Capítulo 69 – Mãe, Pai... Esse é o Bill
Tati, to chocada, vc naum criticou? Então esse cap ficou bom mesmo! Ah, o Tom não vai aparecer agora, digamos que ele vai 'sumir' um tempinho. Logo será a cirurgia da Glória, mas o resultado vcs vão saber no futuro. Laari, seus comentários continuam certeiros, tá me impressionando menina! Oooo Tila, não chora, vai ficar tudo bem agora! Ah, e Tom e Cris ainda vão demorar a se acertar, mas não vai ser aquela coisa dramática como foi com Bill e Glória, vai ter muitas partes engraçadas. Nesse cap eu vou usar os meus pais, e se um dia vcs leram esse, saibam q eu tentei os retratar da melhor forma possível! Boa leitura!_____________________________________________________________________________________________
08:05am, Glória
Para variar, eu e Cristine acordanos super atrasadas. Tínhamos que buscar nossos pais no vôo de oito horas, mas dormimos além da conta. Eu deixei um bilhete para Bill:
Bill, se alguém ligar, deixa o telefone tocar que a secretária atende
Fui buscar meus pais no aeroporto. Por acaso você lembra o nome deles? É Marcos e Sara Santos, e não ligue se meu pai estiver de cara feia.
Pode fazer waffles pro seu café, tem bacom canadense na geladeira, e suco de laranja também, e não se esqueça de tomar seu remédio pro coração, eu estou de olho, viu?
A Camylly está dormindo, se ela acordar é só deixar ela quieta que você não vai nem sentir a presença dela.
Qualquer coisa, fique vendo Tv, mas não saia de casa!
Nós voltamos logo.
G.Chegamos lá meia hora depois. Provavelmente meu pai já havia ligado um milhão de vezes lá pra casa. Os encontramos no saguão; minha mãe sentada no banco, e meu pai andando de um lado a outro com o celular.
-Ah, olha só quem resolveu aparecer!
-Oi pai! - eu e Cris dizemos ao mesmo tempo e o abraçamos.
-Atrasadas.
-Tá legal, general Santos, nós pagamos depois, tá legal? Oi mãe!
-Oi mamis!! - Disse Cris.
-Oi meus amores, como estão?
-Melhor agora de abraçar você.
No caminho, eu avisei pros meus pais sobre quem estava em casa. Meu pai deu um grito que assustou Cristine no volante, e ficou com cara de bravo o resto do caminho. Já minha mãe estava ansiosa de conhecê-lo.
Assim que entramos em casa, vimos que Bill estava brincando com a Camylly no colo. Ele deu um pulo ao nos ver. Tive de falar alguma coisa para quebrar aquele silêncio.
-Oi, já tomou café? - Fui logo tirando o casaco e deixando a bolsa no chão.
-N, não... - Ele parecia apavorado ao ver meus pais.
-Tá tudo bem. - Eu sussurrei no ouvido dele. - Só fale em inglês. Mãe, pai...esse é o Bill.
-Olá, Bill! - Minha mãe veio correndo e o abraçou. - Você é muito mais bonito ao vivo! Muito bom finalmente te conhecer!
-Obrigada, o prazer é todo meu, senhora Santos. - Ele estava super sem graça. Também não era para menos.
-Que isso, me chama de Sara.
-Tudo bem, Sara. Olá, senhor Santos.
Meu pai deu um aperto de mão tão forte que o corpo todo de Bill se chacoalhou. Meu pai era quase da mesma altura que ele, só que um armário em comparação ao peso de Bill.
-E continue me chamando assim. - Meu pai foi seco; na verdade, ele nunca gostou de nenhum dos 4, mas agora estava conhecendo o vocalista da banda que mudou a vida da filha dele.
-Pai, seja simpático! - Disse, Cris. - Vamos, eu os ajudo com as malas.
Assim que eu e Bill ficamos sozinhos na sala, eu não me contive, e ri.
-Para de rir, Glória!
-Não consigo! Tinha que ver a sua cara!
-Seu pai me dá medo. - Ele encolhia os ombros.
-Tá tudo bem, até hoje ele me assusta. - Ele arregalou os olhos. - Tô brincando, seu bobo! Ele é assim mesmo, estilo militar, bem sério...mas quem sabe um dia ele dê um sorriso para você?
-Ele não foi com a minha cara.
-Isso é desde 2007. E ele também demorou pra ir com a minha cara, não se preocupe. Ele dá medo, mas não morde...pelo menos, não com frequência.
-Poxa, como você me deixa tranquilo assim!
Eu coloquei dois dedos nos lábios dele, que por sinal estavam quentes, como sempre.
-Tá tudo bem. Tenho certeza que ele só está fazendo cena, mas gostou de você.
-Se ele gostar a metade que você gosta de mim, tá tudo bem. - Ele me envolveu pela cintura.
-Olha lá! Quem disse que eu gosto de você? -Eu tenatava alcançar o pescoço dele.
-Seus lábios. - Ele já estava quase me beijando, quando meu pai apareceu na sala, e pigarreou. Nos separamos na hora.
Meu pai o encarava com um olhar de dar medo. Bill começou a ficar vermelho, mas mesmo assim disse:
-S, senhor Santos...eu precisava falar com o senhor e com a sua esposa...
-Se for o que eu estou ousando pensar, a resposta é não!
-Pai!
-Eu estou irredutível quanto a isso.
-Marcos! Deixa de ser mal educado, marido, peça desculpas! - Minha mãe disse.
-Não, tá tudo bem. - Mal consegui ouvir a voz de Bill.
-Pai, já pro quarto. Cris, fica com o Bill – Disse, em português.
Já subimos as escadas discutindo. Chegando lá em cima eu explodi.
-Pode parando por aí, tá legal?! Você não vai controlar minha vida!
-Eu não estou controlando sua vida! Olhe bem Glória, quem ele é! Quer passar o resto da vida ao lado...daquilo, sendo perseguida por fotógrafos?
-Marcos, retira o que disse agora! - Gritou minha mãe.
-Pra seu governo, eu não me importo com o que ele faz! Isso não define quem ele é, pai! Eu o amo, vou ficar com ele sim, e não tente me impedir! Eu já tenho 24 anos e moro na minha própria casa, e se eu me lembro bem, o senhor sempre disse que só tomaríamos decisões por nós mesmas fora do seu teto! E olha só, esse teto é meu! -Senti meu rosto vermelho depois de falar.
Ele se sentou na cama, com o maxilar mexendo de tão tenso.
-E a sua cirugia? Você sabe dos riscos. Vai assumir um compromisso, mesmo não sabendo qual vai ser o resultado da sua operação?
-Mais que merda! -Nessa hora uma lágrima escorreu do meu rosto. - Eu tô cansada de esperar que tudo dê certo! E como você mesmo disse, vai que...sei lá o pior acontece? Uau, que grande vida eu tive: deixei uma bilhonária herança pra Cristine!
-Não diz isso filha...
-Digo sim mãe. Pai - Eu me abaixei na frente dele. - Eu sei que você sempre teve medo disso, que um dia eu crescesse. Mas aconteceu...não tem como impedir. Eu nunca vou deixar de ser sua filha, mas tem que deixar que eu viva a minha própria vida.
-Que vida? Viajando pro mundo todo atrás desse cara?
-Se o senhor soubesse como é maravilhoso isso! Eu nunca havia entendido. Mas depois de rodar a Europa toda, eu entendi o porque que eles escolheram essa profissão: é maravilhoso fazer uma coisa grande e ser reconhecido.
-Não é isso que você faz na sua empresa?
-E por acaso eu recebo carinho? Milhões de cartas? As pessoas gritam meu nome? É claro que eu não quero fama, e sei que o senhor entendeu o que eu quis dizer. Eles se sentem bem e realizados tendo uma banda. Eu me sinto estressada e esgotada de dirigir uma empresa! Isso não é vida pai...não é.
-Então, o que está querendo me dizer? Que se ele pedir sua mão, eu devo dar?
-Escute o que ele tem a dizer. Mas vai ter que me perdoar: o que quer que decida, não vai mudar nada entre nós. - Eu me levantei e fui para a porta.
-Eu vou chamar ele.
Bill veio até mim quando viu que meus olhos estavam úmidos. Eu o abracei, e disse que meus pais estavam o esperando. Ele foi até lá, hesitante, mas foi.
Os três desceram uma hora depois. Não disseram nada. Como Bill nem havia comido ainda, eu servi café a ele, e dei o assunto por resolvido.
Depois do almoço fomos buscar o vestido da Cristine, e eu escolhi o meu: era um longete de cetim vermelho, com uma pequena abertura nas costas. Tinha um pouco de decote, e uma cinta da mesma cor que marcava bem a cintura. Minha mãe escolheu um azul de voal, também longo. Já Cris, ficou fazendo drama, e não deixou que víssemos seu vestido até a hora do baile.
-Você vai em um baile amor, não é seu casamento!
-E daí? Só vão ver na hora.
À noite, meu “cunhado” apareceu. Ele tomou um susto ao ver Bill Kaulitz sentado no sofá, e ficou com a mesma cara boba de um fã. Rick já se dava melhor com o meu pai do que Bill, que ficava tenso e calado a todo o momento. Durmi aquela noite com uma imensa curiosidade de saber o que haviam conversado, já que nem a minha mãe quis dizer.
Durante aquela semana, fui no hospital, me consultei com o anestesista, e marquei a cirurgia: um dia depois da formatura da Cristine. Só tinha que tomar uma vitamina para aumentar um pouco a quantidade de ferro no sangue. Não deixei de ir a empresa, para ajudar Teresa e Brian no fechamento de relatórios. Levei Bill alguns dias. Ele ficava de longe me observando, parecia querer entender aquele mundo estranho.
Na verdade, nunca o vi tão calado. Ele ficava no msn convesando com o pessoal, brincava com a cadela, ficava na janela, e cuidava de cada passo que eu estava dando, mas quase nunca falava comigo. Comecei a estranhar aquele comportamento, mas mal tinha tempo de pensar nisso: a formatura de Cris era dali há dois dias.