Capítulo 68 – Uma Surpresa para Cristine
Meninas, só não postei antes porque estava sem idéias. Laari, seus comentários estão me assustando, você está praticamente adivinhando a fic! E calma, logo logo Bill vai pedir a mão da Glória oficialmente. Eu amei muito esse cap. Boa leitura!______________________________________________________________________________________________
Aeroporto, 13:12pm, Glória
Estava morrendo de sono enquanto o avião aterrisava. Já Bill parecia desmaiado ao meu lado.
-Bill...vamos acordar garoto!
-Hmmmmmmm.....não mãe, só mais um pouquinho.
-Eu não sou sua mãe.
-Eu sei. - Ele estava rindo da minha cara, com enormes óculos escuros.
As nossas malas foram uma das últimas a chegar. E uma das minhas se extraviou. Nem liguei na hora, só assinei um documento, eles entregariam em casa assim que ela voltasse do Havaí...
Cristine estava lá na frente. Ela me disse oi, e eu pedi pra que ela esperasse. Depois que todo mundo tinha saído de lá Bill apareceu. Ela saiu correndo, e pulou no pescoço dele.
-Ahhhhhhhh, Billlllllll!!!!!!!!!!!
-Oi minha miúda! Como você está?!!
-Ai, ai, merda! Você é o meu presente de formatura?!!
-Acho que sim!
-Ahhhhhhhh, ich liebe dich so sehr! Ich glaube nicht, dass er hier ist! - (eu te amo muito! não acredito que esteja aqui!)
-Uau, tá falando alemão?!
-Sim, a Glória me ensinou a uns anos atrás. Ah falar nisso, oi mana!
-Oooo não diga que você me viu! Oi Cris!
-Garota, quer me matar do coração, é?! - E nos abraçamos.
No caminho para casa, Cris não parava de falar um segundo, e tive de falar duas vezes a ela para olhar pra frente enquanto dirigia.
Assim que entramos em casa, Camylly veio correndo para mim. A peguei no colo, morrendo de saudade. Bill gostou dela, disse que ela parecia estar sorrindo. Era muito bom estar em casa.
-Então, é aqui que você se esconde? - Disse Bill, tirando os óculos.
-Não, aqui é onde eu moro, engraçadão! - Nós mostramos a língua um pro outro.
-Cris, como está o quarto de hóspedes?
-Da mesma forma que você deixou.
-Ok. Vem Bill, traz suas malas, vou mostrar teu quarto.
Eu entrei lá primeiro, abri as persianas e a janela. Me virei e ele estava me olhando na porta.
-Pode entrar. Eu sei que não é um cinco estrelas...
-Que isso, é um ótimo quarto, gostei muito.
-Ótimo. Você...está com fome, quer dormir?
-Não, tô legal.
-Ah, tá...
-Posso ver seu quarto?
-Porque? - Essa me pegou de surpresa.
-Ah, tenho curiosidade de saber como ele é. Claro, se não der problema...
-Não, tudo bem. Imagino que tudo o que eu deixei esteja no armário da Cris, mas dá nada.
Não sabia o motivo, mas fiquei nervosa ao vê-lo ali, olhando em volta, tocando nos móveis...jamais pensei que um dia ele entraria na minha casa, ainda mais no meu quarto.
-Sabe, consigo imaginar você aqui. Fiquei pensando em todos estes anos, como seria sua vida, longe de mim.
-Bem, não há muito a saber. Eu mal parava em casa, me viciei em trabalho.
-Acho que foi pelo mesmo motivo que eu.
-Imagino. - Ele chegou bem perto de mim, e tocou no meu rosto.
-Não conseguia parar de pensar em mim, né? - Fiz que sim com a cabeça.
-Eu também não. E fazer música era a única forma de me ocupar com outra coisa.
-Eu sempre odiei escritórios. Mas não tinha opção, era isso ou me remoer por dentro por ter sido tão cruel com você.
-Não, não fala assim. Eu entendo Glória, sei que foi muito doloroso para você, mas que tomou a melhor das decisões. Eu é que fui egoísta demais em pedir pra que você largasse tudo.
-Queria ter te explicado melhor.
-Já explicou o suficiente. E então, o que tem de legal pra fazer no Canadá?
-Humm.....visitar escriórios chatos!
-Uau, por isso você tem todo esse humor?
-Hahaha...é sério, eu nem avisei pra Tess que eu estou aqui.
-Tess?
-É minha amiga que ajudou a criar a empresa. Quer ir lá comigo?
-Claro, quero ver seu lado empresário.
-Ai, é agora que você liga pro Tom e implora pra ir embora.
Ele voltou pro quarto, e colocou um sobretudo preto, e uma toca da mesma cor. Não sabia se ele seria reconhecido ou não, só saindo para saber.
-Cris, me empresta a Lambo?
-Ah, não sei não...vai que você pega uma multa por excesso de vagareza?
-Fica na sua, falou? - E joguei uma almofada nela. - Eu só vou passar na empresa e já volto.
-E o Bill?
-Eu vou junto!
-Ah, mas quando voltarem, vai ter que dedicar tempo a mim, falou presente de formatura?
-Tá, não vou esquecer disso.
Eu como sempre, demorava uns 6 minutos para conseguir tirar o carro da vaga. Bill se segurava para não rir, o que me deixou ainda mais nervosa.
-Quer que eu te ajude?
-Claro. Vai lá fora e empurra ele um pouco para esquerda que eu me viro.
O pessoal tomou um susto ao me ver. Sem falar que eu estava de calça jeans, uma blusa de lã rosa pink, e um sobretudo da mesma cor -eu nunca havia ido a empresa sem um conjunto secretária. Assim que eu cheguei na sala da Teresa, pedi para não ser anunciada, queria fazer uma surpresa. Mas quem levou uma surpresa fui eu: ela estava se pegando com o Brian!
-Será que eu volto em outra hora? - Eu assustei os dois.
-Glo, Glória! O que está fazendo aqui?! - Disse Tess, tentando arrumar o cabelo.
-De férias, e vocês?
-Nós estávamos...analisando uns relatórios – Brian estava recolocando a gravata. - Então, senhorita Menezes, foi muito bom trabalhar com a senhorita hoje.
-Podes crer, senhor Nellite.
-Ah, olha só quem está aqui! Oi Bill! - Ele havia praticamente se escondido atrás de mim, rindo.
-Ah, oi. Olha, tem batom na sua boca.
-Ah, valeu por avisar. Até mais pra vocês. - E ele saiu correndo pro eleveador.
Eu me virei para Teresa, tentando parecer séria.
-Sabe que esse tipo de comportamento não é permitido dentro das dependêndias da empresa, não é?
-Vai se ferrar! - E ela me beliscou. - Como está?
-Tudo bem amiga, e você? - Eu a abracei.
-Como pode ver, tá tudo bem. Oi Bill, muito prazer em te conhecer.
-Oi, Teresa. - Ele falou o nome dela pacido com “Thérressa”.
-Tem como eu passar na sua casa mais tarde? Dá pra ver que agora...
-Ah, tudo bem. Só vim te avisar que estou na cidade, fica tranquila. E vê se agüênta as pontas por aí, tá?
-Falou, te ligo mais tarde.
No caminho pra casa, não dizemos nada, só rimos muito.
Depois, Bill teve de ter muita paciência, já que Cris quis mostrar a maioria das fotos de cinco anos que acumulou. Nós jantamos pizza, mas só depois dele prometer que não iria contar pros meninos que saímos da dieta. Ficamos escutando Deixa a Vida me Levar do Zeca Pagodinho. Ele ficou fazendo uma cara esquisita, tentando entender alguma palavra que cantávamos.
Depois que ele foi dormir, eu me tranquei no quarto com a Cristine.
-E aí, ele já te pediu em namoro?!
-Dá pra parar? Claro que não! Ele acabou de terminar um namoro, Cris.
-E daí? Bola pra frente!
-Ah, eu sei lá! - E me deitei na cama.
-Como assim 'sei lá'? - Ela se deitou do meu lado.
-Eu não sei se devo aceitar. - Ela me deu um tapa na cara.
-CRISTINE!
-Porra, Glória, quer que eu te bata mais?! Como assim não aceitar? Ele te ama! E você o ama também!
-Eu sei! - Me levantei e fui pra janela. - Mas...essa cirurgia...
-Glória, não faz isso denovo.
-O que? - Me virei para olhá-la.
-Esse é o seu maior defeito. Você sempre quer medir cada milímetro antes de dar um passo. Deixa de ser boba, mulher! O que tiver que acontecer, vai acontecer e pronto!
-Não é tão simples assim.
-É, é simples sim. - Ela veio até mim. - Glória, tem que parar com isso. Vai ser feliz! Você...não pode ter medo de viver. Nem tudo vai acontecer como a gente planeja, mas e daí? A vida não é imprevisível?
-É...mas...eu me irrito comigo mesma! Eu sou tão hesitante...
-É porque você tem medo de sofrer outra vez.
-Exatamente.
-Olha...você teve tempo de ser uma fã, de fazer as escolhas certas, de ter uma carreira, de se recuperar do passado...agora é tempo de você ser feliz! Tem que se perdoar pelo que aconteceu, arriscar uma vez na vida, e ser feliz com o Bill. É ele Glória, não tem outro no mundo.
Eu a abracei bem forte.
-Não sei como que dizem que eu sou a mais sensata.
-Não vou me esquecer dessa. - Nós rimos. - É que você é séria demais!
-Tem razão. Oh, que merda! Ele vai me pedir em namoro, né?
-Vai, isso é fato.
-Eu estou nervosa. Cara ele é Bill Kaulitz!
-Eu sei! Não posso fazer nada se se apaixonou por um cara famoso.
-Ah, eu vou dormir, Cris, tô precisando.
-Tá, vai lá. E vê se descansa, porque amanhã temos que ver o seu vestido!
-Tá.
No caminho, eu vi que a porta do quarto dele estava aberta. Eu disse 'boa noite' e fechei a porta. Mal dormi aquela noite. Tudo era maravilhoso demais para dormir.
Bill Kaulitz
Depois que escutou a porta sendo fechada, Bill saiu de debaixo das cobertas. Nunca desejou tanto saber português. Ele ficou escutando a conversa das duas, é só entendeu o seu nome e a palavra amor. Ele foi até a carteira, e pegou a foto deles dois. Nem acreditava que a poucos passos ela estava ali. Tinha planejado tudo: não deixaria aquela semana passar sem pedi-la em namoro oficialmente.