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 Kadance's Flowers

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MensagemAssunto: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 10:23 am

Kadance's Flowers  B680021






Personagens: Kadance, Tom Kaulitz, Marie, Bill Kaulitz, Gustav, Georg e outros.

Gênero: Drama, drama, drama e ~mais~ drama

Terminada ou não: Sim

Idade:18

Contém: sexo heterossexual, violência e tragédia






O que se pode fazer quando as consequências que irão te impedir de ficar com a pessoa que se ama não podem ser evitadas? Será que pelo menos uma vez em toda a nossa vida, podemos passar por cima do que foi predestinado para cada um de nós?




Última edição por Júlia G. em Qui Jan 27, 2011 9:32 am, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 12:07 pm

Posta gata!!!!!!!
^^,
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 12:07 pm

Posta..com certeza eu vou ler
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 12:11 pm

Posta sim eu leio com certeza Jùlia, você escreve muito bem ...
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 12:13 pm

Júú, com certeza posta linda Wink
Tenho certeza que essa fic vai ser de arrasar.
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 12:22 pm

Posta sim Jú, você escreve maravilhosamente bem e essa fic vai ser perfeita como todas as que você faz ^^
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 1:23 pm

é claro que posta, Jú
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 1:25 pm

Eu sei, eu sei que eu disse que só ia postar amanhã ou depois de amanhã, mas a minha vontade de começar a postar essa fic é tão grande que eu não respondo por minhas ações uq e.e
Então, lá vamos nós denovo, espero que vocês gostem Smile

PS: só para lembrar a vocês que nessa fic, Tom, Bill, Georg e Gustav não são famosos.







Kadance's Flowers  Img1743largehorz




A porta da pequena cafeteria se abriu, fazendo tilintar o pequeno sino em cima da porta. Tom ergueu os olhos, enquanto baixava a xícara de café fumegante. Observou por alguns segundos a bela e tímida moça loira sair do lugar e se deter logo adiante por causa da chuva, embaixo de um pequeno e elegante toldo vermelho preso acima da porta.

Apreciando mais um gole de café quente, que descia quase queimando sua garganta e contrastando violentamente com aquele frio devastador, ele admirou a mulher mais uma vez. Ela possuía feições fortes, e curtos cabelos louros que se agitavam com a ventania. Vestia roupas de frio, e carregava duas sacolas que pareciam estar lotadas.

Havia alguma coisa em seus olhos... Algo que Tom não sabia definir, mas que o atraira profundamente desde que ele a viu pela primeira vez quando entrou na quente e aconchegante cafeteria. Talvez fosse timidez, seriedade. Uma aura de grande reserva pairava em torno dela. Isso o intrigara de maneira tão intensa, que ele percebeu que sentia vontade de conhece- la. E agora, sua única oportunidade estava à sua frente, enquanto a garota loira estava parada em frente à porta da cafeteria e afundando o queixo no cachecol escuro para se proteger do frio.

Como que atraído por um estranho magnetismo, Tom deixou o dinheiro em cima da mesa, ao lado da xícara de café que apesar de vazia, ainda fumegava. E então levantou- se e foi até a porta. Quando a abriu, esperava que o barulho do pequeno sino sobre a porta a fizesse se virar e olhar para ele, mas ela não se virou.

Ele chegou mais perto dela, enfiando as mãos nos bolsos e enterrando o queixo na gola de seu sobretudo preto, tentando bloquear as rajadas de vento gelado que se chocavam agressivamente contra o seu corpo. Quando estava mais perto, sentiu o cheiro de seu perfume, discreto e ligeiramente doce.

Ele se postou logo ao lado dela, e a mulher o olhou ligeiramente. Quando ele sorriu, ela devolveu o sorriso discretamente, e olhou para o chão logo em seguida.

Procurando aquecer- se mais, ele apertou os braços ao lado do corpo. E então, falou com ela.

- Oi.

Ela olhou para ele, parecendo assustada. Mas quando viu que ele sorria simpaticamente, tranqüilizou- se e o olhou nos olhos, também sorrindo:

- Olá.

- Como você vai? – Disse Tom, sorrindo. Percebeu que a garota deteve- se por um momento em seu piercing nos lábios antes de responder:

- Vou indo bem... – Ela disse olhando para ele, analisando- o. - Você parece com frio. – Ela disse sorrindo e apontando com o queixo para Tom, que estava imóvel e tinha os braços praticamente colados junto ao corpo.

- Eu? Claro que não, eu não sinto frio. Eu sou como... I am the Superman , you know. Não tem essa de frio. – Ele deu de ombros, sorrindo. E como que para o trair, seus dentes começaram a bater.

A garota riu, e revirou os olhos. Depois, olhou para a chuva e soltou um suspiro cansado.

- Você está esperando alguém? – Ele perguntou, tentando fazer com que o assunto parecesse o mais casual possível.

- Só esperando que essa chuva passe logo. – Ela disse, sorrindo de maneira paciente.

- Mas... Porque você não vai de táxi? – Tom apontou com o queixo para um ponto de táxi do outro lado da rua, onde alguns taxistas se aconchegavam dentro de seus carros com aquecedor.

Ela sorriu e olhou para o chão, tímida.

- É que... Eu não tenho dinheiro.

Ele olhou para ela surpreso, e chegou mais perto. Ela ergueu os olhos, parecendo apreensiva com a aproximação de Tom. Ele parou ao seu lado, e abaixando a cabeça novamente por causa do frio, ergueu os olhos para ela e disse, abrindo um sorriso:

- Deixe que eu pague para você.

- Não precisa, obrigada. A chuva vai passar, eu não quero tirar o seu dinheiro. - Ela disse, sorrindo de maneira conformada.

- Tudo bem. – Ele disse.

Tom cruzou os braços e olhou para as nuvens no céu. Tudo estava preto, e um relâmpago acabara de rasgar o espaço acima deles.

- Mas parece que isso aqui vai longe. Vamos então fazer um acordo? Eu também preciso de um táxi. Eu pago por nós dois agora, e depois você me paga a sua parte.

Ela olhou para ele, erguendo as sobrancelhas.

- Sem pressa, pague quando você puder. – Ele disse, erguendo os braços na altura do peito e mostrando a palma das mãos, como que para mostrar que não havia pressão nenhuma quanto à devolução do dinheiro.

Como que para concordar com Tom, um relâmpago pior do que o anterior cruzou o céu, causando uma claridade que praticamente os cegou. Ela olhou para ele, que estava sorrindo como uma criança que havia acabado de perceber que ganharia uma disputa. E então, desistindo, ela aceitou:

- Você venceu. Vamos.

Ele riu com um ar triunfante, e ela revirou os olhos, achando graça.

Tom pediu para que ela esperasse embaixo do toldo sobre a entrada da cafeteira, e atravessou a rua correndo sob a chuva em direção ao ponto de táxi. Em poucos minutos, ele estava ensopado e tremendo dentro do carro, com os braços cruzados em frente ao corpo.

O taxi parou em frente à cafeteria, e a garota abriu a porta e entrou rapidamente. Depois de colocar suas sacolas no chão do carro, ela então virou- se para Tom e disse, sorrindo:

- Obrigada. Eu... Eu juro que vou te pagar assim que puder.

- Sério, não precisa se preocupar. – Ele disse, sorrindo afavelmente. Tom podia ver que agora, apesar de ainda estar um pouco retraída, a garota agora sorria amigavelmente para ele.

Os dois se entreolharam por alguns segundos, e então, sentindo que ela também havia demonstrado interesse, Tom resolveu falar:

- Eu estava olhando para você na cafeteria. Você é muito bonita.
Ela pareceu surpresa, e olhou para os joelhos timidamente, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

- O... Obrigada. Você também...Também é muito bonito.

Ele sorriu, e ela o olhou nos olhos.

- Como você se chama? – Ele perguntou.

- Kadance. – Ela respondeu, passando a mão nos cabelos, sua face enrubescendo.

- Prazer, eu sou Tom. – Ele sorriu lindamente, estendendo a mão para ela. – Seu nome é muito bonito.

Ela apertou a mão de Tom delicadamente. Tom apreciou o toque de sua mão quente, que parecia ferver em comparação à sua enorme mão congelada. Kadance pareceu perceber isso também, e comentou sorrindo:

- Superman? Mesmo? Sua mão está gelada! – E então, chegou mais perto de Tom, puxando as mãos dele e as colocando em seu colo, esfregando- as com as suas próprias para aquece- lo. Ele se deteve por um minuto, olhando seus olhos. Ela era linda, e aquele mistério em seus olhos ainda permanecia. Na verdade, agora era muito maior. Seus traços pareciam carregar tristeza. Ela parecia ter sofrido muito em algum momento de sua vida.

A chuva havia aumentado, e o táxi estava chegando perto de onde ela morava. Kadance ainda segurava as mãos frias de
Tom em seu colo quente. Quando o carro passou por um quebra- molas, as sacolas se agitaram e uma delas se abriu ligeiramente. Tom olhou de esguelha para seu interior, e pode ver ali várias caixas brancas. Caixas de remédio. As duas sacolas estão lotadas com vidrinhos de cápsulas?

Para quem seria aquele remédio? Antes que ele pudesse chegar a uma resposta satisfatória, ela puxou discretamente com o pé as duas sacolas para baixo de suas pernas.

- Chegamos. – Disse o motorista encostando o carro em uma rua, em frente a um pequeno prédio. Kadance olhou para Tom como quem se desculpa, enquanto ainda segurava suas mãos.

- Já disse que você não precisa se preocupar. Não vai fazer falta. Pague quando puder. – Ele sorriu, afagando delicadamente o joelho de Kadance.

- Eu sei que já agradeci, mas obrigada de novo. Se não fosse por você eu estaria lá até agora. – Ela sorriu timidamente.
Então, retirou de maneira delicada as mãos de cima das de Tom, e pegou as sacolas no chão do carro. Quando ela ia abrindo a porta, ele a chamou.

- Ei, Kadance.

Ela se virou e olhou para ele.

- Eu posso voltar a te ver? Por favor.

Kadance olhou para aquele garoto, sorrindo. Viu como ele era bonito, e sentiu- se atraída pelos seus músculos que se evidenciavam ligeiramente sob sua roupa de frio. Mas o que mais a encantou nele foi algo além disso. Foi a vontade de viver que ele parecia emanar. Sua energia era algo que contagiava um ambiente, e era disso que ela precisava. Imediatamente ela se sentira bem perto dele. E então, convencida de que queria voltar a vê- lo novamente, falou, sorrindo:

- Claro. Venha cobrar o que eu te devo quando quiser.

Ele sorriu, e seu semblante se iluminou.

- Vou vir te ver amanhã então.

Ela assentiu calmamente, antes de fechar a porta do carro.

- Até amanhã Tom.

O carro deu a partida, e Tom virou- se para ver Kadance correndo até a porta do prédio e apertando o interfone impaciente. Segundos depois, a porta se abriu e ela entrou, carregando suas sacolas.

Quando virou- se para frente de novo, Tom não pode deixar de pensar em quem deveria ser a pessoa com quem ela falou ao interfone. Será que ela morava com alguém? Será que ela já possuía outro homem? Ele desejou com todas as forças que a última pergunta não fosse verdade, porque ele queria tanto voltar a vê- la.

Então, enquanto voltava para casa, ele começou a olhar de maneira vaga para a chuva lá fora, e a pensar incansavelmente no mistério do olhar de Kadance e em como aquela mulher parecia haver despertado alguma coisa que estava desacordada havia muito tempo dentro dele.





Kadance mal havia chegado em seu apartamento e já sentia vertigens, que com certeza eram conseqüência da gripe que deveria ter acabado de pegar. Apenas o pouco tempo em que passara na chuva já havia sido o suficiente para fazer com que ela chegasse em casa encharcada da cabeça aos pés e com os dentes batendo de frio.

Completamente exausta, ela pegou as duas pesadas sacolas com comprimidos e levou- as para o seu quarto. Deitada em sua cama, Marie, uma japonesa esguia e também sua melhor amiga desde a infância, pintava as unhas.

Kadance abriu uma gaveta em sua estante e ali foi despejando ruidosamente o conteúdo das duas sacolas. Marie deteve- se para olhar para ela, dizendo:

- Você sabe que se não tiver cuidado com isso vai precisar encarar outra fila gigantesca naquele hospital nojento, não sabe?

Depois que a gaveta estava cheia, Kadance a fechou e jogou as sacolas em um canto, indo se sentar ao lado de Marie.

- Sei.

- Então por que você não toma cuidado? Você não pode ficar enfrentando essas filas o tempo inteiro, você sabe que isso vai te deixar exausta.

Marie parou de falar quando olhou para os cabelos e para as roupas de Kadance, que estavam pingando.

- Olhe para você, está ensopada da cabeça aos pés! Você quer morrer? – Ela disse, se levantando e puxando a amiga pelo braço em direção ao banheiro. – Sério, vai tomar um banho quente, eu vou trazer algum agasalho.

Kadance ligou a ducha, e virou- se para olhar para Marie. Quando viu a expressão alterada da amiga parada ao seu lado, sorriu e disse:

- Marie, você sabe que não precisa cuidar de mim como se eu tivesse catorze anos, não sabe?

Marie revirou os olhos. Era inacreditável como Kadance era incapaz de se preocupar consigo mesma.

- Você age como se tivesse catorze anos, não vinte! Age como se não soubesse que é mais frágil do que a maioria das pessoas. Age como se não ligasse para o fato de que pode morrer se não se cuidar. E o principal de tudo, é que você age como se não soubesse o quanto você me faria falta se fosse embora.

Kadance olhou para a amiga, que tinha os olhos molhados e vermelhos. Tinha visto esse filme por vinte anos. Era sempre isso que acontecia quando Kadance se descuidava por um segundo sequer. O que seria de sua vida se Marie não estivesse lá para cuidar dela? E então, compreendendo a preocupação da amiga, sorriu para ela.

- Não se preocupe Marie. Eu prometo que estou me cuidando. Isso foi só um acidente.

Marie enxugou uma lágrima, e olhou para o chão. Kadance a abraçou, e Marie, com a cabeça enterrada em seu ombro molhado, disse:

- Me desculpe, eu não queria ser grossa. É que eu te amo muito. Você é minha irmã, a única coisa que eu tenho. Não quero te perder por causa dessa maldita doença.

Kadance não sabia o que dizer, então apenas a abraçou mais forte.

Marie olhou para ela e disse por fim, sorrindo de maneira triste:

- Eu vou pegar algo quente para você vestir. Vá tomar um banho logo, você está gelada.

- Tudo bem Marie. E depois, eu tenho uma coisa para te contar.

Marie, parecendo curiosa, saiu do banheiro. Logo em seguida voltou trazendo um moletom preto. Olhou para Kadance, que já havia começado a se despir das roupas molhadas e falou:

- Vou esperar aqui fora. Estou curiosa. – Ela riu, já parecendo menos nervosa, e então desapareceu quarto adentro.

Por mais quente que a ducha estivesse, Kadance ainda tremia de frio. Não deveria ter saído de casa quando o clima estava tão louco. Era justamente nesses dias que ela poderia facilmente pegar uma gripe que a devastaria. Mas como era teimosa, não aceitou a ajuda de Marie, que havia se oferecido para pegar os remédios no hospital. Ela se perguntava às vezes se algum dia essa teimosia a mataria.

Quando terminou de tomar seu banho, secou os cabelos com um secador e vestiu o pijama preto e quente que Marie havia trazido. Quando saiu do banheiro, a amiga estava sentada em sua cama, e olhava para ela curiosa.

- E então, não vai me contar? – Ela disse, enquanto Kadance se jogava na cama ao lado dela, sorrindo de maneira radiante.

Kadance olhou para Marie, fazendo um pouco de suspense.

- Conta logo. – Marie sorriu, agitando- se nervosamente.

Kadance suspirou, e então prosseguiu:

- Eu conheci um garoto. Era isso.

Marie arregalou os olhos, e riu abertamente enquanto agarrava Kadance pelos pulsos e começava a implorar para ficar à parte da história.

- Me conta tudo, todos os detalhes, por favor. Como ele se chama? Você vai ver ele de novo?

- Calma Marie, calma. Eu vou te contar tudo. Foi o seguinte...

Kadance contou para a amiga a história toda, desde a hora em que havia conhecido Tom, até o momento em que ele havia prometido que iria voltar para vê- la de novo.

- Mas isso é incrível! Ele realmente parece estar a fim de você! – Exclamou Marie.

- Não vamos tomar conclusões precipitadas. Ele pode voltar querendo o dinheiro que eu fiquei devendo. – Disse Kadance, embaraçada. – E sem contar que... Nunca iria rolar.

Marie desfez o sorriso quando percebeu o desânimo da amiga. Olhou para ela com compreensão, e então perguntou:

- Você acha que nunca iria acontecer por causa da...

- Por causa da doença. Esquece. Ele nunca iria querer nada comigo depois que soubesse que eu tenho AIDS. – Interrompeu Kadance, que sempre sentia devastada por dentro ao admitir isso para si mesma.

- Mas Kady, existem tantas pessoas que convivem com isso normalmente, tantos casais que passam por isso...

- Marie, não vê que ele é jovem, que tem uma vida pela frente? Porque você acha que ele iria querer alguma coisa com uma soropositivo? Eu... – Lágrimas começaram a brotar do rosto de Kadance. – Eu já desisti de ter uma família. E não é justo, eu não fiz nada para merecer isso! Porque isso foi acontecer Marie? Por quê comigo?

Marie não sabia o que dizer, então apenas abraçou a amiga o mais forte que pôde.

Kadance chorou em seus braços até estar exausta o suficiente para dormir pesadamente. Marie só a acordou uma vez, para que pudesse tomar os seus remédios, e então deixou que ela dormisse até o dia seguinte.

De manhã, o drama da tarde anterior parecia ter passado. Marie estava pondo o café da manhã enquanto Kadance tomava a primeira dose de seus remédios do dia ao seu lado, quando o interfone do apartamento tocou.

Marie, segurando uma garrafa térmica com café e duas xícaras, tirou o interfone do gancho e o segurou entre o ombro e a orelha.

- Olá? Não, aqui não é ela. Ah... Só um momento.
Kadance, que estava ao lado da pia com um copo de água na mão, olhou para a amiga.

“Você vai atender? É... Ele.” Perguntou ela silenciosamente, com uma das mãos tampando o bocal do telefone. Kadance apenas estendeu a mão e pegou o interfone. Procurou acalmar- se um segundo antes de atender. Não queria que parecesse que ela era inexperiente com isso.

- Alô?


Última edição por Júlia G. em Sáb Jan 15, 2011 5:39 pm, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 1:58 pm

eu tô sem palavras para este primeiro capítulo, Jú. mas tenho certeza que o Tom se apaixonou à primeira vista pela Kadance e está louco para descobrir de quem são os remédios.
enfim. você escreve maravilhosamente bem e, por favor, continue logo Very Happy
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 2:17 pm

Wow, sem palavras. Sério mesmo, eu amei essa fic desde já, tua escrita é divina. Por favor, poste mais, muito mais aplausos
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 2:43 pm

Darling-J escreveu:
eu tô sem palavras para este primeiro capítulo, Jú. mas tenho certeza que o Tom se apaixonou à primeira vista pela Kadance e está louco para descobrir de quem são os remédios.
enfim. você escreve maravilhosamente bem e, por favor, continue logo Very Happy
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 3:05 pm

Nossa, valeu mesmo a pena vim aqui conferir o material, rs. Tu escreve muito bem, nossa. Sem palavras mesmo.
Eu acho que o Tom tá caidinho por ela, mesmo. E esse lance vai render muita coisa ainda, eu sinto. rs.
Continua? *-*
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 3:25 pm

Wooow, arrasou flor. Escrita linda e impecável, como de costume. Wink
Coitada da Kandace, já não tem nenhuma esperança. Uma pena. Não pude evitar me perguntar qual será a reação de Tom ao descobrir da doença.
Sorte dela ter uma amiga tão especial como Marie.
Parabéns Jú, já me apaixonei pela fic. A cada dia você me surpreende mais. aplausos
Posta mais yaya
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 5:02 pm

Flor arrasou já no primeiro capítulo...Continua liebe
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 5:30 pm

Caramba que barra hein
Gostei muito do primeiro capitulo.
Posta mais hein gata ^^,
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 6:28 pm

OMG!OMG! que primeiro capitulo é esse? O.O
tadinha da kadance =/
Tom gamadão nela heein safado

continua liebe *-------*
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 6:38 pm

Caramba Jú, o que foi isso ?
Quase sem palavras aqui.
Perfeito o capítulo,
Tom se apaixonando (eu acho) a primeira vista.
Estou muito curiosa para saber o que vai ser daqui pra frente entre a kadance e o Tom.
continua...please..
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 7:50 pm

Ôpa, tô atrasada, mas já cheguei!
Júlia, eu sei que já disse isso, mas
PRECISO dizer de novo, você escreve
divinamente bem, é sério! Estou amando a fic.
Pobre Kadance, já nasceu com AIDS, que triste!
Não acho que o Tom seria tão insensível a ponto
de querer se afastar dela depois de descobrir isso.
Continua, quero maiiiiiisss!!!
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 7:55 pm

Darling-J escreveu:
eu tô sem palavras para este primeiro capítulo, Jú. mas tenho certeza que o Tom se apaixonou à primeira vista pela Kadance e está louco para descobrir de quem são os remédios.
enfim. você escreve maravilhosamente bem e, por favor, continue logo Very Happy
Acho que Tom a vai aceitar da mesma forma. Parece que foi mesmo amor à primeira vista.
Estou ansiosa para ver no que vai dar esse 'encontro'. Prossiga, Jú yaya
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 8:57 pm

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- Kadance? – A voz animada de Tom soou do outro lado da linha, deixando- a inesperadamente enrubescida.

- Sim, sou eu Tom. – Ela sorriu abertamente, de maneira radiante. - Como você está? – Ela perguntou, olhando para Marie.
A amiga estava encostada na pia ao seu lado, e olhava para ela de braços cruzados, sorrindo e com uma expressão de incentivo no rosto.

- Você quer que eu desça? – Kadance perguntou. Mas Marie logo fez que não com a cabeça e apontou para a janela, mostrando como o dia estava frio. – Ou então... Porque você não sobe aqui? – Kadance riu.

– Tudo bem, estou te esperando.

Ela desligou o telefone e olhou para Marie, sorrindo.

- Você vai receber o seu homem de pijama? – A amiga apontou para as roupas de Kadance.

- Ele não é “meu homem”. – Ela riu. – É só um conhecido que...

- “Conhecido” então – Interrompeu Marie, fazendo aspas com os dedos.

A campainha do apartamento tocou, e as duas se voltaram assustadas para a porta. Depois, entreolharam- se com expectativa.

Kadance correu para trocar de roupa, enquanto Marie foi receber a visita. Quando passou pela pia, viu todos os medicamentos que a amiga precisava tomar ali, esquecidos. Cuidadosamente, os recolheu e escondeu tudo no armário ao lado.


Marie estacou quando viu o garoto parado à porta. Quando Kadance havia dito que ele era atraente, havia se esquecido de enfatizar isso.

- Olá. – O garoto sorriu, simpático.

- Oi. – Ela sorriu para ele, dando espaço para que ele passasse. – Kadance já está vindo, pode entrar.

Quando ele passou por Marie, ela se virou para analisa- lo. A beleza dele não era algo comum. Ele era exótico. Era a primeira vez que ela achava alguém que aderira às rastas e aos piercings bonito. Gostoso, seria a palavra certa para ele.

Suspirando para tentar reprimir uma risada, mostrou o sofá onde ele poderia se sentar.

- Hã... Só um instante, eu vou chamar ela. Você quer alguma coisa? Água, café...?

- Não precisa, obrigado. – Ele sorriu, recusando com a mão educadamente.

Marie então desapareceu pelo corredor.

Tom ajeitou- se melhor no sofá e suspirou. Sentia um pouco de frio, e estava molhado por causa da chuva que havia pegado lá fora. Ele não sabia por que, mas não estava ligando para isso. Sentia que tudo aquilo estava valendo a pena por causa da garota que havia acabado de conhecer.



Marie entrou no quarto e fechou a porta atrás de si. Kadance estava lutando para fechar o zíper de um vestido.

- Você não tinha me dito que ele era tão gostoso. – Ela riu, indo ajudar a amiga com o zíper. Kadance revirou os olhos.

- Eu não achei o Tom lá essas coisas, pra mim ele é... Normal. – Ela deu de ombros, mentindo. Apenas não queria criar expectativas. Sabia que as chances de se decepcionar depois eram imensas.

Marie fechou o zíper, e passou um pequeno vidro de blush para Kadance. Quando a amiga terminou de se arrumar, não pode deixar de se emocionar. Ela estava parecendo um pequeno anjo.

Empurrando- a para a porta, Marie disse:

- Aproveita essa chance, ele está realmente interessado em você. Homem assim não bate na nossa porta nunca, esse aí bateu. Eu vou ficar aqui esperando você. Depois quando acabar, você vai me contar tudo. – Ela disse, piscando o olho para a amiga. E então bateu a porta atrás de Kadance.

Nervosa, ela andou até o corredor e ouviu alguém se ajeitando no sofá à sua frente.

Quando ela apareceu calmamente na sala, Tom virou- se. Quando a viu, seus olhos se iluminaram. Ele se levantou assim que ela se aproximou, abrindo o sorriso mais lindo que Kadance já vira em sua vida.

Ele tentou esconder o deslumbramento que o percorreu quando ele a viu sem as roupas de frio, com ombros e pernas timidamente à mostra. Ela também parecia mais bonita, cheia de vida. Com certeza havia passado um pouco de maquiagem.

Tom sentiu- se completamente esquisito ao ver que com aquela mulher, apenas a visão de seu colo liso, macio e bem comportado o fazia estremecer.

- Kadance. – Ele sorriu, vindo ao seu encontro.

- Olá Tom. – Ela sorriu, e estendeu os braços para ele. Aquele abraço durou mais do que o esperado, e eles se separaram um tanto embaraçados.

- Vem, senta aqui. – Ela disse, puxando- o pela mão e sentando no sofá ao seu lado.

Eles se entreolharam, e Kadance começou a falar em tom de brincadeira:

- E então, veio aqui me cobrar?

- Não. Na verdade, eu vim aqui apenas para poder te ver. – Ele disse, colocando a mão dela em seu colo. – Como você está? – Ele sorriu.

- Bem. Na verdade só estou com frio. – Ela olhou para o próprio vestido, enrubescida. Devia ter vestido algo mais quente.

Tom colocou a mão atrás do pescoço, embaraçado com o que queria dizer. Ele nunca havia experimentado essa sensação de borboletas no estômago com uma garota antes. Então por que estava acontecendo agora?

- Se... Você quiser, eu... Posso te abraçar, daí você fica... quente.

Ela olhou para Tom, e sorriu. Chegou então mais perto dele, e deixou que Tom colocasse seus braços em torno de seus ombros nus, enquanto se aconchegava em seu peito. Quando ela se recostou nele, ele pôde sentiu o perfume doce que emanava de seus cabelos ligeiramente bagunçados.

- Obrigada. – Ela disse, rindo.

- E então... Quantos anos você tem? – Ele perguntou, a vontade de saber um pouco mais sobre ela assumindo seus pensamentos.

- Vinte. E você?

- Vinte um. – Ele sorriu. – Sabe, eu sempre vou naquela cafeteria, mas nunca vi você lá.

Ela se aconchegou melhor em seu peito.

- É por que... Eu não saio muito. Principalmente nessa época do ano, que é muito fria.

- Por quê?

- Digamos que eu fico doente mais rápido e mais fácil do que a maioria das pessoas. – Ela suspirou. Quando ouviu isso, Tom lembrou- se momentaneamente das sacolas com comprimidos, e sentiu vontade de perguntar. Mas se deteve. Não queria parecer intrometido, ainda mais na primeira vez em que tinha a oportunidade de conversar com ela direito.
Kadance colou o ouvido no peito de Tom, e disse:

- Seu coração está acelerado! – Olhou para ele e sorriu, brincando com ele. – Você está nervoso?

Ele realmente estava. Aquele perfume, aqueles olhos, até mesmo o jeito como ela se movia estava mexendo com ele.

Falar de novo que ele era o Superman e que nervosismo não era com ele não iria adiantar, então ele resolveu falar a verdade.

- É só que... – Ela levantou o rosto e olhou para ele, curiosa. Ele sentiu um calafrio percorrer todo o seu corpo quando viu seu reflexo nos imensos olhos castanhos de Kadance. – É só que você é linda. Eu nunca estive perto de uma mulher tão bonita.

Ela sorriu e suspirou, voltando a deitar a cabeça em Tom.

- Eu aposto o dinheiro que eu te devo que você já saiu com diversas mulheres maravilhosas.

Ele a puxou para mais perto de si, e então disse baixinho:

- Mas nenhuma delas fez com que eu me sentisse da maneira como eu me sinto quando você me olha.

Ela riu, tentando parecer inatingível com aqueles elogios. Mas a verdade era que ela estava derretendo violentamente por dentro. Nunca, nunca em toda a sua vida, um homem havia lhe dito aquilo.

Eles ficaram ali por algum tempo, conversando trivialidades e tentando conhecer um ao outro. Tom descobriu que o pai de Kadance a havia abandonado antes mesmo de ela nascer, e que sua mãe havia morrido logo cedo. Marie, a japonesa que abrira a porta para ele, também havia perdido seus pais em um acidente, e depois de tudo o que passaram, resolveram morar juntas. Desde então, uma vinha apoiando a outra nas dificuldades pelas quais passavam.

Quanto mais ele obtinha respostas sobre a vida dela, maior era a sua vontade de conhece- la . Mas ele se conteve, pois não queria que ela ficasse incomodada com a enxurrada de perguntas que ele gostaria de lhe fazer. Ele estava apreciando profundamente a sensação de te- la deitada sobre seu corpo, mas sentia que aquilo não era o suficiente. Queria toma- la em seus braços e abraça- la, queria ficar daquela maneira para sempre. E o mais esquisito é que, apesar de nunca ter sentido aquilo em toda a sua vida, ele sabia que deveria ser amor.

Eles já conversavam por mais de duas horas, quando chegou a hora em que Tom precisava ir embora.

- Eu preciso ir. Mas gostaria de ficar aqui. – Ele disse, suspirando e olhando para ela.

Kadance se levantou, e pegou em sua mão. Ela sorriu e olhou em seus olhos.

- Vem comigo. – Ela disse, seu sorriso fazendo Tom estremecer.

- Aonde? – Ele perguntou com expectativa, os olhos arregalados.

- Até a porta. – Ela riu, tentando disfarçar o constrangimento por ele ter entendido errado. Ele havia ficado vermelho e colocado a mão atrás do pescoço.

- Eu já sabia. – Ele disse, constrangido.

Ela segurou a mão de Tom e o levou até a porta, abrindo- a para ele. Quando ele já estava do lado de fora, parou e ficou de frente para ela, olhando- a nos olhos.

Kadance, quando viu que ele a olhava intensamente, manteve os olhos no chão, para tentar esconder sua face enrubescida.

- Eu vou querer te ver de novo Kadance. – Ele disse, colocando uma de suas mãos no pescoço dela. Ele estava completamente sério, e olhava para Kadance com tal intensidade que fez com que ela sentisse um estranho calor percorrendo seu corpo, algo que ela nunca havia sentido na vida.

- Eu posso voltar a te ver? – Ele perguntou, acariciando o pescoço de Kadance com ternura.

- Claro que pode. Venha quando quiser. – Ela sorriu, acariciando leve e timidamente o rosto de Tom.

Ele aproximou- se mais dela, até chegar ao ponto em que Kadance podia sentir sua respiração quente na pele. E ela sentiu arrepios quando ele inclinou o rosto e começou a se aproximar com os lábios entreabertos.

Ela fechou os olhos e esperou que ele chegasse mais perto, tentando disfarçar o nervosismo. Meu Deus, será que eu vou conseguir fazer isso?

- Tom, eu... – Ela começou a dizer. Ele se afastou calmamente, e olhou para ela, esperando que ela prosseguisse. – Eu não... – Ela suspirou, e buscou superar a vergonha para conseguir completar a frase. – Eu não sou boa nesse tipo de coisa.

Ele arregalou os olhos, e chegou mais perto.

- Porque você acha isso Kadance?

Ela abaixou a cabeça. Agora sentia a sua face em chamas, e tinha a certeza de que estava o mais vermelha possível.

- É por que... Eu só fiz isso uma vez.

Kadance sentiu as lágrimas brotarem em seus olhos mais uma vez, mas ela respirou fundo. Não ia chorar novamente por causa da AIDS, que havia arrancado de seus braços a sua adolescência. Devagar, ela sentiu os braços quentes e protetores de Tom envolverem sua cintura. Quando seu corpo encostou no abdômen dele, ela olhou em seus olhos. Ele apenas sorria ternamente.

- Eu mal te conheço, e já sei que vai ser perfeito.

Dizendo isso, ele levou cuidadosamente seus lábios aos dela. Quando seus lábios se tocaram, ambos sentiram um clique, como se algo houvesse acabado de se encaixar perfeitamente. Kadance fechou os olhos e tentou acompanha- lo. Quando começou a beija- la, Tom puxou seu pequeno corpo para mais perto de si, e tentou dar o seu máximo para fazer com que ela se sentisse bem.

O beijo foi curto, porém terno. Quando seus lábios se separaram, Kadance olhou para ele, sentindo um misto de culpa e vergonha. Esse
sentimento foi passando quando ele levou as duas mãos ao seu rosto, acariciando- a, e sorriu:

- Foi maravilhoso. É sério, não precisa ficar vermelha.

Colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha, ela então assentiu, sorrindo.

- Eu sei. É que... Você sabe. Espero que não me ache estranha por isso.

Ele olhou em seus olhos intensamente, e sorriu:

- Nunca.

Então, beijou seus lábios de maneira casta.

Sorrindo, despediu- se dela, que ficou encostada junto ao batente da porta olhando- o descer as escadas do prédio.

Quando ele atravessou a rua na frente do edifício onde Kadance morava, sua pele ainda estava arrepiada de prazer, e ele experimentava uma espécie de entorpecimento. Sabia que todo o seu corpo agora estava agindo de maneira exagerada, mas ele simplesmente não conseguia explicar por que Kadance estava surtindo tal efeito sobre ele.

Não se importando com que acontecia ao seu redor, seguiu andando pelas ruas sob a chuva, sem conseguir parar de sorrir. Apesar de o dia estar terrivelmente cinzento, ele apenas enxergava tudo bem mais colorido.



Kadance entrou em seu apartamento e fechou a porta atrás de si. Com uma das mãos nos lábios, ela sentou- se no sofá aonde havia estado com Tom minutos antes, e apenas fitou o vazio. Ela já havia levado aquilo longe demais.

O problema, é que ela não sentia a menor vontade de voltar atrás.
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 9:13 pm

que lindos eles juntos *-* acho que eu vou chorar. sério, ver um Tom todo apaixonado por ela é tão, mas tão fofo. eu vou quer um desses de presente, por favor Jú.
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 9:18 pm

Awwwwwwwn, que lindo *-*
Tom está caidinho por ela, aiai
A personagem tem um nome grande, então vou abreviar para Kandy, se é que a Jú me permite, rs
Kandy não sinta-se culpada, apenas aproveite, siga seu coração Wink
Nem precisa pedir para postar mais né? cha
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 9:28 pm

Nossa Jú, que perfeita essa fic.
To adorando.
Awn, o que será o Tom vai fazer quando descobrir que ela tem AIDS?
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 10:04 pm

Jú, muito lindo, o Tom cada vez mais cute,
Kadance também está gostando dele, espero que fiquem juntos e acho que como o Tom está sentindo amor por ela, ele não vai dar tanta importância pela doença que ela tem e sim se preocupar com o fato dela estar doente e ter de se cuidar, tipo, medo de perder ela.
Continua Jú!
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 10:07 pm

Cara adorei esses dois capitulos...

Primeiramente por que voce tocou num assunto que digamos diz respeito a minha familia,

E sou contra pessoas que discriminam quem tem AIDS

Parabens.... Smile
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MensagemAssunto: Re: Kadance's Flowers    Kadance's Flowers  Icon_minitime

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