ae, voltei! desculpem a demora, é que as idéias andavam fracas por aqui mas tudo acabou se resolvendo :) esse capítulo tá grande mas... não esperem muitas emoções. as coisas boas ficam pra depois (y) obrigada a tooooooooodas vocês que comentaram e eu fico muito feliz em saber que alguém gosta da AID :) tá, parei de enrolar SAUDHSAUHDHU boa leitura :D
Capítulo 9 – She Waits For Me – Parte 2
"Não quero falar pra voce o que eu realmente sinto
Mas voce ainda está apertando um coração que é feito só de aço"
Ela entrou na sala depressa, e após olhar em volta localizou a irmã sentada em uma das cadeiras do fundo com a cabeça deitada nos braços. Ela caminhou calmamente até ela e sentou – se na cadeira ao lado, virando – se para olhar Fernanda.
- Pode contar tudo - Lí sentou - se na carteira ao lado da irmã, pousando sua mochila no chão.
Fernanda mexeu - se na carteira, desconfortada.
- Contar o que? Não há nada para contar, Lígia - a voz da mais nova ecoou abafada. Não queria contar à irmã como sentia - se naquele momento.
- Chamou pelo nome inteiro. Mas eu sei que está acontecendo alguma coisa e esta "coisa" chama - se Tom Kaulitz - Lí sussurrou o nome do vampiro num tom quase inaudível. Instantaneamente, Fernanda levantou a cabeça e olhou em direção à irmã.
- Você não sabe o quanto está sendo difícil para mim, Lí - a menina desmanchou - se em lágrimas - Eu fui extremamente estúpida e cega ao deixar - me envolver com o Kaulitz! Eu sei que a gente não podia se envolver do eles, eu sei! Mas... Mas... - um grande nó formou - se na garganta de Fernanda, impedindo - a de continuar.
- Shhh, pera. Aqui não é lugar pra gente conversar – Lígia interrompeu a irmã quando as pessoas em volta começaram a olhar. – Anda, vem cá.
Dizendo isso, Lígia pegou suas coisas, e arrastou a irmã pra fora da sala pela mão.
- Lí, o que você ta fazendo? A aula vai começar! – exclamou Fernanda.
- Então anda mais rápido, não quero precisar inventar uma desculpa se pegarem a gente.
Dizendo isso, Lígia acelerou o passo, obrigando a irmã a andar mais depressa. Elas abriam caminho com uma certa grosseria por entre as pessoas que se dirigiam para suas salas, e antes que o sinal pudesse tocar , alcançaram o pátio.
- Lí! – ela ouviu uma voz conhecida demais chamar seu nome.
Lígia ignorou. O que quer que Bill quisesse teria de esperar. Ela puxou a irmã com mais velocidade e saiu para o estacionamento. Destrancou o carro e soltou a mão de Fernanda.
- Agora sim, nós podemos conversar.
- Lí, se pegarem a gente aqui...
- Não vão pegar, não se preocupa. Só entra logo – Lígia interrompeu. Ela estava sendo seguida, conseguia sentir os olhos de alguém a acompanhando desde quando Bill a chamou no pátio.
Ela e a irmã foram em direção às entradas do carro. Lígia abriu a porta, mas antes que pudesse entrar, uma mão a puxou com força pela mochila.
- Dá pra parar de me ignorar? – Bill perguntou, encarando a menina.
- Não. Eu preciso conversar com a Fê – ela retrucou, sem olha – lo nos olhos.
- Pois é, eu também.
- Você? O que você teria pra conversar com ela?
- O mesmo que você, suponho – respondeu Bill.
- Péssima hora, Bill. Tenta de novo depois – disse a garota. Lígia tentou se soltar, mas a mão fria de Bill a segurou com mais força.
- O meu irmão está mal e querendo matar o Yu, e eu preciso saber por que. Se for por uma boa causa eu nem vou me meter – disse Bill, em um tom controlado.
- Eu não sei porque seu irmão quer matar o Yu, e falo sério. Agora, me solte! – disse Lígia em um tom autoritário, dessa vez encarando os olhos do vampiro.
- 13 segundos – Bill comentou, após alguns segundos. Ele e Lígia estavam parados, na mesma posição, apenas olhando um ao outro nos olhos.
- Eu não ligo pras suas regras idiotas, e nem pra você. Agora, me solte!
Bill largou a bolsa de Lígia com grosseria e continuou encarando a garota nos olhos.
- Depois
eu, sou bipolar – falou ele. Em seguida deu as costas à garota e saiu andando de volta para a escola.
Lígia bufou irritada, e entrou no carro. Por sorte, Fernanda ainda chorava o suficiente para não notar nada do que havia acontecido naquele momento, e Lígia pôde ir direto ao assunto.
- Pronto, me conte tudo – pediu a garota virando de lado para olhar Fernanda.
- Eu já contei. Não aconteceu mais nada depois que eu disse que... que...
- Que? Que o quê, Fê?
- Que eu gostava do Yu – a garota respondeu baixinho.
- O QUE?! – exclamou Lígia.
- Você teve a mesma reação dele – Fernanda balançou a cabeça tristemente, voltando a chorar.
- Ow big sis’, não chora – Lígia abraçou a irmã, desajeitada. – Eu só fui pega de surpresa, mas já passou.
- E agora, Lí? O que diabos eu vou fazer? E se ele contar pro Yu? E se o Yu achar que eu gosto dele? Eu não gosto dele, eu gosto do Tom!
- Você só vai saber se for lá e encarar eles – Lígia deu de ombros. – Eu não sou advinha pra saber o que vai acontecer. Ainda mais quando se envolve vampiros. Cê’ sabe que eles são imprevisíveis, mudam de idéia de 2 em 2 segundos e essa coisa toda, não sabe? Vai que o Tom acabou mudando de idéia?
- Como assim? – Fernanda perguntou, encarando a irmã com os olhos cheios de lágrimas.
- Bem... vai que ele decidiu que quer brigar por você?
- Até parece, Lí – Fernanda balançou a cabeça.
- Para de se dimuir, é um saco – Lígia olhou para Fernanda, séria. – E outra, eu não vejo você chorando por causa de um garoto desde quando a gente fazia a 3ª série e o Felipe puxou sua trança. Qual é, o que aconteceu com a Fê durona? Anda mana, você sabe que a geléia da nossa relação sou eu, não sabe? Então você precisa ser forte, ir lá e encarar os dois. E é válido você procurar o Yu e abrir o jogo com ele. Vai que o coitado acaba se iludindo...
Fernanda enxugou as lágrimas e sorriu.
- Você tem razão. Eu sou durona, eu sou forte, eu consigo! Eu sou o máximo!
-
Eu que sou o máximo, olha o que eu fiz! Consegui te animar! Vou escrever um livro de auto – ajuda e ficar rica – Lígia disse, fazendo a irmã rir. – Já sei até um nome: “Como Se Sentir Melhor Para Idiotas. Escrito Pela Expert No Assunto: Lígia Von D”. Vou te citar como minha primeira cobaia, pra você ficar famosa também.
- Ah, obrigada. Vou ser uma cobaia famosa, que futuro – Fernanda ironizou, sorrindo.
- Vou ignorar sua ironia e te fazer uma proposta – Lígia disse.
- Late.
- Que tal a gente ligar o rádio e ficar aqui até o almoço? Tô louca pra perder aula de Alemão e de Física.
- Ai irmãzinha, essa foi a coisa mais inteligente que você já disse – disse Fernanda, sorrindo.
Ela ligou o som e apertou o ‘play’. A introdução de uma música dançante começou a tocar em volume máximo e Fernanda ao reconhecer a música encarou Lígia com uma das sobrancelhas erguidas.
- Fala sério, Lígia. MetroStation?
- É bom pra dançar – Lígia deu de ombros e deitou o banco.
- Anda logo, Lí. Deixa de gordice! Faz 15 minutos que a gente tá aqui! – Fernanda reclamava impaciente, enquanto Lígia procurava calmamente algo entre as opções de almoço.
- Pera! Ainda faltam os meus morangos, eu não consigo achar eles – respondeu a outra, sem levantar os olhos do balcão.
- Não deve ter morango hoje, pega outra coisa.
- Não. Eu quero os meus morangos! – Lígia começava a ficar impaciente.
Uma mão se meteu na frente de Lígia, e tirou um pote de morangos com chocolate escondido no meio das outras comidas. A garota levantou a cabeça e se deparou com Kiro, claramente segurando o riso e levando uma bandeja cheia. Ao seu lado, estava Shin, que parecia distraído com alguma coisa na entrada da lanchonete.
- Ah, obrigadinha, Kiro – Lígia sorriu pra ele e colocou o pote na bandeja. – Você me salvou de levar uns tapas da Fê.
- Sou super – herói nas horas vagas, não te contei? – ele perguntou com uma risadinha.
Lígia e Kiro pagaram pela comida que haviam pegado e foram para a mesa, acompanhada por Fernanda que escutava música com os fones de ouvido e parecia totalmente alheia à conversa.
- Sério? Ain, sempre foi meu sonho conhecer um super – herói – Lígia brincou, rindo. – À propósito, meu nome é Lois Lane, gatão.
Kiro caiu na gargalhada, fazendo com que Lígia risse mais ainda e eles sentaram – se à mesa de costume.
Yu, Georg, Gustav e os gêmeos já estavam na mesa, e olharam para os dois com um grande ponto de interrogação no rosto.
- Ah, não é nada – Kiro respondeu a pergunta silenciosa dos olhares dos amigos.
- Você mente mal, Kiro – Yu disse, encarando a bandeja na sua frente.
- Mas pelo menos eu tento – o outro rebateu em um tom sério, sem encarar Yu.
Lígia, que tentava parecer alheia ao que acontecia ali, abriu o pote e começou a comer seus morangos lentamente. “Hmmm, o que será que nosso amigo rastreador não tenta esconder?”. Esse pensamento martelava em sua cabeça, mas esse não era o momento certo de tentar descobrir isso. Ela tinha um problema muito maior, sentado na cadeira ao seu lado.
- Fê, quer pringles? – perguntou ela, em um tom atencioso.
- Não, Lí.
- E Skittles, você quer?
- Não.
- E sorvete?
- Também não.
Lígia suspirou e depois encarou o pote de morangos que segurava.
- E morango, você quer?
- Ah, morango eu quero! – disse Fernanda, animada. Em seguida pegou o pote das mãos de Lígia e começou a comer.
- Lí, aquela não é a Laís? E a namorada do Shin? – perguntou Georg, apontando para o caixa do refeitório. A garota se virou e olhou. Era realmente Laís e a menina que Shin tinha salvado. Elas saíam da fila com as bandejas nas mãos e procurando um lugar pra sentar.
- LÁ! LÁ! – chamou Lígia, acenando. – SENTA AQUI, LÁ!
Laís sorriu e foi em direção à mesa, acompanhada pela menina que Lígia não lembrava o nome. As garotas ocuparam as cadeiras vagas que haviam, e Laís olhou em volta.
- Onde estão Bill, Tom e Strify? – perguntou ela.
- No pátio – respondeu Gustav. – Eles não vão almoçar com a gente hoje.
Fernanda continuou comendo seus morangos, sem demonstrar nenhuma emoção.
- Ah, entendo. Bem, antes que eu esqueça me deixe apresentar Ana. Vocês já conhecem ela, mas as coisas não são muito oficiais então...
Kiro deu uma cotovelada em Shin, que fez um barulho maior que o normal. O loiro encarou Kiro e um rosnado baixo e profundo saiu de seu peito. Kiro apenas riu.
- Ana, você já conhece meu amigo Shin? Ele é um cara muito legal e adora falar – disse Kiro, com um sorriso danado.
- Você agora fala por mim? – perguntou Shin, ainda encarando o amigo.
- Quando você não é capaz de falar por si mesmo, então eu falo.
- Vocês deviam deixar a garota falar, não? – disse Yu, sem tirar os olhos da bandeja. – Ela está até envergonhada.
Lígia olhou para Ana, e a garota realmente tinha as bochechas vermelhas e parecia não saber pra onde olhar.
- Desculpa eles, Ana. Sofrem de problema de aprendizado – disse Lígia.
- Aprendizado nada, o problema são os hormônios – riu Georg.
- Nada como a puberdade – Gustav entrou na brincadeira, fazendo Yu, Fernanda e Kiro rirem.
- Calem a boca – disse Shin.
Ana deu uma risadinha nervosa e encarou a bandeja.
- Ana, esses são Yu, Georg, Gustav, Kiro, Lígia, Fernanda e... bem, acho que você já conhece o Shin – Laís apresentou todos, indicando cada um ao dizer seu nome.
- Oi – disse ela, com um sorriso tímido.
- Então Ana, tá tudo bem? Você não se machucou depois daquilo? – Lígia perguntou.
- Daquilo? O que aconteceu? – Fernanda perguntou.
- Aquele debilóide, parente do Viktor, quase me atropela outro dia. Mas o Shin se meteu e me tirou da frente do carro – respondeu Ana mais à vontade.
- Oh, meu herói! – Georg disse fazendo uma voz feminina, e lançando à Shin um olhar apaixonado.
- Listing, se continuar soltando a franga pra cima de mim vai acordar sem o Júnior – ameaçou Shin.
Yu olhou para Shin, incrédulo.
- Você realmente disse isso?
Shin abriu a boca para responder, mas foi interrompido pelo sinal barulhento que sinalizava o início das aulas.
- Salvo pelo gongo, machão – Kiro brincou com Yu, fazendo – o soltar uma risadinha.
Os vampiros saíram calmamente do refeitório, despedindo – se das meninas. Por fim, do grupo que antes estava na mesa, restaram apenas Lígia e Fernanda no refeitório.
- Eu tenho aula de História Alemã agora – reclamou Fernanda. – A gente se vê no final da aula. Vou com você pra casa.
- Certo. Você vai ficar bem?
- Vou, Lí. Não precisa se preocupar.
- Tudo bem – sorriu Lígia. – A gente se vê depois, big sis’.
Fernanda deu um sorrisinho para Lígia e foi para sua sala, enquanto a garota seguia o fluxo de alunos que subia para o 2º andar. Ao entrar na sala de Biologia, ela ocupou uma das carteiras do fundo e esperou entediada o início da aula. Quando o segundo sinal tocou, ela viu um garoto alto e de cabelos compridos, pretos e lisos entrar na sala junto com o professor. Ele andou rapidamente até uma carteira próxima a de Lígia, e a encarou com um leve sorriso nos lábios. Lígia sentiu – se derreter com o sorriso de Bill Kaulitz e olhou para a frente da sala, com um ar derrotado.
- Odeio biologia.