Há, então este vai ser um post francês! Pela primeira vez nisso aqui OoOoOoO
PRIMEIRO, gostaria de parabenizar a Biaah, Laari e a Adri pela coragem de ler! Meus parebéns, nem eu fiz isso até hoje! Lou! To na Europa só de passagem, é pra eu voltar dia 10 já.... ahhhhhhhhhhh que metidaaaaa do lado do Bill de ceraaa!!! Ainda não estou morando definitivamente na França, mas da próxima vez que eu for não volto mais! Cris deve estar se remoendoooo de ciúmes!!! Lalala eu to na França, você nãão lalalaaaaa!!! Vi que já estou falida pelos presentes que vou ter que levar (né!)
Ah, no dia do EMA (dia 7 né?) eu pretendo estar em Madri, pra ver se eu vejo uns manolos do rock por aí.... se conseguir levar o notebook, vou estar twittando os acontecimentos em @theGSmodel . Gente é sério, nunca, mas NUNCA MESMO vão de Nice até Madri de carro. Principalmente com gente que você acabou de conhecer (sabe, os únicos sóbrios de uma balada...) é loucura! Ta eu estou viva, se meu pai sonhar que viajei 11 horas de carro com duas francesas e um espanhol ele me mata, but... é gente legal!
Falando em fic...eu realmente detestei o cap, eu também quero chegar logo na parte do reencontro, mas é necessário essa enrolação de agora, ok?
Fiquem com Gott, estou com saudades! Boa leitura!______________________________________________________________________________________________________
Capítulo 13 - Transferência - parte 1
Meu amor um dia você irá morrer
Mas eu vou estar logo atrás
Eu vou seguir você até a escuridão
Se não houver ninguém do seu lado
Quando sua alma embarcar
Então eu vou seguir você até a escuridãoTrecho da Música I Will Follow You Into The Dark - Death Cab For Cutie
- Eu vou ver o que posso fazer por você, ok? Fica com o bip ligado, Birget! – Victor disse, voltando para o caminho anterior.
- Hei, Victor! – Ele parou. Birget foi até ele, e mesmo sem jeito, o olhou nos olhos – o paciente na M-15 é homem ou mulher?
- É... homem. – Victor sentiu-se mal por mentir, e principalmente porque não sabia fazer isso, mas não tinha escolha.
- Ah... ok, obrigada – Birget virou-se, indo até os elevadores.
- Você não vai acreditar em... Carl?
- Oi Victor. – O anestesista preparava matérias de cirurgia esterilizados.
- O que houve, Valen?
- Tive de chamá-lo. Não tenho certeza se esta paciente está mesmo acordada ou foi só um espasmo ocular.
- Bem eu ainda estou apostando na segunda opção – disse Carl, com uma pequena pinça com uma lâmina na ponta. – confio no meu trabalho.
- Confiamos. – Valen ressaltou – mas não dá pra arriscar. Acontece, é raro, mas acontece.
- Era teria reclamado de dor antes...
Ester estendeu o braço direito, e limpou com álcool uma área da pele, pouco mais de quatro dedos abaixo no pulso.
- Pode ir – ela disse, fracamente.
- Gente, calma – Victor fez sinal para Carl – pra que dar essa dor pra paciente? Existem outros meios de...
- Sim, mas não temos tempo, nem como – seu irmão o interrompeu – se o coma for genuíno, ela não vai sentir.
- Ok... me desculpe, mas isso vai doer mais em mim, moça.
Apoiando o dedo indicador na parte cega da lâmina, Carl somente arranhou a pele.
- Reação?
- Zero – Ester confirmou.
- Continue. – Disse Valen.
O médico foi um pouco mais fundo. A área ficou vermelha quase imediatamente.
- Reação?
- Zero...
- Vai mais devagar, com mais pressão.
Ele pressionou a ponta da lâmina por dois segundos, e depois aumentou o corte.
- Ta! Chega disso! – Victor disse, de forma alterada. – estão machucando ela...
Carl lhe deu espaço, enquanto ele limpava o ferimento, estreitando os olhos.
- Viu? Foi como eu disse no telefone: ele não havia reclamado antes. Sem alteração na pressão sanguínea, sem atividade cerebral significativa. Ela só abriu os olhos, porque este movimento é mecânico e natural do ser humano, um espasmo. O corpo quis acordar, mas não é assim que a mente se encontra.
- Parecia tão real... – Ester disse – você tinha que ver. Ela olhou como um ponto fixo em foco, não aleatoriamente.
- Não... ela simplesmente não pode mover os olhos.
- Como?
- É o meu palpite, Dr. Valen Reither. Sabe que 5 em cada 7 casos desses, com um acidente em que não sabemos o que pode ter afetado... e se ela danificou o nervo ocular? E se estiver cicatrizando de forma errada?
- Está dizendo que a cegueira é irreversível?
- Pode ser. Ou ela pode passar a enxergar como uma câmera de zoom quebrado: sem nitidez necessária para identificar objetos, lugares... pessoas. Uma cega parcial, mas uma cega. Isso no melhor dos males...
Valen juntou uma das mãos na boca, voltando a pensar no que havia acontecido pouco tempo antes. Qualquer um consegue sentir que está sendo observado. E se ela havia sentido isso? E se não fora um movimento involuntário, mas sim porque Glória quis abrir os olhos? E se ela enxergou um vulto?
- Não tem como saber. Só ela nos contando.
- Concordo.
- Bem, obrigada por ter vindo tão rápido.
- Que isso, precisando é só me bipar. Quando ela vai ser transferida?
- Daqui...
- Hoje. No máximo amanhã – Victor falou na frente do irmão.
- Você decide...
- Decido.
O clima tenso pairou pela sala. Carl se despediu e saiu para a sala de esterilização para deixar a roupa cirúrgica. Ester pegou uma grossa manta de lã e colocou sobre Glória, a sala estava ainda mais fria por causa do inverno.
- Por enquanto, estamos no meu hospital.
- Birget está aqui.
- O que?
- Victor, você a viu?
- Sim, Ester. Ela me chamou assim que saí. E adivinha? Está procurando uma amiga que pode estar neste hospital sem identificação. E quer falar com você.
- O que disse a ela?
- Que você estava em cirurgia de um paciente. Homem.
- Ta, vamos... pensar. O que sabemos dela?
- Que no passado teve um caso com Tom Kaulitz e nunca deixaram de se falar – Ester respondeu.
- Mas ele não está hospitalizado?
- Consciente. Deve receber alta essa semana.
- Acham que ele ligou pedindo pra ela investigar? Que ele não tem certeza da morte de Glória?
- Por isso temos que ir. Valen vá falar com a Birget e avise Yen. Coloca um aviso no quadro clínico, sei lá, temos que ir!
- Cuidem da sala. Ninguém entra.
Valen foi até o segundo andar, e sem pedir licença, entrou numa das salas de raio-x. Yen estava ao lado de Birget, enquanto tiravam fotos de uma perna fraturada.
- Preciso dos dois na minha sala, pra ontem. Deixem isso pros técnicos.
Eles simplesmente largaram o que estavam fazendo e o seguiram. Valen não tinha uma sala especificamente, o que era antes um depósito de limpeza, ele havia transformado no seu arquivo de prontuários pessoal. Ele se sentou numa cadeira, analisando um prontuário de várias páginas em cima da mesa de canto. Demorou a falar.
- Estou som este paciente na minha sala de cirurgia, é um dos muitos que foram vitimados no dia do atentado. Ele está com duas fraturas significativas no crânio e pegou infecção hospitalar.
- Mesmo? – Birget disse. O modo que falou indicava que havia pego a isca.
- Claro. Bactéria. Trazida de fora por alguém que não se esterilizou ao entrar na minha sala. Ainda vou fazer um excelente interrogatório dos que entraram lá nas últimas 72 horas, e vou descobrir quem foi.
Ele fechou a pasta, e olhou para os dois de um modo indiferente.
- Como sabem, não largo casos pela metade. Victor tem uma ala isolada pronta para o receber o paciente na sua clínica, e é onde iremos ir, amanhã de manhã. Não sei quanto tempo vou demorar. Yen, acho que posso deixar as coisas na sua responsabilidade...
- Claro, chefe, conte comigo.
- Fiquei sabendo que estava aqui, Birget. Posso contar com você para ajudar o doutor Wamamotto?
- E-eu? Nossa, eu... claro, doutor Reither! Vai ser uma experiência e tanto!
- Que ótimo. Então está resolvido. Assim que eu desocupar a M-15, vocês tem autorização para usá-la, mas somente dentro do trâmites da página 312, parágrafo 56 do nosso código de ética do hospital. Yen, por favor, depois informe a doutora.
- Pode deixar.
- Sem mais, vou deixar minhas recomendações no quadro de anúncios. Agora preciso correr, a bactéria ainda não identificada já alcançou os rins, tempo significa vida para o paciente.
Os três saíram da sala, e já iam se despedindo, quando Valen voltou a falar.
- Ah, queria falar alguma coisa comigo, doutora...?
- Não. Pode deixar! E muito obrigada pela oportunidade, vai ser uma honra ajudar!
- Claro.
Yen virou-se, e negou com a cabeça, sorrindo. Valen piscou rapidamente, enquanto ligava para o irmão.
- Fale.
- E ela?
- Já estamos terminando de colocar cobertor térmico. A UTI-móvel da clínica chega em 10 minutos, a partir daí, é quando você quiser.
- Ótimo, já estou chegando.
- Espera, e a Birget? Como vai despistá-la?
- Já cuidei disso.
- Rápido você!
- Sempre.
Ao colocar o celular de volta no bolso, o doutor Reither mais uma vez esfregou a mão nos olhos, tentando espantar o sono. Teria de haver algum sofá vago na clínica, pois não ia conseguir dormir na ambulância. Ossos do oficio, logicamente.
Só espero mesmo que possamos te salvar, Glória. Tomara._______________________________________________________________________________________-
Até,
mis amis!