um sítio onde ninguém nos incomodasse? –
disse Tom aproximando-se dela para a abraçar.
- Não, não percebo e não quero perceber… Deixa-me em paz… - disse Miss K fugindo dele.
- Adoro quando fazes os teus joguinhos… - disse Tom continuando a segui-la.
- Eu não estou a fazer jogo nenhum Tom! Achei que ia ser mais fácil suportar estar debaixo do mesmo tecto que tu e que a Nicky, mas depois aparecem as Ambers e as tuas noites com a Nat, e eu não sou de ferro!

- Então isto é tudo uma crise de ciúmes? –
perguntou Tom sorrindo de forma provocadora.
- Aiiii Tom! Deixa-me em paz… Falamos noutro dia! – disse Miss K afastando-se dele, chateada com aquela conversa.
- Tu estás cheia de ciúmes… - disse Tom a rir.
- E tu estás com falta de sexo aparentemente!
- E não me queres ajudar? –
perguntou Tom fazendo-lhe olhinhos.
- Não! Tens duas mãozinhas e muita gente que te quer ajudar nesse assunto…
- Então preferes que eu vá à procura de outra pessoa?
- Tu vais sempre à procura de outra pessoa!!!
- Há muito tempo que não tenho ninguém sem seres tu e a Nicky… -
disse Tom em forma de comentário.
- Com as dores de cabeça que isso te anda a causar, não me admira muito… Mas confessa que andas desejoso de te ver livre de nós para ires atrás de um bom rabo de saia?
- Vocês mantém-me saciado…. Por enquanto…
- Que nojo… -
disse Miss K virando-lhe as costas levando uma mão à cabeça para pensar naquilo que andava a fazer com a sua vida e como tinha caído nas teias dele. Porque é que tinha de o amar e suportar tudo o que já tinha suportado?

- Nojo é coisa que tu nunca tiveste de mim… - disse Tom abraçando o corpo dela pelas costas, roçando os seus lábios na orelha dela.
- Larga-me… - disse Miss K tentando soltar-se do corpo de Tom sem efeito.
- Não és capaz de viver sem mim… - disse Tom mantendo o corpo dela preso.
- Esse é o teu grande problema, achas que eu vou estar sempre ao teu lado, mas um dia tens uma surpresa…
- Tu disseste que esperavas por mim o tempo que fosse preciso… -
disse Tom atacando o pescoço dela de forma instigadora.
- Mas se continuares a portar-te como um perfeito anormal… - começou Miss K por dizer.
- Fazes o quê? – interrompeu-a Tom, virando-a nos seus braços, roçando as suas mãos pelas curvas do corpo dela, depositando-as no seu rabo para a puxar de encontro a si com força, e roçando os seus lábios sobre a face dela acrescentou – Negas os meus lábios? O meu sexo? Tu não és capaz de viver sem aquilo que eu te dou…
- Também não sou capaz de viver com algumas das coisas que tu me dás…. –
disse Miss K virando a cara para evitar as carícias forçadas dele.
- Eu quero-te… - disse Tom emitindo um som característico de prazer ao ouvido dela – Toca-me…
- Ainda não percebeste que eu disse que não? –
perguntou Miss K sentindo-se aquecer pela forma sensual como ele lhe falava e tocava.
- Quero sentir as tuas mãos percorrerem o meu corpo… - disse Tom levando uma mão ao peito dela para a sentir excitada – Tu és o meu vicio… Preciso de uma dose de ti…
- Desintoxica-te… -
disse Miss K colocando ambas as mãos sobre o peito de Tom tentando afastá-lo de si, sem efeito.
- Não consigo… Não quero… - disse Tom pegando na face dela pelo queixo para a obrigar a olhar para si, e fitando os seus lábios acrescentou – Se soubesses o que sinto quando o teu corpo está perto do meu…
- Porque é que não me explicas por palavras? –
disse Miss K tentando afastá-lo de si.
- Porque é impossível… - disse Tom atacando os lábios dela para a beijar de forma selvagem e carregada de desejo. Estava a ficar louco com a tentação e proximidade a ela.
- Estúpido!!! – disse Miss K soltando-se dos lábios dele, sentindo as suas pernas fraquejar com aquele beijo tão arrebatador.
- Não quero estar mais um segundo que seja sem ti…. – disse Tom passando uma mão sobre o cabelo dela.

Miss K humedeceu os seus lábios e sem conseguir controlar o desejo avassalador que sentia por ele, puxou a face de Tom até si e beijou-o de forma descontrolada e apaixonada, aproveitando cada milímetro dos lábios dele. Abraçou o corpo dele com força e deixou que as suas mãos tocassem de forma desinibida no corpo do homem que amava. Sentiu as mãos de Tom abraçarem-na e os lábios dele confirmarem o desejo imenso que sentia por si. Suspirou por entre os seus lábios e sentiu-o puxá-la de encontro a ele com maior vigor, assegurando-a que o seu desejo ainda agora tinha começado a fervilhar nas suas veias. Sentiu os lábios de Tom ficarem mais ágeis e o beijo dele tornar-se mais atrevido e tentador, e sorriu desprendendo-se dos lábios dele com um sorriso bem rasgado. Abriu os olhos para se aperceber que um vulto se encontrava estático a poucos metros deles. Viu Tom olhar em direcção à porta e seguiu o movimento dele, apercebendo-se que era Nicky Fuller quem estava parada a olhar para ambos sem saber como reagir àquilo que via. Tom soltou-se do corpo de Miss K e andou em direcção dela tentando evitar que algo pior pudesse acontecer.

- Nicky… - disse Tom sem conseguir pensar naquilo que ia dizer.
- A porta estava aberta… Vinha desafiar-te a ires às comprar comigo… - disse Nicky meia adormecida pela incredulidade daquilo que presenciava, por mais que já desconfiasse há muito que Tom e Miss K andassem envolvidos – Mas já vi que estás ocupada…
- Nicky… Desculpa… -
disse Miss K sentindo o coração apertar no peito ao perceber que Nicky não estava bem e que tinha quebrado a confiança dela de forma dolorosa.
- Eu vou… - disse Nicky apontando em direcção à porta do quarto, não completando o seu raciocínio, saindo pela porta do quarto.

- Merda merda merda! – disse Tom levando as mãos à cabeça.
- Vai atrás dela… - disse Miss K transtornada com a aparição de Nicky – Arriscámo-nos muito!
- E agora? –
perguntou Tom sem saber como ia explicar a Nicky aquilo que ela tinha acabado de ver.
- Agora vai atrás dela Tom!!! Ela precisa de ti… E ela merece saber a verdade!
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitimeDom Out 30, 2011 12:28 pm

Nossa o Tom dormindo agarrado com a Nat? Antes de ler pensei que eles tinham feito algo u.u'
Tá vendo Tom, demorou tanto pra dizer a verdade, ela acabou aparecendo sem que tu percebesse. Coitada da Nick! Acho que ele devia ter contado a muito tempo pra ela. E é uma traição dupla porque a K também tava nessa mentirada toda... Agora que o Tom tá encrencado mesmo de vez.

Amo a sua fic dikas, é perfeita *-*
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 17 Icon_minitime

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