Oie
Desculpem a demora. Desculpem mesmo. Mas essa semana foi corrida. Provas, pesquisas, seminarios, treinos e assim vai. E eu não queria fazer qualquer coisa para vocês.
Obrigado meninas. Espero que a fic fique beeem grande. Vou tentar. Prometo.
Nana...O Tom apaixonou legal por ela. Aceitar ele eu não sei, isso você vai ver daqui a alguns capítulos.
Patty...Amr, brigado. Estou tentando.
Juh...Quem não queria ser ela?
Kiinha...amrzinho, brigado.
Thais...Adoro Pin-up também. Amo.
Fkl...Brigado, estou tentando. +1
Suzi...isso se chama paixão. Ele gostou dela e queria tratar com carinho.
Thai...é ele gamou nela.
Maty...esse colchão tem muitas histórias para contar.
Aguidex...eles usaram preservativo, só não quis estragar o clima. Nesse cap. ela responde a sua dúvida. Ah, e brigado. Eu também tenho preguiça de ler fic's.
Bom, está aqui. Dei meu sangue para que ficasse perfeito(nada dramática)................................Quando ela se foi, minha única reação foi ficar parado olhando para a porta.
Sabia que ela não ia voltar então eu iria atrás dela.
Levantei-me da cama e fui até a porta.
Andei corredor a fora e não a encontrei. Corri até a janela e não se via ninguém do lado de fora.
Estava tudo muito sozinho.
Sentia-me vazio agora. Não sabia se era errado, ou se era certo me apaixonar por ela. Mas eu a queria nesse exato instante.
Deitei-me na cama, lembrando dos momentos em que estivemos juntos, na graciosidade de sua dança no palco, das palavras que ela me disse.
Seu perfume. Seu gosto. Sua imagem. Sua personalidade. Tudo nela me fascinava.
Enrolei em meus lençóis. Tentei dormir.
...Eu não podia ficar com ele. Ele merecia algo melhor que eu. Eu sou uma garota de programa. Sinto nojo de mim mesma. Não quero compartilhar isso com alguém, mesmo sendo ele.
Ele é muito legal. Ele me fez rir, me elogiou. E pela primeira vez, desde que virei garota de programa, nunca nenhum homem ou mulher, havia me deixado com tanto prazer, com tanta vontade por mais.
Caminhei contra o vento, indo para o meu apartamento.
Peguei a chave debaixo do tapete e abri a porta.
Entrei e larguei a chave em cima da mesinha que ficava ao lado da porta. Tirei a jaqueta, deixando ela em cima do sofá.
Tirei minha roupa toda, enquanto ia para o meu quarto.
Vesti uma camiseta e calça e fui ver a Gabbi.
Ela é bem mais velha que eu, tem 25 anos. Há oito anos ela é garota de programa.
Conheci-a no curso de dança, precisava de dinheiro e ela me indicou para ser uma dançarina, só que sendo dançarina eu não conseguia todo dinheiro que precisava.
Virei uma garota de programa.
-Olá. -disse ela, deitada na cama.
-Te acordei? -perguntei ainda na porta.
-Não, não. Também cheguei agora.
-Fez algum programa? -perguntei, sentando-me na cama.
-Sim, mas a cliente era muito exigente, inventei uma desculpa e cai fora. E você?
-Fiz de graça.
-Era bonito?
-Muito. -disse eu, lembrando-me dele.
-Usou preservativo?
-Lógico. -respondi, voltando ao planeta Terra.
-Ai, sim. Mas você perdeu dinheiro.
-É. Mas tudo bem.
-Não vai me dizer que se apaixonou por ele?
-Não, não. -respondi, mentindo.
-Ah.
-Vou dormir. -disse eu, levantando-me.
-Tudo bem. Boa Noite. -disse ela.
-Boa noite. Sai do quarto e dirigi-me para o meu.
Fechei as cortinas, escondendo a claridade da lua cheia. Desliguei o abajur e deitei sobre a minha cama.
Cobri-me com os lençóis. E fechei os olhos. Por uns minutos tentei dormir. Mas ele invadia minha mente sem a total permissão.
Eu não gostava da idéia de me apaixonar por alguém. Minha vida era somente meu sonho. Uma paixão me desconcertaria totalmente. Não posso perder essa chance, não quero ser garota de programa para a vida inteira. Quero viajar, ir para a Broadway. Atuar. Dançar. Cantar. Meus sonhos. Meus sonhos destruídos por uma paixão.
Virei-me muitas vezes até conseguir pegar no sono. Era quase quatro da manhã.
Acordei sentindo-me estranha. Sonhei com ele. Sonhei que estávamos felizes, juntos. Ainda bem que era só um sonho.
Levantei da cama com um pouco de dificuldade, o sono queria que eu ficasse mais tempo por lá.
Fui direto para o banheiro e liguei o chuveiro, enquanto tirava as minhas roupas.
Entrei naquela ducha quente.
Tentei tirar toda a sujeira existente em mim. Só foi impossível o meu passado e o nojo que eu sinto de mim mesma.
O cheiro do sabonete de rosas me lembrava ele. Passei-o sobre o meu corpo todo, como se eu ainda estivesse sentindo as mãos dele percorrendo sobre o mesmo.
Terminei o banho, enquanto o vapor do chuveiro saia janela a fora.
Peguei uma toalha grande e sequei meu corpo indo para o meu quarto. Vesti o uniforme da lanchonete e vi que estava totalmente atrasada e pela 4ª vez nessa semana eu fico sem tomar café-da-manhã.
Sai correndo, peguei o ônibus e cheguei bem na hora do trabalho.
Passei a manhã toda servindo lanches para os outros e meu estômago dançando de fome.
Fiquei tanto tempo sem comer, que teve uma hora que eu pensei que ia morrer. Não dava a hora do almoço logo.
Finalmente, almoço.
Corri para comer. Comi uma porcaria qualquer e voltei ao trabalho, eu só teria uma hora aqui mesmo.
Agora os lanches eram trocados por pratos de comida.
Vários pedidos chegaram as minhas mãos, servi todos. Parei para recuperar o ar e logo vi alguém entrando.
Olhei atentamente. Era ele. Tinha que me esconder. Não queria que ele me visse. Não queria que ele me visse assim.
Olhei o relógio. Graças a Deus, uma hora da tarde. Ufa. Acabou.
Hora de ir correndo para o curso.
Tirei meu avental e sai. Só que para eu sair, teria que passar por ele. Então, respirei fundo e o fiz.
Passei por ele. Ouvi-o chamar meu nome.
-Rubi. -disse ele, pegando no meu braço.
-Me solta. -disse eu, puxando o braço dele.
-Rubi, eu quero falar com você.
-Mas eu não quero. E estou atrasada. -disse eu, insignificante.
-Rubi.
-Tom, me esquece sou nada para você. -sai sem ouvir o que ele ia me dizer. Sinceramente, nem queria ouvir.
-Quem era? -perguntou o outro garoto que o acompanhava.
-Ninguém. -respondeu pensativo.
Sai correndo, tentando esquecer o que havia acabado de acontecer.
Cheguei ao curso. Tudo ocorreu perfeitamente.
Voltei para casa, por volta das 20h00min. Lá, tomei outro banho e vesti-me para o show.
Eu a vi. Eu queria dizer para ela que eu não parei nenhum instante de pensar nela, mas ela não me ouviu. Queria poder ir lá ao bordel e dizer o que eu sentia, mas hoje a banda vai ir para a América. Justo agora, justo hoje. E por seis meses passaremos andando mundo a fora.
Em seis meses ela já vai ter se esquecido de mim. Mas eu não vou ter me esquecido dela.
Ela é inesquecível. A garota dos meus sonhos.
Quando eu olhei em seus olhos, tive a certeza que ela não era apenas uma garota de programa.
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Bom, por hoje é isso.
Beeijos,
Anne L.