Capítulo 131 – Comet
Depois de eras sem postar essa fic, cá estou! Podem me chamar de burra, anta idiota... mas continuo amando-vos! Bem, como quiseram que mudássemos a fic, sinto dizer que restam uns 10 cap´s ou menos, ok? E como a Danny disse (estou em choque até agora) vocês vão gostar. Na foto, sou eu, gostosona, hohohoho. Boa leitura!______________________________________________________________________________________
Cristine
-Hum... aiaiai!
-Que foi desta vez? – Disse, enquanto terminava de passar o gloss.
-Boca vermelha demais! E já viu o tamanho e a largura deste corte do vestido?!
-Só um pouco de costas de fora, querida irmã – me virei – o que achou de minhas novas mechas de cobre e da franjinha?
-Deixe-me adivinhar: é como nos tempos de escola, foi você quem cortou e pintou o cabelo.
-Uau, você é boa!
-Imagina, só te conheço. Sem falar que nenhum cabeleireiro no mundo consegue cortar um cabelo e ainda deixar pontas duplas.
-Cínica!
-Sincera... – ri do seu humor seco e sarcástico, mas sabendo que ela morria de curiosidade para me perguntar.
-Vai, fala logo! Quer saber se vou me mudar, né?
-Tá, quero saber. Vai sair do Canadá definitivamente ou não?
-Vamos sair. Eu e Richard já estamos comprando nosso novo lar.
-Dinamarca mesmo?
-É. – Ela suspirou, e olhou para baixo – ei! Porque isso, não vai chorar, né?
-Não é que... nós nunca nos separamos na vida, Cristine.
Fui até ela, e fiz com que olhasse nos meus olhos.
-Mana, eu sei. Também não vai ser fácil pra mim. Mas eu tenho que seguir em frente. Tudo mudou agora, quero... construir uma nova vida, em um novo lugar, ao lado de Rick.
-É... tudo mudou muito mesmo.
-Fica feliz, ta? Hoje é a grande noite dos meninos, não vamos passar tensão pra eles, não é mesmo?
-É, tem razão, conversamos melhor depois. Eu já estou com dor de cabeça só de pensar nesse Comet! Nunca esteve tão concorrido...
-Eles vão ganhar.
-Você não pode ter certeza.
-Eu tenho sim! Seja otimista, vai dar tudo certo. Eles são os que mais merecem ganhar, com certeza!
-É, sei bem disso.
Sentamos-nos no sofá, olhando para o disco de Platina, que haviam pendurado bem ali, numa das salas do estúdio. Um filme passava em nossas cabeças.
-Que vida louca nós tivemos, não é?
-Graças a eles, e nossas insanidades próprias.
-Né! – Rimos. – mas foi bom. No final, tudo valeu a pena.
-Só Tom que não saiu feliz desta história.
-Mas com a consciência limpa – logo a lembrei – e isso tem grande valor pra ele.
-Contou pra ele que vai se mudar?
-Não preciso contar, Glória. Dói fazer isso, mas tenho que deixar Tom Kaulitz no passado, e tentar considerá-lo como amigo para o futuro.
-Boa sorte com isso, vai precisar.
-É, eu sei. – me levantei – vamos, ficar sentada amassa o vestido. E já dá pra ouvir os gritos de seu marido te chamando daqui de cima!
-Pensei que estivesse ficando louca!
-Mas está. Estar com um cara como o Bill é definitivamente estar louca!
-Danke pela parte que me toca!
Minutos antes...
Os 4 haviam se isolado na sala de gravação, tentando absorver de qualquer forma o nervosismo de estar ali, de tudo o que estava acontecendo. Gustav era o único animado, batia as baquetas freneticamente no braço do sofá.
-Tá, eu já entendi, você é bom, agora para com isso!
-Que foi, to te irritando, Tom?
-Uau, ele percebeu sem eu precisar desenhar!
-Veja se cala essa boca!
-Ok! – disse Goerg – eu não vou suportar mais essa maldita tensão, então vamos ao ponto: preciso falar com vocês.
Os três olharam para ele, esperando o óbvio.
-E-e... e-eu... pensei muito e... sinto muito caras, não tem mais como ficar. Eu preciso cuidar do que é prioridade pra mim agora.
Eles baixaram a cabeça, em silêncio. Bill teve coragem de falar primeiro:
-A gente já sabia, Gee.
-Já?
-Danny nos contou.
-Elaia, minha loirinha...
-Ei, não fique assim. Você está certo. Nós fazemos a mesma coisa desde que éramos crianças. O Tokio Hotel redefiniu nossas vidas, se tornou nossas vidas na verdade. Mas... não dá pra fazer só isso quando se tem 28 anos, dois filhos e uma esposa brava, não é? – Riram da brincadeira do vocalista.
-É...
-Bem, eu também. Não posso mais ficar. A Lana vai precisar cada vez mais de mim a partir de agora.
-Claro – disse Tom.
-É... demorou, mas aconteceu. Finalmente chegou o dia que tanto temi: o fim da banda.
-Não precisa ser assim também, né mais novo?!
-O Tom tem razão - Tom deixou-se cair da cadeira quando escutou Georg.
-Pera... você disse QUE EU TENHO RAZÃO EM ALGUMA COISA?!
-Guardei minha última frase de efeito pro momento certo.
-Oooo, eu te amo, “meu chapa”! – Tom tentou abraçá-lo.
-Que?! Sai fora rapaz, eu sou facão!
-Hahahaha – Bill e Gustav riram.
-Tá, entendemos mais velho. Mas eu também, quase tenho uma esposa. E não posso mais pedir pra Glória sair me acompanhando pelo mundo, isso é exigir demais da saúde dela.
-É. – Disse Georg.
-E você, Tom? O que vai fazer agora, casar?
-EU? Nem morto, batera 4 olhos! Vou realizar meu sonho agora, montar...
-...Uma casa de stripper que tenha o meu nome bem grande na fachada – os outros três disseram, juntos.
-Orra! Que bom que já estão sabendo! Na despedida de solteira faço pela metade do preço pra ti, little bro!
-Poxa, que legal da sua parte.
-Eu sempre sou legal – ele riu.
-Tá, mas... quando avisamos pro mundo e pras patroas? – Perguntou Georg.
-É melhor esperar a poeira baixar, eu acho. Lá pra Dezembro tudo vai estar mais calmo, depois do grande pedido de casamento do Bill!
-Nem me lembra, Gustav! Fico morto de nervosismo ao lembrar!
-Mas pelo amor de Deus, peça direito desta vez, pare de envergonhar o nome da família! – Bill mostrou a língua pro irmão – Criança!
-Sou mesmo! – Bill ficou no centro da sala, estendeu o braço, fechando em punho. Os outros três fizeram o mesmo, unindo as mãos.– Tokio Hotel uma vez, Tokio Hotel pra sempre.
-Isso foi a coisa mais gay que você disse em 26 anos! – Tom quase gritou.
-Você diz isso mais de 26 vezes por dia!
-Concordo, okok! Pra sempre.
-Sempre! – Disse Georg.
-Ever – completou Gustav.
Se olharam, não precisaram dizer nada para saber o que aquele momento significava.
-Quem chorar vai apanhar até virar homem – Tom ameaçou.
-Tá. Vou lá chamar as meninas... – Bill saiu, e só passou os dedos ao redor dos olhos quando estava fora da sala. Não quis mostrar a emoção que sentia.
Cristine
-Vaaamooooo!
-Já vai, Bill!
-O Comet não vai esperar, senhoras!
-Calado, Tom – disse Danny – meninas, eu vou descer antes que se matem.
-Vou também - disse Lana – vamos logo as duas, ta?
-A Glória já desce! – falei.
Minha irmã já havia trocado o brinco um milhão de vezes, tamborilava com as unhas no espelho, indecisa.
-Vai, sinceridade: o brinco azul ou o cinza?
-Pela milésima vez: AZUL! Seu vestido é cinza, mas é de detalhes azuis por tudo, usa esse!
-Será que B...
-Não interessa o que o Bill vai achar, no final das contas, você acaba sem roupa mesmo!
-Cristine!
-Ah, esqueci que estou falando com a santa da família...
Ela colocou os brincos, e respirou fundo.
-Vamos logo.
Claro, Tom fez gracinha ao vê-la descer, e Bill babava vertiginosamente, como se nunca a tivesse visto na vida.
-Mano... que cara de sorte tu é!
-Nem me fala...
-Shh – Glória o interrompeu.
Tom virou-se na minha direção, e logo colocou as duas mãos naquele lugar entre as pernas, e fingiu gemer.
-AIN! Calma aê amigão, agora eu sou um rapaz decente...
-Ora, vai se ferrar!
-Vai você! Porque está tão gostosa assim?
-Aff, Tom.
-Estou falando sério!
-Vamos logo, gente?
-Vamos! – Bill quase gritava, feliz como uma criança. Quando passei por Tom, o escutei fazer “uh” quando viu meu vestido quase totalmente aberto nas costas.
Ele fez questão de se sentar ao meu lado, e não disfarcei o quanto fiquei incomodada com isso. O surpreendi pelo menos duas vezes olhando pro decote.
-Não tem nada melhor pra ver não?
-Definitivamente não. – Olhei brava pra ele.
-Cresce!
-Já tenho quase 1,90, quer mais? – Bufei, e virei o rosto pra janela, tentando me cobrir com os braços. Ele se afastou um pouco, se ajeitando no banco. O olhei de canto, o piercing de seus lábios reluzia...
“Deixa quieto, garota”.
Para passar pela rua onde seria a premiação foi um sufoco, só deu pra sair dos carros pelo lado de trás, depois os meninos tiveram de voltar a pé para o tapete vermelho para dar entrevistas e tirar fotos. Dava pra ver na cara deles que não esperavam receber o prêmio.
Nos indicaram nosso lugar, tudo já estava lotado, dava pra ver as multidões no andar de baixo, tentando ficar o mais próximo possível dos palcos. Eles iriam abrir a premiação junto com o Cinema Bizarre, num mix de música das bandas. Ri ao pensar o quanto Tom estaria nervoso em ver Strify outra vez.
-É sempre tão lotado assim?! – Perguntei.
-Você ainda não viu nada! –Danny me gritou.
Foi quando anunciaram que ia começar. Eles ficaram no mesmo palco – o principal – mas cada um do seu lado, somente os vocalistas – um mais andrógino/brilhante/escandaloso que o outro – ficaram lado a lado.
-Aiii que inveja do Bill!!!!
-Mas fala sério, ele está muito mais lindo! – Glória o defendeu.
-Opa, claro!
Nós aplaudimos quando a música terminou.
Eles demoraram uns 20 minutos para reaparecer, já com outras roupas, cada um com uma latinha de Red Bull em mãos. E o pior do nervosismo ainda estava por vir.
-Parabéns meninos, foram ótimos!
-Sou velho mas dou pro gasto! – Gustav brincou.
-Toco melhor que o Yu e o Kyro, né?
-Uhum Tom, uhum...
-Tá sendo sincera mesmo?
-Claaro!
-Ham – ele estreitou os olhos, não acreditando.
Bill não parava de tremer a perna um único segundo. A cada minuto, a cada premiação, a tensão era maior. Jost falava a toda hora que tudo ia ficar bem, mas ninguém mais concordava – duas das bandas que estavam concorrendo já tinham ganho outros prêmios.
Para piorar, Perez Hilton faria as honras em apresentar o último prêmio da noite – melhor banda de todos os tempos. Parecia um deja-vu com o EMA de 2008. Eu travei minhas mãos ainda mais.
-... então, vai ser difícil de certas bandas que estão concorrendo ganhar...
-Bicha! – Tom gritou.
-...mas, o prêmio vai para – então, o sorriso dele se apagou, e ficou pálido.
-Tokiooo! – Gritei. Era certeza.
-Tokio Hotel – ele mal falou.
Eu nem sei quem eu abracei. Só sei que a felicidade na hora me deixou cega. Eu estava quase chorando de felicidade, e tudo o que eu conseguia dizer era parabéns, os aplausos choviam. Perez tentou se recusar a entregar o prêmio, entregando para a assistente do seu lado.
-Não, eu quero que você entregue – Bill disse no microfone. Ele cedeu, e entregou a contra-gosto. – Bom, pessoal... vocês não sabem o quanto este ano significou para cada um de nós... muito, muito obrigada mesmo a todos os nossos fãs, a toda a hospitalidade que recebemos em Tóquio, foi o melhor aniversário que passei, juro! Dedico ao próximo Schäfer, a cada pessoa que me faz sorrir no mundo. E a Glória. Amor, eu te amo pra sempre! Danke!
Assim como ele, Glória também chorava, não tinha como esconder as lágrimas. Eu fiquei séria por um momento, ao pensar que estava deixando toda aquela vida que tanto lutei para trás. Estava triste por isso, mas muito feliz por cada um de nós, e surpresa pelas nossas conquistas.
Mas mesmo assim, gostaria de ter me preparado melhor para aquela noite.
A noite que mudou as nossas vidas de uma forma crucial, eterna.
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Daqui por final: só emoções fortes!
E se quiserem saber, minha mana Susi vai ficar “twittando” pra avisar quando tem fic, se quiserem o twitter dela é SpiderSusi
Até a próxima Küss!p.s. fãs do TH em Curitiba, se liguem na dica
aqui! esperamos vocês lá!!