Aeee gente \õ/
Para a
infelicidade de vocês, não perdi o capítulo
Bom, enfim. Não tenho muito o que dizer. Boa sorte com a leitura HAHAHA
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XXIV
SMOTHERED
[ Tom’s PoV ] Há dias eu não ia ao trabalho; Deixava minha guitarra empoeirando-se ao lado de minha cama, e mal comia direito. Tudo o que eu fazia era ficar deitado na cama, com o olhar vago, tentando entender o porquê de tudo isso estar acontecendo em minha vida. Desde o incidente com Veronika, Lena não me procurara mais; Nem um simples SMS xingando-me ela fora capaz de mandar, e minha vontade de vê-la apenas aumentava. Eu não tinha certeza se ela atenderia algum telefonema meu; Porém, essa dúvida não iria deixar minha mente se eu não tentasse.
Empunhei o telefone, procurando seu número na agenda, e assim que encontrei, apertei o botão de ligação e coloquei-o na orelha. Não demorou muito, e ouvi sua voz do outro lado da linha.
- Alô? – ela disse, a voz fria.
Não consegui dizer nada de imediato; Minha boca se abriu, porém nada saiu. Eu não tinha certeza do que deveria dizer a ela.
- Eu sei que é você, Tom. – ela disse. – Diga logo o que é, se não quiser que eu desligue.
- Espere. – foi tudo o que consegui dizer. Respirei fundo e prossegui. – Acho que precisamos conversar.
- É, eu também acho. – ela disse, calmamente.
- E por que não havia me procurado ainda? – indaguei.
- Porque o único errado da história é você, e nada mais certo do que você me dar satisfações. – ela disse, e foi como um chute em minha cara.
- Muito bem. – tentei parecer indiferente ao comentário. – Quando e onde podemos nos encontrar?
- Hoje mesmo se você quiser, na lanchonete. – respondeu de imediato.
Senti meu corpo gelar. Essa lanchonete era a mesma onde, há aproximadamente quatro meses atrás, eu me encontrei com Sophie pela última vez. Porém, eu não iria perder essa chance, e tudo o que fiz foi respirar fundo.
- Tudo bem. Eu te vejo lá. – mal terminei de falar, e ela desligou.
Respirei fundo novamente, não entendendo porque tudo em minha vida tinha que ser tão difícil.
Perto do entardecer, segui para a lanchonete. Meus longos passos permitiram-me de chegar rápido até lá, e a distância não muito longa ajudou nessa tarefa. Assim que me aproximei da entrada, pude sentir o cheiro de hambúrguer no ar, e isso fez meu estômago se manifestar; Porém, assim que avistei Lena, já sentada na última mesa da lanchonete, lembrei-me que eu estava ali para resolver um assunto sério, e não para comer.
Aproximei-me da mesa, e com uma rápida troca de olhares, sentei-me à sua frente. Por um instante, lembrei-me dos olhos tristes e assustados de Sophie, e meu peito se apertou. Por sorte, a voz de Lena tirou-me de meus devaneios.
- Pode começar. – ela disse, e seu tom de voz frio me deixava desconfortável.
- Não tenho muito que falar. – disse. – A Veronika já disse tudo.
- E pelo menos para isso ela prestou, não? Senão, era capaz de eu nem saber dessa história ainda.
- Eu ia te contar... – comecei, mas logo, parei.
- Ah, é? E quando você pretendia fazer isso? – enfrentou-me.
Calei-me; Não consegui achar uma resposta à altura, perdendo a batalha. Então, ela continuou.
- Tom, você tem noção do quando essa garota está sofrendo? Você tem noção do quanto ela precisaria de você?
- Lena, eu estava assustado, com medo! Tente entender o meu lado também!
- Por que não pensou nisso antes de fazer o filho?
- A camisinha furou, não foi culpa minha!
- Independente do que tenha acontecido, é o seu filho que ela está esperando, é sua responsabilidade assumi-lo!
- Lena... – tentei começar.
- Não tem Lena, Tom! Você é um garoto ainda. Um garoto que pensa que pode ter tudo e todas aos seus pés. – e então, eu me arrependi de ter contado minha não tão antiga personalidade a ela.
- Me escuta... – tentei novamente.
- Não sou obrigada a ouvir nenhuma desculpa sua, Tom. Eu não vou acreditar em nenhuma delas e tornar você novamente um príncipe. Não sou que nem as menininhas que você iludia apenas para transar por uma noite. Eu não sou desesperada em relação a isso.
Suas palavras me paralisaram de tal forma que fui incapaz até mesmo de piscar os olhos; Eu nunca vira aquela fúria nos olhos de Lena, e isso me deixou assustado.
- Lena, não faz assim... – foi tudo o que saiu por entre meus lábios.
- Posso fazer pior, Tom. – ela disse. – E que fique bem claro uma coisa.
Ela fez uma pausa, respirando fundo para falar. Eu não sei se era impressão minha, mas aquela situação também era difícil para ela.
- Eu vou apenas voltar com você quando você for atrás dela e consertar o seu erro. Enquanto isso não acontecer, não precisa nem me procurar para conversar, porque eu não vou olhar na sua cara.
Lena pegou sua bolsa, levantou-se da mesa e saiu da lanchonete em passos firmes. Senti como se eu fosse incapaz de respirar por um momento, tombei a cabeça para trás e fechei os olhos. Eu realmente não sabia o que havia feito de tão grave para tudo de ruim acontecer comigo.
"Eu sofri uma grande queda, uma grande queda para aguentar
Porque eu sou um grande tolo com um grande coração pra quebrar
Você me empurrou pra longe, um impulso se transformou num empurrão
E eu fui morto por amor"
(Alice Cooper - Killed By Love)
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Pronto, chegou a tão esperada parte que vocês queriam