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 A Little Piece of Heaven

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MensagemAssunto: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeDom Jan 02, 2011 9:32 pm

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"Nenhum organismo vivo é capaz de manter a sanidade durante um longo tempo em condições de absoluta realidade." (Shirley Jackson).
Mas naquele momento, mais que em nenhum outro, Bill, Tom, Gustav e Georg precisavam manter suas mentes no lugar. Mistérios, lendas, profecias e uma garota vinda de um mundo negro e conturbado os fariam entrar em uma vida onde cada passo deve ser dado com cuidado para não despertar o demônio adormecido dentro de cada um deles. E principalmente, dentro dela.
A luz pode ser encontrada onde menos se espera. Eles só não sabiam disso ainda.

Autoras: Darling-J, Meere e Julie
Classificação: +18
Terminada? Não.



então, alguém quer ler? Very Happy


Última edição por Darling-J em Sáb Jul 30, 2011 8:08 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeDom Jan 02, 2011 9:44 pm

eu quero. haha, brincadeira :]]
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeDom Jan 02, 2011 9:47 pm

Dar-J e Meere juntas, tão de brinks né? A melhor fanfic do ano, há. Oi Julie, você também escreve bem UQ
Postem loguinho cha
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeDom Jan 02, 2011 10:01 pm

POSTEM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeDom Jan 02, 2011 10:01 pm

Postem logo o primeiro capítulo e.e
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeDom Jan 02, 2011 10:48 pm

Janaah. escreveu:
Dar-J e Meere juntas, tão de brinks né? A melhor fanfic do ano, há. Oi Julie, você também escreve bem UQ
Postem loguinho cha
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeDom Jan 02, 2011 10:52 pm

AAH postem logo -qq
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeDom Jan 02, 2011 11:15 pm

Me deixou curiosa! Poooostem! até porque eu amo os dêmonios desses garoootos!
POSTEM.
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeDom Jan 02, 2011 11:43 pm

Anic's escreveu:
Me deixou curiosa! Poooostem! até porque eu amo os dêmonios desses garoootos!
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeDom Jan 02, 2011 11:45 pm

podem postar!!!
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 1:33 pm

Postem com toda a certeza! Very Happy mega curiosa pelo primeiro capítulo.
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 1:35 pm

Postem logo cara, essa fic com certeza vai ser foda, é. Eu leio sem dúvidas Smile
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 1:59 pm

quantos pedidos :O bem, eu e as garotas esperamos que vocês gostem e que comentem. não só um 'posta mais!' (embora eles também sirvam), mas algum comentário ou crítica construtiva ou qualquer coisa. divirtam - se :]]



Capítulo 1 – Alien
“Who are you?
Who am I?
Blood is all I see...”


Uma fina chuva caía quando eles deixaram o estúdio. Protegeram-se como puderam e caminharam alguns poucos metros até o luxuoso Audi R8 do Kaulitz mais velho. O alarme fora desativado habilmente por Tom e a chave foi jogada para seu irmão. Não estava em condições em dirigir naquela hora. Não depois da bomba que explodiu à sua frente.
Em treze anos de banda, Tom Kaulitz estava afim de uma garota que não dava a mínima para ele. Mas isso seria superável se ela não fosse famosa e muito menos lhe desse o fora do ano em rede nacional. Fora pego totalmente desprevenido e isso o deixara magoado.
Suspirou alto.
Bill olhava preocupado para o irmão e sentia-se mal também. Era a tal conexão incompreensível entre gêmeos. Ele dividia a atenção entre a estrada molhada e Tom, que olhava pela janela embaçada pela chuva, perdido em seus pensamentos, com certeza remoendo tudo o que lhe aconteceu.
- Tom? - o gêmeo ignorou o seu chamado, mas Bill continuou falando com os olhos ainda postos na estrada chuvosa. – Não liga pra ela, mano. Você sabe que consegue coisa melhor – tentou encorajá-lo. – Jost conseguiu acalmar a imprensa já.
- Falar é fácil – Tom murmurou interrompendo-o – Fica no meu lugar, pra sentir como é levar um fora em rede nacional.
- Olha, eu sei que é difícil ok? – Bill retrucou, apertando o volante do carro com força. Estava com raiva, raiva da garota que havia deixado o seu irmão assim – Já levei um fora, diversos, de garotas que eu achava que ia durar muito tempo! Então, larga de ser chorão e bola pra frente.
Tom apenas revirou os olhos e voltou a mergulhar em lembranças, mas especificamente a qual estava lhe matando por dentro.
- Eu estou provando do meu próprio veneno – confessou sem olhar para Bill. – Acho que a Ann entrou na minha vida só para jogar na minha cara o quão idiota eu sou. Que dói ser rejeitado por alguém.
Foi a vez do gêmeo mais novo suspirar e sentir-se incapacitado por não saber o que fazer para ter o irmão sorrindo novamente. Queria fazer de tudo, mas ao mesmo tempo, não poderia fazer nada. O que lhe restava era focar-se na estrada sinuosa à sua frente para chegar em casa o mais breve possível, sem acidentes.

Os minutos corriam e o silêncio era quase palpável no interior do Audi. Nem a música de Samy Deluxe estava sendo capaz de animar Tom. Bill até aumentou o volume discretamente pelo volante, mas em vão. Seu gêmeo continuava calado e, às vezes, cerrava o punho com força, tornando os nós dos dedos brancos.
- Você está me deixando nervoso, Tom. Cara, esquece esta garota. Tudo o que ela quer é te ver neste estado desprezível. Mostre-se superior, como sempre o fez – Bill despejou tudo o que lhe vinha à cabeça num fôlego só. Alguém ali tinha que dar uma boa sacudida em Tom.
- Só me deixa em paz, por favor – pediu numa voz arrastada e magoada. Tinha vontade de chorar copiosamente e talvez, livrar-se do aperto em seu coração. Queria correr para a casa de sua mãe e deitar a cabeça em seu colo em busca de conforto e palavras de carinho.
- Pra te deixar em paz eu preciso me calar e aceitar esse estado em que você está, e isso eu não vou fazer nunca – Bill começou a despejar as palavras muito depressa, antes que Tom pudesse interromper. Ele não olhava para o irmão, que continuava com os olhos voltados para a paisagem que passava num borrão. – Você é meu irmão, e me dói te ver assim. Literalmente.
Tom não respondeu. Sabia que o irmão conseguia “pegar corda” sem nenhum tipo de ajuda e quanto mais ele falasse, mais Bill continuaria com aquela conversa de livro de auto – ajuda. Ele procurou fixar sua atenção na paisagem e tentar se desligar do irmão, que continuava falando.
- Você parece que esqueceu quem é – Bill mantinha os olhos fixos na estrada. A chuva aumentara consideravelmente e ele redobrou o cuidado. – Você é Tom Kaulitz, você não deixa as mulheres pisarem em você. Então esquece essa garota. Tudo o que ela queria era atenção e alarde e agora que conseguiu vai te deixar em paz. E você devia fazer o mesmo com ela.
Talvez se Tom não estivesse tão determinado a não prestar atenção às palavras de Bill, o vulto encolhido à beira da estrada teria lhe passado despercebido. Ele precisou de dois segundos para confirmar que a sombra que vira apenas de relance era realmente uma pessoa, e ainda sem muita certeza gritou para o irmão:
- BILL, PÁRA ESSE CARRO AGORA!
Bill enfiou o pé de uma vez no freio, quase se chocando com o volante no momento em que o carro parou abruptamente. Ele encarou o irmão, surpreso, mas antes que pudesse fazer qualquer pergunta, Tom abriu a porta e correu para fora do carro, batendo a porta com força.
- TOM! – ele chamou em vão, sabendo que o irmão não atenderia mesmo que pudesse ouvi – lo. A rajada fria que havia entrado no carro percorreu seus braços descobertos, nuca e entrou pela blusa percorrendo todo seu tórax e lhe causando arrepios. Ele virou – se para trás, tentando ver onde o irmão tinha ido, mas conseguiu ver apenas o vulto dele correndo para a beira da estrada. Bill ficou tenso. Seu corpo inteiro enrijeceu, e ele levou alguns segundos para interpretar aquilo da forma correta. Estava com medo. Tanto medo quanto poucas vezes sentira na vida. E não entendia o motivo daquilo. Um trovão que parecia ter ocorrido bem acima de sua cabeça o arrastou para fora de seus pensamentos e ele balançou a cabeça tentando clarear as idéias. Precisava ignorar aquilo e ajudar seu irmão. Bill abriu a porta e foi atrás de Tom.

A chuva e a falta de iluminação obrigavam Tom a forçar sua vista ao máximo enquanto ele andava em direção à sombra. Mas a cada passo que ele dava, tinha mais certeza de que não era apenas um arbusto ou um truque enganador de seus olhos. Ele sentia que era uma pessoa, e que estava precisando muito de ajuda.
Tentou inutilmente se aquecer, apertando mais seu casaco contra seu corpo e continuou andando em direção ao vulto, que mostrava ser de uma mulher à medida que se aproximava. O corpo pequeno e aparentemente frágil abraçava-se e os longos cabelos negros cobriam seu rosto.
- Ei, você! – Tom gritou, chamando-lhe a atenção. A mulher levantou seu rosto com os olhos assustados e fitou a figura alta e magra do Kaulitz. Ele correu em sua direção, segurando suas calças demasiadamente largas, não contando que ela pudesse apressar mais seus passos, claramente apavorada.
- Tom! – ouviu a voz do seu irmão abafada pela chuva e não deu atenção. Aquela mulher precisava dele, precisava de ajuda o mais rápido possível. Depois de quase cair por causa da pista escorregadia, finalmente a alcançou. Segurou seu braço firmemente e espantou - se ao ver as costas dela apresentar duas feridas profundas.
- Você está sangrando! – constatou o óbvio e sem se importar com os gritos que com certeza viriam, pegou-a no colo desajeitadamente e voltou em direção ao seu carro, encontrando um Bill totalmente encharcado e com o rosto negro devido à maquiagem.
- Meu Deus! – Bill exclamou ao ver a mulher no colo do seu irmão. Tom apenas o olhou significadamente e isso bastou para que Bill corresse de volta, tropeçando em seus pés, e se atrapalhasse ao abrir a porta do Audi, ajudando Tom a colocar o corpo quase desfalecido no banco de trás.
- Me dá as chaves – o Kaulitz mais velho ordenou e as recebeu, contornando a frente do veículo e adentrando-o numa velocidade incrível.
- Vá com cuidado, por favor – Bill segurou o braço do irmão que girava a chave na ignição.
- Fica tranqüilo – sorriu confiante e pisou no acelerador, cantando os pneus pela estrada.
Bill virou – se pra trás e olhou a garota, que estava sentada no banco olhando curiosamente para ele. Seus cabelos pretos caíam em cortinas ensopadas até próximo ao cotovelo. Seus olhos eram negros, e não havia nada neles que lembrasse, mesmo que vagamente, algum tipo de brilho. Ela era muito, muito branca e usava algo que um dia fora um vestido preto, mas que estava tão rasgado que em alguns pontos as tiras de pano em alguns locais simplesmente caíam pelo seu corpo.
- Qual seu nome? – ele perguntou.
Ela inclinou a cabeça para o lado e ficou calada.
- Será que ela tem nome, Tom? – ele olhou para o irmão.
- Mas é claro que tem, Bill. Todo mundo tem nome – Tom respondeu sem olhá – lo. – Ela só não deve lembrar, ou alguma coisa assim.
- De onde você veio? – Bill virou – se para ela novamente. – Fala qualquer coisa!
A garota limitou – se a olhá – lo, com uma expressão pensativa.
- Acho que o choque deve ter tirado a voz dela ou coisa assim – Tom disse sem muita certeza na voz.
- Choque, Tom? Como você sabe que ela sofreu algum choque? – Bill o olhou.
- Não sei, ué. O pessoal no hospital vai saber o que fazer – o mais velho deu de ombros.
- Hospital... Boa ideia – Bill virou – se completamente para frente.
A garota sentou-se na beirada do banco e se posicionou no espaço entre Bill e Tom. Ela olhava de um para o outro e depois para a estrada de uma forma curiosa, como uma criança que encontra algo novo que desperta sua curiosidade. Ela aproximou um dedo longo e branco lentamente do rosto de Bill. Suas unhas eram bastante compridas e não estavam pintadas. Seu dedo frio tocou o rosto dele em um ponto em que a maquiagem preta havia escorrido, mas ela o afastou rapidamente emitindo um silvo baixo. Depois voltou a sentar – se normalmente no banco.
- Acho que ela não gostou da sua cara – Tom deu uma risadinha.
- E claro que você, como meu irmão gêmeo idêntico, está bem colocado para fazer piadinhas sobre minha cara – respondeu Bill sorrindo ironicamente para o irmão.
- Pelo menos, eu tenho muito mais cara de homem que você, Kaulitz – rebateu Tom, dando um sorriso debochado.
- Cala a boca, estúpido – seu gêmeo bateu fracamente em sua cabeça.
Olharam-se e riram escandalosamente.


Só faltou Bill arrebentar a porta dupla da entrada principal do hospital tamanho era seu desespero. Os pacientes e médicos que passavam por ali o olharam reprovadores e assustados. Após o choque, alguns enfermeiros perceberam quem era ele e correram para ajudá-lo. A hipocrisia desse mundo era demasiada.
- Senhor Kaulitz? No que posso ajudar? – uma mulher vestida de branco, aparentemente já de meia-idade, perguntou segurando seu braço.
Nesse momento, Tom entrou de supetão pela mesma porta carregando a morena em seu colo.
- Um médico aqui! – praticamente ordenou e uma massa de seis pessoas vestidas de branco veio até ele com uma cadeira de rodas. Ajudaram-no a colocá-la na cadeira e dirigiram-se para um corredor extenso e muito bem iluminado.
A mulher que ainda segurava o Kaulitz mais novo pareceu chocada pelo que viu, mas logo se pôs atrás do balcão e tirou de lá uma prancheta com vários papéis.
- Vou precisar que vocês preencham estas fichas para podermos...
Tom segurou os ombros da mulher com suas mãos enrugadas e a encarou seriamente.
- Minha senhora, encontramos aquela garota no meio da estrada. Não sabemos seu nome, sua idade, de onde veio e para onde vai. Nós só... Ajudamos.
- Ela não informou absolutamente nada? – a mulher perguntou, olhando – o como se suspeitasse de algo.
- Nada. Ela não disse uma palavra desde que a encontramos na estrada – Bill disse, impaciente. – E não olhe assim pro meu irmão, nós só ajudamos!
A mulher soltou um pesado suspiro e pegou apenas um dos papéis que estavam na prancheta.
- Então assinem pelo menos essa autorização. Precisamos saber se poderemos realizar qualquer procedimento necessário, e se os senhores irão arcar com as despesas caso ela não tenha plano de saúde.
Tom puxou rapidamente o papel de sua mão e assinou, devolvendo – o na mesma velocidade.
- Temos que esperar aqui? – Bill perguntou.
- Não, podem vir comigo – ela arquivou a autorização e seguiu por um corredor, sendo seguida por ambos. Bill e Tom trocaram olhares rapidamente enquanto atravessavam vários corredores. Quem os conhecia, sabia que havia uma conversa silenciosa entre eles, mas isso passou despercebido pela enfermeira que continuou guiando – os através do hospital.
Após atravessarem uma porta encimada por uma placa indicando que haviam entrado no Centro de Imagens, a mulher parou.
- Ela está no Raio – X, vocês precisarão esperar aqui – ela disse, virando – se para eles.
- Vai demorar? – Tom perguntou.
- Não muito – ela respondeu, e se afastou.
Eles sentaram – se em duas das cadeiras que estavam enfileiradas na parede.
- Aquela mulher deve estar achando que a gente tentou estuprar a garota e alguma coisa saiu errada – Tom bufou.
- Não a culpo. Olha o nosso estado. Eu pareço ter saído de um freak show – Bill disse se olhando. – E essa droga de roupa molhada está grudando em todo lugar.
- Ela também estava bem machucada – Tom continuou. – O que será que aconteceu, Bill?
- Vai ver ela foi importada como escrava branca de algum país bem longe e conseguiu fugir. E não respondeu a gente porque não fala alemão – o mais novo deu de ombros.
Tom olhou para o irmão com uma das sobrancelhas erguidas.
- Não sei, Bill. Você sabe que não deve ser só isso. Você sentiu que não é só isso.
- Você também...?
- Aham, eu também senti – Tom estava louco para verbalizar o que se passava dentro dele, mesmo que o irmão já soubesse. – Eu senti medo, Bill. Isso não faz sentido, ela é só uma garota estranha e machucada, mas eu senti. E eu precisava chegar perto dela, sabe? Era mais forte que um impulso... E quando eu vi que ela tava sangrando...
- Você se sentiu na obrigação de fazê-la ficar bem – Bill completou os pensamentos do irmão. – E ainda está sentindo isso agora, assim como eu.
- É – Tom suspirou.
Um silêncio foi instalado. Os gêmeos olharam simultaneamente para o teto. Os minutos não passavam e nenhum médico aparecia para lhes dar qualquer notícia sobre o estado da mulher.
- Os senhores que estão acompanhando a paciente 666? – um médico alto, moreno parou à frente deles. Bill fitou o irmão rapidamente, estranhando o número, e concordou. – Bem, nós fomos obrigados a dar um sedativo por ela se apresentar eufórica. E os exames básicos não constaram nada de errado. Agora, ela vai ser encaminhada à sala de cirurgia devido aos ferimentos.
- E vai demorar muito esta cirurgia? – Tom indagou, levantando a sobrancelha. A verdade era que estava louco para ir para casa e trocar de roupa.
O médico deu uma mais olhada na prancheta.
- Este tipo de cirurgia costuma demorar. Aconselho aos senhores irem para a casa e descansarem. Qualquer acontecimento, ligaremos imediatamente. Com licença – e saiu do mesmo jeito que entrou na sala de espera.
Tom contorceu seu rosto numa careta e imitou debochadamente o médico.
- Vamos embora – Bill o puxou pela manga da camiseta. O gêmeo limitou a seguir o irmão para fora do hospital.
- Será que ela vai ficar bem? – perguntou.
- A gente vai fazer o possível, mano – Tom fora retribuído com um sorriso sincero, mas cansado do irmão. Sorriu também e adentrou o Audi, ligando-o e saindo dali ligeiramente preocupado.
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 2:14 pm

Nossa, essa fic prendeu a minha atenção mesmo velho, parabéns. Até eu senti medo da mulher cara kkk
Precisa dizer pra vocês postarem mais? cha
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 4:05 pm

Uau!
Tipo do nada o Tom para o carro, nessa hora achei que ele tinha ficado lelé da cuca xD
Whatever...
Estão de parabéns, a fic pelo primeiro capitulo já mostra que é muito boa, realmente prendeu minha atenção.
Continuem...
Curiosa para saber o que acontece.

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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 4:28 pm

Júlia G. escreveu:
Nossa, essa fic prendeu a minha atenção mesmo velho, parabéns. Até eu senti medo da mulher cara kkk
Precisa dizer pra vocês postarem mais? cha

+1 Um mistério essa mulher hein. Mas pela descrição ela parece ser bem bonita, bonita e perigosa talvez. Qual seria o motivo para os meninos terem medo dela?
Continuem
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 6:46 pm

Tadinho do Tom, todo tristinho por ter levado um fora, VEMK NENÉM Q
Essa fic tá realmente boa, com mistério e muito bem escrita! Não preciso nem pedir pra vocês continuarem *-*
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 7:35 pm

Continuem! Eu adorei a fic,é misteriosa e envolvente.Nem preciso falar que é pra continuar não?


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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 8:24 pm

Hm, não sei, mas tenho suspeitas dessa mulher. Achei muito estranho tudo isso, muita coincidência. Fiquei muito curiosa para saber a causa desses ferimentos e o que ela irá falar, se falar. Imaginei completamente tudo o que aconteceu, a escrita de vocês é muito real.
Prossigam rápido Very Happy
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeTer Jan 04, 2011 9:44 am

Tô tipo :O após esse primeiro capítulo. cara, que macabro essa mina e esse médico, hein? Tenho várias perguntas a fazer, mas vou me contentar em esperar pelos próximos capítulos Wink enfim, continuem rápido, por favor.
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeQui Jan 06, 2011 8:35 am

Citação :
- Acho que ela não gostou da sua cara – Tom deu uma risadinha.
- E claro que você, como meu irmão gêmeo idêntico, está bem colocado para fazer piadinhas sobre minha cara – respondeu Bill sorrindo ironicamente para o irmão.
- Pelo menos, eu tenho muito mais cara de homem que você, Kaulitz – rebateu Tom, dando um sorriso debochado.
- Cala a boca, estúpido – seu gêmeo bateu fracamente em sua cabeça.
adoro o amor entre Kaulitz *-* qq
e eu também já tô com medo dessa guria, eeeu hein ._.
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeQui Jan 06, 2011 10:11 pm

eu posso não ser ativa no fórum, mas espero que curtem essa fic ((: tipo, eu dei o meu samg escrevendo ela e corre/ DHSAJKDL
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeSeg Jan 10, 2011 2:01 pm

own, não tenham medo... ainda. ela é legal KKKKK brigada pelos comentários. nós ficamos felizes em saber que vocês estavam gostando :]] e bem, vocês devem ter muitas perguntas mesmo, mas tenham calma que as coisas ainda estão muuuuito no começo. vocês vão ter suas respostas em breve ;) espero que gostem desse também


Capítulo 2 – Afterlife
“Like walking into a dream
So unlike what you've seen
So unsure but it seems
'Cause we've been waiting for you…”



Nada mais reconfortante do que tomar um banho bem quente e colocar uma roupa seca. Este pensamento tomava conta de ambos os Kaulitz. Eles haviam chegado à casa há pouco mais de duas horas e ficaram metade desse tempo debaixo do chuveiro, refletindo todos os estranhos acontecimentos daquela noite. Ainda não acreditavam, simplesmente não lhes descia à garganta o fato daquela garota estar justamente naquela estrada, naquela hora e eles sentirem a obrigação em ajudá-la.
- Eu ainda estou cismado com esta garota. Sério. Ela aparece do nada, no meio da estrada, com a roupa toda surrada e os únicos ferimentos que tinha eram aqueles cortes nas costas, parece que alguém arrancou um pedaço dela à força – desabafou Bill enquanto dividia um balde de pipoca com Tom e assistiam a um filme qualquer na televisão.
- E qualquer pessoa poderia parar o carro e ajudar, mas não. Todos pareciam passar direto.
- Talvez eles não viram ela – Bill olhou para Tom, tentando se convencer de sua hipótese.
- Com aquele show de faróis ligados no alto, é meio impossível não ter visto.
- Ninguém mais confia em ninguém neste mundo, Tom. Ela poderia ser uma assaltante ou uma prostituta querendo se dar bem.
- Ah é? Então por que raios nós a salvamos se ela é tudo isso? – Tom indagou, cruzando os braços sobre o peito.
Bill fora pego de surpresa. Ele não sabia o que responder.
- Você está certo. Mas você não acha que devemos contar a alguém?
- Hum, pode ser, mas não vamos contar pra mamãe. Ela vai fazer um alarde – Tom respondeu.
- O Georg e o Gustav, claro! – Bill bateu na própria testa e esticou o braço para alcançar o telefone. Discou alguns números já conhecidos e esperou.
Um toque e nada.
Dois toques e Bill já batia as unhas ritmadamente no braço do sofá.
No terceiro toque, ouviu a voz grave de Georg:
- A que devo a honra para você me ligar a esta hora, Kaulitz?
- Nós precisamos te contar algo muito bizarro que aconteceu, mas não dá para ser pelo telefone – o gêmeo mais novo falou sem rodeios.
- Algo muito bizarro? – pode-se uma movimentação do outro lado da linha e uma voz feminina reclamar. – Certo. Daqui a vinte minutos eu tô aí. E o Gustav?
- Eu vou ligar para ele agora.
- Beleza, Bill. Até daqui a pouco.
- Até – e desligou o telefone apenas para ligá-lo novamente e discar o número de Gustav, repetindo a mesma história.

Cerca de meia hora depois os quatro estavam reunidos na sala da casa dos gêmeos e impacientes para saber o que tinha acontecido.
- Desembucha, Kaulitz! – Georg exclamou tentando apressar Bill, que parecia enrolar para contar a história.
- A gente estava voltando pra casa – Tom começou. – E encontramos uma garota toda machucada na beira da estrada. Daí a gente parou pra ajudar, né. Ela estava sangrando e a chuva estava uma coisa inacreditável. Então a gente a colocou no carro e o Bill tentou descobrir o nome dela, mas ela não falou nada. Ela está no hospital, teve que fazer uma cirurgia por conta dos machucados, mas quando ligarem de lá nós vamos ver no que deu.
As caras de surpresa de Georg e Gustav não podiam ser maiores.
- Vocês simplesmente pararam o carro no meio da estrada, durante uma tempestade, resgataram uma completa desconhecida e a levaram pro hospital? – Georg perguntou incrédulo.
- Você não entende, Georg – Bill disse em tom de quem se explica. – Parecia que tinham aberto dois buracos nas costas dela, e estava escurecendo! Nós não podíamos simplesmente ignorar.
- Bem... Fizeram a coisa certa, é claro – Gustav falou. – Mas não acham isso muito estranho? Ela não falou o que tinha acontecido?
- Ela não falou nem o nome. O Bill acha que ela não deve saber alemão, mas ela não emitiu nenhum som que lembrasse uma palavra – Tom disse.
- Bem, vai ver ela realmente não sabe – Georg deu de ombros. – Mas o que vocês vão fazer com ela quando ela se recuperar?
Os gêmeos se entreolharam. Eles ainda não haviam pensado nessa parte.
- A gente não pensou nisso – Tom respondeu. – Vamos primeiro saber se ela vai ficar 100% bem, depois tentar descobrir de onde ela veio e então vemos se a mandamos de volta, se tem família ou sei lá.
- E se ela não tiver família e for menor de idade? – Gustav perguntou sério, arrumando seus óculos. – Vocês terão um belo processo pela frente.
- Ela não aparenta ser menor de idade – Bill falou num tom pensativo.
- Se ela tiver uma família distante, faremos de tudo para mandá-la de volta para casa em segurança – Tom concluiu o pensamento do irmão.
Os quatro ficaram se olhando perdidos em si. O clima tenso foi quebrado com o toque do telefone.
- Quem será a esta hora? – Bill perguntou, agarrando o aparelho e levando-o à orelha. – Hallo?
- Senhor Kaulitz? Por favor, venha o mais depressa para o hospital. A paciente quase cometeu um homicídio!
A reação de Bill não poderia ser outra a não ser de espanto. Seus olhos castanhos cresceram de maneira absurda em meros segundos.
- Nós já estamos indo para aí – e desligou. Não se preocupou em ser educado, estava em estado de choque.
- O que aconteceu? – Georg perguntou ao ver o amigo levantar-se em supetão.
- Vamos para o hospital. Nossa amiga tentou matar alguém – embolou-se nas palavras e correu escadas à cima. Tom fez o mesmo.
- Eu vou deixar o carro preparado – Georg gritou e puxou Gustav junto com ele.


Mais uma vez, eles estavam naquele hospital. A mesma enfermeira veio ao encontro deles, guiando-os até UTI. Ela falava muito rápido, quase se atropelando nas palavras, o que deixava os quatro ainda mais confusos.
- Só posso permitir a entrada de um – avisou-lhes. Eles se entreolharam, decidicindo quem iria.
- Acho que o Tom deveria entrar. Afinal, foi ele que a encontrou na estrada – Georg pronunciou.
- O Georg está certo, mano. Acho melhor que seja você – Bill colocou sua mão sobre o ombro do irmão, olhando-o significadamente. Tom apenas assentiu com a cabeça.
- Já que se decidiram, o senhor não poderá demorar mais que 10 minutos – a enfermeira voltou a falar enquanto abria a porta do quarto 483. O Kaulitz mais velho deu uma última olhada nos amigos antes de entrar.
Seus olhos castanhos percorreram o ambiente demasiadamente branco. Tudo ali exalava uma tranqüilidade absurda que chegava a ser insuportável. Tom fixou-se na cama típica de hospitais e na garota ali deitada. Tinha pelo menos, três aparelhos ligados no corpo dela. O que mais chamou sua atenção foi aquele que mostrava os batimentos cardíacos. Até ele que era leigo em medicina, sabia que estavam baixíssimos.
Aproximou-se com cuidado exagerado da cama e observou-a mais atentamente. A pele continuava extremamente branca, assim como os cabelos negros. Somente os lábios cheios e bem desenhados estavam arroxeados.
- O que você fez desta vez, garota? – perguntou mais para si mesmo. A morena era uma verdadeira incógnita não só em sua vida, mas também na vida de seu irmão e amigos. Tocou-lhe o rosto quase perfeito, acariciando-o, e um arrepio forte percorreu sua espinha.
Vagarosamente, ela foi abrindo os olhos. Piscou algumas vezes para acostumar-se com a luminosidade e logo se focaram em Tom. O olhou curiosa e levantou o braço para também tocar-lhe o rosto. A ponta de três de seus dedos tocou com leveza o rosto do garoto, sendo seguidas por suas unhas bastante longas. Ela apenas o tocou por alguns segundos, depois afastou a mão. Ele deu um leve sorriso.
- Você tentou matar a enfermeira que veio trocar seu soro? – ele perguntou em tom divertido. – Tsc, tsc. Não se deve matar as pessoas porque elas furam seu braço, sabia?
Ela limitou – se a olha – lo, como havia feito no dia anterior. Seus olhos negros estavam bem abertos, e ela o olhava como se tentasse entender o que ele dizia por meio de sua expressão, não de suas palavras.
- Pode ter doído um pouco – ele continuou. – Mas isso não quer dizer que você deva estrangula – la. Ela está aqui pra cuidar de você.
A garota o olhou por mais alguns segundos. O silêncio foi interrompido pela entrada de um médico que olhava apressadamente uma ficha.
- Olá, paciente 666 – ele disse em tom amistoso, sorrindo para ela. – E olá, senhor Kaulitz. Sou o médico de sua... Erm, amiga.
- Ela vai ficar bem, doutor? – ele perguntou apreensivo.
- Oh, vai sim – ele aproximou – se e pegou no que devia ser a canela da garota por cima do edredom que a cobria. – Seus sinais vitais não são fortes, mas aparentemente isso é perfeitamente normal para o corpo dela e ela está se recuperando muitíssimo bem da cirurgia. Os cortes que ela tinha nas costas eram muito profundos, então nós precisamos dar muitos pontos internos, mas ela ficará cem por cento bem em alguns dias. Neurologicamente falando ela também está bem, apesar de não emitir uma palavra e da agressividade que apresentou quando tentaram acessar sua veia.
- E em quanto tempo ela poderá sair daqui? – Tom perguntou.
- Amanhã ela já vai para um quarto comum e em três ou quatro dias deve receber alta. Mas os cuidados devem continuar depois que ela sair daqui.
A garota olhava de Tom para o médico com expressão curiosa.
- Ela entende o que a gente fala? – Tom perguntou depois de registrar a expressão em seu rosto.
- Não temos muita certeza – o médico respondeu em tom incerto. – Sabemos que ela fica mais tranqüila quando sorrimos e falamos de forma tranqüila, como agora. E que reage muito mal se a tocamos de um jeito que ela não goste. Mas acredito, e isso é um palpite meu, veja bem, que ela entende nossas expressões. Ela não capta exatamente o que dizemos, apenas tem uma ideia geral do que falamos. Como agora, tenho certeza de que ela sabe que estamos conversando a respeito dela. – o médico fez uma pausa e sorriu para a garota, que o encarou por alguns segundos antes de sorrir timidamente para ele, revelando dentes extremamente brancos. – Ela é como uma criança. Uma criança complicada, mas uma boa criança.
Tom, que tinha os olhos fixos no sorriso dela, deu uma risadinha com a última frase dita pelo médico.
- Mas acho que agora o senhor deve retirar – se, senhor Kaulitz. Pode voltar amanhã, o horário de visitas dos pacientes que estão nos quartos é bem maior – o médico colocou a ficha sobre o criado – mudo.
- Ok. Obrigado pelas informações, doutor – e virando – se para a garota acrescentou. – Volto amanhã, paciente 666.
Tom virou – se pra sair, mas sentiu a mão dela segurando seu braço firmemente. Ele a olhou. Ela o olhou com o mesmo jeito curioso, mas passou as unhas levemente pelo próprio rosto e então o olhou novamente. Ele sentiu uma pergunta formar – se no seu cérebro, mas ainda não entendia o que era. A garota soltou um suspiro impaciente.
- Acho que ela está perguntando alguma coisa – o médico disse, visivelmente interessado no comportamento.
- É, eu só não consigo entender o que.
Ela tornou a tocar o próprio rosto, como que repetindo a pergunta.
- Esse gesto... Ela já o fez para você? – o médico perguntou. – Ela já o tocou dessa forma, ou você a viu fazendo isso em alguém?
Tom forçou o cérebro por alguns segundos, e então as cenas do dia anterior voltaram à sua mente. O carro, a chuva. Ela tocando o rosto de Bill daquela mesma forma e então afastando – se rapidamente.
- Ah, você quer saber do Bill? – ele perguntou surpreso. Ela sorriu. – Ele está lá fora, não pôde entrar – ele apontou para a saída, lembrando do que o médico havia dito sobre ela entender melhor gestos e expressões do que as palavras em si. Ela acompanhou seu gesto com o olhar. – Mas amanhã ele vem te ver.
Ela o olhou por alguns segundos, sorrindo. Sem ter muita certeza de que ela realmente havia entendido, Tom apertou sua mão por alguns segundos e então saiu.

Bill, Gustav e Georg correram para Tom no momento em que o viram sair do quarto. Antes que ele pudesse falar qualquer coisa, foi bombardeado por perguntas.
- E então? Ela está bem?
- Ela vai sair quando?
- Ela tem alguma coisa séria?
- Se vocês calarem a boca, eu digo – Tom disse. Os outros silenciaram. – Ela vai pro quarto amanhã, e todos nós vamos poder entrar. Ela está bem e vai ficar totalmente recuperada. E... Ela perguntou por você, Bill.
- Ela falou? – o mais novo encarou o irmão com o rosto cheio de surpresa.
- Não, foram apenas gestos. Mas deu pra entender que ela queria saber de você. E... Ela sorriu também – Tom continuou. – Não foi um sorrisão, mas deu pra ver os dentes. Ela tem dentes bonitos.
- Acho que essa foi a coisa mais idiota que eu já te ouvi dizer sobre uma garota – Georg deu uma risadinha.
- Cala a boca, Listing.
- Então a gente volta amanhã – Gustav disse. – Agora eu fiquei curioso pra conhecer essa garota.
E ainda conversando, eles saíram do hospital e voltaram para casa.
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Júlia G.
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeSeg Jan 10, 2011 5:33 pm

Citação :
- E então? Ela está bem?
- Ela vai sair quando?
- Ela tem alguma coisa séria?
- Se vocês calarem a boca, eu digo – Tom disse.

KK lindo o carinho entre membros de banda.

Esse capítulo ficou muito bom, cada vez eu fico mais desconfiada em relação à essa garota scratch Espero saber mais sobre ela à medida que a fic for se desenrolando, é

Continuem logo, quero ver no que isso vai dar
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitimeSeg Jan 10, 2011 5:42 pm

Uau!
Que tenso...
Dentes bonitos? Ta Tom, vamos combinar que esse não foi seu melhor elogio sobre uma garota, né?
Continuem gurias, quero mais fic *o*
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MensagemAssunto: Re: A Little Piece of Heaven   heaven - A Little Piece of Heaven Icon_minitime

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