Obrigado meninas!
Mais um...
...............................Capítulo 2-A Chegada"The Good in her will be my sunflower field."
Eva-Nightwish. Fiquei olhando para a parede. Estava sem vontade de fazer nada. Geralmente, eu fico escrevendo algumas canções ou fico escrevendo. Em geral, coisas drásticas da minha vida ou ficções góticas. Assim eu gasto o meu tempo com coisas que eu gosto de fazer e que me distraem para longe da morte.
Só que hoje, eu não estava num bom dia. Estava precisando de algo para me distrair mesmo.
De repente, eu olho para a porta e começo a ouvir vozes e risadas. Uma voz era conhecida por mim. Só podia ser a Katy e seus amiguinhos.
Nós duas morávamos num apartamento aqui em Berlim. Era enorme. Tinha três quartos, não sei como é que eles vão se dividir para dormir, mas eu não estou nem ai.
Então a porta se abriu. Eu olhei para a Katy que veio sorridente em minha direção. Sorri discretamente para ela e lhe dei um forte abraço. Sempre fazia isso. Era uma forma de agradecer o que ela faz por mim. Mas o que ela faz merece bem mais do que um simples abraço.
Quando soltei dos braços dela me virei e dei de cara com dois rapazes. Dois belos rapazes.
Olhei confusa para eles e fui completamente retribuída.
-Meninos, essa é a Danna, minha amiga. -disse ela, me apresentando.
-Oi, Danna. -disse os dois, juntos.
-Oi. -respondi tímida.
-Danna, esse é o Tom e o Bill. -disse ela, me apresentando eles dois, que se pareciam muito. -Eles são irmãos, okay?
-Aham. -respondi tristinha.
Olhei para aquele que se chamava Bill. Ele tinha um olhar tão lindo. Tão profundo. Parecia ser aquele príncipe que eu sempre descrevia em minhas historias de amor gótico.
Maquiagem, cabelo comprido, alto, magro, roupas justas e de cores escuras.
O outro parecia ser mais simpático, mas criança. Gostei dele. Talvez ele conseguisse levantar meu astral.
Ele era mais diferente, até no estilo.
Boné, roupas largas, dreads.
Sorri discretamente e sai dali sem dizer mais nenhuma palavra. Todos me olharam até eu desaparecer no corredor.
Entrei no meu quarto e liguei meu notebook, tinha que anotar essa experiência.
Na sala, a Katy começou a se explicar.
-Meninos, não liguem para ela. Ela é sempre assim. Meio tímida e tristinha. Se quiserem falar com ela, só tomem cuidado para não ferir os sentimentos dela e não falem de pais. Eu já lhes contei a historia do porque que ela é assim.
-Aham. -respondeu o Bill, jogando as malas no chão, e olha que não eram poucas.
-Ah, vocês não importam de dividir o mesmo quarto, né?
-De jeito nenhum. -disse o Tom. -Eu prefiro dividir o quarto com esse palito ambulante do que ficar num hotel.
-Não vi graça. -resmungou o Bill, com raiva. -Sua medusa. -ele deu uma risadinha para si mesmo.
-Que?
-Dá para os dois pararem?
-Ele que começou. -disse o Bill, parecendo criança. O Tom mostrou a língua.
-Aha.
-Ai, vocês parecem dois bebezões. -disse ela, rindo indo preparar a comida. -Tom, você podia fazer um favor para mim?
-E o que seria?
-Você podia ir olhar a Dan. Ela está muito quietinha. Parece que hoje ela teve outro súbito de tristeza. O rostinho dela não estava bom.
-Okay. Eu vou.
-Ei, eu também quero. -disse o Bill.
-Então vão os dois. -disse ela.
-Me diz onde é o quarto dela?
-O segundo a direita.
-Okay.
Os dois seguiram até o meu quarto.
Aqueles dois eram completos estranhos para mim. Bill?Tom?Nomes comuns, de pessoas comuns.
Como eu já falei nada disso vai mudar a minha vida.
Sentei na minha cama e fiquei olhando para o teto. Antes de eu registrar esse momento no notebook, eu liguei o som, na Sensorium-Epica.
Fiquei cantarolando aquela música, quando em meio à voz bela e lírica da Simone¹,ouço batidas na porta. Batidas suaves, como a de uma pessoa muito cuidadosa.
-Entra. -gritei.
A porta se abriu e aqueles dois garotos apareceram. Um deles, o Bill, perguntou.
-Podemos entrar?
-Lógico. -respondi, me levantando já que tinha deitado na cama. -Fique a vontade. Só não liguem para a bagunça.
-Okay. -responderam os dois, entrando no quarto.
Eles se acomodaram nas duas poltronas que tinham ao lado da cama.
Meu quarto era simples. Um espaço de tamanho médio.
Parede branca, com aplicações pretas e “dark”. Uma cama de casal no centro do quarto. As duas poltronas do lado da cama. O closet. Uma escrivaninha com computador e notebook. Uma estante com meus bichinhos góticos e um televisor de plasma. Do outro lado da cama, o meu stereo e milhares de CDs.
-Então vocês são irmãos?-comentei para quebrar o gelo, que ali tinha se formado.
-Aham. Gêmeos. -respondeu o Tom, olhando as minhas pernas. Disfarçadamente, eu coloquei uma das almofadas da minha cama, sobre elas.
-Legal.
-E nos temos uma banda. -disse o Bill. Não sei por que eu sorri. A voz dele era tão de criança que me acalmou por completo. Ele sorriu como resposta.
-Banda de quê?-eu sabia, mas queria ver o que eles iam dizer.
-Rock. Basicamente, rock. -respondeu o Tom, interrompendo a minha conexão visual com o Bill.
-Uhm. Eu gosto de rock, mais precisamente Symphonic Metal.
-Tipo isso que tá tocando?
-É. Epica. Minha vida.
-Nossa. Mas você nunca ouviu a nossa banda não?
-Tokio Hotel, certo?
-Certo.
-Já. Mas meu estilo é symphonic metal mesmo.
-Uhm.
-Danna, remédio. -disse a Katy, entrando no quarto
-Já vou. -disse eu, quando ela saiu. -Licença meninos. Já volto.
-Tá bom. -respondeu o Tom.
Sai do quarto e fui até a cozinha, onde encontrei a Katy com um copo d’água na mão e um comprimido na outra mão.
-Eai o que está achando deles?-perguntou ela, após eu beber um pouco da água.
-Eles são legais. -respondi, sem prestar muita atenção nas palavras que ia escolher para respondê-la. Coloquei o copo na pia.
-Só legais?
-Só os conheço há dez minutos e você acha que eu vou amá-los?
-Não sei. O Bill é tão adorável. Você vai gostar dele. -disse ela, sarcástica.
-Eu sei. Ele é bonitinho. E aquele Tom, é meio tarado. Ficou olhando muito para as minhas pernas. -disse eu, prendendo meus cabelos num rabo-de-cavalo desarrumado.
-Uhm. É sinal que ele gostou de você.
-Até parece. -voltei para o quarto. Com passos suaves.
-É amiga. O destino te segue.
Entrei no quarto e lá estavam os dois. Sentei-me na cama e continuei a conversa.
Por volta das oito horas da noite, o jantar já estava pronto. Então a Katy gritou.
-Venham comer!
Todos nós fomos lá. Nós ajeitamos na mesa e conversamos mais.
Até agora eu estava me sentindo bem. Até esqueci-me dos meus ataques que tive hoje.
Simone¹. -Vocal do Epica. Simplesmente linda e talentosa.
É meio cômico esse capítulo.
Boa Noite. Beijo.
Anne.