Hallo babiesss!
Susi quieta, o post é mio!
galera hoje, o post é dedicado a alguém very super especial que eu e Susi tivemos a honra de conhecer. Uma das fãs mais importantes e destacadas do estado e do país (sem brinks!) alguém que está prestes a se mudar para a terra dos ninos alemães. Mas claro, em breve, pelo menos a Susi vai ser sua vizinha de país!
então Louuuu, o post é pra você amiga
já estamos com saudades!
e só pra avisar a Susi veio chorando o caminho todo até em casa, todo mundo ficou olhando pra garota estranha com camisa de TH morrendo de chorar e borrando o lápis preto todo, um desespero só
tsc'
quando ela ler ela vai me matar
whatever!__________________________________________________________________________
Capítulo 9 – Ainda Respirando
Personagens novos começam a aparecer, não vamos descrevê-los, vocês vão descobriram conforme vão lendo. Imaginamos os três principais assim:
Dr. Valen Reither
- Spoiler:
Dr. Vitor Reither
- Spoiler:
Dra. Ester-Anne Reither
- Spoiler:
aí estão. Boa leitura esperamos os coment's!
_______________________________________________________________________________
Cafeteria do Hospital Universitário de Schleswig-Holstein, Kiel
25 de Setembro, 01:52am
"...como podem ver ao fundo, a confusão está generalizada na Estação central de Berlin, uma das maiores do mundo. À três dias, a estação foi um dos vários pontos de uma ataque terrorista em várias partes da Europa, todos executados na manhã do dia 22. O manejamento dos pacientes está sendo organizado de lotação em lotação. Por causa da grande demanda, hospitais como o Universitário em Kiel e várias clínicas particulares, já transferiram seus internos numa ala específica, para que as vítimas do ataque tenham locais para serem atendidos. Várias pessoas ainda estão sendo encontradas com vida nos escombros, e estão sendo levadas de helicóptero de Berlin, para vários pontos do país. A seguir uma reportagem..." A grande TV da cefeteria foi desligada. Todos os médicos e residentes que haviam passado a noite de plantão e esperavam aqueles pacientes feridos no atentado olharam para trás. Como sempre, o firme e temível par de olhos acinzentados os encarou, gelando a alma.
- Nós não precisamos mais dos noticiários para saber o que está ocorrendo na capital. Nosso governo está cumprindo a função dele, indo atrás dos responsáveis. Já nós... - ele largou o controle remoto na mesa - nós temos de ficar, e lutar pra salvar o máximo de pessoas possível. Acabei de receber o retorno de uma ligação de nossa equipe de paramédicos que está lá. Segundo os cálculos, daqui menos de uma hora este hospital vai estar com superlotação de pessoas que estavam a três dias lutando pra viver. Nossa capacidade de leitos não é suficiente, tenho consciência disso. Portanto, é a regra geral é esta: salvem vidas. Não importa como, o que tenham de usar, ou que decisões vão ter que tomar. Acho que cada um aqui sabe ver nos olhos de uma paciente se ele vai morrer ou não. Lutem pelos que vão conseguir.
Ele olhou mais uma vez no rosto de cada um. De médicos veteranos a universitários fazendo seu primeiro estágio, todos pareciam um tanto apreensivos pelo longo dia que iria se iniciar.
- Ao trabalho, doutores. O hospital está 100% à disposição, menos a minha sala de cirurgia. Vamos!
O enorme grupo saiu em poucos segundos, indo para os seus postos, mais determinados do que nunca. Mas um dos médicos ficou. Um oriental, que parecia estar na casa dos 50 pegou o controle da televisão, dando uma risadinha.
- Você não tem jeito mesmo, Valen.
- Claro que tenho, e meu jeito é esse, Yen.
- Claro - e o médico religou a TV.
O Dr.Valen Reither era a lenda vida do Hospital Universitário de Schleswig-Holstein. Tinha 41 anos, mas os traços do esgotamento total eram demonstrados em olheiras fundas, que não tiravam o brilho acinzentado dos olhos. Trabalhava no mesmo hospital desde os tempos da faculdade, era cirurgião-chefe de todo o setor, responsável por todos os residentes recém-formados. Havia feito mestrado de cirurgia reconstrutiva, era especialista em todo tipo de procedimento cirúrgico pós-trauma. Um dos médicos mais requisitados do país e do continente; chegava a fazer 15 cirurgias por dia, de pessoas de toda a parte, recém acidentados com fraturas que qualquer outro médico diria irreversível. Mas não para Valen. Com quase 20 anos de carreira, nunca havia perdido um paciente. Esta era a sua regra principal, levar o juramento de Hipócrates¹ ao infinito. Os melhores médicos disputavam para entrar em sua famosa sala de cirurgia, a M-15, ou como vários cochichavam, a "Milagre 15-vidas", pelo número de cirurgias normalmente realizadas, e pelos milagres que dali saíam. A experiência de ver o melhor do ramo em ação era quase indispensável para uma boa carreira na medicina. E quando não estava abrindo e costurando pacientes, era o seminarista principal, dando cursos com vagas limitadas pelo Leste Europeu.
Valen, como os mais íntimos lhe chamavam - cerca de 5 pessoas no mundo com essa autorização - poderia ter feito como muitos médicos brilhantes como ele. Poderia ter se mudado para os Estados Unidos e ter um belo consultório na Park Avenue em NY, ou ter a sua própria clínica, que levasse seu nome na placa da frente. E ele poderia fazer isso em cinco minutos com duas ligações no máximo.
Mas não era isso que ele queria, jamais estivera em seus planos ajudar financeiramente a si. Para Valen, o que importava era salvar vidas, e ajudar a formar o maior número de médicos competentes possível. Nem que pra isso tivesse de se submeter as suas costumeiras horas de trabalho - já havia passado dias no hospital sem voltar pra casa. Pelo jeito, a história de dormir cinco minutos a cada 12 horas durante vários dias iria se repetir.
- Vai me ajudar com os novatos até o pior caso vir pra mim?
- Quem sabe eu não tenha piedade da sua alma...
- Poxa vida, Yen! Tá, o que vou ficar te devendo?
- Depois que, as coisas se acalmarem... dois chopes bem gelados. Você paga.
- Ok, mais uma vez nem sei o que vou fazer com o salário, só como aqui mesmo...
- Você só vive aqui, Valen. E isso é errado. Sacrificar sua vida pessoal pelo que...
- Não vamos voltar no velho assunto, não é mesmo?
- Não. - Disse Yen, suspirando e colocando as mãos no bolso no jaleco branco.
- Vamos trabalhar em vez de assistir TV.
- Por enquanto está tranq... nossa - Yen arregalou seus olhos rasgados ao ver a TV, e Valen seguiu seu olhar.
Mostrava filmagens feitas no dia do atentado, dois pacientes ensangüentados e desacordados sendo levados às pressas para dentro de um hospital. Na legenda abaixo da tela, os nomes Tom e Bill Kaulitz estavam destacados em vermelho.
- Não sabia que tinha acontecido com eles... - Yen quase não tinha voz.
- Quem?
- Os Kaulitz. Aqueles gêmeos da banda mais famosa desse país.
- Ah, é, os tais Tokio Hotel - Valen encarou a tela, estreitando os olhos - como pode ver, gente famosa também não está imune.
- Olha o que estão falando... ele pode ter perdido a esposa. O nome dela estava na lista de passageiros - Yen repetia o que lia na tela.
- Yen, vamos. Se eles estão internados em Berlin, então não é problema nosso. Vou tentar contato com nossa equipe no marco zero outra vez - Valen passou a andar, com o celular colado na orelha. Se tinha uma coisa que realmente não suportava era gente famosa. Graças a Gott não estão aqui, pensou. Sabia que ele seria o responsável por qualquer coisa que acontece com algum paciente naquele hospital. Estava livre daquela responsabilidade.
Ou assim pensava.
03:37 am
Pouco tempo havia se passado desde as instruções do Dr. Reither. Mas o caos já estava ali para sufocar suas palavras de calma e controle. O hospital estava com mais pacientes que podia atender. Muitos sobreviventes chegavam numa ambulância atrás da outra, nem mesmo o registro conseguiam fazer. Para quem ficava responsável pela maca, a missão era achar algum canto e salvar uma vida. Os residentes não conseguiam esconder o pânico. Os médicos tentavam atender vários pacientes ao mesmo tempo. Valen Reither ia de quarto em quarto, assim que o viam, passavam a chamá-lo. Ele dava uma ou outra instrução, aumentava o soro, ou ajudava a por um fêmur no lugar. Mas ainda não havia achado seu desafio - o pior e mais complicado caso. Andando de um lado a outro, ele o procurava.
Até que seu celular tocou.
E ele parou pra respirar quando viu quem era.
- Fale, Ester.
-
Fala mais alto, estou dentro de um helicóptero! - A voz gritante feriu seus ouvidos.
- O que tem pra mim?!
-
O seu caso. É grave o suficiente! - Descrição.
-
Mulher, 20 e poucos anos, cerca de 1,70metros, 50 quilos. Inconsciente. Perda significativa de sangue. - CID?
-
Quer toda a tabela de fraturas?! - Pelo menos alguns.
-
Eu acho... CID's S02.1; S82.9; possivelmente uma S12.0; múltiplas S22.3; S02.6 esquerdo; T24.1 perna esquerda; S32.0; tem tantos T02.2 e T02.3 que nem sei descrever... - a voz dela ficou tensa -
e por aí vai. - Onde a achou, dentro de um triturador?
-
O lado esquerdo do corpo estava esmagado num escombro. Não sei se não vai precisar de amputação.
- Sem essa. – Ele falou, de modo autoritário, como se já examinasse o raio-x da paciente.
-
Ainda vem o pior! - Ela fez uma longa pausa -
Beta HCG positivo.
- Vivo?
-
Sim, sinais vitais ativos. Ele passou a mão no cabelo escuro, levemente ondulado. A tensão passou a vir, acelerando sua pulsação.
-
Valen... ela pode estar com um tumor cerebral. - Como assim pode estar, Ester?!
-
Acho que... o acidente o empurrou... ela o expeliu pelo nariz. - Que?
-
Está em sobre-vida. Eu realmente não quero este caso pra você. Ele andou mais cinco passos, decidindo.
- Não é você que decide. M-15 está pronta para a paciente.
-
Dr.Reither...
- Dra. Ester-Anne Reither, eu estou esperando.
-
Estamos lutando pra trazê-la viva até aí! - Ótimo, meus parabéns! Então a traga e eu faço o resto! - Ele estourou.
-
Valen. - Quanto tempo pra chegar aqui?!
-
Cinco minutos - ela se deu por vencida.
- Quero esta paciente em três. - Ele desligou a ligação.
Valen passou a correr pelos corredores cheios. O chamavam, mas ele não ia parar. Sua missão tinha começado. Quando chegou na recepção, a enfermeira, atendendo dois telefones e vários pacientes lhe deu passagem para o microfone.
- Atenção corpo clínico, é o doutor Valen Reither. Solicitação para apoio de equipe, atenção na chamada. Anestesista geral Meitha, Carl. Obstetrícia Shawskritter, Sonja. Neurologia Wamamoto,Yen. Clínico geral fraturas Patrikko, Mirko. Enfermeira chefe Werlich, Martha,e quanto a enfermaria, traga mais dois ajudantes. Sala de cirurgia M-15, urgência. Paciente chega de helicóptero em dois minutos, múltiplos CID fraturas. Todos se encaminhando para a sala,
stat!
Ele deixou o microfone e saiu correndo até o elevador. Ia esperar a paciente na pista de pouso, no teto principal do complexo de prédios.
Ao escutar seu nome, Yen suspirou, se virando para o residente.
- Escute, eu tenho que ir!
- M-mas doutor.
- Olhe aqui rapaz. Você teve umas das melhores notas, mas isso foi teoria, agora é prática!
Ele pegou a mão do residente, fazendo com que ela fosse até a parte interior da coxa esquerda de uma garota de 14 anos. Ela urrou de dor.
- Ela está com a artéria rompida. Você vai segurar essa artéria até a enfermeira trazer o bisturi, me ouviu?
Aterrorizado, ele escutava a pulsação, sentia o sangue escapando da veia. A vida da paciente estava sendo segurada por seu dedo indicador.
- Ouviu, residente?!
- Sim doutor! – Ele gritou, tentando manter a calma. Se não tivesse tanto sangue...
- Ela já vai voltar com o bisturi. Até lá, mantenha a paciente deitada, segure firme e não solte. Uma vida em suas mãos, literalmente. Não me decepcione.
Ele saiu do quarto lotado de pacientes, tentando se locomover no corredor.
- Mas que droga é essa?! – Sonja Shawskritter disse, enquanto tirava as luvas cheias de sangue – estava no meio de um parto!
- Ele é o chefe, Sonja. Vamos logo.
- Ele chamou os melhores do hospital pra M-15! Os residentes vão matar todo mundo!
- Não vão. Se chegaram até aqui então sabem o que fazer.
- Será que o doutor Reither sabe?! – Ela disse, totalmente irritada, enquanto se vestia para a cirurgia e desinfetava as mãos.
- Sabe, doutora Shawskritter. Ele sabe.
Foi um momento para respirar. Mas por poucos minutos. No horizonte leste o helicóptero apareceu. Ao aterrisar, a força do vento jogava seu corpo para trás, ele ficou parado, enquanto via Ester descer com a maca, segurando o respirador da paciente do rosto. Ela passou por ele, enquanto entravam no elevador para macas.
- Está atrasada dois minutos.
- Cale-se Valen. – Ela vociferou, olhando para a paciente. Tocou de leve em seu pulso ferido.
Valen olhou para o corpo na maca. Não dava nem para identificar que era um ser humano, pela quantidade de sangue, cortes, hematomas. Um sangue grosso e escuro - o que indicava falta de oxigenação, e muito tempo sendo pressionado pelo crânio - escorria vertiginosamente pelo nariz.
- Ainda respirando...?
- Sim. Vitor ligou? – Ele trincou os dentes.
- Não. E sei que não vai aparecer. Não é do feitio dele sair do próprio palácio.
- Está errado, Valen. Ele vai estar aqui e sabe por quê?
- Você sabe? – Ele a encarou por um segundo e se arrependeu no segundo seguinte.
- Porque ele é seu irmão. Seu sangue. Seu DNA. É você. Querendo ou não.
- Você é esposa dele, você que sabe.
- Por favor... – foi a ultima coisa que falaram antes das portas do elevador se saírem.
______________________________________________________________________________
¹ Juramento de Hipócrates - juramento que todos os médicos fazem na formatura do curso de medicina, a vida acima de tudo.
a descrição dos CID's usados são:
S02.1 fratura da base do cranio
S82.9 fratura da perna, parte não especificada
S12.0 fratura da primeira vertebra cervical
S22.3 fratura da costela
S02.6 fratura da mandibula
T24.1 queimadura 1 grau membros inferiores
S32.0 fratura da vertebra lombar
T02.2 e T02.3 fraturas de regioes multiplas envolvendo um membro superior/ inferior
entenderam??