Aiiiiiiiieeeeeeeeeeee
Ah, mas eu quase chorei com tantos coment´s meninas!!
eu aqui, lonnnge de casa to p*** histérica com a possibilidade de os ver no EMA (eu vou lalala)... e morrendo de saudades de vocês! Se eu pudesse as trazia nem que fosse na mala! Ah, mas já to voltando =) Kárita e Janaah, meus parabéns pela imensa coragem! Bem, a fic é de vocês, então aproveitem ao máximo!
Ahhhhhhhh sabem o que passou despercebido?? O niver de 2 anos da primeira temporadaaa!! Foi dia 18 de Outubro, então, feliz niver atrasado CCOVS! !2! (nass que vergonha, nem eu lembro!)
Cris, sua vagaba, trate de dar um oi. E tire esse bico, você sabe que não podia te trazer!
Aqui vai a parte 2, ainda tem a 3. Próximo cap só no Brasil. Boa leitura!__________________________________________________________________________________________________
Parte 2
“Ah, mas que... perfeito” Nada poderia ser pior do que aquilo.
A ambulância podia ser vista da janela. Estava ali no térreo, esperando. O motorista já havia saído para fumar, e agora, se encolhia ainda mais no casaco.
Porque Kiel era sempre uma das primeiras cidades a nevar?
Essa era a pergunta que mais incomodava o doutor Valen Reither naquele momento. A massa gigantesca de ar polar, que já pairava nas montanhas há dias finalmente se desprendeu em minúsculos e incontáveis flocos de neve. O céu estava tingido de uma placa cinza e carregada de gotas congeladas, que caíam vagarosamente nas formas impossíveis de losangos gelados, que iam e vinham, rodopiavam no ar lá fora. E nas próximas horas, iriam começar a ficar bem violentas, em maior número, e muito mais doloridas ao bater no rosto.
- Droga... – Victor disse ao seu lado, com o queixo trincado – agora não.
- Temos que ir mesmo assim.
- Está ficando maluco?! Daqui até a clínica são três horas de subida em encostas! E se virar uma tempestade?
- Temos que ir antes que piore.
- Valen, pra que arriscar a vida dela desse jeito? Qualquer coisa pode acontecer! E se a bateria da ambulância não suportar? E se a gasolina congelar?! Como vamos manter os aparelhos ligados? Ela vai morrer sem eles!
- Ela já estaria morta por muitos outros aspectos, Vic.
- O que está tentando me convencer?
- Só estou te dizendo que... não a conheço bem. Não a conheço como pessoa. Mas sei o suficiente pra ter certeza que ela... vai ficar bem.
- Va...
- Só tenha fé, ok?
Victor parou. Desde a morte de sua sobrinha, ele havia ouvido daquela mesma boca que nunca mais teria fé em alguma coisa. Ele se lembrava perfeitamente da cena. Da pequena Lara já sem vida, na mesma sala em que Glória estava. Lembrava-se do fino cobertor branco que a cobria, das indeléveis marcas de sangue que surgiram. E de Valen, tremendo compulsivamente, com suas lágrimas correndo para dentro dos lábios entreabertos. E a única frase que de lá saía.
Nunca mais... eu nunca mais vou ter fé... porque isso... simplesmente não funciona... Então, seu irmão o abraçou. Como não fazia há muitos anos. Victor ficou sem ação, só sentindo o forte e pesado abraço de alguém que já estava cansado de levar o fardo do mundo nas costas por um tempo muito grande. E quase não acreditou quando sentiu aquelas mesmas antigas lágrimas molhando seu ombro.
- Essa profissão é uma droga, não é?! Deixa você... tão insensível a dor... porque ficamos assim, se a nossa função é curar, porque?
- Eu não sei. E acho que... médico algum tem esta resposta. Sinto muito.
Valen o encarou por quatro segundos e disse, tentando firmar a voz.
- Eu preciso de você desta vez, ta? Eu preciso de alguém que ainda tem fé pra me dar coragem. Eu sei que não vou muito longe nisso, e que você ainda tem um longo caminho. Eu sei que eu deveria ser o mais forte, seu apoio, sua proteção. E é o que... eu tenho tentado ser, mesmo com tudo que aconteceu. Mas agora, eu não posso mais, Vic. Meu limite como ser humano vai até aqui, então, por favor... me ajuda a ir até onde eu não vou saber chegar sozinho. Não sem você. Não sem sua esperança e toda a sua fé.
- E-eu... queria mesmo ter uma conversa dessas. Você sabe, a gente não se fala desde... Valen?
- Fala.
- Você ainda tem raiva de mim? Guarda algum tipo de ódio?
- Não. Sabe, nos dois primeiros anos... eu queria mesmo ter odiado vocês dois com todas as minhas forças. Mas foi... impossível. Porque simplesmente... não poderia odiar quem eu amava, e já tinha perdido a Lara, eu... não queria perder vocês.
- Então porque se afastou da gente? Porque simplesmente abandonou tudo o que era nosso e se enterrou neste hospital? Porque parou de viver, Valen porque?!
- Porque eu... porque eu ainda amo a Ester. E acho que você sempre soube disso, assim como ela.
- Meu... Deus...
- Foi um acidente. Ninguém é culpado. Só tem vitimas. E estas somos nós. Eu se que nunca mais vou voltar a ter felicidade na vida, mas eu quero que você tenha. E pra isso acontecer... eu tinha que ser sincero com você, como estou sendo agora.
Victor se afastou, e foi até a saída do refeitório. O sinal soou. Os vários alunos do turno chegaram rapidamente, formando filas, falando ao mesmo tempo. E mesmo da distância de 5 metros, e muitas vozes juntas, Valen pode entender perfeitamente as três palavras que saíram da boca do irmão.
Eu... sempre... soube. - Respiração?
- Estável.
- Bpm’s?
- 62.
- Pressão?
- 11/8
- Ainda tem glicose suficiente?
- Vai dar pra metade do caminho, daí trocamos.
Estas eram várias das perguntas que os três faziam uns aos outros enquanto empurravam a maca pelos corredores até a UTI-Móvel, que esperava aberta. Valen evitava o olhar do irmão, e a visão terrível que tinham do mal tempo se formando. Enquanto os raios do sol caíam, a temperatura seguia o mesmo ritmo da primeira noite gelada do ano.
O celular de Valen começou a tocar. E como sempre, ele nunca deixava de atender.
- Fale, Yen.
-
Valen, pare agora com essa maca! No mesmo instante, ele fez um sinal com a mão para que parassem.
- O que foi? – Disse, num tom mais baixo.
-
Temos problemas. Acabaram de chegar, e estão indo até você, com a Birget. - Quem?!
-
FBI. Valen sentiu o sangue fugir do rosto.
- Certeza?
-
Esfregaram a credencial na minha cara. Desculpe, não pude te avisar até saírem da minha frente.
- Pegaram o elevador?
-
Sim.
- Ótimo, continua na linha!
Valen deu um longo suspiro, como se precisasse de fôlego.
- Como está de forma física, Victor?
- Bem, porque?
- Vamos ter que descer de escadas.
- Só pode estar brincando – Ester completou.
- Nem faz idéia de como eu gostaria de estar brincando.
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Revelaçõesss!