Capítulo 44 - Transilvânia parte 2
Fiz esse capítulo totalmente inspirada nas histórias deste lugar. Realmente tenho muita curiosidade de conhecê-lo, e vcs? Só não se deixem levar tanto pelo ar de mistério. Deixo uma foto de lá, pra que as ajudem a imaginar a rua onde fica o hotel. Boa leitura meninas, e desde já, obrigada pelos comentários!____________________________________________________________________________________________
00:16am, Glória
O dia de hoje, na verdade ontem, foi incrível. Depois da sessão de autógrafos eles fizeram uma sessão de fotos onde estavam vestidos de vampiros! É claro que nem preciso dizer qual deles ficou mais parecido, mas Natalie realmente merece palmas, o trabalho final ficou perfeito. E por mais que seja impossível, eles foram na festa, e levaram todo mundo do pessoal. Menos eu, que preferi ficar. É claro que estou cansada, mas o motivo real não é este. Quero evitar ao máximo ficar perto dele. Eu sei que ainda é Maio, mas eu vou suportar, eu preciso. Já devia estar dormindo, mas em vez disso fui para o terraço do hotel, deixando que o vento gelado espalhasse meu cabelo no ar. Estava vestindo um blusão preto e uma cinta roxa por cima, uma saia secretária preta e um Scarpin roxo. Teresa havia me mandado uns relatórios da empresa, mas simplesmente não consegui avaliá-los. Ultimamente, não existe nada que eu consiga me concentrar, a não ser as sensações que senti naquele dia que ele me beijou. Já me peguei pensando nisso várias vezes, me repreendo, mas não adianta. Não há cura para o que eu sinto.
Mas meus pensamentos foram quebrados quando senti meu pescoço sendo mordido!
-Aiiiiiiiiiii!
-Nossa, te machuquei?
-Bill!!!!!!! Isso é brincadeira que se faça? Ainda mais neste país! E seus dentes ainda são bem afiandinhos sim. - Ele riu de uma forma tão sincera...estava com uma maquiagem que acentuava ainda mais a beleza de seu olhar.
-Tá...desculpa, foi mal. Mas...eu consegui te assustar mesmo?
-Muito. Nem imaginaria que ia encontrar um vampiro essa noite.
-Você está na Transilvânia, isso sempre acontece. - A voz dele soou misteriosa. - Senta aqui um pouco.
Tinha algumas cadeiras de sol e uma piscina no terraço.
-Eaí, você não me falou como foram as suas férias.
-Que férias?
-As duas semanas que você passou no Canadá, oras!
-Uau, duas semanas são férias? Não lembro deste detalhe no contrato.
-Pra nós são. E se sinta grata mocinha, geralmente é três dias e olhe lá!
“Que estranho que ele está...age como...se não me conhecesse. Será esse o efeito que a Transilvânia tem sobre ele?”
-E a Cristine, como está aquela menina?
-Menina? Se ela tivesse te escutado dava um tapa na sua nuca! Ela já tem 22 Bill, cresceu bastante!
-Ah, então ela perdeu aquele ar de menina?
-Não, isso não. Mas agora está até de namorado!
Um barulho de algo caindo chamou nossa atenção. Quando eu vi o que era...na verdade, quem era: Tom estava escutando nossa conversa atrás da porta!
00:31am, Tom Kaulitz
Assim que entrou no hotel, com a alta música da boate ainda ecoando em seus ouvidos, Tom se perdeu do seu irmão. Queria falar com Bill, mas não o encontrava de jeito nenhum, e ninguém sabia onde teria ido. Acabou se lembrando que em alguns hotéis, Bill se refugiava no terraço, pra distrair a mente. Quando foi abrir a porta, escutou vozes. Logo identificou quem eram.
-...Cristine, como está aquela menina?
-Menina? Se ela tivesse te escutado dava um tapa na sua nuca! Ela já tem 22 Bill, cresceu bastante!
-Ah, então ela perdeu aquele ar de menina?
-Não, isso não. Mas agora está até de namorado!
Tom estava segurando na maçaneta, mas não esperava que aquela porta abrisse pra fora. Assim que ouviu a palavra “namorado”, fez mais pressão na maçaneta, que girou, e o jogou para fora.
Ele se levantou rapidamente, e limpou as roupas. Fez aquela cara de quem está “fora do ar”.
-Que? Que foi?
-Que foi você! Deu pra ficar escutando conversa atrás da porta, Tom?
-Vê se fica na sua Bill! Eu tava te procurando!
-E já me achou. O que você quer?
-Ah, deixa pra lá, depois eu falo.
-Ei, onde você vai?
-Eu sou o irmão mais velho. Posso ir a qualquer lugar sem dar satisfação. - Bill ficou calado. Sabia que quando Tom começava a jogar na cara dele que era o mais velho, não tinha jeito.
Mesmo sendo avisado, Tom resolveu ir para o movimentado bar que tinha do outro lado da rua. Pediu uma cerveja, debruçado no balcão. O bar-men ficou o olhando, como se o conheçesse. Tom nem ligou, já estava acostumado com isso. Começou a tomar largos goles para tentar esqueçer o que havia acabado de saber. Aquela maldita sensação de mal estar havia voltado.
“É claro, meu estômago tinha que se revirar ao pensar na pirralha”.
-Dá licença...você é Tom kaulitz?
Tom foi atraído imediatamente pela voz sensual que falou seu nome. Era uma mulher incrível: alta, com a pele clara, cabelos negros e longos com algumas ondas, e profundos olhos castanho-esverdeados. Os mesmos olhos de Cristine, só que não tinham aqueles cílios enormes de boneca que o encantaram um dia.
-E você é uma legítima vampira? - Ele imitou seu tom de voz. Ela riu, jogando a cabeça pra trás e depois o olhou. Tom achou que aquele olhar era o mais misterioso que já havia visto.
-Deixei tão na cara assim?
-Aham. Mas me diga: vampiras tomam cerveja? - Depois de duas garrafas e meia hora de conversa, ele a levou para o hotel.
Dia do show, 18:52pm, Glória
Dali a alguns minutos o show na Transilvânia começava. Os meninos estavam trancados no camarim, como faziam todos os shows meia hora antes de iniciarem. Eu fui até a entrada ver o público, confesso que me assustei, nunca tinha visto tantas pesoas de maquiagem carregada e de preto como eles. Se eu estivesse delirando, talvez diria que todos ali são vampiros mesmo.
-Prometo que não te mordo mais. - A voz de Bill na minha nuca me deu um frio na espinha. Me virei para vê-lo: ele era um vampiro escrito, estava até da capa preta de couro. E os lábios estavam meio avermelhados nos cantos.
-Você pode se misturar aqui e ninguém mais te acha. Ta incrível.
-Sabia que ia gostar. Só espero que eles gostem.
-Pode ter certeza que vão. Boa sorte no show.
-Danke.
Eles passaram por mim e começaram a fazer um dos shows mais delirantes que já haviam feito. Pareciam transmitir sentimento, força. Eu parecia hipnotizada ao ver aquilo. Agora sim eu entendia o porque de terem escolhido aquela profissão. Aquilo era de outro mundo. Nunca vou me esquecer da visita neste país. No final, eles ainda voltaram para a platéia. Bill jogou a toalha para o público, e os outros três jogaram garrafinhas de água quase vazias. Nem preciso dizer que as fãs se mataram para conseguir uma.
Depois rolou uma festa, e nesta tive que ir. Enquanto as luzes apagavam a acendiam, eu ficava cada vez mais nervosa naquele lugar, mesmo estando sentada entre os G´s. Bill estava de pé com Tom, perto da pista de dança, tomando alguma coisa. Parecia que ele sabia que eu o olhava. Isso é realmente estranho, mas não sei o que está me prendendo, que não deixa que eu desvie o olhar. Tomara que eu descubra. Porque é alguma coisa tão forte, que não permite que eu sinta medo, só me deixa olhar, e ficar a cada segundo mais impressionada com esse homem.