Assassinos do velho oeste

Capitulo 16: A vingança é um prato que se come frio

June estava com as mãos amarradas e a boca tapada com um
lenço. Ela se virou para trás e viu Bill correndo tentando alcança-la. O
desespero já tinha tomado conta de seu ser, seu rosto estava encharcado com
suas lágrimas ela gritava, mas o som era abafado pelo lenço. Senus ria
maliciosamente.
Já longe, Senus parou de frente a uma casa abandonada.
Arrastando a moça pelo cabelo violentamente, Senus chegou ao segundo andar do
sobrado jogando June no chão.
— Graças ao seu namorado e o irmão nervoso dele – Senus
pôs a mão em seu nariz que estava sangrando – eu estou há quase um mês sem
matar alguém.
June mantinha uma respiração pesada e os batimentos
cardíacos super acelerados, que faziam a moça tremer. Ao perceber seu
desespero, Senus se sentiu glorioso e o brilho em seu olhar era intenso.
— Sabia que matar é como uma terapia pra mim? –
continuou o vilão sabendo que estava matando a moça psicologicamente aos poucos
– e para estrear o meu retorno eu vou lhe causar a morte mais lenta e dolorosa
que alguém possa imaginar.
Senus levantou June pelo queixo e em seguida lhe deu um
soco na bochecha a fazendo cair no chão cuspindo sangue. Senus se virou para a
imensa janela a sua frente, com bordas de mármore e vidro. Ele observava o
horizonte glorioso pensando no modo mais cruel de matar a jovem dançarina, algo
que ele nunca fizera antes, algo que ninguém esqueceria nem em milhões de anos.
O assassino estava imerso em pensamentos cruéis até que foi surpreendido por
June. A moça em sua ultima tentativa desesperada de sobreviver, lançou uma
cadeira em Senus o fazendo bater violentamente contra a janela. Cacos de vidro
e lascas de madeiras estilhaçaram-se para todo o lado. Infelizmente o assassino
conseguiu se segurar nas bordas da janela quebrada antes de cair. Suas mãos
escorriam filetes de sangue e suas costas ardiam devido à forte pancada.
— Ah sua dançarina maldita... Eu te mato. – grunhiu
Senus
Ele se abaixou para pegar uma grande lasca de madeira no
chão e correu em direção a moça para acertar-lhe no rosto com a maior força
possível.

Ele tinha sobrevivido, e o pior,
estava furioso e sua vontade de me matar triplicara. Ele corria em minha
direção com um grande pedaço de madeira. Eu estava muito cansada, muito fraca e
com muito medo. Não havia mais nada que eu pudesse fazer - já que minhas pernas
não me obedeciam ao comando de correr -, alem de esperar por uma morte
dolorosa. E assim fiz me curvei para baixo e fechei desesperadamente os olhos.

Ouvi o som de uma pancada violenta
e um som desesperado de dor. Eu não sentia nada e ao perceber que o grito não
vinha de mim nem de Senus, abri novamente os olhos. De frente a mim de pé um
anjo salvou a minha vida. Bill estava curvado de olhos fechado tolerando a dor
da forte pancada que deveria ter me matado. Ele caiu de frente a mim de joelhos
e abriu os olhos sorrindo.
— Você está bem June? – perguntou
ele limpando com a ponta dos dedos minha bochecha que sangrava.
— Bill... Saia daqui agora!! Salve
sua vida esse homem é perigoso – disse entre lágrimas. Ele tampou minha boca.
— Eu sou mais! – disse Bill
friamente.

Senus observou seriamente seu inimigo se levantar. Bill
estava ferido e fraco, mas não demonstrava nada além de um ódio sobrenatural.

— Não tem mais escapatória, hoje um de nós dois morrerá.
– disse Bill agora devidamente de pé.
Bill fraquejava e quase caiu, a forte pancada que Senus
lhe causava o afetou seriamente. Nenhum dos dois estavam armados, Senus pegou
um grande pedaço de vidro e correu em direção de seu inimigo. Ao contrario do
que desejava a June, Senus queria ver Bill morto o mais rápido possível já que
ele e seu irmão eram os mais únicos capazes de matá-lo. Nesse instante, Tom,
Georg e Gustav entraram no quarto, os G’s seguraram Senus e Tom o empurrou para
a janela quebrada. Os garotos o soltaram o deixando cair para fora.
Como antes, Senus se segurou pelas bordas da janela, mas
desta vez ele estava pendurado para fora, apenas seus dedos já cortados e
ensangüentados o impediam de cair. Tom ajudou Bill a se levantar, ambos se
olharam. Era o momento em que eles esperavam há tantos anos. A hora da
vingança.
— Por o que você fez com a mamãe... – sussurrou Tom para
Senus.
— Por o que você fez com a June... – sussurrou Bill
Os gêmeos bateram cada um em uma mão de Senus, não
podendo mais agüentar de dor ele deu seu ultimo suspiro e caiu do 2º andar da
casa de cabeça contra o chão. Bill desmaiou caindo no chão exausto ele resistiu
por muito tempo e depois de sua vingança caiu inconsciente no chão, Georg e Tom
o carregaram para fora da casa. Gustav ajudou June a descer as escadas. Do lado
de fora da casa já havia uma multidão em volta do cadáver de Roger Senus.
Muitos comemoravam e aplaudiam os cinco que saíram da casa. Emy surgiu e junto
a Gustav tratou dos ferimentos de Bill e June ali mesmo. No oeste de Woodville
Roger Senus foi morto pelos Kaulitz.
Epílogo
Depois de se vingar, Bill desistiu do cargo de xerife
para viver com June e finalmente constriuir uma família. Tom saiu em busca de
aventuras, mas voltou depois de alguns anos, ele não gostava de ficar longe do
irmão. Emy assumira o posto de Bill, ela foi a primeira xerife mulher – talvez
a única – do velho oeste.



THE END