maooooe pessoinhas, hehe, agradecemos pelos comentários *-* e aqui estou eu trazendo mais um capítulo para vocês ^^ boa leitura!
Amanheceu o dia calmamente e eu já estava totalmente pronto, com meu moicano em pé, minha maquiagem impecável e vestido adequadamente para ir ao estúdio e, mais tarde, dar entrevistas.
Minha mente ainda estava perdida e totalmente confusa com a conversa de ontem à noite. O que eu realmente quero além desse sonho? Qual vai ser minha forma de lutar para achar a única peça que falta para me completar? Eu posso ter esperanças quanto a isso ou devo desistir? Sinto-me um quebra cabeça com peças perdidas, peças faltantes. Eu preciso de algo o qual eu possa me agarrar sem medo. Eu tinha perguntas e mais perguntas em minha mente, mas infelizmente nenhuma resposta ou sinal que pudesse me ajudar aonde ir ou o que fazer.
Minha vida é tudo que eu sempre quis, mas se fosse necessário desistir dela para ter um amor, alguém junto comigo a qual eu possa compartilhar tudo e dividir a minha vida, eu o faria sem pensar em nada. Sentiria muito por meus fãs, mas é a minha felicidade que está em jogo e acho que eles iriam compreender e muitos até ficariam felizes por mim. Afinal, eu reclamo demais que não tenho ninguém e acho que eles já estão de saco cheio de ouvir isso. Olhei no relógio prateado que estava pregado na parede e ele marcava exatamente onze e meia da manhã. É... Já estava na hora de ir.
Dei uma última checada no meu visual em frente ao espelho do closet e sai de meu quarto do hotel rapidamente dirigindo-me ao do meu irmão. Infelizmente nós estávamos separados já que Jost havia nos colocado em quartos diferentes porque pensou que nós não queríamos ficar juntos após uma briga no tour bus. Eu estava chegando à porta do quarto dele quando a mesma se abriu revelando meus três melhores amigos saindo em direção ao meu quarto.
- Finalmente, eu achei que teria que colocar o CD da Lady Gaga para te acordar! – Disse meu irmão mais velho assim que me viu. – Não que eu já não tenha feito isso antes, não é Bill? – Completou chegando próximo de mim e abraçando-me pelos ombros.
- Quem vê você falando acha que eu tenho sono de pedra ou de um bicho preguiça. - Disse sorrindo e arrancando algumas pequenas risadas dos G’s. - Vamos andando? Temos que estar meio-dia no estúdio e as quatro da tarde temos entrevistas. - Eles apenas balançaram a cabeça em sinal de concordância e seguimos ao elevador em silêncio. Ao entrar nele como de praxe, Tom apertou o botão do térreo. Era sempre ele que fazia isso.
- Bill você está bem? Está um pouco pálido e abatido! Tá tudo bem? – Questionou Gustav quebrando o silêncio constrangedor que havia dentro daquele pequeno quadrado. Como sempre ele era o mais observador de nós quatro e com esse comentário ele acabou por atrair a atenção dos demais que agora me olhavam como se eu realmente não fosse desse mundo.
- Hey! Acalmem-se! Está tudo bem, porque não haveria de estar? - Disse sorrindo torto, respondendo a pergunta dele.
- Conte-nos você. Há muito tempo não o vejo desse jeito. Você só está sorrindo por fora porque por dentro... - Retrucou Georg preocupado.
- Ok, já chega. - Respondi irritado - Eu não tenho nada! Vocês é que estão inventando tudo isso. Eu estou perfeitamente bem. - As palavras e o próprio tom que eu usei para pronunciá-las sairiam de forma ríspida e agressiva. Eu realmente era um tolo, a quem eu queria enganar? Talvez eu só conseguisse fazer isso comigo mesmo.
As portas logo se abriram nos livrando do cubículo abafado em que estávamos. Sai na frente cruzando rapidamente o luxuoso hall de entrada daquele hotel enquanto os outros me observavam sem entender nada e me seguiam vagarosamente. Jost estava nos esperando no estacionamento do fundo e não no subterrâneo, pois nós já tínhamos sido informados que muitos fãs e paparazzis já tinham invadido lá e estavam nos esperando. Eu ainda andava na frente enquanto os demais me seguiam, eles não falavam nada e eu não queria conversar sobre nenhum assunto. De longe vi Jost encostado no carro dele, um Audi Q7 prata. Caminhei rapidamente até ele e antes que Jost pudesse me dizer algo eu simplesmente o ignorei e entrei no carro. Endireitei-me no assento do carona, coloquei o cinto de segurança e fiquei calado. Antes que os demais entrassem no veiculo ouvi Jost dizer:
- O que houve com ele?
E de seguida a reposta do meu irmão:
- Não sei o que aconteceu com ele, só sei que não está bem e apesar de fazer muito esforço ele só consegue enganar ele mesmo. Eu sei que tem algo errado, só não sei ao certo o que.
Dito isso todos entraram no carro e se acomodaram, mas a partida ainda não foi dada. Enquanto eles conversavam e riam eu continuava pensando na minha vida. É incrível que mesmo que tenham pessoas ao seu lado, você ainda se sente sozinho. A solidão havia se acorrentado a mim e eu não sabia mais como fazer para tirar ela do meu lado.
A minha situação era extremamente deprimente e estressante, só eu poderia resolvê-la e sinceramente conversando a respeito dela só me fazia ficar pior, só me fazia entender o quanto eu estava sozinho e me fazia enxergar que na minha condição eu nunca conseguiria encontrar o que eu tanto almejava. Pelo menos não tão fácil como um dia eu imaginei.
A minha esperança está morrendo aos poucos e eu não sei se tenho forças para lutar. Exteriormente, estou perfeito. Interiormente estou quebrado, incompleto. E estando assim dificilmente vou conseguir abrir as portas do meu coração e de minha alma para alguém, mesmo sendo a pessoa pela qual eu estou esperando a vida toda.
Os demais ainda estavam conversando sobre algo que eu não entendia e nem estava interessado em ouvir, eu havia me desligado da realidade e de tudo que estava á minha volta. Dunja e mais alguns seguranças vinham também saindo do hotel, eles passaram por nós, falaram rapidamente algumas coisas e logo entraram no carro da frente.
Jost deu a partida e começou a segui-los. O silêncio reinava e eu estava cada vez mais perdido dentro de mim e não conseguia sequer me achar olhando para aquela linda paisagem de árvores e água através da janela do carro.
- Vamos animar isso aqui. – A voz de Tom me despertou e me fez encará-lo por meros segundos. Ele levou uma das mãos ao rádio do carro e colocou numa estação qualquer. Um rap muito chato, o qual eu odiava, começou a tocar. É, minha paz acabou. Escutar a música não era tão ruim, a pior parte era aturar a voz de Tom tentando cantar e os gestos dele numa tentativa falha de imitar um gangster.
Tomara que o dia de hoje passe num passe de mágica.
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O céu estava nublado e encardido, por conta da poluição as nuvens não eram tão brancas e o ar não era tão respirável e puro como era onde eu morava. O cenário era multicolor, já estava tarde e L.A. exibia toda sua graciosidade de luzes e cores. Embora aquela cidade fosse demais para mim. Culturas misturavam-se de forma incomum, havia tudo em todos os lugares e era demasiado exagerado. Enfim, jamais conseguiria me habituar num lugar como esse.
Los Angeles, cidade dos paparazzis e de famosos que gostavam de dar sopa e serem perseguidos por eles, depois tinham a maior cara de pau de processá-los sendo que a culpa era deles próprios. Ninguém mandava saírem bêbados por ai dirigindo em alta velocidade e de quebra serem parados pela polícia. Isso era um furo causado por eles próprios, os paparazzis só estavam fazendo seu trabalho, embora este seja algo repugnante e incômodo, mais não deixa de ser um trabalho que se ganha muito bem por ele.
Lá estava eu, de volta a uma gigantesca metrópole acompanhada de alguns seguranças e bem... Um noivo, meu noivo. Isso soa tão... Pateticamente idiota, tirando o fato de ser sem sentido. Não se pode ser noiva de alguém sem amá-lo, pena meus pais não concordarem com isso. E para me ajudar, o universo resolveu conspirar contra mim fazendo o tempo correr mais rápido do que deveria, sendo assim o dia tão desesperador estava chegando, faltava exatamente três meses, mas como o passar dos dias estava sendo assustadoramente rápido isso não ia tardar a chegar. Mesmo com tudo pronto eu ainda acharia um motivo que fizesse tudo isso ir ralo abaixo.
Nosso dia estava corrido, meu pai é dono de uma das maiores empresas italianas e eu vim no lugar dele para fechar alguns contratos referente á um novo carro projetado para não causar dano algum ao meio ambiente. Os EUA por ser um dos maiores emissores de poluentes e por ser uma das maiores economias mundiais foram os primeiros a aceitar o projeto, tal qual me trouxe a este inferno. Eu odeio cidade hiper movimentada que cheira a combustível e Mcdonalds.
Depois de cruzar várias ruas, se perder nas esquinas e errar as direitas e esquerdas, tirando o fato de estar uma hora e meia atrasada e para ajudar o carro parou do outro lado da avenida, nós finalmente chagamos ao prédio de vidro indicado por meu pai, onde seria a reunião e fechamento de contrato.
Como eu vim poucas vezes aqui, para ser sincera essa é minha segunda visita relâmpago a esta cidade exagerada, nunca me preocupei e nunca me importei com o sistema deles no quesito semáforo e faixa de pedestres.
Deixei os seguranças no carro e pedi para que eles nos esperassem, na verdade a minha intenção era de deixar até a múmia que veio a tira colo comigo ali também, mas como ele se recusou a ficar com os seguranças e estava a beira de um ataque que com certeza acabaria com os meus nervos e eu iria rodar a baiana tive que aturá-lo ao meu lado para irmos ao prédio.
Rodar a baiana é um termo figurativo muito usado no Brasil, sei disso porque eu nasci lá. Meus pais são de origem italiana, minha mãe nasceu em Milão e meu pai em Gênova e em uma das visitas que fizeram ao Brasil, país que os dois amam e admiram e que meu pai quer importar uma de suas filiais para lá, eu acabei sendo gerada e concebida no lindo país das mais belas mulheres.
Talvez tenha sido até isso que modificou minha genética, ou a influenciou, eu não sei ao certo. Não pareço com as tradicionais italianas, sou diferente e chamo muita atenção por onde passo. Essa é a parte ruim. Homens quando vêem uma garota bonita, diferente, e sozinha, sempre aparecem com cantadas patéticas para tentar chamar atenção. E realmente chamam, mas não na forma que querem. Geralmente eles se acham como o Don Juan ou então um caçador de olho na presa, mas na verdade não passam de palhaços.
Da última vez que eu recebi uma cantada foi de um senhor que tinha a idade de ser meu avô, tanto é que eu o mandei ir rezar, porque na idade dele não dá para fazer mais nada.
Estava pensando alto quando ouvi uma freada brusca, foi quando olhei na direção contrária e vi o corpo de meu “noivo” no chão do outro lado da avenida. Rapidamente corri até lá e gritei por ele, o vi se mexer e rapidamente para minha surpresa e todos os presentes ele se levantou de uma só vez, ficando de pé na minha frente.
Foi quando os ocupantes do lindo carro resolveram descer e mostrar suas faces. Quando eu vi o terceiro rapaz se aproximar de nós, não acreditei que pudesse ser ele.
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Então... Elogios? Críticas? Dúvidas? Aceitamos tudo, kk
Beijos, e até o próximo