Capítulo 57 – As Revelações parte – 2
POR FAVOR FIQUEM CALMAS! Já vou postar antes que alguém mais faça companhia para a Tati no hospital. Boa leitura, mas não recomendo esse capítulo pra quem tem coração fraco (tá vou parar de me achar)_____________________________________________________________________________________________
Bill largou as sacolas no chão e saiu correndo, meio cambaleando. Eu fui atrás. A porcaria do elevador demorou tempo suficiente para Hendrika aparecer na porta, ainda colocando a blusa.
Ele praticamente se jogou lá dentro, estava tremendo.
-Por favor, fica calmo! Por favor! - Morria de medo dele ter outro ataque cardíaco.
Quando o elevador chegou lá em baixo, coloquei um braço dele sobre os meus ombros. Mas a desgraçada da Hendrika já estava lá, junto com o cara.
-Saia de perto dele. - Eu vociferei.
-E quem é você para me dizer o que fazer? - como ela tinha coragem de dizer aquilo?
Bill se soltou de mim e foi até ela.
-Sabe quem você é? Sabe
o que você é? É uma doença. E estava me infectando, até agora. Graças a Deus não deu tempo de fazer o maior erro da minha vida: pedir você em casamento. Eu tenho nojo de mim mesmo por um dia ter te tocado! Nunca mais, NUNCA MAIS fale comigo, ou olhe para mim! - Ele pegou meu pulso e começou a me puxar para fora.
-Você não vai querer saber da verdade toda? - Ela disse em tom de provocação.
-Porque? Tem alguma coisa há mais que você não tenha me contado?
-É claro que sim. - Ela parecia uma víbora, que segragava veneno – Afinal, aposto que nunca soube o porque da sua fã número 1 ser manca!
-O que?! - A voz dele sumiu no ar. Eu comecei a entender tudo aquilo.
-É isso mesmo! A Glória teve um gravíssimo acidente de carro, mas é tão ruin, que não presta nem pra morrer! -Ele foi até ela, e cravou as unhas nos ombros dela.
-Do que você tá falando? Que acidente?!
-Sabe...nós estávamos começando a sair...um dia depois que ela quase morreu, nós estávamos em um restaurante e você foi no banheiro quando seu celular começou a tocar...
-Não...
-Era a Danny. Dizendo entre prantos que a Glórinha estava entre a vida e a morte em um hospital, e ela estava indo pro Canadá ficar ao lado da amiguinha!
-Você não fez isso, sua bruxa!
-Fiz, fiz sim. Ela disse que a talzinha era o amor da sua vida. Então eu disse que você retornaria. Lembra do que houve depois, amor?
-Sua desgraçada! Você...pediu pra usar meu celular!
-Aham...eu disse que tinha que fazer uma ligação, e tinha esquecido o meu! Fui lá fora, e retornei pra Danny, dizendo que assim que você ouviu o nome dela, tinha explodido de raiva! Que não dava a mínima se ela estava viva ou morta, e que proibia de alguém tocar no nome dela na sua presença.
-Sua vagabunda! Como você pode?!
-Pude, pude sim. Eu faço de tudo para conseguir o que eu quero. Mas se não fosse por esse serzinho aí, tudo teria dado certo!
Ele levantou uma das mãos para dar um tapa nela. Mas desisitu.
-Não...você não merece...nem isso.
Eu continuei a ajudá-lo. Assim que chegamos na calçada, Hendrika reapareceu.
-Espera aí Glória, eu ainda não terminei com você.
-Tem razão. - Deixei Bill e fui até ela.
Ela tentou dar outro soco na minha cara, mas desta vez, eu segurei o punho dela no ar, e trouxe o rosto dela pra perto de mim. Quem deu o soco fui eu, e um tão forte, que ela caiu para trás. Ficou lá, enxugando o sangue no canto da boca.
-Você é o pior monstro que pode existir. Porque se parece com seres humanos normais. É uma pena que não usou sua 'imagem' para o bem.
Eu coloquei Bill dentro do carro e dei a partida. Ainda pude vê-la, com o amante a levantando da calçada.
Não sabia o que fazer. Bill parecia ter um ataque há qualquer momento. Resolvi ligar para Tom.
Tom kaulitz, 20:36pm
Tom estava com uma mulher em casa. Ele já a conhecia, havia aparecido do nada, dizendo que estava com saudades. Ele tentou resisitir, mas seu ego falou mais alto. Enquanto se amassavam no sofá, seu celular tocou.
-Ah, desliga vai!
-Calma...tenho...que atender, é minha nutricionista.
-O que foi? Ela vai dizer que comer a essa hora não faz bem a saúde?
Ele ignorou a piada e se levantou.
-Fala logo, Glória.
-Tom! Pelo amor de Deus me ajuda!
-O, o que foi?
-É o Bill...
-Bill?! O que houve com ele, diz logo!
-Eu to levando ele pro hospital geral. Me encontra lá.
-Tá, tá ok.
Ele desligou o celular e começou a vestir o casaco.
-Ei, e eu?
-Olha, desculpa aí, mas...é o meu irmão.
-Vai me deixar aqui?
-É claro que não! Vai, some da minha frente.
A garota saiu do apartamento transtornada, xingando Tom de tudo quanto é nome.
Hospital Geral de Berlim, 21:00, Glória
Tom já estava lá na entrada, me esperando.
-Merda! O que houve? - Disse, me ajudando a carregá-lo.
-Primeiro a saúde dele, depois eu falo.
O médico o examinou. Me disse que eu havia feito a coisa certa. Ele foi internado para ficar em observação naquela noite. Tomava soro e calmante pelas veias. Tom já havia ligado para todo mundo, Georg, Gustav, Delana e David estavam à caminho. Eu contei tudo o que havia acontecido.
-Aquela...prostituta! Eu não acredito nisso, enganou todo mundo!
-Eu também ainda custo a acreditar.
-Como...ela pode? Não, eu me recuso a aceitar que exista alguém tão...insensível! Ela parece um pesadelo em vez de um ser humano!
-Tom, fala baixo, ele conseguiu dormir agora.
-Tem razão. -Ele foi até o irmão e pegou sua mão. Vi que ele lutava para não chorar.
-Tá tudo bem Tom, eu não conto para ninguém. - Ele desabou.
-É que...droga, nós já fomos um único espermatozóide! Ele...é o meu irmão, o único que me compreende no mundo!
-Eu sei, fica calmo...
-Se o pior tivesse acontecido...eu não ia conseguir viver.
-Não pensa assim...fica...feliz, porque o pesadelo finalmente acabou.
O pessoal chegou vinte minutos depois, e se surpreendeu ao ver Tom naquele estado. Mais ou menos às onze, Bill acordou, na hora em que a enfermeira e o medico trocavam o soro.
-Olá, senhor Kaulitz.
-Q, que? - A voz dele era um sussurro.
-Mano! Como você tá? A mãe não para de ligar, ela está vindo aqui!
-Não...eu...quero ir embora.
-Não Bill, é melhor você ficar aqui.
-Não Georg, eu quero ir!
-Calma, senhor Kaulitz, não se exalte.
-Eu estou melhor, doutor, não quero ficar aqui.
-Eu recomendo que fique na observação.
-Não...Tom, me leva pra sua casa, eu quero ir. Odeio hospitais.
-Posso levá-lo, doutor?
-Ele não está mais em estado de risco. Se ele receber alta, o senhor terá a responsabilidade.
-Eu assumo.
Tom ficou com Bill o tempo todo no quarto. Quando o relógio apontou duas horas, pedi pra que todo mundo fosse embora, não havia motivo para ficarem acordados até tão tarde. Me sentei no sofá, e tentei me distrair com a Tv. Tom apareceu logo depois, se sentando ao meu lado.
-Como ele está?
-Melhor...dormindo.
-Que bom.
-Glória...
-Que foi?
-Eu sei que não seria nada fácil para você ter que ir lá, mas...muito obrigada por ter ido. Não sei se ele ia suportar toda essa barra sozinho.
-Que isso, a vida é assim mesmo. Há males que vem para o bem.
Continuamos a conversar, mas logo caímos no sono.
06:04am
Acordei com torcicolo. A Televisão ainda estava ligada.
-Tom...acorda.
-Hmmmmmm, oi? A gente dormiu aqui?
-Sim. Vai lá ver como ele está.
-Tá.
Fui fazer um café. Enquanto o procurava, Tom apareceu gritando na cozinha.
-Glória!
-Que, que foi??!
-O Bill sumiu! As chaves do meu carro também!
Isso era a última coisa que eu podia esperar.