Capítulo 126 - Atrasados em Tóquio
Bela hallo, muitos dankes por ler a fic! O cap anterior ficou fofo, esse....... bem, leiam, e boa leitura!______________________________________________________________________________________
Quando acordei os efeitos do fuso com o champanhe da noite passada já faziam efeito. E assim que me mexi na cama, vi que o presente vivo do Bill estava bem em cima de nós.
-Bill?... Bill, acorda!
-Que? Que foi?...
-Olha quem dormiu com a gente hoje.
-Que?... – Ele tirou a cabeça de baixo do cobertor – ah, tira essa galinha daqui!
-Não grita com ela! Vai magoá-la!
-Olha, eu vou falar pela ultima vez: eu não vou levar esse bicho pra Alemanha de jeito nenhum!
-Não seja grosso, e nós vamos levá-la sim!
-Leva você! Eu detesto galinha, principalmente viva.
-Há, como isso me consola...
-Humm.... sempre ciumenta, né?
-É o meu jeito... ah, sem chance! Pode se afastando que temos mais o que fazer. Que horas são?
-Hora de dormir mais um pouco com seu maridinho lindo.
-Blá, blá, blá!... amor? Aquela entrevista antes do ensaio não era pras 10?
-É, acho que sim...
-BILL! FALTA MEIA HORA!
-Caramba! Perdemos a hora!
-Todo mundo perdeu! – Me levantei o mais rápido que pude, a galinha voou pro chão. – Vai acordando o pessoal eu vou tomar banho!
-Não, eu é que vou!
-Vai fazer o que eu mandei! – Ele me pegou no colo, rindo. – Bill, me solta!
-Nie! Nós dois vamos tomar banho juntos.
-Nós temos 28 minutos!
-Então vamos ser rápidos!
Só deu tempo de passar uma água rápida pelo corpo, o deixei no chuveiro, vesti um roupão, e ainda secando o cabelo fui ao corredor, batendo em todas as portas como uma desesperada. Isso que dá beber sem colocar o despertador pra funcionar...
Cristine
-CRIS! ACORDA QUE NOS ATRASAMOS! – Acordei no pulo, Glória havia batido com tudo na porta. Foi quando eu vi que todo mundo havia dormido bem mais que o permitido, meu celular estava com 20 ligações do estúdio de TV.
-Oh, merda! – Bati com as mãos na cama. Mas não foi bem na cama que bati.
-Ai! Cris, aí eu sou sensível!
-QUE?! – Me levantei, enrolando-me no cobertor, mesmo usando camisola. – O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO NO MEU QUARTO?!
-Ah, tava chato dormir sozinho...
-TOM KAULITZ!
-Que é? Não rolou nada, ta legal? Eu só dormi na mesma cama que você.
-Eu te mato depois – fui o empurrando pra fora.
-Ei, ei, ei! Devagar, ainda tô zonzo...
-Tom, vai pro seu quarto... se arrumar!
-E o meu beijo de bom dia? – Bati a porta na cara dele com tudo.
“Cris, respira, você se mata ou o mata depois. Agora vai se arrumar!”
Glória (batendo nas portas)
-DANNY! ACORDA AGORA!
-SENHOR E SENHORA SCHÄFER, ESTAMOS ATRASADOS!
-Amor?
-Que foi Bill? – Ele apareceu no corredor, pingando, com a toalha enrolada na cintura.
-Não acho meu secador.
-Na segunda malinha, aquela preta.
-Com as minhas iniciais?
-Não, aquela que tem o símbolo da banda.... VAMOS PESSOAL, ACORDEM!
-Calma amorzinho, eles já levantaram!
-Mas nós...
-Eu sei – ele colocou o indicador na minha boca – estamos atrasados, mas sem estress. Vai lá pro quarto se vestir rapidinho porque não vai adiantar nada ir pra entrevista sem a intérprete.
-Tá legal....
-Isso, relaxa...
Nesse momento, Tom era empurrado do quarto da Cris.
-O que estava fazendo no quarto dela? – Falei com raiva.
-O que estão fazendo com roupas de banho no corredor? Vão se arrumar estamos atrasados!
-Eu nem vou perguntar.
-Nem vale à pena – disse Bill, me empurrando para dentro do quarto.
Chegamos 16 minutos atrasados na entrevista, que seria ao vivo. O pessoal do estúdio estava louco da vida, todos falando japonês ao mesmo tempo, eu só entendi que tiveram de adiantar quadros no programa. Foram para os comerciais, enquanto colocavam os fones em nós, e os meninos já se sentavam, uma pequena platéia de fãs estava difícil de ser contida.
Eu e Cris prestávamos atenção no que a entrevistadora ia falando, eu traduzia as perguntas para eles, e Cris passava as respostas para a entrevistadora em japonês. Eles ainda tocaram duas musicas ao vivo, e fizeram questão de dar autógrafos a todas as fãs presentes.
-Eu estou com fome...
-Para de reclamar, Tom, vamos direto pro ensaio, depois almoçamos.
-Mas eu estou com fome – fechei os punhos.
-Caalma - Bill segurou minha mão.
-Querido cunhado... depois do ensaio vai ter o almoço, eu prometo. Mas antes...
-Mas eu...
-Eu vou bater em você se não parar agora, entendeu?
-Eiiaaa! Tá de TPM?
-Sim, ela está – Bill respondeu por mim, antes que eu realmente batesse no Tom. Minha raiva maior era por ter o visto sair do quarto da Cris. E não estava de TPM.
Eu e as meninas ficamos na platéia, enquanto os enormes flashes de luz que eram jogados. Eu usava aquele boné do Bill que tinha o sol nascente japonês. E os mini-Listing diziam "papai" toda hora que as luzes permitiam que vissem Georg.
-Está tudo bem, Glória?
-Sim, dona Simone. Só dor de cabeça mesmo...
-Aquela dor de cabeça? – Cris perguntou.
-É... – me levantei – vou no banheiro tomar o analgésico.
Antes de conseguir tomar o remédio, tive uma tontura forte, e me segurei na pia para não cair. A dor foi parecida com uma facada no olho.
-Glória?...
-Cris...
-O que houve com você? Está sangrando!
-Estou? – Me olhei outra vez no espelho, eu sangrava pelo nariz.
-Vou pedir ajuda!
-Não! Me alcança o remédio, eu ainda não tomei.
Ela me deu, nervosa. Eu tomei a seco mesmo, enquanto ela limpou meu nariz.
-Como está se sentindo?
-Quase sem dor.
-É sério?
-É, juro, estou bem... – Ela se abaixou na minha altura, estava sentada no vaso – você ainda tem crises tão fortes assim?
-Às vezes sim. Não se preocupe, eu estou bem.
-É o aneurisma, não é? – Confirmei com a cabeça.
-Você, sabe, vou ter que operar, tem de ser retirado.
-Pelo menos a turnê já está no final, aqui é o último lugar.
-É... mas ainda tem o Comet, não se esqueça... você ainda vai estar aqui no Comet?
-Não sei. Já assinei o pedido de demissão. Só se for como convidada.
-Isso é óbvio, você já está convidada. – Me levantei.
-Olha, não força.
-Eu estou bem.
-Sente tonturas?
-Nenhuma. Vamos voltar antes que sintam falta de nós.
Elas estavam mesmo preocupadas comigo, mas desconversei.
Como eu estava boazinha naquele dia, liberei que comessem comida do McDonald´s, Tom chegou a me perguntar se eu estava doente. Respondi que sim por brincadeira.
Mas do modo que Bill me olhou, eu sabia que ele não via brincadeira.
No outro dia, foi o primeiro show no Japão, num estádio, o local era muito parecido com o show do Zimmer. Estava lotado do mesmo jeito, só que os japoneses eram realmente sincronizados, até mesmo os braços deles se agitavam do mesmo jeito.
Eu fiquei com pena da fã que Bill chamou para o palco, eu nunca vi uma menina chorar tanto como ela, e até mesmo tentou falar ich liebe dich no microfone.
Cristine M&G
Meio de longe eu os via dando os autógrafos logo depois do show, inclusive como lidavam com o desespero das fãs. Vi que Tom me chamou, e fui até ele.
-O que ela está dizendo?
-Hum... ela quer que você a beije apaixonadamente.
-Tá, me ajuda a realizar esse sonho.
-Como?
-Finge que estamos discutindo!
-Ok!... ah, Tom, você nunca beijou bem na vida!
-Você que ficava me babando, eu quase me afogava!
-Pois eu duvido que você saiba beijar direito agora!
-Tá duvidando?
-Estou!
-OK! – Ele agarrou a menina com um braço só, e lhe deu aquele beijo de cinema. Todas as outras gritaram ao mesmo tempo, e ele demorou longos segundos para soltá-la,
Segundos muito longos.
Longos demais pra mim.
E quando ele a soltou, eu estava sentindo... raiva.
Ciúmes.
Eu não entendi porque estava sentindo aquilo, eu nunca havia sentido ciúmes pelo Tom. Quando voltamos, eu tentava disfarçar meu desconforto, mas estava evidente demais, e ele parecia se divertir com isso, o que me deixou com mais raiva dele.
E claro, ele aproveitou o primeiro momento que estive sozinha pra me perturbar.
Eu tinha certeza que era ele que batia na minha porta, logo assim que saí do banho.
-Só pra te avisar, minha porta vai estar trancada esta noite.
-Eu sei, eu pedi a chave do seu quarto! – Ele riu. Eu tentei bater na cara dele, mas Tom segurou minha mão no ar.
-Você sempre é nervosinha assim?
-Você é sempre tão insuportável?
-Ok, então admita que estava com ciúmes.
-Eu não estava...
-Bem, você disse que me ama... conseqüentemente ficou com ciúmes.
-Ah... – eu tentei falar alguma coisa a mais, mas não tinha voz.
-Eu acho que estou certo, não é?
-Não banque o convencido!
Então ele me olhou, derretendo os malditos olhos castanhos que sempre amei.
-Eu não estou afim de dormir sozinho hoje.
-Eu te dei uma galinha de presente, dorme com ela! – Bati a porta, mas abri outra vez – e se tentar invadir meu quarto outra vez eu juro que te mato!
-Ah é mesmo? Pois não foi isso que você disse quando eu invadi!
-O que?
-É! Eu pensei que você fosse achar que fosse seu marido. Mas assim que te abracei, você disse “oi Tom”. Ou seja, você está sonhando comigo, não é?
-Não estou nada!
Com essa brecha, ele simplesmente me agarrou, e sussurrou, enquanto seus lábios tocavam os meus, me deixando louca, transtornada.
-Pois comece a ter cuidado com o que você sonha, Cristine. Eu posso e vou fazer com que se realize.
Já no último de minhas forças, fui eu que juntei nossos lábios. Mas não deixei que passasse desse ponto, mesmo quando ele finalmente foi embora, com aquele sorriso safado, o piercing quente – porque eu o havia deixado assim.
Não consegui dormir durante a noite.
Mas tudo o que conseguia pensar era: “oh, mas que homem!”
_____________________________________________________________________________________
imaginem Tom com essa carinha: