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 FF - Blessed Love

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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeTer Mar 08, 2011 2:01 am

Nossa, A Agatha realmente está amando o Tom *-*.
Adorei o capítulo, não sei nem o que comentar,
Mas como você para justo agora dona Catarina, por favor continue logo,
Essa fic é viciante e eu preciso de continuação. Very Happy
...quero mais fic...please...
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeTer Mar 08, 2011 2:19 am

ai, essas coisas fofas *O*
eu amo esse casal Very Happy são muito lindos
a insegurança e o amor do Tom, o mistério da Agatha.. *awn*
queremos continuação, dona Cat sou íntima
e desculpa o atraso D:
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeTer Mar 08, 2011 4:40 pm

Adri escreveu:
Nossa, A Agatha realmente está amando o Tom *-*.
Adorei o capítulo, não sei nem o que comentar,
Mas como você para justo agora dona Catarina, por favor continue logo,
Essa fic é viciante e eu preciso de continuação. Very Happy
...quero mais fic...please...

Digo e repito ADOROO quando o tom fala com seu eu interior HUSHUHUS
aiin ooh coisa mais fofa esses 2
A Louise é muito dá esperta ééh
preciso de maais da sua fic bitte...


Última edição por Pâmela.O.d.S em Qui Mar 17, 2011 6:41 pm, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeSáb Mar 12, 2011 2:45 am

Catarina Kretli escreveu:

“Eu... Vou te mata, seu viado de uma figa”, “Eu... Vou arrancar seus órgãos, filho da mãe”, “Eu... Vou te denunciar por assédio sexual, seu abusado”, “Eu...”
KKKKKKKKKKKKKKKKKKK RINDO DEMAIS!!!

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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeTer Mar 15, 2011 5:44 pm

Leitora nova o/
Posta mais Catarina *-*'
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeQui Mar 17, 2011 6:45 pm

CADÊ A FIIIC ? =/
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeSáb Mar 19, 2011 3:50 pm

ESTOU AQUII Õ/
Desculpa a demora mais ainda estou sem net, foi mal.
Então vamos lá (:
_________________________________________________________

Shopping (1) – SP( special = especial)

Eram 09h50 da manhã, o shopping mal havia aberto as portas e Bill e Alana já estavam no estacionamento subterrâneo, preparando-se para um “dia de aventuras”.
Bill não conseguia esconder o sorriso de felicidade que sentia, embora sentisse um certo receio por se aventurar daquela maneira. Mas não deixaria que um simples receio estragasse tudo, e toda vez que olhava para Alana –o que também não conseguia evitar- sentia esse mesmo receio se esvair cada vez mais.

-Realmente preciso usar isso?- perguntou ela enquanto Bill, virado na direção dela no banco do motorista, ajeitava uma boina preta com detalhes em prata. –Não que eu não goste da boina, eu realmente gostei da boina... Inclusive, se você quiser vender eu compro.- disse ela, fazendo Bill rir. –É que eu pensei que óculos escuros bastasse.
Bill olhou de relance para ela, esboçando um sorriso, e suspirou. Sim, era preciso. Não por ele, mas por ela. Já estava acostumado com o assédio dos fãs, dos paparazzi e da mídia, mas não queria que ela passasse pelo mesmo. Sabia que mais cedo ou mais tarde aquilo aconteceria, independente de serem apenas amigos ou mais que isso, mas queria adiar esse dia o máximo possível.
-É só por precaução.- disse ele olhando para a boina em seu colo.
Ergue os olhos para ela mas logo sua atenção foi direcionada para os outros quatro ou cinco carros que estavam ali no estacionamento além deles, e pouco a pouco aquele número aumentaria. Observou uma família passar a alguns metros à frente do carro onde estavam os seguiu com o olhar.
-Eu só não quero que...
-Nos descubram.- concluiu ela, dando continuidade ao que ele começara a falar. Bill rapidamente olhou para ela, sentindo seu coração bater mais rápido, com medo de que ela entendesse tudo errado. –Está escrito na sua testa.- disse ela cutucando a testa dele de leve, com o dedo indicador. –Isso é normal.
-É?- perguntou ele, hesitante, estreitando as sobrancelhas.
Às vezes se pegava imaginando com sua “futura namorada”, saindo, felizes, mas logo tudo se desmoronava quando ela passava a reclamar de ter que usar disfarces para sair na rua, ou por ele não apresentá-la à “sociedade” como sua namorada oficial. Esse era seu medo. Se relacionar com alguém cheia de segundas intenções.
-É. Não é? Bem, eu acho que é.- franziu as sobrancelhas, olhando para o lado enquanto pensava. –De qualquer modo, é divertido brincar de “esconde-esconde”.- disse ela com os olhos brilhando, enquanto olhava para boina, e logo percebeu que Bill a fitava. –O que foi?- perguntou, e ele apenas sorriu, balançando a cabeça.
-Vai ser divertido.- disse ele mais para si mesmo do que para ela.
-Então...- indagou ela pegando a boina e colocando-a, ajeitando o cabelo. –Vamos correr o risco?- perguntou ela já colocando os óculos escuros. Bill sorriu e concordou, colocando o boné e os óculos escuros.
Saíram do carro e caminharam em direção à escada rolante que dava acesso ao shopping “de verdade”. Bill aproveitou o fato de estar de óculos escuros e ficou observando-a, de modo a parecer que não estivesse olhando para ela, enquanto ela ajeitava a boina um tanto larga sobre a cabeça, arrumando o cabelo ao lado do rosto.
-Eles tem razão..- comentou Bill, mais para si mesmo, enquanto subiam a escada rolante, soltando um longo suspiro.
-Hein?- Alana olhou para ele, ainda ajeitando a boina.
-Eu sou mesmo egoísta.
-Por que?- olhou para ele por alguns instantes e logo saíram da escada rolante.
-Estou colocando seu anonimato em jogo só para satisfazer um capricho meu de querer passar o dia ao seu lado.- respondeu, olhando em volta. –Afinal, embora você tenha sugerido o lugar, fui eu que te convidei para sair.
-Me esquece, Bill.- disse ela olhando para ele por trás das lentes escuras. Ele rapidamente olhou para ela, e entreabriu a boca para falar, mas ela se adiantou. –Para de se preocupar comigo e aproveita.- olhou em volta com atenção. -Agora que estamos aqui, vamos aproveitar.- direcionou sua atenção para ele, e mesmo ele estando de óculos escuros ela pode sentir que ele a olhava. –O que?
Ele sorriu abertamente depois de alguns segundos e ela automaticamente retribuiu o sorriso, sentindo as borboletas no estômago entrarem em ação.
-Onde vamos primeiro?- perguntou ele passando os olhos pelo local pouco movimentado. Ela fez o mesmo e logo avistou uma sorveteria.
-Que tal começarmos com um sorvete?- perguntou ela, e ele sorriu radiante com a idéia, balançando a cabeça.
Começaram a andar, já discutindo sobre seus sabores preferidos, e de repente Alana segurou a mão dele e começou a correr, puxando-o.
-O que foi?- perguntou ele atônito, olhando para os lados, mas logo entendeu que corriam para chegar na sorveteria antes de um grupo de amigos que iam para o mesmo lugar. –Estamos parecendo duas crianças correndo atrás do carro de sorvete.- comentou ele, rindo, e fez os pedidos.
-E isso é ruim?- perguntou ela rindo também.
Depois de uma breve discussão sobre quem pagava os sorvetes, resolveram cada um pagar o seu e logo caminharam para uma das muitas mesas da praça de alimentação, conversando e rindo.
-Aquela hora que você me puxou eu achei que...- disse ele mas logo parou de falar ao notar ela conter o riso. –O que foi?
-Relaxa, Bill.- respondeu ela olhando de relance para ele por trás dos óculos escuros, sentado à sua frente, e passou a colherzinha no sorvete, levando-o até a boca. –Olha em volta.- apontou com a colherzinha pelo lugar onde estavam, e voltou-se para ele, apontando com a colherzinha na direção do rosto dele, fazendo-o recuar um pouco. –Se você não relaxar, eu nunca mais saio com você.
-Ok.- concordou depois de alguns olhando para o plástico pingando sorvete próximo de seu nariz. –Vou tentar.- sorriu ao vê-la recuar a colher e abrir o sorriso, e olhou em volta. –O que vamos fazer depois?
Ela olhou em volta buscando por uma idéia, saboreando seu sorvete, e rapidamente olhou para ele com um sorriso sapeca.
-Vamos seguir alguém?
-O que?
-É legal. Sempre faço isso com as minhas amigas.
-Legal?- perguntou ele, incrédulo. –Não é nada legal ser seguido por alguém, sabia?
Alana soltou o ar dos pulmões e finalizou seu sorvete.
-Já?- perguntou ele, surpreso, olhando para o pote de sorvete vazio à frente dela, mas ela ignorou a pergunta.
-Olha...- indagou ela tirando os óculos e olhando seriamente para ele. –Assim não dá. Não quer voltar pra casa, não?- perguntou ela, e tais palavras atingiram Bill como um tapa na cara. -Você se considera uma pessoa normal?- perguntou ela cruzando as mãos sobre a mesa. Ele franziu as sobrancelhas e riu.
-Claro.- respondeu com ênfase.
-Então, Bil...- olhou para o sorvete dele. -Pessoas normais brincam de seguir outras pessoas no shopping.- ergueu os olhos para ele, que riu.
-Ok.- concordou, segurando-se para não rir exageradamente da pose séria que ela fazia. -Mas só se você me ajudar a terminar isso aqui antes que derreta.- olhou para o próprio sorvete, que derretia dentro do pote de plástico, já que sua atenção estava voltada para garota a sua frente.
Alana rapidamente inclinou-se sobre a mesa e tirou a colherzinha da mão de Bill e puxou o pote de sorvete mais para si.
-Olha o aviãozinho...- disse ela passando a colherzinha no sorvete e levanto até a boca dele fazendo movimentos de onda. Bill gargalhou, jogando a cabeça para trás e voltou a olhar para ela. –Anda..
Ele entreabriu a boca, aproximando-se, e sentiu seu coração dar um salto dentro do peito ao notar que ela se aproximava também, acompanhando a própria mão. De repente ele se inclinou para frente para pegar o sorvete, mas ela foi mais rápida e recuou, levado a colher a própria boca.
-Ei!- exclamou ele, indignado, fazendo-a rir enquanto saboreava o sorvete.
-Tá bom, tá bom.- disse ela passando novamente a colher no sorvete e aproximando-se dele, e antes que ela repetisse o fato anterior, o que ele sabia que ela faria, Bill segurou o pulso dela. –Ei! Não vale!- reclamou ela, tentando afastar a mão, mas Bill segurou-a com as duas mãos. -Ei!- exclamou ela, incrédulo, tentando soltar sua mão. Bill deu um sorrisinho malicioso e puxou a mão dela, tomando o sorvete.
-Há!- exclamou ele, rindo, ao ver a cara emburrada dela.
-Não vale.- reclamou ela.
-Vale sim.- retrucou ele, rindo. –Gostei. Agora quero mais.- inclinou-se sobre a mesa e abriu a boca, esperando.
-Quer?- perguntou ela segurando o potinho de sorvete e balançando na frente dele, que confirmou com a cabeça. -Vai ficar querendo.- recostou-se na cadeira, mostrando a língua para ele. -Vou comer tudo, só de raiva.- disse ela dando colheradas atrás de colheradas no sorvete de Bill, que não se importou, dando de ombros, e ficou observando-a, rindo das caretas que ela fazia para ele.

-Que tal aquelas senhoras ali?- perguntou Bill apontando discretamente na direção das mulheres, caminhando sem rumo pelo shopping enquanto escolhiam uma vítima. Alana olhou para elas mas logo olhou para outra mais a frente.
-Eu acho que aquela lá é perfeita.- apontou. -Olha como ela segura a bolsa, meio desconfiada...
-Você é perita em escolher pessoas para seguir, não é?- perguntou olhando para ela, que riu.
-Sou mestre no assunto.- olhou para ele sorrindo de lado, e ele abriu o sorriso, fitando-a por trás dos óculos escuros. -O que?
-Tem sorvete aqui.- disse ele sinalizando em si mesmo o local que estava sujo nela. Ela passou a mão no local e olhou para os dedos, franzindo as sobrancelhas ao não encontrar nada. -Deixa que eu limpo.- disse ele sorrindo, e passou o polegar no canto da boca dela, um pouco abaixo do lábio inferior.
Alana, ao sentir o toque dele aliado à proximidade e ao sorriso fofo nos lábios do mesmo –principalmente o sorriso fofo-, sentiu seu coração dar um salto dentro do peito, dificultando a respiração. Embora ele usasse óculos escuros, ela sabia que ele a fitava, e ter essa certeza fez seu rosto esquentar.
-Vamos?- perguntou ele sorrindo radiante ao notar as bochechas dela num tom rosado. Ela olhou para ele e sorriu. Era impossível não sorrir com ele sorrindo daquele jeito fofo e sincero, embora estivesse um tanto sem jeito, com o coração prestes a sair pela boca.
-Vamos.- segurou a mão dele e o puxou, indo atrás da mulher. Seguiram ela por todo o shopping a uma distancia razoável, parando nas vitrines em que ela parava e comentando sobre as roupas que ali estavam.
-Será que ela ainda não notou a gente?- perguntou ele quase num sussurro, depois de um tempo seguindo os passos da mulher.
-Não precisa sussurrar, Bill. A gente está longe dela.- disse ela, sussurrando, fazendo-o gargalhar. –É, agora ela notou.- comentou, rindo.
-Coitada da mulher. Vamos parar antes que ela chame a polícia, nos acusando de perseguição.
-Vamos só ver onde ela vai agora...- disse ela puxando-o pelo braço, caminhando mais rapidamente para acompanhá-la. –Onde ela foi?
-Acho que entrou naquela loja ali.- apontou e foram até lá.
-Ela entrou aqui?- perguntou ela apontando para a vitrine da loja. –Sei...- olhou para ele pelo canto do olho, num tom insinuador. –Safado. Você queria ver as lingeries, isso sim...
-Eu? Claro que não!- contrariou ele atônito, sentindo seu rosto esquentar, olhando dela para a vitrine que exibiam as mais diversas lingeries. Não podia negar que elas atraíam sua atenção, afinal, ele era homem, mas de fato, ele não tivera a intenção.
-Gostou de alguma?- perguntou Alana tentando ser natural, ao notar que Bill olhava para as lingeries.
-A vermelha de renda é...- rapidamente calou-se ao dar-se conta de que falara, fazendo Alana rir. -Você fez isso de propósito, não é?- perguntou ele cruzando os braços, arqueando a sobrancelha direita.
-Eu?- perguntou apontando para si mesma. -Você falou porque quis.- riu.
-Claro.- olhou para o lado e logo voltou a olhar para ela, que ria. -Dá pra parar de rir de mim?
-Ok, ok.- disse ela inspirando profundamente. -Sabe...- olhou para a tal lingerie. -Por que não leva, já que gostou?
Bill a encarou por trás dos óculos escuros, boquiaberto.
-Olha, eu não sei o que andam dizendo nas revistas, mas eu sou homem.- disse ele com ênfase, apontando para si mesmo.
-Nunca falei que não é.- disse ela erguendo as mãos em sinal de paz. -Só quis dizer que se você gostou, você poderia comprar e presentear sua namorada.
-Eu não tenho namorada.- respondeu olhando para o lado, dedilhando os dedos no próprio braço.
-Para sua futura namorada então.- disse ela, e ele rapidamente voltou-se para ela, que estava mais próxima da vitrine. Observou-a de cima a baixo e não pode evitar de sorrir, embora ela tivesse feito apenas um comentário.
-E... Será que ela teria coragem de usar?- perguntou aproximando-se. Alana deu de ombros e se virou para ele, surpreendo-se de vê-lo parado atrás dela.
-Quem sabe?- fez um movimento com a sobrancelha e começou a andar, inspirando profundamente para que o ar chegasse aos pulmões.
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeSáb Mar 19, 2011 7:55 pm

O Bill apaixonado consegue ser tããããão mais fofo, awn :3
SÉRIIO *O*
HAHAHAHAHHA eles pareciam crianças brincando Laughing
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeDom Mar 20, 2011 6:50 pm

Patty Back-K escreveu:
O Bill apaixonado consegue ser tããããão mais fofo, awn :3
SÉRIIO *O*
HAHAHAHAHHA eles pareciam crianças brincando Laughing

Concordo plenamente'
Mais fic Catarina *-*'
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeDom Mar 20, 2011 11:15 pm

bill...bill sempre desconfiado né
Patty Back-K escreveu:
HAHAHAHAHHA eles pareciam crianças brincando Laughing

pois é, isso que é diversão , Alana é das minha UHSHUSHU
POSTÁ, POSTÁ,POSTÁ E DESSA VEZ SEM DEMORÁ ♫
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeDom Mar 27, 2011 11:39 am

adorei a fic muito legal!!!!!!!!!!!
o bill é tãooooo fofo apaixonado
[b][u]Posta mais aplausos Very Happy
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeDom Mar 27, 2011 2:52 pm

Minha net voltou (:
Muito Obrigada pelos comentarioss *o*
__________________________________________________________

Shopping (2) – SP

-Aonde vamos agora?- perguntou Bill caminhando ao lado de Alana sem saber para onde iam. Ela contraiu os lábios, pensativa, e deu de ombros.
-Aonde você quiser. Ah!- arqueou as sobrancelhas e olhou para ele, lembrando-se de algo. -Preciso comprar tinta pra cabelo.- sorriu. -Vou mudar as mexas de novo, o que acha?- perguntou segurando uma das mexas azuis e brincando com elas entre os dedos.
Bill sorriu, observando-a, e pegou uma mexa do cabelo dela.
-Essa cor é legal.- disse ele passando a mexa na bochecha dela, fazendo-a encolher os ombros e rir com as cócegas. -Que cor vais pintar?
-Não sei. Estava pensando em vermelho. Ou branco. Ou verde. Ou laranja...- respondeu ela.
-Você gosta mesmo de mudar, hein?- riu. -Se você quiser saber como vai ficar com mexas brancas é só procurar uma foto minha na internet, da minha época de "leãozinho".
-Sim, eu já vi. Fica legal mesmo.- olhou para ele sorrindo. -Branco, então?
Ele passou a mão no queixo, como se tentasse encontrar a resposta para uma pergunta difícil, e sorriu.
-Tanto faz.- deu de ombros. -Você fica bem de qualquer jeito.- disse ele fazendo-a corar.
-Até careca eu ficaria bem?- perguntou ela e ele automaticamente fez uma careta.
-Não. Careca não. Mas se você ficasse careca eu deixaria meu cabelo crescer bastante, faria mexas brancas, depois cortaria ele e faria uma peruca pra você.- disse ele fazendo-a rir.
Logo entraram na loja onde comprariam a tinta e lá ficaram longos minutos, enquanto ela tentava se decidir entre as cores disponíveis.

Era aproximadamente 12h30 quando decidiram fazer um lanche como almoço, ali mesmo no shopping. Só quando entraram na praça de alimentação foi que perceberam como o lugar já estava cheio, pois todos estavam ali reunidos.
-Dangerous...- disse Bill passando os olhos pelo local, sentindo o receio voltar e dominar seu corpo. Estava se divertindo tanto... Não queria que o dia acabasse ali.
Alana passou os olhos pelo local, percebendo que algumas pessoas olhavam na direção deles, e logo enlaçou seu braço no de Bill.
-Vamos sair daqui. Vamos... Onde vamos?- olhou para ele enquanto caminhavam. -Eu estou com fome.
-Eu também.- riu.
-Já sei.- parou perto de uma loja de CD's, já fora da praça de alimentação. -Vamos fazer assim... Olha, o seu CD.- disse ela apontando para a vitrine. Bill olhou na mesma direção e sorriu.
-Se quiser eu te dou um autografado.
-Vou adorar.- riu. -Mas voltando...
-Que tal se...- interrompeu. -Comprássemos salgadinhos no supermercado? Chocolate... Balas...
-E milk shake de chocolate com ovomaltine?
-Ah, não me fala em milk shake.- mordeu o lábio inferior, sentindo água na boca. -Sim. Milk shake de chocolate com ovomaltine. O maior copo que tiver.
-Legal, vamos nos entupir de besteira...
-E tem coisa melhor do que isso?- perguntou ele arqueando a sobrancelha direita, sorrindo abertamente.
-Hm... Não.- riu, e foram ao supermercado mais próximo.


-Sabe...- indagou Alana, sentada ao lado de Bill em um dos bancos espalhados pelo shopping, olhando para vitrine à sua frente.
-O que?- perguntou ele fitando-a, e logo levou mais um Ruffles à boca. Alana, ao ouvir o som crocante da batata, olhou para ele. -Quer?
-Quero.- sorriu e pegou um pouco do salgadinho. -Sabe...- indagou ela novamente. -Acho que no inverno eu vou voltar para o Brasil.
-O que?- perguntou ele atônito. -Por que?
-Estou sentindo uma saudade das praias e do verão do Brasil.- respondeu ela num tom melancólico, e levou a batata à boca. -Aqui é verão, lá agora é inverno. Então, quando aqui for inverno eu dou uma "escapulida" até lá.
-Sei...- assentiu ele, embora infeliz com tal ideia.
Era incrível como em tão pouco tempo se apegara tanto à ela, e como só em imaginar-se a um oceano de distância já o fazia sentir saudades.
Olhou para ela sentada ao seu lado e sorriu. Desde o dia em que a viu pela primeira vez, Bill sentiu algo de especial assim que olhou nos olhos dela. Algo que ele sempre esperou e que por vezes duvidou de que pudesse acontecer com ele.
Agora, ali, estava de prova que o destino existia e que através dele as pessoas podiam encontrar o que havia de melhor no existir. A sensação, o sentimento, de não estar ali por acaso, mas sim parar viver e compartilhar a sensação de amar alguém. A sensação de sentir-se feliz e completo apenas estando na presença de uma pessoa que até então, não sabia que existia.
-O que foi?- perguntou Alana ao notar que Bill olhava para o chão, pensativo. Ele ergueu os olhos para ela, por trás dos óculos escuros, e deu um sorriso torto.
-Não quero ficar longe de você.- respondeu.
-Mas não é agora.- disse ela girando o corpo e ficando de frente para ele. -Antes tenho que terminar a faculdade...
-De que mesmo?- perguntou ele franzindo as sobrancelhas.
-Design de Games.- respondeu. -E nem sei se vou mesmo.
-Hm...- assentiu ele, olhando para o chão.
-E se eu for, é só como férias mesmo.
-Sei...- assentiu, pensativo. -Bem, é natural que você queira voltar, não é? Afinal, lá é a sua casa.- disse ele.
-Mas eu não vou ficar lá, Bill.- riu. -Cabeça dura, hein?- deu um toque na cabeça dele, que sorriu torto. -Eu vou lá pra matar a saudade e volto.
-Vais voltar mesmo?
-Claro!- respondeu com ênfase. -Aqui é o meu lugar.- disse ela e automaticamente Bill abriu o sorriso.
-Que bom.
-Ah, bem que você podia passar as férias lá, não é?- sugeriu ela. -Você gosta de praia?
-Adoro praia, sol, sombra, mar e água fresca.- disse ele, fazendo-a rir.
-Então lá é o seu lugar. Opção de praia é o que não falta.
-Sim, sim.- disse ele animadamente, girando o corpo e ficando de frente pra ela. -Tom pode ir junto, não é? Não sei se você sabe, mas eu e ele somos unha e carne.
-Sei sim. Os outros da banda podem ir também.
-Sim, sim. Ah, e se o Tom for provavelmente ele vai querer levar a Agatha, se até lá eles tiverem se acertado.
-Claro.- concordou ela. -Mas, quem é Agatha?- perguntou ela, mas ele apenas sorriu misteriosamente.
-Mas tem um problema. Teremos que dar um jeito de ir quando lá for verão e nós, aqui, não tivermos nada muito importante na agenda.
-Sim.. Mas tem tempo, Bill.- disse ela rindo, feliz pelo entusiasmo dele. -Muito tempo. Talvez ano que vem, ou no outro, ou quem sabe ainda lá no outro... Eu disse que talvez eu ia no inverno, mas não falei qual inverno. Desse ano, do outro ou...
-Eu sei.- disse ele sorridente. -Mas estou super entusiasmado com a ideia de conhecer o Brasil e passar as férias lá junto de você, tudo ao mesmo tempo.- disse ele colocando sua mão sobre a dela, mas rapidamente a tirou quando lembrou-se que a mesma estava suja de salgadinho. -Desculpa.- disse ele esfregando uma mão na outra, na tentativa de limpá-las.
-Tudo bem.- disse ela enquanto o observava. -Acho que vou ter que mudar minha opinião sobre aquilo que eu disse quando te conheci.
-Ah!- checou as mãos se estavam mais limpas e olhou para ela. -De que me conhecer não mudaria sua vida?
-É.- disse ela sorrindo sem jeito.
-Hm..- tomou um ar mais sério, mas ainda divertido. -Acho bom mesmo você se desfazer desse pensamento egoísta.
-Egoísta? Por que?- perguntou ela perplexa.
-Por que? É muito egoísmo da sua parte dizer que sua vida não mudaria só porque me conheceu. Minha vida mudou depois que eu te conheci, sabia?- perguntou ele, aderindo de fato, um ar mais sério.
-É?- perguntou ela, hesitante, e ele confirmou com um balançar de cabeça. -Co..mo?- perguntou olhando para os óculos escuros à sua frente.
Ela olhou para ele por alguns segundos, que parecia buscar as palavras certas para responder, e remexeu-se no banco.
-Ain, tira esse óculos. Não dá pra saber pra onde você está olhando.- disse ela olhando por cima do ombro, mais para dizer a si mesma de que não era para ela o alvo de seu olhar.
-Tem certeza de que não dá?- perguntou ele sorrindo de lado, e isso fez Alana sentir um frio na barriga. -Bem..- indagou ele. -Como minha vida mudou?- perguntou, e olhou para o lado, pensativo. -Acho que algo...- aproximou-se dela. -Próximo à isso.- disse ele, e deu um beijo demorado na bochecha dela, aumentando ainda mais o frio na barriga e os batimentos cardíacos dela. Lentamente Bill se afastou e sorriu satisfeito por ter dado ao menos uma dica do que sentia.
-Ér..- indagou ela olhando para ele e logo desviando o olhar, tentando segurar o sorriso que insistia em se abrir.
-Já sei, já sei.- disse Bill fingindo desdém. -Sua vida não mudou depois que me conheceu. Tudo bem.. Eu entendo...
-Não!- exclamou ela. -Não é isso.- disse ela e inspirou profundamente. Bill olhou para ela pelo canto do olho e sorriu.
-Tá.- disse ele levantando-se e estendendo a mão para ela. -Vamos?
-Aonde?- perguntou ela dando a mão para ele e levantando-se.
-Aonde você quer ir agora?- perguntou, e ela refletiu por alguns segundos.
-Bem... No banheiro...- respondeu ela, hesitante.
-Ok, então. Vai lá que eu te espero aqui.
Alana sorriu e rapidamente caminhou na direção do banheiro.

Bill olhou em volta e sorriu ao localizar uma joalheria próximo de onde estava. Caminhou até lá, sorrindo, e entrou.
-Boa tarde.- disse a atendente, sorrindo educadamente. Bill acenou com a cabeça e foi até o balcão de vidro onde havia algumas jóias em exposição.
-Vou só olhar.- disse ele passando os olhos atentamente sobre os colares e anéis que ali estavam. -Por enquanto...- acrescentou, falando consigo mesmo, e tão logo percebeu que a moça o observava.
-Desculpe...- indagou ela, sorrindo sem jeito, mas antes que ela falasse Bill pronunciou-se.
-Você é a Peneloppe?- perguntou ele tentando parecer natural, quando na verdade tremia internamente. A atendente fez um leve movimento com as sobrancelhas e negou.
-Ér..
-Ah, é que eu tinha uma amiga no colegial extremamente parecida com você. Daí achei que você fosse ela.- explicou ele, e ela forçou um sorriso. -Bem...- abaixou a cabeça, olhando para os anéis logo abaixo. -Dizem que existem sete pessoas parecidas com a gente no mundo todo, não é? Talvez você seja uma delas.
-Ah..- fez ela, balançando a cabeça.
-Assim como tem gente que diz que eu me pareço com um cantor, sei lá de onde.- comentou ele tentando fazê-la acreditar de que ele não era ele.
-Sim... Eu realmente te achei parecido com...
-Odeio que me comparem com outras pessoas..- disse ele num tom baixo de voz, mas suficiente para ela ouvir, e ela rapidamente se calou. -Tudo bem que tanto eu quanto ele não temos culpa de sermos um pouco parecidos, mas... Enfim..
-Entendo.- disse ela. -Deve ser ruim ser comparado..
-O pior é ser confundido. Eu acabei de te confundir com uma outra pessoa. É meio constrangedor, não acha?- perguntou ainda olhando para os anéis e colares.
-É.. Um pouco.- respondeu ela, hesitante. -Deseja comprar algum?- perguntou ela mudando de assunto.
-Sim, quero esse.- apontou. -Pagamento em dinheiro.- disse ele. Se pagasse com o cartão, logo seria descoberto.

Depois de alguns minutos Bill saiu da joalheria e voltou ao banco onde estava antes, e pouco depois Alana apareceu e parou na frente dele.
-Vamos no cinema?- perguntou ela sorrindo. -Acabei de passar lá na frente e tem uns filmes legais para ver agora na sessão das 15h30.
-Ótimo.- concordou Bill. -Depois tomamos mais um sorvete...
-E vamos pra casa?- perguntou ela. -Já fizemos tudo o que tínhamos para fazer aqui.- justificou-se e ele concordou.
-E também, está ficando dangerous..- concordou, cantando a última palavra e movimentando a cabeça, fazendo-a rir.
Depois de alguns minutos na fila da pipoca, enfrentaram mais alguns minutos na fila para entrar na sala de cinema, e durante todo esse tempo Bill teve a sensação de que alguém o observava. Já estava acostumado com aquilo, mas logo foi ficando inquieto.
-Tem alguém me olhando?- perguntou ele, e discretamente Alana olhou em volta.
-Ér..- fez uma careta. -Tem sim.- respondeu ela. -Um cara alto, forte, vestindo uma camisa azul marinho, calça jeans e uma pochete super fora de moda.- disse ela fazendo-o rir.
-Acho que sei quem é.- disse ele e olhou por cima do ombro, vendo seu guarda-costas acompanhado de uma mulher loira, também na fila do cinema.
Bill fez sinal para que ele se aproximasse, e depois de cochichar algo no ouvido da mulher ele se aproximou.
-O que faz aqui?- perguntou Bill surpreso em vê-lo ali, enquanto Alana olhava de um para o outro sem entender. -Que eu lembre eu dei um dia de folga pra você.
-Sim, sim. E estou aproveitando.- apontou com o polegar por cima do ombro. -Só não esperava encontrá-lo aqui.
-Nem eu.- disse Bill. -Então, aproveite. E...- olhou para a barriga do homem, que já se afastava. -Tire a pochete se quiser conquistá-la.- apontou, e o homem riu.
-Esqueci de tirar.- disse ele, e voltou ao seu lugar.
-Quem é ele?- perguntou Alana seguindo o homem com o olhar.
-Meu guarda-costas pessoal.
-Imaginei.- disse ela. -Uma abraço dele e eu desmonto.- comentou, fazendo Bill gargalhar.


-Gostou do filme?- perguntou Alana, sentada de frente para Bill na praça de alimentação, assim que terminaram de ver o filme.
-Gostei sim. Foi divertido.- mentiu ele, pois não prestara muito atenção ao que se passava na tela. Ela sorriu, concordando, embora também não tivesse prestado atenção no filme, já que a cena do que acontecera antes de ela ir ao banheiro insistia em se repetir em sua mente.
-Sabe...- indagou ela levando mais uma vez a colherzinha de sorvete à boca. Bill ergueu o olhar para ela, saindo devaneio em que entrara, e ela sorriu. -Como você sabe que depois daqui eu não vou relatar esse dia na internet?- perguntou ela, mais para ver a reação dele. E a reação dele foi rir.
-Eu não sei.- respondeu ele. -Mas confio em você.- sorriu, já terminando seu sorvete. Estava tão envolto em seus pensamentos que nem percebera que o sorvete já estava acabando.
-Já sou digna de confiança?- perguntou ela, fingindo surpresa.
-Claro que sim.- disse ele convicto. -E.. Posso te contar um segredo?- perguntou ele quase que num sussurro, inclinando-se sobre a mesa. Ela sorriu e balançou a cabeça. -Então, aproxime-se.- disse ele fazendo sinal para que ela se aproximasse, e ela se inclinou sobre a mesa. -Adorei passar o dia com você e te conhecer melhor.- sussurrou ele no ouvido dela, fazendo os pelinhos da nuca dela se arrepiarem.
Bill se afastou, para ver a reação dela e a viu sorrir.
-Aproxime-se.- disse ela fazendo sinal para que ele voltasse à posição anterior. -Eu também.- sussurrou ela no ouvido dele, e instantaneamente ele abriu o sorriso.
-Acho que...- indagou voltando à posição normal, enquanto brincava com os dedos no braço nu dela, fazendo os pelinhos do braço dela se arrepiarem. -Vamos nos dar bem.- arqueou a sobrancelha direita e sorriu de lado.
-Eu também.- concordou ela sorrindo, com as bochechas levemente rosadas.
Bill apoiou o cotovelo na mesa e apoiou o queixo na mão, enquanto a observava terminar o sorvete. Ter passado o dia ao lado dela, conhecendo-a melhor, só fez aumentar a certeza que era ela.
Ela olhava diretamente para o sorvete, com medo de olhar para ele, sorrir, e descobrir que na verdade ele olhava para outro lugar, por cima do ombro dela.
-Pronto, terminei.- disse ela empurrando o pote de sorvete para o lado e erguendo o olhar para ele, que sorriu.
-Tem sorvete aqui...- disse ele, e sem indicar o lugar em si mesmo, passou o polegar no queixo dela e limpou o dedo no guardanapo.
-Ah.. Você que nem deu tempo para eu usar o guardanapo.- disse ela fazendo bico. Bill olhou de relance para ela por trás dos óculos escuros e sorriu de lado.
-Agora já foi.- disse ele voltando a apoiar o cotovelo na mesa e o queixo na mão, observando-a. Ela olhou para ele por alguns segundos e desviou o olhar. -Sim, eu estou olhando para você.- disse ele fazendo-a sorrir sem jeito.
-Eu pensei que o seu irmão fosse o galanteador e conquistador.- disse ela fazendo Bill rir.
-E é.- confirmou ele. -Mas somos gêmeos, esqueceu? Embora ele seja mais "aberto" do que eu, nós ainda temos os mesmos genes.- disse ele movimentando a sobrancelha, num gesto sugestivo, fazendo-a rir.
-Estou vendo.- sorriu. –Vamos?

-Gostei de passar o dia com você.- disse Alana, entrando no carro e tirando a boina. –Você é tão divertido e contagiante.
Bill sorriu radiante, enquanto jogava o boné e os óculos para o banco de trás, e virou-se para ela.
-Eu também me diverti. Muito.- disse com ênfase. –No começo eu fiquei meio assim... Mas depois eu até esqueci estava ficando dangerous...- disse ele movimentando a cabeça, fazendo-a rir.
-Sim, sim..- concordou ela olhando para ele, que a olhava de volta. Durante todo aquele tempo estava olhando para aqueles olhos?, foi o que pensou enquanto olhava dentro daqueles olhos castanhos, tão próximos que a deixavam sem ar.
-Gostou mesmo?- perguntou ele aproximando-se lentamente, e ela confirmou, sem hesitar. Bill sorriu e olhou para baixo, tirando uma caixinha retangular de dentro do bolso do casaco. –Então...- entregou a caixinha para ela, que franziu as sobrancelhas.
-O que é isso?- perguntou ela olhando de Bill para a caixinha e vice-versa.
-Abra.- disse ele sorrindo abertamente. –E não ouse recusar.- disse ele numa voz firme, mas logo sorriu.
Alana sorriu e lentamente abriu a tampa.
-Um... Bombom?- perguntou ela sem entender, ao encontrar um bombom de chocolate em forma de coração, pequeno como uma moeda, dentro da caixinha. Ficou olhando para ele, tentando adivinhar o significado daquilo, e quando ergueu o olhar para Bill encontrou o verdadeiro presente, que ele segurava no alto, balançando na frente dela enquanto sorria abertamente.
-Pra mim?- perguntou ela surpresa, pegando o colar com um pingente de nota musical nas mãos.
-Sim.- respondeu ele sorrindo. –E... Nota musical, pra você se lembrar de mim toda vez que olhar para ele.- explicou, fazendo-a sorri abertamente.
-Que lindo.- disse ela com os olhos brilhando, enquanto observava o pingente de perto.
-Gostou?- perguntou ele, e ela confirmou. –Ótimo. Deixa que eu pôr em você.- disse ele, e ela entregou o colar.
Rapidamente Bill se aproximou e enlaçou seus braços em volta do pescoço dela, prendendo o colar. Logo se afastou lentamente e olhou nos olhos dela, que sorriu. Retribuiu o sorriso e sem pensar duas vezes segurou o rosto dela entre as mãos e a beijou. No início um beijo tímido, mas que foi se tornando mais intenso a medida que ambos se permitiam viver o momento e aproveitar as sensações de um beijo apaixonado.
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeDom Mar 27, 2011 10:57 pm

Atrasada aqui \o/
Nossa, o Bill é mesmo um fofo,
Adoro a maneira como você descreve ele Very Happy
Hum, férias no Brasil...
Não sei nem o que comentar,
Amo essa fic, #fato,
continue logo please...
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeSeg Mar 28, 2011 1:05 pm

Adorei o capitulo *-*'
(barulho do vento)
eles se beijaram? (não magina¬¬')
Morri...
Mais fic !!
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeSeg Mar 28, 2011 7:51 pm

AAAAAAAAH QUE FOFO *=*
Adorei o jeito que ele entregou o colar
super bem bolado hihi *--*
Pooooooooosta
OBS: quebomquesuanetvolto,aínaotemdesculpa ;p
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Catarina Kretli
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeSáb Abr 02, 2011 6:55 pm

Aqui estou eu.
Como mais um cap. da Anne para vocês. (:
Vlw pelos comentarios amores, xD
_____________________________________________________

F.D.S.

Sábado

-Bom... Dia..- disse Bill, bocejando, assim que entrou na cozinha e viu Tom sentado à mesa enquanto tomava café.
-Até que enfim a bela adormecida acordou.
-Que horas são?- perguntou Bill desnorteado, olhando em volta a procura de um relógio. Logo o encontrou. -Ainda é 10h15 da manhã, Tom.
-Sabe que horas eu acordei? 8h00 da manhã.- disse. -E sabe o que eu estava fazendo até agora? Nada.
Bill riu e foi até a mesa, enchendo a xícara que ali havia com café.
-Acordou cedo porque quis.
-Você acha que eu quis acordar cedo?- perguntou Tom olhando de relance para o irmão enquanto pegava um biscoito da travessa e levava até a boca.
-Ah!- exclamou Bill, parecendo um tanto alarmado enquanto fitava o irmão. -Então eu não te falei, né?
-Falou o que?
-Como que eu não te falei, meu Deus?- gargalhou e olhando para o irmão, sorriu radiante. -Tom..- indagou. -Cara! Ontem foi tão... Mágico...- disse ele mordendo o lábio inferior, dedilhando os dedos na mesa rapidamente.
-Ontem?
-Sim. Eu e a Alana. No Shopping. Resumindo, resumindo, resumindo...- fez um gesto circular com as mãos. –Conversamos muito, comemos um monte de besteiras, fomos ao cinema...- fez uma pausa. –Ah, estamos pensando em passar as férias no Brasil.
-Brasil?
-Sim, ela é brasileira. Eu te falei, não? Ou não te falei?- perguntou, mas voltou a falar antes que Tom pudesse responder. –Mas continuando.. Onde eu parei? Ah, sim. Fomos ao cinema, tomamos sorvete e nos beijamos. Não exatamente nessa ordem, mas foi isso o que aconteceu.- disse, e Tom deu um riso fraco, logo transformando-o numa gargalhada. –O que foi?
-Se beijaram? Assim, no primeiro encontro?- balançou a cabeça, e Bill o fulminou com o olhar.
-Se você leva as suas amiguinhas pra cama no primeiro -e último- encontro, porque eu não posso beijar a mulher que eu amo no primeiro encontro?- perguntou, e automaticamente Tom parou de rir.
-Precisava cuspir em cima?
-O que?- perguntou Bill confuso, mas ao olhar atentamente dentro dos olhos de Tom, que o encarava, gargalhou alto.
-Fica se gabando aí. Só porque "beijou a mulher que ama no primeiro encontro", enquanto eu tenho que manter distancia da minha..- disse, fazendo Bill rir mais ainda. -Dá pra parar?!
Bill não parou, e embora Tom quisesse se manter firme, não conseguiu e acabou rindo também. Só depois de alguns minutos foi que pararam e voltaram a tomar café.
-Mas falando sério, fico feliz por você.- disse Tom sorrindo para o irmão, que agradeceu com um sorriso de orelha a orelha.
-Obrigado.- deu um gole no café. -Ah! Amanhã é aniversário da Natalie. Que tal fazermos uma surpresa?
-Surpresa?- Tom franziu as sobrancelhas ao ver Bill com um sorriso sapeca no rosto.
-Sim. Eu vou pensar certinho no que fazer e como amanhã vai ter reunião depois do ensaio, fazemos a surpresa depois da reunião.
-Por mim tanto faz.- Tom deu de ombros e logo em seguida mais um gole no café.
-Ótimo. Temos hoje e amanhã até a tarde pra organizarmos tudo.- disse ele e se levantou. -Mãos à obra. Eu vou falar com os outros da banda e da equipe. Ligue para o buffet.- disse ele apontando para o irmão e saindo da cozinha segurando a xícara de café.
-O que?!- perguntou Tom enquanto seguia o irmão com o olhar, boquiaberto. -Ah, ótimo!- bufou e se levantou indo atrás de Bill, deixando o café para trás. -Eu volto pra casa descansar e fico encarregado de organizar uma festa surpresa. Era tudo o que eu queria!
-Para de reclamar, Tom.- Bill rolou os olhos. -É só ligar para uma equipe que prepara o buffet.- disse ele dando de ombros, como se aquela fosse a coisa mais simples do mundo. -E os coquetéis, e os drinks, e os...
-Tá, tá, tá.- Tom interrompeu. –Se você está dizendo que é só ligar...- estendeu a mão na direção de Bill. -Seu celular e o números desses lugares aí.
-Meu celular?- perguntou Bill apontando para si mesmo. -E onde está o seu?
-Eu esqueci lá no apartamento.- respondeu fazendo sinal com a mão para que Bill se apressasse.
-Mas é para ligar para o buffet e o..
-Eu sei!- disse Tom, e arrancou o celular da mão do irmão assim que ele tirou do bolso.

Domingo

Eram aproximadamente 21h30 quando Natalie estacionou o carro em frente à porta do estúdio e saiu levando os remédios para gripe, dor de cabeça, febre e inflamação que Bill pedira. Não entendera o porquê daquilo, já que ele aparentava estar perfeitamente bem, mas não fez objeção.
Entrou na sala e encontrando apenas a empregadas limpando os objetos, embora já noite, foi até o sofá e se sentou.
-Onde Bill está?- perguntou ela olhando para a mulher ao seu lado.
-Estão todos reunidos.- respondeu, e caminhou até Natalie. –Feliz aniversário.- disse ela, e Natalie prontamente se levantou e recebeu o abraço.
-Obrigada.- sorriu em agradecimento, voltando a se sentar. -Acho que vou esperar aqui mesmo...- tirou os sapatos de salto e sacudiu os pés um pouco acima do chão, para que relaxassem. -Devia ter comprado um número maior.- lamentou olhando para os sapatos.
-O Sr. Kaulitz me pediu para avisar que assim que você chegasse, era para ir falar com ele.
-Mas ele não está em reunião?
-Sim, mas ele disse que mesmo assim era para você ir falar com ele.- respondeu, indo para o outro lado da sala.
Natalie fez uma careta ao olhar para os sapatos no chão e suspirou, inclinando-se para calçá-los novamente.
Deu duas batidinhas na porta ao chegar à sala e abriu uma fresta, vendo todos trocando opiniões e críticas sobre o assunto que tratavam.
-Seus remédios.- disse ela apenas movendo os lábios, não querendo atrapalhar, e Bill fez sinal para que ela entrasse.
Abriu a porta e vendo Tom sentado no sofá, conversando ao celular, foi até ele e sentou-se ao seu lado.
-Oi.- disse ela dando uma batidinha na perna de Tom, que sorriu em resposta e voltou sua atenção ao celular.
Recostou-se no sofá e ficou observando toda a cena por alguns segundos, logo se perdendo em pensamentos.
-Acho que já chega, não é Tom? Desliga o celular.
Natalie saiu do devaneio ao ouvir a voz irritada de Bill.
-Espera.- respondeu com indiferença, fazendo Natalie arquear as sobrancelhas, surpresa.
-Estamos em reunião, Tom!- exclamou Bill, e o clima logo foi ficando mais tenso quando Bill levantou-se da cadeira e caminhou até o irmão. Por alguns segundos Natalie pensou que Bill partiria direto para agressão, já que pela expressão parecia estar se segurando para não pular no pescoço do irmão. -Desliga! Devolve essa merda.- Bill estendeu a mão, esperando pelo celular. -Anda, Tom!
-Não enche, caramba! Não vou engolir, não.. Já vou desligar, tá legal?
Bill deu um riso debochado e colocou as mãos na cintura, fitando o irmão.
-Você disse que ia desligar a quinze minutos atrás.- disse, e esperou por mais alguns segundos, respirando pesadamente.
Natalie tirou o celular da bolsa para checar a caixa de mensagens e fingiu não estar ali, já que tentar parar a briga ou falar qualquer coisa só pioraria a situação, mas logo deu um pulo ao ver Bill indo para cima do irmão.
-Me devolve isso aqui.- disse Bill tentando tirar o celular das mãos de Tom, que fazia de tudo para se desvencilhar.
-Eu já vou desligar, Bill!- exclamou Tom, mas já era tarde de mais. Bill arrancou o celular das mãos do irmão e o desligou, voltando a mesa e jogando-o sobre a mesma.
-Por que você desligou, seu idiota?
-Estamos em reunião, Tom!- berrou Bill.
-A reunião já acabou faz tempo, Bill!- retrucou Tom, e Natalie ergueu o olhar do celular para a mesa, onde todos já se preparavam para sair da sala, mais relaxados em seus lugares e sem aquele ar sério, embora desconfortáveis com a briga dos gêmeos.
-Pra você a reunião nem começou, Kaulitz! Ficou o tempo todo no celular!
-A reunião já acabou, acho que não tem necessidade de ficarmos aqui, certo?- perguntou David levantando-se e indo em direção à porta, sendo seguido de outros da equipe, e Natalie já pegou a bolsa para guardar o celular.
-Mas eu não dei minha opinião quando me pediram? Não fiz minha critica quando não gostei de algo?- perguntou Tom, gesticulando com as mãos.
-Também já vou.- disse Gustav levantando-se, e Bill o seguiu com o olhar.
-Gustav, me espera.- disse Natalie levantando-se.
-Não, você fica.- disse Bill.
-Desculpa, Bill. Mas eu não quero presenciar a briga de vocês...
-Você fica!- disse ele numa voz autoritária, direcionando seu olhar para ela, e depois de soltar um longo suspiro, Natalie voltou a se sentar.
-Ei, relaxa Bill.- disse Georg levantando-se e indo até o amigo, e tocando em seu ombro. -A reunião já acabou. Pronto.
-A reunião já acabou mas o irresponsável do Tom nos deve desculpas.
-Desculpa, Bill.- berrou Tom. -Já pedi desculpas, a reunião já acabou. Posso ir agora? Não sei pra quê todo esse chilique, essa reunião nem era tão importante assim..
-Como é que é?- perguntou Bill, perplexo. -Estávamos em reunião e você estava no telefone. É por isso que estou dando chilique. Pela sua irresponsabilidade.- disse Bill aos berros.
-Grande merda, Bill!- disse Tom, fitando o irmão.
-Grande merda?- perguntou Bill, não acreditando no que ouvira. –Simples assim?
-É!- exclamou Tom, olhando seriamente para o irmão. Levantou-se do sofá e foi até a mesa, onde pegou o celular. Sem dizer nada caminhou até a porta.
-Esse celular é meu, Tom!- exclamou Bill, mas Tom apenas saiu e bateu a porta.
Natalie olhou para Bill por alguns segundos e percebeu que Georg ainda estava ali.
-Dá um desconto pra ele. Fica a semana toda longe...
-Isso não é desculpa para ficar pendurado no celular durante uma reunião, Georg.- interrompeu Bill, encarando o amigo. -Mas se você acha que ele tem razão, vai lá.- disse, e Georg rapidamente saiu da sala, deixando Bill e Natalie sozinhos.
-Trouxe os remédio?- perguntou ele. Soltou o ar dos pulmões e sentou-se ao lado dela no sofá.
-Sim, mas acho que deveria ter trazido um calmante também.- respondeu ela, fazendo-o gargalhar. –Pra que todos esses remédios? Você não parece doente.
-Não é para mim, é para o idiota do meu irmão. Mesmo ele fazendo todas as merdas, eu ainda me preocupo com ele. Aquele babaca...- olhou na direção da porta. -Imbecil, filho da mãe..
-Já entendi, Bill.- interrompeu Natalie rindo, e entregou os remédio.
Conversaram por longos minutos, e com diversos assuntos, e em certo momento Natalie sentiu vontade de tomar um café, pois já estava se sentindo cansada depois de andar para lá e para cá o dia todo, ainda mais com um sapato que pareciam triturar seus dedos.
-Bill, vou lá pegar café, você quer?- perguntou ela fazendo menção de levantar.
-Quero, mas eu vou.- disse ele levantando-se rapidamente.
-Tudo bem então.- disse ela sentando-se. -Pra mim é o de sempre.
-Ok. Só me empresta o celular?- pediu ele. -Preciso fazer uma ligação e se Tom estiver usando o meu, ele não vai devolver.
Ela entregou o celular e Bill rapidamente saiu da sala. Ficou ali na sala esperando, tirando o esmalte das unhas que já começavam a sair, e quando olhou no relógio viu que já haviam se passado quase quinze minutos, o que era estranho já que Bill tinha ido apenas buscar café.
-Onde ele foi? Moer o café?- perguntou ela para si mesmo, levantando-se.
Pegou a bolsa e abriu a porta, deparando-se com um extenso correr mergulhado na escuridão, já que as luzes estavam apagadas, deixando-a atônita.
-Mas o que...?- caminhou apressadamente pelo corredor, passando pelas escadas que levavam à cobertura, onde as luzes estavam acesas como de costume, e percebeu que não apenas o corredor, mas também todos os outros cômodos estavam na escuridão. -Tá legal.- disse ela caminhando e passando a mão na parede, tentando encontrar o interruptor. -Pode parar com isso.
Ela nada ouviu em resposta. Estava tudo escuro e em silêncio, e logo a ideia de ter sido esquecida ali passou por sua cabeça.
-Não..- riu. -Bill não iria embora sem me avisar..
Tentou acender a luz mas elas não ligavam, então correu na direção da porta, tropeçando no tapete e quase caindo sobre a mesa de centro da sala. Tentou abrir a porta assim que atravessou a sala, mas estava trancada.
-Pronto. Conseguiram me assustar, agora acendam a luz e abram a porta!- exclamou, sentindo o coração bater depressa, sentindo também a irritação crescer. Olhou para o nada por alguns segundos, tentando ouvir qualquer coisa que denunciasse a brincadeira, e pensou em ligar para Bill, mas logo se lembrou que estava sem o celular.
-Bill Kaulitz!- rosnou ela, e caminhou em direção à sala de reuniões, mas antes desviou a rota e subiu correndo pelas escadas, onde as luzes estavam acesas. -Não apareça na minha frente se não quiser ficar careca!- murmurou, tentando abrir a porta de vidro assim que chegou à cobertura, e com um pouco de dificuldade, já que parecia emperrada, conseguiu abri-la.
-Surpresa!- exclamaram todos da equipe assim que ela abriu a porta, seguido de luzes sendo acesas. Sua primeira reação foi dar um passo para trás e olhar para todos com os olhos arregalados, mas logo se deu conta do que se tratava e riu, escondendo o rosto entre as mãos enquanto o "Parabéns pra você" era cantado.
-Desculpa ter te assustado.- disse Bill aproximando-se e dando um abraço.
-Foi tudo ideia sua, não é?- perguntou ela dando um empurrão de leve nele.
-Mas é claro que não.- disse ele fingindo estar ultrajado. -Como você pode pensar isso de mim?
-Se voluntariar para pegar meu café, pegar meu celular, demorar quinze minutos, apagar todas as luzes, trancar tudo...- disse ela enumerando tudo nos dedos, e ele gargalhou.
-Tem mais uma coisinha também.- disse Tom passando os braços em volta dos ombros do irmão, com um sorriso sapeca.
Natalie olhou de um para o outro, desconfiada, e logo todos da equipe estavam rindo.
-Não me diga que vocês dois...
-Acredite, foi tudo planejado.- disse David. -A reunião, a briga. Tudo.- riu ao vê-la entreabrir a boca, não acreditando.
-E eu achando que...- balançou a cabeça, e olhou por cima do ombro ao sentir algo roçando seu pescoço. -Até você?- perguntou ela ao ver seu marido segurando um buque de flores. Ele deu de ombros, como se tivesse sido obrigado a fazer tal coisa, e a beijou.
-Feliz Aniversário.- disse ele entregando o buque para ela, que o pegou e sorriu.
-Agora que a parte importante chegou, vamos à festa.- disse Bill erguendo a taça que segurava na mão. –Seus presentes estão naquela mesa.- apontou na direção da mesa e depois de sorrir para ela saiu dali, dando a oportunidade para as outras pessoas a cumprimentarem.
Tom estava em um local um pouco afastado de onde a festa acontecia, sentado em um pufe fofo e confortável que só fazia o sono que sentia aumentar cada vez mais. Olhou no relógio que marcavam meia noite e meia e riu, lembrando-se do fato de até o mês anterior aquela hora era o "nascer" de uma longa noite.
-Que desanimo é esse, Tom?- perguntou Gustav, sentando-se no pufe ao lado.
-Estou morrendo de sono.- respondeu, passando a mão no rosto e bocejando pela centésima vez naquela noite.
-Dá pra ver.- riu. –Mas faça qualquer coisa pra espantar o sono, senão daqui a pouco você estará babando aí.
Tom riu e olhou em volta, observando tudo e todos, até que seus olhos pararam sobre Bill, conversando animadamente com Natalie e o marido dela.
-Vamos lá?- perguntou Gustav levantando-se.
-Lá aonde?
-Sei lá. Se meter na conversa de alguém.- deu de ombros.
-A preguiça me impede de levantar e sair daqui.- disse ele passando a mão no rosto. Gustav rolou os olhos e se afastou, dando o ultimo gole no drink que segurava.
-Gostaria de tomar alguma coisa?
Tom, que estava com a cabeça jogada para trás, fitando o céu estrelado, olhou para frente e viu uma das garçonetes da equipe que contratara segurando uma bandeja com vários tipos de bebida.
-Eu aceito.- respondeu, pegando uma taça contendo um líquido da cor laranja.
-Boa escolha.- disse ela sorrindo.
Tom retribuiu o sorriso e deu um gole na bebida, logo olhando em volta a procura de alguém interessante para conversar. Gustav estava certo. Não poderia deixar o sono estragar aquela festa.
-Você não parece estar se divertindo.- disse ela, chamando a atenção de Tom.
-Sono.- explicou ele, dando mais uma bebericada na bebida enquanto se perguntava quem era ela e porque ela ainda estava ali.
-Não lembra de mim?- perguntou ela, e ele arqueou as sobrancelhas, surpreso.
-Você lê mentes, por acaso? Estava me perguntando quem era você agora mesmo.- disse ele, e ela riu. -Não, não lembro de você. Eu deveria?
Ela fez um ligeiro movimento com as sobrancelhas, surpresa, e sorriu sem jeito.
-Bem... Eu lembro de você.- respondeu, e ele pouco caso fez. -Aquela noite antes da sua tour...
Ele olhou para a bebida, enquanto tentava se lembrar, e logo voltou a olhar para ela. -Desculpa, mas eu realmente não lembro de você.
-Claro que não lembra.- deu um meio sorriso. -Foi apenas mais uma noite para a sua lista.- disse ela, e ele sorriu de lado, dando de ombros.
-É a vida.
-Você não muda mesmo, hein?- disse ela num tom brincalhão, como se fossem amigos próximos.
-Isso foi uma pergunta? Se sim, passe para próxima, por favor.
Ela sorriu e virou-se para entregar uma bebida para algumas pessoas próximas que a pediram.
-Por enquanto não tenho outra pergunta. Agora tenho que trabalhar.- disse ela, e estendeu a bandeja ao ver que ele havia terminado a primeira bebida. Ele rapidamente aceitou e pegou outra taça da mesma bebida.
-Namorando?- perguntou ele indicando o dedo anelar dela, onde não havia aliança alguma, apenas a marca de que havia uma ali.
-Não mais.- respondeu ela dando um fraco sorriso, e olhando em volta para ver se alguém dava sinais de querer mais alguma bebida. -Sofreu um acidente de moto e...Partiu dessa para a melhor.- acrescentou, e riu ao ver a cara dele.
-Sinto muito.- abaixou o olhar, pensando em quão doloroso devia ser ter uma perda dessa. -Deve ter sido... horrível.- disse ele pensativo, sentindo um tremor passar por seu corpo ao se imaginar no lugar dela, sem Agatha. –Acho que eu... não aguentaria...
-Bem... É ruim sim.- sentou-se lentamente no pufe ao lado após checar se havia alguém querendo uma bebida, e colocou a bandeja vazia sobre seu colo. -E doloroso.
-Imagino...- disse ele vagamente, ainda olhando para o chão.
-Não, você não faz idéia.- retrucou, e ele ergueu o olhar para ela, fitando-a seriamente. –Calma.- riu. –Não estou querendo te assustar.
-Não se preocupe com isso.- assegurou ele.
-Que bom.- sorriu. -Porque não há coisa melhor do que amar alguém.
-Sim, eu sei.- disse ele sorrindo, e por algum motivo olhou na direção de Bill, ao seu lado esquerdo, que olhava seriamente na direção em sua direção.
-Amor de irmão não vale, Tom.- disse a garota. Ele voltou a olhar para ela e sorriu. –Sinceramente, espero que você encontre uma garota legal e que te transforme num bobo apaixonado.
Tom riu e olhou para o lado novamente, vendo Bill se aproximar rapidamente e passar por eles não parecendo feliz.
-Vou lá ver o que deu nele.- disse Tom rolando os olhos e levantando-se do pufe, sendo acompanhado por ela. -E pode deixar, terei um amor abençoado.- piscou para ela e saiu a procura de Bill, o encontrando perto da porta que dava acesso às escadas. -O que foi?
-Eu é que pergunto.- respondeu, encarando o irmão. -O que foi?
-O que?- perguntou sem entender nada, e Bill olhou na direção que Tom estava. -Oh meu Deus!- exclamou ele passando a mão na cabeça. -Meu Deus, o que eu fiz?- olhou para Bill, que rolou os olhos. -Ainda bem que você chamou minha atenção a tempo. Como eu não percebi que ela estava tentando me embebedar? Como? Obrigado, Bill.- apertou a mão do irmão, que tentou desvencilhar. -Obrigado, de coração. Agora só tenho que ir para a igreja mais próxima me confessar por amar uma mulher e mesmo assim estar conversando com a mulher dos drinks&coquetéis.- disse ele dando ênfase às ultimas palavras, rolando os olhos em seguida. -Qual é? Não é porque eu amo a Agatha que eu vou me fingir de surdo-mudo perto de outras garotas.
-Eu só não quero que você faça alguma burrice da qual possa vir a se arrepender depois.- disse Bill, e Tom fitou o irmão por alguns segundos.
-Obrigado por se preocupar.- deu um toque no ombro do irmão, sorrindo. -Mas da próxima vez não atrapalha, me encarando daquele jeito, ok? É irritante. A não ser que eu esteja podre de bêbado e a menos de trinta centímetros de alguma mulher que não seja a Agatha.- fulminou o irmão com o olhar.
-Mas eu nem...
-Nem começa.- Tom interrompeu, erguendo a mão. -Ela estava me contando como é perder um amor, e como enfrentar as dores de uma perda amorosa, sabia? Isso é importante eu saber, pois assim já vou me preparando psicologicamente para a minha futura perda, porque não a Agatha não é imortal. Bem... Isso se eu morra primeiro, porque eu também não sou imortal...- passou a mão no queixo, pensativo.
-O que?- perguntou Bill, franzindo o cenho. –Você está bêbado, não é?
-Não, só estou reclamando. Por sua culpa perdi a chance saber como é perder um grande amor, além de desvendar "O amor e suas complicações, tudo do ponto de vista feminino."- disse, fazendo Bill gargalhar.
-Volta lá e diz pra continuar de onde pararam.- opinou Bill, dando de ombros.
-Tarde de mais.- disse Tom, aborrecido, olhando na direção de onde estava antes. Bill olhou para o mesmo lugar e viu Gustav conversando com ela, sentado no balcão.
-Então manda uma mensagem pra ele com a pergunta, ele pergunta e depois te repassa à resposta.
-Boa!- disse Tom, balançando a cabeça, e estendeu a mão na direção de Bill. -Celular.
-O que?- perguntou perplexo. -Esquece.- balançou a cabeça e passou pelo irmão, voltando a festa.
-Para o bem da sociedade masculina, Bill.- disse ele, e ouviu Bill gargalhar.
-Esquece...

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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeSáb Abr 02, 2011 7:03 pm

Citação :
-Mas da próxima vez não atrapalha, me encarando daquele jeito, ok? É irritante. A não ser que eu esteja podre de bêbado e a menos de trinta centímetros de alguma mulher que não seja a Agatha.- fulminou o irmão com o olhar.

aiaiai eu ri. a encenação dos dois foi a melhor Very Happy
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeSáb Abr 02, 2011 11:23 pm

Onwt esse cap. foi fofo ;p
huum bem que eu tava adivinhando que ela tava tentando embebedar o tom
bem bolada a ideia da festa. Bons atores eles não? Se eu visse ia acreditar ;p
Poooooooooooooosta logããão
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeDom Abr 03, 2011 12:43 am

coitada da natalie! HAHAHAH QUE MACABRO HAHAHAHAHA

desculpa o atraso aqui :x

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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeDom Abr 03, 2011 1:46 am

Nossa,
Muito fofo o capítulo,
Citação :
-Não, só estou reclamando. Por sua culpa perdi a chance saber como é perder um grande amor, além de desvendar "O amor e suas complicações, tudo do ponto de vista feminino."- disse, fazendo Bill gargalhar.
Very Happy adorei hehe,

Citação :
-Para o bem da sociedade masculina, Bill.- disse ele, e ouviu Bill gargalhar.
Só o Tom mesmo, Razz,

Coitada da Nathalie, os meninos foram bom nessa, mas coitada hehehehe,

Continua plese...
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Catarina Kretli
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeSáb Abr 09, 2011 8:33 pm

Atualizando (:
A Nathalie sofre com eles. ;x
_________________________________________________________

Dois - Dois - Três.


Tom olhou no relógio assim que terminou de ajeitar as coisas no apartamento enquanto esperava a hora passar, e viu que já estava na hora de ir. Foi até a sacada da sala, dando uma olhada rápida no céu azul, e fechou as cortinas. Saiu do apartamento e desceu os dois lances de escada, chegando ao térreo, e foi até o carro.
A cada metro que percorria de carro, aumentava a ansiedade de vê-la. Já estava tão acostumado há passar o dia ao lado dela, não importando se ela estava ou não de mau humor, que se sentia estranho quando voltava para Hamburg, longe dela por dois dias.

-Bom dia.- disse ele entrando no orfanato e cumprimentando as freiras que passavam por ele. Entrou no refeitório, e logo sentiu o aroma de café sendo preparado na cozinha, para onde caminhou.
-Ei.- disse Luise aparecendo na porta, impedindo a passagem dele.
-Oi.- cumprimentou ele, e fez menção de entrar na cozinha, mas ela o barrou. -O que foi?- perguntou, embora já soubesse a resposta.
Tentou colocar a cabeça para dentro da cozinha, mas Luise rapidamente se pôs na ponta dos pés e tapou a visão dele com a cabeça, inclinando-a para o lado. Ele recuou, esperando que ela fizesse o mesmo, mas ela continuou parada. Tom rolou os olhos e tirou uma bala de dentro do bolso da calça, balançando na frente de Luise, que sorriu estendendo a mão. Isso nunca falhava.
-Sai da frente.- disse ele, mas foi pego de surpresa quando ela arrancou a bala da mão dele. -Ei!
Ela olhou para ele e semicerrou os olhos.
-Juízo.- saiu do caminho dele e correu para o refeitório.
Ele a seguiu com o olhar, mas logo balançou a cabeça dando uma leve risada, e entrou na cozinha encontrando Agatha encostada na pia de frente para ele. Embora odiasse vê-la vestida daquele jeito, sorriu abertamente e caminhou até ela, sentindo o coração bater depressa ao vê-la sorrir.
-Se continuar assim, eu vou à falência.- comentou ele apontando com o polegar por cima do ombro em direção à porta.
-E os dentistas faturarão milhões.- acrescentou ela, rindo, sentindo um friozinho na barriga com a aproximação dele.
Tom olhou rapidamente por cima do ombro em direção à porta e voltou-se para ela, sorrindo.
-Sentiu minha falta?- perguntou ele, e deu um beijo demorado nela. Afastou-se um pouco e sorriu ao vê-la confirmar. -Balançar a cabeça não vale.
-Sim, eu senti sua falta.- disse ela rolando os olhos, sorrindo em seguida.
-Também não vale rolar os olhos.- disse ele não satisfeito. Ela olhou por cima do ombro dele, na direção da porta, e não vendo ninguém por ali, aproximou-se dele e o beijou. –Agora sim. Muito melhor.- sorriu abertamente e ela piscou, sorrindo.
-Vou tomar café agora, quer também?- perguntou indo até a geladeira e tirando uma forma de bolo de dentro da mesma. Tom confirmou e sentou-se à mesa.
-Teve festa?- perguntou ele olhando para o bolo à sua frente, que aparentava ser de festa -infantil- já que era coberto com glacê e morangos.
-Não, é que eu gosto de fazer esses tipos de bolo.- respondeu, sentando-se à mesa e entregando um pratinho e um garfo para ele.
-Para as crianças ou para vocês, freiras?
-Todo mundo.- respondeu ela dando de ombros, colocando uma fatia de bolo em seu pratinho.
-Então o bolo deve estar ruim, hein?- comentou ele espetando o garfo no morango do prato dela. -Está praticamente inteiro.- acrescentou, e antes que pudesse comer o morango, Agatha arrancou o garfo da mão dele e levou o morango à boca. -Ei, era meu garfo!- disse ele boquiaberto.
-E meu morango.- rebateu ela, enquanto mastigava a fruta. -E para sua informação, eu fiz dois bolos.- disse ela indicando o numero com os dedos. -O outro já foi.
Tom riu e passou o dedo indicador no glacê do bolo, sujando o rosto dela em seguida.
-Ei!- reclamou ela, passando a mão no rosto para limpá-lo, e Tom rapidamente repetiu o procedimento. -Para Tom.- riu e limpou o rosto novamente, sujando ainda mais a mão com glacê. Quando viu que ele iria fazer aquilo novamente, Agatha segurou a mão dele e com a sua mão livre, e lambuzada, passou no rosto dele, que recuou fazendo careta.
-Depois fala de mim...- comentou ele, e aproveitou o fato dela estar rindo, distraída, e segurou ambas as mãos dela com apenas uma mão. Se pôs de pé, inclinado sobre a mesa, e passou dois dedos da mão livre sobre a borda do bolo.
-Meu bolo!- exclamou ela ao ver o estrago, mas logo sua preocupação com o bolo se foi ao vê-lo com os dedos sujos de glacê, pronto para lambuzá-la. -Já parei, não faço mais...- se pôs de pé, tentando se soltar. -Sério...
-Tarde de mais, gata.- disse ele, e ao invés de sujá-la no rosto, passou os dedos sujos de glacê no braço dela, lambuzando-o até a altura do cotovelo, onde começava a manga do vestido.
-Ahh!- exclamou ela, fazendo uma careta enquanto ele ria e lambia o resto do glacê dos dedos. –Seu nojento..
-Não brinquem com o café da manhã, crianças.
Ambos olharam para a porta e viram a madre entrar na cozinha sendo seguida por Luise, que abriu o sorriso ao vê-los sujos de glacê.
-Guerra de café-da-manhã!- exclamou ela correndo em direção à mesa, mas Agatha rapidamente se inclinou sobre o bolo, protegendo-o da "ameaça Luise".
-Nem vem.- Agatha fazendo sinal para que a amiga se afastasse.
-Sua malvada.- disse Luise fazendo bico. Deu meia volta e saiu da cozinha de cabeça erguida. -Tomara que vocês engordem toneladas.- disse pouco antes de desaparecer pela porta, fazendo Tom e Agatha rirem. Logo direcionaram sua atenção à figura parada próxima a porta, comendo uma maçã enquanto sorria na direção deles.
-Foi ele que começou.- disse Agatha apontado na direção de Tom, que olhou para ela boquiaberto ao ouvir aquilo.
-Eu?- perguntou apontando para si mesmo.
-E não foi?
Ele semicerrou os olhos e pegou o garfo sobre a mesa, sujou-o com glacê e balançou na direção dela, sujando o rosto e a roupa dela.
-Para Tom!- exclamou dando alguns passos para trás. -Que criança...- rolou os olhos e logo sua atenção se direcionou ao bolo. -Olha o que você fez com o meu bolo. Estragou o meu bolo.- aborreceu-se, e ao olhar para o lado surpreendeu-se ao ver a madre rindo. -Madre! Não vai fazer nada?- perguntou, fazendo-se de vítima.
-Quanta falsidade...- comento Tom, balançando a cabeça.
-Madre, não acredite nele. Faça alguma coisa..
-Ah, sim, sim...- assentiu a madre, e logo se aproximou da mesa, largando a maçã sobre a mesma. Pegou o prato limpo de Tom, o garfo limpo de Agatha e tirou todos os morangos que estavam sobre o bolo. -Pronto.- disse ela levando um morango à boca. -Limpem a sujeira depois.- sorriu, fazendo seus olhos se fecharem como de costume, e saiu da cozinha. Ambos a seguiram com o olhar, e logo Tom explodiu em gargalhadas.
-Cara, eu amo essa mulher.- disse ele, e Agatha olhou-o de cima à baixo, com as sobrancelhas franzidas. -Tá, eu não amo essa mulher. Mas gosto dela.- riu. -Ela não está nem aí para o que a gente faz. Acho que se ela entrasse aqui e visse a gente se agarrando, ia dar meia volta e dizer que não viu nada.
-Ah, claro..- Agatha riu e rolou os olhos. -Vai nessa...
-Mas é verdade. Aquele dia no seu quarto, por exemplo. Eu entrei no seu quarto e ela não falou nada.- disse ele como se aquilo fosse algo espetacular, fazendo Agatha rir. -Tá, ela disse que era pra eu ter cuidado pra não me machucar, e de fato eu me machuquei. Ou melhor, você me machucou. Mas não falou nada com relação a não entrar no quarto de uma freira.
Agatha sorriu e foi até a pia, onde abriu a torneira e começou a lavar o braço e as mãos, enquanto Tom limpava a mesa e o chão com um pano molhado.
-Falando nela, o que aconteceu?- perguntou ele parado ao lado de Agatha, esperando sua vez para se limpar. -Desapareceu sem dar notícias, do nada... Já estava até começando a acreditar em abduções alienígenas.- disse num tom brincalhão.
-Abduções alienígenas?- riu e deu espaço para ele lavar as mãos. -Só você mesmo...- balançou a cabeça, secando os braços. -Ela caiu da escada e teve que ficar um tempo... Um bom tempo, de repouso.- respondeu.
-Caiu da escada? Repouso? Como assim? Quando?- perguntou ele atônito.
-Sim, caiu da escada e teve que ficar em repouso por um tempo pra se recuperar bem, devido aos ossos "de velho" que ela tem, como ela mesma diz.- riu. -Como assim? Pisou em falso e caiu. Quando? Bem... Acho que foi no fim de semana logo depois que a gente fez as pazes.
-E porque eu só estou sabendo disso agora?
-Você nunca perguntou nada...- disse ela dando de ombros.
-Ah, eu precisava perguntar pra saber?- perguntou ele olhando de relance para ela. -Se eu não perguntasse agora, continuaria acreditando na hipótese de abduções alienígenas?
-Pensei que você já soubesse. Faladeira como a Luise é, pensei que ela já tivesse contado.- retrucou. -E por que todo esse alarme só porque foi o último a ficar sabendo? Você é apenas um mero prestador de serviços comunitários.- disse ela com um ar superior. Ele riu e aproveitou que ela estava na mira da torneira para respingar água nela, que rapidamente se afastando, rindo.
-Mero prestador de serviços comunitários..- disse ele repetindo o que ela disse, secando as mãos na toalha. -E o que foi aquilo de jogar toda a culpa do glacê pra cima de mim, hein?
-Apenas jogando a culpa pra cima de você.- deu de ombros, sorrindo em seguida ao ver a cara dele. -Anda, vamos tomar café de uma vez. Temos muito trabalho hoje.
-Como sempre...- comentou, desanimado, enquanto se sentava à frente dela.

-Pai.- Camilie apareceu sentando-se no colo de Tom, que estava sentado na cadeira rabiscando numa folha assim como as outras crianças.
Eram 14:30h da tarde, e a última vez que ele viu Agatha foi pouco antes do almoço, quando ela entrou no refeitório e sorriu ao passar por ele que, claro, a seguia com o olhar.
-Por que a mã... Agatha está triste?- perguntou ela olhando para ele.
-Como assim, triste?- perguntou franzindo as sobrancelhas, e ela deu de ombros, fazendo-o rolar os olhos.
-Triste.- disse simplesmente.
Ele refletiu sobre aquilo por alguns instantes e logo pediu para ela sair do colo dele. Ela sentou-se no lugar que ele ocupava antes e ele, antes de sair, se agachou ao lado dela.
-Onde ela está?
-No quarto.- respondeu.
-Tá. Se alguém perguntar onde eu estou, diga que não sabe. Tudo bem?- pediu ele, e ela concordou, logo voltando a desenhar.
Rapidamente saiu dali e caminhou em direção à sala principal, que dava acesso ao segundo andar, mas antes que pudesse pisar no primeiro degrau, irmã Paulina apareceu atrás dele.
-Onde você pensa que vai?- perguntou ela aproximando-se dele. Ele fez uma careta, rolou os olhos e virou-se para ela, tentando ser natural.
-Falar com a Agatha.- respondeu. Ele não sabia o porquê, mas ela não ia com a cara dele, logo, ele não ia com a dela.
-A irmã Agatha está no quarto.- disse ela frisando a palavra.
-Deve ser por isso que eu estou subindo as escadas, não?- disse descontraidamente e ela o fulminou com o olhar.
-E você por acaso acha que isso aqui é o que? Você não pode ir subindo e entrando no quarto de uma freira como se estivesse em sua casa entrando no quarto de sua mãe.- disse secamente. Ele a encarou por alguns segundos, segurando-se para não rir, e sem dizer mais nada passou por ela e caminhou em direção à sala onde as crianças estavam. Esperou alguns minutos até que ela estivesse longe, dando tempo suficiente para ele rir da comparação freira-mãe, e assim que isso aconteceu voltou a caminhar em direção à escada.
-Velha mais chata.- murmurou ele subindo as escadas, e riu novamente ao se lembrar do que ela falara. –Nem a madre é assim...
Subiu ao segundo andar e caminhou rapidamente pelo corredor, sempre olhando para trás para ter certeza de que não vinha alguém. Parou em frente ao quarto de Agatha e como a porta estava apenas encostada, abriu-a devagar, para não fazer barulho. Deu mais uma olhada para os lados e entrou.
O quarto estava um pouco escuro já que a cortina estava fechada, mas logo que a visão se acostumou ao ambiente pode ver Agatha deitada na cama, dormindo. Sorriu ao vê-la e pensou em voltar outra hora, mas quando deu por si estava ajoelhado ao lado da cama, observando-a.
-Deve estar sonhando comigo.- disse para si mesmo, se gabando, assim que ela sorriu enquanto dormia.
Ficou ali por mais um tempo, olhando-a, e em certo momento ela suspirou profundamente, fazendo com que uma mexa do cabelo caísse sobre seus olhos. Inconscientemente Tom levou a mão até ela e colocou a mexa atrás da orelha, percebendo mais tarde a “burrice” que fizera.
-Não acorda, não acorda, não acorda, não acorda..- sussurrou para si mesmo, assim que ela se remexeu na cama. Em vão.
-O que você está fazendo aqui?!- perguntou ela assustando-se ao abrir os olhos e dar de cara com Tom, ajoelhado ao lado da cama. Como não esperava vê-lo ali, ela rolou pela cama e acabou caindo no chão, ficando entre sua cama e a cama de Luise.
-Você está bem?- perguntou ele levantando-se e se debruçando sobre a cama. Ela estava caída de barriga para baixo, resmungando de dor.
-O que você está fazendo aqui?- perguntou ela novamente. Sentou-se no chão e começou a massagear a área do cotovelo, fazendo uma careta.
-Se machucou?- perguntou ele sentando-se na cama e passando as pernas para o outro lado, logo se sentando no chão à frente dela. -Me deixa ver.- disse ele segurando o antebraço dela e o erguendo, para ver o cotovelo.
-Não, está tudo bem.- disse ela desvencilhando-se.
-Me deixa ver.- insistiu ele segurando-a novamente.
-Eu já falei que está tudo bem.- disse ela desvencilhando.
-Me deixa ver!- disse ele olhando seriamente para ela. Ela bufou e acabou cedendo.
-Viu?! Eu falei que...- foi interrompida ao ouvi vozes vindas do corredor e entreolharam-se com os olhos arregalados. -Meu Deus.- sussurrou ela olhando para a porta.
-Se for a "irmã do pau" nós estamos fuu..- disse ele fazendo uma careta e olhando a sua volta, procurando um lugar para se esconder.
-Irmã do que?- perguntou ela franzindo as sobrancelhas. Ele olhou para ela e riu.
-A irmã Paulina. Pau... lina, entendeu?- respondeu ele e ela riu balançando a cabeça.
-Irmã Agatha?- irmã Paulina bateu à porta. Tom olhou para Agatha com os olhos arregalados.
-F****!- sussurrou ele.
-Se esconde.- sussurrou ela, fazendo uma careta e ficando de joelhos e agitando as mãos nervosamente.
-Aonde?- perguntou ele olhando para ela sem saber onde se enfiar.
-Irmã Agatha?- chamou mais uma vez e movimentou a maçaneta da porta.
-Se abaixe.- sussurrou ela empurrando-o para baixo, e ele rapidamente se deitou no chão. Agatha, como estava de joelhos, inclinou-se para frente e apoiou os cotovelos sobre a cama, cruzando as mãos e fechando os olhos.
-Irmã Agatha?- chamou a freira abrindo a porta por completo. -Pensei que estivesse dormindo. Chamei você duas vezes e você não respondeu.
-Então ela ia te chamar até você acordar?- perguntou Tom, num tom baixo de voz, fazendo Agatha segurar um riso que quase escapou.
-O que foi?- perguntou a freira olhando para Agatha enquanto segurava a maçaneta da porta.
-Nada. É que eu.. estava rezando.- gaguejou, sentindo seu coração pular, e manteve-se de cabeça baixa, já que estava difícil não rir de toda aquela situação. Irmã Paulina balançou a cabeça, compreendendo, e passou os olhos pelo quarto.
-Por que a cortina está fechada? Não dá para ver quase nada.- disse ela fazendo menção de ir até a janela.
-Não!- exclamou Agatha arregalando os olhos.
-Por que?- perguntou assustada com a reação de Agatha, parando no lugar.
-É que... Bem.. Eu...- gaguejou e sentiu Tom cutucar sua coxa para que se apressasse. -É que eu já vou dormir... Estou com dor de cabeça... Só vou terminar de rezar e dormir um pouco.- disse ela engolindo em seco.
-Tudo bem, então.- respondeu. Deu mais uma olhada no quarto e foi para a porta. -Alice está perguntando por você. E o Philip está perguntando pelo Tom. E também o Lukas, o Michael...- comentou ela, antes de sair.
-Diga que mais tarde eu desço.- disse Agatha. Irmã Paulina novamente deu uma olhada no quarto, e saiu fechando a porta atrás de si.
-Essa foi por pouco.- Agatha escondeu o rosto no colchão e logo afastou-se da cama, olhando para Tom que estava deitado de barriga para cima, sorrindo. -Levante.- disse ela estendendo a mão. Ele olhou para a mão estendida e voltou a olhar para ela, sorrindo maliciosamente.
-É mais fácil você deitar.
Segurou a mão dela, puxou-a para baixo e rapidamente rolou e colocou seu corpo por cima do dela, tampando sua boca, enquanto ela olhava para ele com os olhos arregalados, não esperando aquilo. -Relaxa.- disse ele tirando a mão de cima da boca dela. –Não vou te morder.- olhou-a seriamente e logo deu um sorriso maroto. -Por enquanto.- deu um selinho nela e logo rolou e deitou-se ao lado dela, fitando-a. –Aconteceu alguma coisa?
-Por que?
-A Camilie disse que vocês está triste. E você não sai desse quarto.- disse. -Está pensando ainda?- perguntou, entrelaçando sua mão na dela. Ela sorriu, fitando-o, e balançou a cabeça negativamente. –Já pensou. Tem certeza? Não quer pensar mais um pouco?- fez um movimento com as sobrancelhas que a fez rir.
-Não...- sorriu. –Estou “triste” por que hoje é um “bad day”.
-Ah...- balançou a cabeça. –Você está naqueles... dias?
-Não.- riu. –É outra coisa.
Tom abriu a boca para perguntar o que era, mas pensou melhor e viu que se ela quisesse falar já teria falado. Sorriu ao vê-la observando-o e acariciou o rosto dela.
-O que foi?
-Por que você gosta de mim?- perguntou ela fitando-o.
-Eu nunca falei que gosto de você.- respondeu ele dando de ombros, indiferente.
-Ah, não?- perguntou arqueando as sobrancelhas.
-Não.- afirmou. –Eu disse que te amo.- sorriu e se aproximou beijando-a nos lábios, logo dando vários beijinho em sua bochecha.
-Então...- indagou ela com certa dificuldade, já que estava difícil respirar. –Por que você me ama?- perguntou.
Tom olhou nos olhos dela por alguns segundos, não entendendo o porquê da pergunta, e deu de ombros.
-Não sei...- observou cada detalhe do rosto dela, tentando encontrar um motivo especial que respondesse aquela pergunta, e novamente deu de ombros. –Não tenho um motivo especifico. Simplesmente te amo.- sorriu, vendo-a sorri também.
-E se...- indagou ela olhando para o teto. –E se você descobrisse que eu não sou exatamente como você pensa que eu sou?- voltou a olhar para ele, que rapidamente se afastou, fazendo uma cara de nojo.
-Tu é macho?- perguntou ele atônito, fazendo-a gargalhar.
-Claro que não.- respondeu, ainda rindo.
-Ah bom...- disse ele suspirando aliviado. –Não faz mais isso.- olhou seriamente para ela. –Quase tive um treco agora. riu. –“Não sou como você pensa que eu sou...”, na hora eu pensei “Pronto, f****! ‘To apaixonado por um cara.”- disse fazendo-a gargalhar novamente. -Porque...- riu, contagiado pelo riso dela. -Eu penso que você é mulher. Isso aqui é real?- perguntou apontando para os seios dela.
-Claro que é.- disse ela dando um tapa na mão dele. -Não se preocupe, eu sou mulher.- balançou a cabeça rindo.
-Ótimo.- sorriu, e depois de pararem de rir por completo, ele a fitou por alguns segundos, observando-a.
Ao perceber que ele a fitava, Agatha tocou os lábios dele com os dedos de modo a formar o padrão dois-dois-três (dois dedos, depois dois novamente e em seguida três). Tom estreitou as sobrancelhas, não entendendo, e novamente Agatha repetiu o procedimento, explicando o seu significado:
-Eu te amo.- disse ela e instantaneamente Tom abriu o sorriso. Fitou-a por alguns segundos, sentindo o coração bater mais rápido ao ouvir aquilo, e se aproximou, beijando-a.
-Onde estão minhas balas?!- exclamou Luise abrindo a porta do quarto bruscamente, assustando-os.
Tom rolou para o lado, saindo de cima de Agatha, e esta sentou-se no chão, olhando com os olhos arregalados para Luise, enquanto seu coração parecia sair pela boca.
-Ah..- fez ela vendo apenas Agatha. Aproximou-se da cama e olhou para o chão, vendo Tom deitado parecendo aborrecido. –Desculpa.. Acho que atrapalhei.
-É.- concordou ele ligeiramente irritado. –Atrapalhou. Muito. Na melhor parte.- disse ele sentando-se. –Como sempre.
-Que pena.- disse indiferente. –Cadê minhas balas?- perguntou ela dando a volta na cama de Agatha e indo até a sua. –Perdi minhas balas! Tom, compra mais balas pra mim?- olhou para ele com um sorriso de orelha a orelha, mas que logo sumiu quando ele negou com a cabeça. -Nojento.- olhou com desprezo para ele e caminhou até a porta novamente. –Vê se não passem dos limites, hein?- parou na porta, segurando a maçaneta e virou-se para eles. –Precisam de camisinha?
-Luise!- exclamou Agatha levantando-se e jogando o travesseiro na direção da porta -errando o alvo- enquanto Tom gargalhava.
-Pensei que católicos fossem contra o uso de preservativos.- observou ele.
-Você por acaso é católico?- perguntou ela e ele negou, fazendo uma careta. –Então..- deu de ombros, rolando os olhos. –Quem vai usar é você, não eu...
-Mas eu sou católica.- disse Agatha ajeitando o vestido.
-A não ser que você que queira ser a santa mãe que irá super povoar a Alemanha, eu sugiro que vocês...
-Já entendi.- disse Agatha, interrompendo-a.
-Não se preocupada, eu sempre trago uma comigo.- disse Tom levantando-se, e Agatha olhou para ele surpresa. –O que?- perguntou ele indiferente. –Prevenção nunca é demais.- piscou para ela.
-Tá.- disse Luise dando uma olhada no corredor e logo virando-se para eles. –Já vou avisando de antemão, para quando vocês decidirem não usar, que quero no mínimo dois sobrinhos lindos e gostosos como você.- apontou para Tom.
-Obrigado.- agradeceu ele.
-Duas sobrinhas lindas e gostosas como você.- olhou para Agatha. –E todos com olhos azuis, ouviu Kaulitz?- olhou para ele, que balançou a cabeça, sorrindo de lado. –Não se atreva a fazer filho com olhos castanhos.- fez cara de nojo e saiu fechando a porta. Tom e Agatha se entreolharam por alguns segundos e começaram a rir.
-O que deu nessa mulher?- perguntou Agatha sentando-se na cama, não acreditando no que acabara de ouvir.
-O que deu nela eu não sei.- sentou-se ao lado dela. –Mas eu gostei da idéia.- sorriu maliciosamente. –Que tal providenciarmos a primeira geração von Mühlen Kaulitz agora?- se aproximou dela. –É uma boa idéia, não acha?- sussurrou ele no ouvido dela, fazendo-a estremecer.
-Não quando se tem crianças no andar de baixo e freiras no quarto ao lado.- respondeu ela sorrindo, e ele rapidamente se levantou.
-Então é melhor a gente ir antes que as coisas esquentem e as freiras do quarto ao lado reclamem de “barulhos estranhos”.- disse ele, e automaticamente o rosto de Agatha adquiriu uma tonalidade rosada, o que o fez sorrir.
Ela se levantou e foi até a porta, sendo seguida por ele. Abriu-a e pôs a cabeça para o lado de fora, checando se havia alguém por ali.
-Não tem ninguém, pode ir.- disse dando espaço para ele passar.
-Você não vem?- perguntou ele já do lado de fora do quarto, esperando por ela, e ela negou. –Por que?
-“Bad day”.- respondeu simplesmente, e ele franziu as sobrancelhas, não entendendo. –Depois eu desço.- disse ela, e sorriu ao checar que não havia ninguém por perto. Aproximou-se dele e deu um beijo rápido, checando novamente para ver se alguém tinha visto. –Até.- disse ela, e ele sorriu fazendo um ligeiro aceno.
-Até.
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeSeg Abr 11, 2011 6:52 pm

Olhaaa só ela está esquecendo que é freira HUSHUUS que bom pro Tom ;p
POR QUE A LUISE TEM QUE ATRAPALHAR? mas ela ajuda tbm né? dai tenho q lembrar disso
tbm UHSHUHSUHS Tem que ser essa Pau..lina pra complicar aiai....
aah quanto amor esses dois : amor I love yoooooooooooou ♫ [ignore USHUUSH
posta tbm quero sobrinhos ;p
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeSex Abr 15, 2011 12:04 am

Pâmela.O.d.S escreveu:
Olhaaa só ela está esquecendo que é freira HUSHUUS que bom pro Tom ;p
POR QUE A LUISE TEM QUE ATRAPALHAR? mas ela ajuda tbm né? dai tenho q lembrar disso
tbm UHSHUHSUHS Tem que ser essa Pau..lina pra complicar aiai....
aah quanto amor esses dois : amor I love yoooooooooooou ♫ [ignore USHUUSH
posta tbm quero sobrinhos ;p
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeSex Abr 15, 2011 12:10 am

Pâmela.O.d.S escreveu:
Olhaaa só ela está esquecendo que é freira HUSHUUS que bom pro Tom ;p
POR QUE A LUISE TEM QUE ATRAPALHAR? mas ela ajuda tbm né? dai tenho q lembrar disso
tbm UHSHUHSUHS Tem que ser essa Pau..lina pra complicar aiai....
aah quanto amor esses dois : amor I love yoooooooooooou ♫ [ignore USHUUSH
posta tbm quero sobrinhos ;p

+1 EXATAMENTE
Quero mais fic please...
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MensagemAssunto: Re: FF - Blessed Love    FF - Blessed Love  - Página 7 Icon_minitimeSex Abr 22, 2011 12:28 am

Gente, capítulo SUPER IMPORTANTE.
Agora que a Agatha vai contar tudo para ele D: ~bafão~
E muito Obrigada pelos comentários. (:
_____________________________________________________________

Eu estou aqui.

Durante o resto da tarde Tom não a viu, pois logo após ele ter saído do quarto ela voltou e se trancou nele. Por duas vezes ele foi até lá para falar com ela, mas nas duas vezes irmã Paulina o viu e lhe aplicou o mesmo sermão de sempre. No fim do dia, já cansado e vendo que não conseguiria falar com ela, voltou para o apartamento onde tomou banho, jantou e deitou-se na cama, pensativo. Sentia-se estranho, preocupado, já que nos poucos momentos em que a viu, percebeu que ela estava abatida.
Levantou-se da cama e olhou no relógio. Eram 22h30 da noite. Olhou em volta não tendo nada para fazer, suspirou, e mesmo sentindo o sono chegar foi até a sacada e sentou-se no chão, observando o céu enquanto fumava. Logo ouviu o som de alguém caminhando na rua, então esgueirou-se do lugar de onde estava e se aproximou das grades da sacada, vendo uma freira passar por ali.
-O que ela...?- indagou ele ao reconhecer Agatha pela silhueta e pela forma de andar, diferente das outras freiras do convento.
Levantou-se e ficou observando-a caminhar em direção ao fim da rua por alguns instante, tentando encontrar um porque para ela estar caminhando sozinha naquele horário, e logo voltou para dentro.
-Aonde ela vai há essa hora?- questionou-se enquanto trocava de roupa o mais rápido possível.

Não importava quanto tempo se passasse, quantas coisas boas acontecessem... Todas às vezes que vinha àquele lugar a dor que sentia era a mesma. Uma ferida que se abria e sangrava, trazendo de volta a dor e o sentimento de culpa à tona novamente.
Secou as lágrimas com um lenço que trouxera, fungando e soluçando, e ergueu os olhos novamente. Era impossível. Por mais que tentasse não conseguia mais controlar o choro reprimido, que durante todo o dia insistia em ser exposto.
Agachada, escondeu o rosto entre as mãos e permitiu-se chorar. Liberou tudo o que estava reprimindo, toda a dor, toda a saudade, toda a raiva que tinha de si mesma, todo o arrependimento que sentia... Toda a vergonha que sentia pela ousadia de ter reprimido aqueles sentimentos durante o dia, quando no passado não teve vergonha de expor seus mais profundos desejos. Desejos esses que resultaram no que estava à sua frente. A morte.

-Ér.. Está tudo bem?
-O que você está fazendo aqui?- perguntou ela com a voz embargada, levantando-se rapidamente, surpresa em ver Tom ali. Desviou o olhar para o outro lado ao perceber que ele a observava, parecendo angustiado, e tratou logo de responder a pergunta: -Está. Digo, estou... Eu só...- inspirou profundamente, olhando de relance para o túmulo em que antes estava debruçada e sentiu as lágrimas encherem os olhos novamente, deixando a visão turva. Voltou a olhar para Tom por alguns segundos, tentando de todas as maneiras segurar o choro que crescia cada vez mais dentro do peito, e rapidamente abaixou a cabeça.
-Ei...- disse Tom ternamente. Ela ergueu a cabeça e viu-o dar um meio sorriso enquanto se aproximava. -Não chora...- disse parando na frente dela, acariciando seu rosto molhado.
Agatha abraçou-o fortemente e afundou o rosto no peito dele, sentindo o perfume dele acalmá-la de alguma, trazendo a tranquilidade de volta.
Ficaram ali por alguns minutos, e pouco a pouco ela foi parando de chorar. Assim que o fez, se separaram e logo ela passou o lenço no rosto, sentindo-se calma novamente.
-Está melhor?- perguntou ele sorrindo ternamente. Agatha olhou nos olhos dele por alguns segundos e sorriu, confirmando. Sentia-se perfeitamente bem ao lado dele.
Já mais calma, ajeitou as flores sobre o túmulo, deu mais uma olhada, como se estivesse se despedindo e caminharam para fora dali.

-Foi há cinco anos.- disse ela enquanto caminhavam lentamente. Sentia o coração bater forte dentro do peito, como se estivesse prestes a sair pela boca, sentindo também uma insegurança enorme que a fazia querer sair correndo dali e nunca mais aparecer.
Não queria acreditar que tudo o que tinha acontecido fora sua culpa, mas de alguma forma aquele peso insistia em ficar sobre seus ombros. Queria se livrar daquilo para poder ser plenamente feliz novamente, e precisaria da ajuda dele para isso.
Tom olhou para ela, que parecia apreensiva e insegura, tudo isso pelo modo como ela contraía os lábios e as sobrancelhas, e deu-se conta do que ela começara a falar.
-Não precisa...
-Sim, precisa.- interrompeu ela, erguendo o olhar para ele.
Estavam parados na calçada, olhando um para o outro, tentando entender o que se passava em suas cabeças apenas pelo brilho –ou a falta dele- no olhar.
-Já está na hora de você saber. Eu vou explodir se continuar assim, mas sinto também que... Eu não sei..-disse ela voltando a caminhar, percebendo a visão ficar turva novamente com as novas lágrimas que se formavam, e logo sentiu ele segurar sua mãos, entrelaçando-as. Ergueu o olhar para ele, que sorria ternamente, e sentiu como se todas as preocupações e os medos que sentia tivessem desaparecido de repente.
Ele limpou as lágrimas dela com o polegar e voltou a segurar sua mão.
-Quer ir lá em casa?
Ela deu um meio sorriso e confirmou.

- Flashback On -

-Simon?- chamou Agatha batendo na porta da casa onde estava para em frente, mas logo notou que a porta estava destrancada e entrou. Tudo estava quieto demais, o que era estranho já que normalmente as tardes daquela casa eram preenchidas por músicas altas. Percebeu também que as cortinas de algumas das janelas estavam fechadas, deixando o lugar um pouco mais escuro.
-Simon?- chamou ela novamente chegando à porta do quarto dele. Sentiu de repente um enjoo forte e correu para o banheiro, do outro lado do corredor. Entrou no banheiro e curvou-se sobre o vaso sanitário, onde pôs tudo o que havia comido no almoço para fora.

Dezesseis anos, grávida de dois meses. Foi à loucura quando descobriu, temendo que acontecesse com ela o que acontecia frequentemente com outras adolescentes grávidas: Ser abandonada pelo parceiro. No seu caso não um simples parceiro, mas sim um namorado e futuro marido, já que ele lhe propusera noivado assim que soube da notícia. Ficara um tanto surpresa, afinal pensara que muitas outras coisas pudessem acontecer, menos aquela. Tinha apena dezesseis anos, não pensara em ter um filho, muito menos se casar naquela idade, mas no fim aceitou, claro. Amava-o, e com ele ao seu lado seria mais fácil dar a notícia ao seu pai.

Lavou a boca na torneira da pia, escovando os dentes com a escova dela, que ficava ali, e saiu do banheiro.

“Surpresa por quê?”, lembrou-se das palavras que ele lhe dissera, mostrando-lhe o anel de noivado. “Eu te amo, e já estava pensando nisso para quando chegasse a hora. Sei que agora ainda é cedo, que é loucura, mas agora mais do que nunca quero você e nosso filho, ou filha, ao meu lado.”

Caminhou lentamente em direção ao quarto do namorado e abriu a porta. As cortinas estavam fechadas, deixando apenas uma fresta de luz entrar, mas a pouca claridade que entrava já deixava visível o que havia sobre a cama de casal.
Sentiu de repente o sangue pulsando em suas veias, e sua respiração ficar mais pesada conforme a raiva que surgia ia aumentando de intensidade, e acendeu a luz, esperando que aquilo fosse apenas uma ilusão, mas logo constatou que aquilo era a mais pura realidade.
Fechou os punhos e trincou os dentes enquanto observava Simon deitado na cama ao lado de uma mulher desconhecida, acordando aos poucos, ainda desnorteado.
Ali estava ele. Seu namorado, seu futuro marido, o pai do filho -ou filha- que estava em seu ventre, o cara que lhe fez juras de amor, o cara que ela achava que conhecia tão bem, o cara que a fazia acreditar firmemente nas vezes em que dizia que a amava... Ali estava ele, traindo-a.
-Agatha?- perguntou ele levantando-se de sobressalto ao vê-la parada na porta, tremendo enquanto tentava conter a raiva que a dominava.
-Por quê?- perguntou ela entredentes, fulminando-o com o olhar, mesmo estando difícil de vê-lo nitidamente devido às lágrimas. Passou a mão no rosto e secou as lágrimas de uma maneira violenta. –Por quê?!- gritou ela fazendo a mulher despertar, assustada. –Estou grávida! Estamos noivos!- exclamou ela escondendo o rosto entre as mãos, chorando compulsivamente. –Eu pensei que você me amasse, Simon. Como você pode?
Não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo. Não queria, não podia. Ele a amava. Tinha certeza de que ele a amava, então aquilo era apenas um pesadelo. Tinha de ser um pesadelo. Um terrível pesadelo.
Passou os olhos pelo chão, tentando encontrar um detalhe, por menor que fosse que pudesse provar que aquilo era apenas um sonho, mas tudo o que viu foram peças de roupas espalhadas pelo chão, garrafas de bebida e preservativos usados. Graças ao descuido de não usá-los ela estava grávida.
-Amor, me deixa explicar...- disse Simon colocando o lençol envolta da cintura e ajoelhando-se sobre a cama.
-Amor?- perguntou ela erguendo a cabeça e olhando para ele, não acreditando no que ouvira.
-Por favor...- indagou, e ela pode notar a voz embargada dele. –Eu não sei o que deu em mim, eu... Por favor, acredite em mim. Eu te amo.
-Me ama?- perguntou ela começando a rir debochadamente.
-É verdade.- disse ele com a voz chorosa. –Por favor acredite. Eu fiz uma besteira, eu sei. Eu não sei onde eu estava com a cabeça, mas me perdoe, por favor.
Vê-lo atuar daquele jeito, como se não tivesse culpa, chorando, olhando para ela com aqueles olhos suplicantes, só fez com que a raiva que sentia aumentasse cada vez mais.
Enxugou as lágrimas, balançando a cabeça enquanto olhava para ele, controlando-se para não pular no pescoço dele, e olhou de relance para a mulher na cama. O que ela estava fazendo ali ainda? Percebeu ela curvar os lábios levemente para cima, enquanto olhava para Agatha como se estivesse gostando de vê-la naquele estado, e voltou a olhar para Simon quando ele se levantou da cama e se pôs de pé.
-Eu te amo.- disse ele segurando as mãos de Agatha, olhando dentro dos olhos dela. –Me perdoe...
-Se você me amasse não estaria com outra na cama.- disse ela entredentes, desvencilhando-se dele e saindo do quarto.
Correu pelo corredor, desnorteada, não acreditando no que tinha acontecido, e entrou na cozinha. Passou os olhos pelo local, enxergando tudo embaçado devido às lágrimas, e percebeu a aproximação de Simon, já vestido com uma bermuda qualquer.
-Espera, Agatha.- disse ele segurando-a pelo braço assim que ela fez menção de sair dali.
-Não encosta em mim.- disse ela com a voz embargada. Empurrou-o e tirou o anel do dedo, jogando-o nele. Caminhou em direção à outra porta da cozinha, que dava acesso à rua de trás da casa, e saiu correndo por ela.


- Flashback Off -

Estavam sentados no sofá do apartamento de Tom, e ele ouvia tudo aquilo atentamente, embora não conseguisse acreditar naquilo. Já chegara a pensar em uma decepção amorosa, mas nada próximo àquilo.
Olhou para Agatha que estava de cabeça baixa, e fechou os punhos sentindo a irritação crescer dentro de si ao imaginar tudo o que aquele canalha tinha feito. Ainda mais ela estando grávida. Grávida... Não conseguia acreditar que ela tinha tido uma filha, afinal ela era freira. Mas se fosse verdade, então onde estava ela?
-Meu pai me expulsou de casa...- disse ela enxugando as lágrimas, tirando-o do transe em que estava enquanto pensava em tudo aquilo.

- Flashback On –

-O que foi que você falou?- perguntou Mathias, pai de Agatha, erguendo o olhar para ela.
Agatha estava com a cabeça baixa, mas arriscou olhar de relance para o pai que estava sentado no sofá. Sabia que ele não iria admitir uma gravidez antes do casamento já que era um religioso fanático, mas tinha que falar. Cedo ou tarde ele iria descobrir, e seria pior se ele descobrisse por si mesmo.
-Eu... Estou grávida.- repetiu ela com um nó na garganta.
Ao notar o pai se levantando e se aproximando, Agatha sentiu um tremor passar pelo corpo, e assim que ergueu a cabeça para fitá-lo, sentiu seu rosto ser atingido por tapa forte e doloroso, que a fez se desequilibrar e quase cair.
-Como assim grávida?- perguntou ele entredentes, segurando-a pelos ombros e balançando-a para que ela olhasse para ele, mas tudo o que ela fez foi continuar de cabeça baixa enquanto segurava-se para não gritar de dor devido à força com que ele apertava seus ombros, permitindo apenas que as lágrimas escorressem. –Como você se atreve a dormir com um homem antes do casamento? Hein? Como você se atreve?- perguntou ele embravecido, empurrando-a para o sofá.
Sempre foram tão bons amigos, unidos como uma família de verdade, e lá estava decepcionando-o, traindo a confiança que ele depositara nela. Havia se deixado levar e agora ali estava ela. Grávida, traída e sozinha.
-Você só tem dezesseis anos! Não sabe que nossa religião não permite isso, sua vagabunda?
-É a sua religião, não a minha!- berrou ela pondo-se de pé, enfrentando o pai. Sempre odiou o fanatismo do pai, e ouvir aquilo só a fez expor tudo o que estava entalado em sua garganta. Era a religião dele, não dela.
Por poucos segundos surpreendeu-se de ouvir aquilo, mas logo viu aquilo como uma afronta e deu outro tapa no rosto de Agatha, fazendo-a cair sentada no sofá.
-Vou mostrar o que a minha religião faz com adolescentes rebeldes como você.- disse ele entredentes. Tirou a cinta e foi pra cima de Agatha, dando-lhe uma surra. A mais dolorosa de todas as surras que já havia ganhado.
-O que está acontecendo?- perguntou Susan, mãe de Agatha, ao entrar em casa e ver Agatha gritando e chorando no sofá, enquanto seu marido batia nela como se estivesse batendo em um animal. –Pare, Mathias!- gritou ela largando a bolsa no chão e indo até o marido, tentando afastá-lo de Agatha. –Ela está gravida!
-Você sabia?- perguntou ele afastando-se de Agatha e se virando para a mulher surpreso em ouvir aquilo.
-Sabia sim.- disse ela sem hesitar. -E não falei porque sabia que...
Antes que pudesse terminar Mathias deu-lhe um tapa, fazendo-a virar o rosto.
-Como você me esconde isso? Hein?- foi na direção da mulher ameaçado bate-la com a cinta, mas Agatha rapidamente levantou-se do sofá, ignorando a dor que sentia em seus braços e pernas, e se pôs entre seus pais.
-Você não vai bater nela.
-Não me diga o que fazer, sua vadia.- retrucou Mathias agarrando-a pelos cabelos e puxando-a em direção à porta.
-Para! Está machucando..
-Cala a boca!
-Mathias o que você está fazendo?- Susan tentou segurar o marido pelo braço, mas ele se desvencilhou da mulher e abriu a porta. -Você não pode expulsar nossa filha. Ela está grávida.
-Eu não tenho mais filha, Susan!- berrou. –Já pra rua!- disse ele empurrando Agatha para fora de casa, fazendo-a cair e rolar pelos dois degraus que separavam a varanda da calçada. –Não coloquei mulher no mundo para ser uma vadia, vagabunda como você.- disse ele cuspindo as palavras enquanto Agatha levantava-se lentamente, sentindo as dores do tombo.
-Desculpa...- disse ela com lágrimas chorando mais ainda por ouvir aquelas palavras.
-Suma daqui!- berrou ele, e segurou a mulher pelo braço quando ela fez menção de ir até Agatha. –Você fica. Vamos ter uma conversinha.


- Flashback Off-

Tom estava sentado de lado no sofá, ouvindo aquilo tudo enquanto Agatha chorava, relembrando aquelas lembranças dolorosas. De alguma forma conseguia sentir toda a dor que ela sentia, toda a tristeza que ela sentia, fazendo suas vistas ficarem turvas. Passou a mão ao sentir algo escorrendo e percebeu que estava chorando. Claro que estava chorando. Não conseguia suportar o fato de que a mulher que amava tivesse passado por tudo aquilo. Não conseguia acreditar que o próprio pai a havia expulsado de casa, justo quando mais precisava de alguém para abraçá-la. Abraçá-la...
Aproximou-se dela e enlaçou seus braços em volta dela, tomando todo o cuidado, como se pudesse machucá-la.
-Está tudo bem, já passou.- disse ele com a voz embargada, sentindo o aperto no peito se intensificar assim que ela começou a chorar mais ainda. –Já passou...- repetiu, deixando que as lágrimas rolassem. –Já passou... Não chora, por favor...
-Não passou, Tom.- afastou-se dele. -Esse é o problema.- disse aos soluços, e por um momento Tom sentiu-se apavorado com a possibilidade de ouvir que algo mais tinha acontecido. –Eu odiei tanto ser traída daquela forma...-engoliu o choro de repente e trincou os dentes, olhando para o chão no canto da parede. –Senti tanta raiva, tanto ódio do meu ex-namorado por ter me traído. Principalmente por ter feito o que fez depois de estarmos noivos, esperando uma filha...- disse entredentes, sentindo toda a raiva que sentiu voltar. –O odiei tanto, tanto... Quis tanto que ele morresse..- fechou os punhos, sentindo as lágrimas de raiva rolarem pelo rosto. –Desejei tanto que aquele filho da mãe morresse. Desejei tanto, tanto.. Meu Deus...- olhou para Tom relaxando e voltando a ter a expressão chorosa. –Desejei tanto que ele morresse que...- abaixou o rosto, olhando para o colo. –Que quem acabou morrendo foi minha filha.- disse ela levando a mão à boca para abafar o choro.
Tom ouvia tudo aquilo atônito, não imaginando a raiva que ela sentia, e por um momento entrou em pânico quando uma possível ideia passou pela sua cabeça ao vê-la se derramar em lágrimas.
-Eu matei minha filha, Tom.- disse ela olhando para ele, que balançou a cabeça negativamente, não acreditando no que ouvia. –Eu quis tanto que ele morresse... Que meu pai morresse... Desejei tanto que ambos morressem...Rezei tanto para que eles morressem que minha filha nasceu com um problema no coração e morreu...
-Não... Agatha.- Tom a segurou pelo ombros e a fez olhar para ele. Sentia-se desesperado em ouvir aquilo. –Não foi sua culpa..- disse ele derramando mais lágrimas ao vê-la balançar a cabeça, negando-se a acreditar naquilo. –Não foi sua culpa, Agatha. Foi... Acaso. Aconteceu por acaso. Você não pode se culpar pela morte da sua filha, Agatha. Você não pode se culpar por isso.
-Foi sim, minha culpa, Tom.- disse ela desvencilhando-se. –Se eu não tivesse guardado tanto rancor, se eu não tivesse esse desejo de morte no meu coração...
-Não...- Tom se afastou balançando a cabeça.
-Ela não teria morrido.
Tom balançou a cabeça negativamente, e sentiu uma dor profunda em ouvir aquilo, não acreditando, enquanto mais do que nunca as lágrimas rolavam pelo seu rosto.
-Deus tirou ela de mim para que eu aprendesse que guardar rancor não leva a lugar nenhum.
-Deus não faria isso.- disse ele com aversão. –Se Deus existe mesmo ele não cometeria essa injustiça de te fazer sofrer tanto só porque...
-Deus existe sim, e foi isso o que ele fez.- olhou para ele. –Deus tirou minha filha de mim para que aprendesse a lição.
-Não.- disse ele irritado. –Se ele existe e fez isso mesmo, então eu o odeio.
-Não precisa odiá-lo.- disse ela olhando para ele, e passou o polegar no rosto dele para limpar as lágrimas que escorriam. –Ele tirou minha filha, mas...- esboçou um sorriso e olhou nos olhos dele. –Me restituiu vinte vezes mais.
Tom franziu as sobrancelhas, não entendendo mais nada, e ela deu um fraco sorriso.
-Perdi minha filha para que eu aprendesse a lição, mas ganhei vinte crianças órfãs, para que com elas eu aprendesse a perdoar.- disse ela, e Tom limitou-se a fitá-la. –Não é lindo como elas, tão pequenas, sabem perdoar?- deu um meio sorriso, sentindo os olhos enxerem-se de água novamente. -Elas brigam entre si, mas logo estão brincando e se abraçando novamente. As que foram abandonadas não desejam a morte dos pais. Simplesmente perdoam, esquecem, e esperam por alguém que as ame de verdade...
-E você já perdoou?- perguntou ele interrompendo-a, passando a mão no rosto para limpar as lágrimas que insistiam em descer. Ela olhou para o chão, como se buscasse pela resposta do fundo do coração e olhou para ele novamente.
-Já. Eu realmente o odiei, mas já o perdoei. E também já...
-Não, Agatha.- disse ele, fazendo-a se calar. –Deus não “deu” vinte crianças para que você aprendesse o valor do perdão para perdoá-los, mas sim para se perdoar. Não foi sua culpa. Sua filha nasceu com um problema no coração. Podia ser com qualquer um, mas foi sua filha. Se o seu ex não tivesse te traído, vocês hoje estariam casados, mas sua filha não estaria aqui.- disse ele, e pode ver as lágrimas rolarem sobre o rosto dela, enquanto o fitava. –Foi mero acaso. Você tem que se perdoar e parar de achar que o que aconteceu foi culpa sua, por ter desejado a morte de alguém, e aceitar o que aconteceu.
Ela olhou dentro dos olhos dele por alguns segundos, sentindo o peso daquelas palavras, e abaixou o olhar em seguida.
-Mas...- passou a mão no rosto para limpar as lágrimas e olhou novamente para ele. –Não dá. Eu não consi...
-Shh..- pôs o dedo indicador sobre os lábios dela. –Não fala nada.- limpou as lágrimas do rosto dela e abraçou. –Consegue sim. Eu estou aqui agora.- disse, e ela abraçou-o fortemente, afundando o rosto em seu peito e deixando o choro sair. Precisava aceitar, precisava se perdoar, e precisava dele ao seu lado para conseguir aquilo, pois aquilo era algo nem rezando conseguira fazer. Afastar a culpa que sentia e aceitar o que havia acontecido.
Ela ergueu o olhar para ele assim que se afastou e retribuiu o sorriso terno que ele exibia em seu rosto. Ele acariciou seu rosto molhado e deu um beijo em sua testa.
-Deita.- disse ele fazendo sinal para que ela deitasse em seu colo, e depois de hesitar por um momento ela deu um meio sorriso e se deitou depois de tirar o pano de sobre a cabeça.
-Obrigada. Por tudo.- disse ela fitando a estante à frente deles, enquanto pensava em tudo o que ouvira, feliz por poder contar com ele.
-Disponha.- disse ele acariciando os cabelos dela enquanto a fitava e pensava em tudo o que acontecera e que o levara até ali. –Eu te amo.
-Eu também.

E ai, o que acharam ? :x


Última edição por Catarina Kretli em Sex Abr 22, 2011 12:30 am, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Esquecimento)
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