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 [FF] - Kampf der Liebe

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dikas
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeQua Jun 29, 2011 8:53 pm

CaTaRiNaAaAAaa \o/ \o/ \o/


Oh YeAhhh.... Esse mundo da Kampf nunca pára haha
Pois.... Tom k é Tom tem dificuldade em aprender uma lição, mesmo k seja bem dada!!!
SiM!!!! A Amber beijou a Nickita..... affraid affraid affraid
Hmmmmm..... A Nicky n está apaixonada.....está gostando.... Mas isso xega para o Tom ter kuidado..... Ela é diferente das outras meninas kom kem ele fika....
Simmmmmmmmmm!!! Afinal era o Andi k andava atrás da Gabi e tudo kom a mãozinha do Sr Tom por trás...KLARO!!! Mas eles foram uns fofos em tentar ajudar o BiLL e a Gabi a fikarem bem de novo....Foram ou não foram??? O Tom kd ker e a koisa mexe mesmo kom ele e kom o BiLL é kapaz de tudo I love you I love you I love you E simmmmmmmmmmmmmmmmm.... O BiLL & Gabi está de volta e em forçaaaaaaaaaaaaaaaaaa I love you I love you I love you
Agora vamos ver o k akontece.....




* * * KiSsEsSss * * *




128

[FF] - Kampf der Liebe - Página 15 128lt


Estava encolhido sobre o sofá da sala, com um café nas mãos, a olhar para a lareira. A forma como a lenha ardia parecia uma comparação perfeita à chama que consumia o seu coração naquele final de tarde. Ouviu um barulho atrás de si, e assustado, virou-se para trás para ver Tom abrir uma das grandes janelas da sala que davam acesso ao jardim. Entrava de forma sorrateira.

- Tens noção que horas são??? – perguntou Bill zangado com Tom, ao mesmo tempo que se levantava e pousava o café em cima da prateleira de uma estante – Os seguranças já foram buscar a Nicky ao aeroporto!!!
- Não queria incomodar… Mas agora já cá estou! –
disse Tom com um sorriso rasgado, fechando a janela da sala.

- Onde é que andaste???
- Em casa do Andi…
- Sim, sim… Por isso é que eu te telefonei 30 vezes e tu não atendeste!
- Deixei o telemóvel no carro…
- E ires buscar o telemóvel ao carro, não?
- Havia fãs à porta de casa do Andi… -
disse Tom tirando o casaco de forma descontraída. Porque é que Bill estava tão zangado? Será que a noite com Gabi não tinha corrido da melhor forma? – … Como é que correu a noite com a Gabi?

- Como é que correu a noite com a Gabi???
repetiu Bill com um semblante irritado Oh minha besta, tens muito que te explicar!!! Que merda é essa de andares a enviar flores e recadinhos românticos à minha namorada???
- Correu mal??? –
perguntou Tom percebendo que pelo tom de voz de Bill a coisa tinha de ter dado para o torto – Foda-se… Ela estava totalmente no papo… O que é que fizeste para estragar tudo??? – E percebendo que o seu irmão tinha tratado Gabi por sua namorada, acrescentou - … À tua namorada???

Bill esboçou um sorriso feliz e puro como o sentimento que sentia tomar conta do seu coração e procurou o irmão para lhe dar um abraço apertado. Não conseguia esconder por muito mais tempo a alegria e felicidade de que era alvo naquele dia graças ao seu gémeo.

- Obrigado!!! – disse Bill sentindo-se incapaz de largar o corpo de Tom. Estava-lhe grato com a sua própria vida.
- … Então correu tudo bem? – perguntou Tom com medo da bipolaridade acrescida que o seu irmão demonstrava ter naquele dia.
- Sim… - disse Bill soltando o corpo de Tom – Estamos juntos de novo! Graças a ti! Eu nem acredito que planeaste isto tudo nas minhas costas e que eu nem dei por nada!
- Estavas entretido a chorar pelos cantos… -
disse Tom feliz por ver Bill sorrir de forma tão rasgada. Não se lembrava de ver aquele sorriso há muito tempo – Onde é que ela está?
- Já a fui levar… Ela não queria estar por perto quando a Nicky chegasse…

- E vocês estão juntos, juntos? Mesmo a sério? Há bocado trataste-a por tua namorada…
- Sim… Estamos juntos e desta vez é para sempre! –
disse Bill irradiando felicidade – Começamos do zero…

- Fogo… E eu a pensar que ela ainda podia querer alguma coisa comigo… -
disse Tom a rir – Ela ficou mesmo bem impressionada com a minha veia sedutora e romântica…
- Ah ah ah… -
disse Bill puxando uma das tranças do cabelo de Tom para o provocar.
- Auuuu! – queixou-se Tom ao mesmo tempo que ria, feliz pelo seu irmão – Fico mesmo feliz por vocês! Já não era sem tempo…
- Sinto-me feliz!!! Nem sei como te agradecer… Até dizia que te ficava a dever uma, mas a última vez que disse isso, cobraste-a da pior maneira possível, por isso vou ficar calado e limitar-me a dizer obrigado!


Tom olhou para o seu irmão e viu espelhado nos seus olhos uma felicidade tão sincera e transparente como há muito não via.

- Agora não deites tudo a perder!
- Nunca! –
disse Bill ao mesmo tempo que ouvia a campainha soar – … Chegaram! – disse Bill correndo até à porta para abrir o portão ao conferir que era o carro dos seguranças que tinham ficado encarregues de ir buscar Nicky e Amber ao aeroporto, e virando-se para Tom acrescentou – Comporta-te!
- Nunca! –
disse Tom a rir repetindo as palavras do seu irmão.
- Tom!!!
- Não te preocupes… Abre lá a porta!


Bill abriu a porta de casa e assistiu ao carro parar junto da sua garagem e dele sair Nicky e Amber. Sorriu a Nicky e abriu-lhe os braços. Queria que ela se sentisse acarinhada e em casa. Naquele dia tinha amor para dar e vender. Viu Nicky sorrir-lhe em retorno e procurar os seus braços para o abraçar de forma ternurenta e feliz por o ver. Manteve-se abraçado a ela durante algum tempo, o suficiente para ver Amber correr para o interior da casa e saltar para os braços de Tom, fazendo com que ele recuasse alguns passos com o peso do impacto do corpo dela sobre o seu. Bill soltou Nicky dos seus braços e olhou-a nos olhos para se aperceber que estavam de certa forma receosos com algo. Viu os olhos dela desviarem-se até Tom e olhou em direcção do seu irmão para perceber que ele segurava em Amber pelo rabo e que os lábios dela pareciam querer violar o corpo do seu gémeo. Segurou no queixo de Nicky de forma meiga e puxou a face dela para si, apercebendo-se que o olhar dela parecia mais triste e contido que à segundos atrás. Estaria Tom realmente a ter um efeito sobre ela ou seriam as atitudes de Amber que a magoavam? Será que uma coisa não estaria ligada à outra? Voltou a abraçar Nicky para lhe transmitir força.

- Não me queres dar a conhecer o meu quarto? – perguntou Amber de forma sussurrada ao ouvido de Tom. Queria o corpo dele sem mais demoras.
- Não queres cumprimentar primeiro o meu irmão? – perguntou Tom de forma sedutora pousando Amber no chão, ao mesmo tempo que fitava Nicky e percebia que ela estava mais em baixo que o normal.
- Tens razão… - disse Amber sorrindo de forma rasgada, e aproximando-se do ouvido de Tom, apalpou as suas partes mais íntimas e acrescentou – És tão delicioso que me fazes esquecer a boa educação!

Tom humedeceu os lábios e tentou proteger as suas partes baixas das mãos de Amber sem ser bem sucedido. Ela vinha preparada para o deixar sem fôlego, estava totalmente assanhada e com vontade de o provar a todo o custo. Assistiu a Amber ir ter com Bill para lhe dar dois beijinhos e meter-se com a roupa que ele trazia vestida naquele dia e reparou que Nicky olhava para si de forma contida e intimidada.

- Olá… - disse Tom passando de forma demorada com a língua no piercing que habitava os seus lábios – Fizeste boa viagem?

Nicky limitou-se a abanar a cabeça de cima para baixo envergonhada. Não se sentia bem em aproximar-se de Tom quando sentia o seu coração palpitar violentamente com a presença dele à sua frente. Não se sentia capaz de abraçar aquele corpo que tinha sido violado pela sua amiga à segundos atrás.

- Não me queres dar um beijo e um abraço? – perguntou Tom de forma cautelosa percebendo que o olhar dela transportava um misto de confusão, dor e desejo.
- Não… - disse Nicky com medo do que poderia despertar em si se sentisse o corpo de Tom colado ao seu.
- Nicky…
- … Esquece tudo o que eu te disse! –
murmurou Nicky, pegando no braço de Bill para se sentir protegida do olhar intenso de Tom.

Bill passou o braço sobre os ombros de Nicky e olhou para Tom implorando com o olhar que ele tivesse alguma contenção naquilo que dizia e fazia. Tom sentiu-se entristecido. Não percebia o medo e repulsa que Nicky tinha do seu corpo. Porque é que se recusava a cumprimentá-lo? Porque é que o seu olhar parecia carregado de dor? Porque é que procurava a protecção do seu irmão? Não desejava mal a ela! Amber voltou a aproximar-se de Tom com um sorriso nos lábios e pegando na mão dele anunciou para que todos ouvissem:

- Espero que não se importem que o Tom me vá mostrar o meu quarto… Estou um pouco cansada e adorava descansar…
- Claro que não! –
disse Bill com um sorriso nos lábios percebendo o descanso que Amber desejava do seu gémeo – Sente-te em casa…
- Obrigada querido! –
disse Amber piscando o olho a Bill de forma atrevida, olhando para Tom com um sorriso rasgado incentivando-o a seguir caminho até ao quarto que seria palco do prazer de ambos.

Tom olhou para Nicky como se esperasse que ela dissesse algo, mas Nicky insistia em olhar para Bill ou para o chão, fugindo do seu olhar como se uma simples mirada a pudesse danificar. Suspirou fundo e passando o braço à volta da cintura de Amber deixou-se desaparecer pelo longo corredor que dava acesso aos quartos.

- Não percebo porque é que ela tem de ser assim… - desabafou Nicky por entre um suspiro, assim que Tom e Amber desapareciam da sua visão.

- Como é que vocês estão? – perguntou Bill percebendo que aquela chegada tinha ficado marcada no coração de Nicky.
- Bem… Mas tenho medo que estas reacções dela sejam por provocação… Acho que ela era bem capaz disso, e isso faz com que eu não me consiga sentir cem porcento bem perto dela…
- Eu acho que não te precisas de preocupar, isto é só a Amber a ser ela própria… –
disse Bill com um sorriso enternecedor ao mesmo tempo que passava uma mão sobre o cabelo loiro de Nicky – Ela tem um fetiche qualquer pelo Tom…
- Pois… -
disse Nicky afastando-se de Bill para entrar no interior da sala dos gémeos, ignorando aquilo que ele tinha acabado de dizer.

Bill achou estranha aquela reacção dela. Tudo em Nicky apontava para que ela estivesse realmente a começar a interessar-se por Tom, e se tal fosse verdade, Bill temia pela segurança do coração de Nicky. Tom era uma pessoa incrível como ser humano, mas como homem, era a pior pessoa a quem ela poderia entregar o seu coração, ele era frio, insensível, egoísta e egocêntrico na procura de prazer. Só conhecia o desejo e ignorava qualquer batimento cardíaco que pudesse remotamente parecer-se com uma palpitação amorosa. Seguiu Nicky até ao interior da sala e sentou-se no sofá enquanto a via andar de um lado para o outro ligeiramente agitada. Nicky parou em frente a uma fotografia de Tom e Bill quando eram bebés e sorriu. Era o segundo sorriso sincero e verdadeiro que aqueles lábios espelhavam desde que tinham chegado
à Alemanha.

- Vocês eram mesmo iguais… - comentou ela sem se aperceber.
- Sim… Tínhamos de usar camisolas com os nossos nomes para que não nos confundissem…
- É incrível como hoje em dia são tão diferentes… Mas ao mesmo tempo têm algo que vos faz ser tão iguais…

- Queres dizer-me alguma coisa? –
perguntou Bill directamente, percebendo que o tema Tom começava a sufocá-la.
- Não… - disse Nicky timidamente – Tu é que tens muito que me contar… Disseste que querias falar comigo sobre o que tinha acontecido em LA…
- Podemos falar sobre isso amanhã… Temos o dia todo pela frente… -
disse Bill com medo de puxar aquele tema numa altura em que via Nicky tão sensível – Hoje quero que te sintas em casa e que descanses à vontade… Não quero que tenhas qualquer preocupação em mente!

- Como é que consegues ser tão perfeito? –
perguntou Nicky sentando-se ao lado de Bill respirando fundo e fechando os olhos, mas não sem antes olhar na direcção do corredor que tinha visto Tom e Amber desaparecerem.

- Fala comigo… - pediu Bill pegando numa mão dela para a acariciar - … É o Tom que te está a deixar assim inquieta?
- Porque é que haveria de ser o Tom??? –
perguntou Nicky recolhendo a sua mão de forma atrapalhada.
- Porque estás a olhar para o corredor como se estivesses à espera que ele aparecesse a qualquer segundo... Não o cumprimentaste… Porque olhas para ele como nunca olhaste para mim… Queres que continue?
- Eu não gosto do teu irmão Bill! Eu não tenho a capacidade de amar por isso não faças filmes acerca do que viste!
- Eu acho que tu te convenceste que não tens a capacidade de amar, mas no fundo já amas e ainda nem te apercebeste disso!
- Não!!! –
disse Nicky levantando-se do sofá para se afastar de Bill – Eu conheço-me! Eu sei que não sou capaz de amar…
- O amor é um sentimento! É algo que sentes mesmo que não queiras… Acho que estás a confundir o facto de não te saberes dar a alguém, com o facto de não conseguires sentir o que é o amor… São duas coisas totalmente diferentes!

- Eu não amo o Tom!
- Mas ele desperta-te interesse… Há algo nele que te cativa…
- Até pode ser uma atracção, mas não é amor!!! –
negou Nicky como se defendesse a sua vida e dignidade.

- Ele não é a pessoa adequada para ti… - disse Bill a medo. Por mais que amasse o seu irmão e fosse capaz de dar a sua vida por ele, sabia que Nicky precisava de alguém estável que a amasse e fosse capaz de estar ao seu lado para ultrapassar os seus medos e receios.
- Eu sei! Mas eu não quero nada dele… E mesmo que quisesse não ia ter sorte… Ele está ocupado!
- É melhor assim… -
disse Bill levantando-se para abraçar Nicky ao ver os olhos dela aguados – Pode magoar-te agora, mas a longo prazo é o melhor para ti e para o teu coração…

- Eu não vou gostar dele!
- Talvez já vás tarde pequeno furacão! –
disse Bill passando uma mão sobre a cabeça dela.
- Não quero relações nem complicações na minha vida, e o teu irmão tem a palavra: problemas, escrito na testa! – disse Nicky de forma envergonhada.
- Não te preocupes quanto às relações, o meu irmão tem alergia a isso… Mas ele é mesmo um poço de problemas no que toca a mulheres… Mantém-te afastada… Para teu próprio bem…
- Eu só quero um Kaulitz, e esse Kaulitz és tu! –
disse Nicky abraçando o corpo de Bill com força, sentindo-se estremecer ao perceber que Bill era capaz de a ler com uma exactidão medonha.

- Pois é minha amiga… Acontece que este Kaulitz está oficialmente comprometido! – disse Bill abraçando Nicky com um sorriso radioso nos lábios.

Tinha prometido a Gabi que falava com Nicky acerca da relação que os ligava e que deixava esclarecido aquilo que existia entre eles. Não podia haver uma altura melhor do que naquele momento em que debatiam sentimentos.

- Gabi? – perguntou Nicky timidamente.
- Simmmmmmmmmmm! – disse Bill batendo palminhas – Estamos juntos de novo…
- Que bommmm!
disse Nicky abraçando Bill com energia e felicidade.
- Estou tão feliz! Já não aguentava mais estar afastado dela! – disse Bill suspirando – Amo-a tanto, mas tanto…
- Isso são óptimas notícias!
- Sim… E foi tudo graças ao Tom… -
disse Bill percebendo que tinha tocado num nome que não devia, ao ver o sorriso de Nicky desaparecer dos seus lábios – Estamos juntos e mais felizes que nunca!
- Ainda bem…

- Não quero mais ninguém para mim! Desde que conheci a Gabi que acho que sou incapaz de olhar para outra mulher que não seja ela… É a minha alma gémea! -
disse Bill na tentativa de fazer com que Nicky percebesse a indirecta.
- Que inveja… - disse Nicky suspirando.
- Estou desejoso de ser feliz… De poder viver ao lado dela a minha vida toda, de ver os nossos filhos, netos, bisnetos… - disse Bill deixando-se levar pelo entusiasmo.
- Ela é uma sortuda… - disse Nicky invejando a relação equilibrada e perfeita que Bill era capaz de estabelecer com outra mulher – … Posso só pedir-te para teres cuidado por causa do contrato? Não era nada bom que te apanhassem com ela enquanto nós supostamente estamos juntos…
- Não te preocupes, já falei com ela sobre isso e vamos manter tudo no segredo dos deuses até o contrato acabar… -
disse Bill e lembrando-se que existia outro problema entre o amor dele e de Gabi acrescentou – E eu posso pedir-te que não contes nada ao Mercier? Se ele souber da Gabi, tenho medo do que possa acontecer…
- Ele seria incapaz de fazer mal à Gabi! –
disse Nicky imediatamente.
- Eu não tinha tantas certezas disso… Fazes-me esse favor?
- Sim… Se me estás a pedir, claro que prometo ter cuidado quando falar com o James... Mas duvido que te tivesses de preocupar com isso…

- Amanhã falamos… -
disse Bill em forma de sussurro não querendo abordar aquele tema.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Arrastou Tom até à cama e correu até à porta para a fechar à chave. Precisava de soltar a tensão sexual e animal que tinha no seu interior e só Tom seria capaz de matar a fome exacerbada que tinha de um corpo masculino. Encaminhou-se até à cama despindo o casaco e top que trazia vestidos, largando-os pelo chão. O olhar de Tom parecia excitado mas um pouco desligado daquilo que estava prestes a acontecer naquele quarto. Saltou para cima do corpo dele e tirou-lhe a t-shirt, roçando o seu corpo sobre o dele ao mesmo tempo que lambia o tronco de Tom de forma sedenta e necessitada.

- Fode-me… Fode-me já!!! Quero sentir-te dentro de mim! – disse Amber numa voz de comando.

Tom ainda se encontrava meio anestesiado com o que tinha acabado de acontecer à entrada com Nicky, mas o modo como Amber começava agora a abrir as suas calças e a massajar as suas partes íntimas, excitava-o de forma abrupta. A sua cabeça parecia começar a afastar-se de qualquer pensamento que não o de entrar dentro de Amber e atingir um orgasmo que o fizesse recordar do porquê se dar a qualquer mulher que lhe suscitasse interesse. Tirou os ténis e as calças que tinha sobre o corpo e puxou Amber pela cintura até si de forma a que o corpo dela ficasse colado ao seu. Atacou os lábios dela com ferocidade, rebolando sobre a cama de forma a ficar sobre ela. Queria entrar no seu interior de forma selvagem. Queria sexo. Queria exactamente aquilo que Amber lhe tinha pedido momentos antes: Queria foder. De forma despreocupada, com violência e precisão. Queria atingir um orgasmo forte e que o excitasse de tal forma que o seu corpo se sentisse obrigado a restabelecer as suas forças para entrar dentro dela novamente. Queria que Amber conhecesse o Sex Gott que tinha em si e não mostrava a qualquer uma. Desapertou as calças de Amber e saiu de cima da cama para as puxar para longe e largá-las no chão. Procurou um preservativo nos bolsos das suas calças, ficando feliz por o encontrar tão à mão. Na noite anterior tinha ido sair com Andreas, e mesmo que não tivesse acabado acompanhado por alguém do sexo feminino, tinha sempre um preservativo nos bolsos por prevenção. Puxou os boxers para baixo ao mesmo tempo que olhava para ela e a via morder o lábio inferior puxando também ela para baixo o seu fio dental que pouco deixava à imaginação. Observou-a abrir as pernas em clara provocação, e fazer sinal com a mão direita para que ele fosse ao seu encontro, e sentiu-se mais excitado que nunca e com uma vontade imensa de se dar e de procurar o prazer. Colocou o preservativo em si e subiu para cima da cama, usando a sua língua para caminhar entre a pélvis dela, até à sua boca, passando pela barriga, peito e pescoço. Ao atingir os lábios dela, mordeu-os com força e entrou no seu interior sem demoras ouvindo-a gemer com a rapidez com que ele entrava totalmente no seu interior. Tom segurou nos longos cabelos escuros dela e puxou-os ligeiramente, fazendo com que a cabeça de Amber inclinasse para trás e a boca dela esboçasse um sorriso de contentamento. Ela gostava que ele fosse agressivo e viril consigo. Tom saiu e entrou no interior dela de forma faminta e fez a sua língua e boca passear-se sobre o pescoço de Amber, sentindo as mãos dela agarrarem o seu rabo e impulsionarem-no para o seu interior de forma mais rápida e violenta. Tom largou o cabelo de Amber e posicionando os seus cotovelos de forma segura sobre a cama, enterrou a cabeça no ombro direito dela para a penetrar com mais vigorosidade. Sentiu-a morder o seu ombro de forma agressiva, fazendo com que Tom soltasse um grito de surpresa e dor.

- Miaaaaaaaaaaaaaaaau! – disse Amber como se fosse uma gata assanhada.
- Queres brincar??? – perguntou Tom sorrindo com um ar maroto.
- Não… Quero foder! – disse Amber rindo de forma desinibida, abraçando o pescoço de Tom para o puxar até si e beijá-lo desprovida de censuras.

Tom abraçou o corpo dela e manejando-a a seu jeito colocou Amber virada de costas para si, de quatro, como se fosse uma autêntica gata. Deu uma palmada sonora no rabo de Amber, ouvindo-a rir, deleitada com a actuação dele, e voltou a puxar os cabelos dela para trás, fazendo com que ela inclinasse o pescoço para si. Voltou a entrar no interior dela e fez com que uma mão passasse sobre as costas de Amber que começavam a denotar vestígios de suor. Tom ouviu-a gemer e emitir pequenos gritos cada vez mais sonoros, e puxou o corpo dela para o seu, fazendo com que ficassem os dois de joelhos sobre a cama. Amber levou as mãos para trás até conseguir abraçar o tronco de Tom e ao sentir a força com que ele a penetrava naquela posição, soltou um grito de puro prazer. Tom não tinha dificuldades em encontrar todos os pontos eróticos do seu corpo. Sentiu uma mão de Tom tapar-lhe a boca para evitar novos gritos, e os lábios dele ocuparem-se do seu pescoço, e sugou os dedos da mão dele de forma sensual. Tom estava imparável! Deixou o seu corpo cair para a frente e sentiu Tom acercar-se dele de forma rápida e eficaz, como se necessitasse dele para ser feliz na sua plenitude. Agora sim, estava perante o verdadeiro Sex Gott
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeQua Jun 29, 2011 11:22 pm

Nicky chegou .... será que vai rolar algo de muito importante agora ? D: Ela não o amo mais gosta né ? Se não, não ficaria do jeito que ficou quando chegou, acho que ela queria esta no lugar da Amber, mais é só uma palpite. Tom e Amber eu já imaginava que ia acontecer isso, eles não são imprevisíveis nesse assunto. :x
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeSex Jul 01, 2011 11:14 pm

CaTaRiNaAaaAa \o/ \o/ \o/

Bem.... Antes que mais tenho d komeçar por elogiar a sua assinatura!!! AMOOOOOOOOOO!!!!!!! haha haha haha Adoro 30 Seconds to Mars (aliás tanto k vou ver eles pela 3ª x para a semana LolOlol eles vão passar cá por Lisboa num festival de Verão =p) E essa assinatura está demais!!!! haha haha haha

Continuando.....Nicky chegou e a coisa promete!!!! Parece k ela keria mm estar no lugar da Amber.... Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes
É.... kom o Tom e a Amber a gente sabe sempre o k vai akontecer LolOLolOL Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil



* * * KiSsEsSSs * * *




129

[FF] - Kampf der Liebe - Página 15 129ma

Segurou na mão dela com firmeza e guiou-a pelas escadas até àquele cantinho que tantas vezes o apaziguava e sarava as suas dúvidas e feridas.

- Quero que conheças este espaço… É a minha parte preferida da casa… - disse Bill chegando ao cimo das escadas que davam acesso ao sótão.
- É tão bonito… - disse Nicky largando a mão de Bill para se encaminhar até uma das janelas que adornavam aquele espaço e aperceber-se que a vista para o jardim era realmente privilegiada – Costumas vir para aqui muitas vezes?
- Sempre que preciso de estar sozinho ou pensar… -
disse Bill sentando-se no chão, junto da janela central do sótão, como era seu hábito – Gosto de me sentar aqui, fumar um cigarro e expurgar todos os meus demónios…

- Posso juntar-me a ti?
- Faço questão… -
disse Bill fazendo sinal para que Nicky se sentasse à sua frente – Gostava de falar contigo sobre o que te traz aqui…
- Sim…
- Nicky, o que eu te vou contar é capaz de ser algo que tu não queres ouvir, mas mesmo que seja difícil para ti, dá-me uma oportunidade… Precisamos mesmo de falar! -
pediu Bill olhando para os olhos cristalinos dela que olhavam para si de forma curiosa e preocupada.
- Ok…

- Tu sabes que eu e o Mercier nunca nos demos bem, e não existe nada que ele ou eu possamos fazer para contornar isso… Ele não vai com a minha cara e fez-me coisas que denotam a falta de respeito, civismo e bondade que ele tem dentro dele…
- Bill… -
começou Nicky por dizer, na tentativa de proteger o seu manager daquelas acusações. Nicky sabia que Mercier era um homem complicado, habituado ao sucesso e a ter tudo o que queria, mas nem por isso deixava de ser como um pai para ela. Tinha-a ajudado em alturas onde duvidava ser capaz de continuar a viver.
- Ouve-me, por favor! – pediu Bill respirando fundo – Não vale a pena Nicky… Já me conformei com a ideia dele ser assim... Ele é perigoso, maléfico e o pior de tudo, é que as coisas que faz, faz sabendo que serão destrutivas, e fá-lo retirando prazer delas… Muitas vezes só por desporto e por pura vontade de ser mau, se assim não fosse, como é que explicas o facto dele ter-se aliado ao Patrick para que a Nat perdesse a custódia do filho? Mesmo que a Nat fosse o grande trunfo dele para que eu aceitasse o contrato contigo, as fotografias chegavam para me encurralar… Mas para o Mercier não… Mesmo depois de já me ter na mão, e de eu já ter assinado o contrato contigo, ele ainda fez questão de garantir que a Nat saía prejudicada, e porquê? Porque sim… Porque lhe apeteceu, porque ele é mau a esse ponto!
- Tu não o conheces…
- E tu conheces??? Ás vezes parece que estamos a falar de duas pessoas totalmente diferentes! Esse homem que tu admiras, é o homem que tem feito de tudo para destruir a minha vida! Como é que podes admirar uma pessoa assim e ao mesmo tempo dizeres-te minha amiga?
- Não duvides da minha amizade por ti!!! –
disse Nicky prontamente com medo que Bill duvidasse do sentimento imenso que nutria por ele.
- Mas eu não duvido… - disse Bill pegando nas mãos dela para a assegurar que a amizade deles estava em segurança – Eu duvido é que tu o conheças… Ou melhor dizendo… Eu duvido que ele se dê a conhecer como na realidade é, a ti… Eu sempre achei que tudo o que ele fazia e dizia, fazia e dizia para te proteger… E até certo ponto percebia isso… Acho que qualquer pessoa que goste verdadeiramente de ti seria capaz de tudo para que ninguém se aproximasse de ti e te fizesse mal novamente… Até eu! Até eu quero-te proteger do meu próprio irmão, sabendo que ele é uma boa pessoa, mas que não serve para ti… Tu fazes com que as pessoas que te conheçam realmente sintam necessidade de te acarinhar e apoiar… E até aqui tudo normal… Até aqui eu compreendo… Mas deixo de compreender quando o Mercier é tão mau para pessoas que como eu só te querem bem, só te querem proteger e amar… Aí as coisas começam a ficar mais turvas na minha cabeça e não percebo o que é que ele quer… Quer ser o único??? Quer-te só para ele???

Nicky olhou para a janela do sótão e viu uma rajada de vento tomar conta do jardim. Seria isso que Bill queria ser para si? Uma rajada de vento que queria alterar a ordem da sua mente? Sabia que Mercier não era a melhor pessoa do mundo, sabia que muitas das coisas que Bill dizia eram verdade, mas ao mesmo tempo, James era como um pai para si, não lhe podia virar costas depois de ele a ter salvo das mãos do seu violador, não podia virar-lhe costas depois de ele a socorrer das depressões constantes que tinha, muito menos podia virar-lhe costas quando tinha sido ele o propulsor da sua carreira e fama a nível mundial. Era graças àquele homem que Bill odiava que ela era um actriz reconhecida e admirada nos quatro cantos do mundo. Mercier nunca tinha desistido de si, nunca lhe tinha virado costas.

- E mesmo que ele quisesse ser o único na tua vida, mesmo que tenha uma fixação doentia por ti… Até isso eu estou disposto a aceitar… Porque tu és uma pessoa incrível e acredito que qualquer pessoa quisesse estar do teu lado… Qualquer pessoa gostaria de te ter para si… Mas tu não és um objecto, és uma pessoa com vontade própria e com uma vida própria, e ninguém a pode viver sem seres tu mesma! Nem mesmo o Mercier… A função dele é gerir a tua vida profissional, não podes deixar que ele se sirva disso para comandar a tua vida pessoal também! – disse Bill respirando fundo ao aperceber-se que Nicky estava a ficar emocionada com as palavras dele e que o pior ainda não tinha sequer chegado – … Para além da clara maldade que ele tem para comigo… A única coisa que em relação a ele eu não percebo, e a única coisa sobre a qual já pensei diversas vezes e nunca chego a conclusão nenhuma… É o facto dele ser mau para ti também… Porque na minha cabeça não faz sentido!!! Eu percebo que ele me queira aterrorizar se o intuito dele for ver-se livre de mim… Mas não percebo como é que ele é capaz de te aterrorizar a ti e de querer fazer mal ao que até agora ele sempre mostrou ser, o bem mais precioso da vida dele, aquele com que se alguém se meter, acaba por sair mal…

- Ele nunca me fez mal… -
disse Nicky entristecida com as palavras de Bill. O que é que ele queria? Que ela deixasse Mercier? Que ficasse à deriva e entregue nas mãos de um desconhecido? Já tinha dificuldade em confiar nas pessoas que conhecia, se entregasse a sua carreira nas mãos de um qualquer e começasse tudo do zero seria muito complicado para si.

- Adorava dizer-te que isso é verdade! – disse Bill pegando na face de Nicky com ambas as mãos para as acarinhar com os polegares de forma doce.
- Eu sei que tu pensas que eu estou presa a ele, que faço o que ele quer, que não tenho vida e tudo mais… Mas é mentira… Ele nunca me obrigou a fazer nada que eu não quisesse! Nunca… Nem mesmo o nosso contrato… Já andávamos há muito tempo à procura de alguém com quem eu me pudesse sentir à vontade para levar o contrato em frente e nunca apareceu ninguém… Até apareceres tu… Fui eu que te escolhi, e ele não se opôs… Ele sempre me quis bem e sempre me protegeu! – disse Nicky pegando nas mãos de Bill para as acariciar com os polegares também – Eu sei que vocês se detestam, mas nenhum dos dois me quer mal… Ambos lutam pelo mesmo, mas de costas voltadas!

- As coisas não são bem assim… -
disse Bill tentando sorrir de forma tranquila para não a assustar – … Quando me contaste o que te tinha acontecido quando eras mais nova, disseste que há cerca de um ano atrás tinhas tido um encontro com o teu agressor… lembras-te?
- Sim… Ele passeava-se com uma mulher muito mais nova que ele… Iam de mãos dadas… -
disse Nicky sentindo um arrepio trespassar-lhe a espinha, meramente por recordar aquela visão que tanto a aterrorizava.
- Disseste que foi o Mercier que te ajudou e que te protegeu e demoveu das ideias de suicídio…
- Eu não gosto de falar disso… -
disse Nicky ficando visivelmente inquieta como se Bill tivesse tocado no seu nervo nefrálgico.
- Eu sei que não gostas… Mas hoje temos de falar… Não podes continuar a ignorar os teus problemas senão nunca os vais deixar para trás das costas… Foi o Mercier que te estendeu a mão nessa altura, não foi?
- Sim… -
disse Nicky sentindo os olhos acumularem lágrimas por tocar num tema tão delicado para si.

- Lembraste o que é que se passava nessa altura? Alguma coisa especial na tua carreira ou na tua vida pessoal?
- Não! -
disse Nicky imediatamente.
- Pensa… Era importante que fizesses um esforço para te lembrares… - pediu Bill com cuidado – Não estavas numa altura com mais trabalho, ou não conheceste alguém que te fizesse sentir bem… Alguém que incomodasse o Mercier, por exemplo….

Nicky começava a encontrar dificuldade em abordar o olhar de Bill, era tão intenso e forte que o simples vislumbrar dele a deixava mais frágil e desamparada do que já se sentia. Preferia ocupar-se daquela grande janela que dava acesso ao jardim e que a tranquilizada de forma tão pura.

- Pensa… - insistiu Bill numa voz doce.
- Há um ano atrás… - repetiu Nicky tentando recordar o que se passava nessa altura – Foi quando recebi a notícia que tinha ganho o papel para o Addicted… O produtor do filme gostou muito de mim… Estava ansioso para que começassem as gravações… Foi quando conheci os actores que iam contracenar comigo… E acho que foi por volta dessa altura que recebi pela primeira vez na minha vida uma proposta para mudar de agenciamento…

- Eu sabia… -
disse Bill em forma de desabafo.
- Mas eu não aceitei!!! Adoro o James… Ele ajudou-me muito… Sou-lhe grata com a minha própria vida!
- Não digas uma coisa dessas nem a brincar!!! –
disse Bill repreendendo-a num tom zangado – Ninguém vale o preço da tua vida!!!

Agora tudo fazia sentido. Claro que James Mercier se tinha sentido ameaçado com a possibilidade de Nicky o abandonar e tinha feito questão de se assegurar que ela não o deixava, pedindo que o seu violador regressasse a Hollywood. Dessa forma eles poder-se-iam cruzar mais dia, menos dia, recordando a Nicky que só Mercier sabia do seu passado e que só ele estaria ali para lhe dar um ombro e apoiá-la quando ela mais precisava. Será que era por isso que Mercier o detestava tanto? Porque sabia que Bill era uma ameaça ao coração de Nicky e que ele a incentivava a afastar-se dele? Tudo fazia mais sentido agora.

- Eu sei que é difícil acreditares e aceitares aquilo que te vou dizer… - começou Bill por dizer – Mas no dia em que encontramos aquele monstro em LA… Eu fui atrás dele e encostei-o a uma parede e ele acabou por me dizer que tinha sido o Mercier que lhe tinha pedido para regressar a Hollywood
- Não!!! –
disse Nicky olhando para Bill aterrorizada com aquilo que ele dizia.
- Eu não te queria contar nada antes porque estavas muito fragilizada e porque aconteceu aquilo tudo com o Tom e a Nat em tua casa… Mas ele jurou-me a pés juntos que tinha regressado a mando do Mercier, e que ele não lhe tinha pedido nada em troca… Eu acho que o Mercier só queria que tu te cruzasses com ele…
- Ele estava a mentir… -
disse Nicky sentindo duas grandes lágrimas escorrerem sobre o seu rosto e o seu corpo estremecer.
- Não… Infelizmente não estava… - disse Bill tentando passar uma mão sobre a cabeça de Nicky, para ver ela afastar-se de si e abraçar os joelhos, enterrando a cabeça neles para chorar a sua dor. Bill sentiu o seu peito ser tomado por um peso imenso – Era isto que eu não percebia no Mercier… Porque é que ele haveria de trazer para perto de ti uma pessoa que te faz tanto mal e que te deixa nesse estado só de se falar nele… Mas agora percebo… Faz sentido que ele quisesse relembrar-te que não podes confiar em mais ninguém sem ser ele… Que ele é o teu único amigo e sustento… Ele tem-te mantido a vida toda debaixo da asa dele... Ele impede-te de voar Nicky… Ele é mau… E sabe-se lá que mais ele não fez ao longo destes anos todos para que chegasses onde chegaste… Ele não tem escrúpulos nem limites…

- Pára, pára, pára…. Por favor!!! –
disse Nicky balouçando-se como se as palavras de Bill fossem autênticas balas mortíferas para a sua sanidade.
- Mas é verdade… Ele tem-te mantido em cativeiro estes anos todos… Debaixo de medo e tortura…
- PÁRA!!! –
gritou Nicky olhando para Bill nos olhos.

Bill sentiu o seu coração deixar de bater. A dor espelhada no corpo dela e os tremores que agora via terem dominado o seu corpo eram de uma violência que Bill sentia que tinha ido longe demais. Tinha de abrir os olhos a Nicky, mas talvez o devesse ter feito de outra forma. A Nicky que estava à sua frente estava totalmente devastada com as noticias que tinha recebido, e tentava proteger-se das palavras de Bill como se ele fosse o seu inimigo. Levou as mãos à boca, e abanando a cabeça da direita para a esquerda, sentiu-se impotente para falar. Sabia que aquela conversa ia ser difícil para Nicky, mas não queria sentir que a magoava daquela forma. Tudo o que queria era protegê-la.

- Ele tentou matar o Tom e a Nat…
- Em auto-defesa! –
disse Nicky prontamente, deixando o seu corpo encostar-se à janela do sótão, como se tivesse perdido a força para lutar.
- Tu sabes que não foi só em auto-defesa… Em auto-defesa, ele tinha debilitado o Tom, não tinha insistido em afogá-lo até que alguém o obrigasse a parar… - disse Bill de forma suave para não a macerar mais - … Tu mereces melhor… Eu ajudo-te a encontrares um agente melhor… Prometo! Corro Hollywood de uma ponta à outra contigo até que encontres alguém com quem te sintas à vontade para trabalhar… Mas por favor, desprende-te do teu passado… Desprende-te dele…

- As coisas não são assim tão fáceis… -
disse Nicky tapando a cara com as mãos.
- Porquê? Ele tem alguma coisa contra ti? – disse Bill aproximando-se dela para a confortar e alimentá-la com a sua força e energia.
- Não!!! Ele nunca me fez mal… Ele seria incapaz de me fazer mal… - disse Nicky destapando os olhos para olhar para Bill e sentir uma onda de choro incontrolável tomar conta de si. Doía tanto ter de reconhecer que alguém que era como um pai para si a mantinha em cativeiro sobre um medo desumano de encarar o seu passado. Doía tanto saber que mais uma vez alguém em quem tinha depositado a sua confiança cega, e que a amparava há anos, afinal só se queria aproveitar de si.

- Ele fez-te muito mal ao longo destes anos Nicky… Fez-te mal para fazer bem a ele próprio… - disse Bill abraçando o corpo dela ao vê-la tão devastada - … Talvez eu não te devesse dizer isto, mas… Eu estou a recolher provas para lutar contra o Mercier em tribunal…
- Tu não podes fazer isso!!! –
disse Nicky soltando-se do corpo de Bill para o olhar nos olhos assustada.
- Posso, e vou fazer…. – disse Bill passando uma mão sobre o cabelo dela – Eu sei que é uma situação delicada para ti, mas eu estou farto de ver a minha vida a ser alvo das mãos dele, e estou farto de te ver a ser subjugada às atrocidades dele… Mesmo que seja complicado para ti, queria que percebesses que ele não me deixa outra saída… Ou o levo a tribunal, ou faço justiça com as minhas próprias mãos… Ele deixou somente de brincar com a minha vida e a vida dos que me rodeiam, para nos pôr a todos em risco… E eu não gosto desta brincadeira! Cheguei ao meu limite!

- E eu??? –
perguntou Nicky sentindo-se desamparada.
- Tu podes ajudar-me... Ajuda-me a provar que ele é uma pessoa dúbia, mal intencionada, que brinca com as pessoas como se elas fossem marionetas da sua vontade… Ajuda-me a pô-lo atrás de grades… Por favor…

Nicky olhou Bill nos olhos e afastou-se na totalidade do seu corpo. Percebia o que Bill realmente lhe estava a pedir naquele momento. Estava a pedir-lhe para enfrentar o seu passado e o seu maior receio. Estava a pedir-lhe para reviver uma história que a dominava e tornava frágil e incapaz de amar. Bill não tinha o direito de lhe pedir aquilo. Podia confiar nele, e ter-lhe confinado a sua história e o seu passado, mas ele não a podia obrigar a falar de algo que a arrepiava.

- Imploro-te… - pediu Bill sentindo os seus próprios olhos encherem-se de lágrimas com a intensidade e dor que via espelhada nos olhos de Nicky – Por favor!

- Isso significava admitir que fui violada… -
disse Nicky sentindo o seu corpo estremecer com a ideia de algum dia admitir perante toda a gente que o seu passado era triste e dorido e não feliz e alegre como toda a gente se recordava.
- Talvez… - disse Bill com medo da reacção dela.

- Eu não posso… - disse Nicky levando as mãos à cabeça, ao mesmo tempo que a abanava em forma de negação.
- A vida é tua… Eu não quero que te sintas obrigada a nada… Eu sei que não tenho direito de te pedir uma coisa destas, mas pelo menos ajuda-me de alguma forma… Já chega!!! Ele tem de ser responsabilizado pelo que faz!!! – disse Bill sentindo uma raiva enorme tomar conta de si – Ele passou todos os limites do que é aceitável… Ele tentou matar o meu próprio irmão e a minha melhor amiga a troco de nada!!! Vais continuar ao lado de um assassino??? Nicky… - disse Bill pegando nos braços de Nicky para a abanar ligeiramente como se isso lhe devolvesse a força que ela precisava para encarar tudo o que tinha ouvido naquela tarde – Eu preciso de ti… Tu és a chave disto tudo… Eu vou estar ao teu lado… Aconteça o que acontecer…

- Porque é que me estás a fazer isto??? –
perguntou Nicky sentindo-se morta para a vida que anteriormente julgava conhecer.
- Porque preciso de ti…. Chegou a hora de ires à luta… Preciso que lutes por ti… - disse Bill abraçando-se a ela para chorarem em uníssono a dor que se fazia sentir naquele momento – Preciso que lutes por mim… Pela Nat, e pelo filho dela que não tem culpa de nada do que aconteceu e é uma das maiores vitimas no meio disto tudo… Preciso que lutes pelo Jost… Pela Gabi, que se for enrolada nesta história toda, pode sair muito magoada… E pelo Tom… O Tom também precisa de ti… Precisamos todos…

- … Isso significaria enfrentar o meu… Violador em tribunal? –
perguntou Nicky a medo percebendo que muita gente dependia de si e da sua força naquele momento.
- Sim… - disse Bill com medo da reacção de Nicky – Os meus advogados têm estado em contacto com ele e ele disponibilizou-se para depor contra o Mercier…
- … Tu tens falado com ele nas minhas costas? –
perguntou Nicky sentindo-se estremecer.
- Não… Só falei com ele uma vez, quando estávamos em LA, mas fiquei com o número dele por precaução… Preciso de saber que estás ao meu lado para o que der e vier… Preciso de ti para afastar o Mercier das nossas vidas de uma vez por todas… Ele não pode fazer mal a mais ninguém… Chega!!!
- Eu não consigo acreditar que ele seja essa pessoa monstruosa que tu descreves… -
disse Nicky procurando os braços de Bill para o abraçar com força – Eu não quero que tu sofras mais nas mãos dele… Mas também não me sinto capaz de virar-lhe as costas… Ele é como um pai para mim…
- Nem todos os pais têm a capacidade de o serem…

- Eu não sei se consigo… -
disse Nicky em desespero.
- Pensa nisso… - pediu Bill depositando um beijo terno na testa de Nicky.
- O que tu me pedes é muito difícil para mim…
- É a única maneira de levarmos as cartas todas à mesa e fazê-lo pagar pelo que tem feito… Mas eu compreendo que tu não o queiras fazer…
- É pesado demais…

- Talvez me possas ajudar de outra maneira…
- Não… Se o meu… Violador vai depor, vai ter de contar aquilo que aconteceu… Toda a gente vai ficar a saber a verdade… -
disse Nicky levantando-se do chão para sentir-se incomodada com a presença de Bill e desejar desaparecer e excluir-se do mundo e da sociedade para chorar toda a sua dor em privado e pensar naquilo que Bill lhe acabava de propor – Tu não tens o direito de me fazer isto… De expor assim a minha vida…

- Desculpa… -
disse Bill sentindo-se desumano por a fazer sofrer tanto – Eu preciso de o travar… Por mim, por ti e por toda a gente que amo…
- Pisando-me e magoando-me? –
perguntou Nicky começando a sentir-se encurralada contra a espada e a parede, desejando fugir dali.
- Não… - disse Bill levantando-se prontamente ao perceber que ela começava agora a revoltar-se com tudo aquilo que tinha ouvido da sua boca e que era demais para ela conseguir aceitar tão facilmente – … Podemos meter um processo contra o teu violador e fazê-lo pagar por aquilo que ele te fez! Vamos arrumar a tua vida… Livramo-nos de tudo o que é mau e negativo e começas de novo, do zero, rodeada de quem te ama e quer bem!!
- E essa pessoa serias tu??? –
perguntou Nicky incomodada com a conversa de Bill – Chegaste à minha vida há cinco meses e achas que tens o direito de a revolucionar e virar de cabeça para baixo???
- Não é isso Nicky… -
disse Bill aproximando-se dela para a tentar tranquilizar.
- É exactamente isso!!! – disse Nicky afastando-se de Bill, caminhando em direcção às escadas que davam acesso ao piso inferior – Tu queres-me a obrigar a reconhecer algo que há treze anos escondo e mantenho enterrado dentro de mim, e não tens direito de o fazer… Eu não te dou esse direito, mesmo sendo quem és, e representando o que representas para mim… Não podes aparecer na minha vida e levar-me tudo o que eu tenho como certo…

- Nicky… -
disse Bill em pânico sem saber como reagir à revolta dela, embora a compreendesse.
- Deixa-me… - disse Nicky colocando um pé no primeiro degrau das escadas – Preciso de apanhar ar, sair daqui… Este sítio é claustrofóbico… Preciso pensar e estar sozinha…
- Claro… -
disse Bill prontamente, e sem saber o que mais acrescentar, disse – Mas deixa-me ajudar-te… Por favor… Não tens de fazer isto tudo sozinha, eu estou ao teu lado!!! … Eu protejo-te a ti e tu proteges-me a mim, certo? ... Então deixa-me proteger-te!!!
- Não sei… -
disse Nicky retomando as lágrimas.

Desceu as escadas que davam acesso ao sótão de casa dos Kaulitz sem saber como conseguia manter as pernas hirtas e com força suficiente para se manter em pé, e encaminhou-se para a sala. Deu consigo a andar de um lado para o outro sentindo-se sufocar por dentro, e por impulso abriu uma das grandes janelas que dava acesso ao jardim da casa e correu por ele sentindo o ar fresco embater contra a sua face e os seus olhos largarem a tristeza que se abatia no seu coração e mente naquela tarde. Bill propunha-lhe uma revolução total na sua vida. Por mais que gostasse dele, não se sentia com forças para enfrentar o seu passado cara-a-cara e viver um dia que fosse com aquela recordação em mente. Sentia-se fraca, frágil, demasiado débil para ser considerada humana. Sentia-se repugnante, suja, conspurcada e incapaz de algum dia ter uma vida que se assemelhasse a algo normal. Fechou os olhos instintivamente e desejou com todas as suas forças morrer. Se morresse todos os seus problemas teriam um fim. Ajoelhou-se sobre a relva e chorou. Chorou até que as suas forças se esgotassem e que o seu coração estivesse demasiado enfraquecido para continuar a bater de livre vontade. Levou as mãos à cara e limpou as lágrimas que a lavavam. Estava disposta a pôr fim à sua vida…
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Catarina Kretli
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeSáb Jul 02, 2011 5:26 pm

Eu amei quando vi, tive que colocar no assinatura (: Você vai ir pela 3 vez no show deles ? AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH Também que ir. Meu sonho é ir no show deles, serio.

Agora começou a fica tenso a historia, Bill quer proteger as pessoas que ama mais com a Nicky assim nem vai ter como né ? Porque é a vida dela também que sta em jogo não é qualquer coisa, ele tem que achar uma maneira de fazer as coisas onde ninguém saia prejudicado dessa historia.
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dikas
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeDom Jul 03, 2011 8:39 pm

CaTaRiNaAaAa \o/ \o/ \o/

É mesmo muito bom haha haha haha
Simmmmmmmmm..... Eu sei k sou uma sortuda.... O Jared Leto é apaixonado por Portugal e Lisboa por isso todos os anos posso contar com um concerto deles... E são sempre uma maravilha e ineskeciveis... Esse n será diferente de certeza I love you I love you I love you

Pois.... É dificil o BiLL konseguir proteger todo o mundo... As koisas n andam fáceis Sad Sad Sad Mas o BiLL n pode passar por cima da vontade da Nicky, ela passou muitos anos escondendo o seu segredo e s ela n kizer kontar, ele n pode fazer isso kom ela.... silent



* * * KiSsEsSSSs * * *





130

[FF] - Kampf der Liebe - Página 15 130n

Pensava numa maneira limpa de o fazer. Tinha tantos pormenores em que pensar. Tantas emoções à flor da pele a querer roubar-lhe a coragem de o fazer. Ia optar por uma via dramática, ou silenciosa e pacífica? Tinha de ponderar a sua arma, o sitio onde o faria, quando, de quem se queria despedir, se deixava uma carta ou não.

Sentiu uma gota escorrer pelo seu rosto e um desespero imenso apoderar-se de si novamente. Não queria morrer, não queria desaparecer de um mundo que ainda tinha tanto para lhe oferecer, só queria paz, queria encontrar um rumo e uma forma de viver condigna do ser humano detestável em que se tinha tornado. Um ser humano que não valia sequer o preço de uma amizade, que era usado e abusado, física e mentalmente ao longo de anos. Uma marioneta sem opinião, sem gosto, sem sentimentos, sem vontade de sentir, e sem valor. Era a decisão mais correcta. Já o tinha tentado fazer diversas vezes, não era a primeira vez que pensava nisso. Era o que tinha de ser feito para ir para um sitio melhor, um sitio onde o seu Deus tomasse conta de si e lhe desse amor incondicional sem segundas intenções. Ia para um sítio melhor, onde não havia maldade, onde estaria protegida e onde podia ser uma alma em paz com o mundo que a rodeava. Se já tinha pensado naquela hipótese tantas vezes e ela não desaparecia, era porque tinha de ser a decisão mais acertada. Se voltava a assaltar-lhe a mente num dia em que o seu mundo era posto todo em questão, era porque era a solução para todos os seus males. Tinha de ter coragem. Era chegada a altura de ser forte. Ia regressar a Los Angeles, despedir-se dos seus pais, de Mercier e de um ou dois amigos dos quais sentiria falta. Abraçaria as suas empregadas, agradecida pelo carinho incondicional que sempre lhe tinham prestado e fechar-se-ia na estufa. Era lá que queria que tudo acontecesse. Era lá que o seu corpo deveria ser encontrado, no meio da natureza, mas em sua casa. Ia fazê-lo de forma silenciosa. Não queria sofrer mais. A dor que carregava consigo era forte demais para ter coragem de se auto-infligir com uma nova dor. Talvez duas caixas de um medicamento qualquer a pusessem a dormir, talvez três, talvez quatro… Queria que o seu corpo fosse encontrado com tranquilidade, queria que o mundo acreditasse que era chegada a sua hora de partir, que era um anjo que tinha vindo numa missão dolorosa de levar paz e carinho ao mundo, mas que o seu tempo tinha acabado, e já acabava tarde demais. Enterrou a cabeça nas mãos e sentiu as lágrimas que lhe escorriam dos olhos. Não chorava a perda da sua vida, chorava o facto de nunca ter vivido, de nunca ter amado, de nunca ter sentido que era importante na vida de alguém, de nunca ter tido a capacidade de dizer a palavra amor sabendo na totalidade que a sentia. Chorava por saber que nunca ouviria essa palavra da boca de ninguém, nunca sentiria um toque apaixonado, nem veria nos lábios do seu amado um sorriso que a fizesse desejar viver. Chorava porque não tinha como enfrentar aquilo que Bill lhe propunha. Porque acabava de descobrir que era mais fraca do que alguma vez tinha suposto. Porque era egoísta e só pensava em si e no pânico que tinha em enfrentar o seu violador em tribunal. Chorava porque sentia o corpo dele a sufocá-la com uma mão e o seu coração prestes a rebentar de dor. Chorava porque a violência com que o seu violador lhe tinha roubado a vida, era a violência com que desejava recuperá-la. Destapou a cara e inclinou a cabeça para trás para tentar respirar e recuperar algum do ar que tinha perdido. Ia deixar uma carta. Queria que os seus fãs soubessem que o apoio e o amor que eles lhe tinham dado, a tinha tornado uma pessoa melhor, uma pessoa capaz de lutar por um sonho, mas que era hora do sonho terminar. Ia usar o vestido que tinha usado na entrega dos Globos de Ouro, queria imortalizá-lo, queria que se recordassem dela com ele vestido. Ia pedir desculpa a Bill, dizer que o amava e que ele tinha sido o melhor amigo que ela podia desejar ter. Não queria que ele se sentisse culpado, a morte era algo natural que estava no caminho de todos, e a dela era enfrentada como a sua libertação, como a força que a levaria a ser feliz. Ia finalmente ser feliz. Ia finalmente sentir-se em paz com o seu corpo e a sua mente. Não podia desejar mais. Era o correcto a fazer. Ajoelhada sobre o relvado, sentiu um vulto passar por si e colocar-se à sua frente, tapando o sol que incidia sobre a sua face.

Abriu os olhos e o brilho do sol encadeou-a. Colocou uma mão a tapar o sol que voltava a embater sobre os seus olhos e a figura que viu parecia encadeá-la mais que o sol. Era um anjo. Uma coroa de luz rodeava-o. Era um sinal de que ficaria em paz se seguisse em frente com o planeado. Era o sinal que precisava. Deus falava consigo por meio de imagens e chamava-a até si. Fechou os olhos e soluçando chorou compulsivamente a beleza daquela imagem. Agradeceu a Deus apoiá-la e acompanhá-la naquela que seria a sua última viagem. Sentiu o vulto ajoelhar-se à sua frente e assustou-se. Estava demasiado frágil e sensível. Abriu os olhos e sentiu as suas lágrimas extinguirem-se. Era ele. Aquele que conseguia fazer o seu coração bater de forma estranha. O olhar de Tom parecia hipnotizado e prostrado, vinha carregado de compaixão. Seria ele o seu anjo da morte? Seria ele que a levaria até ao descanso final? Ia aceitar o seu destino.

- … Estás bem? – perguntou Tom sentindo-se morrer aos poucos por ver Nicky num estado tão desesperado e arrasado. Parecia que se entregava de livre vontade à angústia e à morte. A conversa com Bill tinha de ter corrido da pior forma possível. Sabia que não seria fácil para ela aceitar a proposta de Bill, mas nunca tinha sonhado algum dia ver alguém num estado tão plangente.
- Tom…

- Queres falar?
- Não… -
disse Nicky limpando as lágrimas do seu rosto. Não tinha nada para dizer. Não era assim que queria ser recordada. Queria que Tom a recordasse com um sorriso nos lábios ao recordar o beijo que tinham dado um dia. Olhou para os lábios carnudos dele e apercebeu-se que nem se recordava da sensação de os ter em si, por mais que eles tivessem despertado algo no seu interior. Estava longe de se recordar dos momentos felizes da sua vida. Só se recordava dos motivos que a levavam a pôr um fim a ela.

Tom sentiu-se esmagar por dor. Os olhos dela pareciam chorar lágrimas de sangue de tão magoados e raiados que estavam. O seu corpo contorcido sobre si mesma, aparentava o desalento e falta de esperança num futuro melhor. Os seus lábios, permaneciam abertos na tentativa de conseguirem continuar a levar ar até aos seus pulmões. O brilho do olhar dela, tinha sido substituído por um nevoeiro, como se a alma de Nicky tivesse desaparecido. Sentiu-se impotente, sem saber como reagir e o que fazer. Não era hábil com as palavras como o seu irmão. Não era sensível e carinhoso como Bill. Não estava habituado a ver pessoas chorarem daquela forma desesperada, mas sentia uma vontade imensa de ser capaz de tomar as rédeas do coração de Nicky e dar-lhe alento. Se ao menos conseguisse ser capaz de lhe devolver a força e um sorriso. Apercebeu-se que Nicky fitava um ponto abstracto no chão e que o seu corpo parecia inanimado, como se a Nicky Fuller que sempre tinha sido um exemplo para milhares de jovens, como se aquela que era considerada uma das mulheres mais bonitas e desejadas do mundo, estivesse a ceder à desgraça. Naquele dia, era óbvio que ela tinha desistido de si. Não conseguia vê-la assim sem ter vontade de a abraçar e amparar, era mais forte do que a voz que no seu interior lhe dizia para se afastar e deixá-la chorar a sua dor. Aproximou-se lentamente dela e sem qualquer reacção por parte de Nicky abraçou-a. Apertou-a nos seus braços e fechou os olhos na esperança de conseguir fazer um milagre. Tinha de ser capaz de lhe transmitir a sua força, de lembrá-la que ele estava ali, tal como o seu irmão, e que nada poderia abalá-los aos três. O corpo de Nicky estava mole, não respondia sequer ao seu abraço. Tom apertou-a com mais força, e instintivamente como sinal de protecção e preocupação depositou um beijo terno no topo da cabeça dela. Deixou que os seus lábios permanecessem de encontro a ela algum tempo e só depois os separou dela. Sentiu o corpo de Nicky estremecer de forma violenta e um choro compulsivo que denotava o pânico e o nervosismo que ela sentia, limparem a sua alma. Tom passou uma mão sobre a cabeça de Nicky, como que incentivando que ela soltasse tudo o que a perturbava e sentiu os braços dela ladearem o seu corpo. Nicky começava a reagir ao seu toque. Suspirou e deixou-se ficar abraçado a ela, enquanto sentia a sua t-shirt ficar molhada com o choro dela e as unhas de Nicky cravarem-se no seu corpo com a força com que ela fechava as mãos de encontro à sua pele. Tom contraiu os músculos, sentia dor, mas perto dela, a dor que sentia era nula. Perto dela, não conseguia sequer manifestar-se. Pensou no que Bill poderia ter dito a Nicky para ela ficar assim? Será que ele tinha sido muito brusco? Não era hábito no seu irmão. Porque é que ele não estava ali e não a consolava? Será que de todas as vezes que Nicky tinha uma recaída ficava assim? Seria aquela uma reacção normal em Nicky? Como é que Bill aguentava vê-la naquele estado? Tudo o que desejava era pedir para que passassem a dor dela para si, para a ver acalmar novamente. Sentia as mãos de Nicky abraçarem-no com muita força e o corpo dela sofrer de convulsões provocadas pelo choro que parecia um autêntico tornado. Separou-se ligeiramente do corpo dela e olhou-a nos seus olhos azuis. Ela escondia-os, olhava para baixo de forma tímida e envergonhada. Passou uma mão sobre a face de Nicky para tirar os cabelos que se prendiam sobre a sua cara, e levou-os até trás das orelhas dela, e mesmo depois dos cabelos estarem no seu devido lugar, voltou a acariciar a cara de Nicky. Uma cara macerada e debilitada pela dor que sentia. Olhou para os lábios entreabertos dela e sem saber o que dizer, expressou-se da única forma que conhecia: fisicamente. Levou os seus lábios de forma terna até aos lábios dela e depositou um beijo leve e macio neles. Nicky parecia dormente, não tinha qualquer reacção àquele beijo, não se mostrava minimamente desperta para aquele toque. Tom nunca tinha sentido uns lábios tão inanimados, como se a vida se tivesse ausentado deles. Voltou a passar uma mão sobre a face de Nicky para limpar as lágrimas que escorriam silenciosamente sobre o rosto dela e viu os olhos dela procurarem a profundidade dos seus. Tom queria sorrir, queria transmitir-lhe coragem, mas não era capaz. Os seus lábios pareciam ter petrificado na incerteza da dor do olhar dela. Viu-a fechar os olhos como se desistisse daquele momento e daquele corpo que a acompanhava há vinte e um anos e não hesitou em procurar os lábios dela uma vez mais, desta vez procurando demorar-se um pouco mais, saboreando calmamente a dor que trazia neles. Os lábios de Nicky sabiam a sal, um sabor amargo patrocinado pelas lágrimas que a invadiam. Soltou-se dos lábios dela e viu-a de olhos abertos a olhar para si. Parecia confusa e perdida.

Soltou-se dos braços de Tom, sem nunca desprender o seu olhar dele. Quem era aquele Tom? Seria realmente um enviado de Deus? Seria o seu anjo salvador? Seria sequer real ou fruto do seu desejo? Como é que poderia partir da Terra sentindo novamente o toque dos lábios dele? Porque é que ele a punha à prova? Estava decidida em partir. Seria aquilo um sinal de que podia partir, ou que tinha de ficar? Seria um sinal de que o futuro podia ter algo bom reservado para si? Sentiu o corpo dele aproximar-se do seu e as mãos dele irem em direcção à sua face para a segurar e colocou ambas as mãos sobre o peito de Tom para o travar. Ele não podia fazer-lhe aquilo. Estava decidida em entregar-se à morte. Sentiu as mãos fortes de Tom apoderarem-se da sua cara e os olhos dele ficarem presos aos seus lábios e bateu-lhe no peito com os punhos cerrados insistindo que ele a largasse. Viu os lábios dele irem na sua direcção e tentou soltar a sua face das mãos de Tom, sem efeito. Ele era forte. Tentou desviar os lábios e não conseguiu. Sentiu-o novamente em si, sentiu novamente uma doçura e uma atenção cuidada e estudada da parte dele para com os seus lábios, como se carregasse neles, pequenas porções de afecto que ia depositando nos seus lábios para lhe dar força e avivar o seu corpo amortecido. Enrijeceu os lábios e sentiu Tom abandoná-los. Abriu os olhos e apercebeu-se que por mais que não quisesse que ele a demovesse da sua missão suicida, queria que ele lutasse por si. Queria saber que alguém no mundo lutava por si e pelo seu afecto. Não sabia quais as intenções de Tom para consigo, mas conhecia o desejo que o corpo dele exibia pelo seu. Seria possível ele querer estar consigo, mesmo depois de a ter visto num estado tão deplorável? Olhou-o com curiosidade e sentiu os polegares dele acariciarem a sua face de forma doce. Nunca ninguém se tinha comportado consigo daquela forma. Quem era aquele Tom? Sentiu as mãos de Tom puxarem o seu rosto até ele e os lábios dele assaltarem os seus novamente, desta vez com mais à-vontade. Uma mão de Tom largava a sua face e abraçava a sua cintura, para levar o seu corpo de encontro ao dele. Sentiu-se embater contra o corpo de Tom e colocou ambas as mãos no peito dele, mas desta vez não o queria afastar, apenas sentir. Virou ligeiramente a cabeça para a direita e sentiu os lábios dele apoderarem-se dos seus mais firmemente. Passou uma mão sobre a cintura de Tom e outra sobre o seu ombro esquerdo e abraçou-o. Tom sentiu os lábios dela cederem, começavam a entreabrir-se, começavam a desejar os seus, a quererem aquilo que ele tinha para lhe dar. Abraçou o corpo dela e deixou que os seus lábios se roçassem e tocassem com desejo. Ela era intensa e apaixonada. Dedicava-se àquele beijo como se dele dependesse a sua vida. Tom estava sem reacção, por instantes parecia que já nem se lembrava daquilo que o levava a beijá-la, por momentos era capaz de jurar que o desejo suplantava a dor que tinha visto nos olhos dela. Soltou-se dos lábios dela, e viu-a olhar para si envergonhada, como se tivesse medo de ter ido longe de mais. Tom sorriu, o ar intimidado dela era demasiado sedutor. Olhou na direcção da casa e receou que Bill estivesse à janela do sótão. Se Bill sonhasse com o que acabava de acontecer, teria vontade de o degolar. Pegou na mão de Nicky e levantou-se de forma energética, puxando-a para cima, para que também ela se levantasse. Nicky deixou-se ir. O que poderia Tom querer? Quem era aquele Tom? Quem era aquele Tom? Tom olhou à sua volta e procurou um sítio escondido onde pudesse continuar aquilo que tinha começado com Nicky. Não estava saciado, os lábios dela eram atraentes demais para se considerar enfadado deles tão cedo. Precisava de a sentir em si um pouco mais. Correu na direcção de um grupo de árvores no jardim e arrastou Nicky consigo. Ela parecia ter perdido a sensibilidade das pernas e ter-se esquecido como correr, mas Tom puxava-a com tamanha determinação que Nicky esforçou-se por chegar ao destino onde Tom a levava. Ali estariam abrigados de olhares indiscretos. Olhou para ele e viu no seu olhar uma chama de vida. Algo que a cativava e que a fazia querer continuar a beijá-lo. Queria beijá-lo muito, queria sentir os seus lábios consumidos pela dor daquele adorno de metal que ele exibia no lábio inferior. Tinha curiosidade de o sentir e de alguma forma, sentia desejo em fazê-lo, como se aquela fosse a sua última oportunidade de ser feliz e de se agarrar à Terra. Sentiu os braços de Tom abraçarem-na pela cintura e os olhos dele olharem para si como se falassem sem usar palavras. Como é que ele era capaz de o fazer? Como é que conseguia transmitir-lhe tanto sem dizer uma única palavra? Que fascínio era aquele que os Kaulitz exerciam sobre si? E quem era aquele Tom? O que tinha acontecido ao playboy? Como é que ele era tão meigo consigo? Mordeu o lábio inferior e olhou para Tom de forma fascinada. Tom sorriu e atacou os lábios dela beijando-os com vontade. Sempre que ela fazia um ar desprotegido, ele sentia necessidade de a avivar, como se o desejo o consumisse ainda mais. Deixou que as suas mãos passassem nas costas de Nicky e no seu cabelo em forma de carícia e quando se apercebeu, estava a incitar o corpo de ambos a procurar o chão. Nicky não se conseguia desprender dos seus lábios, beijava-os com desejo, como se matasse a fome que tinha deles desde o momento em que eles se tinham tocado pela primeira vez. Insistiu que o corpo de ambos se deitasse na relva e forçou o seu corpo sobre o dela. As mãos de Nicky abraçavam-no e acariciavam-no com curiosidade de descobrir o seu corpo masculino, Tom roçou os lábios até ao pescoço dela e ocupou-se dele por tempo indeterminado, fazendo com que ela fechasse os olhos e aproveitasse a perícia dos lábios de Tom. Sentia-se ofegante com a língua e os beijos dele. A intensidade com que as mãos de Tom começavam agora a passear-se sobre o seu corpo acrescia um calor sufocante em si, como se tivesse necessidade de se despir e de se dar. Como é que Tom era capaz de a fazer arder em desejo pela primeira vez na sua vida? Nunca se tinha sentido tão afogueada e presa ao corpo de um homem. Nunca tinha desejado um homem, como desejava Tom. O seu desejo era sexual, como se ele fosse capaz de a completar como mulher. Fez força sobre o corpo de Tom e obrigou-o a virar-se, ficando por cima dele. Olhou para os olhos dele e sentiu o peito dele respirar de forma acelerada. Quem era aquele homem? Seria realmente o seu anjo, ou o seu demónio? Seria a sua despedida da Terra, ou a razão que a levaria a ficar? Sentiu as mãos dele apoderarem-se da sua nuca, e puxarem os lábios dela até aos seus. Tom impulsionou o seu corpo sobre o dela e fez com que ambos ficassem deitados de lado. Sentiu uma perna de Nicky trepar sobre a sua perna e alojar-se na sua cintura e segurou na perna dela com uma mão enquanto a beijava de forma mais faminta e arrojada. Ela queria ser sua. Nicky estava rendida ao seu charme e poder de sedução. Só podia estar a sonhar. Acariciou a perna dela com desejo e passou a mão ao de leve sobre o seu rabo, introduzindo-a por baixo da camisola que ela trazia vestida. Sentiu as mãos dela abraçarem o seu pescoço e impulsionarem o seu corpo ainda mais de encontro ao dele, como se tal fosse possível. Tom sentiu-se excitar. A forma como o corpo dela se roçava de encontro ao seu e os lábios dela o beijavam com desejo na forma mais pura que já tinha sentido, estavam a deixá-lo louco. Nicky sentiu uma mão de Tom procurar o seu peito por baixo da camisola, ao mesmo tempo que algo abaixo da sua cintura, dava sinal de estar desperto e repleto de desejo por si, e assustou-se. Não conseguia. Não era capaz de estar com ele por mais que o desejasse. Ele estava duro e ela sensível demais a um toque que proviesse de algum sítio que não fossem os lábios e mãos dele. Afastou-se de Tom e afastou as mãos dele do seu peito como se tivesse nojo. Olhou para ele e viu-o confuso e afogueado. Levou as mãos à cara e tapou-a com vergonha. Não queria que Tom pensasse que ela tinha repulsa dele ou que não o desejava, apenas não era capaz de ser íntima com ele, como o seu corpo desejava. O medo e a dor impunham-se ao desejo. Tom exalou uma quantidade significativa de ar e passou uma mão sobre a cabeça. Era difícil conseguir controlar o seu desejo com Nicky. Era automático procurar mais e querer sentir-se dentro dela. Era a sua maneira de ser, não comandava o seu instinto animal. Olhou para Nicky e percebeu que tinha pisado o risco. Tinha sido demasiado atiradiço. Beijou as mãos dela, assegurando-a que estava tudo bem e com a sua mão esquerda, retirou-as da frente da sua cara. Nicky tinha os olhos em lágrimas. Tom abanou a cabeça da direita para a esquerda e beijou os lábios dela de forma doce, sorrindo-lhe de seguida.

- Os meus lábios fazem-te mesmo feliz… - disse Tom com um sorriso atrevido.

- Desculpa…
- Não precisas de pedir desculpa… Não precisamos de fazer nada que não queiras… -
disse Tom sem querer que ela se sentisse na obrigação de algo só por estar com ele. Nunca se tinha sentido tão respeitador dos desejos da sua parceira. Geralmente um encontro consigo tinha de derivar sempre em sexo.
- Mas eu quero… - disse Nicky sentindo-se corar, envergonhada com o facto de confessar que o desejava como homem.

- Nem sabes como fico feliz de saber isso… - disse Tom sorrindo, ao mesmo tempo que passava uma mão sobre o cabelo dela para acalmar o seu nervosismo.
- Porquê? – perguntou Nicky virando-se de lado para ele.
- Porque só de saber que me desejas, já ganhei o dia…

- Pensei que não fosses um rapaz que te contentasses com o que fica por fazer…
- E não sou… Mas contigo é diferente…

- Pois… Eu não sou a Amber… -
disse Nicky sentando-se na relva lembrando-se que Tom andava envolvido com a sua melhor amiga e que se ela os encontrasse ali juntos aos beijos, a coisa podia acabar mal – Comigo tens de te contentar com falsas intenções e desejos por cumprir…
- Não… Tu não és a Amber… -
disse Tom ajoelhando-se em frente de Nicky para a obrigar a olhar para si – És a Nicky Fuller!
- Sim… A fragilzinha, a envergonhada, a dramática…
- Que disparate!!! –
disse Tom pegando na cara dela com ambas as mãos – Será que preciso de te beijar novamente para perceberes o poder que os nossos lábios têm quando estão juntos? Achas que a Amber é capaz disto? Não percebes como és especial?
- O que me torna especial é o que me destrói… É o que me faz desejar morrer e desaparecer deste mundo!

Tom sentiu-se entristecer pelas palavras dela. Como é que estavam tão bem e ele tinha estragado tudo com o seu ataque felino? Tinha de se ter controlado. Nicky não podia pensar aquilo de si mesma, principalmente depois de a ter visto definhar aos seus olhos momentos antes. Abraçou o corpo dela e procurou os seus lábios, depositando neles todo o desejo que sentia por ela.

- Sentiste? – perguntou Tom.
- O que é que queres que eu sinta?
- Vontade de viver… Desejo de me teres… Não sentiste o desejo que eu tenho por ti? Era capaz de jurar que com a proximidade a que o nosso corpo estava há bocado, o tinhas sentido de mais do que uma forma…

- E se senti? –
perguntou Nicky sentindo o coração tresloucado no seu interior – E se me deres vontade de me entregar a ti? De que me vale a vontade, se eu não consigo estar contigo? De que me vale sentir que me desejas, se não te consigo ter? De que me vale querer-te, se mais logo vais estar com outra?

- A Amber incomoda-te assim tanto? –
perguntou Tom, afastando-se ligeiramente dela.
- Tens noção que nós estávamos prestes a levar as coisas em frente e tu andas com a minha melhor amiga?
- Eu não ando com ela!!! –
disse Tom como se lhe tivesse sido feita uma ofensa. Amber era o tipo de mulher com que nunca teria nada mais que sexo, porque ela era somente um corpo sobre o qual o seu se satisfazia.
- O que é que isso interessa... – disse Nicky despegada à vida – Vais-me dizer que não foste para a cama com ela ontem à noite?
- Tu sabes que eu não te posso dizer isso…
- E hoje de manhã?
- Nicky… -
disse Tom não conseguindo contornar a situação.

- Como é que queres que eu me envolva com alguém que há poucas horas atrás esteve na cama com a minha melhor amiga e que daqui a umas tantas estará novamente nos braços dela? Eu não sou assim…
- Eu sei…
- Não, não sabes! Não fazes a menor ideia! –
disse Nicky longe de acreditar que Tom podia saber a verdade sobre o seu passado – Ouve Tom… Eu não quero prender-te a mim, não quero namorar contigo, não quero nada senão ser feliz… E tu fazes-me feliz… Por momentos quase me fizeste acreditar que a felicidade é mesmo possível… Mas não consigo imaginar-me sobre o mesmo tecto que tu e ela… Saber que não consigo entregar-me a ti e que tu vais para a cama com ela…
- A pensar em ti! –
completou Tom.
- Não digas isso!!! Não quero que sintas pena de mim!!!
- Não é por pena… -
disse Tom forçando as pernas de Nicky a abrir para se sentar no interior delas – Hoje de manhã quando acordei, estava a pensar em ti… - disse Tom abraçando o corpo dela – E quando ela me tocou, eu fechei os olhos e era como se fosses tu a tocar-me…

- Porque é que tu me queres Tom? –
perguntou Nicky segurando na face dele, acariciando-a com os polegares – É porque não me podes ter? Porque sou um jogo para ti?
- Eu também não quero namorar contigo… Também não me quero prender a ti… Só quero ser feliz, como tu… Só quero matar o desejo que tenho… Desejo-te tanto Nicky… Podes chamar-lhe jogo, fantasia, ou qualquer outra coisa, mas o que eu sinto é uma vontade imensa de estar contigo…
- Mas eu não consigo…
- Um dia vais conseguir… -
disse Tom acariciando as pernas dela que o ladeavam.
- Esse dia pode nunca chegar!
- Esse dia está mais perto do que queres admitir… Eu posso não ser o meu irmão, mas eu sei ser carinhoso contigo, eu sei dar-te aquilo que procuras, e tu sabes disso porque o sentes quando eu te toco…
- Não te compares com o teu irmão, por favor… -
disse Nicky largando Tom – O que aconteceu entre nós foi diferente… Não foi sexo, nem amor, foi amizade…
- Eu sei… E por isso te posso garantir que comigo será melhor… -
disse Tom atacando os lábios dela, beijando-os sem pudor para lhe mostrar o desejo que sentia.

Tom sentiu os braços de Nicky rodearem o seu pescoço, e o corpo dela chegar-se ao seu à procura do toque do seu peito.

- E sabes porquê? – perguntou Tom sussurrando ao ouvido dela.

Nicky olhou para Tom nos olhos e abanou a cabeça da direita para a esquerda.

- Porque comigo vais sentir desejo… Vais ansiar que eu te tome de novo, e de novo, e de novo, e de novo… Até te sentires exausta…
- O teu irmão avisou-me que eras perigoso! –
disse Nicky sentindo-se arder em chamas por dentro.
- Nem ele sabe o quanto… - disse Tom atacando os lábios de Nicky de forma gulosa, retirando deles todo o prazer que um beijo lhe podia proporcionar.

- Não me tentes… - pediu Nicky soltando-se dos lábios dele, sentindo um desejo imenso percorrer-lhe o corpo, abraçando-se a Tom – Nunca desejei ninguém como te desejo a ti…
- Eu sei… -
disse Tom feliz por saber que Nicky Fuller estava irremediavelmente encantada consigo.
- Não, não sabes… - disse Nicky – Nunca fui capaz de sentir este fogo que sinto por ti, nunca fui capaz de me deixar levar pelos lábios de outra pessoa… Nunca uns lábios me fizeram tão feliz…
- Eu sei…
- Não Tom… -
disse Nicky sorrindo – Há muitas coisas sobre mim que não sabes… E se soubesses não ias desejar estar comigo aqui neste momento…

- Eu sei… -
disse Tom de forma séria, tentando dar a perceber a Nicky que sabia da verdade sobre o seu passado e que nada disso influenciava a forma como ele a desejava.

Nicky percebeu pela forma séria e contida como Tom se pronunciava que ele sabia mais do que ela imaginava. Afastou-se do corpo dele como se tivesse nojo daquele corpo masculino e olhou-o nos olhos para perceber que ele sabia realmente mais do que ela gostaria.

- Sabes o quê??? – perguntou Nicky em pânico, sentindo a sua saúde mental em risco.
- Eu sei tudo Nicky…. – disse Tom pausadamente – Eu e o meu irmão não temos segredos…

- O que é tudo Tom??? O que é tudo para ti??? –
disse ela levantando-se, sentindo o seu coração prestes a sair pela boca.
- … O que te aconteceu quando era mais nova!
- Não…. –
disse Nicky levando as mãos à boca em choque – Ele não te ia contar!!! Eu confio nele…
- Ele precisava de desabafar… Nós sabemos tudo um sobre o outro, partilhamos tudo… Contares-lhe a ele, ou contares a mim é igual!!!
- Não, não é!!! Eu contei-lhe a ele… Eu confiei nele… Ele não tinha o direito de me fazer isto!!! Tu não podias saber… Tu não podias ver-me com esses olhos… Eu não quero ser um monstro para ti…

- Tu não és um monstro!!! –
disse Tom levantando-se rapidamente para a abraçar, vendo-a fugir dos seus braços.
- Não me toques… Não preciso da tua pena… - disse Nicky enojada do seu próprio corpo – Deixa-me em paz… Não preciso da tua pena…

Nicky saiu de ao pé de si a correr. Tom levou as mãos à cabeça e respirou fundo. Tinha falado demais.
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Catarina Kretli
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeSeg Jul 04, 2011 12:26 am

Se eu pudesse ai a ter em Portugal só para ir no show deles, mais como querer não é poder. :/ Mais um dia eu vou, com fé em Deus. (:

Ela esta pensando em se matar ? Céus, ela precisa de ajuda rapidamente as coisas estão a ficar cada dia mais piores. Ela não pode fazer isso com ela mesma, quando Deus lhe dá a vida não se pode tirar. Tom, ele sabe o poder que tem sobre ela e vai atras e ela como eu pude ver tem a meso desejo mais não consegue, mais dá para intender já que aconteceram muitas coisas na vida dela. Xi, o Tom falou demais. Uma coisa ela falou certo, se esta contando pra um esta contando pro outro mas ela deve achar diferente, ela não queria que ele soubesse ainda mais que seu coração bater diferente quando esta com ele.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeTer Jul 05, 2011 8:15 pm

CaTaRiNaAaaAa \o/ \o/ \o/


Vai pois!!! Vc tem a vida toda pela frente e vai ver eles com certeza!!!! = )

É..... A Nicky está desesperada... *.* Ela precisa urgentemente de ajuda..... Alguém tem de demover ela dessas ideias malucas!!! Tomara k o Tom vá atrás e konsiga fazer ela mudar de ideias!!!! O Tom kd abre a boka é desbokado komo só ele.... O.o Agora vamos ver o k akontece....




* * * KiSsEssSs * * *





131

[FF] - Kampf der Liebe - Página 15 131fz

Entrou na casa dos gémeos a correr. Sentia o seu coração partido e enojado com o passado que a conspurcava. Porque é que Bill tinha de ter contado a verdade sobre o seu passado a Tom? Porque é que tinha de ter quebrado a sua confiança? Confiava nele cegamente, tal como anteriormente tinha confiado no seu violador, tal como tinha confiado em Mercier, tal como tinha confiado em toda a gente que a magoava. Bill era igual a todos eles. Não queria que Tom sentisse pena de si, que a consolasse e amasse por piedade, por ser um desafio para ele em levar para a cama uma miúda difícil. Queria saber que o olhar com que Tom a vislumbrava era sentido e devido ao magnetismo dos seus corpos, não queria imaginar sequer que ele a podia ver como uma mulher fragilizada por uma infância dura e um passado manchado. Não queria que ele a visse como uma vítima, uma fraca, um monstro que era sujo e indigno de amor. Sentiu os olhos encherem-se de lágrimas e encaminhou-se na direcção do seu quarto para fazer a mala e sair daquela casa o mais rápido possível. Não era capaz de estar ali um segundo que fosse. Entrou no grande corredor que dava acesso aos quartos e viu Bill na outra ponta do corredor. Parecia ter acabado de descer das escadas que davam acesso ao sótão. Sentiu uma raiva imensa dele. Ele não tinha o direito de a magoar daquela forma. Como é que ele apregoava querer protegê-la e fazer o melhor para si quando andava a espalhar o seu segredo aos sete ventos? A quem mais teria ele contado?

- Nicky… - disse Bill aproximando-se dela conturbado pelas lágrimas que ocupavam os seus olhos – Desculpa as coisas que te disse... Tens razão… Por mais que seja a minha vida e a vida daqueles que amo que está em risco, eu não tenho o direito de te arrastar comigo para algo que tu não queres, e que tens o direito de recusar… Eu adoro-te pequeno furacão… Não fiques chateada comigo… Eu respeito a tua vontade de manteres o teu segredo entre nós… O Mercier é mau demais, tenho muito por onde pegar mesmo que não seja por ti… Tenho a certeza que arranjarei provas e histórias suficientes para provar que ele não presta e que é manipulador e mau… Só não me peças para não o levar a tribunal, porque isso eu não faço! Vou lutar até ao fim dos meus dias se for preciso para ter a certeza que ele é responsabilizado por tudo o que fez e que não se chega mais ao pé de nós…

Nicky manteve-se em silêncio, Bill achou estranho. Porque é que ela não dizia nada? Estaria ainda magoada consigo?

- Fala comigo… - pediu Bill – Eu prometo que não toco sequer no teu nome em tribunal e que podemos esquecer tudo o que te aconteceu… Tens o direito de fazer o que quiseres da tua vida, e se achas que ignorar o passado é o melhor para ti, então ignora-o, mas deixa-me mudar o futuro… Eu prometo torná-lo mais leve e fácil de suportar!

- Eu não preciso da tua ajuda para nada… -
disse Nicky num tom severo – Vou-me embora… Não te precisas de preocupar mais comigo!
- Vais embora???
perguntou Bill espantado – Porquê??? Não vás… Desculpa se te magoei com o que te disse, mas acho que devias saber que o Mercier não é de confiança e que te tem mantido em cativeiro este tempo todo!

- Só o James??? –
perguntou Nicky sentindo o coração na boca com a angústia que trazia no seu interior.
- Que eu saiba, principalmente o Mercier… Mas eu posso lutar contra ele por nós, tu não precisas de te virar contra ele… Eu quero que estejas em segurança! Enquanto ele pensar que isto é uma coisa entre mim e ele, tu estás a salvo… - disse Bill aproximando-se de Nicky para olhar melhor para os seus olhos azuis aguados – Vou precisar que sejas a actriz merecedora de um Oscar que és… Preciso que finjas que não sabes de nada, que o Mercier é o teu melhor amigo… Preciso que o enganes. Ele não pode desconfiar de nada…
- Porque é que não me ensinas a fazer isso? –
perguntou Nicky enfrentado os olhos de Bill com raiva.
- A fazer o quê? Fingir? Eu sou mau actor… - disse Bill sorrindo – É melhor não depositares grande confiança em mim… Eu não sei mentir!
- Ia jurar que eras o melhor…
- Eu???
- Sim, tu! A Gabi tinha toda a razão em dizer que tu és um falso, um mentiroso, um traidor sem coração que não respeita ninguém!


Bill sentiu-se apoderar pelo choque. O que teria acontecido para que Nicky o visse com aqueles olhos? Como é que ela era capaz de lhe dizer uma coisa daquelas depois de tudo o que tinham vivido juntos? Depois de tudo o que ele já tinha feito por ela? Porque é que ela usava um golpe tão baixo quanto usar as palavras de Gabi que tanto o tinham magoado no passado?

- Do que é que estás a falar Nicky? – perguntou Bill sentindo-se sensível àquelas palavras, sem perceber de onde elas vinham – Eu nunca te menti…
- Tens razão, mentir não é exactamente a expressão correcta a ser utilizada… Tu apenas me iludiste e fizeste acreditar que podia confiar em ti… Mas assim que eu virei costas foste a correr contar os meus segredos ao teu irmão! –
disse Nicky deixando as lágrimas que estavam presas nos seus olhos caírem, ao mesmo tempo que Amber aparecia no corredor.

- Meus amores, sabem onde está o Tom? – perguntou Amber aproximando-se deles para ver Bill com uma cara de choque e Nicky a chorar – Nicky… O que é que se passa querida? – disse Amber abraçando a amiga, e perante o silêncio dela, virou-se para Bill e acrescentou – O que é que aconteceu?
- Prepara as malas Amber, vamos embora ainda hoje… -
disse Nicky sem olhar para a amiga, fitando os olhos de Bill com raiva – Não me sinto bem nesta casa… As paredes têm ouvidos!

- Nicky… Eu nunca contei a ninguém o teu segredo!!! –
disse Bill em sua defesa, absolutamente paralisado com o que ouvia. O que é que Tom tinha dito a Nicky? Porque é que ele tinha de falar sempre demais?
- Não foi isso que eu ouvi dizer!
- O Tom sabe tudo sobre mim, e eu sobre ele… Nós não escondemos nada um do outro! Mas ele é a única excepção, eu seria incapaz de lhe contar o teu segredo se soubesse que ele ia abrir a boca! Ele é de confiança! É como se fosse eu!
- Dizes bem… É como se fosses tu, mas não és tu! Lá que ele saiba tudo sobre TI, é uma coisa… Agora sobre MIM??? Não tinhas direito de lhe contar nada sobre mim… Eu pedi-te que protegesses o meu segredo… Eu confiei em ti… -
disse Nicky sentindo as lágrimas rolarem sobre a sua cara – Mas tu não prestas!!! Como é que tens a coragem sequer de me alertar para ficar longe do teu irmão, quando tu és vinte vezes pior que ele???
- Nicky… -
disse Bill tentado chamá-la ao vê-la passar por si no corredor e encaminhar-se até ao seu quarto.

Bill tentou seguir Nicky mas foi imediatamente travado pela mão de Amber que o segurava.

- Deixa-a sozinha!!! Já fizeste estragos que cheguem!!!
- Ela percebeu tudo mal… -
disse Bill em pânico com aquela situação.
- Será?! – disse Amber de forma séria e chateada com Bill por ter deixado Nicky no estado em que a via. Ninguém se metia com a sua melhor amiga – Não contaste o segredo dela ao Tom?
- Sim, mas…
- Mas nada!!! –
disse Amber de forma fria – Quebraste a confiança dela! Dá-lhe tempo para se recompor e depois fala com ela, quando estiverem os dois mais calmos…
- Eu não o fiz com intenções de a magoar… Eu e o Tom partilhamos tudo… Mas somos de confiança! E mesmo que eu não contasse ao Tom ele ia perceber e arrancar-me o segredo a todo o custo…
- Guarda as justificações para quando estiveres com ela… -
disse Amber sentindo-se de certa forma traída por Bill. Quem traía a confiança de Nicky, era seu inimigo – Vou fazer as malas… Se vires o Tom diz-lhe para ir ter comigo ao meu quarto se faz favor…

Bill abanou a cabeça afirmativamente e viu Amber encaminhar-se até ao seu quarto. Levou as mãos ao peito em forma de desespero. Como é que as coisas tinham chegado àquele ponto? Porque é que Tom tinha de ter confessado a Nicky que sabia do seu passado? Estaria louco? Tinha de falar com o seu irmão, mas antes tinha de dar espaço a Nicky para se acalmar e depois conversar com ela com calma e convencê-la a ficar do seu lado mais algum tempo. Porque é que sempre que estavam juntos, acontecia uma desgraça?


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Pegou na sua mala e colocou-a aberta em cima da cama. Espalhou a sua roupa sobre a cama à medida que fungava e sentia os seus olhos soltarem uma onda infindável de lágrimas. Se naquele dia não esgotasse a sua fonte e tristeza toda, ficava sem olhos e coração de certeza. Estava demasiado magoada e sensível. Tinha de regressar a Los Angeles e cumprir com o seu destino. Tinha de colocar um fim à sua vida o quanto antes. A sua vida não tinha qualquer sentido, cada segundo a mais que vivia, era um segundo em que se desiludia e magoava. Precisava de desaparecer para sempre.

Nicky dobrava a roupa de forma atabalhoada quando ouviu a porta do seu quarto abrir e o seu coração disparar ao ver Tom entrar por ela. Tom fechou a porta e encostou-se a ela com um olhar fixo e pesado ao ver que Nicky fazia a mala para ir embora.

- Vais embora? – perguntou Tom sem saber o que dizer ou pensar de tudo o que tinha acontecido entre eles.
- Tem de ser… - disse Nicky limpando as lágrimas dos seus olhos para não parecer demasiado fraca em frente dele.
- Porquê? Eu gostava que ficasses…
- Já te disse que não preciso da tua pena… -
disse Nicky sentindo o seu coração encolher, como se procurasse desaparecer do seu interior.

- Pena??? – inquiriu Tom desencostando-se da porta para se aproximar da cama vendo-a preencher a mala de viagem sem parar – Achas que eu tenho pena de ti???
- Não precisas de fingir! –
disse Nicky sem nunca parar de dobrar roupa e colocá-la na mala.
- Eu não estou a fingir!!! – disse Tom colocando uma mão sobre as mãos dela para a obrigar a parar de dobrar roupa e fazê-la olhar para si – Claro que me sinto mal pelo que te aconteceu quando eras mais nova, se assim não fosse era totalmente insensível… Mas isso não faz com que tenha pena de ti! Não te trato de maneira diferente por causa disso… Acho que já deves ter reparado! Eu não quero que fiques para te passar a mão pela cabeça e confortar pelo teu passado… Quero que fiques porque o desejo que sentia por ti cresceu muito na última hora…
- Claro… Porque eu sou a cereja no topo do bolo… Um desafio perfeito para ti… -
disse Nicky sentida com o que ele dizia, mas com medo de se magoar ainda mais – E tu não és capaz de dizer que não a um bom desafio… Embora qualquer uma na tua cama sirva, não é Tom?
- Sim… -
disse Tom atirando com a camisola que Nicky ainda mantinha nas mãos para dentro da mala – Eu gosto de ter a minha cama recheada, nunca foi um segredo para ninguém… E tu és realmente um desafio, mas acredita que o desejo que sinto por ti não é menos do que o que sinto por ninguém… O teu passado tornou-te a pessoa que és, e a pessoa que és atraí-me muito… Adoro desafios!

- És um machista insensível e arrogante! –
disse Nicky tentando ignorar os olhos intensos e sedutores de Tom e concentrar-se novamente em dobrar roupa e fazer a sua mala. Desta vez Tom não podia levar a melhor de si.
- Sou quem quiseres que eu seja… - disse Tom voltando a pegar na roupa que Nicky tinha nas mãos mandando-a para longe dela, para de seguida pegar na cara de Nicky com a sua mão e forçá-la a olhar para os seus olhos – Mas não deixo de ser eu, Tom Kaulitz, e eu não tenho pena de ti… E eu não te deixei de desejar por saber o que te aconteceu quando eras uma criança, e eu não vou deixar de tentar ter-te, porque tu és realmente a cereja no topo do bolo!

- Eu não sou como as tuas conquistas… –
disse Nicky sentindo o seu coração disparar a uma velocidade assustadora. O olhar de Tom e as palavras dele eram colocadas num tom sedutor e viril que mexia consigo. Sentia-se repentinamente inundada por um calor que lhe tinha sido apresentado momentos antes por ele.
- És melhor… - disse Tom levando os seus lábios até à boca dela para a beijar com desejo.

Nicky sentiu os lábios de Tom possuírem-na e não foi capaz de resistir. Os lábios dele eram fortes, mas doces. Aquele piercing complementava os seus lábios de forma absolutamente perfeita. Abraçou o corpo de Tom e deixou que ele a abraçasse também para sentir novamente as mãos de Tom percorrerem a sua cintura e costas com desejo e vontade. Conseguia sentir nos lábios dele o afecto e desejo que ele dizia sentir por si. Era difícil acreditar que ele sentia pena de si ao beijá-la de forma tão avassaladora, mas era ainda mais difícil acreditar que algum homem no mundo seria capaz de a amar, mesmo que fosse por uma só noite, sabendo que o seu corpo estava sujo e tinha sido violado por um homem asqueroso. Sentiu uma mão de Tom apoderar-se da sua nuca e um sem fim de arrepios percorrerem a sua espinha. As mãos de Tom eram hábeis e perigosas. Separou os seus lábios dele e o seu olhar era libidinoso e puramente tentador.

- Porque é que não me tratas de maneira diferente? – perguntou Nicky passando uma mão sobre a face de Tom, deixando que o seu polegar acariciasse os lábios dele para os sentir – Sempre pensei que se soubesses do meu segredo ias ter nojo de mim e olhar-me com outros olhos…
- Não conseguia mesmo que quisesse… Quando olho para ti só vejo uma mulher lindíssima que sempre desejei… E que cada vez desejo mais…

- E o meu passado? Não te incomoda? –
perguntou Nicky abraçando o corpo dele, procurando o aconchego do peito de Tom para descansar a sua cabeça e fechar os olhos, tentando acalmar o seu coração – Não tens nojo de eu ter sido usada por outro homem?
- É passado… Se não tiveres nojo de eu ter sido usado por outras mulheres, estamos quites… -
disse Tom em forma de brincadeira.
- Eu não consigo ter nojo de ti… - disse Nicky afastando-se do peito de Tom para passar as mãos por ele e sentir o seu corpo rijo e definido – Nem mesmo sabendo que estiveste com ela esta manhã… Nem mesmo sabendo que ela transpira sexo e é uma autêntica bomba sexual que te deixa louco… Tu encantas-me e excitas-me como nunca outro homem foi capaz de o fazer… És o primeiro que me deixa assim… Não tenho nojo de ti, só tenho inveja de todas as mulheres que já te tiveram… E te sentiram dentro delas… Mas mesmo assim tenho medo…
- Eu seria incapaz de te fazer o que ele te fez… -
garantiu Tom passando as suas mãos no cabelo loiro dela – No dia em que me disseres que não, eu não te forço a nada! Quero estar contigo… Quero mesmo muito estar contigo, mas quero que tu o queiras também, e que quando o fizeres, o faças com vontade e a sentir o mesmo desejo que eu sinto por ti…

- E se eu não conseguir?
- Hás-de conseguir… -
disse Tom com um sorriso atrevido e sedutor – Eu sou irresistível…

Tom tomou os lábios de Nicky com ânsia tornando-se ainda mais irresistível para Nicky suportar o desejo que tinha em si. Sentiu o corpo dele procurar empurrá-la até à cama e teve medo do que poderia acontecer se o fizesse. Lembrou-se da noite que tinha passado nos braços de Bill e uma paz estranha abateu-se sobre si. Ele tinha sido tão carinhoso e meigo consigo. Tinha sido um perfeito cavalheiro. Será que Tom conseguiria ser igual? Será que conseguiria domar o seu desejo para não a aleijar na primeira vez deles? Será que ela conseguiria encarar o corpo dele? Não tinha sido capaz de o fazer com Bill, mas com Bill não tinha sentido desejo, não tinha sentido aquela chama que a consumia quando sentia o olhar de Tom sobre si, as mãos dele sobre o seu corpo e o peso dele subjugar o seu ao ritual de acasalamento entre um homem e uma mulher. Sentou-se na cama, sobre o olhar entusiasmado de Tom e viu-o afastar e empurrar da cama de forma descuidada a mala e a roupa que ali estavam. Tom tirou a t-shirt que trazia vestida e percebeu pelo olhar tímido de Nicky que a intimidava e que estava a levar as coisas depressa demais, mas não foi capaz de se conter, o desejo que sentia por ela era demasiado forte. Descalçou os ténis e viu Nicky chegar-se para o centro da cama, como se desse autorização para que ele se juntasse a ela, Tom subiu para cima da cama e colocou-se em frente dela imóvel. Pegou nas mãos de Nicky e colocou-as sobre o seu peito desnudado, para que ela lhe tocasse e o sentisse. Os olhos de Nicky estavam fixados nos de Tom, o seu coração corria a uma velocidade medonha e o seu corpo estremecia ocasionalmente com o medo que sentia em si.

- Olha para o meu corpo… - pediu Tom em surdina – Toca-me… Não tenhas medo…
- És um homem lindo… -
disse Nicky fixando o olhar no peito e abdominais definidos de Tom, sentindo-se envergonhada com ele.
- Sou um homem que não te quer mal…

Nicky aproximou-se do corpo de Tom e abraçou o seu pescoço, procurando os lábios dele com carinho e doçura, Tom respondeu ao toque dela de forma doce. Era a primeira vez que ia estar com uma mulher marcada pelo seu passado, alguém que por mais que o desejasse, não era desinibida e capaz de se dar por prazer. Nicky queria-se entregar por sentir uma força que os ligava, algo que ia para além do prazer e do desejo. Sentiu as mãos de Nicky procurarem o seu peito novamente e passearem-se nele levemente, provocando-lhe arrepios. Soltou-se dos lábios de Nicky e deitou-se sobre a cama, olhando para ela como se a querer dar-lhe coragem para ela se deitar sobre si. Nicky sentia-se estremecer, sentia-se tão bem com Tom, mas ao mesmo tempo tão trémula, insegura e assustada. Sentiu uma mão de Tom rodear a sua cintura e puxá-la para cima dele e deixou-se levar, deitando-se sobre o corpo de Tom. Beijou a ponta do nariz dele e sorriu, vendo um sorriso meigo nos lábios dele. Ainda tinha algo dentro de si que a perturbava. Algo que a deixava de pé atrás em relação a dar-se a Tom e desfrutar do momento.

- Tu sabes que eu fui para a cama com o teu irmão… - disse Nicky suspirando, evitando o olhar tão próximo e intimidante de Tom – Na minha vida, o único homem que tive de livre vontade foi o teu irmão…
- Eu sei… -
disse Tom procurando beijar os lábios dela para a sentir afastá-los.

- Não te faz confusão? – perguntou Nicky a medo.
- Não… - disse Tom sorrindo ao mesmo tempo que passava uma mão sobre as curvas dela – Se eu fosse pensar no passado das pessoas com quem já estive, não dormia à noite…
- Mas o teu irmão foi mesmo muito importante para mim…
- Eu sei… E tu também foste importante para ele… Mas agora quero que sejas importante para mim…
- E vou ser? –
perguntou Nicky beijando os lábios de Tom num toque fugidio – Vais conseguir arranjar um espaço para mim, dentro de ti?
- Já o tens, agora só o quero preencher…


Abraçou Tom e procurou os lábios dele, sentindo as mãos de Tom abraçarem-na também e os pés dele procurarem livrar-se dos sapatos que ela trazia calçados. Nicky sentiu o seu corpo começar a estremecer de forma mais violenta. Será que Tom conseguia senti-lo? O que pensaria ele dela? Envolveram-se numa troca de beijos apaixonados e intensos, enquanto os seus corpos se roçavam e as mãos de ambos procuravam coragem para navegar no corpo um do outro. Tom sentiu-se à vontade para começar a tentar despir a camisola que ela trazia vestida e vagarosamente começou a subi-la, trazendo atrás o pequeno top que ela trazia vestido por baixo. Nicky deixou que Tom a despisse de forma tranquila e levantou os braços o suficiente para que Tom fosse capaz de se ver livre da sua roupa. Tom mandou o top e a camisola dela para o chão e beijou Nicky com maior intensidade. Quando foi capaz de se desprender dos lábios dela, abraçou o corpo dela, e rodou-a para a direita sobre a cama, fazendo com que o seu corpo ficasse por cima do dela. Olhou para o peito de Nicky e sorriu. Nicky era uma mulher lindíssima. Cintura fina, curvas definidas e um peito a combinar na perfeição com o seu corpo. Passou uma mão sobre a barriga desnudada dela e olhando-a nos olhos, sentindo o seu corpo arquejar à procura de ar, passou a sua mão ao de leve sobre o peito dela. Nicky deixou que ele sentisse o seu peito e desejou que Tom fosse tão suave e respeitador consigo quando a intimidade deles aumentasse. Tom debruçou-se sobre o corpo de Nicky e beijou o seu pescoço, roçando os seus lábios até à orelha esquerda dela para a mordiscar e lamber de forma sensual, fazendo com que ela se arrepiasse e um riso sedutor partisse daqueles lábios recheados. Atacou os lábios dela com desejo e beijou-a de forma sedenta. Sentiu uma mão firme passar pelo seu rabo e apalpá-lo com convicção, e subir pelas suas costas com as unhas, arranhando-o com paixão e separou-se dos lábios dela para a olhar com ainda mais desejo. Nicky começava a soltar-se e a desejá-lo com a fome com que uma mulher desejava o seu corpo masculino. Separou-se dela, e ao fazê-lo, viu um vulto cercá-los pela direita. Nicky assustou-se e agarrou-se ao corpo de Tom para esconder a sua vergonha, Tom olhou para Amber com um ar espantado e incrédulo. Como é que ela tinha entrado no quarto sem que nenhum dos dois se tivesse apercebido? Estava tão embrenhado em Nicky que nem tinha reparado. Afinal a mão que o apalpava e arranhava não era a de Nicky, era de Amber. Não sabia como reagir àquela aparição.

- Desculpa… - disse Nicky sentindo vontade de desaparecer da face da Terra com a vergonha de ser apanhada pela sua melhor amiga na cama com Tom.

Amber colocou um dedo sobre os lábios de Nicky dando ordem para que ela se calasse e olhou-a nos olhos de forma sensual e sedenta. Tom sentiu-se ficar sem respiração. Viu os olhos de Amber desviarem-se para si e sabia perfeitamente o que eles lhe diziam. Só Amber seria capaz de o encontrar na cama com outra mulher e sentir-se excitada e desejosa de o possuir com ela. Tom olhou para Nicky e ela olhava para Amber assustada com o que se estava a passar. Voltou a olhar para Amber e viu-a despir o vestido que trazia sobre o seu corpo, apercebendo-se que ela não trazia roupa interior. Sentiu o corpo de Nicky tentar fugir de debaixo do seu e abraçou-a assegurando-lhe que estava tudo bem e que ele estava ali para a proteger de tudo o que acontecesse, ou não chegasse a acontecer. Amber subiu para cima da cama e passou uma mão sobre a cabeça de Nicky. Tinha tanto amor por aquela mulher fragilizada, e tanto desejo por aquele homem que a abraçava, que aquele momento era um sonho tornado realidade. Procurou os lábios de Tom e beijou-os levemente, sobre o olhar atento de Nicky que meia encolhida, não largava o corpo dele. Olhou para Nicky e tentou beijá-la de seguida, para a ver virar a cara. Era cedo para que Nicky se sentisse à vontade consigo. Acariciou os ombros desnudados dela, ao mesmo tempo que procurava as calças de Tom com a outra mão e fazia o cinto dele desapertar-se de forma ruidosa. Nicky afastou-se de Tom em pânico. Encostou-se à cabeceira da cama, por cima das almofadas, e colocou as mãos sobre os ouvidos, fechando os olhos com força. Era aquele som. O som que a magoava, e que a consumia. O som que a fazia recordar o momento que tinha antecedido a sua violação, aquele som metálico que rasgava os seus ouvidos e macerava o seu coração de forma ruidosa. Parecia ecoar dentro de si vezes e vezes sem conta. Não era capaz de estar ali. Amber tinha estragado tudo. Se fosse só Tom e o seu desejo, era capaz de se entregar, mas Amber não era bem-vinda na sua intimidade. Nunca seria capaz de olhar para ela novamente. Sentiu uns braços rodearem-na e abriu os olhos para ver que era Amber.

- Eu não consigo… - disse Nicky enxotando Amber de perto do seu corpo, sentindo as lágrimas saltarem-lhe dos olhos e o seu corpo estremecer violentamente como se recordasse a par e passo o toque do homem que a tinha violado.

Tom permanecia imóvel. Não sabia como reagir àquilo. Não era a primeira vez que ia para a cama com duas mulheres. Não era a primeira vez que ia para a cama com duas amigas, mas nunca daquela forma, por uma se impor sobre a outra. Por mais que adorasse sexo e desejasse as duas de forma diferente, aquele era o seu momento com Nicky e Amber estava claramente a mais. A sua vontade era de expulsar Amber daquele quarto e retomar aquilo que Nicky e ele tinham construído até ali, mas era impossível. Nicky estava visivelmente transtornada e magoada com a atitude da sua amiga.

- Não queres estar connosco? – perguntou Amber numa voz feminina e doce.
- Não consigo… - repetiu Nicky levantando-se da cama para se encostar à parede que ficava a menos de um metro e deixar o seu corpo cair numa convulsão de choro, levando as mãos à cara – Isto é tudo muito novo para mim… Não me sinto à vontade… Não consigo…

Tom preparava-se para se levantar da cama e fazer alguma coisa para acalmar Nicky e assegurá-la que não precisava de acontecer nada que ela não quisesse, quando sentiu a mão de Amber travá-lo. Tom olhou para ela com desdém e percebeu que Amber estava totalmente rendida a si e que o queria, mesmo que Nicky não o quisesse mais. Como é que aquela mulher era capaz de pensar em ir para a cama consigo quando a sua melhor amiga estava a chorar compulsivamente ao lado deles?

- Queres ficar a ver? – perguntou Amber que se sentia excitar com a mera possibilidade de poder fazer amor com Tom, tendo Nicky ao seu lado, mesmo que ela não participasse.

Tom olhou para Amber pensando que ela tinha enlouquecido de vez. Olhou para Nicky disposto a acabar com aquela confusão toda e viu-a olhar para eles como se pensasse no assunto. Sentiu o seu coração parar em admiração e choque. Seria possível que Nicky sequer ponderasse aquela proposta de Amber? Era uma loucura irem para a cama em frente a Nicky, quando ela estava naquele estado. Nicky dobrou os joelhos e abraçou-os. Era ela que devia estar naquela cama com Tom e não Amber. Olhou para Tom e viu-o espantado com tudo o que se passava. Desejava-o. Queria-o. Mas se não o conseguia ter, gostava de o sentir próximo de si. A ideia de o ver com outra mulher, principalmente com a sua melhor amiga era dolorosa para o seu coração, mas a ideia de o ver na intimidade com alguém, de ver como ele funcionava sexualmente era demasiado excitante. Sentia-se envergonhada por sequer se imaginar a violar a intimidade de Tom e Amber, sentia nojo de si mesma por ser tão perversa, mas nunca tinha tido liberdade para o ser, e Tom fazia com que o seu lado sexual e pervertido viesse ao de cima. Ia imaginar que não era Amber que ali estava, e focar-se em Tom. Ia imaginar-se com ele, e imaginar como seria se fosse em si que o corpo dele entrasse. Olhou para Amber e abanou a cabeça de cima para baixo de forma afirmativa. Tom sentiu-se petrificar. Nicky queria vê-lo na cama com outra mulher? Com a sua melhor amiga? O que é que se estaria a passar na cabeça dela? Sentiu as mãos de Amber procurarem nos seus bolsos um preservativo, que trazia sempre consigo quando sabia que algo poderia acontecer, e viu-a desfazer-se das suas calças de forma rápida e profissional. Amber fazia-o com uma facilidade imensa, como se Nicky não estivesse sentada a um metro deles a observá-los. Olhou para Nicky e percebeu que ela sentia vergonha de olhar para o seu corpo somente em boxers. Aquilo era uma loucura. Travou as mãos de Amber que se começavam a passear sobre os seus órgões genitais na esperança de o excitar, e abanou a cabeça da direita para a esquerda em negação, dando a entender que tudo aquilo era realmente uma loucura e que estavam a tempo de a evitar, quando ouviu Nicky falar:

- Continua…

Tom olhou para ela sem saber o que dizer. Como é que ela era capaz de estar tão certa que queria que aquilo acontecesse, quando ela tinha muito menos experiência que qualquer um dos intervenientes?

- Tens a certeza que queres mesmo isto? – perguntou Tom abismado – Queres-me ver na cama com outra mulher?
- Quero… -
disse Nicky segura de que não conseguindo ter Tom, queria imaginar-se a tê-lo.

Tom não soube como reagir. Sentiu as mãos de Amber puxarem os seus boxers para baixo sem censura e manteve o seu olhar preso a Nicky que o olhava nos olhos com vergonha de olhar para outras partes do corpo dele.

- Ao menos olha para mim… - disse Tom deixando que Amber lhe tirasse os boxers na totalidade e se desfizesse deles.
- Estou a olhar… - disse Nicky sentindo o seu corpo estremecer com o nervoso que se apoderava de si. Não era capaz de olhar para ele, sabendo que ele estava com os olhos postos em si.
- Olha para onde queres olhar… Se queres ver-me com ela, vê-me como homem que sou… Com tudo o que um homem tem…

Nicky respirou fundo e baixou o seu olhar até à pélvis de Tom. Não sabia o que dizer ou como reagir àquilo que via. Voltou a olhá-lo nos olhos e percebendo que ele se dava como satisfeito, viu Amber excitar Tom manualmente e colocar um preservativo nele. Sentia-se demasiado perversa, como se não fosse capaz de olhar e ver o que estava a acontecer á sua frente, mas ao mesmo tempo sabia que era o seu medo e preconceito a falar mais alto, porque desejava vê-los juntos. Queria ver Tom na intimidade. Amber puxou o corpo de Tom sobre o seu e sem esperar muito mais, por estar farta de palavras, encaminhou Tom até ao seu interior soltando um gemido de contentamento. Sentia-se muito mais excitada por ter alguém a observá-la, sentia-se ainda mais excitada por esse alguém ser Nicky. Apalpou o rabo de Tom e incentivou-o a entrar e sair do seu interior. Tom seguiu os comandos de Amber, mas fazia-lo contra a sua vontade, não queria estar com Amber, queria estar com Nicky, queria senti-la a ela. Ondulou o seu corpo dentro de Amber com suavidade, tal como faria se fosse com Nicky e sentiu os lábios de Amber apoderarem-se dos seus. Afastou-se. Não queria os lábios dela. O sabor deles era diferente do sabor que tinha preso na sua mente. Virou a cabeça para a esquerda e olhou para Nicky enquanto tomava o corpo de Amber. Nicky tinha lágrimas silenciosas a escorrerem sobre o seu rosto ao mesmo tempo que o olhava nos olhos com um sentimento confuso e distorcido. Tom sentiu-se incapaz de continuar. Não queria magoar Nicky. Saiu do interior de Amber e ajoelhou-se na cama olhando para Nicky de frente.

- Ela quer ver-nos… - disse Amber puxando o corpo de Tom de encontro à cama, sentando-se sobre ele, para o obrigar a entrar novamente no seu interior e subir e descer sobre o corpo de Tom com vontade de dar prazer aos três.

Tom fechou os olhos e deixou-se retirar prazer das investidas do corpo de Amber. Como é que era possível não o fazer? Sentia uma onda de calor tomar conta de si, mesmo que racionalmente a quisesse travar. O desejo é que comandava sempre o seu corpo. Olhou para Nicky e apercebeu-se que a respiração dela ofegava. Ela estava excitada com aquilo que via e olhava para a forma como o corpo de Amber se mexia com curiosidade, como se quisesse aprender como satisfazer um homem. Tom sentiu-se excitar ainda mais. Saber que Nicky o desejava e se sentia exaltada com aquilo que se passava, deixava-o mais à vontade para satisfazer as fantasias daquela que preenchia a sua cabeça naquele momento. Estendeu uma mão até aos joelhos de Nicky e viu o rosto dela virar-se para si, agarrou nas mãos de Nicky e acariciou-as, sentindo-se cada vez mais excitado e próximo de atingir um orgasmo pela precisão do movimento que Amber exercia sobre o seu corpo. Fechou os olhos tentando controlar a respiração e o prazer que sentia naquele momento e sentiu uma mão de Nicky apoderar-se da sua, enlaçando os dedos na mão dele. Tom abriu os olhos e olhou para ela surpreso com a sua atitude, ao mesmo tempo que contorcia a cara com o prazer que recebia pela forma cada vez mais ágil com que Amber se fazia penetrar. Nicky mordeu o seu lábio inferior em clara manifestação de desejo e excitação e levou a mão de Tom até aos seus lábios para a beijar enquanto Tom soltava um gemido forte e másculo que culminava com o orgasmo que acabava de atingir.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeQua Jul 06, 2011 9:12 pm

XI O Bill esta ferrado. Quebrou a confiança da Nicky, mais acho que com uma boa conversa vai se resolver tudo.
CÉEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEUS! Suruba ? Eu não imaginava que isso ai acontecer. Eu pensei que ia ser o momento só de Tom e Nicky e quando a Amber chegou achei que a Nicky ia fugir que ia sair correndo sei lá mais querer ver o Tom em ação ? Nunca achei que a Nicky ia aceitar isso. Quero ver a cara que esse povo vai ter depois disso, da Amber eu nem preciso saber né, safada do jeito que é. OKSPOAKSOPAKPOSKPAKOP Agora só falta o Bill participar também. Porque ninguém chama o coitado ? KSPOAKSKPAOKSPKOA
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeQui Jul 07, 2011 8:16 pm

CaTariNaAaAAaa \o/ \o/ \o/


Quebrou mesmo.... A Nicky ficou bem xateada com ele.... Mas eles são super amigos, têm de arranjar maneira de fazer com k tudo fike bem!!!
LolOLololOlolOLol Oh Yeah....... n imaginava, né??? Pois..... Mas aconteceu e em grande!!!! haha haha haha A Nicky assistiu MESMO a tudinho!!! Tom & Amber totalmente enrolados!!!! Axo k se o BiLL entrasse nesse karto tinha um atake kardiako e morria ali mesmo LolOLolOlololOL haha haha haha É melhor ng xamar ele a participar!!! Agora vamos ver komo fikam as koisas.... konkordo kom vc kd diz k a Amber safada do jeito k é por ela está tudo bem LolOLolOlolOL

30 Seconds To Mars é já amanhã à noiteeeeeeeeeeeeee!!!!!! Estou em pulgas!!!!!!!!!!!! yaya yaya yaya yaya yaya



* * * KiSsEsSSs * * *





132

[FF] - Kampf der Liebe - Página 15 132um

- Queria pedir-te desculpa… - disse Tom ligeiramente envergonhado com o que se tinha passado à pouco menos de uma hora entre ele, Amber e Nicky.
- Não tens de me pedir desculpa… - disse Amber sorrindo - Tu não és de ninguém… És livre de fazer o que quiseres!
- Mesmo assim… Não me sinto bem comigo mesmo em saber que me encontraste na cama com a Nicky…

- Tom, eu amo a Nicky… Tudo o que a faz feliz, faz-me feliz a mim… Era capaz de tudo para a ver entregar-se a mim com a mesma vontade que ela tem de se dar a ti… Se eu tivesse a oportunidade que tu tiveste, era a mim que me encontravas naquele quarto com ela… Por isso não te sintas mal por teres aproveitado o que qualquer homem e qualquer mulher deseja!
- Mesmo assim… -
disse Tom vendo Amber arranjar-se ao espelho.
- Não precisas de procurar moralismos para aquilo que aconteceu… Vocês desejam-se, e o que nos rege a nós os dois é o corpo, o teu corpo pediu-te por ela, e tu cedeste à sua vontade, tão simples quanto isso…

Tom abanou a cabeça de forma afirmativa. Sim, não se precisava de explicar a Amber, ela compreendia-o como talvez nunca nenhuma outra mulher o fosse capaz de compreender. Era o desejo que lhe fervilhava nas veias que lhe pedia por Nicky e que a tornava aliciante e cativante a todos os níveis. Só Amber era capaz de o compreender.

- Quanto ao resto… - começou Tom por dizer.
- Quanto ao resto também não precisas de dizer nada… - disse Amber virando-se para Tom que se encontrava sentado na sua cama a observá-la ao espelho – Entre nós não há tabus… Não me digas que foi a primeira vez que tiveste duas mulheres na cama ou alguém a olhar para ti enquanto fodias?
- Não…
- Então? –
disse Amber sentando-se ao colo de Tom, abraçando-o pelo pescoço – Encara o que aconteceu como uma maneira de satisfazer a Nicky… Talvez tenhamos matado a curiosidade dela… Talvez tenha vivido um dos seus fetiches… Talvez para a próxima ela se junte a nós…

- Achas que ela vai ficar ressentida connosco?
- Ela queria ver-nos juntos… -
disse Amber beijando Tom ao mesmo tempo que levava uma mão até às partes íntimas dele para o apalpar de forma atrevida – Queria ver-te dentro de mim… Não tem porquê ficar ressentida…

- Não percebo como é que vocês são tão amigas se não têm absolutamente nada em comum… -
disse Tom em forma de desabafo, ao mesmo tempo que tirava a mão de Amber de si.
- É verdade… Mas eu faço-a rir, faço-a esquecer os problemas… Tiro-a da solidão e da amargura em que a vida dela se tornou… E ela faz-me feliz com o jeito doce e frágil dela… Ela é o sonho de qualquer pessoa…

- Gostas mesmo dela… –
perguntou Tom sentindo os seus lábios serem atacados pelos lábios de Amber.
- Sim… Sou capaz de tudo por ela… Inclusive afastar-me de ti se um dia vocês tiverem alguma coisa mais séria…

- Porque é que dizes isso??? –
disse Tom tirando Amber de cima de si, como se o comentário dela o tivesse sufocado.
- Porque vocês têm muito em comum…
- Imenso, não haja dúvida… Eu quero distância de compromissos, e ter uma mulher diferente cada noite, e a Nicky…
- Quer distância de compromissos e não se importa que tu tenhas uma mulher diferente todas as noites! –
disse Amber a sorrir do ar assustado de Tom.
- Mas ela é frágil e doce e eu sou agressivo e insensível…
- É verdade… Mas o que eu vi naquele quarto hoje, foste tu a ser doce e sensível e ela a ser perversa e arrojada… Como tu gostas… Vocês têm a capacidade de se moldar um ao outro, e é isso que é o amor… Não é ser igual a ninguém, é ter diferenças, reconhecer que elas existem, mesmo que não gostemos delas, e moldarmo-nos à outra pessoa para a fazermos feliz… Mas quem sou eu para falar de amor…


Tom levantou-se da cama incomodado com Amber. Falar de amor era algo impensável na sua cabeça. Não amava, nem nunca seria capaz de amar Nicky ou qualquer outra mulher enquanto desejasse estar intimamente com todas as mulher que se passeavam à sua frente. Preferia ignorar o comentário de Amber para não entrar em pormenores da sua vida privada. Não tinha a capacidade de amar ninguém, só de sentir desejo.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Procurou Bill em todos os cantos da casa e não o encontrou. Lembrou-se do sótão, o cantinho que ele lhe tinha apresentado naquele dia, e sorrateiramente subiu as escadas que davam acesso àquele espaço tão especial e encontrou-o abatido e entristecido a fumar em frente à janela. Fez mais barulho do que tencionava através do ranger do soalho de uma das últimas escadas, e anunciou a sua entrada. Bill olhou para Nicky e soltou o fumo que tinha no seu interior. Já não sabia como reagir perante ela. Não sabia como lhe pedir mais desculpas. Sentia-se um péssimo amigo e um idiota por a ter colocado sobre tanta dor e desgosto num só dia, mas sentia-se ainda pior pessoa por reconhecer que tinha traído a confiança que Nicky tinha depositado em si ao assumir que poderia contar a Tom aquilo que lhe tinha acontecido no seu passado. Nicky aproximou-se de si e sentou-se à sua frente. Pegou na mão que ele tinha livre e respirou fundo como se procurasse coragem para falar. Bill não sabia o que dizer. Seria aquele gesto, um gesto de perdão? Porque é que sempre que se reencontrava com ela naquele dia, algo estava diferente em si?

- O que tu me fizeste magoou-me muito… - disse Nicky observando a mão de Bill contida nas suas, enquanto brincava e mexia com os dedos dele, evitando olhar Bill nos olhos – Eu confiei em ti… E sinto que traíste a minha confiança…
- Desculpa…
- Mas eu sei que tu me queres bem, e que é por isso que estou aqui hoje, porque me queres proteger e afastar de quem me faz mal…
- Sim…
- Mesmo assim… Traíste a minha confiança no assunto mais sensível que eu tenho em mim… Foste das únicas pessoas a quem eu contei o meu passado, e não tinhas o direito de o contar a ninguém quando eu te pedi para o guardares dentro de ti…
- Eu sei… Desculpa… -
disse Bill largando o cigarro no cinzeiro para colocar a sua outra mão sobre as mãos dela – Se soubesses como estou arrependido de te ter magoado… Se soubesses como lutei pelo teu segredo tantas vezes, quando seria mais fácil deitá-lo cá para fora… Mas nunca o fiz, porque te respeito e porque o teu segredo é o meu segredo… Seria incapaz de o contar a alguém, mesmo que a minha vida dependesse disso…

- Mas contaste-o ao Tom…
- Porque o Tom é diferente… Ele não é como as outras pessoas que eu conheço… O Tom, sou eu! Se eu não lhe contasse, ele ia acabar por descobrir porque ele conhece-me… Ele sabe o que me perturba, ele lê-me a mente… E confesso que pode ter sido uma fraqueza minha, mas fez-me bem tirar aquele peso do peito… Tu sabes como desabafar nos faz bem…

- Mas era o meu segredo… -
disse Nicky olhando para os olhos de Bill pela primeira vez.
- Não… Era o teu passado, mas era o nosso segredo! Porque eu considero-o como meu… Eu carrego-o em mim todos os dias também, mesmo que seja de maneira diferente! Seria incapaz de contar o nosso segredo a alguém que te pudesse magoar! – disse Bill levando uma das suas mãos à face dela para a acariciar – Desculpa… Não tinha o direito de lhe contar, nem de te pedir que abrisses mão do teu segredo ao mundo… Desculpa-me, por favor…

Nicky sentiu uma gota formar-se nos seus olhos, mas ia ser forte e contê-la, não queria chorar mais. Virou ligeiramente a face e deu um beijo na mão de Bill que passava sobre o seu rosto, para o olhar de seguida e abanar a cabeça de cima para baixo em forma afirmativa.

- Adoro-te… - disse Nicky emocionada com o brilho no olhar de Bill e a forma como ele estava constrangido e sensibilizado com o que se tinha passado entre eles.
- E eu a ti pequeno furacão! – disse Bill abraçando o corpo dela de forma intensa, feliz por poder apaziguar as coisas entre eles – Prometo nunca mais te magoar…
- Não prometas coisas que não podes cumprir!
- Mas posso fazer por as cumprir… E se te magoar é porque algo saiu do meu controlo! –
disse Bill separando-se do corpo dela para respirar fundo e encontrar algum conforto no olhar estranho que Nicky apresentava – Quero que saibas que estou ao teu lado para o que der e vier… Quero demais o teu bem para algum dia querer ver-te chorar novamente! E quanto ao Tom… Eu sei que não deve ser fácil para ti saber que ele sabe de tudo, mas acredita que o meu irmão não é preconceituoso, nem tacanho, nem facilmente impressionável… Ele seria incapaz de olhar para ti de forma diferente daquela que ele sempre te viu! Antes de sabermos do teu segredo ele tinha um fascínio por ti imenso, e depois de eu lhe contar o que se tinha passado contigo, o fascínio não decresceu minimamente, eu até me tinha de chatear com ele às vezes por falar sobre ti de forma menos respeitosa!

Nicky esboçou um sorriso ao imaginar Tom falar sobre si com desejo.

- Tu não és um ser humano de segunda categoria pelo que te aconteceu… És igual a todos nós… Sabes a quantas pessoas aconteceu o que te aconteceu a ti quando eras criança? Centenas de milhares… Arriscava-me até a dizer a milhões… Tu és um exemplo para todas essas pessoas, um exemplo de que a vida pode não ser fácil, mas está aí para ser batalhada e vencida! Porque tu venceste… Tu chegaste ao topo da tua carreira, és reconhecida em todo o lado, és linda, inteligente, rica… És o sonho de qualquer menina ou qualquer menino que tenha passado pelo mesmo que tu! És uma inspiração para todos eles…
- Preferia não ser…
- Eu sei que não… Mas és… -
disse Bill transmitindo-lhe força.

- Não sei o que é que tu tens, mas és capaz de me fazer feliz com as tuas palavras e a força que me transmites… O teu irmão é como tu… Consegue-me fazer instantaneamente feliz… Mas de uma maneira diferente da tua… - disse Nicky timidamente.
- … Aconteceu alguma coisa entre vocês? – perguntou Bill com medo que Tom tivesse feito algo que não devia.
- Sim… - disse Nicky com um sorriso ligeiro e tímido, mas feliz – Mas vou deixar que seja ele a contar-te porque tenho vergonha de o fazer…

- Vocês foram para a cama? –
perguntou Bill aterrorizado com essa possibilidade.
- Ele depois conta-te… Vocês são rapazes e sentem-se mais à vontade para falar disso… - disse Nicky timidamente.
- Ok… - disse Bill apavorado com o que poderia ter acontecido entre eles para que Nicky não se sentisse com coragem de o contar.

- Mas… - disse Nicky olhando para Bill com um olhar intimidado, como se estivesse com medo de ser repreendida por ele – Eu não vou seguir o teu conselho de me manter afastada dele… Gostava de o conhecer um pouco melhor… Ele faz-me sentir bem… Descobri coisas com ele, que julgava não ter em mim… Ele desperta-me de alguma forma e eu gostava de ver até onde consigo ir…
- Nicky… -
disse Bill percebendo que ela estava enfeitiçada por Tom – As coisas com o Tom geralmente acabam sempre da mesma maneira…
- Eu sei…

- Sentes-te à vontade com ele para ires tão longe?
- Talvez…
- E consegues manter o coração afastado? Porque senão vais sofrer… E eu não te quero ver sofrer…
- Eu só o quero conhecer melhor…
- Conhecer melhor implica envolveres-te mais…
- Não te preocupes, se eu me sentir minimamente ameaçada, sou a primeira a fugir… Eu conheço-me!
- Ok… Mas tem cuidado… -
pediu Bill encarecidamente. Tinha de falar com Tom para esclarecer muitas coisas, cada vez mais…

- Bem, mas agora tenho de ir… Pedi ao Mercier que me marcasse um voo urgente e tenho de estar no aeroporto daqui a uma hora… - disse Nicky levantando-se.
- Ainda vais embora??? – perguntou Bill levantando-se de seguida meio atarantado.
- É melhor… Preciso de pensar em muitas coisas que aconteceram nesta casa, e preferia fazê-lo num sítio onde me sinta bem e esteja sozinha… - disse Nicky respirando fundo – Não que não me sinta bem aqui… Mas preciso mesmo de estar sozinha… Ainda tenho três dias de descanso e quero aproveitar para meditar e pensar no rumo e sentido que vou dar à minha vida…
- Claro… -
disse Bill compreendendo que ela tivesse vontade de ficar a sós – Tens muito em que pensar…
- E prometo que quando estiver mais calma penso naquilo que me disseste aqui, a esta janela…


Bill sentiu uma leve esperança apoderar-se de si. Nicky acabava de lhe prometer que iria pensar na sua proposta de o ajudar a meter Mercier atrás das grades? Isso seria perfeito. Com a ajuda dela tudo seria muito mais fácil, porque ela tinha ligação directamente a ele e era quem o conhecia melhor.

- Obrigado! – disse Bill abraçando-a – Preciso mesmo da tua ajuda nesta guerra… Preciso de o manter longe de toda a gente… Inclusive de nós os dois que somos os grandes alvos dele! Mas promete-me também que vais ter cuidado e que te vais proteger dele… Quero que continues a comportar-te como até agora sempre te comportaste!
- Eu vou ter cuidado… -
disse Nicky sorrindo debilmente disse Bill meio na brincadeira, meio a sério.
- Ficarias orgulhoso se soubesses o juízo e o coração grande que o teu irmão tem no seu interior… – disse Nicky derretida com o simples pensamento de Tom.
- Eu sei, conheci-o ainda antes dele ter nascido… - disse Bill piscando o olho a Nicky estranhamente orgulhoso de Tom, mesmo sem saber o que ele tinha feito. Devia ser algo realmente tocante para que Nicky o elogiasse daquela forma e o respeitasse tanto.

- Adoro-te… - disse Nicky abraçando o corpo de Bill uma vez mais – Nunca me deixes…
- Não faço tenções disso… -
disse Bill abraçando o corpo dela com força.

Nicky depositou um beijo sentido e doce nos lábios de Bill como forma de despedida e encaminhou-se até às escadas do sótão para descer e procurar Tom. Procurou-o pela casa toda e não o viu em lado nenhum. O último sítio onde ainda não o tinha procurado era no quarto de Amber. A ideia de o encontrar lá não a agradava particularmente, não saberia como encarar os dois juntos, e tinha medo de os encontrar numa despedida tórrida. Deteve-se à porta do quarto dela tentando recolher coragem para o que se preparava para fazer, e respirando fundo, bateu à porta, para a ver abrir-se. A porta estava somente encostada. Ouviu Amber dizer que podia entrar, e entrou timidamente no quarto dela. Amber estava sentada na cama, enquanto Tom andava de um lado para o outro visivelmente perturbado com algo. Será que eles tinham estado a discutir com o que tinha acontecido? Nicky tentou ignorar o cenário que encontrou.

- Gostava de me despedir de ti… - disse Nicky de forma contida a Tom, e virando-se para Amber acrescentou – Importas-te que o roube por um bocadinho?
- É todo teu… -
disse Amber sorrindo de forma sensual.

Tom olhou para Amber e sentindo-se farto de estar naquele quarto não hesitou em seguir Nicky até ao exterior dele. Quando se preparava para perguntar onde é que ela ia, uma vez que Nicky não parava de andar em direcção à sala, ouviu-a dizer:

- Quero despedir-me de ti num sítio especial…

Tom sorriu ao perceber que ela o levava até ao jardim. Observou-a abrir uma das grandes janelas da sala que dava acesso ao jardim e seguiu-a até ao sítio onde anteriormente a tinha encontrado ajoelhada a chorar. Nicky olhou para si de forma tímida e sorriu com dificuldade. Parecia estar realmente envergonhada e intimidada com o que se tinha passado entre eles. Tom não soube como reagir. O que tinha acontecido era muito forte e muito duro para ela aceitar em tão pouco tempo, por mais que ela o tivesse desejado. Humedeceu os lábios e pensou em dizer-lhe algo, mas as palavras não queriam sair. Não sabia o que lhe dizer, não a queria constranger ainda mais e não sabia até que ponto falar no que se tinha passado a iria assustar naquele momento.

- Estavas a discutir com a Amber? – perguntou Nicky com dificuldade e acanhamento.
- Não… - disse Tom apercebendo-se que também ele se sentia mais constrangido que o normal. Algo em si lhe pedia para proteger Nicky e aquilo que eles tinham vivido podia dificultar em muito o ambiente entre eles.
- Não quero que se chateiem por causa do que aconteceu…
- Não te preocupes… Eu e a Amber já demos o que tínhamos a dar! –
disse Tom que se apercebia que o desejo e a fome com que desejava Amber tinha desaparecido depois de se entregar a ela contra a sua vontade, tendo Nicky em mente, e depois de ela lhe falar em amor, quando essa palavra era proibida para si e assustava-o em demasia – Estava com ela por diversão… Mas deixou de ser divertido…

- E não teve mesmo nada a ver com o que aconteceu? –
perguntou Nicky olhando para os olhos de Tom com curiosidade. Quereria aquilo dizer que ele nunca mais procuraria a cama de Amber para se satisfazer?
- Ajudou… - disse Tom sentindo uma vontade imensa de a abraçar e beijar. Não tinha desistido de Nicky. Ela ainda ia ser sua.
- Desculpa… Não queria ter estragado as coisas entre vocês…
- Não havia nada para estragares… -
disse Tom aproximando-se ligeiramente dela, dando a entender que a queria tomar nos braços.

Nicky sentiu o seu coração disparar numa correria desenfreada. O corpo de Tom seduzi-a de forma perigosa, sempre que ele se aproximava de si era como se algo no seu interior se descontrolasse e perdesse a consciência e o discernimento. Afastou-se de Tom, virando-lhe as costas e andou em direcção às árvores onde anteriormente se tinha escondido com ele num calor impar. Reparou que Tom ficava imóvel. Respirou fundo, tentando acalmar a sua respiração. Porque é que se sentia envergonhada de estar com ele? Porque é que depois de um momento tão intimo e forte, não tinha coragem de o olhar nos olhos ou de o deixar tocar-lhe? Não queria que ele pensasse que o recriminava pelo que tinha acontecido, muito menos que tinha nojo de si, mas algo no seu interior a deixava perturbada perante a presença de Tom, mais intimidada e abrasada que nunca, como se o medo que tinha em se entregar a ele tivesse crescido ao ver o quão sexual ele era capaz de ser, mesmo não querendo e não fazendo nada por isso.

- Gosto destas árvores… - disse Nicky levantando um pouco a voz para que Tom que se mantinha à distância a ouvisse.
- Não sei porquê… - disse Tom de forma sedutora.
- E da relva também… - disse Nicky olhando para o chão recordando os momentos que tinha passado ali com Tom – É tão macia…

- Vais mesmo embora? –
perguntou Tom à distância com medo de ultrapassar em demasia a linha que há muito já tinha trespassado.
- Vou… - disse Nicky respirando fundo.

- Queres falar sobre o que aconteceu? – perguntou Tom andando lentamente em direcção de Nicky. Sentia-se sufocar com aquele peso que existia entre eles.
- Tu queres? – perguntou Nicky andando na direcção de Tom ,encontrando-o a meio caminho do sitio onde anteriormente ambos estavam. Sentia o seu coração tão enfraquecido, mas ao mesmo tão forte por o ter à sua frente.
- Não sei… - disse Tom olhando-a nos olhos azulados e atemorizados, à medida que passava a língua de forma ininterrupta pelo piercing que habitava os seus lábios. Tinha ficado com um défice de Nicky em si. Não se sentia satisfeito, queria muito mais dela. Cada vez mais.

- … Tenho vergonha – confessou Nicky fitando as suas próprias mãos, enquanto as mexia de forma nervosa – Não sei o que me deu… Não quero que penses que sou depravada…
- Não tenho nada contra pessoas depravadas e perversas… -
disse Tom aproximando-se dela, entranhando os dedos de uma mão na nuca dela, chamando a atenção dos seus olhos azuis.
- Depravada no sentido doente… - disse Nicky intimidada com o olhar de Tom e a carícia que ele lhe fazia. O toque dele era inacreditavelmente intenso e despertava todos os seus sentidos – Que tenha algum fetiche de te ver com outras mulheres… Não é algo que goste particularmente… Preferia ver-te comigo…

- Então porque é que me querias ver com a Amber? –
perguntou Tom agarrando na cintura de Nicky com a outra mão, aproximando o corpo dela do seu, ao mesmo tempo que humedecia os lábios e fitava os lábios dela com desejo.
- Porque te queria naquele momento, e era a única maneira de te ter… - disse Nicky deixando que o seu corpo cedesse às mãos de Tom. O seu coração parecia querer saltar-lhe pela boca a qualquer momento.

- … E gostaste? – perguntou Tom levando os seus lábios ao pescoço de Nicky, depositando nele toda a sua sabedoria.
- Sim… - disse Nicky sentindo-se demasiado aquecida e excitada pelo toque dele. Como é que ele conseguia tudo de si? – Principalmente quando me deste a mão…
- Quando me vim? –
perguntou Tom olhando Nicky nos olhos percebendo que o olhar dela estava hipnotizado pelo desejo.
- … Sim – confessou Nicky sentindo-se corar pela maneira tão directa como Tom era tão sexual e falava sobre o que se tinha passado – És muito bonito…
- E o meu corpo? –
perguntou Tom roçando os seus lábios nos dela para a provocar e perguntar em forma sussurrada – Excita-te?

Nicky sentiu-se incapaz de abrir a boca para soletrar uma palavra que fosse. O modo como Tom a seduzia era primário e sexual. Sentia que tinha de retrair todas as suas acções relativamente a ele, ou não seria capaz de sair daquela casa tão cedo. Tudo o que desejava era ter as mãos dele sobre o seu corpo e os lábios dele em cada centímetro da sua pele. O calor e a sensualidade dele eram escaldantes e inimagináveis. Abanou a cabeça ligeiramente de cima para baixo, dando a entender a Tom que o corpo dele era realmente irresistível para si.

- Um dia vais ser tu a provocar-me aquele calor… Embora, já me provoques calor o suficiente para ser capaz de te manter prisioneira na minha casa… - disse Tom beijando os lábios dela devagar, como se só a quisesse tentar e provocar - … O que é que sentiste ao ver-me com ela?
- Senti calor… Desejo… Inveja…


Tom sorriu com as palavras dela. Tinha Nicky totalmente na mão. Um dia ela seria sua, mesmo que esse dia ainda não tivesse chegado. Passou uma mão sobre as curvas dela, demorando-se na sua barriga. Acariciou-a de forma suave, apercebendo-se que o peito de Nicky respirava de forma intensa e abrasada pelo seu toque, e olhando-a nos olhos, fez a sua mão deslizar suavemente pelo peito dela, até chegar ao seu pescoço e puxá-la até si para a beijar de forma arrojada e repleta de desejo. Sentiu Nicky abraçar o seu corpo e beijá-lo em retorno com paixão e gosto. Deixou que as suas mãos sentissem uma vez mais o corpo dela e apercebeu-se que as mãos de Nicky pareciam um pouco mais libertas e sem tanto medo de explorarem o seu corpo.

- Apetece-me possuir-te aqui e agora… - disse Tom mordendo ligeiramente o lábio inferior dela numa contenção de desejo animal.
- Tenho de ir embora… - disse Nicky sentindo-se ofegar pela velocidade a que o seu coração corria e a sua respiração se descontrolava.

- Quando é que te vejo de novo? Quando é que podes ser minha?
- Somos livres… Posso ser tua quando quisermos… -
disse Nicky colocando as mãos sobre o peito de Tom para o acariciar. Ia sonhar com aquele corpo, com aquela voz, com aquelas mãos, com aquele homem.
- Quero-te agora!
- Agora é tarde demais para nós… -
disse Nicky suspirando – Mas eu quero… Eu quero mesmo muito estar contigo, e a próxima vez que estivermos juntos…
- És minha?
- Sim…
- Promete… -
pediu Tom beijando-a com desejo – Promete que da próxima vez que estiver contigo não vai haver ninguém que se meta entre nós e que me impeça de te fazer feliz… Quero-te para mim…
- Prometo! –
disse Nicky sentindo-se nas nuvens com as palavras de Tom.

Abraçou o corpo dele e beijou-o até ficar sem fôlego, sentindo os braços de Tom apertarem a sua cintura com força e elevarem-na ligeiramente no ar, enquanto se beijavam.

- Vou fazer-te desejar compensar o tempo que passaste afastada de homens… - disse Tom um sorriso atrevido e maroto.
- Eu já desejo compensar esse tempo contigo…
- Vou fazer-te desejar ainda mais…
- É impossível… -
disse Nicky dando um beijo terno no nariz de Tom – … Quero que não te esqueças de mim…
- Não me vou esquecer, acredita…

- … Nem mesmo quando estiveres na cama com as outras? -
perguntou Nicky envergonhada.
- Queres que pense em ti quando estiver dentro de outra mulher? – perguntou Tom excitado com o que ela dizia. Aquela Nicky mais perversa era a sua perdição – Quando me estiver a vir?

Nicky abanou a cabeça de cima para baixo olhando para os olhos dele que brilhavam em desejo, sentindo-se queimar numa chama de anseio.

- Nunca me hei-de esquecer da tua cara quando… - disse Nicky sem ter coragem para continuar.
- Podes dizer…
- Tu sabes…
- Quando me vier contigo vai ser ainda melhor… Prometo! –
disse Tom assaltando os lábios dela pensando no que teria de fazer naquele dia sem Nicky para apagar o fogo que o consumia.

- Desculpa ter-te feito ir para a cama com ela… - disse Nicky abraçando o corpo de Tom com força como se não o quisesse largar nunca mais.
- Foi contigo que eu fui para a cama… Apenas não te consegui dar prazer…
- Enganas-te… Podes não me ter tocado, mas prazer deste-me muito…


Tom olhou para ela nos olhos e recordou a respiração ofegante e o modo como ela lhe tinha acariciado a mão de forma meiga e desejou-a ainda mais. Nicky tornava-se no seu novo vicio mais secreto, e ainda nem tinha provado aquilo que o seu corpo era capaz de lhe dar…


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


- Eu vi tudo… - disse Bill sem saber como tocar naquele assunto.

Tinha tantas coisas presas em si para falar com Tom que não sabia se havia de estar chateado, magoado ou simplesmente triste com ele. Tudo estava demasiado confuso na sua cabeça. Agora que Nicky e Amber tinham partido, precisava de falar com o seu irmão e esclarecer as suas incertezas.

- … Estavas no sótão? – perguntou Tom percebendo aquilo a que o seu irmão se referia.
- Sim… O que é que te deu? O que é que tens nessa cabeça? Porque é que foste contar à Nicky que sabias o segredo dela??? Quase acabaste com a nossa amizade!!! – disse Bill não conseguindo conter a ira que tinha no seu interior, soltando de forma brusca tudo o que tinha guardado no seu interior – … E que merda é que andas a fazer com a Nicky??? Estás louco??? Eu pedi-te mil vezes que te mantivesses afastado dela… E o que eu vi acontecer no jardim não foi uma despedida de alguém que se estivesse a conter minimamente… Só faltava saltares para cima dela e comerem-se ali mesmo!!!

- Desculpa… -
disse Tom percebendo que tinha errado em contar a verdade a Nicky
- Foda-se Tom, as desculpas não se pedem, evitam-se!!! E eu não te vi fazer um esforço para evitar nada!!!
- As coisas ficaram incontroláveis entre nós e saiu-me… Foi sem querer… Mas ela tinha de saber que eu sei do passado dela, que percebo as hesitações, que não levo a mal e que a vou sempre respeitar… Não vou ser como o outro cabrão de merda!
- O que é que fizeste??? O que é que aconteceu entre vocês??? Vocês foram para a cama???
- Não… -
disse Tom sem saber como contar a Bill aquilo que tinha acontecido. O seu irmão nunca seria capaz de compreender – Mas quase… Nós só curtimos…

- Estás a esconder-me alguma coisa… -
disse Bill que conhecia o seu irmão bem demais para acreditar que ele seria capaz de manter-se sossegado perante o desejo que sentia por Nicky.
- Tu não vais querer saber…
- Quero pois… Conta! –
exigiu Bill cruzando os braços, ligeiramente em pânico pelo olhar desamparado de Tom. Se ele tinha medo de contar o que se tinha passado entre eles, era porque era realmente mau.

- Fui para a cama com a Amber…
- Toda a gente sabe disso! Não é novidade… Não é a primeira vez e não há-de ser a última… -
disse Bill revirando os olhos não dando importância àquela informação.
- Hmm… Talvez seja a última… - disse Tom decidido a procurar distância dela. O corpo dela nunca mais seria capaz de lhe dar aquilo que ele procurava, as recordações que tinha dele estavam manchadas.
- Ok… E a Nicky? Eu quero saber é da Nicky… Onde é que ela entra nessa história? – perguntou Bill impaciente, desejoso de saber o que tinha acontecido.
- A Nicky estava connosco… - disse Tom com medo da reacção de Bill – Foi ela que me pediu para ir para a cama com a Amber, porque queria assistir…

- O QUÊ??? –
perguntou Bill num grito histérico de quem se recusava a acreditar naquilo que os seus ouvidos acabavam de ouvir.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeQui Jul 07, 2011 10:43 pm

Que bom que a Nicky perdoo o Bill. não seria nada legal que eles ficarem sem se falar. São grandes amigos não devem ficar separados. Amber falando de Amor ? affraid Novidade uma atras da outra. Proximo encontro o Nicky vai ser do Tom ? É as coisas estão mesmo mudando. O BILL VAI DAR UMA LOCA AGORA. Coitado do Tom KKKKKKKKKKKKKKKKK'

Curti muito ai no show, ok ? Curta por mim. OKSPAKSPOAKS
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeSáb Jul 09, 2011 11:02 pm

CaTaRiNaAaaAa \o/ \o/ \o/


Simmmmmmm!!! Ainda bem k a Nicky percebeu k tudo o k o BiLL faz é kom as melhores intenções!!!
LolOlolOL É....Amber falando de amor é estranho, mas parece k kd ker, ela sabe o k fala =p LolOloOL
LolOlollolOlolOL O BiLL vai espancar o Tom!!!! haha haha haha

O show foi muito bom!!! Eles são mesmo incriveis ao vivo, só que teve um problemão... Teve problemas com o palco principal do festival (onde eles iam tokar) então os concertos antes deles foram à vida e só tocaram eles e os Chemical Brother que eram a seguir, mas komo eles n konseguiam arranjar os problemas a tempo... O concerto deles era às 23h e só akonteceu já era 0h30!!!! Mesmo assim foi muito bom e valeu a pena esperar \o\ \o\ \o\



* * * KiSsEsSSs * * *





133

[FF] - Kampf der Liebe - Página 15 133lr

Há muito tempo que mantinham contacto com Lady Gaga através dos seus managers. Naquele dia os Tokio Hotel e os seus amigos mais chegados iam finalmente ter o prazer de conhecê-la. Lady Gaga estava em Berlin para a apresentação da sua mais recente tour e os gémeos estavam entusiasmados por poder ver aquela que se estava a tornar num ícone do mundo da música, ao vivo. Mas para Bill aquela noite estava impregnada e marcada por uma importância que os seus amigos nem sequer sonhavam, aquela era a noite que tinha escolhido para contar àqueles que mais amava que estava perdidamente apaixonado por Gabi e que ambos estavam juntos e muito felizes.

No camarote privado que tinham reservado para estar à vontade, Bill olhava de soslaio para Gabi que lhe sorria timidamente. Estavam ambos nervosos com a reacção dos presentes, principalmente com a reacção de Jost que sendo um elemento mais racional da crew, pensava sempre como manager e não somente como amigo. Bill tinha a certeza que enquanto manager da banda, Jost ia ficar abalado com a notícia e com medo do que isso podia significar para o futuro do contrato com Nicky Fuller. Mas a decisão estava tomada, aquela seria a noite em que o seu coração poderia bater livremente pela mulher que amava loucamente desde o primeiro dia que os seus olhares se tinham cruzado.

- Isto é uma loucura… - disse Gabi aproximando-se de Bill exibindo um nervosismo notório.
- O que eu sinto por ti também… - disse Bill sorrindo de forma cúmplice a Gabi. Desejava abraçá-la e beijá-la em frente a todos, não queria fingir mais – O concerto deve estar quase a terminar… Antes de ir dar as entrevistas, tirar fotos e ir ter ao backstage, gostava de poder contar a toda a gente aquilo que sinto por ti…

- Tens mesmo a certeza que é isso que queres? –
perguntou Gabi com medo de se estarem a precipitar – Podemos esperar até o contrato com a Nicky terminar…
- Para quê? Não muda o que sentimos, e eu recuso-me a passar um dia que seja sem ti… Não tenho nada a esconder de nenhuma das pessoas aqui presentes, pelo contrário, tudo o que eu quero é que eles saibam o bem que me fazes e como és tu a razão da minha felicidade… -
disse Bill colocando uma mão à volta da cintura de Gabi, puxando-a para ele, dando a entender que a pretendia beijar.

- Controla essas mãozinhas!!! – disse Gabi a rir ao mesmo tempo que se libertava do braço dele – Para todos os efeitos ainda não temos nada um com o outro…
- Por pouco tempo… Depois és minha… Vou beijar-te e abraçar-te em frente a todos, e nada nem ninguém me vai impedir…

- Estou nervosa… Tenho medo que reajam mal… -
confessou Gabi.
- Não te preocupes amor… - disse Bill sorrindo docemente sentindo uma vontade enorme de lhe passar as mãos pelo cabelo para a tranquilizar.
- Acho que vou à casa de banho… Pode ser que me acalme…
- Vai lá… Mas não te demores muito, o concerto deve estar mesmo no fim…


Gabi assentiu afirmativamente com a cabeça e sorriu para Bill. Quando se preparava para lhe virar costas e encaminhar-se até à casa de banho ouviu-o chamar por si.

- Gabi…
- Sim… -
disse ela voltando-se para ele.
- … Amo-te! – disse Bill de forma carinhosa e sentida, olhando-a nos olhos azuis que tanto amava. Não se importava se alguém o ouvia proferir aquelas palavras ou não, em breve o seu suplício teria um final feliz.
- Tu és louco… - sentindo o coração prestes a explodir com o nervosismo e amor que sentia por aquele que se tinha revelado o maior amor da sua vida.

Encheu-se de coragem e saiu do camarote dos Tokio Hotel encaminhando-se até à casa de banho. Era incrível como Bill a fazia suspirar e sonhar, nunca tinha conhecido alguém que tivesse um poder tão forte sobre as suas emoções e sentimentos. Sentia-se segura nos braços dele, mas temia que ambos não fossem capazes de lidar com o peso do que seria assumir perante as pessoas que lhes eram mais próximas, o vínculo que os unia de forma tão pura e desprovida de interesse. Preparava-se para abrir a porta que dava acesso à casa de banho da zona dos camarotes quando sentiu uma mão nas suas costas empurrá-la para o interior da mesma e outra a obrigar a sua face a ficar virada em frente. Sentiu o seu corpo embater violentamente de encontro a uma parede e a sua cara ser esmagada contra a mesma. Não conseguia ver a face do homem que a subjugava de forma violenta contra aquela parede fria, mas a força com que a mantinha pressionada de encontro àquele espaço fazia-a crer que era um homem e que as suas intenções não eram as melhores. Pensou em gritar, mas os seus gritos seriam abafados pela música que se ouvia no recinto. Lady Gaga cantava a música de encerramento do concerto, o público estava ao rubro e os seus esforços para pedir por socorro apenas enfureceriam o seu agressor. Estava preparada para qualquer que fosse o seu destino. Sentiu a respiração daquele homem sobre a sua face e fechou os olhos tentando conter o estremecer do seu corpo e o medo que a tomava de assalto. Tinha uma respiração calma e contida, ele sabia que estava em controlo daquilo que se passava e que a tinha entre as mãos. Pensou tentar soltar o seu corpo ou fazer um esforço para perceber quem era o homem que a arremetia daquela forma, mas tinha consciência que se o fizesse ele tornar-se-ia apenas mais violento. Estava decidido em levar a sua avante e nada o ia travar.

- Tenho um recado que quero que entregues ao teu namoradinho… - disse o homem de forma fria sobre a sua orelha direita, atemorizando-a ainda mais.
- Eu não tenho namorado… - disse Gabi imediatamente.
- Não me faças de estúpido que eu não gosto… Vais dizer ao teu namoradinho que nós andamos de olho nele e que se ele se quiser armar em espertinho mais alguma vez, quem vai pagar as contas és tu… Ouviste?
- Não sei do que estás a falar…
- Tens a certeza??? –
disse ele dando um pontapé no pé direito de Gabi fazendo com que as suas pernas se abrissem um pouco mais – Pensa lá melhor…
- Não tenho nada em que pensar…
- Não brinques comigo Gabriele… Olha que eu sou perigoso e não gosto de meninas que se portem mal…
- Apanharam a pessoa errada… -
disse Gabi abrindo os olhos sentindo uma raiva imensa de si mesma por se sentir impotente nas mãos daquele homem nojento.

- Então eu vou repetir de novo… Pode ser que tenhas ouvido mal o que eu te disse…
- Não precisas de repetir nada!!! Sei muito bem o que disseste e o que ouvi, e volto a repetir que não tenho namorado, nem sou pombo-correio de ninguém para fazer passar mensagens…
- Corajosa… -
disse o homem rindo de forma desafiadora – Ou será que não tens amor pela tua própria vida???
- Faz o que quiseres comigo, mas garanto-te que o teu recado morre aqui comigo e não chega a lado nenhum… -
disse Gabi ganhando forças para lutar sem saber bem como. Não ia permitir que ninguém se aproveitasse de si, muito menos para chegar até ao homem que há momentos atrás lhe sorria e se declarava apaixonado por si.
- Não me tentes… - disse o homem lambendo a face desprotegida de Gabi fazendo com que ela ganhasse ainda maior asco dele – Olha que eu acho-te muito interessante e no futuro podemos encontrar-nos de novo… Se não fizeres aquilo que eu te mandei fazer…

- Faz o que tiveres a fazer… Não tenho medo de ti… -
disse Gabi sentindo um peso imenso no peito. Estava pronta para tudo, incluindo ver o seu corpo usado por um homem sem escrúpulos em detrimento daquele que amava.
- Podes ter a certeza que o vou fazer, e com muito gosto… Espero que consigas retirar prazer disso… - disse ele deslizando a mão que tinha sobre as costas de Gabi até ao seu rabo para a apalpar – Era tão mais fácil se cooperasses comigo… És tu que me obrigas a isto… - disse o homem levantando o vestido que Gabi envergava para sentir pela primeira vez o corpo de Gabi tentar soltar-se do seu e lutar contra aquilo que lhe fazia Shhhh... Mantém-te quietinha e nem penses em gritar ou lutar contra mim, só vais piorar as coisas… - disse ele colocando uma mão entre as pernas de Gabi sentindo o corpo dela estremecer violentamenteHmmmmm… Tens a certeza que não tens um namorado? É uma pena desperdiçares o teu potencial sexual sozinha… - disse ele massajando de forma forte e desinibida as partes mais íntimas de Gabi que lutavam contra a mão dele fechando as pernas, ao mesmo tempo que se tentava libertar do corpo dele – Pensa lá melhor… Não tens um recado qualquer para dar a alguém, meu amor? Tens, não tens? Então porta-te bem, porque da próxima, em vez de sentires a minha mão, vais sentir outra coisa… - disse ele retirando a mão do interior das pernas de Gabi.

- Não tenho medo de ti, nem da tua mão nem de nenhuma outra parte do teu corpo… - disse Gabi sentindo-se violada e abusada, mas não querendo dar parte fraca, nem baixar as suas defesas mostrando-se intimidada pelas ameaças do seu agressor.
- Adoro mulheres com garra… - disse ele por entre um suspiro – É pena que hoje tenha de ficar por aqui porque se dependesse de mim ias ter a foda da tua vida meu amor… Pensa em mim quando estiveres a foder o cabrão do teu namorado, sim?… E não te esqueças de lhe dar o meu recadinho, ouviste??? Vou andar de olho em ti também…

Gabi preparava-se para dizer algo quando sentiu as mãos do seu agressor soltarem-na. Queria virar-se de frente para ele o mais rápido possível para tentar identificá-lo de alguma forma, mas as suas pernas estremeciam de forma tão violenta que não se sentia sequer capaz de se manter em pé por muito mais tempo. Sentiu um saco preto e claustrofóbico ser-lhe enfiado na cabeça, e a mão do seu agressor voltar a apalpar o seu rabo, e sem saber onde arranjava forças para tal, procurou às escuras o corpo do homem que a assediava e lançou-se ao seu pescoço para o apertar com a pouca força que ainda tinha no seu corpo. Sentiu as mãos dele apertarem o seu pescoço com uma força dominadora e o seu corpo ser projectado novamente contra a parede.

- Não brinques comigo Gabriele… Detestava ter de te magoar a sério… - disse ele numa voz enraivecida mas contida na sua ira.

Gabi sentiu-se perder o ar. Estava presa dentro de um saco preto que parecia querer sufocá-la e sentia as mãos do seu agressor circundarem o seu pescoço como se a procurassem esganar até à morte. Perdeu as forças nos seus membros inferiores e deixou que as suas mãos arranhassem o pescoço dele até que descaíssem em conjunto com as suas pernas e fossem de encontro ao chão. Sentiu as mãos dele libertarem-na e ouviu a porta da casa de banho abrir novamente enquanto os passos daquele homem se arrastavam para fora do espaço que tinha sido palco do seu pesadelo.

Deitada no chão, sentindo-se suja e conspurcada, Gabi tirou o saco que a começava a fazer perder a lucidez e respirou fundo diversas vezes tentando impedir que um ataque de pânico a dominasse de forma irrefutável. Ouviu a música acabar e a multidão ensurdecedora bater palmas e gritar pelo nome de Gaga. Por momentos tinha-se esquecido onde estava e o que a levava àquele local. Estava a procurar acalmar-se, mas tudo o que se sentia era assustada, usada e ainda mais nervosa que antes. Tudo o que queria era ter os braços de Bill à sua volta para a confortar, mas não podia nem queria vê-lo envolvido naquilo que tinha acontecido. Se aquela era a mensagem que Mercier tinha para si, se era daquela forma que pretendia aterrorizar Bill, não lhe ia dar esse prazer. Não tinha medo de enfrentar aquele homem uma vez mais e mostrar-lhe que o seu amor por Bill era capaz de suportar tudo o que ele lhe quisesse fazer. Não ia deixar que Mercier ganhasse. Tinha a certeza que Bill cometeria uma loucura ou cederia a qualquer demência daquele tirano caso soubesse do sucedido. Instintivamente e apercebendo-se que não estava em condições de se levantar sozinha do chão, pegou no telemóvel que mantinha guardado num dos bolsos do vestido e telefonou a Nathalie.

- Preciso de ti… - disse Gabi com dificuldade.
- Onde estás? – perguntou Nathalie olhando em seu redor para se aperceber que Gabi não estava presente na sala – Não te vejo… Onde é que foste?
- Preciso de ti… Na casa de banho… Vem depressa, por favor…
- Ai…. Estás-me a assustar Gabi, que voz é essa??? –
perguntou Nat olhando para Bill. Será que eles se tinham zangado? Bill parecia nervoso e mais contido do que o habitual – Vou já para aí…. – acrescentou Nathalie percebendo que algo tinha corrido mal entre o seu melhor amigo e a sua amada na noite em que iam revelar a todos aquilo que os unia.

Gabi pousou o telemóvel no chão e encostando-se contra um canto deixou que as lágrimas assaltassem os seus olhos de forma desesperada. Como é que ia ser capaz de regressar para perto de Bill e agir como se nada tivesse acontecido? Como é que seria capaz de lhe mentir? Será que devia contar-lhe o que se tinha passado? Não, não podia, era demasiado perigoso, tinha de ser capaz de suportar aquela dor sozinha. Ouviu a porta abrir e levantou a cabeça para fitar Nathalie entrar e deparar-se consigo sentada a um canto da casa de banho a chorar de forma desesperada. O seu olhar adoptava uma expressão de pânico.

- Gabi!!!! – disse Nathalie numa voz assustada ao encontrá-la a chorar convulsivamente – O que é que aconteceu??? … Vocês acabaram???

Gabi apenas foi capaz de abanar a cabeça da direita para a esquerda, as palavras pareciam não querer sair. Nathalie aproximou-se de Gabi e baixou-se de forma a ficar ao nível da amiga para perguntar:

- … Estás com dúvidas em relação ao Bill???
- Não!!! –
disse Gabi praticamente de forma desesperada. Não tinha dúvidas daquilo que sentia em relação a Bill, nunca teria dúvidas de um amor tão forte.

- Então??? O que é que se passou??? Fala comigo… - perguntou Nathalie abraçando o corpo de Gabi sentindo-a agarrar-se a si com uma força e um estremecer muito estranho – … O que é que aconteceu querida??? Porque é que estás a tremer desta forma???
- Tive um ataque de claustrofobia… -
mentiu Gabi na esperança de conseguir recolher de Nat a força que precisava para ser capaz de enfrentar o que a esperava sem ter de lhe contar a verdade.
- Aqui?!? – estranhou Nathalie. Aquela casa de banho era grande e espaçosa, já tinha visto Gabi ir a casas de banho bem mais pequenas sem nunca se sentir mal, e sendo esse o caso porque é que ela não tinha saído daquele espaço que a deixava tão transtornada?

Nathalie olhou para Gabi e viu-a acenar afirmativamente. Não tinha porquê duvidar da palavra dela, mas achava estranho que ela ficasse tão alterada por ter um ataque de claustrofobia, lembrava-se perfeitamente de quando Tom a tinha fechado com Bill numa despensa mínima e ela não parecia ter reagido de forma tão alarmante. Abraçou Gabi por entre os seus braços e deixou que ela chorasse a sua inquietação toda. Olhou em seu redor e apercebeu-se de um saco preto que ali estava, era estranho, parecia um capuz usado em raptos e assaltos. Olhou para Gabi e sentiu que algo ali estava errado e que ela lhe escondia alguma coisa. Afastou-se do corpo dela e pegou no saco mostrando-o a Gabi.

- O que é isto??? – perguntou Nat confusa mas confiante que Gabi teria uma resposta para si.
- Não sei… - disse Gabi sem sequer olhar.
- Ainda nem olhaste e já estás a dizer que não sabes o que é… - pensou Nathalie em voz alta - … Vais-me contar o que realmente se passou, ou queres que eu vá por tentativa/erro e adivinhe por mim mesma?

- Eu não te quero envolvida nisto…
- Então porque é que me chamaste??? –
perguntou Nathalie aproximando-se novamente de Gabi para a olhar nos olhos. Desejava poder ajudá-la e ser a amiga que ela precisava naquele momento, mas algo em Gabi rejeitava-a.

- Eu não quero que ele saiba de nada… - disse Gabi olhando para Nathalie com um olhar de súplica, percebendo que talvez pudesse confiar em Nathalie e que precisava de desabafar e admitir que aquilo tinha acabado de acontecer.
- O Bill???
- Sim…
- … Não queres que ele saiba o quê? –
perguntou Nathalie a medo.
- Oh Nat…. – disse Gabi soluçando as lágrimas que ainda encontrava no seu interior para chorar.

- … O que é que te fizeram querida??? Podes falar comigo… Eu estou aqui para te ajudar… - disse Nathalie abraçando o corpo fragilizado e trémulo de Gabi, cada vez mais assustada com o que pudesse ter acontecido naquele lugar.
- … Pediram-me para dar um recado ao Bill…

- … Que recado? –
perguntou Nathalie calmamente, não querendo deixar Gabi ainda mais alarmada, mas sentindo-se aterrorizar por dentro.
- Para ele ter cuidado com o que faz porque estão de olho nele…
- Quem? –
perguntou Nathalie numa voz tranquila e segura para transmitir confiança e segurança a Gabi.
- Não sei… Não disseram… - disse Gabi limpando as lágrimas do seu rosto – Mas acho que nenhuma de nós tem dúvidas de quem foi, pois não?
- Não… -
disse Nathalie pensando imediatamente em Mercier. Só ele seria capaz de demonstrar uma falta de humanidade e escrúpulos para mandar recados a Bill através de Gabi. Só ele seria capaz de ser cobarde ao ponto de fazer as suas mensagens chegar por terceiros. Só ele detestava Bill daquela forma e estava tão bem informado ao ponto de saber onde, com quem, e a que horas Bill estaria naquele local.

Olhou para Gabi e viu-a tentar recompor-se. A maquilhagem dela escorria pela sua face abaixo. Nathalie levantou-se e estendeu as mãos a Gabi para a ajudar a levantar-se também. Gabi parecia fraquejar das pernas. Nathalie ainda não estava convencida que Gabi lhe tinha contado tudo, se queriam só dar um recado, para que é que tinha sido utilizado o saco?

- Estás toda borrada… Anda comigo… Deixa-me tratar de ti antes de regressarmos lá para dentro…

- E agora… O que é que eu faço Nat??? –
perguntou Gabi seguindo Nathalie até ao grande espelho da casa de banho para se assustar com o estado lastimável em que estava a sua face.
- É melhor adiarem tudo… Conversam com o pessoal noutra altura... Acho que agora quem precisa de falar são vocês os dois e em privado… - disse Nathalie indo a um dos compartimentos da casa de banho buscar um pouco de papel higiénico para limpar a cara de Gabi – Tu não estás em condições de assumir nenhum namoro hoje…
- Não!!! –
disse Gabi prontamente – Ele está tão feliz…
- Mas tu não estás!!! –
disse Nathalie molhando o pedaço de papel higiénico em água para retirar parte da maquilhagem que Gabi trazia.
- Não interessa… Eu não quero que ele pense que eu estou com dúvidas em relação a nós…
- Ele não vai pensar isso porque tu vais falar com ele e explicar-lhe tudo o que aconteceu, certo? –
disse Nathalie limpando a cara de Gabi.

- O Bill não pode saber de nada disto Nat… - disse Gabi com um olhar de súplica – O que aconteceu aqui esta noite, morre aqui e fica só entre nós…
- Gabi…
- Peço-te… Imploro-te… -
disse Gabi segurando nas mãos de Nathalie encostando-as de encontro ao seu coração – Ele não pode saber de nada… Por favor Nat… Eu sei que és amiga dele mas também és minha amiga e eu estou-te a pedir do fundo do coração para não contares ao Bill nada do que viste nesta casa de banho… - disse Gabi começando a chorar novamente.
- Ok, ok… - disse Nathalie percebendo que algo muito sério aterrorizava mesmo Gabi, algo mais do que ela lhe estava a contar – Tu é que sabes… Mas acho que devias pensar bem… Talvez fosse melhor ele saber o que se passou… Se há um recado a ser dado, é melhor que ele saiba qual é… Não tens de suportar a dor disto tudo sozinha!
- O único recado que eles me queriam dar era que tinham poder sobre mim… E no fundo é esse o grande recado que eles esperam que chegue aos ouvidos do Bill, mas eu recuso-me a dar-lhes esse prazer… -
disse Gabi algo enraivecida – Além disso não estou sozinha… Tenho-te a ti!

- Gabi isto está a ficar perigoso para ti… Não era melhor falares com o Bill e juntos procurarem uma maneira de te proteger e…
- Promete-me que não lhe dizes nada!!! –
pediu Gabi.
- Prometo… Eu prometo… Não fiques neste estado… Eu deixo-te lidar com o problema como achares que deves lidar com ele, mas só te quero alertar, como tua amiga, que há diversas maneiras de lidares com o que aconteceu, e esconder do Bill pode não ser uma delas… Podes estar a arrastar as coisas… Podes estar a prejudicar-te a ti mesma e a ele…
- Eu sei… -
disse Gabi levando as mãos aos olhos como se isso a impedisse de chorar – Eu sei disso tudo, mas eu não quero ser uma arma contra o Bill… Ele seria capaz de cometer uma loucura se soubesse que…

- Se soubesse que, o quê?? –
perguntou Nathalie ao aperceber-se que Gabi parava a meio e tinha procurado refúgio no silêncio - … O que é que aconteceu realmente? O que é que eles te fizeram?

- … Era só um… -
disse Gabi destapando os olhos para olhar para Nat com vergonha de admitir que tinha sido abusada e que não tinha sido capaz de lutar contra o seu agressor - … Ele tocou-me… E ameaçou-me que da próxima vez… Abusava de mim de outra forma…
- Gabi isso é muito grave!!! -
disse Nathalie chocada – Tens de ter cuidado… Fala com o Bill…
- Não!!! Está fora de questão falar com ele!!!
- Ok, ok… -
disse Nathalie percebendo que Gabi ficava muito transtornada quando se falava na possibilidade de Bill saber o que tinha acontecido. Conhecendo o seu amigo como conhecia, tinha a certeza absoluta que ele procuraria vingança com as suas próprias mãos, por isso percebia que Gabi quisesse ocultar de alguma forma aquilo que tinha acontecido – … Estás pronta para enfrentar o que te espera?
- Tenho de estar… -
disse Gabi olhando para o espelho para ver que Nathalie já tinha finalizado a limpeza da sua face. E respirando fundo acrescentou – Não posso ficar muito mais tempo aqui ou o Bill vai desconfiar que se passa alguma coisa… Vens comigo?
- Claro!!! –
disse Nathalie que nem punha outra hipótese em questão.
- Deixa-me só ir buscar o meu telemóvel… - disse Gabi encaminhando-se até ao sitio onde anteriormente se tinha refugiado para chorar a sua dor, para pegar no telemóvel que tinha abandonado no chão.
- Traz o saco também… - disse Nathalie e recebendo um olhar amedrontado de Gabi acrescentou – Não o vamos deixar aqui!!! Além disso quem sabe isso não possa servir de prova para alguma coisa?
- Ele usava luvas… Não deve ter impressões digitais de certeza… -
disse Gabi pegando no saco com cuidado como se tivesse nojo – … Podes guardá-lo tu? Não quero que o Bill sequer sonhe com a existência dele…
- Sim… -
disse tirando o saco das mãos de Gabi – Estás mesmo preparada? Não queres esperar mais um bocadinho a ver se te acalmas?
- Não posso… Ele vai desconfiar… -
disse Gabi respirando fundo – Vamos…

Gabi encaminhou-se até à porta da casa de banho e abriu-a preparando-se para regressar à sala onde os seus amigos estavam reunidos. Nathalie seguia-a de perto. Respirou fundo diversas vezes enquanto sentia as suas pernas estremecerem. Se tivesse de confessar verdadeiramente aquilo que sentia naquele momento, não estava preparada para enfrentar qualquer pessoa, tudo o que desejava era um momento a sós, consigo mesma, e com os braços de Bill a circundarem o seu corpo para lhe dar a força que necessitava para enfrentar tudo aquilo que se tinha passado. Entrou no camarote dos Tokio Hotel e viu Bill virar-se para a porta rapidamente, como se esperasse por si. O sorriso dele era aberto e feliz, irradiava todo o amor que sentia. Gabi sentiu-se entristecer. Como seria capaz de ser feliz naquele momento tão especial se tudo o que sentia era uma ausência total de felicidade no seu interior?

- Estava a ver que nunca mais voltavam… - disse Bill encaminhando-se até Gabi e Nathalie - Já tinha saudades tuas… - disse Bill por entre um sorriso deleitado à sua amada.
- Encontrámo-nos na casa de banho e acabámos por demorar um pouco mais… Coisas de mulheres… Sabes como é… - disse Nathalie disfarçando um sorriso um pouco forçado com medo que Bill percebesse que algo de mal se passava.
- Sim… - disse Gabi nervosamente sentindo-se suja por tudo o que tinha acontecido e por estar a mentir descaradamente a Bill.

- Estás pronta para o grande momento??? – perguntou Bill entusiasmado.
- Bill…. – disse Nathalie tentando fazer com que ele levasse as coisas com mais calma. Gabi não estava propriamente bem.
- Sim!!! – disse Gabi por cima de Nathalie. Ele nunca iria saber o que tinha acontecido.
- Estás mais calma? Eu sinto-me mais nervosos que nunca!!! Quase como se fosse subir para cima do palco pela primeira vez… - disse Bill de forma eléctrica.
- Estou muito melhor… - disse Gabi fingindo um sorriso entusiasmado.
- Ok… Vou chamar o pessoal… - disse Bill respirando fundo afastando-se delas para chamar os amigos – Pessoal… Cheguem-se aqui…

- Gabi… Não precisas fazer isto… -
disse Nathalie sentindo o seu coração encolher ao ver a alegria de Bill e a dor de Gabi.
- Preciso Nat… - disse Gabi afastando-se de Nathalie para ir de encontro a Bill.

- Gostava de aproveitar o facto de estarmos aqui todos reunidos para vos dizer uma coisa… - disse Bill à medida que os seus amigos se aproximavam.
- Uiiii…. Vem aí bomba!!! – disse Gustav.
- Nem sabes tu da missa a metade!!! – disse Tom a rir.
- Queria anunciar… - disse Bill com um sorriso bem rasgado – Que estou apaixonado!!!
- Eh lá!!! Grande revelação, sim senhor!!! –
disse Georg que se mantinha abraçado a Emily – Conta lá isso melhor…
- Fui atingido pela seta do cupido, mordido pelo bicho do amor, enfeitiçado pela vida… Chamem-lhe o que quiserem… A verdade é que há já algum tempo que estou apaixonado como nunca estive e espero nunca mais vir a estar porque ela é uma das pessoas mais importantes da minha vida e não tenciono perdê-la nunca!!! –
disse Bill olhando para Gabi estendendo-lhe as mãos para que ela se aproximasse mais de si – E eu e a Gabi estamos juntos…

- Wow!!!
disse Gustav de olhos bem abertos vendo Gabi tomar as mãos de Bill e abraçá-lo.
- Ok… Desta é que eu não estava à espera… - disse Georg.
- Parabéns!!! – disse Emily satisfeita por ver que Bill tinha finalmente encontrado alguém que amava.

- Claro que o Tom já sabia… - disse Gustav como se, se estivesse a queixar de ser sempre o último a saber de tudo.
- Claro!!! – disse Tom com um sorriso jocoso – O Tom sabe sempre tudo!!!
- E a Nat, e o Andreas, e o Jost… -
acrescentou Gustav em queixume.
- O Jost não sabia de nada!!! – disse Jost cruzando os braços para olhar para Bill e Gabi com indignação e receio.
- Desculpem… Nós não queríamos contar nada até a minha vida estar mais livre de contratos, se é que me faço entender… Mas tornou-se impossível guardar o segredo por muito mais tempo… Tudo o que eu quero é partilhar a minha felicidade convosco, e pelo menos ao pé de vocês que são a minha família, poder agir naturalmente e beijar e abraçar a mulher que amo sem receio…
- Eu percebo… -
disse Jost com um ar sério e pensativo – E fico muito feliz por vocês estarem juntos e felizes, mas depois precisamos de falar melhor sobre este assunto…
- Já vêm aí confusão!!! –
disse Georg a rir.
- Claro… - disse Bill respirando fundo. Já sabia que Jost ia querer analisar aquele namoro até ao tutano.

- Eu quero ver um beijo!!! – disse Emily entusiasmada com o novo casal.
- Sim já agora… - disse Georg apoiando a ideia da namorada.
- Querem??? – perguntou Bill a rir, e olhando para Gabi acrescentou – Por mim… Eu seria incapaz de negar os lábios de uma princesa…
- Uuuuhhhhh!!! Love is in the airrrrr… -
disse Tom sendo atacado pelo olhar mortífero de Bill que ainda se mantinha ressentido consigo por tudo o que se tinha passado entre si e Nicky.

- Beijo, beijo, beijo, beijo…. – começou Emily a entoar ao mesmo tendo que batia palmas e os restantes a acompanhavam na cantoria.

Bill sorriu e mordendo o lábio inferior olhou para Gabi e tomou-a nos braços para se aperceber que o nervosismo dela era exacerbado ao ponto do seu corpo estremecer de forma violenta com o que acabava de acontecer. Levou uma mão à face de Gabi para a acariciar de forma doce, e sobre o entusiasmo dos seus amigos, aproximou os seus lábios dos lábios doces da sua amada e deixou que o seu amor tivesse pela primeira vez asas para voar. Gabi retribuiu o beijo e abraçou-se ao corpo de Bill com toda a força que o seu corpo fragilizado possuía naquele momento. Tudo o que queria era sentir o conforto e a segurança dos braços de Bill e ficar unida a ele para sempre. Bill manteve-a junto dos seus braços, Gabi parecia mais frágil e nervosa que o habitual, coisa que aos olhos de Bill era lido com ternura. Gostava de saber que ela se sentia tão agitada pelo anúncio do seu relacionamento, era sinal que significava algo muito precioso para si.

- Não precisas de estar tão nervosa… - disse Bill de forma sussurrada ao ouvido de Gabi, depositando um beijo no pescoço dela de seguida.
- É difícil… - disse Gabi não largando o corpo de Bill - … Abraça-me!
- Eu estou-te a abraçar amor… -
disse Bill abraçando-a com mais força.
- Amo-te muito!!!
- Eu sei… -
disse Bill libertando-se um pouco dos braços delas para a olhar nos olhos e perceber que os olhos de Gabi estavam repletos de lágrimas – O que é que se passa? … Estás triste?
- Não… Estou muito feliz… Não há nada que eu mais queira neste mundo do que estar contigo… –
disse Gabi procurando o aconchego do peito de Bill para enterrar a sua cabeça e não ter de encarar Bill nos olhos.

- Mas agora não se largam??? Só se pediu um beijo, não era para ficarem a noite toda a namorar e ignorarem os outros!!! – disse Georg a gozar com o casal.
- Desculpa… É difícil manter-me afastado da Gabi quando a posso ter nos braços… - disse Bill sorrindo para Georg, beijando uma última vez os lábios de Gabi para se procurar afastar dela e deixá-la insegura e vazia novamente.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeDom Jul 10, 2011 5:10 pm

PARA TUDOOOO. Mercier sempre na cola dos outros e olha só o que ele for capaz de fazer agora. Ele realmente não tem escrutínios. Gabi tem que falar com o Bill por mais que ele vai querer fazer alguma coisa mas ele tem que ficar a par de tudo e proteger a Gabi. Caraca a Gabi esta protegendo o Bill isso é lindo mais é muito arriscado. AAAAAAAAAAAH eu não sei o que pensa.

Com problemas ou sem problemas e show deles vai ser fantástico. Afinal eles são os 30 seconds to mars POKSPAOKSPKAPKSPOAKSOP (:
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeSeg Jul 11, 2011 8:03 pm

CaTaRiNaAAaaa \o/ \o/ \o/


Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad
Exactamente sweety..... Ela está guardando tudo para proteger o BiLL, mas ao mm tempo fazer frente a bandido n é boa ideias, principalmente sabendo k vem de gente sem escrupulos bem capaz de manter a sua palavra com as ameaças k fez....
Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad Sad

E foi mesmo.... Foi um show dakeles k era kapaz de ver as vezes k fosse possivel \o\ \o\ \o\ \o\ \o\



* * * KiSsEsSssSSss * * *





134

[FF] - Kampf der Liebe - Página 15 134oa

- Correu tudo bem… - disse Tom tentando meter conversa com Bill.
- Já te disse que não falo contigo até ganhares juízo por isso não vale a pena fazeres conversa de circunstância comigo… - disse Bill cruzando os braços nitidamente nervoso com a conversa que se avizinhava com Jost.
- E achas que vais ser capaz de esperar até aos meus 80 anos??? – perguntou Tom em tom de brincadeira para descontrair o ambiente que se fazia sentir.
- Ahahaha!!!

- Vá lá… Se tens alguma coisa a dizer, diz! Prefiro que me dês na cabeça do que ver-te com trombas sempre que falo contigo!!!
- Queres mesmo que te diga o que penso do que aconteceu entre ti e a Nicky??? Tens a certeza que me queres ouvir??? –
perguntou Bill levantando a sobrancelha direita.
- Força… Deita tudo cá para fora… - disse Tom respirando fundo.

- Ok… - disse Bill descruzando os braços, ajeitando-se no sofá para ficar de frente para Tom e preparar-se para um sermão – Quantas vezes é que eu te disse para te manteres afastado da Nicky??? Quantas Tom??? Nem precisas de responder porque ambos sabemos que era difícil fazer uma contagem porque foram vezes demais!!! Eu nem devia de precisar de te fazer tantas advertências, se fosses um ser minimamente racional não seria preciso!!!
- Eu sou racional!!!
- És??? Olha que às vezes não parece!!! É que para além de não me ouvires, és capaz de ter feito a pior estupidez à face da Terra!!! A Nicky é uma miúda frágil e cheia de problemas… Ela tem muitos medos e receios com a intimidade entre homem e mulher, como é que achas que ela se vai sentir depois de te ver com a outra???
- Ela é que pediu!!! –
disse Tom em sua defesa.
- Achas que ela te ia dizer que não sabendo que tu querias saltar para cima dela??? Pensa Tom!!! … Ela deve estar-se a sentir intimidada, envergonhada, constrangida, sem vontade de olhar para ti ou para mim novamente… Que vergonha!!!

- … Ou mais calma! –
disse Tom a medo de soltar a fera que estava contida no interior de Bill e que começava a vir ao de cima ao tocarem naquele assunto novamente.
- Claro!!! Muito mais calma… Tu obrigaste-a a ver um filme pornográfico ao vivo e a cores, ela deve estar mesmo calma… Principalmente quando os actores principais são duas pessoas de quem ela gosta imenso e que só por acaso são ninfomaníacos… Deves ter praticamente violado a rapariga em frente dela… Isso deve ter feito com que a Nicky se sinta mesmo segura em ser íntima com um homem novamente…. Bom trabalho Tom!!! És o maior!!!
- Não é bem assim!!! Estás a fazer a Nicky de menina inocente quando se bem te lembras ela pediu-te para ires para a cama com ela e nessa altura tu não disseste que não… Foste e deves ter ficado bem contente em teres a menina bonita de Hollywood na tua cama!!!
- É diferente!!!
- Porquê??? Porque era contigo??? Desculpa mas não vejo a diferença… Ela pediu-me para ir para a cama com a Amber porque queria… Ela queria sentir-me e não se sentia capaz de estar comigo naquele dia… Foi a maneira mais próxima de estar comigo que ela arranjou!!!
- Bela maneira…
- E ela gostou… Ela disse-me que gostou e que era aquilo que realmente queria!!! Acredites ou não eu acho que ela ficou mais calma ao ver como o sexo não é digno do medo e das inseguranças dela… Ela sabe que eu não lhe vou fazer mal…
- Podes ter a certeza que não!!! Livra-te de te aproximares dela novamente!!!
- Quem é que me vai impedir??? Tu??? … Não brinques comigo!!! –
disse Tom num tom de gozo – Não me vou afastar dela Bill….

- O que é que queres da Nicky??? Porque é que não vais foder as tuas amiguinhas e não a deixas em paz???
- Porque eu quero ela…
- Ela não é um objecto do teu querer Tom, quando é que vais perceber isso??? –
disse Bill chateado a sério com a conversa.
- Aí é que te enganas… Ela é um objecto do meu querer porque eu quero-a e muito… E mesmo que não queiras admitir, eu sei que tu sabes que ela também me quer, e não há nada que possas fazer contra isso!!! Somos os dois crescidinhos e se nos apetecer estar juntos, não és tu que nos vais impedir!!!

- Que merda Tom!!! Quando é que ganhas juízo nessa cabeça???
- Já te disse que é aos 80 anos!!! Vais querer continuar com o teu silêncio ou apoiar-nos nas nossas decisões???

- Eu conheço-te… Tu vais magoá-la…
- Deixa-a magoar-se, ela não é nenhuma florzinha de estufa… Toda a gente se magoa nesta vida… É sinal que estás vivo… Pára de ter a mania que podes proteger toda a gente, porque não podes!!! Ela quer-me…
- Ela está iludida pelos sentidos…
- Deixa-a estar…
- Porquê? Porque é a teu favor??? Porque é à tua cama que ela vai parar???
- Porque todos nos iludimos, e todos aprendemos com as nossas desilusões… Além disso eu não lhe vou fazer nada que ela não goste… E muito!!! –
disse Tom fazendo olhinhos a Bill.

- E depois??? Depois de fazeres o teu servicinho??? O que é que vai ser da Nicky???
- O mesmo de sempre… Nunca ninguém morreu por se divertir um bocado… Deixa-a aproveitar a vida e ser feliz!!! Se é isto que ela quer é porque não lhe vai fazer muito mal, não achas??? Ou achas que a Nicky se mandava de cabeça para alguma coisa que ela sentisse que a podia prejudicar ainda mais??? Ela foi para a cama contigo e ficou tudo bem, porque é que comigo não pode ser igual???
- Porque eu acho que ela gosta mais de ti do que tu dela… Porque ela é capaz de estar mais ligada a ti do que tu alguma vez estarás disposto de estar com ela…
- Não foi isso que ela me disse… Ela deixou-me bem claro que não queria compromissos…

- Não sei…
- Eu sei!!!
- Olha… Faz o que quiseres, mas depois não digas que não te avisei!!!
- Até agora já me avisaste de muitas coisas e acho que tu fazes dela algo que ela não é… Ela é humana, tem desejos, tem vontades… Ok que o que ela passou foi duro e não pode ser fácil, mas fogo ela é uma miúda linda que tem direito a aproveitar a vida… O que aquele cabrão lhe fez não pode ser uma razão para ela deixar de viver e ser feliz!!! Ela merece ser feliz…
- O meu medo é que tu não sejas capaz de a fazer feliz e que só a magoes mais…
- Achas que se eu sentisse que lhe estava a fazer mal fazia alguma coisa??? Foda-se já nem me conheces!!! Nunca precisei de obrigar nem implorar a ninguém para ir para a cama comigo!!!
- Faz o que quiseres… Mas fica a saber que se a magoares é do lado dela que eu vou ficar!!!
- Eu sei… Eu sou sempre o mau da fita para ti…
- Não és sempre, mas neste caso és… Porque tu tens consciência daquilo que vais fazer e daquilo que não lhe podes dar, e mesmo assim estás disposto a seguir em frente, mesmo que isso signifique que ela saia magoada no meio disto tudo!!!
- Se nós fossemos pensar sempre no final das coisas e em quão magoados vamos sair de tudo o que vivemos, não vivíamos!!! Ficávamos fechados em casa miseráveis e sozinhos para sempre…
- Eu sei… -
concordou pela primeira vez Bill.
- Então deixa-nos viver e magoarmo-nos… - disse Tom – Eu fiquei magoado com tudo o que se passou com a K, mas achas que voltava atrás e fazia alguma coisa diferente? O tempo que vivi com ela foi muito bom, mesmo que tudo tenha terminado tão mal… É a vida… As pessoas vão e vêm… É normal…

- Assusta-me a maneira desprendida com que falas das mulheres… Ela não é uma qualquer…
- E eu sei disso… Eu gosto muito da Nicky…


Bill preparava-se para responder a Tom pedindo-lhe pela milésima vez que ele fosse cauteloso com Nicky quando ouviu bater a porta. Levantou-se e meio atordoado foi abri-la para receber Jost.

- Desculpem o atraso… - disse Jost entrando por casa dos gémeos adentro encaminhando-se para a sala enquanto Bill fechava a porta – Estava imenso trânsito à saída da Universal… Tudo bem?
- Sim… -
responderam os gémeos ao mesmo tempo com cara de caso.
- Hmmm… Não sei se acredito… - disse Jost pousando as suas coisas sobre uma cadeira – O que é isso no teu braço? – perguntou Jost apontando para o braço de Tom que tinha uma nódoa negra bem grande.
- Foi o Bill… - disse Tom desvalorizando a marca enraivecida que o seu irmão lhe tinha deixado quando lhe tinha contado que tinha ido para a cama com Amber a pedido de Nicky.

- Andaram à porrada?! – perguntou Jost abrindo muito os olhos percebendo que algo estava realmente mal entre os gémeos.
- Basicamente... – disse Bill inspirando fundo.
- Então já sabem da cena do viagra? – perguntou Jost sentando-se num dos sofás da sala dos gémeos preparando-se para a conversa que o esperava.
- Que cena do viagra??? – perguntou Bill olhando para Tom.
- Ok, isso é um não… - disse Jost esperando que Bill se sentasse para começar a contar – Saiu hoje na Bild uma noticia sobre a overdose de viagra do Tom…
- Como é que é possível??? –
perguntou Bill alterado.
- Era isso mesmo que eu queria perguntar ao Tom… Como é que isso é possível? perguntou Jost calmamente ao perceber que os gémeos não estavam nos seus melhores dias.

- Lindo… Estou a ver que hoje toda a gente tirou o dia para me chatear… - disse Tom em forma de desabafo.
- Podes começar a falar!!! – disse Bill de forma austera e chateada.
- Calma! - disse Jost percebendo que as coisas não estavam mesmo bem e que tinha de ser mais brando do que gostaria de ser.

- Eu sou capaz de ter dito alguma coisa… - disse Tom de forma inocente.
- Tinha de ser!!! – disse Bill levando as mãos à cabeça – Que coisa bonita para se partilhar com o mundo Tom!!!
- O que é que queres?! Perguntaram-me sobre a visita à Ásia e… -
começou Tom por dizer.
- E tu resolveste contar ao mundo que és impotente aos 20 anos e que precisas de químicos em overdose para mandares uma… Bela imagem que deste à banda, não haja dúvida!!!
- Até parece!!! Eu só contei numa de alertar as pessoas para o perigo de tomar comprimidos em dose excessiva…
- Pois… Mas não foi bem isso que eles escreveram… -
disse Jost com medo de desencadear uma terceira guerra mundial – Eles levaram a notícia mais para o lado de tu seres inconsciente e viciado em sexo e tudo mais…

- Foda-se Tom… Começa a pensar com a cabeça de cima!!! –
disse Bill levantando-se do sofá para andar de um lado para o outro – … E agora?
- Agora não sei… O problema é que eles provavelmente têm a conversa gravada, se desmentires eles têm como provar que estás a mentir e isso ainda te prejudica mais, por isso o melhor é mesmo admitires quando te começarem a falar no assunto e nessa altura aproveitares para passar a imagem que querias que passasse… -
disse Jost.

- Fiz merda, não fiz? – perguntou Tom percebendo como aquela notícia iria correr o mundo e prejudicar a banda.
- Para variar!!! – disse Bill com vontade de esganar o irmão – Há coisas que devem ser privadas, tiras os teus próprios moralismos e conclusões do que viveste e fechas a boca… Os outros que aprendam por eles próprios se forem estúpidos, ignorantes e limitados cerebralmente como tu!!!
- Hey, hey… Tu não falas assim comigo!!! –
disse Tom levantando-se para fazer frente a Bill.

- Hey, hey digo eu!!! Controlem-se!!! O que é que se passa convosco hoje??? – disse Jost levantando-se de imediato para se colocar entre os gémeos e evitar problemas maiores.
- O que se passa é que esse otário só faz merda!!! – disse Bill sentando-se novamente no sofá para ver se, se afastava de Tom e acalmava – Pergunto-me: quantas vezes será preciso ele bater com a cabeça para abrir os olhos e parar de fazer merda, atrás de merda… - e olhando para Jost acrescentou - Sabes qual é a última do teu amigo???
- Até tenho medo de descobrir… -
disse Jost sentando-se novamente no sofá.
- Agora decidiu que quer comer a Nicky a todo o custo!!! – disse Bill como se fosse a coisa mais ridícula do mundo.
- A todo o custo não!!! – disse Tom em sua defesa – O que se passa é que eu e a Nicky estamos fisicamente interessados um no outro, mas aparentemente o Bill anda com ciúmes e com medo que eu me aproxime da menina!!!
- Calma!!! –
pediu Jost percebendo que as coisas estavam mesmo muito acesas entre eles – Tom… Sabes que o teu irmão e a Nicky têm um contrato… Aquilo que vocês fazem é convosco, mas convinha que tivessem em atenção que estão a começar a ser desleixados demais e que isso pode custar à banda o vosso pescoço…
- Não te preocupes Jost… Não pretendo comer a miúda publicamente nem filmar para futura divulgação!!! –
disse Tom, e olhando para Bill para o provocar continuou – O que tiver de acontecer, vai acontecer, e será dentro de quatro paredes… Uma coisa intima, e que só a nós nos diz respeito!!!
- Mas cuidado com o que dizes e onde o dizes… Não precisas de partilhar com ninguém aquilo que acontecer ou deixar de acontecer entre vocês… -
advertiu Jost.
- Eu sei… Não te preocupes! – garantiu Tom.

- Força… Encoraja-o!!! – disse Bill incrédulo com aquilo que Jost dizia.
- Não percebo porque é que estás assim se tens a Gabi com que te entreter!!! – disse Tom para provocar.
- Sabes perfeitamente porque é que eu estou assim e não te faças de parvo só porque está aqui o Jost!!! – disse Bill em pleno ataque.

- HEY!!! – gritou Jost farto de os ouvir discutir por entre indirectas – Já percebi que vocês têm problemas, mas não é com ofensas e indirectas que os vão resolver!!! Comportem-se como adultos… Se o Tom e a Nicky estão interessados um no outro não vejo qual é o mal de eles estarem juntos… Desde que isso não interfira naquilo que tem de ser feito... Já falta pouco tempo para o contrato acabar e está na altura de vocês encontrarem algo de positivo no meio disto tudo… Quem sabe a Nicky não seja a rapariga certa para o Tom?
- Por amor de Deus!!!
disse Bill revirando os olhos.
- Oh Jost… Eu não estou à procura de uma namorada… Que parte do estarmos fisicamente interessados um no outro é que não percebeste? – disse Tom assustado.
- Sim Jost… O que o Tom quer é sexo… Para variar!!! Quer comer e depois seguir a vidinha dele com a certeza que pode pôr a Nicky Fuller na listinha dele!!! – disse Bill.
- Sabes perfeitamente que não tenho nenhuma listinha!!!disse Tom ofendido.
- Mas com a Nicky Fuller para a embelezar, até eras capaz de começar uma, não eras??? – disse Bill em provocação.

- HEY!!! Mas vocês são capazes de estar calados??? – disse Jost a começar a perder a paciência – Qual é que é o teu problema Bill?
- O meu problema é que ele só se quer aproveitar dela e deitá-la fora como faz às outras e a Nicky é minha amiga e não é uma das pegas que ele anda por aí a comer… Daquelas que lhe dão viagra, estás a ver?
- Mas se ela também quer estar com ele… -
disse Jost sem perceber qual era o problema.
- Ok… Já percebi que sou eu que sou muito conservador e que me preocupo demasiado com o bem estar das pessoas de quem gosto… - disse Bill de forma irónica – Deixem estar… Depois falamos… Quando a merda vier ao de cima, eu estou cá para lhe dar na cabeça!!!
- Podias preocupar-te com o meu bem estar!!! –
disse Tom para espicaçar o irmão.
- Não gozes comigo!!! – disse Bill sem paciência.

- Não podes ser tão negativo e agoirar logo o pior… Deixa-os viver e serem felizes à maneira deles… O que tiver de acontecer, vai acontecer, quer tu queiras, quer não! – disse Jost.
- Foi o que eu lhe disse!!! – disse Tom todo contente por Jost estar do seu lado.
- Eu já não digo mais nada… Já o avisei… Já me chateei, já estou farto disto tudo… Façam o que quiserem… Mas não esperes que eu esteja aqui para te passar a mão na cabeça no final, porque não vou estar!!! – disse Bill em tom de ameaça.
- Isso dizes tu agora, eu já te conheço… Duvido que fosses capaz de deixar o teu irmão na mão se o visses mal… - disse Jost.
- Não duvides!!! – disse Bill.
- Estás a falar da boca para fora… - disse Jost sorrindo pela teimosia sempre presente de Bill – E agora podemos mudar de assunto? Estamos resolvidos?
- Hm… -
disse Bill sem se dar ao trabalho de emitir mais que um som.
- Sim, diz lá o que te traz por cá… - disse Tom contente por Jost estar totalmente do seu lado.
- O assunto Gabi… - disse Jost a medo ao ver os olhos de Bill cerrarem-se na sua direcção – Temos de falar…

- O que é que tem a Gabi??? –
perguntou Bill com três pedras na mão.
- Sinceramente… Tornou-se óbvio para mim há já algum tempo que tu estavas interessado nela, mas como ela sempre deu para trás ao Tom eu nunca pensei que ela fosse ceder contigo, por isso não me preocupei… Mas também nunca pensei que tu fosses tentar alguma coisa com ela porque ela trabalha connosco e tu não costumas ser assim tão aberto em relação aos teus sentimentos, mas… - disse Jost.
- Sim, de facto o Bill sempre se privou de ter relações com as mulheres que trabalham connosco… - disse Tom Ah espera… Não, esse fui eu!!!
- Tom… -
disse Jost alertando para o facto de Tom estar a pisar o risco novamente com Bill.
- Deixa estar… Ele que fale… Não tem nada que me possa apontar!!! – disse Bill de forma altiva.

- Eu acho giro que eu é que tenho a fama, mas quem as anda a comer é o Bill!!! – disse Tom em provocação – E olha onde isso nos levou??? Se não fosses tão descuidado com a Nat não estávamos onde estamos hoje…
- Diz lá isso outra vez!!!! –
disse Bill levantando-se em fúria – Estás-me a dizer que a culpa disto tudo é minha???
- Não te parece óbvio??? –
disse Tom fazendo frente ao irmão.

- MAS VOCÊS SÃO CAPAZES DE PARAR??? – disse Jost voltando a levantar-se para se colocar entre os gémeos – Eu até estou com medo de sair desta casa e descobrir que vocês de mataram… Tom, isto não é nada contigo, tenta não fazer comentários… Bill, a culpa disto não é tua… Estes contratos existem desde sempre, feitos por via legal ou não… Mas geralmente são levados com profissionalismo do principio ao fim, nós é que encontrámos alguém que não tem escrúpulos, nem sabe jogar este jogo, mas infelizmente temos de levar com ele até ao final… Não temos escapatória…. O Tom só disse aquilo porque está chateado e sabia que te ia magoar… Ele não estava a falar a verdade…

- Não sei… -
disse Bill entristecido com aquilo que tinha ouvido de Tom – Eu não quero sentir-me responsável por tudo o que tem acontecido, mas no fundo sinto… O Tom tem razão…. Se eu não fosse tão descuidado, o Mercier não teria provas contra mim…
- Não era por aí, ele apanhava-te de outra forma qualquer… Achas que uma pessoa sem escrúpulos como ele não ia encontrar outra forma de te obrigar a assinar aquele contrato? –
perguntou retoricamente Jost.
- O Jost tem razão… - disse Tom percebendo que tinha magoado muito o seu irmão ao colocar nos seus ombros o peso da desgraça de todos aqueles que o rodeavam – Eu só disse aquilo para te magoar… Tu não tens culpa de nada…
- Mas eu sinto que tenho… -
disse Bill enterrando a cabeça nas mãos.
- Isso é porque o teu coração é bom demais… - disse Jost.
- E porque o teu instinto protector é forte… Mas não havia nada que pudesses fazer contra ele… - acrescentou Tom sentando-se ao lado do irmão para colocar um braço sobre as suas costas – Desculpa… Estou-te sempre a desiludir e a magoar com as coisas que digo e faço…
- Tu não me desiludes… -
disse Bill levantando a cabeça para olhar para Tom com os olhos aguados.
- Não é verdade… - disse Tom evitando olhar para os olhos magoados do seu irmão – Olha como tu ficaste…
- Eu estou assim porque gosto muito de vocês e não queria que nada disto tivesse acontecido nas nossas vidas… -
disse Bill.
- A culpa não é tua… - disse Tom abraçando o irmão – Não tens culpa de nada…
- Obrigado… -
disse Bill abraçando o irmão com força para dele retirar coragem para continuar em frente.

- Bill… - disse Jost não querendo quebrar o momento entre os irmãos mas querendo acabar a conversa que tinha começado – Em relação à Gabi… Não tenho nada contra a vossa relação… Desejo-vos sinceramente a maior felicidade do mundo… Queria só advertir-te para teres cuidado para evitar escândalos… Tentem ser discretos e mantenham-se afastados do olhar público para que ninguém sequer sonhe com o que se passa entre vocês…
- Não te preocupes… -
disse Bill respirando fundo – A minha intenção não é tornar nada público, pelo contrário… O contrato com a Nicky será respeitado na integra… Eu só queria partilhar convosco a minha felicidade, não queria ter de mentir e esconder de vocês algo que ultimamente me tem feito tão bem…
- Eu percebo… Mas cuidado… -
frisou Jost – Nem que seja por causa do Mercier… Nunca se sabe o que pode acontecer à Gabi se ele sonhar que ela é tão importante para ti como obviamente é…
- Não vai acontecer nada à Gabi… Quem se chegar perto dela é um homem morto!!! –
disse Bill muito sério – Mas não é preciso preocuparmo-nos com isso… Ninguém vai saber de nada… Fica só entre nós…
- Ainda bem… -
disse Jost sorrindo mais aliviado – Agora…

Jost preparava-se para continuar a falar sobre o tema Gabi quando o telemóvel de Bill começou a tocar.

- Desculpa… - disse Bill tirando o telemóvel das calças para ver quem lhe ligava – É a Nicky… Talvez seja melhor atender…
- Claro… -
disse Jost.

Bill olhou para Tom e viu-o afastar o olhar de si. Era claro que Tom se sentia constrangido. Nicky tinha-se tornado um fantasma que dividia e criava atritos entre ambos. Talvez fosse melhor procurar privacidade para falar com Nicky à vontade. Não falavam desde que ela o tinha visitado em Hamburg e as coisas não tinham corrido nada bem. Bill pediu licença e levantou-se encaminhando-se até ao seu quarto atendendo o telefone pelo caminho.

- Estou Nicky…
- Olá Bill… Tudo bem? –
perguntou Nicky numa voz estranha.
- Sim… E contigo? – perguntou Bill detectando um nervosismo estranho nela.
- Também… - disse Nicky numa voz que não era capaz de enganar Bill, e indo directa ao assunto acrescentou – Estou-te a telefonar porque queria dizer-te que não vais poder contar com a minha ajuda para aquilo que me tinhas pedido…
- Do Mercier?!
- Sim…

- Nicky… -
começou Bill por dizer – Tens a certeza que não me queres ajudar? Tudo seria tão mais simples contigo do meu lado…
- Eu estou do teu lado… -
disse Nicky numa voz trémula – Vou estar sempre do teu lado… Mas não me peças mais que isso…
- Mas Nicky…
- Não me faças perguntas…. Eu disse que ia pensar naquilo que tinhas dito e que ia tentar ajudar-te e foi o que fiz… Mas eu não consigo… Não sou assim tão forte… Não contes comigo…
- Ok… -
disse Bill percebendo que ela estava muito nervosa – Mas está tudo bem contigo? Pareces-me estranha… Passou-se alguma coisa?
- Não tentes encontrar justificações para o meu não… Eu apenas não sou capaz… Sou demasiado cobarde para isso… -
disse Nicky começando a chorar.
- Não! Isso não te torna cobarde… Tu és forte… Mais forte do que eu seria capaz de ser… - disse Bill tentando tranquilizá-la – Se algum dia te sentires com força para o enfrentar, sabes que eu estou sempre ao teu lado para o que der e vier… Eu vou lutar por nós na mesma… Eu vou afastá-lo das nossas vidas… Prometo!
- Por favor… -
disse Nicky numa voz quase inaudível pelo choro.

- Nicky… O que é que se passa? O que é que aconteceu? Ele fez-te alguma coisa??? – perguntou Bill com medo.
- Eu estou bem… Está tudo bem…
- O que é que ele te fez Nicky??? Ele descobriu que tu sabes demais???
- Eu não quero falar Bill… -
disse Nicky chorando – Eu estou bem… Ele não me fez nada… Estou só num dia não, é só isso… Preciso de ir, estou nas gravações e já me estão a chamar para voltar para o set
- Ok… -
disse Bill preocupado com ela – Nicky… Tu sabes que podes confiar em mim, não sabes?
- Sim… -
disse Nicky debilmente – … Adeus Bill… Adoro-te…
- E eu a ti pequeno furacão… Qualquer coisa telefona-me… -
disse Bill despedindo-se.

- Bill…
- Diz…
- … Ele sabe da Gabi! –
disse Nicky pausadamente.
- COMO??? – perguntou Bill em pânico sentindo o coração querer saltar-lhe pela boca. Como é que Mercier sabia sempre de tudo o que se passava na sua vida?
- Ele andou a inquerir os empregados sobre a vossa última estadia cá… É difícil passar despercebido um amor tão forte, principalmente quando vocês discutiram de forma tão vincada quando cá estavam… Parece que uma das minhas empregadas apercebeu-se que algo se passava entre vocês…

- E agora??? –
perguntou-se retoricamente Bill não estando à espera de uma resposta por parte de Nicky.
- Agora protege-a Bill… Ele é capaz de tudo…
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeSeg Jul 11, 2011 9:20 pm

Eles quando briga não tem ninguém que pare mas quando fazer as pazes é a coisa mais lindo mundo. Jost apoiando os meninos como sempre né. (: Xii Tom agora foi tudo pro espaço, todos sabem da sua vergonha. PKSPAPOKSPKAPSPA. Agora o Bill sabe que a Gabi esta correndo perigo, acho que ele vai contar para ela e nesse tempo acho que ela deveria contar o que aconteceu, assim fica tudo as claras mas o Bill não vai se comporta muito bem, vai sair quebrando tudo principalmente a cara do Mercier.

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! Eu quero o 30 seconds to mars.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeQua Jul 13, 2011 9:14 pm

CaTaRiNaAaAAa \o/ \o/ \o/


Simmmmmmmmmm.... Kd eles brigam são uma força da natureza, mas kd fazem as pazes são tão lindinhosssssssssssss I love you I love you I love you
LolOLolOlolOL kem brinca kom o fogo akaba se keimando....agora todo o mundo sabe o k o Tom andou fazendo LolOlolOL
E é bom k o BiLL esteja bem atento e saiba k a Gabi korre risko...... mas mal sabe ele k o perigo já foi amargamente konsumado Sad Sad Sad Tomara k a Gabi konte para o BiLL pk ela precisa se proteger!!!! Sad Sad Sad O BiLL vai matar o Mercier!!!!!!!!! p*t* p*t* p*t*

Tenho a certeza k um dia vc estará frente a frente kom eles.... Dizem k kem espera sempre alcança, né??? I love you



* * * KiSsEsSsSs * * *




135

[FF] - Kampf der Liebe - Página 15 135jwi

- Posso? – perguntou Bill à porta do quarto de Tom, vendo o seu irmão deitado sobre a cama com um ar pensativo.
- Sim… - disse Tom voltando à realidade que o rodeava.

Bill entrou no quarto do seu irmão gémeo e sentou-se nos pés da cama fitando as mãos que não conseguiam parar quietas um segundo com o nervosismo que o possuía. Olhou para Tom e percebendo que ele não ia dizer nada, resolveu libertar o peso que o consumia.

- Tenho medo…
- … De quê? –
perguntou Tom ainda meio aluado.
- Do Mercier… Dele saber da Gabi…
- Não te preocupes, não lhe vai acontecer nada…

- Achas a ideia do Jost boa? Não sei se a Gabi vai gostar…
- Tenho a certeza que ela não vai gostar… A Gabi é uma miúda independente e muito senhora do seu nariz, não vai gostar de saber que tem seguranças atrás dela… Mas acho que é a melhor coisa que podes fazer por ela neste momento!
- Sem que ela saiba?
- Vale tudo pela segurança dela… -
disse Tom que também não tinha achado grande graça à ideia de Jost em manter Gabi sempre debaixo de olho, mesmo que fosse contra a sua vontade.
- Eu tinha-lhe prometido que não lhe voltava a mentir e a ocultar nada… Isto ainda me vai dar problemas… - disse Bill passando uma mão sobre a cabeça. A ideia de omitir a Gabi algo que ela eventualmente ia acabar por perceber corroía o seu interior.
- Podes sempre falar com ela… Mas acho que ela não vai gostar da ideia… O que importa neste momento é que ela esteja sobre protecção de alguém…
- Mas eu preciso de contar-lhe… Não vou pôr a minha relação em risco de novo… -
disse Bill respirando fundo.

- E se ela não quiser os seguranças?
- Não é uma opção neste momento… Ela é demasiado importante para eu mudar de opinião e deixá-la à mercê de um assassino sem escrúpulos… Nem que isso me custe uma discussão com ela… Não quero saber… Ninguém lhe toca! -
disse Bill percebendo que Tom continuava meio aluado mesmo que parece-se estar focado em si – … No que é que estavas a pensar?
- Quando?
- Agora quando eu entrei…
- … Na Nicky!


Bill levantou-se da cama mostrando-se incomodado com os pensamentos do seu irmão. Aquela conversa já tinha sido razão de demasiadas discussões com o seu irmão gémeo, não estava disposto a continuar a tocar naquele assunto se isso significava chatearem-se sempre.

- Não nesse sentido… - disse Tom percebendo que Bill se mostrava incomodado com o tema da conversa – Estava a pensar no que ela te disse…
- Sobre a Gabi? –
inquiriu Bill olhando para Tom com um ar sério.
- Sobre não te ajudar com o Mercier… Sobre tu dizeres que ela estava a chorar… Porque é que achas que ela estava a chorar? Achas que é só porque é um assunto delicado para ela?
- Não… Eu acho que se passa mais qualquer coisa e que ela não quer contar porque tem medo…
- De quê? –
perguntou Tom confuso.
- Do Mercier talvez…

- E se eu lhe telefonasse? –
perguntou Tom com medo da reacção do seu irmão – Talvez ela se abra comigo…
- Porque é que ela se haveria de abrir contigo e comigo não? –
perguntou Bill cruzando os braços.
- Não fiques chateado… Estou só a colocar uma hipótese… Não era bom que ela se abrisse comigo?
- … Era! –
admitiu Bill a muito custo.
- Então? Não custa tentar, não achas?
- Faz o que quiseres… Já te disse que não me meto mais no que se passa entre ti e a Nicky… -
disse Bill encaminhando-se para a porta do quarto de Tom visivelmente incomodado com a conversa – Mas tem cuidado Tom…

- Bill… -
chamou Tom antes que Bill saísse do seu quarto vendo o seu irmão regressar atrás para olhar para ele à espera que ele dissesse algo – Eu só a quero ajudar… Nunca faria nada que a pudesse prejudicar ou magoar…
- Eu sei… -
disse Bill percebendo a intensidade com que o seu irmão proferia aquelas palavras – Por isso é que te peço para teres cuidado, porque não estás habituado a raparigas como ela e às vezes a tua pressa pode acabar por magoá-la mesmo sem te aperceberes…
- Prometo que terei todo o cuidado do mundo e mais algum…
- Se gostas mesmo dela, faz isso… -
disse Bill antes de sair do quarto de Tom.

Tom deteve-se a pensar nas palavras do seu irmão. Sentia que nunca tinha feito nada para danificar Nicky e que tudo o que acontecia entre eles era com mútuo consentimento, não tinha porquê não lhe telefonar, mesmo que fosse somente como um amigo preocupado e sem segundas intenções. Se conseguisse extrair alguma informação de Nicky melhor. Pegou no telemóvel que tinha sobre a mesa-de-cabeceira e procurou o número de Nicky ligando sem pensar muito mais no assunto. O telefone tocava, mas Nicky parecia não estar por perto para atender. Tom desligou e pousou o telefone sobre a cama, fitando o tecto do seu quarto. Talvez não tivesse assim tantas razões para ficar preocupado com a segurança de Nicky. Talvez estivesse a fazer filmes na sua cabeça. Virou-se de lado, aninhando-se na sua cama e fechou os olhos. Por momentos apetecia-lhe esquecer que existia um mundo lá fora que era capaz de o dominar e subjugar. Quando estava prestes a adormecer ouviu o seu telemóvel tocar e sem pensar duas vezes atendeu sem reparar de quem se tratava.

- Estou… - disse Tom com uma voz meio ensonada.
- Telefonaste-me… - disse Nicky num tom terno.
- Nicky! – disse Tom olhando para o visor do telemóvel para se assegurar que estava realmente a falar com ela.
- Sim… Tinha uma chamada não atendida tua… Telefonaste-me, não foi?
- Sim… -
disse Tom sentando-se na cama na tentativa de retornar ao mundo real – Está tudo bem contigo?
- Porque é que não haveria de estar?
- Porque o meu irmão me disse que estavas a chorar quando falou contigo esta tarde…


Tom esperou uma resposta do lado de Nicky mas tudo o que teve direito foi um silêncio constrangedor que lhe assegurava que algo se passava.

- Não sejas actriz comigo… - pediu Tom.
- Eu não consigo ser actriz contigo…
- Então o que é que se passa?
- Nada… Está tudo na mesma…

- Vais-me contar o que aconteceu ou fazer-me ir até aí para te arrancar a verdade pessoalmente? –
perguntou Tom não acreditando em nada do que Nicky dizia.
- Não é uma boa altura para me vires visitar!!! – disse Nicky prontamente como se quisesse evitar estar com Tom.
- Porquê?
- Porque estou em gravações e não ia ter tempo de estar contigo…

- Nicky… -
disse Tom respirando fundo – O que é que se passa?
- Ouve Tom… Lá porque aconteceu o que aconteceu entre nós, não penses que agora te tenho de contar tudo o que se passa na minha vida…
- Porque é que me estás a falar assim? –
inquiriu Tom estranhando o facto da Nicky doce e frágil ter desaparecido por completo – Estou preocupado contigo, gostava de saber o que é que se passa…
- Não preciso que te preocupes comigo…
- Mas isso é impossível… Conta lá… -
insistiu Tom.

- Ok… Já que insistes tanto… - disse Nicky respirando fundo – O que aconteceu foi que eu me apercebi que não sou tão forte como vocês me querem fazer parecer e que não estou preparada para falar sobre a minha vida privada e enfrentar os olhares que me esperam… Foi só isso… Nada de novo…
- E era por causa disso que estavas a chorar? –
perguntou Tom estranhando a resposta de Nicky.
- Sim… Para mim chega e sobra para me sentir mal comigo mesma e chorar… Desculpa se sou demasiado sensível para ti…
- Nicky, pára de me tratar assim... Eu não sou o teu inimigo… Se não me queres contar o que se passa eu posso respeitar isso, mas não me trates como se te estivesse a atacar, porque não estou!

- O que é que queres que eu te diga? –
perguntou Nicky sentindo-se esmorecer na tristeza que a habitava e no facto de não se sentir capaz de contar a verdade a Tom.
- A verdade?
- Não posso…
- Porquê?
- Porque não te diz respeito! –
disse Nicky percebendo que Tom não queria desistir e que a única maneira de o afastar era magoando-o – Tal como tu não me contas as tuas aventuras que têm direito a overdoses de viagra, não esperes que eu te conte coisas que me são privadas e que só a mim me dizem respeito… Tenho direito a ficar calada, e assim vou ficar…
- É isso que te está a deixar assim??? As minhas aventuras que têm direito a overdoses de viagra???
perguntou Tom incrédulo com o que ela tinha ido buscar.
- Não… É-me indiferente o que é que fazes com a tua vida… - disse Nicky de forma fria sentindo o seu coração despedaçar.

- Não te estou a perceber… Nós estávamos tão bem…
- Dizes bem, estávamos! Se continuares a chatear-me nunca mais vamos estar… -
disse Nicky sentindo lágrimas tomarem conta dos seus olhos.
- Tu tratas-me como se eu fosse o teu pior inimigo quando tudo o que eu quero é ajudar-te!!! – disse Tom incrédulo com tudo o que ouvia.

- Queres mesmo ajudar-me??? – perguntou Nicky decidida.
- Claro que sim…
- Então deixa-me em paz… -
disse Nicky sentindo uma gota escorrer pela sua face – Esquece tudo o que aconteceu… Deixa-me viver a minha vida…

- … Tu sabes o que é que me estás a pedir? –
perguntou Tom sem compreender a reacção de Nicky.
- Sei…
- Diz-me isso de novo e nunca mais terás notícias minhas… Prometo deixar-te em paz para sempre… -
disse Tom sentindo-se triste com a forma como as coisas se desenrolavam com Nicky depois dos planos que tinham feito de se entregarem um ao outro. Será que ela estava com dúvidas e procurava recuar?
- Eu quero viver a minha vida em paz… - disse Nicky sem controlar o choro que agora se apoderava de si.
- Não foi isso que disseste…. Quero-te ouvir dizer que queres que eu te deixe em paz… Quero que me digas que o que aconteceu entre nós não significou nada para ti e que preferias que nunca tivesse acontecido… E pelo caminho diz-me que os planos que fizemos não significam nada também… Que não te queres dar a mim com a mesma força com que eu te desejo… Que já não sentes um calor percorrer o teu corpo cada vez que pensas em mim ou falas comigo….

Nicky deixou-se ficar em silêncio, chorando lágrimas de dor latejante que lhe perfuravam a essência do seu ser e do seu desejo. Tudo o que mais queria era ter Tom do seu lado, sentir os seus braços fortes envolverem-na e os lábios dele tomaram conta dos seus, assegurando-a que um dia poderia ter paz.

- Basta dizeres isso mais uma vez e perdes-me para sempre… E quando eu digo para sempre, é para sempre Nicky! – garantiu Tom magoado com o que tinha ouvido da boca dela.
- … Não me deixes… Eu preciso de ti… - disse Nicky com uma voz frágil e embargada em lágrimas.
- Então deixa-me ajudar-te… - pediu Tom percebendo que ela estava realmente em baixo.
- Não há nada que possas fazer, acredita em mim… Tenho de ser eu a lidar com os meus demónios… Não quero que me vejas assim: fraca, débil… Não quero que me vejas como o ser insignificante que sou…
- Se há alguma coisa que tu nunca foste e nunca serás é insignificante…
- Dizes isso porque… -
começou Nicky por dizer.
- Porque é verdade!!! – disse Tom sem dar margem para que ela se deitasse ainda mais abaixo – Porque se não fosse verdade não o dizia… Acho que já me conheces bem o suficiente para perceberes que não digo nada por conveniência ou para agradar…

- És mesmo irmão do teu irmão… -
disse Nicky sentindo-se enaltecida pelas palavras de Tom.
- Deixa-me entrar e fazer parte da tua vida… Não me deixes à porta… - pediu Tom – É muito raro preocupar-me com uma pessoa como me preocupo contigo…
- É muito difícil para mim…
- Para mim também… Não estou habituado a ser assim principalmente com raparigas… -
disse Tom abrindo o seu coração na esperança que ela o seguisse.

- Queria tanto estar contigo agora… - confessou Nicky envergonhada com os seus pensamentos. O lado protector de Tom dava-lhe segurança e fazia-la desejá-lo ainda mais.
- Um dia serei teu…
- Queria que esse dia fosse hoje…



* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Entrou em casa cansada com o dia de trabalho que tinha exigido muito de si a nível emocional, e encaminhou-se até ao seu escritório para pousar o guião que a acompanhava sempre que ia para o set de gravações.

- Andas desaparecida… - disse uma voz vinda de detrás de Nicky no momento que ela pousava o guião sobre a sua secretária.
- James!!! – disse Nicky dando um pulo assustando-se com a presença do seu manager sentado numa poltrona num dos quantos daquele espaço – Assustaste-me!!!
- Tu também me assustas-te… Regressas de Hamburg mais cedo do que o previsto e já lá vão três dias e não me disseste nada… -
disse Mercier levantando-se da poltrona.
- Tenho estado ocupada… - disse Nicky sentindo nojo do homem que se apresentava à sua frente. Aquilo que Bill lhe tinha contado sobre James Mercier repugnava-a.
- Só começaste as gravações hoje… - disse Mercier levantando-se para pegar no guião que Nicky tinha pousado na secretária, vendo-a procurar distância física de si.
- Sim… Mas estou cansada… Foi um primeiro dia esgotante… - disse Nicky fingindo que procurava algo numa das imensas estantes que ocupavam aquela sala – Podemos falar depois?
- Quando? –
perguntou Mercier percebendo que algo estava errado com Nicky para que ela quisesse distância de si.
- Amanhã ou assim… Eu depois ligo-te… - disse Nicky sentindo que Mercier se aproximava de si.

- Hmmm… Pode ser… - disse Mercier de forma teatral – Mas conta-me só se correu tudo bem com o teu namoradinho…
- Tudo bem… O normal… -
disse Nicky virando-se de frente para Mercier com um sorriso angélico, rezando para que Mercier não notasse a repugnância que sentia pela proximidade a que ele estava de si.
- Hmmm… - disse Mercier com um ar misterioso, desatando-se a rir de seguida – Nem vais acreditar no que eu descobri enquanto estavas fora!!!
- O quê? –
perguntou Nicky de sorriso bem rasgado para acompanhar o entusiasmo do seu manager.
- O Kaulitz tem uma puta nova… - disse Mercier a rir – Não é hilariante???

- Do que é que estás a falar??? –
perguntou Nicky petrificada, perdendo o sorriso que tinha nos lábios.
- Parece que aquele filho da puta do teu namoradinho anda envolvido com a nova relações públicas da banda… Acho que o nome dela é Gabi…. Ohhh… Quem é que eu estou a tentar enganar… Claro que o nome dela é Gabi… Sei muito bem quem ela é… - disse Mercier pegando numa madeixa do cabelo loiro de Nicky para brincar com os seus dedos – Parece que ele tem um gosto particular por mulheres mais velhas e que trabalhem para ele… Não é tão parvo quanto eu o imaginava… - e perante o silêncio e ar assustado de Nicky continuou – … Tu por acaso não sabias de nada disto, pois não?
- Desconfiava, mas nunca falámos sobre o assunto… -
disse Nicky procurando ver-se livre da proximidade de Mercier que a constrangia de forma assustadora – Não temos por hábito falar sobre pormenores da nossa vida privada…
- Que engraçado… -
disse Mercier a rir e adoptando um ar muito sério logo de seguida perguntou – … Porque é que nunca me tinhas falado dessas tuas desconfianças?
- Porque nunca calhou, nem pensei que te interessasse…
- Tudo o que tenha a ver com aquele cabrão interessa-me Nicky… Já devias saber disso…
- Para a próxima mantenho-te informado… -
disse Nicky adoptando o seu melhor e mais convincente sorriso de actriz – Agora se não te importas, vou ver se tomo um bom banho e se vou dormir porque estou mesmo cansada… Telefono-te amanhã!

- Calminha aí… -
disse Mercier fechando a porta do escritório para que Nicky não pudesse sair – Porque é que estás a fugir de mim?
- Que estupidez James… Eu não estou a fugir de ti, estou só cansada, falamos amanhã… -
disse Nicky com um sorriso rasgado, depositando um beijo (a muito custo) na bochecha esquerda de Mercier para que ele não desconfiasse que algo se passava e encaminhando-se até à porta, colocou uma mão sobre a maçaneta e despediu-se novamente – Depois telefono-te…

- Não tão rápido! –
disse Mercier colocando uma mão na porta para travar Nicky de a abrir – O que é que aquele filho da puta te andou a dizer??? Ele anda-te a fazer a cabeça contra mim, é???
- Que filme James!!! E a actriz aqui sou eu!!! –
disse Nicky a rir de forma encenada.
- Esqueceste é que eu já te conheço há muitos anos e tu nunca foste boa a disfarçar o medo que te consome o olhar… E eu já o conheço de cor e salteado… - disse Mercier observando Nicky com toda a atenção – Ele quer-te virar contra mim, não é???
- Estás com a mania da perseguição!!! –
disse Nicky ainda a rir, mas sentindo-se terrificamente assustada por dentro.

- Não brinques comigo!!! – disse Mercier pegando no braço de Nicky com força puxando-a para junto de si – O que é que aquele cabrão te andou a meter na cabeça contra mim???
- James!!! Estás-me a magoar… -
disse Nicky tentando soltar o seu braço sem efeito – E estás a delirar…
- Estou Nicky??? Estou mesmo a delirar??? –
perguntou Mercier jogando Nicky de encontro a uma das estantes, mantendo-a presa pela força do seu corpo.

- Tu estás louco!!! Estás-te a deixar consumir pela raiva que tens pelo Bill e nem te apercebes que me estás a magoar… Larga-me… - disse Nicky sentindo-se espremida de encontro a uma das estantes do escritório, com nojo de sentir o corpo daquele que em tempos considerava como seu pai, comprimido contra o seu.
- Eu seria incapaz de te magoar… - disse Mercier passando uma mão sobre o rosto de Nicky.
- Então larga-me!!! – disse Nicky virando a cara, tentando fugir da mão de Mercier.
- Eu gosto tanto de ti… - disse Mercier segurando no maxilar de Nicky com uma mão, fazendo força para que ela rodasse a cabeça para a frente novamente – Diz-me que não gostas dele…
- Eu não gosto dele nem de ninguém… Agora larga-me… -
disse Nicky assustada com tudo aquilo que se passava. Seria possível estar novamente a viver um pesadelo, sem ser capaz de se defender das mãos daquele homem que julgava existir para a proteger?
- Não me mintas… - pediu Mercier numa voz enfurecida, roçando o seu nariz sobre o rosto pequeno e amedrontado de Nicky.
- Eu não estou a mentir… Eu não gosto dele! - disse Nicky sentindo-se em pânico. As lágrimas pareciam estar a assaltar-lhe os olhos de forma involuntária. Não queria dar parte fraca a Mercier, mas não era capaz de conter o choro compulsivo que se avizinhava por muito mais tempo.

- Assim sim… - disse Mercier sorrindo de contentamento, libertando o corpo de Nicky – Assim acredito em ti…

Nicky afastou-se de Mercier o mais rápido que conseguiu e passou a mão direita sobre o braço que tinha sido molestado pelo seu manager, sentia-o latejar tal era a força com que ele o tinha agarrado. As lágrimas escorriam sobre os seus olhos como se de um rio se tratasse. Sentia-se novamente violentada, impotente, suja, perdida e confusa. Como é que James se tinha transformado naquele monstro? Como é que nunca o tinha visto assim? Como é que tinha sido capaz de a iludir durante tantos anos? Ele parecia estar obcecado consigo, o seu olhar era doentio e pedia por mais do que alguma vez seria capaz de lhe dar. Tinha medo. Tinha mesmo muito medo do que seria o seu futuro agora que Mercier parecia ter-se descontrolado totalmente. Como seria o seu futuro dali para a frente se ele já se achava capaz de usar violência física consigo? Que mais não seria ele capaz de fazer? Tinha de se pôr a salvo e ajudar Bill a desmascará-lo. Mas contar a Bill o que se tinha passado, significava provocar-lhe uma revolta ainda maior, significava fazê-lo querer procurar vingança com as suas próprias mãos e descontrolar-se na sua missão de colocar James Mercier atrás das grades. Não podia fazer isso a Bill, ele não podia sonhar com o que se tinha passado. Tinha de o proteger, tal como tinha de proteger Tom. Tinha de os manter o mais afastados possível da sua vida que só alimentava tragédias e dramas. E Mercier? Como seria capaz de lidar com ele dali por diante? Como se poderia ver livre dele de uma vez por todas? Tinha de pensar e reflectir na sua vida…

- Agora vai descansar… - disse Mercier com um sorriso fraternal na cara como se nada tivesse acontecido – Dorme bem para amanhã estares pronta para arrasar… - e perante o silêncio de Nicky que se encaminhava para a porta agarrada ao seu braço acrescentou – Fico à espera que me telefones para falarmos… Não te esqueças que ninguém te ama tanto quanto eu… Nunca ninguém será capaz de te dar aquilo que eu te dou…
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeQui Jul 14, 2011 9:49 pm

Agora Tom e Bill em relação a Nicky esta tudo certo né ? Mais o Tom só quer ajudar. Sabe eu andei a pensa que o Tom talvez ficasse apaixonado pela Nicky mas sei lá né o Tom não é disso, mais o amor chega quando menos se espera né ? KSOPKAPKSPOKAPKS
Xi e agora ? O Mercier esta atacando a quem ela mais protege, ele tem obsessão por Nicky e isso é fato.

O que me deixar feliz é saber que a esperança é a ultima que morre. MPOSMAPOKSPAKPOSKOAPKS
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeSáb Jul 16, 2011 12:04 am

CaTaRiNaAAaAAa \o/ \o/ \o/


Parece k sim.... E sem dúvida k o Tom ker ajudar....
Hmmmm.... Kem sabe.... o amor chega mm kd menos se espera =p Tudo é possivel.... Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes
E agora a koisa tá preta........ GrRrrRrRrRr...... p*t* p*t* p*t* O Mercier está kada vez a descontrolar-s mais Evil or Very Mad Evil or Very Mad Evil or Very Mad E a Nicky é o alvo............ Sad Sad Sad

É isso mesmo sweety!!!! N desanima não \o\ \o\ \o\ \o\



* * * KiSsEsSssS * * *




136

[FF] - Kampf der Liebe - Página 15 136we

Era difícil controlar o nervosismo de estar à porta de uma sala de tribunal enquanto uma amiga lutava pela restituição do seu filho contra um homem que em tempos amara e que hoje em dia demonstrava ser absolutamente detestável. Jost e Gabi tinham feito questão de acompanhar Nathalie até tribunal no dia em que ia ser lida a sentença da custódia de Erik. Bill e Tom queriam acompanhar os amigos e juntos esperarem pelo resultado do julgamento mas uma vez que isso tornaria o caso mediático e levantaria questões sobre o envolvimento deles com Nathalie, optaram, por uma questão de respeito a Erik, por ficar em casa e esperarem notícias positivas que os possibilitasse celebrar uma nova era na vida da sua amiga. Gabi mantinha-se nervosa e expectante com o resultado daquela audiência. Não saberia consolar a sua amiga caso ela perde-se o recurso à custódia de Erik, não conseguia imaginar o sofrimento atroz que seria para Nathalie ver o seu filho definitivamente sobre a alçada de Patrick. Não conhecia Nathalie há muito tempo, mas a proximidade que tinha com ela era equivalente à de duas irmãs. Tinha acompanhado de perto a sua dor e não era capaz de imaginá-la afastada do seu filho por muito mais tempo. O seu amor era forte e incondicional, como qualquer mãe que amasse e vivesse para os seus filhos.

- Calma… Vais ver que corre tudo bem… - disse Jost passando uma mão sobre o braço direito de Gabi para a acalmar – Estou confiante…
- Eu também, mas e se… -
disse Gabi colocando todas as hipóteses.
- Não existem e ses neste caso… O Patrick não merece o ar que respira, por isso não há possibilidade dele ganhar o recurso…
- Mas…
- Não te preocupes! –
disse Jost sorrindo de forma amistosa – O Patrick cometeu muitos erros nos últimos meses... Nenhum juiz na sua consciência perfeita seria capaz de deixar uma criança nas mãos de um homem que o abandonou durante meses… A Nat tem como testemunhas a ama e a professora dele… Elas iam testemunhar contra o Patrick e provar que ele é um pai ausente… Pena que as fotos do detective não possam ser utilizadas em tribunal, senão qualquer pessoa perceberia que tudo o que ele fez foi por vingança à Nat, pelo divórcio e para receber uma bela quantia de dinheiro…
- Quem é que é capaz de brincar com a vida do próprio filho a troco de dinheiro??? –
perguntou retoricamente Gabi suspirando ao pensar naquele assunto. Podia não ser mãe, mas no dia que fosse faria de tudo para proteger o seu filho e ser uma mãe presente e atenta às necessidades dele, coisa que Patrick já tinha provado não ser.
- Acho que não precisas que te responda a essa pergunta, pois não?
- Não!

- E nós sabemos que ele não anda propriamente em actividades muito lícitas, não é verdade? Podemos não ter provas disso, mas trabalhar para o Mercier é equivalente a andar a tramar qualquer coisa constantemente…
- O que é que achas que ele faz para o Mercier? –
perguntou Gabi curiosa.
- Tudo… O Patrick não tem escrúpulos… Não sei como é que a Nat se foi apaixonar por ele… - disse Jost em desabafo – Ela merece muito mais…
- Eu não o conheço, mas por aquilo que vocês me contam… Acredito que ela mereça alguém que seja o oposto daquilo que ele é!


Passava já uma hora e meia desde que o julgamento tinha iniciado quando a porta da sala da audiência foi aberta e por ela saiu uma Nathalie aparentemente calma e contida. Gabi e Jost levantaram-se do banco onde se encontravam sentados e olharam para ela expectantes para saber o resultado. O semblante dela não deixava escapar qualquer resposta às suas dúvidas. Nathalie aproximou-se dos amigos e estendeu os braços na direcção deles.

- Preciso de um abraço… - disse Nathalie começando a chorar de nervosismo.

Jost e Gabi aproximaram-se de Nathalie e abraçaram a amiga com força. O que quereriam dizer aquelas palavras e aquele pedido de auxílio? Será que estava tudo perdido?

- Como correu? – perguntou Jost assustado – Já foi lida a sentença…
- Sim… -
disse Nathalie abraçando-se a eles com força, começando a chorar de forma audível – Acabou tudo…
- … E então? –
perguntou Jost a medo.
- O juiz não me deu a custódia do Erik… - disse Nathalie afastando-se dos amigos para os olhar nos olhos e limpar as lágrimas que escorriam dos seus olhos – Diz que eu não tenho uma vida estável e que não o posso acompanhar com a regularidade que uma criança da idade dele precisa….

Gabi levou as mãos à boca em estado de choque. Como é que era possível alguém preferir entregar uma criança nas mãos de Patrick que de Nathalie? Será que o juiz tinha sido uma vez mais subornado? E agora? O que seria de Nathalie sabendo que o seu filho ficaria para sempre entregue nas mãos de um homem como o seu ex-marido? A dor dela devia ser infindável. Gabi não sabia o que dizer ou como reagir à notícia. Por mais que as razões do juiz fossem fundadas e fizessem sentido, Nathalie era uma mãe presente, mesmo na sua ausência e distância. Pegou numa mão de Nathalie e acarinhou-a sem saber aquilo que era esperado de si naquele momento.

- Isso quer dizer que aquele filho da puta conseguiu a custódia do Erik??? – perguntou Jost enraivecido.
- Não… - disse Nathalie esboçando um leve sorriso.
- Então??? – perguntaram Jost e Gabi confusos.
- Isto quer dizer que ambos fomos dados como pais ausentes e sem capacidade de tomar conta do Erik…

- Oh meu Deus… E agora??? –
perguntou Gabi em choque desejando abraçar Nathalie para a confortar de alguma forma.
- O meu advogado propôs que o Erik ficasse com os meus pais como tem ficado algumas vezes ao longo destes últimos anos…
- E???
perguntaram Jost e Gabi ao mesmo tempo.
- E o juiz concordou… - disse Nathalie sorrindo de forma rasgada e feliz – Enquanto nenhum de nós provar que tem condições e estabilidade para ficar com o Erik ele fica com os meus pais… Não podia pedir melhor!
- Que bom Nat… -
disse Jost depositando um beijo carinhoso na testa dela.
- Fico tão contente por ti querida!!! – disse Gabi dando um abraço longo e sentido a Nathalie, fechando os olhos para desfrutar daquele momento com a sua amiga.
- Estou tão aliviada e… - começou Nathalie por dizer.

- Isto não fica assim, estás a ouvir!!! – disse Patrick num tom ameaçador enquanto passava por Nathalie, Gabi e Jost.

Gabi sentiu-se estremecer. Reconhecia aquela voz. Abriu os olhos assustada e soltou o corpo de Nathalie como que por impulso para procurar em seu redor de onde partia aquela voz.

- Aprende a perder Patrick… - disse Jost seguindo o seu instinto protector.
- Cala-te Jost… Não tens nada a ver com isto… Entre marido e mulher não se mete a colher!!! disse Patrick num tom agressivo.
- Acontece que ela já não é tua mulher há algum tempo Patrick… E com as atitudes que tens tido ultimamente, qualquer dia já nem o teu filho quer saber de ti… - disse Jost colocando-se em frente de Nathalie para Patrick perceber que ele estava ali para a proteger.
- Não te metas comigo… - disse Patrick numa voz sussurrada e intimidadora, à medida que o seu advogado o puxava por um braço para se afastar de Nathalie e de novas confusões em pleno tribunal.

Gabi sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha. Era ele. Lembrava-se perfeitamente daquele timbre de voz e tom ameaçador. Seria impossível esquecer aquela noite em que o seu corpo tinha sido usado como mensageiro de más notícias. Notícias que nunca tinham chegado até ao seu receptor final. Sentiu um peso imenso tomar conta do seu coração e uma sede de vingança aliada a uma raiva desumana apoderarem-se do seu corpo. Tinha de ter a certeza que era ele. Correu até Patrick, deixando Nathalie e Jost boquiabertos e sem perceberem o que se passava e ao chegar junto dele olhou-o nos olhos com ira e nojo. Patrick olhou para ela de alto a baixo e sorriu levemente, provocando nela uma onda de asco. Gabi olhou para o pescoço de Patrick e pareceu-lhe ver um arranhão escondido debaixo da gola do seu casaco. Sentiu os olhos encherem-se de lágrimas, e antes que Nathalie e Jost chegassem até si, puxou a gola do casaco de Patrick para baixo por entre uma interjeição de espanto dele e viu com os seus próprios olhos a marca que tinha deixado no seu agressor aquando da sua tentativa de estrangulamento. Gabi ficou em estado de choque. Agora não tinha dúvidas. Tinha sido Patrick que a tinha feito refém no concerto de Lady Gaga, tinha sido ele que tinha abusado do seu corpo, que a tinha prendido de encontro à parede fria e desumana daquela casa de banho, que a tinha ameaçado, aterrorizado, servindo-se de si como pombo-correio para amedrontar o homem que amava. Sentindo lágrimas quentes e enraivecidas escorrerem sobre a sua face, levou o seu joelho direito de forma dura e pujante de encontro às partes íntimas de Patrick, fazendo com que ele soltasse um grito de dor e se encolhe-se sobre si mesmo em dor e agonia. Não contente, cerrou o punho direito e soqueou a face de Patrick, por entre um grito de pânico de Nathalie que acabava de chegar perto dela acompanhada de Jost.

- O que é que estás a fazer??? – perguntou Nathalie segurando em Gabi ao aperceber-se que a sua mão continuava cerrada e a raiva que tomava conta dela não parecia encontrar um fim.

Gabi estava cega. Cega de raiva, de angústia e de dor de todas as lembranças que Patrick lhe tinha roubado de um dia que simbolizava tanto para si e para Bill. Desejava do fundo do seu coração ser capaz de fazer com que Patrick desaparecesse da Terra e que todos os problemas que Nathalie e ela própria tinha em relação àquele homem desaparecessem como se por magia.

- Tu não me metes medo… Amor!!! disse Gabi de forma colérica, utilizando o diminutivo que Patrick tinha usado no dia da sua agressão, enquanto ele se tentava virar contra ela e Jost, um homem alto e encorpado e o advogado dele o continham.
- Nem penses que te aproximas dela!!! – disse Jost travando Patrick – Vai-te embora!!! Desaparece da minha frente antes que seja eu a espetar-te um murro nessas trombas…

- O que é que te passou pela cabeça??? Porque é que fizeste isto??? –
perguntou Nathalie a Gabi percebendo o estado alterado e de pânico que se começava agora a abater sobre ela e que só poderia significar uma coisa. Algo que Nathalie queria negar ser possível.
- Desculpa Nat… - disse Gabi sentindo o seu corpo estremecer com as lembranças que a tomavam de assalto e que não conseguia controlar. Ainda estava tudo demasiado fresco na sua memória.

- …. Foi ele??? – perguntou Nathalie em estado de choque.
- Desculpa Nat… - disse Gabi escondendo a cara por entre as mãos chorando cada vez de forma mais audível.
- Eu não acredito… - disse Nathalie num sussurro vendo o estado alterado em que a sua amiga estava.

- Desaparece!!! – gritou Jost ao ver o advogado e Patrick desaparecerem por entre o corredor do tribunal.
- Não desaparece nada!!! – disse Nathalie sentindo uma raiva feroz e selvagem tomar conta de si. Como é que o homem que tinha amado durante anos, o pai do seu filho, tinha virado um bandido sem coração nem sentimentos capaz de violar o corpo de uma mulher, ameaçá-la e aterrorizá-la sem dó nem piedade? Que homem era aquele?

- Nat não… - disse Gabi segurando em Nathalie por um braço impedindo-a de ir atrás de Patrick – Eu já ajustei contas com ele…
- Deixa-me ir… Eu preciso de falar com ele… -
disse Nathalie olhando para a mão de Gabi que segurava no seu braço – Ele é o pai do meu filho… O homem que te…. – começou Nathalie por dizer, percebendo que não podia falar à vontade pois Jost estava presente - … É o pai do meu filho!!! Aquele grandessíssimo filho da mãe… É o pai do meu filho!!!
- Ok… -
disse Gabi abanando a cabeça de cima para baixo percebendo que Nathalie tinha de falar com ele - Mas tem cuidado…

- A menina está bem? –
perguntou o homem alto e encorpado que tinha ajudado Jost e o advogado a impedir que Patrick chegasse a Gabi.
- Está tudo bem! – disse Jost abraçando o corpo de Gabi para a amparar, não querendo criar escândalos – Obrigado… Bom trabalho!
- Se precisar de alguma coisa… -
disse o homem.
- Não será preciso mais nada, obrigado… - disse Jost abrindo os olhos ao guarda-costas que tinha contratado para manter Gabi debaixo de olho, para que ele percebesse que já estava a abusar e a dar demasiado nas vistas.

Jost procurou o banco mais próximo para se sentar com Gabi e ver se ela se acalmava. O corpo dela parecia curvado e fragilizado, por mais que a mulher que tinha visto enfrentar Patrick tivesse sido tudo menos contida e delicada. Não percebia de onde tinha surgido aquela agressividade toda nem o que a tinha despontado, mas com tempo esperava vir a perceber.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


- PATRICK!!! – gritou Nathalie enquanto corria atrás do seu ex-marido no corredor do tribunal.

Patrick estacou pelo caminho ao ouvir Nathalie chamar por si e virou-se para trás sendo aconselhado pelo seu advogado a evitar novos escândalos. Nathalie preparava-se para falar sem saber como expressar tudo aquilo que sentia arrebatar o seu coração e mente mas foi interrompida.

- Nathalie se não se importar guarde o que tem para dizer para outra altura porque aquilo que aconteceu aqui, às portas deste tribunal, já é demasiado grave para quem procura alcançar a custódia do vosso filho… - pediu o advogado de Patrick.

- Quero falar contigo… A sós! – disse Nathalie, olhando Patrick nos olhos, ignorando por completo aquilo que o advogado lhe dizia.
- Patrick… - começou o advogado por dizer.
- O que é que queres??? – perguntou Patrick ainda enraivecido com tudo o que tinha acabado de acontecer.
- Falar contigo… - repetiu Nathalie sentindo um nojo imenso daquele homem que em tempos tinha amado.
- Não é obrigado a fazê-lo… - disse o advogado a Patrick.
- Ok… Diz lá o que tens a dizer… - disse Patrick ignorando o advogado.
- A sós… - repetiu Nathalie olhando para o advogado.
- Vou-me manter por perto… - avisou o advogado ao perceber que não podia evitar que eles falassem.

Nathalie esperou que o advogado se afastasse consideravelmente. Não tinha qualquer interesse que as coisas que tinha entaladas na sua garganta fossem ouvidas por pessoas que pudessem ter algo a ganhar com a divulgação daquele tipo de informações e segredos. Abanou a cabeça da direita para a esquerda em forma de desaprovação de tudo aquilo que Patrick era e naquilo em que ele se tinha tornado e sem saber como começar por deitar cá para fora tudo o que a corroía disse:

- Quando é que perdeste a dignidade?
- Dignidade???
inquiriu Patrick em forma de escárnio – Quem és tu para falar em dignidade??? Andavas-te a esfregar no miúdo e a fazer de mim otário… Quantas vezes me meteste os cornos nas tuas viagens pela Europa e pelo mundo??? Achas que eu sou estúpido??? Não me venhas falar em dignidade quando não passas de uma puta…
- Cala-te imediatamente!!! –
disse Nathalie de forma enraivecida – Não te dou o direito de falares assim comigo!!!
- Vais-me dizer que nunca andaste enfiada na cama com o Bill??? –
perguntou Patrick em forma de desafio.
- Enquanto estava contigo, nunca!!! Nunca te fui infiel…
- Mentirosa… Eu sei que tu andavas com ele… Vieram-me contar… Nem tens coragem para admitir aquilo que fazes…
- Eu nunca te traí…
- Mentirosa!!! –
disse Patrick de forma descontrolada e enraivecida.

Nathalie sentiu a dor e mágoa de Patrick assaltarem o seu coração. O seu ex-marido estava certo de que ela o tinha traído enquanto ainda estavam juntos como um casal. Alguém tinha enchido a cabeça de Patrick com alegações de traição. Alguém tinha ajudado a ruir algo puro e forte que existia entre eles numa altura em que o seu casamento começava a encontrar algumas barreiras de comunicação. Alguém mau, calculista, interesseiro, alguém possivelmente para quem Patrick trabalhasse. Alguém como James Mercier.

- Houve uma altura nas nossas vidas em que a minha palavra chegava para que acreditasses em mim… - disse Nathalie triste por recordar um passado em que tinha sido feliz com aquele monstro que estava agora à sua frente.
- … Era cego!!!
- Houve uma altura nas nossas vidas em que tu serias incapaz de desrespeitar o teu filho, a tua mulher, os teus amigos… O que é que aconteceu a essa pessoa? Onde está a pessoa com quem eu me casei? O homem maravilhoso que seria incapaz de violentar o corpo de uma das minhas melhores amigas a troco de dinheiro!!!


Patrick sentiu-se gelar. Nathalie sabia o que tinha acontecido e tinha-o como responsável da dor e trauma de Gabi.

- Desde quando trabalhar para uma pessoa que te pede para te comportares como um criminoso é um estilo de vida para ti? Onde está a tua dignidade??? O teu coração? A tua alma? O que é que resta da pessoa que eu em tempos conheci? – perguntou Nathalie sentindo lágrimas de tristeza escorrerem pelos seus olhos – Como é que queres que eu seja capaz de deixar o meu filho… Aquilo que resta do amor que eu em tempos senti por um homem bom, honesto e trabalhador… Entregue nas mãos de um criminoso???
- Eu só fiz aquilo que me foi pedido… -
desculpabilizou-se Patrick.
- Se te pedissem para matares o teu filho, também o matavas??? Não tens cabeça para pensar??? Tinhas alguém que te apontasse uma arma à cabeça e te obrigasse a fazer as coisas da maneira que as fizeste??? Não te chegava aterrorizar uma mulher indefesa, ainda a tinhas de violar e ameaçar???
- Eu não a violei!!! –
disse Patrick muito revoltado com as palavras que Nathalie utilizava para descrever o que tinha acontecido.
- Violaste… Tanto a integridade física como a integridade emocional dela… E nada do que digas ou faças vai mudar aquilo que fizeste e a pessoa nojenta em que te tornaste… Nada do que digas ou faças vai mudar o trauma que aquela mulher vai sentir para o resto da vida… Uma mulher que eu considero como minha irmã…
- Irmã??? Ela anda enfiada na cama do teu amante!!! Não me digas que agora gostas de partilhar o teu homem??? –
disse Patrick em provocação.

Natahlie sentiu uma nova onda de raiva percorrer o seu corpo. Como é que podia em tempos ter desejado e amado aquele homem como se não existisse mais ninguém à face da Terra? Será que em tempos estava cega e este era o verdadeiro Patrick, ou o seu ex-marido tinha um monstro adormecido no seu interior com o qual nunca se tinha deparado antes?

- Ainda bem que nos separámos… Porque se eu ainda fosse tua mulher, teria nojo de algum dia ter dormido na mesma cama que tu… Teria nojo de algum dia te ter deixado tocar em mim com essas mãos sujas… De te ter amado por um segundo que fosse… - disse Nathalie sentindo um peso imenso sobre o seu coração em admitir que algum dia tinha sido capaz de gostar de alguém assim – E o pior é que mesmo sabendo que tu não me és nada… Ainda consigo sentir nojo e repulsa de ti e de todos os momentos felizes que passámos juntos… Porque sinto nojo e repulsa de todos os cobardes criminosos como tu que só sabem usar a força física e a coesão sexual para se sentirem homens… Mas fica sabendo que não é a tua força que deitará uma mulher de armas como a Gabi ao chão… Ela é muito mais forte do que tu pensas… Meteste-te com a pessoa errada…

- Achas que me vais fazer sentir mal??? –
perguntou Patrick numa voz sussurrada e ameaçadora – Amolecer o meu coração com as tuas lágrimas de crocodilo e as tuas palavras bem estruturadas??? És uma traidora sem coração que estragou tudo o que tínhamos… Trocaste-me por um miúdo…. Um miúdo que eu recebi em minha casa inúmeras vezes… Um miúdo que eu vi crescer e que deixei que brincasse com o nosso filho!!! Não me fales em dignidade, nem em mãos sujas… Estás tão podre quanto eu… Não passas de uma pedófila, traidora…
- Eu nunca te traí…. Nunca… -
disse Nathalie sentindo-se mal por Patrick a reduzir a uma traidora sem coração – Não te vou negar que me envolvi com o Bill… É verdade, tivemos um caso… Já não temos… Mas foi um caso nascido do afecto e carinho que sentíamos um pelo outro e da solidão e mágoa que nos dominava…
- Não me vais dizer que fui eu que te levei até aos braços dele, pois não???
- Não… Foi aquilo que tu não me deste que me levou até ele… Mas isso não vem ao caso… Isso não é justificativa para tu seres aquilo que és… Pensei que fosse encontrar o homem que em tempos conheci quando falasse contigo… Um homem arrependido pelas atrocidades que tinha sido capaz de cometer, mas afinal… Tu pareces-te orgulhar do monstro em que te tornaste… Parece que as tuas influências te moldaram à sua imagem… Parabéns Patrick…

- O que é que tu sabes sobre as minhas influências??? –
perguntou Patrick – O que é que sabes sobre a minha vida??? Deixaste de fazer parte dela há muito tempo…
- Sei mais do que gostaria de saber… E sei muito bem que o teu chefe é a pessoa mais maldosa que eu conheci em toda a minha vida… Neste meio da fama e poder, vê-se de tudo… Mas como ele há poucos, porque ele é verdadeiramente mau e maquiavélico!!!
- Tu não sabes o que dizes…

- Ele contou-te que me tentou matar? A mim e ao Tom?
- Já inventaste histórias melhores… -
disse Patrick sorrindo com escárnio.
- Não vou ficar aqui a tentar convencer-te a acreditares em mim… Um dia saberás que tudo aquilo que eu te digo é verdade… - disse Nathalie sentindo um peso imenso no seu coração por aperceber-se que não sobrava sequer uma réstia de preocupação de Patrick em relação a si e àqueles que em tempos tinham sido seus amigos – Um dia será tarde demais para te redimires de todo o mal que fizeste ao teu filho…
- Eu nunca fiz mal ao Erik!!! Não te atrevas sequer a repetir uma coisa dessas!!! –
disse Patrick aproximando-se de Nathalie para a aterrorizar.
- Tudo o que me afecta, afecta o teu filho… Todas as noites em que o deixavas sozinho em casa dos teus pais ou da tua irmã… Todas as tardes em que ele ficava na escola sozinho até cair a noite porque o pai não se lembrava de o ir buscar… Todas as noites em que ele chorava por não poder falar com a mãe… De todas as vezes que ele se sentiu abandonado… Era dor que tu lhe infligias… Como é que te tornaste nesta pessoa que está hoje à minha frente??? Como é que um dia foste capaz de me amar e de me dar um filho e agora…
- No dia em que me traíste, mataste a confiança e o amor que sentia por ti!!! Agora só te vejo como a puta sem coração que és… Por isso sempre que pensares que o teu filho está a chorar por ter sido abandonado, lembra-te que a escolha foi tua… Preferiste andar a viajar pelo mundo com o teu amante em vez de estar em casa com a tua família…

- Tenho pena de ti… -
disse Nathalie respirando fundo tentando evitar que novas lágrimas escorressem dos seus olhos – Pensei que ainda pudesse haver um pouco do homem que amei algures dentro de ti… – disse Nathalie colocando ambas as mãos sobre o peito de Patrick, na zona do coração – Um homem sensível e forte… Pensei que aqui dentro ainda existisse o homem que em tempos amei mais que a minha própria vida… Pensei que ele fosse capaz de ver que errou e estivesse disposto a emendar os seus erros… Mas estava enganada…

- Posso não me orgulhar do que fiz… Mas fiz o que tinha de ser feito… -
disse Patrick pegando nas mãos de Nathalie afastando-as do seu peito.
- Para quem??? O que é que ganhas com isto tudo??? O único que está a lucrar com aquilo que fazes é o Mercier… Ele está-te a usar... Enquanto existirem pessoas como tu que sujam as mãos por ele, ele não será responsabilizado pelo que faz!!! – disse Nathalie na tentativa de o chamar à razão – Quando ele for levado à justiça… Tu também serás… Vais pegar pelos teus pecados e pelos dele… E garanto-te que os pecados do Mercier são sujos e pesados demais para os carregares contigo…
- Não me digas que agora te preocupas comigo… Passados estes meses todos voltei a existir para ti?! –
disse Patrick de forma irónica sobre um sorriso jocoso.
- Tu nunca deixaste de existir para mim Patrick… És parte da minha vida, serás para sempre… Sempre que olho para o nosso filho vejo uma parte de ti lá espelhada… Felizmente é a parte que mais amei…

- Palavras bonitas… Sentimentos vazios…
- Sim… -
disse Nathalie respirando fundo – Já percebi que o tempo se encarregou de te roubar os sentimentos…
- Não foi o tempo… Foste tu!!!
- Se fui eu… Considera-os devolvidos… -
disse Nathalie olhando Patrick nos olhos com profundidade – Juro-te pela minha própria vida que enquanto estávamos juntos nunca tive absolutamente nada com o Bill… Tudo o que eu precisava e queria estava concentrado em ti… Nunca tive olhos para mais ninguém sem seres tu…
- Não acredito…
- … Juro pela vida do Erik!

- O que é que queres com esta conversa? Onde é que pretendes chegar? –
perguntou Patrick tentando ignorar o facto das palavras de Nathalie lhe tocarem mais do que gostaria de reconhecer.
- Quero que pares!!! Quero que voltes a ser a pessoa que eras quando te amava… Antes que seja tarde demais…
- Não te precisas de preocupar mais comigo… Ele deixou bem claro que se a custódia do Erik ficasse do teu lado o meu trabalho com ele terminava… E ele não ia ser burro ao ponto de me incriminar por fosse o que fosse… Estaria a assinar a sua própria sentença…
- Fico contente que te tenhas visto livre dele… -
disse Nathalie feliz por saber que Patrick estava longe de James Mercier, mas temendo que isso fizesse com que Mercier se vingasse da insignificância em termos de valor que Patrick tinha adquirido para si – Tens uma segunda oportunidade de endireitar a tua vida, por mais que ninguém apague a monstruosidade que foste capaz de fazer à Gabi…

- Estamos conversados??? –
perguntou Patrick interrompendo Nathalie para por fim à conversa que o incomodava.
- … Sim… - disse Nathalie sentindo-se mal pela forma como ele a queria despachar – … Podemos voltar a ser dois perfeitos desconhecidos…
- Ainda bem… Adeus Nat… -
disse Patrick olhando uma última vez para Nathalie, para de seguida lhe virar as costas e desaparecer pelo corredor do tribunal que tinha sido testemunha de uma luta de amor e ódio
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeDom Jul 17, 2011 11:46 am

Foi o Patrick que fez isso com a Gabi ? CÉUS. A Gabi não é fraca não, encontrou forças para dar uns bons patas nele foram poucos mais o significados deles foram maiores. Será que depois disso a Gabi vai contar pro Bill tudo o que aconteceu ou vai continuar assim mesmo ? Nat disse tudo e eu acho que fez a diferença, acho que isso tocou em Patrick por mais que ele não tenha demostrado, pelo menos um pouco o tocou.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeDom Jul 17, 2011 9:06 pm

CaTaRiNaAAaaAaa \o/ \o/ \o/


Sim..... Foi o Patrick..... GrRrrRrrRRrr................ p*t* p*t* p*t* p*t* p*t* p*t* p*t* p*t* p*t* p*t*
A Gabi não é fraca MESMO!!!!
Hmm.... Será k a Gabi vai falar para o BiLL o k akonteceu?? Ainda por cima agora k envolve mais gente k ele konehce?? Hmmmm.....
A Nat foi muito forte tb.... Ela nesse momento está preplexa e mt magoada.... abismada até Sad Sad Sad Sad E n é para menos....



* * * KiSsEsSSss * * *



137

[FF] - Kampf der Liebe - Página 15 137j

Jost procurou o banco mais próximo para se sentar com Gabi e ver se ela se acalmava. O corpo dela parecia curvado e fragilizado, por mais que a mulher que tinha visto enfrentar Patrick tivesse sido tudo menos contida e delicada. Não percebia de onde tinha surgido aquela agressividade toda nem o que a tinha despontado, mas com tempo esperava vir a perceber. Levantou-se para ir buscar um copo de água a um contentor que ficava a meio caminho do sítio onde Gabi estava sentada, e do local onde Nathalie conversava com Patrick e enquanto esperava que o pequeno copo de plástico enche-se, observou Nathalie com atenção e percebeu que a conversa com Patrick ia ser tudo menos pacífica e amigável. O que é que Nathalie tinha na cabeça quando tinha insistido em ir atrás dele? Precisava fazer alguma coisa para a proteger. Encaminhou-se na direcção de Gabi e percebendo que ela continuava absorta no seu mundo, fez uma pequena paragem pelo caminho, dirigindo-se a um banco onde se encontrava sentado o segurança encarregue de manter Gabi debaixo de olho, e tentando disfarçar para que ninguém se apercebesse que eles se conheciam disse-lhe:

- Olhos bem abertos com a Nathalie… - disse Jost fazendo um sinal com a cabeça apontando para a sua amiga que conversava com Patrick – Algum sinal de agressividade ou violência por parte de qualquer um dos dois, leva-a daqui!
- Entendido… -
disse o segurança, sentando-se ligeiramente virado para Nathalie e Patrick de modo a controlar melhor a situação.

Jost regressou para perto de Gabi e voltando a sentar-se do seu lado, insistiu que ela bebesse alguma água mesmo contra a sua vontade, alegando que a ajudaria a acalmar. Esperou que Gabi bebesse parte do conteúdo do copo e se mostrasse mais presente, regressando do seu mundo, e não se conteve em perguntar:

- Vais-me contar o que é que te deu na cabeça para fazeres de justiceira e ires bater no Patrick? – perguntou Jost vendo que Gabi parecia mais calma.
- Nada… - disse Gabi ignorando o olhar de Jost sobre si.
- Nada, não foi! Podes não querer falar no assunto, mas alguma coisa aconteceu para ires a correr atrás dele como se tivesses contas a ajustar…
- Que disparate!!! -
disse Gabi levando o copo à boca bebericando alguma água, ao mesmo tempo que desejava que aquele assunto morresse por ali. Já imaginava Jost a contar o sucedido a Bill. Ia ter de arranjar uma desculpa para protegê-lo da verdade sombria que a perseguia nos últimos tempos.

- Ok, já percebi… Não queres falar no assunto… - disse Jost encostando-se de encontro à parede fria, cruzando os braços em forma de indignação – Podias ter dito… Escusavas de inventar desculpas…
- Não é nada disso… -
disse Gabi sentindo que precisava de matar a curiosidade de Jost de qualquer maneira para diminuir aquilo que ele tinha gravado na mente. Tinha de o fazer esquecer aquele assunto – A Nat é como uma irmã para mim… Depois de tudo o que ele lhe fez passar, a ela e ao Bill… Reagi por impulso…
- Bemmm… Se tu és assim quando reages por impulso, espero que nunca te chateies com o Bill ou perco o vocalista da banda! –
disse Jost na brincadeira para descontrair o ambiente que ainda se fazia sentir pesado.
- É diferente… Foi a primeira vez que estive frente-a-frente com o Patrick e ele é… Realmente detestável… - disse Gabi bebendo o resto da água que tinha no copo de um só trago – Além disso eu amo o Bill… Seria incapaz de lhe levantar a mão! Mais facilmente lhe virava as costas e ia embora do que lhe batia... Acredita!
- Ao menos isso… -
disse Jost suspirando fundo, olhando na direcção de Nathalie para sem se aperceber questionar-se em voz alta – … O que é que será que eles tanto conversam? Pensei que com a sentença do tribunal ela nunca mais o quisesse ver à frente…
- Não sei… -
disse Gabi começando a amachucar o copo que tinha entre mãos – Devem estar a falar sobre o Erik… É a única coisa que ainda os une…
- Espero que seja só isso e que ela não tenha nenhuma recaída… -
disse Jost – Eles eram muito apaixonados, sabias?
- Não… -
disse Gabi olhando para Jost com curiosidade. Nathalie nunca lhe tinha falado sobre o seu casamento, e depois do que tinha acontecido entre si e Patrick, provavelmente nunca o mencionaria.
- Ohhh… Eles eram inseparáveis… A Nat amava-o mesmo muito…

- O que é que aconteceu para eles se separarem? –
perguntou Gabi curiosa.
- Eles são muito diferentes! A Nat é introvertida, mas sempre gostou de sair, ver gente, ir a festas, estar connosco… O Patrick é o oposto… É bastante extrovertido mas só para o que quer… Sempre detestou as festas do socialite e o facto da Nat ser tão amada quando detestada por trabalhar connosco… A relação deles começou a modificar-se com o tempo… Começaram os problemas de comunicação e a distância depois encarregou-se de os separar por completo… Ele perdeu a confiança e o respeito que tinha por ela e ela começou a procurar abrigo perto de nós…

- … Gostas do Patrick? –
perguntou Gabi curiosa para tentar perceber quem era aquele homem que era capaz da monstruosidade que lhe tinha feito, mas ao mesmo tempo era capaz de ter um coração tão puro ao ponto de fazer com que Nathalie o tivesse amado tanto. Onde estava o verdadeiro Patrick? Afinal de contas quem era ele? Como é que ele conseguia ser duas pessoas tão distintas?
- Gostava… Ele era porreiro… - disse Jost observando a forma como Gabi começava a destruir o copo de plástico que tinha nas mãos – Mas quando começou com a mania da perseguição e a ser possessivo em relação à Nat, perdi a paciência para ele… E agora que trabalha para o Mercier, imagino que deva estar bem pior… Não sei quais são os trabalhinhos sujos que ele faz, mas coisa boa, não deve ser…

Gabi sentiu o copo desfazer-se totalmente com a raiva que as suas mãos concentravam nele ao ouvir as palavras de Jost. Sabia perfeitamente o que Patrick fazia para o seu novo patrão, e se Jost sonhasse com aquilo que lhe tinha sido feito, não estaria tão calmo em relação ao facto de Nathalie estar a falar com ele.

- Já destruíste o copo… - disse Jost sorrindo.
- Pois…
- Deixa estar, eu ponho no lixo… -
disse Jost pegando no copo que estava nas mãos de Gabi para se esticar na direcção de um caixote do lixo que se encontrava ao lado do banco onde estavam sentados - … Ela está a demorar-se!
- Hã??
interjeitou Gabi que se encontrava embrenhada em pensamentos sobre a sua vida.
- A Nat… Está a demorar…
- Ah… Sim… -
disse Gabi olhando na direcção de Nathalie para se aperceber que o homem encorpado que tinha saltado em seu socorro se encontrava sentado a meio do corredor, olhando de forma hipnotizada para Nathalie e Patrick.

Havia algo de estranho nele. Será que era um enviado de Mercier? Um cúmplice de Patrick para os seus crimes? O que estaria a fazer ali? Porque é que se sentia assustadoramente observada e controlada? Seria tudo da sua imaginação ou estaria realmente a ser perseguida? Deixou-se ficar a observar aquele homem misterioso e poucos segundos depois viu o olhar dele desviar-se até si como se a quisesse manter de alguma forma debaixo de olho ao mesmo tempo que controlava Nathalie e Patrick. Gabi não teve dúvidas. Aquele homem não estava naquele corredor por coincidência, algo o levava até ali, algo que a englobava. Sentiu-se estremecer com o medo das ameaças de Patrick terem fundamento. Mas porque é que aquele homem a tinha ajudado se a sua missão era aterrorizá-la? Qual seria o plano? Sentiu-se sufocar em medo e angústia e antes que começasse a reviver os momentos claustrofóbicos que a tinham subjugado de encontro a uma parede fria de uma casa de banho, agarrou o braço de Jost esmagando-o com a força com que as suas mãos se fechavam à volta dele.

- O que é que foi?! – perguntou Jost depois de soltar um interjeição de espanto pelo modo como Gabi se apoderava do seu braço.
- Aquele homem está a seguir-nos… - disse Gabi sem desviar o olhar do segurança que Jost tinha contratado para a proteger.
- Porque é que dizes isso??? – perguntou Jost espantado com a destreza dela. Era o primeiro dia em que o segurança seguia Gabi e ela já tinha percebido tudo o que se estava a passar. Bill não ia gostar de saber que antes de ter tempo de falar com ela sobre o assunto Gabi já se tinha apercebido do que se passava.
- Ele não tira os olhos da Nat e do Patrick… Mas de vez em quando olha para nós como se estivesse a controlar tudo o que se passa…
- Depois do que se passou à bocado é natural que ele esteja curioso… Não deve ser nada… Só curiosidade… -
disse Jost tentando evitar aquele assunto.

- Não reparaste na rapidez com que ele saltou em meu auxilio??? – disse Gabi certa de que as suas teorias da conspiração tinham fundamento.
- Ele deve ser lutador de boxe ou segurança… Já viste o caparro dele? Deve estar habituado a lidar com situações deste género, só quis ajudar…

- Jost… -
disse Gabi assustada, virando-se de frente para ele olhando-o fundo nos olhos - … E se for um capanga do Mercier???

- Estás assustada? –
perguntou Jost vendo uma pontada de pânico no olhar e na expressão corporal de Gabi.
- Muito…
- Ninguém te vai fazer mal… Eu não deixo… -
disse Jost abraçando Gabi.
- Mas e se ele se virar contra nós? Se ele nos quiser fazer mal? – questionou-se Gabi tentando controlar a dor que assaltava o seu peito – Jost… Eu sinto-me observada…
- Nunca te vi tão assustada… -
comentou Jost espantado com o modo como sentia o corpo dela estremecer – Não precisas ficar assim… Ele não nos vai fazer mal… Eu não deixo… E o Bill muito menos…
- O Bill não está aqui… E mesmo que estivesse, eu não sei se vocês os dois juntos chegavam para ele!

- Não precisas ter medo… -
disse Jost afastando-a ligeiramente do seu corpo para a olhar nos olhos – Está tudo bem…
- Eu sinto que não está!!! O meu sexto sentido diz-me que aquele homem está ali para nos vigiar… Eu tenho a certeza Jost… Acredita em mim…
- Eu acredito… -
confessou Jost percebendo que a amiga estava realmente transtornada e assustada com tudo o que se estava a passar.
- Então também reparaste??? – perguntou Gabi sentindo o seu pânico ser alimentado pelas palavras de Jost.
- Sim… E há uma razão para sentires que ele te tem debaixo de olho… Mas vamos esperar para falar nesse assunto, está bem? – pediu Jost de forma meiga – Talvez fosse melhor falarmos disto quando estivermos com o Bill…
- Com o Bill?!
estranhou Gabi. Será que Bill tinha colocado um segurança atrás de si? Será que aquele homem não era um enviado do seu inimigo, mas sim do seu amor? Estaria ali para a proteger e não aterrorizar?
- Sim…

- Vamos embora??? –
propôs Nathalie aproximando-se do banco onde Gabi e Jost se encontravam sentados, sem que nenhum dos dois desse conta disso – Já fiz tudo o que tinha a fazer aqui…
- Aleluia!!! Estava a ver que nunca mais… -
disse Jost levantando-se num pulo, cortando por completo a conversa que estava a ter com Gabi.
- Agora só quero festejar e contar a novidade a toda a gente… Vamos??? – voltou a indagar Nathalie estendendo ambas as mãos a Gabi para que ela se levantasse do banco e se sentisse apoiada.
- Vamos! – disse Jost procurando a chave do carro no bolso das calças – Vou indo à frente para ir buscar o carro… Não saiam do tribunal até eu chegar…
- Ok… -
disse Nathalie ao mesmo tempo que acarinhava a amiga com uma festa sobre os seus cabelos.

Nathalie esperou que Jost se distanciasse de ambas e abraçou Gabi com força. Precisava de forças para encarar o seu futuro e a conversa que tinha acabado de ter com Patrick. Precisava de passar toda a força que ainda restava no seu interior a Gabi para que ela sentisse que não estava sozinha na luta contra os demónios do seu passado recente.

- Como é que correu a conversa? – perguntou Gabi soltando-se dos braços da amiga para se aperceber que estava muito perto do segurança que agora era alvo da sua curiosidade.
- Foi complicada… - disse Nathalie percebendo que o olhar de Gabi recaia insistentemente sobre o homem que a tinha procurado ajudar quando ela se tinha envolvido com Patrick – Terra para Gabi… - disse Nathalie a sorrir ao perceber que a amiga estava distraída.
- Desculpa… - disse Gabi sentindo-se mal naquele lugar – Vamos andando para a porta do tribunal?
- Claro… -
disse Nathalie dando o braço a Gabi para se encaminharem para a porta.

- E então… Como correu a conversa? – voltou a perguntar Gabi.
- Estás mesmo aluada… Correu mais ou menos… Ele perdeu a confiança que tinha em mim… É difícil tentar meter-lhe algum juízo na cabeça… - disse Nathalie suspirando - … E ao que parece o Mercier despediu-o…
- A sério??? Porquê??? –
perguntou Gabi intrigada e espantada com a novidade.
- Parece que o Patrick estava a ser usado pelo Mercier para me atingir a mim e ao Bill… Uma vez que ele perdeu a custódia do Erik para os meus pais… Já não lhe vale de muito… A vingança do Patrick aliada ao Mercier acabou por aqui… Agora é esperar pelo que se segue… - disse Nathalie entristecida, parando à porta do tribunal para esperar por Jost tal como tinha prometido – … Mas e tu? Como é que estás?
- Confusa… Perdida… Sem saber o que pensar e que desculpa vou inventar para explicar ao Bill que ataquei o Patrick…
- Diz-lhe que sentiste os teus instintos mais primários e selvagens tomarem conta de ti e que ficaste com um desejo incontrolável de saltar para cima dele… -
disse Nathalie a rir – O Bill é homem… Vai-se perder nas palavras: instintos primários e selvagens e desejo incontrolável e vais ver que se esquece do resto…
- Hmmm… Boa ideia! –
disse Gabi a rir da sugestão da amiga.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


A festa já ia longa. Nathalie, Jost e Gabi tinham prometido seguirem directos do tribunal para o apartamento dos gémeos em Berlin assim que a audiência terminasse para festejarem num jantar entre amigos a vitória da custódia de Erik. A eles juntavam-se Andreas, Nova, Gustav, Georg e Emily. Mas a noite tinha-se revelado ainda mais feliz do que julgavam ser possível, havia mais razões para celebrar. Assim que o jantar tinha terminado, Jost tinha recebido uma mensagem de Dunja dando a conhecer o seu novo rebento através de uma fotografia. Dunja tinha sido mãe naquele mesmo dia, um dia memorável para muita gente, um dia que tinha razões mais que suficientes para ser celebrado.

- Ohhhhh… - exclamou Emily derretendo-se no seu instinto maternal ao ver a fotografia do mais pequeno elemento da crew dos Tokio Hotel – Ser mãe deve ser a experiência mais bonita do mundo…
- Hmmm… Então que me dizes de sermos nós os próximos a termos um filho? Tu e euEu e tu… -
disse Tom fazendo olhinhos a Emily em clara provocação.
- TOM!!! Menos… – disse Georg abraçando-se a Emily com medo que Tom fizesse das suas.
- A miúda quer ser mãe Ge… Se tu não tens o que é preciso para tornar o sonho dela realidade, deixa comigo… Eu faço-te esse favor em nome da nossa amizade… - disse Tom com um sorriso malandro nos lábios – Eu faço o filho e tu cria-lo…
- MUITO menos Tom!!! –
disse Georg por entre o riso dos amigos de ambos que se juntavam na sala de casa dos Kaulitz.

- E quem é que compra o viagra para o Tom poder procriar à vontade? O pai biológico ou o de criação? – perguntou Gustav para provocar Tom e a recente noticia da sua overdose de Viagra que corria os quatro cantos do mundo.
- Boa Gus!!! – disse Georg contente, chocando a sua mão direita com uma mão de Gustav em clara celebração da boca que o seu amigo tinha mandado a Tom.
- Não percebo essas tuas boquinhas Gus… Sabes muito bem que nunca usei dessas coisas contigo e as nossas noites nunca foram menos orgásmicas e escaldantes… - disse Tom aproximando-se de Gustav para tentar sentar-se ao colo dele de forma provocadora, acabando por ser escorraçado por Gustav Aiiii… Que agressivo amor…. Esta noite promete!!! Adoro quando estás assim… Uma fera!!! – disse Tom por entre o riso de toda a gente.
- Deves estar a confundir-me com alguém… - disse Gustav sacudindo Tom do seu colo.

- Bill… - chamou Jost por entre a confusão criada na sala – Posso falar contigo…
- Claro… Ajudas-me a levar os pratos para a cozinha? –
perguntou Bill que começava a pegar na loiça que estava na mesa para a levar para a cozinha, enquanto os outros se iam distraindo na sala.
- Sim… - disse Jost pegando em alguns pratos que estavam em cima da mesa, empilhando-os para seguir Bill até à cozinha e pousar tudo em cima da bancada que parecia ter sido alvo da terceira Guerra Mundial – Já falaste com a Gabi?
- Sobre?
– perguntou Bill distraído à procura do maço de cigarros que tinha a certeza ter deixado algures em cima da mesa da cozinha e que agora não encontrava em lado nenhum - … Viste o meu tabaco?
- Não… -
disse Jost percebendo que Bill ainda não sabia de nada – Sobre o segurança que contratámos para andar de olho nela…
- Não… –
perguntou Bill levantando um saco que estava em cima da mesa e que revelava o seu maço Ahhhh… Está aqui… - disse Bill abrindo o maço, retirando do seu interior um cigarro, voltando a colocar o maço em cima da mesa e procurando um fósforo para acender o cigarro que mantinha preso entre os lábios perguntou – Vou falar com ela esta noite… Queria falar com ela pessoalmente… Porquê?
- Ela já sabe… Quer dizer… Pelo menos desconfia…

- Foda-se Jost… -
disse Bill chateado com aquela situação, ao mesmo tempo que abria a janela da cozinha para fumar mais à vontade – Não tínhamos combinado que primeiro eu falava com ela??? Que merda!!!
- Eu sei... Mas eu não tenho culpa… Houve um problema no tribunal e ele teve de intervir e a Gabi não é parva… Ela percebeu que alguma coisa estava errada e que o homem estava ali para a vigiar… -
disse Jost desculpabilizando-se pelo que tinha acontecido – Aliás, ela pensava que ele estava lá a mando do Mercier e que nos estava a vigiar a todos e começou a ficar em pânico e eu tive de a tranquilizar…
- Foda-se Jost… Era só mais um bocadinho… E agora? –
perguntou Bill dando um longo bafo no seu cigarro ao mesmo tempo que levava uma mão à cabeça pensando naquilo que ia fazer para que Gabi não pensasse que ele lhe estava a tentar esconder alguma coisa. Não podia perder a confiança de Gabi novamente.
- Eu não falei muito no assunto, depois entretanto chegou a Nat e viemos embora… Só a tranquilizei e disse que depois falávamos nesse assunto quando estivéssemos contigo!
- Bela merda mesmo assim… -
disse Bill suspirando fundo – Fogo… Primeiro dia em que o homem começa a trabalhar e ela já o topou?!
- Ela não é parva… E com a confusão toda que houve, estava na cara que ele estava ali para a proteger… Até eu fui desleixado em relação a ele e devo ter dado muita cana…
- Que confusão?!
perguntou Bill levantando a sobrancelha direita, só processando naquele momento que já era a segunda vez que Jost falava em algo que se tinha passado no tribunal e do qual aparentemente nenhum dos três tinham mencionado ao jantar.

- Tu não falaste mesmo com a Gabi, pois não? – perguntou Jost estranhando.
- Sobre coisas pessoais não… Vocês chegaram… Fomos jantar… Acabámos de jantar, recebemos a notícia da Dunj… E agora estou aqui contigo… Ainda não tive tempo de estar a sós com ela… Porquê? - disse Bill enquanto fumava o seu cigarro, resumindo os acontecimentos da noite.
- A Gabi hoje resolveu armar-se em heroína…
- Hã?!?
disse Bill sem perceber aquilo que Jost queria dizer.
- Quando a audiência acabou o Patrick saiu cá para fora a mandar vir com a Nat e ela do nada foi a correr atrás dele, quando ele já se estava a ir embora, e…
- E…???
perguntou Bill sem perceber aquela atitude de Gabi e onde Jost queria chegar com aquele e enigmático.
- … Bateu-lhe!

- Estás a gozar??? –
disse Bill abrindo a boca em forma de espanto – A Gabi foi atrás do Patrick para lhe bater???
- E não foi pouco… -
disse Jost abanando a cabeça de forma afirmativa para confirmar aquilo que Bill dizia – Espero que nunca te chateies com ela… Ela sabe defender-se… A história dela ser maria rapaz é mesmo verdade! Os irmãos ensinaram-lhe a defender-se… E bem!!!
- Porque é que ela fez isso??? –
perguntou Bill espantado e ignorando a piada do seu manager e amigo.
- Não percebi… Ao inicio ela disse que não tinha sido por nada, mas como deves imaginar essa não pegou… Depois acabou por dizer que a Nat era como uma irmã para ela e que se sentia na obrigação de vingar as coisas que ele já lhe tinha feito… Pelo menos foi isso que eu percebi da conversa… - disse Jost de forma confusa.
- Que estranho… - disse Bill terminando o seu cigarro, jogando-o pela janela fora – Tenho de falar com ela…
- Ela estava mesmo em pânico… Parecia que tinha uma raiva e uma revolta dentro dela como eu nunca lhe tinha visto… -
acrescentou Jost – E depois claro… O Patrick tentou virar-se contra ela e foi nessa altura que o segurança apareceu e levou-a dali para fora com a ajuda da Nat… Depois a Nat quis ficar a conversar com o Patrick e eu pedi ao segurança para se manter por perto e de olho neles…
- Que história!!! –
disse Bill confuso com tudo o que tinha acontecido e não tinha sido contado ao jantar. Porque é que eles os três tinham escondido aquela história dos seus amigos mais próximos?
- Pois…

- Agora que me ponho a pensar… -
disse Bill expressando o seu pensamento em voz alta – Ela parece mais triste que o habitual hoje…
- Logo hoje que era suposto ser um dia para celebrar… -
acrescentou Jost achando estranha aquela situação toda.
- Tenho mesmo de falar com ela…

Jost preparava-se para encorajar Bill a fazê-lo, nem que fosse para matar a curiosidade de ambos sobre o que realmente se tinha passado para Gabi agir de forma tão violenta, quando as meninas entraram pela cozinha adentro carregando parte da loiça que ainda estava na sala para ajudar.

- Eles ainda estão a discutir a paternidade dos futuros filhos da Em e do Ge… Viemos refugiar-nos na cozinha com os únicos homens desta casa que têm juízo! – disse Nathalie com um sorriso feliz e amistoso nos lábios.
- Fizeram bem… - disse Bill de forma quase automática, observando Gabi minuciosamente à procura de sintomas de que algo estava mal – Desculpa Em… O meu irmão não tem mesmo juízo…
- Já estou habituada! –
disse ela sorrindo de forma tímida.
- Se fosse só o Tom!!! - disse Nathalie a rir – Agora o Andi também já está a dizer que é bem mais homem que eles todos juntos… Enfim… Gostam muito de falar, mas depois na hora não se vê nada!!!
- Eh Láááá… Alguma coisa que queiras partilhar Nat? –
perguntou Jost curioso com o comentário assertivo Nathalie.
- Não é isso… - disse Nathalie sem saber como se desenvencilhar do que tinha dito sem segundas intenções – Só estou a dizer que eles têm muita garganta, mas se qualquer um deles tivesse um filho neste momento ficavam em pânico com as responsabilidades e dores de cabeça que dá!
- É verdade! –
disse Bill estendendo uma mão a Gabi para que ela se aproximasse dele, abraçando-a pela cintura olhando-a fundo nos olhos percebendo que ela não estava bem.

- Já estes dois… - disse Nathalie fingindo um ataque de tosse por entre uma troca de sorrisos cúmplices com Bill.
- Estes dois tinham uma equipa de futebol e não paravam por aí… - disse Jost sorrindo ao ver Bill e Gabi abraçados e apaixonados – Como eu e a Nova… - disse Jost encaminhando-se até à sua noiva para a beijar e abraçar de forma dominante.
- Hmmm… Acho que estamos aqui a mais Nat… - comentou Emily a rir.
- Eu tenho a certeza… - disse Nathalie pegando no braço de Emily para sair da cozinha de forma sorrateira.

- Amo-te… - sussurrou Bill ao ouvido de Gabi sendo abraçado com força e desejo – Muito… - acrescentou Bill depositando um beijo doce e apaixonado no pescoço sensível de Gabi.
- E eu amo-te a ti… - disse Gabi enterrando a cabeça no peito de Bill, retirando do abraço dele forças para viver e ser feliz – Apetecia-me ficar nos teus braços para sempre…
- Ainda bem… Porque eu quero que fiques… -
disse Bill passando uma mão sobre os cabelos de Gabi, acariciando a face dela com os seus polegares.
- … Para sempre?
- E mais um dia se for possível… -
disse Bill beijando os lábios dela de forma terna e muito apaixonada.
- E mais uma eternidade se possível… - disse Gabi suspirando, agarrando-se ao tronco dele com uma força revitalizada. Só Bill era capaz de a fazer ver uma luz nos seus dias mais sombrios, só ele era capaz de lhe dar força e vontade de viver – Amo-te tanto…

- Eu sei que tinhas combinado ir dormir a casa da Nat para lhe fazer companhia, mas fica comigo esta noite… -
pediu Bill levando os seus lábios ao pescoço dela para sugar parte da sua essência – Quero falar contigo… Estar contigo… Sinto falta de ti… Preciso dos teus beijos…
- É tão bom saber que me queres tanto quanto eu te quero a ti… Só estava à esperes que pedisses… -
disse Gabi abraçando Bill pelos seus ombros para o beijar de forma sentida e enamorada.
- Então ficas comigo?
- Sim… Para sempre… -
disse Gabi voltando a beijar os lábios de Bill, sentindo uma mão dele acariciar a sua cabeça e outra as suas costas de forma vigorante. Só se conseguia imaginar com ele. Só se conseguia sentir realmente bem e feliz quando estava nos braços dele.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeSeg Jul 18, 2011 12:01 am

Jost não é bobo, ele sente que a Gabi esta escondendo alguma coisa e não é boa e acho que agora é que ela vai entregar os pontos pro Bill. A Gabi já sacou tudo sobre o guarda costa que o Bill colocou em cima dela. KKKKKKKK' Tom sempre Tom e sempre sobra alguma pro Gustav e a Em KKKKKKKKKK' Tinha que ser o Tom mesmo (:
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeTer Jul 19, 2011 8:52 pm

CAtAriNaAaaAAa \o/ \o/ \o/

Pois.... O Jost de bobo n tem nada...... Mas a Gabi também não..... A Gabi já sacou tudo e o Jost só não sacou pk n sabe o k akonteceu kom a Gabi senão juntava 1 + 1 e xegava lá.... Evil or Very Mad Evil or Very Mad Evil or Very Mad
LolOlolOL Tom tem sempre de dar um ar da sua graça, né??? haha




* * * KiSsEsSsSs * * *





\o/ PuBLic ServiCe AnNouNceMEnt \o/

Serve o presente PSA para anunciar que a minha pessoa vai estar de férias de 1 a 15 de Agosto e nesse tempo não haverá fic.... *.* Em Setembro também irei uns diasinhos de férias mas depois mais próximo da altura aviso... Assim sendo o último capitulo postado será na noite de 31 de Julho... e depois é melhor só contarem comigo na noite de 16!!!
Até lá.... Kampfemosssssssssssss \o/






138

[FF] - Kampf der Liebe - Página 15 138eg

A noite já ia longa e os convidados já se tinham retirado. Tom, Bill e Gabi tinham concordado em lavar e limpar tudo o que tinha a ver com a cozinha naquela noite para que na manhã seguinte não acordassem para uma cozinha virada do avesso. Terminadas as limpezas, Bill e Gabi abraçavam-se e beijavam-se como o casal apaixonado que eram. Tom sentia-se feliz por ver o seu gémeo nos braços da mulher que amava. Há muito tempo que não sentia o coração de Bill tão tranquilo e suavizado. Estava claramente a mais naquela cozinha, precisava de arranjar uma maneira de deixar o casalinho a sós para que dessem asas ao amor que sentiam um pelo outro.

- Bem… Vou indo para a cama… - disse Tom abrindo a boca de forma sonora – A vossa companhia é encantadora, mas a minha cama chama por mim e eu não sou rapaz de recusar um convite de ir para a cama, vocês sabem disso!! – e fazendo olhinhos a Gabi que abraçada a Bill se ria com as parvoíces que ele dizia acrescentou - Gabi… Se quiseres…
- Claro que quero Tom… -
disse Gabi com um sorriso bem rasgado – Vai andando que eu já lá vou ter…
- Hmmm… Esta noite promete!!! –
disse Tom esfregando as mãos uma na outra vendo Bill abanar a cabeça da esquerda para a direita rindo-se dele – Fico à tua espera… Boa noite Bill… Não esperes por ela acordado…
- Boa noite Tom… Não esperes por ela acordado… -
respondeu Bill a rir, dando um pontapé no rabo de Tom a medida que este se virava para ir para o seu quarto.
- Eu também te adoro! - disse Tom saindo da cozinha.

- O teu irmão tem piada quando quer… - disse Gabi a rir vendo Tom sair da cozinha – Se não existisse tinha de ser inventado!
- Concordo… A minha vida sem ele não seria a mesma coisa… -
disse Bill puxando o corpo de Gabi para mais perto do seu, como se a quisesse anexar a si – Não te teria nos braços agora…
- Talvez tivesses… Eu não consigo estar afastada de ti… -
disse Gabi beijando Bill de forma empenhada e apaixonada. Queria que ele sentisse que ela o amava como nunca tinha amado outro homem na sua vida e que não estava disposta a viver sem os seus lábios.

- Hmmmmm…. Os teus beijos…. – murmurou Bill de olhos fechados e deleitado com o sabor dos lábios de Gabi e a forma como ela o beijava e transmitia um amor forte e duradouro – … E quando é que a mulher da minha vida quer ir para a cama? – perguntou Bill de forma discreta para não parecer que queria forçar nada.
- Quando o homem da minha vida quiser…
- Então…. –
disse Bill entrelaçando os dedos na mão esquerda de Gabi – Acho que está na hora de nos retirarmos…
- Parece-me bem…


Bill levou Gabi até ao seu quarto e fechou a porta para lhes conferir alguma privacidade. Gabi lembrou-se que tinha deixado a pequena mala de viagem que tinha trazido com o seu pijama e produtos de higiene pessoal no escritório e tentou abandonar o quarto para os ir buscar mas Bill insistiu que gostava que ela dormisse com roupa dele e que tudo o que ela precisava estava ali mesmo, não precisava de sair daquele quarto. Gabi sorriu e abraçou Bill beijando-o de forma apaixonada. Sem dúvida que tudo o que precisava e desejava estava no interior daquele quarto.

- Fico contente que estejas aqui… - disse Bill sorrindo de forma rasgada e feliz enquanto revirava uma gaveta da cómoda onde costumava guardar os pijamas para escolher um para Gabi.
- Eu também…

- Gostas deste? –
perguntou Bill mostrando um pijama a ela.
- Gosto, mas uma t-shirt chega… - disse Gabi sentando-se na cama dele observando-o remexer a gaveta – Se tiveres uma t-shirt larga que não costumes usar, chega e sobra para mim!
- Tens a certeza que só queres uma t-shirt?
perguntou Bill levantando a sobrancelha direita – Não quero que depois tenhas frio durante a noite…
- Só terei frio se tu não me aqueceres… -
disse Gabi de forma inocente mas com o intuito de provocar Bill.
- Okkkk… Saí uma t-shirt... – disse Bill imitando um empregado de mesa que fazia o seu pedido à cozinha do restaurante. Sentiu-se aquecer com o comentário dela ao mesmo tempo que fechava a gaveta dos pijamas e se encaminhava para um armário que tinha algumas t-shirts e em forma de desabafo acrescentou – Ainda bem que eu não tenho t-shirts largas…
- Nem umazinha???
perguntou Gabi a rir com o ar abrasado de Bill.
- Se tiver, neste momento é bom que esteja em Hamburg ou vou ter de a deitar para o lixo e fingir que ela nunca existiu…

Gabi riu-se e achou querida a forma como ele a desejava ver o mais desnudada possível. Começou por tirar os sapatos de salto alto que maceravam os seus pés desde o inicio da tarde, enquanto Bill escolhia uma t-shirt para si, e colocou-os num cantinho do quarto. Tirou o colar, as pulseiras e os brincos e colocou tudo em cima da mesa-de-cabeceira que estava mais vazia, percebendo que o outro lado era o preferido de Bill.

- Alguma vez te disse que adoro dormir só de boxers? – perguntou Bill estendendo a Gabi uma t-shirt que não lhe ficava demasiado justa para que ela se pudesse sentir à vontade.
- Não… - disse Gabi sorrindo ao perceber onde Bill queria chegar com aquela conversa.
- É que adoro dormir só de boxers… - disse Bill por entre um sorriso maroto abraçando-se ao corpo dela.
- E depois não tens frio? – perguntou Gabi para o picar.
- Acho que tenho calor suficiente no corpo para nos aquecer aos dois… - disse ele beijando-a de forma lânguida.
- Não tenho dúvidas disso… - disse Gabi suspirando – E se não tiveres… Eu sei de uma maneira perfeita para nos aquecermos…
- Hmmm… Então do que é que estamos à espera para ir para a cama? –
perguntou Bill sentindo-se irremediavelmente preso ao corpo dela, desejando que aquela fosse a noite em que ela seria finalmente sua.
- Que estejas de boxers e que eu vista a tua t-shirt
- Faça o favor… - disse Bill beijando os lábios de Gabi e afastando-se dela fazendo-lhe uma vénia teatral.

Gabi riu-se e pousando a t-shirt sobre a cama, começou por desabotoar as calças que trazia vestidas percebendo que Bill seguia todos os seus gestos com o olhar à medida que também ele começava a despir a t-shirt que trazia vestida. O corpo de Bill era magro e esculpido pela arte que se fazia desenhar nele. Um corpo que a atraía bastante, um corpo que a fazia desejá-lo ainda mais. Mas para Bill, o corpo de Gabi não se deixava ficar atrás. Vê-la despir-se no seu quarto, observando a forma delicada e sensual como ela tirava as calças e as pousava sobre uma cadeira deixava-o ainda mais afogueado com a noite que sonhava ter nos braços dela. Começou a desabotoar as calças de ganga que trazia vestidas e viu-a despir o top que tinha sobre o corpo, parando para observar a forma como ela o fazia. Estava hipnotizado pela feminilidade dela e por aquele corpo que parecia chamar por si com a força de um íman. Tudo o que desejava era passar as suas mãos sobre as curvas de Gabi e beijar cada centímetro da sua pele. Voltou ao seu mundo quando percebeu que Gabi estava a olhar para si a rir do seu ar aluado e sentiu-se corar ligeiramente, decidindo continuar a tirar as calças ficando só de boxers tal como tinha prometido. Puxou a colcha da cama para trás e abriu a cama, enfiando-se nela, à medida que via Gabi vestir a t-shirt que ele lhe tinha dado e retirar por debaixo dela o soutien que trazia vestido, juntando-o ao resto da sua roupa que estava sobre a cadeira. Os seus olhos ficaram fixos no soutien sensual e de extremo bom gosto que Gabi tinha acabado de despir e pousado sobre a cadeira enquanto ela também entrava para dentro da cama.

- Tens muito bom gosto em lingerie… - disse Bill de forma automática.
- Obrigada… - disse Gabi a rir do ar aluado de Bill colocando a sua cabeça sobre o peito dele abraçando-o com força – Espero que isso não signifique que não tenho bom gosto no resto da roupa… - acrescentou para gozar com ele.
- Não… Claro que não… Não foi isso que eu quis dizer… - disse Bill muito atrapalhado.
- Eu sei tontinho! – disse Gabi a rir do ar de pânico dele, abraçando-o pelo pescoço para o beijar de forma lenta e demorada, sentindo cada recanto dos seus lábios com a ajuda da sua língua, sentindo-se cada vez mais perto do céu ao sentir o toque da língua dele e daquele piercing que a adornava e completava.
- O teu bom gosto é infinito e ilimitado…
- Até para homens… -
disse Gabi piscando o olho a Bill sendo atacado pelos lábios dele e pelas suas mãos fortes que seguravam e acariciavam a sua face.
- Principalmente para homens…

Aproveitou os lábios de Bill e o toque sedoso das suas mãos que a acariciavam de forma meiga e concentrada e imaginou que ele fosse um amante generoso e competente. A forma como as mãos dele a acariciavam diziam muito sobre a dedicação e afecto com que ele seria capaz de fazer amor consigo. Separou-se dos lábios dele e suspirou de forma profunda, sentida e apaixonada, despoletando em Bill um sorriso divertido e sensual e um beijo ao de leve na ponta do seu nariz. Gabi sorriu e abraçou-se novamente ao corpo dele, enterrando a sua cabeça sobre o seu peito magro, brincando com o piercing que ele tinha no mamilo. Bill abraçou o corpo dela contra o seu e com uma mão empenhou-se em acariciar a nuca de Gabi, provocando-lhe inúmeros arrepios.

- Eu sei que talvez não seja boa altura para falar nisto, mas… - começou Bill por dizer.
- Diz… - disse Gabi entretida com a argola que adornava o mamilo dele.
- O Jost disse-me que tu bateste no Patrick…

Gabi fechou os olhos e inspirou fundo. Era chegada a hora da conversa que tinha procurado evitar desde que tinha chegado a casa dos gémeos. Claro que Jost tinha de contar a Bill o que tinha acontecido em tribunal, estranho seria se não o fizesse, mas Gabi esperava poder falar com Bill num momento em que os ânimos estivessem menos acelerados pela proximidade e desejo que sentia fervilharem no seu interior. Parou de brincar com o piercing de Bill e abraçou-o, ajeitando a sua cabeça sobre o peito dele, fingindo não dar importância à conversa.

- Sim … Não gostei da forma arrogante como ele tratou a Nat…
- Não é que eu goste do Patrick… Mas daí a bater nele só por ele ter sido arrogante com a Nat… -
disse Bill de forma cuidadosa sem nunca parar de acariciar os cabelos de Gabi.
- Não me controlei…
- Porquê? Eu já te conheço suficientemente bem para saber que tu és uma pessoa racional que sabe perfeitamente o que faz e o que diz… Nunca te vi ser impulsiva em relação a nada…

- Eu sei ser impulsiva!!! –
disse Gabi levantando a cabeça do peito dele para o olhar nos olhos.
- Sabes?! Então diz-me: quando é que foi a última vez que cometeste uma loucura e foste impulsiva em relação a alguma coisa? …Última vez que fizeste alguma coisa sem pensar duas vezes naquilo que fazias?
- Hoje no tribunal… Garanto-te que não pensei no que estava a fazer, porque se tivesse pensado tinha feito pior… -
disse Gabi sentindo raiva de tudo aquilo que Patrick representava para si – … Não fui com a cara dele…
- Tu não és assim… -
disse Bill segurando na face dela com ambas as mãos acariciando-a com os seus polegares – Tu não tens esse ódio e maldade dentro de ti para seres vingativa e rancorosa… Tens um coração que vale ouro…
- O meu coração já teve melhores dias… -
disse Gabi suspirando e evitando olhar para a profundidade com que Bill a olhava.

Bill sentiu que o olhar de Gabi se enchia de uma dor e mágoa que nunca antes tinha visto nela. O que se teria passado para que ela ficasse tão sensível com aquele assunto? Puxou os lábios dela até aos seus e de forma doce conferindo-lhe segurança e afecto através de um beijo longo e afectuoso.

- Porquê? – perguntou Bill em sussurro.
- Porquê, o quê?
- Porque é que o teu coração já teve melhores dias?
- Porque já foi mais forte… -
disse Gabi unindo os seus lábios de forma doce com os de Bill, pensando numa maneira de se ver livre daquela conversa – Tu tem-lo em cativeiro… Enfraqueceste-me os sentidos…
- Então é por uma boa razão… - disse Bill tomando os lábios de Gabi de forma mais astuta, matando parte da fome que sentia em si para a beijar – Prometo tomar bem conta dele… Vou amá-lo e acarinhá-lo para o resto da vida e de quem se tentar aproximar para o roubar de mim…
- O que é que fazes se alguém o fizer? –
perguntou Gabi deitando-se sobre o corpo de Bill para o sentir colado à sua pele .
- O que for preciso! – disse Bill abraçando o corpo de Gabi, introduzindo uma das suas mãos por debaixo da t-shirt dela para acariciar as suas costas quentes e macias – Sou capaz de tudo para te proteger… Sou capaz de tudo para estar contigo… Se alguém se meter entre nós, eu juro que viro uma fera… Ninguém te toca com um dedo que seja ou é um homem morto… Tu és minha!!!

Gabi não foi capaz de bloquear os seus pensamentos. Pela sua cabeça passavam imagens de Patrick subjugando-a de encontro à casa de banho onde a tinha intimidado física e mentalmente. Será que algum dia ia ser capaz de se esquecer dessas imagens? Será que algum dia ia ser capaz de seguir em frente com a sua vida de forma natural? Porque é que se tinha de lembrar de algo tão doloroso? Sentiu o seu corpo contorcer-se na emoção de relembrar algo tão penoso e saiu de cima de Bill de forma automática, mostrando a clara desaprovação por aquilo que Bill tinha acabado de dizer. Mas não eram as palavras dele que a feriam, eram as memórias de um dia que preferia nunca ter vivido. Um dia sobre o qual Bill não tinha conhecimento. Um dia que seria para sempre o seu segredo mais bem guardado.

- Disse alguma coisa que não devia?! – perguntou Bill sem perceber o que tinha dito para incomodar Gabi daquela forma.
- Não… - disse Gabi sentando-se na cama pedindo mentalmente para que as suas crises existenciais procurassem refúgio num sítio longínquo e a deixassem em paz.
- …É por causa do segurança? – perguntou Bill sentando-se direito na cama olhando para ela preocupado e com medo que ela se tivesse lembrado que ele lhe tinha ocultado o facto de ter colocado um segurança privado a olhar por si – Eu queria ter-te contado! Juro que queria!!! Eu disse ao Jost que queria falar contigo… Não te quero esconder nada… Prometi-te que nunca mais te mentia ou ocultava fosse o que fosse e faço questão de cumprir com a minha palavra… Eu ia-te contar hoje… Queria falar contigo pessoalmente, mas não deu tempo…

- Então foste tu que o contrataste? –
perguntou Gabi olhando para ele de forma sentida, ao mesmo tempo que os seus olhos se enchiam de lágrimas por Bill se manter tão inocente em relação àquilo que lhe tinha acontecido.
- Sim… - disse Bill sentindo o seu coração esmorecer com os olhos aguados da mulher que amava – Outro dia falei com a Nicky e ela disse-me que o Mercier tinha andado a inquirir os empregados sobre a nossa última estadia em LA e que tinha descoberto que nós andávamos… - e vendo as lágrimas começarem a escorrer do rosto de Gabi pegou na sua face com ambas as mãos e acrescentou – Desculpa ter feito tudo nas tuas costas mas… Se eu sei que aquele animal se aproxima de ti com um dedo que seja… Eu juro que o mato com as minhas próprias mãos… Sou capaz de tudo por ti e pela tua segurança… O Jost sugeriu que contratássemos um segurança e na altura pareceu-me a solução mais fácil… Nós não podemos ser vistos juntos, eu não te posso proteger, e assim sempre tens alguém que olhe por ti… Estás zangada comigo? – perguntou Bill limpando as lágrimas que não paravam de escorrer dos olhos de Gabi – Diz-me que não… Eu juro que te queria contar tudo… Ele só começou a trabalhar hoje… Não pensei que o fosses descobrir e que precisasses da ajuda dele, mas… - disse Bill sem saber o que dizer ou fazer para que ela cessasse as lágrimas e a dor que via espelhada nos olhos dela - Gabi…. Fala comigo… Estás magoada comigo? Amor… Porque é que estás a chorar?

Gabi olhou-o nos olhos e sentiu todo o amor e preocupação de Bill tomarem conta de si de forma vigorosa. Queria cessar as lágrimas mas a ideia de mentir a Bill quando ele confiava de forma tão pura em si, doía de forma excruciante. Estava sentida com o modo como Bill confiava em si cegamente e estava disposto a cumprir com a sua palavra de manter a relação deles o mais sincera possível. Como é que seria capaz de viver ao lado de um homem que confiava em si daquela forma, se não podia retribuir a sinceridade e a confiança que ele lhe depositava? Pegou nas mãos de Bill e fechando os olhos, como se isso levasse a dor embora, beijou as mãos dele de forma ternurenta. Abriu os olhos e percebeu-o confuso a olhar para si. Como é que lhe ia explicar que a sua dor em nada provinha das atitudes dele? Como é que lhe ia explicar que o segurança não era somente uma precaução, mas uma necessidade? Como é que lhe ia explicar que desejava que ele o tivesse feito mais cedo? Sentiu um turbilhão de pensamentos ocuparem a sua mente e sentiu-se mais forte e firme na sua decisão de continuar a esconder tudo o que se tinha passado consigo. Era uma forma de o proteger. Não seria propriamente uma prova de amor da sua parte, principalmente quando tinham concordado em contar sempre a verdade um ao outro a todo o custo, e sobretudo quando ela o tinha castigado de forma tão dolorosa quando ele lhe tinha mentido sobre a sua relação com Nicky Fuller, mas valia a pena guardar em sigilo um segredo tão negro que a consumia de forma tão atroz, em prol da sanidade de Bill. Ele próprio tinha dito que seria capaz de matar Mercier com as suas próprias mãos. Não ia esperar para ver o que aconteceria caso Bill tivesse conhecimento dos actos criminosos que Mercier e Patrick praticavam.

- Amor… - disse Bill suavemente sem saber o que fazer ao vê-la tão sensível às suas palavras – … Estás chateada comigo?
- Com o quê? –
perguntou Gabi acariciando a face dele de forma doce enquanto ele lhe limpava as lágrimas que ainda escorriam sobre o seu rosto – Com o facto de me quereres proteger? Nunca meu amor…
- Eu queria ter-te contado tudo…
- Eu sei… Eu confio em ti e amo-te ainda mais por me quereres proteger e ver em segurança...
- Então porque é que estás a chorar?


Gabi colocou uma mão sobre os lábios de Bill impedindo-o de falar. Estava cansada de falar. Estava farta de ter de mentir e esconder o grito que a consumia por dentro dia após dia. Sentia-se bem com ele, nos braços dele, mas sem falar, sem que ele lhe pedisse explicações. Só queria sentir o amor dele. Era tudo o que mais desejava e precisava para sarar a dor profunda que vivia dentro de si. Levou os seus lábios de forma doce de encontro aos lábios dele e procurou a força que necessitava para superar as lembranças que a aterrorizavam.

- Era incapaz de me chatear contigo… - disse Gabi olhando-o de forma intensa nos olhos – Tu és perfeito e eu amo-te demais para conseguir passar um dia que seja afastada de ti… Não tenho forças para isso…

Abraçou o pescoço de Bill e fechando os olhos, deixou que os lábios dele sarassem a ferida aberta que a consumia e que só conseguia ser esquecida através do amor forte e revitalizante que existia entre eles. Passou uma perna sobre o colo de Bill e sentou-se sobre ele sem nunca largar os seus lábios doces. Sentiu as mãos de Bill abraçarem o seu corpo e acariciarem as suas costas de forma protectora e forte. Sentia-se bem nos braços dele, sentia-se segura e amada. Com ele podia ser livre para amar. Tudo o que desejava era entregar-se àquele homem que lhe tinha provado por diversas vezes que o amor existia e era para sempre. Queria senti-lo como uma mulher completa. Queria ouvir o coração dele pulsar de forma descontrolada e a sua respiração roubar todo o oxigénio que os circundava, na tentativa de se acalmar. Queria entregar-se a ele com todo o amor e carinho que sentia por ele enquanto pessoa, amigo, namorado e amante. Desprendeu-se dos seus lábios com dificuldade e segurando na face dele com ambas as mãos olhou para os seus lábios e para os seus olhos apreciando a beleza dele. Como tinha sido capaz de lhe resistir durante tanto tempo? Viu os lábios de Bill esboçarem um sorriso tímido e sensual e não resistiu em sugar o lábio inferior dele fazendo com que ele exibisse um sorriso bem rasgado que enchia o seu coração de felicidade, simples e pura.

- Tu é que és perfeita… - sussurrou Bill procurando o pescoço dela com os seus lábios e língua para a beijar, sugar e mordiscar de forma sensual, procurando um trilho até à sua orelha esquerda para após a mordiscar acrescentar – Amo-te…

Gabi sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha e por entre um suspiro longo e apaixonado procurou novamente os lábios dele para desta vez beijá-lo com mais empenho e desejo, procurando a língua dele de forma insaciável, deixando ambos sem respiração. Levou as suas mãos ao tronco dele e acariciou-o, sentindo uma mão de Bill entrar dentro da sua t-shirt para sentir a sua pele que ardia pelo desejo de o ter, e outra mão roçar numa das suas pernas puxando-a de encontro a si como se a quisesse ainda mais perto. Gabi sentiu o piercing que adornava o mamilo de Bill e soltando-se dos lábios dele, olhou-o de forma provocadora e levou os seus lábios ao mamilo, beijando-o e brincando com a língua na argola que o ornamentava. Sentiu uma mão de Bill afagar a sua cabeça à medida que o sentia excitar-se em muito com a perícia que ela colocava na sua língua e lábios quando o acariciavam. Sentiu as mãos dele começarem a puxar levemente a sua t-shirt para cima e beijou o peito, ombro, pescoço e lábios de Bill à medida que levantava a sua cabeça e deixava-o tirar a t-shirt que lhe pesava sobre o corpo. Bill retirou a t-shirt de Gabi e sem se importar onde ela ia parar, mandou-a para longe e perdeu-se no olhar sensual dela. Seria possível estar finalmente nos braços da mulher que amava? Porque é que lhe parecia um sonho? Era bom demais para ser realidade. Levou as mãos ao cabelo dela e acariciou-a observando-a fechar os olhos para receber o seu toque. Olhou de forma discreta para o peito pequeno e arrebitado dela e percebeu que ela estava tão dentro do momento como ele. O seu peito não escondia a excitação e o fogo que ia no seu corpo. Deixou que uma das suas mãos deslizassem sobre a face dela e descesse até ao seu pescoço, e não foi capaz de não beijar o pescoço longo e esbelto da sua amada quando a viu incliná-lo para trás, arqueando ligeiramente as costas como se pedisse por aquele toque. Continuou a descer a sua mão pelo corpo dela, passando-a sobre o seu peito, e com desejo puxou o corpo dela de encontro ao seu e beijou-o de forma lenta e demorada, provocando em Gabi uma excitação em muito superior ao que já sentia. Sentiu os braços de Gabi envolverem o seu pescoço e os dedos dela passarem por entre o seu cabelo, provocando-lhe arrepios e não foi capaz de controlar a exaltação em que o seu corpo estava, de forma física e bem visível. Gabi sentiu-o crescer debaixo de si e atacou os seus lábios de forma doce mas intensa, amável mas selvagem, sentida mas devoradora. Aquele beijo confirmava a força e a vontade que ambos sentiam fervilhar há tempo demais nos seus corpos. Precisavam de extinguir o calor que neles se fazia sentir ou não seriam felizes e completos naquela noite. Precisavam-se unir em amor e desejo e completarem aqueles dois corpos que tinham sido anatomicamente criados para se darem em prazer. Gabi soltou-se dos lábios dele e deitando-se ao seu lado puxou-o para cima de si, sentindo finalmente o peso do corpo excitado de Bill roçar-se sobre si ao mesmo tempo que os lábios dele beijavam cada centímetro de pele que tinha a descoberto. Levou as suas mãos às ancas de Bill, e procurando beijar os lábios empolgados dele, deslizou os boxers que apertavam a sua masculinidade para baixo, incentivando-o a tomá-la como há muito desejava. Bill desfez-se dos boxers e saindo momentaneamente de cima de Gabi, abriu a gaveta da sua mesa-de-cabeceira e procurou um preservativo, encontrando para seu espanto uma caixa ainda por abrir que não se lembrava de ter. Começou a abrir a caixa e reparou que nela estava escrito: “Quero ver esta embalagem vazia!” com a caligrafia do seu irmão. Bill esboçou um sorriso e abanou a cabeça da direita para a esquerda sem querer acreditar que Tom tinha feito uma paragem pelo seu quarto antes de ir para a cama para deixar-lhe aquela prenda. Vinha mesmo a calhar. Tirou uma embalagem do interior da caixa e fechando a gaveta voltou a virar-se para Gabi para a ver com as suas cuecas na mão. Mordeu o lábio inferior e voltou a pensar que estava a sonhar. Tinha de estar a sonhar! Pegou nas cuecas que ela tinha na mão e mandou-as para bem longe, sobre o sorriso atrevido de ambos. Voltou a subir sobre o corpo dela para finalmente sentir o corpo de ambos nu e colado. Deixou que Gabi lhe tirasse a embalagem do preservativo das mãos e enquanto ela o rasgava e tirava do seu interior o conteúdo, assaltou os lábios dela com sede de os devorar. Se fosse um sonho, que não acordasse naquele momento. Sentiu as mãos dela procurarem o que de mais sensível se fazia sentir em si e colocar-lhe o preservativo com uma habilidade e timidez que deixavam Bill ainda mais rendido à mulher que amava. Sentiu as mãos dela acariciarem o seu tronco e uma das suas pernas, ladear a sua cintura e percebeu que era chegada a altura de finalmente se unir a ela, de a sentir da forma mais íntima possível entre um homem e uma mulher. Era chegada a altura de provar a si mesmo que nunca antes tinha feito amor com uma mulher, que esta seria a primeira que lhe ia mostrar o que era entregar-se de alma e coração a alguém. Queria aproveitar cada segundo, cada toque, cada cheiro e cada sabor da pele dela e desfrutar da felicidade plena vivida a dois. Apoiou os cotovelos sobre a cama e entranhou as suas mãos nos cabelos dela, olhando-a com profundidade nos seus olhos azuis. Era capaz de se perder na intensidade e imensidão deles. Levou os seus lábios de encontro aos dela e beijou-a de forma doce e lenta, aproveitando cada toque. Aquela seria a primeira de muitas noites vividas a dois, aquela seria a noite que os ia mudar para sempre, que lhes ia ensinar a amar e sentirem-se um só. Separou os seus lábios dos dela e sentiu as mãos de Gabi abraçarem o seu corpo e o olhar dela ansiar pelo momento em que o sentiria no seu interior. Soltou uma das mãos dos cabelos dela e posicionou-se à entrada do corpo da mulher que amava, sem nunca desviar o olhar da imensidão daquele azul que tinha dado uma nova cor à sua vida, e com todo o amor e desejo que sentia queimar no seu interior, deixou-se entrar de forma profunda e lenta dentro dela, observando cada expressão e som que ela emitia. Agora sim, sentia-se completo como homem e ser humano. Agora sim, tinha tudo o que sempre tinha desejado na vida: alguém que amasse verdadeiramente e a quem se pudesse entregar de corpo e alma. Sentiu as mãos dela puxarem os seus lábios e deixou-se ir de encontro aos dela para a beijar de forma hábil, sentindo o desejo aumentar no seu interior. Impulsionou a sua pélvis para fora e voltou a penetrá-la de forma lenta, aproveitando cada toque e cada momento enquanto o fazia. Repetiu este gesto diversas vezes, perdendo noção de onde estavam os seus lábios e as suas mãos. Estava tão empenhado e absorto no momento que tudo o que sentia era um imenso prazer navegar sobre o seu corpo, sem saber ao certo de onde ele provinha, parecia que o prazer já lhe estava inserido no código genético, como se aquela fosse a mulher que com um simples toque o levaria às nuvens. Não conseguia imaginar como seria a experiência de viver um orgasmo nos braços dela, mas em breve faria questão de descobrir. Aumentou o ritmo a que entrava e saia de dentro dela de forma fluida e ouviu a respiração e os gemeres de Gabi aumentarem também e sentiu-se preso aos sons que ela emitia. Faziam-no desejar mais, faziam-no desejá-la mais. Deixou-se levar pela força com que o corpo dela o virava e o subjugava de encontro à cama e sentiu o corpo dela subir sobre o seu, dançando sobre si como se de uma bailarina se tratasse. Levou as mãos ao peito dela e acariciando-a sentindo um imenso calor tomar conta do seu corpo, puxou o tronco dela de encontro ao seu para a beijar de forma meiga mas ao mesmo tempo selvagem, como se procurasse consumir os seus lábios naquela noite. Deixou que as suas mãos acarinhassem as costas e cabelo dela e depositou os lábios no seu ombro direito perfazendo um beijo longo e carinhoso, sentindo-a impulsionar-se sobre o seu corpo de forma mais viva e acelerada, ouvindo através da respiração dela o acréscimo do grau de excitação que ia no seu corpo. Segurou-se ao corpo dela e deixou que a sua vontade de se unir a ela o comandasse e começou também ele a impulsionar o seu corpo de encontro ao dela, juntando-se a ela naquela luta por prazer. Sentiu-a controlar um som de deleite e percebeu que ela estava prestes a atingir o clímax. Voltou a puxar os lábios dela de encontro aos seus e percebendo que ela começava a perder a força que o corpo tinha em impulsionar-se sobre si, beijou-a de forma arrojada e entrou dentro dela de forma rápida e segura de si mesmo, indo fundo sempre que o fazia, e sentiu os lábios dela pararem de o beijar e o seu corpo começar a contorcer-se em espasmos de prazer e satisfação que acresciam o contacto e a sensibilidade de Bill e o faziam também ele sentir-se prestes a partilhar da mesma explosão de prazer que ela. Sentiu Gabi soltar um som de contentamento enquanto se mantinha presa nos seus lábios e pronunciar o seu nome da forma mais sensual que alguma vez tinha ouvido uma mulher fazê-lo e sentiu um orgasmo forte e pujante abater-se sobre o seu corpo como se o libertasse das amarras de ser humano e o tornasse um ser celestial e divino. Nunca tinha experienciado nada assim. Sentiu Gabi mordiscar e sugar de forma sensual o seu lábio inferior, e saindo do interior dela prendeu-se aos seus lábios beijando-a de forma apaixonada e feliz. O seu corpo estava exausto e em puro êxtase, mas a vontade que tinha em estar com ela ainda agora começava. Queria mais. Sentia-se insaciável perto do prazer que era capaz de alcançar nos seus braços. Queria fazer amor até sentir que tinha esgotado todas as suas forças.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeTer Jul 19, 2011 11:17 pm

ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA ALELUIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. Ate que enfim o Bill se entregou aos braças da Gabi, já esta na hora né ? KKKKKKKKKKKK' Foi lindo *o* Tom é um ótimo irmão né, sempre deixando sua marca para ajudar o seu irmão mais novo. KKKKKKKKK'

Vai tirar feria ? Que ótimo, é só voltar com todo o gás (:
Todos estão tirando ferias e menos eu KKKKKKKKKK' OH vida. :x
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeQui Jul 21, 2011 10:21 pm

CaTariNaAaAAa \o/ \o/ \o/


Simmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm \o\ \o\ \o\ \o\ \o\ \o\ \o\ \o\
O BiLL & Gabi finalmente se entregaram um ao outroooooooo!!!! Haja amorrrrrrrrrrrrrrrrrrr I love you I love you I love you I love you I love you I love you I love you
LolOLololOL Pois..... O Tom tem sempre de meter o dedo onde não é chamado né??? Mas até deu jeito..... LolOlololOlolOL

Ohhhhh.... Vc acaba tirando férias de nós tb, só n vai para nenhum lado haha haha haha



* * * KiSsEsSSs * * *





139

[FF] - Kampf der Liebe - Página 15 139yc

Acordou com a sensação de ter um peso sobre a cabeça. Pestanejou os olhos tentando enxergar melhor o que a rodeava e percebeu que era uma mão de Bill que depositada sobre os seus cabelos acariciava-a de forma doce e compassada. Olhou para ele e viu-o deitado de barriga para cima a sorrir de olhos fechados enquanto a mão dele, entranhada nos seus cabelos, afagava-a de forma instintiva e sentida. Não se lembrava de alguma vez ter sido acordada de forma tão meiga. O corpo de Bill deitado ao seu lado chegava para que se sentisse num dos seus sonhos mais idílicos, o sorriso nos lábios dele aquecia o seu coração e assegurava-lhe que tinha encontrado o seu leito de amor. Abraçou o tronco dele de sorriso nos lábios e beijando o seu peito desnudado disse:

- Bom dia amor!
- Bom?!
disse Bill abraçando-a com força Bom não chega… Óptimo, maravilhoso, perfeito... Isso sim!
- Hmmm… Perfeito parece-me bem… -
disse Gabi suspirando de forma apaixonada ao mesmo tempo que procurava os lábios de Bill para o beijar de forma doce, sentindo as mãos de Bill percorrerem o seu corpo e prolongarem-se na sua face, acariciando-a ao mesmo tempo que a beijava de forma lenta e demorada, sentindo cada toque dela como se fosse um elixir de vida.

- És capaz de me dizer como é que é suposto eu estar concentrado nos Comets depois da noite que tivemos? – perguntou Bill lembrando-se que naquele final de tarde teria de se apresentar com os restantes elementos da sua banda na entrega anual dos prémios Comets do canal Viva.
- Não sei… - disse Gabi depositando um beijo extremoso nos lábios dele ao mesmo tempo que sorria – Mas se souberes, diz-me, porque é suposto eu acompanhar-vos na condição de relações públicas e tudo o que me apetece é cometer uma loucura e beijar-te em frente de tudo e todos!
- Devo ter feito alguma coisa muito boa nesta vida para me amares e ter-te a meu lado… -
disse Bill puxando o corpo dela para cima do seu, beijando-a de forma hábil e repleta de desejo - Apetece-me passar o dia inteiro fechado neste quarto contigo…
- O patrão é que manda… - disse Gabi sorrindo ao mesmo tempo que abraçava o pescoço dele para o beijar com vontade.

Bill beijou-a de forma dedicada e repleta de desejo. Acordar ao lado da mulher que amava era um sonho tornado realidade. Os beijos de Gabi eram irresistíveis e viciantes. Desejava ficar deitado naquela cama com ela até o seu corpo lhe pedir por alimento ou qualquer outra necessidade física de primeira instância. Rodou sobre a cama e deitou-se sobre o corpo de Gabi para namorarem um pouco mais. Beijou-a de forma sedenta, roçando os seus lábios até ao pescoço dela mordiscando-o e beijando-o de forma afectuosa, e deu consigo a olhar para o despertador que estava pousado sobre a mesa-de-cabeceira que marcava as três da tarde. Enterrou a cabeça no peito de Gabi beijando-a docemente ao mesmo tempo que soltava uma interjeição de descontentamento por já ser tão tarde e saber que dentro de uma hora Nathalie estaria em sua casa para o maquilhar e preparar para aquele evento ao qual não tinha como escapar.

- Rapta-me… - pediu Bill beijando o ombro esquerdo de Gabi depositando a sua testa nele, suspirando ao mesmo tempo – Obriga-me a ficar aqui contigo…
- Era tudo o que eu mais queria, mas devias começar a pensar em tomar banho e arranjar-te… -
disse Gabi abraçando o corpo dele afagando os seus cabelos.
- Eu sei… - disse Bill suspirando, levantando a cabeça do ombro de Gabi para a beijar – Queres aproveitar para ficar mais um bocadinho na cama? Assim tenho tempo para preparar qualquer coisa para o nosso pequeno-almoço…
- Não é preciso teres trabalho comigo amor… Eu ajudo-te…
- Não… -
disse Bill depositando um beijo fugidio nos lábios de Gabi para ganhar forças para se levantar e vestir os boxers que se encontravam no chão - Faço questão que aproveites o quentinho da cama e que desfrutes de um pequeno-almoço de rainha preparado especialmente para ti… Só não to trago à cama porque se o fizer, algo me diz que não vamos precisar de sair deste quarto durante uma boa temporada, e infelizmente é chegada a hora de acordar deste sonho…

- Amo-te... –
disse Gabi esticando os braços na direcção de Bill como se chamasse por ele – Não me deixes sem mais um beijo…
- Seria incapaz… -
disse Bill subindo para cima da cama para a beijar uma última vez antes de se encaminhar para a casa de banho para ligar a água do chuveiro e preparar-se para tomar um banho rápido.

Abraçou-se à almofada de Bill e inspirou fundo respirando parte da essência dele. Aquele cheiro tinha-a conquistado de forma irrefutável, era o perfume do homem que amava, do homem a quem se tinha entregado de corpo, alma e coração e que a fazia sentir-se a mulher mais feliz à face da Terra naquela tarde com sabor a inicio de manhã. Fechou os olhos e deixou-se aproveitar o calor de ambos que ainda se fazia sentir de forma ardente naquela cama. Voltou a inspirar a fragrância dele e sorriu ao ouvir a voz de Bill entoar uma canção em dueto com a água que corria no chuveiro. Não conseguia identificar a canção que ele cantava mas fazia-o de forma dedicada enchendo aquele espaço de amor e felicidade. Ouviu o seu telemóvel começar a tocar e espreguiçou-se de sorriso nos lábios, levantando-se para ir buscar o telemóvel às calças que estavam pousadas em cima da cadeira, e voltar a correr para o quente da cama. Olhou para o visor e não reconheceu aquele número.

- Estou?!
- Olá Gabriele… -
disse uma voz masculina cumprimentando-a em inglês.

Gabi sentiu-se gelar. Sentou-se de encontro à cabeceira e tapou-se com a roupa da cama, como se alguém a pudesse ver naquele momento. Tentou-se recordar da voz de Mercier para comparar com aquele timbre que ouvia, mas não se lembrava de alguma vez ter ouvido o manager de Nicky falar. Quem seria aquele homem? Seria realmente James Mercier? Porque haveria ele de lhe telefonar pessoalmente? O que poderia desejar de si?

- Quem fala??? – perguntou ela assustada.
- Acho que nunca fomos apresentados formalmente, mas ambos sabemos que não precisamos de apresentações para sabermos quem fala…
- Ou se apresenta ou desligo o telefone imediatamente!
- Determinada e imperativa… -
disse a voz por entre um riso teatral – Já tinha ouvido dizer que eras muito senhora do teu nariz, mas desta vez vamos jogar pelas regras do meu jogo… Sabes muito bem quem fala… Ou já te esqueceste que te tinha incumbido de uma missão?
- Não sei do que está a falar e a não ser que se queira identificar e deixar os enigmas para quem de respeito, terei de dar esta conversa por terminada… -
disse Gabi preparando-se para desligar o telefone quando ouviu a voz do outro lado do telefone ficar agressiva e ameaçadora.
- É bom que não me desligues o telefone na cara ou a mensagem chega até ti de forma bem mais física!!!

- O que é que deseja? Ainda não percebeu que não tenho medo de si e dos seus enviados? –
perguntou Gabi em provocação e desafio sentindo o seu corpo estremecer ao ser confrontada com algo que julgava estar morto e enterrado.
- Quem ainda não percebeu o que se está a passar és tu querida… É bom que entregues a mensagem que te foi dada ao teu namoradinho porque a partir de agora ou fazes o que quero, ou destruo a tua vida e a vida dele... As coisas são simples… Ou fazes o que eu te mando, ou podes dizer adeus à tua carreira e à carreira do teu amorzinho… Percebeste?
- Quem não está a perceber é você… Guarde o seu latim para quem tem medo de si… Se tem alguma coisa a dizer-me, diga-me na cara, frente-a-frente… Até lá não tenho tempo a desperdiçar com cobardes de meia tijela! Resto de um bom dia… -
disse Gabi ganhando coragem para desligar o telefone na cara dele.

Sentiu o seu corpo estremecer de forma compulsiva e abraçou-se à roupa da cama que a circundava temendo o pior. Tinha a certeza absoluta que era James Mercier quem lhe tinha telefonado. Tinha a certeza absoluta que o tinha irritado de forma preocupante e que teria a sua paga pela forma como o tinha tratado, mas estava farta de viver com medo. Não ia mudar a sua opinião em relação àquele assunto, não iria contar a verdade a Bill, nem aterrorizá-lo com recados de ódio e ameaças de vingança. Aquele assunto tinha nascido e morrido numa casa de banho que só lhe sabia trazer más recordações. James Mercier ia ter de passar por cima de si se, se achava capaz de magoar Bill directamente no coração. Ia fazer de tudo para o proteger, acontecesse o que acontecesse. Sentiu uma lágrima querer invadir os seus olhos e deu-se conta que ao longe a voz de Bill continuava a entoar uma canção, desta vez mais viva e alegre espelhando a felicidade que ele tinha em si, uma felicidade que era compartilhada com Gabi até esta lhe ter sido arrancada com aquele telefonema. Olhou para o telemóvel e sentindo uma vontade imensa de desabafar ligou para Nathalie que se prontificou a responder.

- Ainda não estou atrasada, pois não? – perguntou Nathalie assim que atendeu o telefone.
- Não… - disse Gabi controlando as lágrimas e o nervosismo atroz que se apoderava de si naquele instante – Mas preciso falar contigo…
- E não podes esperar até eu chegar? –
perguntou Nathalie estranhando – Aconteceu alguma coisa?
- Aconteceu… Acabaram de me telefonar de um número não identificado… Tenho a certeza absoluta que era o Mercier…
- Oh meu Deus Gabi…. –
perguntou Nathalie em choque – O que é que ele disse? Contaste ao Bill?
- Claro que não contei nada ao Bill… Ele ameaçou-me de novo… Desta vez disse que se eu não entregasse o recado que me tinha sido dado da outra vez, que ele ia arranjar uma maneira de destruir a minha carreira e a carreira do Bill…
- Pois… Isso parece algo que o Mercier diria…

- Eu nunca vou contar nada ao Bill…. Nunca!!! Eles podem-me matar, mas através de mim, ao Bill não chegam!!! Eu não vou deixar!!!
- Gabi… Pensa bem no assunto… Será que é assim tão má ideia falares com o Bill e contares-lhe por alto o que aconteceu? Mesmo que não queiras contar-lhe exactamente o que se passou, será que não é melhor contares-lhe que te sentes perseguida e ameaçada? Tu precisas de protecção… Alguém tem de olhar por ti…

- O Bill contratou um segurança sem que eu lhe contasse nada… Ele tomou todas as precauções sem saber o que se passa… Recuso-me a contar-lhe seja o que for… Nem me vou preocupar mais com isso! – disse Gabi tentando-se convencer a si mesma – Só te telefonei porque precisava mesmo de desabafar e deitar cá para fora o que acabou de acontecer e tu és a única que sabe o que se passou!
- Fizeste bem… Estou sempre aqui para quando precisares! –
garantiu Nathalie – E sinceramente acho que não tens de te preocupar com a nova ameaça do Mercier… A carreira do Bill é demasiado importante para a Nicky neste momento, ele seria incapaz de fazer fosse o que fosse para a prejudicar!
- Já não sei de nada… -
disse Gabi suspirando.
- Não te preocupes… Tenho a certeza que por enquanto está tudo bem, agora tens é de te preocupar contigo e com a tua segurança, até porque conhecendo-te como te conheço, deves ter dado umas respostas à altura daquele filho da mãe e ele não deve ter achado piada nenhuma… Promete-me que vais ter cuidado contigo!
- Vou tentar…


- Continuo a achar que mesmo com o segurança devias dizer alguma coisa ao Bill… Ele precisa saber do perigo que tu estás a correr! Ele também precisa estar alerta!
- Não Nat… Ele não vai saber de nada… Isso está mais que decidido!
- Ok… A decisão é tua! -
disse Nathalie percebendo que não valia a pena insistir muito mais – Sabes o que é que eu queria mesmo?
- O quê?
- Uma oportunidade de estar frente-a-frente com a Nicky Fuller para a encostar contra a parede… Tenho a certeza absoluta que ela não é tão santa como se faz parecer… Ela podia ser um trunfo perfeito para meter aquele gajo na prisão!
- Oportunidades não faltarão, ela é namorada do Bill e eles têm de ser vistos juntos regularmente…
- Não!!! Tu és namorada do Bill!!! –
corrigiu Nathalie – A não ser que vocês andem num relacionamento a três e não me tenham dito nada!
- Tu percebeste o que eu quis dizer!
- Sim… -
disse Nathalie percebendo que ia estando atrasada para se acabar de arranjar e ir ter com eles - Bem… Vou acabar de me arranjar para ir ter convosco. Depois falamos melhor, está bem?
- Ok… -
disse Gabi sentindo-se muito mais calma depois de falar com Nathalie – Nat… Obrigada por me ouvires…
- Não precisas de agradecer… Faço questão de saber de tudo o que se passa para estar ao teu lado e ajudar-te! Acredita que me sinto muito honrada que me tenhas confiado este segredo e que me deixes estar ao teu lado…
- Confio muito em ti… És como a irmã que nunca tive…
- Eu sinto o mesmo em relação a ti… –
disse Nathalie feliz em ouvir aquelas palavras. Faria de tudo para não quebrar a confiança da sua amiga – Vemo-nos daqui a um bocadinho, ok?
- Claro… Até já! –
disse Gabi estranhando ouvir uma porta abrir quando ainda ouvia Bill a cantar no interior da casa de banho.
- Beijinhos… – despediu-se Nathalie – Qualquer coisa liga-me!


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Tom estava entretido a escolher a roupa que ia usar naquele final de tarde para a entrega dos Comets, enquanto ouvia música e preparava-se para ir acordar Bill e Gabi que pareciam ter hibernado naquele dia. A noite devia ter-lhes corrido muito bem. Será que tinham finalmente dado asas ao amor que sentiam um pelo outro, e tinham dado uso à prenda que lhes tinha deixado na gaveta da mesa-de-cabeceira de Bill? Era bom sinal que assim fosse. Elegeu a roupa para o evento e enquanto fechava as portas do grande armário que tinha no seu quarto, ouviu o telemóvel tocar e pegou nele para ver que era Nicky quem lhe telefonava. Passou a língua sobre os lábios preparando-se para a conversa.

- Nicky Fuller… - atendeu Tom de sorriso nos lábios.
- Tom Kaulitz…

- Tudo bem?
- Sim… Tenho saudades tuas… Apetecia-me ouvir a tua voz…
- Hmmm… Tens pensado muito em mim? –
perguntou Tom gostando daquilo que ouvia.
- Muito…
- Aposto que tens pensado nos meus lábios…
- E não só…
- Mãos?
- Também…
- Hmmm


- Ok… Confesso que não me apetecia só ouvir a tua voz… Apetecia-me estar contigo também… - disse Nicky de forma envergonhada.
- A sério?! – perguntou Tom espantado com aquele telefonema. Era impressão sua ou Nicky Fuller estava a sair da sua redoma protectora e aterrorizada onde os homens não eram bem-vindos? – E o que é que fazias comigo se me tivesses à tua frente neste momento?
- Não sei… Não sei o que me fizeste mas a cada dia que passa tenho mais vontade de estar contigo e deixar que o que tiver de acontecer, aconteça…

- É impressão minha ou estás-me a telefonar porque estás desejosa de me tocar novamente? –
perguntou Tom mordendo a zona onde tinha o piercing no lábio inferior tentando conter o imenso desejo que se apoderava de si ao ouvir Nicky dizer-lhe aquelas palavras.
- Era capaz de te dizer que ter-te ao meu lado neste momento chegava…
- Mas não podes dizer isso, pois não?
- Não… Preciso sentir-te…
- Parece que foste consumida pela chama do desejo…
- A culpa é tua… -
disse Nicky de forma envergonhada – Despertas-te alguma coisa dentro de mim que eu nunca tinha sentido… Já viste o que me fizeste?
- Não… Mas estou desejoso de ver, sentir e provar essa chama que acendeu dentro de ti… Aposto que é viciante…

- Então vem ter comigo… -
disse Nicky sem pensar nos prós e contras que a proximidade de Tom podia trazer.
- … Estás-me a convidar para ir ter contigo? – perguntou Tom em choque com aquilo que ouvia.
- Quero-te aqui…
- Como é que eu posso recusar um convite desses?
- Sinto falta daquilo que vivemos em Hamburg… Sinto falta de me deixar levar sem receio… De me sentir livre de medos e preconceitos nos teus braços…

- E o Bill? E o vosso contrato? –
perguntou Tom pensando que talvez fosse má ideia ir ter com a suposta namorada do seu irmão quando eles estavam ligados através de um contrato.
- Ele está sempre convidado para me visitar…
- Vou ver o que posso fazer… -
disse Tom sentindo-se tomar por uma onda de irracionalidade ao sentir que Nicky o desejava de forma primária e que tinha de aproveitar esta vaga de desejo que a consumia – Depois digo-te alguma coisa… Mas eu quero Nicky… Quero mesmo muito ir ter contigo… O meu desejo por ti está longe de estar extinto ou de ser saciado…
- Então vem… -
pediu Nicky numa voz doce – Faz-me sentir uma ânsia de viver novamente…
- Prometo mostrar-te o quão doce e prazeirosa a tua vida pode ser nos braços de um homem…
- Por favor… Liberta-me de uma vez por todas do meu passado…
- Com prazer… -
disse Tom sentindo-se aquecer por aquela conversa – … Literalmente!

- Fico a aguardar a tua resposta ao meu convite…
- Até ao final do dia terás a tua resposta…
- Ainda bem… -
disse Nicky visivelmente contente com o decorrer da conversa – Agora vou-te deixar… Precisas de te preparar para os Comets
- Como é que sabes? –
perguntou Tom estranhando Nicky saber a sua agenda.
- Sou namorada do teu irmão, ou já te esqueceste? Sei de tudo o que se passa na vida dele, e consequentemente na tua…
- Pois… És namorada do meu irmão… Sempre tive uma queda pelas namoradas dele…
- Eu sei… Por experiência própria… -
disse Nicky a rir.
- Em breve saberás ainda melhor… - disse Tom para provocar.
- Espero que sim…

- É melhor eu ir indo…
- Vai… Não quero que te atrases por minha culpa… -
disse Nicky de forma doce – Falamos depois… Boa sorte logo à noite…
- Obrigado… -
agradeceu Tom, despedindo-se – Beijos Nicky…
- Beijinhos Tom…


Tom desligou o telefone e sentiu-se fora do seu corpo. Aquela conversa tinha sido muito estranha e desembaraçada para o que estava habituado de Nicky. A forma como ela o desejava parecia estar a atingir piques e graus de excitação que proporcionavam uma agilidade e desenvoltura nela à qual Tom não estava habituado. Já se imaginava em casa de Nicky, a partilhar uma cama com ela. Queria ser como uma luz no fundo do túnel e mostrar-lhe o quão excitante e emocionante podia ser uma noite na sua companhia, mas para isso precisava de uma noite com ela, precisava de a ter e satisfazer os seus desejos mais recônditos, levando-a a desbravar os caminhos do paraíso. Precisava de ir a Los Angeles.

Olhou para o relógio que tinha no pulso e percebeu que faltava apenas meia hora para Nathalie chegar e que Bill e Gabi ainda se encontravam na cama. Tinha mesmo de os ir acordar. Saiu do seu quarto e encaminhou-se até ao quarto de Bill abrindo a porta sem anunciar a sua entrada. Ouviu Bill cantar em uníssono com a água que corria no chuveiro e Gabi no interior do quarto a falar ao telefone. Pelos cânticos do seu irmão a noite devia ter corrido realmente muito bem. Abriu a porta da casa de banho, apenas o suficiente para introduzir a sua cabeça no interior, e ao ver a felicidade extrema com que Bill cantava, gritou lá para dentro:

- Andaste a foder cabrão!!!

- TOM!!! –
gritou Bill assustando-se e escorregando no chuveiro.
- Já não era sem tempo!!! – disse Tom a rir com o susto que Bill tinha apanhado.
- Saí daqui!!!
- Ok, ok… Mas continua a cantar… Essa era boa… -
disse Tom a rir – Ou então canta uma menos romântica e mais sensual para deixares a Gabi no ponto… Por falar em Gabi, porque é que ela está na tua cama e tu estás aqui enfiado? Não me digas que te tenho de ensinar como te deves comportar com uma mulher???
- SAÍ!!!


Tom fechou a porta da casa de banho a rir, e sem se fazer de rogado entrou no interior do quarto de Bill deparando-se com Gabi deitada na cama do seu irmão, visivelmente nua, tapada apenas com a roupa da cama. No chão um par de cuecas femininas e bem sensuais dava a certeza absoluta a Tom que a noite de Bill e Gabi tinha sido bem animada. Estava feliz por eles.

- Tu não sabes mesmo bater à porta, pois não? – perguntou Gabi de olhos arregalados e espantada com a falta de intimidade que ele dava ao seu irmão.
- Velhos hábitos são difíceis de perder…. – disse Tom dobrando-se para apanhar as cuecas de Gabi e fazer uma piada sexual em relação a elas.
- Não toques nisso!!! Deixa-as onde estão!!! – disse Gabi em pânico ao ver o desembaraço com que ele ia pegar num objecto tão pessoal seu. Precisava urgentemente de um buraco onde se enfiar. Sentia-se demasiado envergonhada e incomodada com toda aquela situação, mesmo que para Tom tudo parecesse demasiado normal.
- Desculpa… - disse Tom levantando ambas as mãos para cima para ela perceber que ele não ia tocar em nada.

- Tens mesmo de entrar no quarto do teu irmão sempre que ele está acompanhado? – perguntou Gabi tapando-se o máximo que conseguia.
- Fiquei à tua espera ontem à noite…
- Quando cheguei já estavas a dormir… Agora percebo a tua necessidade em recorrer a comprimidos azuis… Precisas de algo que te mantenha acordado! –
disse Gabi para o picar.
- Ahahah… Estamos muito engraçadinhas… A noite ontem deve ter sido realmente interessante para estes lados…

- Agora a sério Tom… O que é que estás aqui a fazer? Ainda não reparas-te que não é a melhor altura para falarmos?
- Vinha acordar-vos…
- Mas como vês estamos acordados… -
disse Gabi na esperança que ele se fosse embora.
- É verdade… Parece que a minha missão já foi cumprida… - disse Tom ouvindo a água do chuveiro parar de correr, percebendo que em breve o seu irmão sairia da casa de banho – Diz-me uma coisa… O meu irmão portou-se à altura?
- Achas mesmo que eu vou falar contigo sobre isso? –
inquiriu Gabi com um ar chateado. Tom estava a abusar da sua sorte.
- Estás muito rabugenta… Isso geralmente é sinal de mau sexo…
- Tom… Importas-te de ir embora?
- Tenho de ter uma palavrinha com ele… -
disse Tom sentando-se nos pés da cama perante o olhar espantado de Gabi – Não quero que te falte nada…

- Porque é que te estás a sentar???
- Porque quero perguntar-te uma coisa…
- E não podes perguntar noutra altura, quando estivermos os dois vestidos?
- É rápido… Só preciso de uma resposta de sim ou não…
- E depois vais embora? –
perguntou Gabi desejosa de ver Tom bem longe daquele quarto. Tinha de passar a fechar a porta à chave ou nunca teria intimidade, no verdadeiro sentido da palavra, com Bill.
- Sim…
- Ok… -
disse Gabi prestes a perder a paciência com Tom - Pergunta…
- Achas que dá para eu ir a LA depois dos Comets? Vamos estar um mês parados… Gostava de ir aos Estados Unidos assim que der…


Gabi lembrou-se da conversa que tinha acabado de ter com Nathalie ao telefone e pensou que aquela era a altura perfeita para confrontar Nicky Fuller com a verdade sobre o que se passava, e quem sabe até, arranjarem uma aliada contra Mercier, caso ela fosse realmente inocente no meio daquela história toda. Talvez fosse chegada a altura dela falar com a suposta namorada de Bill para perceber melhor o contrato que os vinculava e até que ponto tinha de temer o homem que geria a sua vida.

- Acho uma óptima ideia… Vamos a LA…
- Vamos?! Eu estava a falar de mim…
- Mas como sabes o teu irmão tem um contrato com a Nicky, não podemos correr o risco de ires a LA sozinho, seria no mínimo estranho, iam começar a falar e especular… O Bill tem de ir contigo… E com ele, eu e a Nat…
- Daqui a um bocado estás-me a dizer para levar uma comitiva!
- Não é preciso, basta nós os quatro e os seguranças…
- Eu até percebo o porquê do meu irmão ir, mas tu e a Nat não vão lá fazer nada!
- Eu vou na condição de relações públicas… Pode acontecer alguma coisas e vocês precisarem de mim… E a Nat vai em trabalho também… Precisa de se assegurar que o teu irmão está no seu melhor para quando for apanhado nas suas escapadelas românticas com a Nicky…

- É impressão minha ou estás com ciúmes e não queres ver o meu irmão e a Nicky sozinhos? –
perguntou Tom com um sorriso malandro nos lábios.
- Eu confio no teu irmão… Não preciso de o controlar…
- Mas olha que não é boa ideia juntares três das mulheres da vida dele na mesma sala… Principalmente quando uma delas, não pode ver a outra à frente, nem pintada de ouro…

- Quem é que não pode ver quem à frente, nem pintada de ouro? –
perguntou Bill saindo da casa de banho apenas enrolado numa toalha, apanhando a conversa a meio.
- A Nat não pode ver a Nicky à frente… - disse Tom levantando-se da cama.
- E porque é que estavam a falar disso? – perguntou Bill.
- Vamos a LA na vossa pausa… - esclareceu Gabi.
- Vamos??? – perguntou Bill levantando uma sobrancelha achando estranho que ninguém lhe tivesse dito nada antes.
- Sim… Por isso é bom que comeces a fazer a mala! Tu demoras sempre uma eternidade… – disse Tom.

- Isto é ideia tua? – perguntou Bill ao seu gémeo.
- Não… É ideia da Nicky… Ela telefonou-me a convidar-nos…
- A convidar-nos???

- Sim… Mas se não quiseres ir… - disse Tom preferindo estar a sós com Nicky para não lhe ser apontado o dedo cada vez que se aproximasse dela.
- … Tu vais na mesma! - disse Bill, percebendo onde o seu irmão queria chegar – Por isso claro que vou…
- Óptimo… Vou falar com o Jost e tratar das viagens… -
disse Gabi contente por ter arranjado uma maneira rápida e eficaz de se deparar frente-a-frente com Nicky.

- Então, vamos nós e a Nat? – perguntou Bill para perceber melhor o que estavam a combinar.
- Sim… - confirmou Gabi – E desta vez é preferível ficarmos todos em casa da Nicky, não vá acontecer outra desgraça… Precisamos estar unidos…
- Não sei se a Nat vai gostar da ideia… -
disse Bill torcendo o nariz à ideia.
- Eu falo com ela… - disse Gabi tendo a certeza absoluta que Nathalie ia agradecer poder controlar de perto Nicky.

- Ok… Então assim que tiveres tudo assente, diz-me, para eu avisar a Nicky… - pediu Tom.
- Onde isto já vai… - disse Bill suspirando fundo em forma de desabafo.

- Algum problema meu irmão? – perguntou Tom.
- Não me vou meter mais no assunto… Fazes o que quiseres… São os dois maiores e vacinados… - disse Bill tentando convencer-se a si mesmo daquilo que dizia e querendo alguma privacidade para se vestir acrescentou – O que é que ainda estás a fazer aqui? Já não te tinha dito para te ires embora? Não te devias estar a arranjar?
- Sim… Já vos vou deixar a sós… -
disse Tom de sorriso nos lábios contente por ter uma viagem aos braços de Nicky para breve.
- Já vais tarde… - disse Bill empurrando Tom para fora do seu quarto, fechando a porta de seguida, voltando-se a encaminhar até à zona da cama para perceber que Gabi estava totalmente encolhida e tapada sobre a cama, incomodada com toda aquela situação – Desculpa amor… Temos de começar a fechar a porta à chave…
- Já tinha pensado nisso… -
disse Gabi sorrindo de forma tímida.
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Catarina Kretli
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeSex Jul 22, 2011 10:03 pm

Que lindo os dois juntos *o* Mercier é muito filho da puta e eu não me canso de dizer isso. Quando o Bill souber (porque um dia isso vai vim atona) que o Patrick fez com a Gabi cabeças vão rolar e feio. Nicky Fyller esta drogada né ? Nunca falou desse jeito só pode esta drogada não vejo outro meio dela ter falado assim KKKKKKKKKKKKK' Quando o Tom estiver junto a ela, vai pegar é fogo. PKSPOAKSPOKAPKSPA

Eu sofro KKKKKKKKKKKKKK'
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 15 Icon_minitimeSáb Jul 23, 2011 9:58 pm

CaTaRiNaAaAAAaa \o/ \o/ \o/


Simmmmmmmmmmmmmmmm..... Eles são muito lindos juntos I love you I love you I love you I love you I love you I love you
Mercier = p*t* p*t* p*t* p*t* p*t* p*t* p*t* p*t* p*t* p*t* p*t* MESMO!!!!
Kd o BiLL descobrir (se descobrir) vai kerer esfolar ele vivo!!!!! E axo k ninguém se vai importar!!!! GrRrRrRrr....
LolOLOlolOlolOL Se ela estiver drogada o Tom a partir de hoje vai kerer ela drogada e MUITO Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil




* * * KiSsEsSssSs * * *




140

[FF] - Kampf der Liebe - Página 15 140ys

Os óculos de sol eram o seu melhor amigo e aliado naquele final de tarde. O sol batia de encontro aos seus olhos de forma agressiva e aquele pequeno acessório era capaz de amenizar os efeitos nefastos que ele lhe provocava. Mas não era somente para se proteger do sol que aqueles óculos serviam. Naquela tarde em que o seu coração batia de forma revitalizante pela mulher que ocupava todo o espaço que existia no seu coração, aqueles óculos eram o seu aliado perfeito para poder olhar para ela de soslaio sem que ninguém percebesse que os seus olhos pairavam com uma frequência esmagadora sobre Gabi, que andava de um lado para outro a coordenar o tempo que os Tokio Hotel despendiam com cada órgão de comunicação social que ali se encontrava. Por mais que tentasse controlar o seu desejo em olhar para ela, não conseguia. Desejava-a mais do que alguma vez a tinha desejado. A felicidade que sentia no seu interior era forte e radiosa, uns simples óculos de sol não chegariam para impedi-la de brilhar. Tudo o que queria era estar com ela e aproveitar esta nova fase e intimidade do namoro deles, mas não podia, tinha de se controlar e ser o mais profissional possível, não só para proteger Gabi e aquilo que ambos partilhavam, mas também para proteger Nicky e o contrato que os unia. De vez em quando era capaz de jurar que Gabi olhava para si com um sorriso um pouco mais aberto que para os restantes elementos da banda, mas talvez fosse apenas fruto da sua imaginação e desejo, pois Gabi era demasiado profissional para se deixar levar pelo desejo de forma tão evidente, principalmente em frente de toda a imprensa nacional.

Acabados de dar autógrafos aos fãs que se estendiam ao longo da passadeira vermelha, e de tirar fotografias para a imprensa, começavam agora as entrevistas, entrevistas essas que apenas se focavam em dois assuntos: Nicky Fuller e a recente overdose de viagra de Tom. Bill sentia-se mal por ter de falar de Nicky com Gabi do seu lado, mas ela parecia descontraída, transmitindo-lhe uma calma e profissionalismo que o asseguravam que aquilo que ele estava a fazer não a magoava e era encarado simplesmente como um trabalho.


Entrevistador: Como é que consegue superar a distância a Nicky Fuller?
Bill: Com muitos telefonemas, mensagens, viagens a Los Angeles e claro… Uma boa dose de internet à mistura…

Entrevistador: Com este namoro tornou-se num ás na informática?
Bill: Não propriamente… (disse Bill por entre risos)
Tom: Era bom! Assim não me chamava de cinco em cinco segundos cada vez que lhe aparece uma janela no computador!

Entrevistador: Mas mesmo assim são poucas as vezes que conseguem estar juntos…
Bill: Felizmente estamos juntos mais vezes do que as que vocês publicam nos vossos jornais e revistas… O amor não tem barreiras!
Tom: O amor é lindo!!!

Entrevistador: Esta noite estão nomeados para um Comet… Porque é que a Nicky Fuller nunca o acompanha publicamente?
Bill: A Nicky é uma mulher muito solicitada e ocupada! Está neste momento em gravações para o novo filme do Steven Spielberg e não pode faltar aos seus compromissos de trabalho, mesmo assim, trago-a sempre comigo, onde quer que vá nunca estou sozinho, e ela sabe disso!

Entrevistador: Não tem problemas com o facto de ela como actriz ter de desempenhar por vezes papéis em que tem de ser íntima com outros homens?
Bill: É o trabalho dela e ela é muito profissional em qualquer cena que represente. Respeito o trabalho dela, da mesma maneira que confio nela e nos colegas que desempenham essas cenas com ela… Quando a conheci a Nicky já era actriz e sabia que essas cenas existiam…

Entrevistador: Mas não o incomodam?
Bill: Não tanto quanto algumas cenas em que ela tem de fazer acrobacias e corre o risco de se magoar, preocupo-me mais nessas cenas do que numa cena de um beijo, em que sei que ela está em segurança e a desempenhar somente o papel de uma personagem!

Entrevistador: A confiança é a base da vossa relação?
Bill: Sem dúvida… Sem confiança não há relação que resista, principalmente à distância!

Entrevistador: Tom, recentemente apareceram boatos em vários órgãos de comunicação social de uma possível overdose de viagra que terá ocorrido aquando da vossa tour na Ásia…
Tom: Sim…

Entrevistador: Confirma o sucedido?
Tom: Sim…

Entrevistador: O que nos tem a dizer sobre isso?
Tom: Nada… Apenas experimentei algo de forma inconsciente, e não recomendo nem aconselho a ninguém fazer o mesmo… (disse Tom muito sério sem vontade de abordar aquele tema, mas sabendo que ia ser bombardeado com perguntas sobre ele)

Entrevistador: Como se sentiu?
Tom: Durante ou depois? (perguntou Tom a rir)

Entrevistador: Durante e depois, se quiser falar sobre isso…
Tom: Durante sentia-me imparável… Depois senti-me muito tonto e enjoado…

Entrevistador: Valeu a pena?
Tom: Pelo acto em si valeu… Foi muito bom… Os dias a seguir é que eram escusados!

Entrevistador: Porque é que o fez? Sente necessidade disso?
Tom: Fi-lo por experiência, é uma prática muito utilizada no país onde tudo aconteceu e achei que não teria problema conhecer os costumes da terra…

Entrevistador: E as mulheres…
Tom: Claro… As mulheres fazem sempre parte do reconhecimento do território!

Gabi: Última pergunta…

Entrevistador: Estão confiantes de que esta noite sairão vencedores?
Tom: Nós temos os melhores fãs do mundo, por isso não temos dúvidas que uma vez mais eles vão provar a força da família Tokio Hotel!
Bill: Para o Tom, estar vivo e poder assistir aos Comets já é uma vitória… (disse Bill em tom de brincadeira, ao mesmo tempo que puxava uma das tranças do seu irmão gémeo)
Tom: É verdade… Há vinte anos que aturo o Bill… A juntar a isso são mais dez com o Gustav e o Georg… Acho que já me posso chamar um sobrevivente!
Bill: Não tanto quanto eu…

Entrevistador: Obrigado rapazes! Boa sorte!
Todos: Obrigado!



Gabi encaminhou os rapazes para o interior do recinto, para a zona de backstage onde Nathalie já os esperava num camarim só para eles. Lá permaneceram cerca de meia hora, convivendo e aproveitando aquilo que tinham à sua disposição para comer.

- Ficou vazia? – perguntou Tom sorrateiramente a Bill.
- Hã?!
- A caixinha que eu te deixei na tua gaveta da mesa-de-cabeceira… Não me digas que não reparaste que eu te deixei uma prendinha ontem à noite? – e perante o olhar enfadado de Bill, acrescentou – … Não me digas que não usaste protecção maninho???

- Porque é que tens de ser tão cusco no que toca à minha vida sexual? –
perguntou Bill levantando a sobrancelha direita.
- Não é só em relação à tua… É em relação à de toda a gente… Claro que nenhuma é tão interessante como a minha… Mas a tua interessa-me particularmente, como deves compreender… És meu irmão… Sangue do meu sangue… Tens de honrar o nosso nome… Ia detestar saber que andas a gastar os teus nadadores para danificar a nossa imagem!!!
- Tom… Estás a falar da Gabi… Ok? Lembra-te disso… -
disse Bill respirando fundo ao perceber que o seu irmão não tinha remédio.
- Eu sei que estou a falar da Gabi… Tu roubaste-me a Gabi… Fui eu que a vi primeiro, ela era minha… Quero pormenores!!! E nem vale a pena dizeres-me que não aconteceu nada porque eu vi as cuequinhas sexy dela no chão do teu quarto e tenho a certeza absoluta que ela estava bem nua debaixo dos teus lençóis esta manhã… - disse Tom fazendo olhinhos ao irmão – Com aquelas cuequinhas quem é que resistia??? Vá lá… Conta lá como foi…
- Não te vou contar nada!!!
- Pode ser a versão romântica das coisas, mas dá-me detalhes… Preciso de saber pormenores… -
disse Tom passando uma mão sobre os ombros de Bill para o encorajar a abrir-se consigo.

- Queres pormenores? – perguntou Bill percebendo que não se ia livrar de Tom tão facilmente.
- Sim… Ela é silenciosa, não ouvi nada ontem à noite…
- Sem comentários porcos!!! –
exigiu Bill de forma vincada e hostil, olhando para o seu redor para perceber que estava à vontade para falar.
- Nem abro a boca se quiseres… - assegurou Tom.
- Nem fazes caretas e expressões perversas!!!
- Nem respiro… -
disse Tom a rir.

- Ok…. Hmmmm….. Foi…. Perfeito! – disse Bill com um grande sorriso nos lábios.
- Vais-me dizer mais que isso, não vais? Foi perfeito não são palavras que comecem sequer por descrever as minhas unhas dos pés…
- Disseste que não fazias comentários!!!
- Comentários porcos!!! Mas isso não dá sequer para comentar nada…. Perfeito pode querer dizer um sem fim de coisas….
- Foi perfeito… Ela é linda, meiga, activa, apaixonada e sente as coisas com a mesma intensidade que eu… Foi como uma explosão de sentimentos e emoções… Não te sei explicar… Nunca tinha sentido nada assim, nunca tinha feito amor na minha vida… -
disse Bill com um sorriso bem rasgado nos lábios

- Ok…. Isso é tudo muito bonito… Mas afinal quero a versão menos romântica da coisa…
- Tom!!! –
disse Bill chamando o seu irmão à razão – Não te chega saber que me sinto o homem mais feliz e completo à face da Terra e que a amo mais do que a amava antes da noite de ontem? … Que foi lindo, inesquecível e muito especial?
- Não… -
disse Tom de forma simples e honesta.
- Temos pena… Vai ter de chegar!!! Mais não digo!!!
- Pelo menos diz-me que a caixa está vazia!!! Pelos menos isso…. –
disse Tom em forma de súplica gozando com a situação.
- Não… Não está vazia… Mas tenho a vida inteira para a gastar…
- Fogo… A vossa relação é mesmo chata… Uma vida inteira para gastar uma mísera caixa de preservativos??? –
disse o Tom gozando com o irmão.
- Claro que essa caixa encontrará o seu fim muito brevemente… Mas muitas mais virão… - disse Bill piscando o olho ao irmão, percebendo que ele estava somente a gozar consigo.

- Faltam 10 minutos para começar… - anunciou um dos seguranças que se encontrava à porta para guardar o camarim.
- Obrigada! – agradeceu Nathalie, encaminhando-se até aos rapazes para dar uma última olhadela para eles e ver se precisavam de algum retoque – Parecem-me bem… Daqui a um bocadinho passo lá para vos retocar se for preciso!

- Tom, tens aqui uma rapariga que diz conhecer-te e que quer falar contigo… -
voltou a anunciar o segurança que se mantinha á porta.
- As minhas fãs perseguem-me… - disse Tom piscando o olho a Gabi que olhava para ele à espera de uma reacção.
- É melhor ir contigo… - disse Nathalie com medo que Tom fosse atacado por uma das muitas fãs malucas que o perseguiam.
- É melhor irmos todos… - disse Bill com medo que o seu irmão se mete-se em alguma encrenca.
- Sim… Só faltam 10 minutos para começar e não te podes demorar no engate!!! – disse Gabi a Tom – Eu fico aqui para proteger os nossos pertences, mas vou estar atenta a tudo pela televisão… - e olhando para Bill de forma meiga acrescentou – Boa sorte… Estou a torcer por vocês!!!

Bill mordeu o seu lábio inferior desejando poder abraçá-la e beijá-la de forma livre e apaixonada. Olhou para ela de forma sensual e sorriu-lhe com desejo, abanando a cabeça de forma afirmativa agradecendo as palavras dela. Saiu do camarim e a rapariga que esperava por Tom era uma modelo bastante conhecida da praça alemã, com quem Tom já se tinha envolvido. O facto de estarem todos unidos enquanto banda, fazia com que a conversa entre ela e Tom fosse reduzida, mas Bill sabia que eles não tinham muito sobre o que falar, tinham mais assuntos pendentes que envolviam quatro paredes e uma cama. Começou por escutar a conversa do seu irmão revirando os olhos enfadado com a conversa de engate vazia e carecida de sentimentos que o seu irmão estabelecia com aquela rapariga, e pensou que poderia estar muito melhor se aproveitasse aqueles últimos minutos ao lado da mulher que fazia o seu coração explodir de felicidade. Precisava de arranjar uma desculpa qualquer para voltar ao camarim e dar-lhe o beijo que tinha guardado para ela desde o momento em que tinham entrado no carro para seguirem caminho até à entrega dos Comets.

- Ah merda… Esqueci-me de trocar de sapatos… - disse Bill levando uma mão à cabeça de forma encenada, virando-se para Nathalie para acrescentar – Vou trocar os sapatos… Não se vão embora sem mim…
- Despacha-te!!! –
disse Nathalie vendo o tempo ficar cada vez mais reduzido.

Bill voltou a entrar dentro do camarim, fechando a porta atrás de si. Queria e precisava de um momento a sós com Gabi, não aguentava mais a excitação de a ter por perto mas senti-la tão longe do seu corpo, principalmente depois da noite idílica que tinha vivido nos braços dela.

- O que é que estás aqui a fazer? – perguntou Gabi surpresa por ver Bill entrar no camarim sozinho, de rompante e de forma tão misteriosa – Não devias estar a caminho da cerimónia?
- Não consigo estar afastado de ti… -
disse Bill encaminhando-se até ela de forma rápida e decidida.
- Pára!!! – disse Gabi colocando uma mão sobre o peito de Bill para travar o beijo apaixonado que ele se preparava para lhe dar – Não podemos fazer isso… É muito arriscado!
- A porta está fechada… Somos só nós os dois… -
disse Bill tentando levar os seus lábios até Gabi, para a ver afastar-se do seu corpo – Não me tortures mais… Preciso de ti… Não consigo ter-te a meu lado e fingir que não és a razão pela qual o meu coração bate!!!

- Bill tens de te controlar… -
pediu Gabi sentindo-se fraca pelas palavras que ele emitia e que lhe tocavam fundo no coração, principalmente depois da forma como na noite anterior se tinham entregado um ao outro e o desejo entre eles tinha deixado de ser um tabu para ser uma realidade forte e vivida entre os dois – Não podemos ser descuidados…
- Dá-me um beijo… -
pediu Bill aproximando-se do corpo dela, cercando-a de encontro a uma parede - Preciso sentir os teus lábios… Não consigo passar mais tempo sem eles…

- Bill… -
disse Gabi se forma praticamente sussurrada ao sentir-se fraca e impotente com a proximidade do corpo dele.
- Só um beijo… Depois vou-me embora… Prometo… - disse Bill de forma sussurrada e afogueada olhando para os lábios de Gabi como se estivesse hipnotizado por eles.
- Tu és louco… - disse Gabi sentindo o seu coração querer saltar-lhe do peito ao ver-se totalmente encurralada de encontro a uma parede, sentindo os braços dele roçarem sobre o seu corpo, e as mãos dele apoiarem-se à sua volta na parede que amparava as suas costas.
- Por ti… - disse Bill roçando os seus lábios ao de leve sobre a boca dela, tentando-a de forma cruel.

Gabi não foi capaz de resistir. Sabia que não devia ceder à pressão de Bill, mas sentir os lábios dele roçarem-se sobre os seus de forma tão provocadora, era como estar num oásis no meio do deserto e não beber a água que lhe era oferecida. Amava-o demasiado para ser capaz de resistir à paixão avassaladora que os lábios dele carregavam. Abraçou o pescoço dele de forma segura e atacou a boca de Bill com ânsia e desejo, consciente da loucura que estava a cometer, mas sem conseguir evitá-la. Sentiu as mãos de Bill apoderarem-se da sua cintura, a língua dele procurar beijá-la de forma astuta e a sua pélvis encostar-se a si de forma arrojada e perigosa demais para o pouco tempo que tinham para estar juntos.

- Não consigo parar de pensar em ti… - disse Bill roçando os seus lábios até à orelha de Gabi para mordiscar de forma sensual e instigadora o seu lóbulo, fazendo com que os dedos das mãos dela se entranhassem no seu cabelo acariciando-o com desejo e fraqueza – És tudo o que mais desejo… Quero-te ter novamente…

Bill preparava-se para voltar a atacar os lábios dela com um desejo acrescido pelo toque das mãos de Gabi na sua nuca e pela respiração acelerada que sentia nela, quando ouviu a porta do camarim abrir-se e separou-se de Gabi de forma brusca e dolorosa para o bater do seu coração, tentando disfarçar aquilo que tinha acabado de acontecer.

- Bem me parecia que te tinha visto trocar de sapatos quando tinhas trocado a roupa… - disse Nathalie a rir por apanhar Bill e Gabi em flagrante – Tiveram sorte que fui eu que entrei… - acrescentou Nathalie percebendo que o penteado de Bill estava meio desengonçado – Anda cá… Precisas de um jeito nesse cabelo…

- Eu disse que era muito arriscado!!! –
disse Gabi envergonhada por ter sido apanhada aos beijos com Bill, tentando recuperar o ritmo calmo e compassado a que o seu coração geralmente batia.
- Se não te tivesses feito de difícil e me tivesses beijado quando te pedi, não tínhamos sido apanhados… - disse Bill a rir sentando-se num sofá para que Nathalie lhe desse um jeito rápido ao cabelo.
- Agora a culpa é minha??? – perguntou Gabi a rir do comentário de Bill.
- Sim… Não devias negar os desejos de um homem apaixonado… - disse Bill piscando-lhe o olho ao mesmo tempo que mordia o lábio inferior.

- Não me querendo intrometer, mas intrometendo-me… - disse Nathalie olhando para Gabi de viés enquanto arranjava o cabelo de Bill – Devias ter-te feito de difícil até ao fim… O homem apaixonado pode esperar por te beijar num local mais seguro… Vocês arriscam-se demasiado… Um dia ainda corre mal!!! Eu compreendo que seja difícil, mas um dia vão ser livres para se beijarem à vontade… Mas enquanto esse dia não chega…
- Desmancha prazeres!!! –
disse Bill fazendo uma careta.
- A Nat tem razão… - concordou Gabi pensando na loucura que tinham acabado de cometer e no perigo a que estavam sujeites – Temos de ter mais cuidado…
- Eu só queria um beijinho… -
disse Bill cruzando os braços em forma de birra.
- E atrás de um beijinho, um abraçinho… E atrás do abraçinho… - disse Nathalie de forma bem disposta, deixando em aberto o que poderia acontecer a seguir – Pensa com a cabeça de cima Bill… Foi um risco… Correu bem, mas podia ter corrido mal… Tem juízo nessa cabeça!!!
- Está bem… Está bem… -
acabou por concordar ele expirando de forma sonora – Mas o que é a vida sem um bom desafio? … Como é que é suposto resistir-lhe Nat? És capaz de me dizer?
- Não… -
disse Nathalie sorrindo ao aperceber-se do olhar e sorriso cúmplice e apaixonado que Gabi e Bill trocavam – Mas convém que tu saibas… Estás pronto… - acrescentou Nathalie acabando de dar um retoque no cabelo de Bill – E atrasado…

- Posso dar-lhe um beijo antes de ir? –
perguntou Bill a Nathalie como se pedisse autorização para beijar a sua namorada.
- Que seja rápido!!! Vou fingir que não vejo… - disse Nathalie sorrindo divertida com a felicidade imensa que via em Bill.
- Obrigado! – disse Bill depositando um beijo afectuoso na bochecha de Nathalie, encaminhando-se até Gabi com um sorriso nos lábios para lhe pegar nas mãos, encostá-las ao seu coração e dizer-lhe – Vou levar-te comigo…
- Tu és louco… Mas eu amo-te e não te queria de outra forma… -
disse Gabi abraçando Bill com força, depositando um beijo doce e sentido nos seus lábios – Boa sorte amor…
- Não preciso de ganhar nenhum prémio para saber que sou o homem mais sortudo à face da Terra… -
disse Bill beijando-a novamente, desta vez de forma mais arrojada e sobre um falso tossir de Nathalie.

- Desculpem lá pombinhos, mas o Bill tem mesmo de ir embora… Segundo as minhas contas… - disse Nathalie olhando para o relógio que tinha no pulso – Falta um minuto para começarem os Comets… Já nem tenho tempo de te retocar a maquilhagem, mesmo que quisesse…
- Fica aqui com a Gabi a fazer-lhe companhia… Eu estou bem… -
disse Bill, depositando um último beijo fugidio nos lábios de Gabi para se encaminhar na direcção da porta do camarim e olhar para ela uma última vez sorrindo-lhe de forma enternecida – Não tarda nada estou de volta…
- Vaiiiiiiii… -
incentivou Gabi a rir-se do ar apaixonado dele – Ainda vais chegar atrasado!!!

- Amo-te… -
disse Bill de forma sussurrada.
- E eu a ti… - respondeu Gabi embevecida com ele, vendo-o abrir a porta do camarim e sair.

Respirou fundo e encaminhou-se até ao sofá que tinha a televisão em frente para que pudesse ver a cerimónia. Nathalie olhou para a amiga com um ar enternecido. Não se lembrava de alguma vez ter visto Bill tão apaixonado e feliz. Era muito bom vê-lo assim. Sentou-se ao lado de Gabi e percebendo o ar enamorado e aluado dela disse:

- Há muito tempo que não o vejo tão feliz… O amor faz-lhe bem… Tu fazes-lhe bem…
- Ele é incrível… E irresistível! –
disse Gabi de forma tímida mas segura de si mesma – Não sei como é que fui capaz de estar longe dele tanto tempo…
- O que interessa é que estão juntos agora e mais unidos que nunca! –
disse Nathalie feliz por ver a pureza de sentimentos que os seus amigos sentiam um pelo outro – Mas têm de ter mais cuidado… Eu não quero ser chata, mas…
- Eu sei… -
interrompeu Gabi ao mesmo tempo que se apercebia que os Comets encontravam agora o seu inicio – Mas ele torna-me irracional e provoca-me de uma maneira que eu não sou capaz de lhe resistir….
- Numa situação normal isso é muito bom… Mas na vossa situação actual… Não!
- Eu sei… Tenho de ser mais forte e ter mais cuidado!

- … Posso perguntar-te como correu a vossa noite ontem? –
perguntou Nathalie curiosa para saber se a felicidade de Bill vinha mesclada de uma noite de amor – Não quero ser cusca… Se não quiseres falar sobre o assunto, não te sintas obrigada a fazê-lo!
- Correu muito bem… -
disse Gabi com dificuldade de encarar o olhar de Nathalie por estar a falar de algo tão íntimo – Sinto-me tão bem quando estou com ele… Sinto-me tão feliz… Como se todos os meus problemas desaparecessem e não existisse mais ninguém no mundo sem sermos nós os dois… A noite de ontem foi mágica…

- Isso quer dizer que vocês… ?
- Sim… -
disse Gabi movendo a cabeça de forma afirmativa com um sorriso imenso nos lábios – Ele é tão doce e meigo, como forte e incisivo… - disse Gabi por entre suspiros, lembrando-se que provavelmente Nathalie sabia do que ela estava a falar melhor do que qualquer outra pessoa – Mas tu sabes do que eu estou a falar…
- Não… -
garantiu Nathalie com medo que Gabi pensasse que a relação deles tivesse sido sequer comparável ao que eles estavam a viver naquele momento – Entre mim e o Bill nunca houve amor, só uma amizade forte… Nada mais… Nunca o vi tão feliz por estar comigo…

- Um dos medos que eu tinha quando me comecei a relacionar com ele, era que quando a altura de estarmos juntos chegasse, que algo corresse mal, que nós não nos déssemos bem na intimidade… Que eu nunca estivesse à altura daquilo que vocês tiveram… -
confessou Gabi abrindo o seu coração.
- Gabi…
- Eu sei que é parvo mas… Temi não ser capaz de lhe oferecer amor e prazer… Tinha medo de perdê-lo por não ser capaz de ser a mulher que ele merece ter ao lado…
- O amor que vocês sentem um pelo outro venceria qualquer obstáculo físico que tivessem!!! –
assegurou Nathalie achando querida a forma como ela desejava ver Bill satisfeito na sua totalidade. Gabi era sem dúvida alguma a mulher certa para o seu melhor amigo.
- Depois da noite de ontem, depois do que senti ao estar com ele… Depois de ver como os nossos corpos são tão parecidos quando se querem dar e agradar… Tenho a certeza absoluta que fomos feitos um para o outro e que o prazer nunca será um problema entre nós… - disse Gabi suspirando ao recordar a noite que tinha vivido nos braços dele – Quando tudo aconteceu eu não conseguia pensar em mais nada a não ser nele e na força com que o amava… Agora percebo que os meus receios era estúpidos e infundados…
- É muito bom ouvir-te dizer isso…

- Amo-o tanto que a ideia de o perder ou magoar, assusta-me… Só de pensar nisso, dói… Como se rasgassem parte de mim…
- … Estás com medo do que o Mercier é capaz? –
perguntou Nathalie percebendo a dor que os olhos dela adoptavam.
- Muito…
- Antes dele ser capaz de fazer alguma coisa contra vocês, nós vamos colocá-lo atrás das grades…
- Tenho medo… -
confessou Gabi – Ele é bom demais naquilo que faz… Ele conhece-nos de forma pormenorizada... Está em vantagem!

- Gabi… -
disse Nathalie sentindo que tinha de deitar cá para fora um peso que carregava consigo há um dia – Desculpa por tudo o que se passou com o Patrick… A culpa é minha… Tudo o que ele fez, fê-lo por vingança para chegar até mim… Por mais que para o Mercier a dor estivesse a ser infligida somente a ti e ao Bill… Para o Patrick isto tudo não passou de uma maneira de me atingir a mim, de uma vingança pessoal pelo que ele acha que aconteceu entre nós…
- Tu não tens culpa de nada!!! –
disse Gabi abraçando Nathalie ao perceber que ele carregava aquele peso consigo – Se não fosse o Patrick, havia de ter sido outra pessoa qualquer…
- Mas não foi outra pessoa qualquer… Foi o pai do meu filho…
- Tu não mandas no corpo, nem da cabeça dele… Tu não podes ser responsabilizada pelas coisas que ele faz de livre vontade… Não te martirizes com isso! É um peso duro demais para carregares…

- Desculpa… -
disse Nathalie abraçando Gabi com mais força.
- Se isso te faz sentir melhor, eu desculpo-te… Mas nunca te tive como culpada do que aconteceu… Nunca, em tempo algum…
- Precisava de ouvir isso para tranquilizar aquilo que me vai na alma… -
disse Nathalie agradecida pelas palavras dela.

Gabi preparava-se para tranquilizar Nathalie quando ouviu o seu telemóvel tocar. Levantou-se do sofá e foi até à sua mala que se encontrava pousada sobre uma mesa. Tirou o telemóvel do interior da mala e vendo que se tratava de um telefonema de Jost, atendeu.

- Estou… Sim… Que bom… Tu és mesmo rápido! Não, não, são óptimas noticias, os rapazes vão adorar saber que foste tão rápido… Vou-lhes já dar as boas novas… Obrigada Jost!!! Beijinhos… - disse Gabi despedindo-se de Jost, lembrando-se que ainda nem tinha falado com Nathalie sobre a ida aos Estados Unidos. Guardou o telemóvel na mala e encaminhando-se de regresso ao sofá disse – Lembraste de teres dito que gostavas de ter uma oportunidade de falar com a Nicky Fuller, frente-a-frente?
- Sim… -
disse Nathalie estranhando aquela conversa.
- Que tal daqui a dois dias? – disse Gabi com medo da reacção da amiga.
- Ela vem cá??? – perguntou Nathalie entusiasmada com a ideia de confrontar a falsa namorada de Bill.
- Não… Mas nós vamos lá…
- Como??? Diz lá isso outra vez??? Nós vamos aonde???
- Los Angeles… Ela convidou o Tom…
- O Tom???
estranhou Nathalie – Não tem mesmo vergonha na cara… Juro que ainda vou perceber o que é que aquela gaja quer com os gémeos!!!

- Desculpa não te ter perguntado nada… Aconteceu tudo muito rápido e como tinhas dito que querias estar frente-a-frente com ela…
- Quanto tempo ficamos lá?
- Uma semana.
- Óptimo… Ela que se prepare… Não lhe vou dar tréguas… -
disse Nathalie contente por poder fazer algo para ajudar os seus amigos a livrarem-se de Nicky Fuller e James Mercier.

- Só há um problema… - disse Gabi ainda mais assustada que anteriormente.
- Algo me diz que não vou gostar do que tens para me dizer…
- Desta vez…. Vamos ficar em casa dela…
- Estás a gozar?! –
interrogou Nathalie como se estivesse nauseada com a novidade.
- Não… - disse Gabi percebendo pela cara de Nathalie que a ideia não lhe agradava minimamente – Eu sei que tu não gostas mesmo dela e que para ti vai ser um sacrifício imenso, mas nós temos de ficar unidos… Mais unidos que nunca! Se estivermos todos juntos, a probabilidade de nos atingirem é menor… E como o Bill tem de ficar obrigatoriamente em casa da Nicky… Nós vamos ter de nos sacrificar por ele…
- As coisas que se fazem por um amigo… -
disse Nathalie a suspirar – Bem… Pelo menos é da maneira que a posso observar bem observada… Quero ver o quão inocente a Nicky Fuller é no meio desta história toda.


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