Capitulo 12A verdade era que mesmo eu o vendo ali parado em minha frente merecendo ouvir uma resposta eu não sabia o que lhe dizer...
Tom começou a andar pelo quarto lendo o tal poema que havia achado... E para minha surpresa nem eu mesma sabia de sua existência o que me deixou ainda mais confusa...
Tom_... Meu rosto em teu olhar e o teu no meu reflete e do manto da noite o coração se veste. Um par de hemisférios que melhor se complete onde há, sem norte ou declinante oeste?Em desigualdade tudo o que morre está. Se nosso amor é um só e formamos um par de amor tão igual e forte ninguém morrerá"
Sara_ Esta assinado?
Tom_ Eu esperava que você pudesse me dizer quem o escreveu...
Sara_ Não Tom eu não posso... Na verdade nem faço idéia de quem pode ser este poema... Ou para quem... Talvez para você...
Tom_ Para mim? Quem mandaria isso para mim? É ridículo.
Sara_ Não é ridículo... É muito bonito e com certeza a pessoa que mandou pode estar apaixonada por você...
Tom_ Ou por você... Sara você é linda, chama atenção de qualquer um nesta corte... Até mesmo do rei...
Sara_ Do que esta falando?
Tom_ Acha mesmo que ele esta si importando comigo? Não... Ele conquistou você para mim... Mas também para ele.
Sara_ Como assim? O que ele pode querer comigo?
Tom_ Sua amante... Ele tem muitas, mas quer você também...por este motivo nós vamos para Belmoral, eu não deixarei que ele toque em você...
Em que tipo de família eu havia entrado? Em que tipo de enrascada meus irmãos teriam me deixado?
Sara_ Obrigada Tom...
Tom_ Sei que pode não parecer... Mas eu gosto de você...
Sara_ Tom eu...
Tom_ Não precisa me responder nada... Agora anda... Vamos nos sentar a mesa do café com minha mãe e meu irmão...
Tom foi em direção a porta dando sinal para que Juh entrasse, para me ajudar... E logo saindo.
Juh_ Me desculpe senhora eu não...
Sara_ Tudo bem... Nada aconteceu felizmente.
Juh_ Fico feliz que tudo tenha dado certo...
Sara_ Eu também... Mas Tom é uma pessoa boa... Não quero mago – alo.
Juh_ O outro estava à mesa agora pouco... Teve uma discussão com seu pai... Que logo saiu...
Sara_ O que ouve?
Juh_ A eu não sei se deveria contar-lhe...mas ele também se casara...
Sara_ Casar?
Levantei-me da cama indo até a penteadeira, pegando minha escova e passando sobre meus cabelos enquanto segurava o choro que teimava em vir...
Juh_ Mas ele disse que não quer .Senhora é isso que importa... Ele a ama.
Sara_ Amor? E para que serve o amor quando não podemos telo? O amor sem esperança não tem outro refúgio senão a morte...
Juh_ Há não diga isso senhora... Se a pessoa que amamos é tirada de nós, a melhor maneira de não esquecê-la e amá-la. Pois o tempo passa, as pessoas envelhecem, mas o verdadeiro amor é para sempre.
Sara_ Diz isso como se soubesse o que é o amor...
Juh_ Eu sei... Eu conheço um tipo de amor... O amor não correspondido... Amor cego... E mesmo assim não deixa de ser amor, apenas toma uma forma diferente... Você não toca... Não vê... E também não pode sentir... Mas em sua memória ele esta tão presente... Que você sente que pode dançar com ele... Então isso me faz acreditar que todos os dias eu tenho um motivo para seguir em frente...
Sara_ Você ama o Tom?
Juh_ Me desculpe senhora eu não tive culpa... Ele ainda não era seu ma...
Sara_ Juh eu não quero que se desculpe... A única coisa que eu quero é que o ame... E que tente... Por favor, tente.
Ela nada me respondeu, ficou em silencio enquanto me ajudava a ficar pronta...
Logo cheguei à sala, para tomar o café da manha com minha sogra, mas ela não estava mais lá... Na verdade não havia ninguém... Apenas criados parados como estatuas a cada porta.
Pude então tomar meu café em paz por instantes até a ouvir passos vindos em minha direção...
Ele estava parado a beira da mesa imóvel apenas me olhando... E eu tentava pensar em outras coisas, mas ele sempre me voltava à mente. O gosto de seus lábios suaves sobre os meus, meu corpo em seus braços... Então procurei conter-me por um momento e olhei em seu rosto... Mas não fora uma boa idéia, pois quando olhei para aqueles olhos brilhantes, vi novamente o fascinante entre a inocência e a sabedoria mundana, mesmo assim forcei-me a falar com naturalidade...
Sara_ Bom dia.
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Bill...
Ao olhar para Sara na mesa, tão suave e vulnerável, fui roubado de qualquer sentimento exceto o de estar apaixonado, estava imobilizado a ponto de nem conseguir pensar...
Se nada disto estivesse acontecendo, talvez estivesse ali a seu lado, olhando para ela... Tocando seu corpo incrível com minhas mãos... Mas tudo que eu podia fazer no momento era me livrar daquele desejo impossível e finalmente fugir daquele lugar...
Bill_ Bom dia...
Sara_ Há...
Tom entrou na sala, logo indo abraçar o irmão...
Tom_ Estava a sua procura... (rindo)
Bill_ Oi Tom...
Os dois então me olharam, e Tom veio até mim, beijando meu rosto perto do irmão...
Enquanto fazia isso, sem se importar com a presença de Bill, Juh passou por nos e o olhou... Tom lhe retribuiu o olhar acompanhando-a até desaparecer...
Tom_ Eu já volto...
Saiu com a mesma preça que entrou... Deixando-nos sozinhos novamente...
Levantei-me passando por ele e sussurrando em seu ouvido...
Sara_ As ruínas... Encontre-me La em uma hora ou eu morrerei...
Sai o deixando parado no meio da sala...
Continua...