Fórum Oficial do Tokio Hotel no Brasil - TH BRASIL OFICIAL FÓRUM |
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| Brinque Com Meu Coração | |
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+7Lady.Spooky Miilena Sara Kaulitz2 Patty Back Janaína C. Darling-J Susi Ficwhiter 11 participantes | |
Autor | Mensagem |
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Susi Ficwhiter Ao extremo
Número de Mensagens : 3815 Idade : 34 Localização : fazendo check-in Data de inscrição : 12/09/2008
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| Assunto: Re: Brinque Com Meu Coração Sáb Set 03, 2011 12:23 am | |
| bem vinda a FF Dada, aí vai mais um lieb's __________________________________________________________________________________ Cap 3. O Primeiro Beijo a Gente Nunca EsqueceSó para não perder o hábito, ficaríamos morando no mesmo hotel que o resto da equipe, a uns 5 minutos de carro e 10 a pé do local da gravação. Só nos levaram para o hotel no fim do dia e me dei por satisfeito com a construção: dezenas de chalés enfileirados, no melhor estilo alemão. Natalie ia ficar num dos chalés das garotas, e eu teria de dividir o meu com Tom e Ría, afinal tinha duas suítes. Até aí, problema nenhum. Só que os dois costumavam dormir lá pelas três da madrugada. Analisei as paredes - eram finas o bastante ara que eu ouvisse tudo. Foi um inferno. Por mais que eu enterrasse a cabeça no travesseiro (até quase desmaiar sem ar), os dois não pararam. Quando tive coragem para olhar o relógio, soltei um palavrão: eram duas e meia! Me levantei num pulo, peguei o primeiro casaco que vi, e fui para fora. A beleza da noite me pegou em cheio. Uma lua nova jogava seu brilho descarado sobre o céu limpo e as estrelas azuis. O ar estava frio, mas a paz era tão boa, que estava tentado a arrastar minha cama para fora e dormir ali. Sentei na varanda, tentando resistir a vontade incontrolável de cantar. Foda-se!, pensei. Eu sou músico, porra. Nosso primeiro single ainda não lançado tomou conta de tudo, do silêncio, da noite. Eu amava aquela composição. Falava de alguém que já por muito tempo, rodava o mundo para achar um coração como o seu. Cantei de olhos fechados, lembrando de cada nota musical da versão acústica. Abri os olhos, e a pequena notável estava lá. Sua franja, que já tomava conta dos olhos estava jogada na cara. Ela estava num chalé na frente do nosso, sentada no chão da varanda, como eu. Não conseguia identificar se ela me encarava. Estava com uma calça de moletom, e uma camisa sem mangas, com a estampa de um gato negro de olhos amarelos. Sem disfarçar, andei até o outro lado. Vi que ela fechou as duas mãos, como se estivesse preparada para dar o maior soco do mundo. - Calma! Não vou te bater. - Brinquei, jogando meu melhor sorriso. - Quem estaria encrencado nessa seria você. Não duvidei nada. Sem querer, encarei seus braços, ela devia dedicar umas boas horas numa academia. - Você puxa ferro? - Perguntei, encostando-me numa pilastra de madeira. Ela nem fez questão de levantar a cabeça para falar. - Boxe. E um pouco de defesa pessoal. - Nossa, porque? - Sou solteira, moro sozinha numa cidade violenta e vivo viajando. Ou é boxe ou porte ilegal de armas. Ri pelo nariz. Ela era daquelas pessoas bem irônica, que conseguia fazer piadas incríveis sem rir - o que deixava ainda mais engraçado. - Efeito jet-lag? - Ahá. É de tarde em casa. - Isso é terrível, né? - Mas você mora aqui. - É, mas... meu irmão... eles ainda não dormiram. Ela estalou a língua, e chutou uma nuvem de poeira. - Era o novo single? - Era. - Merda... - Não gostou? - É que... se eu soubesse, teria gravado e jogado na net. As meninas vão gostar. - E eu ia processar você. - Processa porra nenhuma, Kaulitz! - Pra alguém que tem a frase "eu te amo" em alemão tatuado no dedo, você é até bem violenta. Ela ergueu o braço e me mostrou o dedo médio. De um lado, estava escrito Ich Liebe Dich, mas do outro, Fuck U. Ri sem controle por uns bons segundos. - Você é uma comédia, sabia? - Não... não sou não. - Ela se levantou, e afastou a franja, olhando tão fundo nos meus olhos que cheguei a sentir medo - Você é só como os outros idiotas que acham que a palavra "palhaça" está escrita na minha testa. Agora deixa de ser imbecil por dois segundos e volta pra caminha, bebê. Com a minha boca indo no chão, ela girou os calcanhares, e bateu a porta na minha cara. --- Pelos dias e semanas que se seguiram, eu procurei dedicar toda a minha atenção e concentração no trabalho. Quando não estava na frente do computador fazendo cálculos de tensão, me encontrava com a equipe de eletricistas a alguns metros de altura. Meu trabalho não cruzava com os atores, no máximo eu via um ou dois deles na hora do almoço, quatro mesas afastadas da minha. De noite, eu ficava horas no beliche olhando pro teto, tentando entender o porque havia sido tão agressiva com Bill. Se eu tivesse encontrado ele uns dois anos antes, teria me comportado como uma fã histérica e donte mental. É. A tragédia seria maior. Eu não me conhecia bem, mas sabia o bastante para reconhecer os sintomas. Era sempre assim: quando eu conhecia alguém novo, me fechava feito uma ostra. Se a pessoa fosse louca o bastante, ou não suportasse a curiosidade, ia labutar meses ou anos a fio para poder dizer ao mundo que me conhecia. Eu conhecia o bastante do "bicho Kaulitz", mas vê-los todos os dias era diferente de vê-los todos os dias no desktop do pc ou hackear uma informação nova. Se eu não tivesse assinado o contrato de sigilo... Eu até poderia ir até ele e pedir desculpas. Mas eu era como um bambu - envergo, mas não quebro. Não daria essa vitória a ele, jamais! Até que ele foi um tantinho mais esperto. Eram cinco da manhã quando cheguei, e as primeiras cenas do dia já estavam sendo gravadas. Minha minúscula mesa de trabalho atravessada num canto da edição estava abarrotada de papeis que escondiam o monitor 20 polegas do pc. Em cima da pilha de papel, uma caixa de bombons. Mas não eram chocolates simples, eram legítimas preciosidades suíças! Os maravilhosos chocolates Lindt. Ainda em choque, puxei o cartão que estava fixado junto ao laço de fita dourado. Letras de médico apareceram: Para a pequena notável Um passarinho me contou que você não resiste a chocolates Então, deve ser um bom artifício para te pedir desculpas, né? Se não for, faça como seu dedo do meio: foda-se, Bill, eu te amo! (opa, desconsidero a segunda parte?) Do seu vocalista favorito =D O sangue fugiu do meu rosto, e depois voltou com uma força tremenda. Me sentei na cadeira, escondendo o rosto nas mãos. Que merda. Era exatamente aquilo que significava a tattoo. Nunca tinha falado do significado para ninguém, e ele - justo ele! - tinha adivinhado, mesmo sem saber. Escondi a caixa no fundo da minha mochila, engoli a droga do choro, e passei o dia consertando soldas, pendurada a 35 metros do chão. --- Não fazia ideia se meu plano para pedir desculpas tinha dado certo. Ora, eu tinha sido irônico como ela, não ia doer tanto assim rir! Fazia um mês que estávamos ali, e a grande maioria do pessoal tinha ido à cidade encher a cara. Eu aproveitei a oportunidade para ter mais umas horas de sono. Até que reparei movimentação no chalé da frente. Ela tinha dado um jeito na raiz escura do cabelo - estava tão branco quanto a neve agora, sem as mechas azuis. O cabelo balançava conforme o vento. Ela usava os tradicionais jeans surrados, botas de couro caramelo de cano alto, e uma blusa de tricô marrom com gola alta. Vi um colar brilhando, daqueles de duas placas, como os que os soldados usam. Ela usava um tablet, e o brilho da tela iluminava seu rosto. Sair ou não sair? Respirei fundo, arranjando coragem não sei de onde, e saí. Logo, abracei a mim mesmo, o vento era cortante. Ela digitava no tablet como se tivesse mergulhada na história. Reparei em suas mãos e dedos muito finos, pareciam mãos de fada dançando na tela. - Fala - ela disse, chamando mina atenção. Pigarreei. - Recebeu meu presente? - Sim - a voz dela vacilou completamente. Ela desligou o tablet e o guardou na capa, colocando ao seu lado. Olhava as próprias unhas. - Gostou? - Não sei, ainda não comi. São muito bonitos para serem danificados pelos dentes. - O que aconteceu? - Disse, me abaixando na frente dela. - Hã? - Ela se afastou quando tentei tocá-la. - Você é estranha... - Não gosto de contato físico. - Que?! - Disse, rindo. A graça acabou quando vi seus olhos claros ficando cada vez mais assustados. - Bill... - Fale. Ela engoliu saliva. - Vá embora. Por favor. Fiquei mudo. Ela estava literalmente paralisada por medo, e não conseguia desviar o olhar. Nem mesmo piscava, deixando os olhos vermelhos, vidrados, marejados. Me levantei lentamente, mas parei quando vi que ela tinha dificuldades para respirar. - Hei, Susi! Não me deixa assustado! SUSI! Ela não respondia. Estava completamente alheia de tudo. A tomei nos braços, levando para dentro. O que eu poderia fazer? A mochila! Despejei todo o conteúdo no tapete, até encontrar um frasco de vidro laranja. Comprimidos para ela. Dois de dia, dois à noite em baixo da língua, segundo a bula. Coloquei dois comprimidos em baixo da língua dela, e a ajudei a tomar um copo d'água. Aos poucos, ela readquiriu a cor, voltando a respirar normalmente. Quando toquei seu rosto, ela ainda estava gelada. - Caralho! O que foi isso, porra?! - Esqueci de tomar o remédio na hora certa... valeu... - Você estava roxa. - É o que acontece quando o coração para de bater. - Aaaahhhnnn... e porque isso aconteceu? Ela girou os olhos. - É uma história longa. - Tô louco pra ouvir. - Você me deu dois comprimidos de A.S. Eu dependo deles pra viver. - Isso é pro coração. - Gênio! - Ela riu, e terminou a água. - É remédio pra velho. - E para doentes crônicos cardíacos. E eu sou mais nova que você. - Tem que tomar sempre? - Principalmente quando a emoção fica muito forte. - Emoção? - É. - Ela levantou, ficando na minha frente. - Su... - Eu não vou morrer, seu idiota. Prometo. Ela entrelaçou as mãos na minha nuca, me forçando a baixar a cabeça. Fora o remédio, a boca dela tinha gosto de café e bala de menta. Eu adorei isso. ______________________________________________________________________________ seeu tarado, isso é assédio contra uma colega de trabalho! | |
| | | DaDa Kaulitz Big Fã
Número de Mensagens : 378 Idade : 26 Localização : In der Nähe des Ende der Welt (y' Data de inscrição : 08/07/2010
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| Assunto: Re: Brinque Com Meu Coração Sáb Set 03, 2011 9:11 pm | |
| Amei ficou muito legal...Continua | |
| | | Sara Kaulitz2 Mega Fã
Número de Mensagens : 1172 Idade : 27 Localização : Humanoid City Data de inscrição : 22/05/2011
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| Assunto: Re: Brinque Com Meu Coração Sáb Set 03, 2011 10:35 pm | |
| Nossa, o Bill é mesmo um Gênio, adivinhou o significado da tattoo ! :} hehe Gostei, gostei! *--* Continua, | |
| | | Patty Back Admin
Número de Mensagens : 4279 Idade : 30 Localização : Curitiba Data de inscrição : 24/10/2008
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| Assunto: Re: Brinque Com Meu Coração Qua Set 07, 2011 12:49 am | |
| que povo estranho...... e a reconciliação deles foi tão estranha quanto eles O____O UHAEUAHEUHAEUAHE pelo menos o beijo rolou! isso ai......... tão no caminho! UHAEUHAEUHAUEH | |
| | | Janaína C. Ao extremo
Número de Mensagens : 4297 Idade : 30 Data de inscrição : 26/11/2008
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| Assunto: Re: Brinque Com Meu Coração Qua Set 07, 2011 7:39 pm | |
| - Patty Back escreveu:
- que povo estranho...... e a reconciliação deles foi tão estranha quanto eles O____O
Patty Back aparecendo das cinzas pra ler minha mente ♥ | |
| | | Susi Ficwhiter Ao extremo
Número de Mensagens : 3815 Idade : 34 Localização : fazendo check-in Data de inscrição : 12/09/2008
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| Assunto: Re: Brinque Com Meu Coração Qua Set 07, 2011 9:46 pm | |
| - Janaah. escreveu:
- Patty Back escreveu:
- que povo estranho...... e a reconciliação deles foi tão estranha quanto eles O____O
Patty Back aparecendo das cinzas pra ler minha mente ♥ meu amor por ti aumentou 1000000000000% depois dessa gêmea, haha! Bem no ponto, a estranhice ________________________________________________________________________________________________________ Cap.4 - Relacionamento de Mentirinha Pelo resto da semana seguinte, não nos falamos. Eu comi cada bombom revivendo aquela loucura. Deus, eu quase tinha morrido! Se ele não tivesse sido rápido o bastante... enfim, reprimia a parte ruim, me lembrando do piercing gelado da boca ficando quente, do metal na língua, na forma engraçada da barba fazendo cócegas, do gosto de nicotina e cafeína - altamente viciante. Eu não gostava de trabalhar daquele jeito, sem concentração... NÃO! Caramba, isso era se comportar como uma fã idiota! Desencana, foi só um beijo... - Oi - dei um pulo ao sentir a cutucada no ombro. Quase engoli a boca para não rir. - O que é engraçado? - Nada não, é que... se tivesse se vestido assim na Humanoid City Tour seria um escândalo... - Né! A roupa futurística de um gênio do mau era peculiarmente curiosa, mas se tratando de um Kaulitz... - Que foi? - É que... eu queria saber se não estiver ocupada tentando morrer por acidente... se não... queria sair comigo. - Iria vestido assim? - Seria a realização de uma fantasia? - Porra, nem que eu fosse Transformista! Caímos na risada, até perceber que umas 10 pessoas nos espiavam. - Susi. - Bill... tá, fala. - Seria muito importante pra mim. Me aproximei dele. - Se é tão importante, vai ser sincero comigo. - Tá. - Quer que eu acabe na sua cama no fim do encontro? - Possívelmente. - Então vá se catar. E procure a Chérrie, assistente de figurino. Segundo o comentário que rola no banheiro feminio, ela tá doidinha pra medir seu comprimento. - Falou. Vou ver se ela está disponível. Quando ele saiu, senti meu rosto pegando fogo. Corri para o banheiro, e me trancando numa cabine chorei até perder o fôlego. --- Havia acabado de gravar 14 horas seguidas, e depois de um banho quente para baixar a tensão, caí na cama. Estava cansado, mas não conseguia pregar o olho. Porque eu tinha sido tão idiota? Era uma provocação clara, e no fim, tinha certeza que a havia ofendido o bastante. Mas porque, como eu conseguia ser tão idiota com ela? Um chute na porta do chalé da frente me fez sair da cama. Susi caminhava tropeçando em si mesma, com uma garrafa de champange na mão. Não ia dar certo. A segui, até que ela não suportasse andar, sentando no chão de pedra do estacionamento. Ela tinha borrado o lápis preto do olho com lágrimas pesadas que escorriam em sua face. Me odiei completamente, e tentei arrancar a garrafa de sua mão. - Me deixa! - Pare com isso. Tomou seu remédio? - Aham, com uma bela dose de uísque. - Tá querendo se matar? - Quer parar de gritar? Como seus movimentos estavam lerdos, tirei a garrafa de seu alcançe, e a quebrei no meio-fio. O cheiro adocicado e borbulhante pairou no ar. - Eu te odeio. - Eu sei. - E olhe que quando eu tinha 18 anos, era apaixonada por você. - Mesmo? - É. Eu sonhava com você todos os dias. Escrevia fanfics, colecionava revistas, tenho todos os seus CD's... minha adolescência foi Tokio Hotel. - Se arrepende? - Não - lágrimas continuavam a rolar - nem por um segundo. - O que mudou, afinal? - Eu percebi o quanto você era impossível. Somos de planetas diferentes, mas eu já... tinha colocado você fundo o bastante no coração, então - ela fungou - resolvi me desligar de tudo relacionado a vocês. Pra que eu me machucasse menos. Então, a porra do universo conspirou contra mim, e eu tô aqui agora, longe de casa, bêbada, chorando num estacionamento frio do lado de alguém que eu jurei amar pra sempre...! Ela ameçou desabar, e eu deixei que ela encostasse o corpo contra o meu. - Você nasceu com esse problema no coração? - É, genético. Antes era bem pior, agora eu já controlei. Se não fosse por isso, teria sido do exército. - Mesmo? - Engenheira naval. Tenho meus contatos, mas alguém com meu problema não consegue nem ser analista... então me joguei na engenharia elétrica, trabalho numa multinacional, vivo viajando... tenha casa em dois lugares do mundo. - Onde? - Numa cidade chamada Curitiba no Brasil, e em Nice, do lado francês. - Quando não está perdendo tempo nestes filmes chatos, você deve ser o máximo, não é? - Eu tento... ahrg, tá tudo rodando... - Sinto muito. - Pela ressaca? - Não, por te tratar como uma qualquer. - Dá nada. Eu também peço desculpas... - Tá bem. - Mas se quiser me levar pra cama agora, eu estou bem receptiva. Dei uma risada nervosa. Ela ergeu o braço, massageando minha nuca. - Quer que eu te leve pro seu quarto? - Quero. Antes que você fique pior e me ataque aqui mesmo. - Posso perguntar uma última coisa, antes que volte a ficar sóbria? - Claaro! - Você sente atração por mim? - Puto desgraçado... - Ah, qual é! Só curiosidade mesmo. - Não faça perguntas que você já sabe a resposta. - Então posso considerar que sim? - Pode, pode Bill. Eu fico gamada em caras que usam calça leggie pra deixar a potência bem à mostra. Gostou da droga da resposta? Abafei o riso, enquanto a ajudava a se levantar. --- Acordei às 10 da manhã, num susto. Quando levantei a cabeça, o quarto girou violentamente, e tive de me agarrar na cama para não cair. Depois, quando senti firmeza o bastante, tomei uma ducha gelada pra acordar, um comprimido pra dor de cabeça, vesti roupas quentes, óculos escuros desnecessários e saí desesperada em busca de café. Ainda bem que era domingo. Pedi um expresso triplo com creme e açúcar, meia dúzia de bolinhos, e quando me virei para procurar uma mesa, lá estavam os Kaulitz e a primeira-dama eleita de Tom. Respirei fundo, e fui me sentar. - Bom dia. - Minha voz estava seca. - E aí? - Tom disse, me cutucando. Ô costume detestável. - Está tudo girando. - Normal depois de tanta bebida. - Hei, eu e as meninas vamos fazer compras no centro depois, quer ir junto? Tá, eu não seria indelicada o bastante para dizer não para Ría, e todas as mulheres amam esse ritual do capitalismo, mas era uma coisa que eu evitava o máximo se pudesse, encomendava roupas pela internet. - Pode ser. - Você deixa, Bill? - Como é que é?! - eu e Bill dissemos juntos. - Ué, vocês não estão de rolo? Trocamos um ohar rápido. - Não - disse. - Sim - ele respondeu, ao mesmo tempo. - Estão ou não? - Tom perguntou, rindo. - Bem, eu gostaria de trocar uma palavrinha com você, pode? - Ahá - nos levantamos da mesa, indo perto do banheiro - que merda de história é essa de sim?! - Calma, relaxa. - Eu detesto que me falem isso. - Eu gostaria de propor um pequeno acordo... porque está me olhando assim? - Nada, só analisando que lado do rosto vou arrebentar primeiro. - Quer me ouvir, só um minutinho? - Fale! - Ok, vamos fazer o seguinte: eu autorizo você a mexer com a minha vida nos próximos meses, a gente brinca de namorado, tá? - E o que EU ganho com isso? - Realizo seu maior sonho dos tempos de fã! Que tal? Analisei bem cada traço daquele rosto, e vasculhei seus olhos castanhos em busca de algum sinal de mentira. Ele estava sendo absolutamente sincero. Porra, ele tava desesperado! Não tínhamos muitas diferenças neste aspecto. - Pode até ser. Mas se eu achar que você está exagerando em passar essa mão boba em mim, eu juro que arrebento sua cara. Fiquei satisfeita ao ver que ele perdia a cor com minha ameaça. - E quando eu começo? - Indo passear com sua cunhada mais tarde. - Não me faça ficar arrependida. - Aliás, nós vamos para Hamburgo no fim do mês que vem. - Ah... é?! - Aham, e você vai conhecer a mamis. - A mam... A SIMONE?! - Conhece outra? - Bill, você bebeu, cheirou ou o que?! - E qual é o problema? - Ela é a SUA MÃE! A santa Sisi em que não devemos conhecer. - Hã? - Tem haver com o código de conduta. É honra demais! - Mas você é minha namorada enquanto estivermos gravando, e não mostro uma namorada desde os 14. Vai ser a pausa nas gravações pra gente lançar o CD de 5 faixas. Você fica na casa da mamis até eu voltar da mini-tour. - Cara, não é impressão. Você deve ter planejado tudo isso no momento que me viu. - Não posso dizer que não. --- Boa parte do filme já estava filmada e em edição quando o carro da Universal veio nos buscar. Era o primeiro dia do inverno, e a manhã estava fria e chuvosa, e se continuasse daquele jeito a neve viria no fim da semana. Susi estava com um humor de enterro (ela me avisou de antemão que ficava assim nos dias gelados), tinha colado a cara no vidro da janela, de queixo trincado. - Heei! Cadê meu sorriso favorito? - Quer que eu pegue um espelho? Tom, Natalie e Ría morreram de rir no banco da frente. - Hmmm, você não está sendo boazinha. - Reclame com a gerência. - Susiie! - Eu a puxei de modo que ficássemos tão colados como um só corpo. - Mas eu te amo. - Eeei, nada de sexo dentro desse carro! - Cala a boca, Tom! - Dissemos juntos. Ele se referia a um incidente quatro dias antes. Nós estávamos um tanto altos, e voltamos mais cedo do restaurante do hotel. Eu prometi que deixaria ela em seu chalé, mas quando notei, a tinha colocado no meu. Bastou um toque diferente para que caíssemos na cama. Infelizmente nada passou de uns pegas. Tom tinha um costume excelente de chegar nas horas mais inapropriadas. Agora, ele ficava me zuando, mas devo dizer que está até se comportando. Também, depois do soco que levou na boca do estômago quando irritou Susi o bastante... A cada dia que passamos juntos, eu via em que merda havia me metido. Aquilo ia acabar no fim das gravações, quando seguíssemos nossas vidas. Mas conforme os dias foram passando, eu acabei me ligando aquela baixinha teimosa. Às vezes, a gente passava noites interiras acordados, embrulhados num cobertor, vendo e identificando as estrelas, ou apenas em silêncio, aproveitando a presença um do outro. Tinha vezes que eu lia o desejo em seus olhos, mas ela também tinha medo de ficar ligada demais. Ela deitou a cabeça no meu peito, e segurou minha mão com força. Eu a abracei ainda mais, não queria perder um segundo junto dela. - A gente vai direto pro estúdio? - É, estamos usando o apartamento de lá. - Oh, cara! Sempre quis conhecer aquele local mítico. - Ah, é o que você viu no Zimmer. Ela realmente parecia ter 14 anos quando chegamos. Susi quis ver cada canto, saber pra que servia cada coisa, abriu cada porta que encontrou. No estúdio de gravação, seus olhos brilhavam diante dos controles de mixagem. - Então, é aqui que a mágica acontece. - Exato. Ela se virou, ja surpresa. - Gustav! Nhaaa! Eu reprimi a gargalhada. Ela se pendurou no pescoço dele, bagunçando seu cabelo, dizendo o quanto era fã, e que ele era o melhor ursinho alemão, blábláblá... Tá bom, eu admito. Senti ciúmes. Nunca havia me sentido tão infantil, mas ao ver ela assim, tão espontânea... eu tinha lutado por semanas até lhe arrancar um sorriso bobo, e com Gustav foi tão fácil... Ela se comportou ao falar com Georg (claro, falou primeiro com a namorada, braavaaa), e segundo ela, teve a honra de nos ver tocar dentro da cabine. Eu não podia vê-la, mas nem era preciso. Tinha certeza que ela nem mesmo piscava, com a boca entreaberta, como se tivesse presa num encanto. Queria ter passado o resto do dia com ela. Mas tínhamos as chatas reuniões com a gravadora, em dois dias apresentaríamos ao mundo o novo trabalho. Então, quando finalmente todos foram embora, e eu subi para o ap, eram meia noite e vinte. A encontrei dormindo no sofá, uma reprise da segunda temporada de The Big Bang Theory passava, com a legenda em inglês ativada. --- - Hei, bebê... - Hmmm... - Você tá dormindo no sofá. Abri os olhos me irritando com a luz acesa, vendo Bill curtir com a minha cara. - Só chegou agora? - Disse, me sentando. - Às vezes eu trabalho! - Uau, já tava duvidando... - Gosta do Sheldon? - Course! Ele é um gatchenho! - Aaahhhnnn, então por isso que se agarrou com o Gustav. - Isso é um ataque de CIÚMES?! - WAS?! Never! - Non creio! Bill Kaulitz com ciúme de mim! - Foi só um comentário. - Ahã, ahã, senta lá, Bill! Admite. - Não. - Mas que feio, tá morrendo de ciúmes e não vai... - Tá! - Ele praticamente gritou, segurando minhas mãos. - Foi infantil? Foi. Tô com ciúmes? Tô morrendo de ciúmes, e não, não quero você agarrada em outro cara que não seja eu, Ok?! Fiquei sem ação. Não era pra ser brincadeira? Mas e aquele ataque... autêntico. Seu rosto ficou triste. Ele soltou minhas mãos e correu para o quarto. Minutos depois, eu escutava seus soluços sendo abafados no travesseiro. Só pelas duas da manhã tive coragem de abrir a porta do quarto. Bill estava deplorável, agarrado no travesseiro, as lágrimas ainda secavam em seus olhos vermelhos. Toquei em seu rosto com as costas da mão direita, ele uniu nossas mãos, suas unhas sendo cravadas em mim. - Desculpe. Foi um ataque bobo - ele fungou o nariz duas vezes. - Billie, é... acho que isso já está passando dos limites. Nós dois estamos brincando com coisas muito sérias, e isso só vai nos machucar no fim. - Você quer terminar? A palavra não ecoou em mim. Fiquei sem chão. Maldita seja a hora em que aceitei colocar os pés neste país! Eu jurei que não iria tão longe nessa loucura de ser fã, e agora tudo... - Posso te dizer uma coisa de mentirinha? - Ele quebrou meus pensamentos. - Pode. - Eu amo você. Ele me puxou para junto de si, e ficamos acordados o resto da madrugada, abraçados, com medo de sentir aquilo que o mundo chamava de amor. --- Me certifiquei que ela estivesse realmente dormindo para levantar. Lavei o rosto, preparei o café da manhã, e espalhei os cachorros pela sala. Susi saiu do quarto uma hora depois, e foi logo se embolar com os cães no tapete. Meus bebês geralmente eram tão desconfiados com humanos novos quanto eu, mas ela tinha falado a verdade sobre seu dom de encantar cachorros. A fiquei esperando na cozinha, ela foi direto no álcool em gel e se limpou das lambidas. - Bom dia, morzinho. - Bom dia, lindinho! - Ela me deu um beijo estalado e foi encher a caneca de café. Deus. Eu podia me ver naquela mesma cena pelo resto dos dias da minha vida. - E aí? - Ela perguntou, me olhando de soslaio - onde a gente vai hoje? - Well, é nosso último dias juntos antes do lançamento, e vou te levar pra mamãe à noite... pensei em ficarmos em casa eeeeee.... - Eeee bancar uma de Tom, Bill? - Posso ser bem sincero, mas beeem sincero mesmo? Ela se debruçou na bancada, escondendo os olhos atrás da franja. - Ahã. - Eu também tenho um pinto, não preciso bancar o Tom, OK?! Ela se engasgou com o café de tanto que riu. Não aguentei e ri também. - Porrr... pensei que vocês compartilhassem tudo, muahahahahaaa! - Idiota, quer ver?! - Porque estamos falando de um assunto tão... supostamente comprido pela manhã? - Sobre o que quer falar, então? - Na verdade nada, eu quero é comer, tô morta de fome. Tomamos o café totalmente envergonhados. Que raio de assunto pra falar pela manhã! Então, a pior/melhor coisa a acontecer, aconteceu. Susi entrou no quarto para trocar o pijama. Eu enrolei uns dois minutos até ir lá. O quarto estava totalmente escuro, a não ser pela luz vinda da porta do banheiro. Estava entreaberta. Ela ficou parada quando viu meu reflexo no espelho. Ficamos nos ohando uma eternidade, eu sentindo o coração saltar pela garganta, ela usando uma lingerie cinza com riscos de grafite, esperando eu agir. Vai, idiota, vai! Se mexe! E quem disse que eu conseguia? Enfim, ela riu sem graça, descobrindo um olho da franja. - O que está olhando? Também me pergunto. - Você. - Posso comentar uma coisa só de mentirinha? - Aham... - Você não quer só ficar olhando. Reunindo coragem de todos os cantos, entrei no banheiro. Afastei seu cabelo do lado direito e mordi sua orelha, a sentindo estremecer. - Uuu, o alemão e seus golpes baixos. - Dá um desconto. Faz ideia de quanto tempo isso não acontece entre mim e uma mulher? - Comigo nunca aconteceu! - Hahaha, fico feliz em saber que nunca rolou com uma mulher! - Não, Bill. Nunca aconteceu. A soltei, dando dois passos pra trás. Ela me olhou intrigada. - Qual é?! - Você quer dizer que nunca... - O que? Sou algum tipo de aberração por isso? Só porque todo mundo faz eu tenho que fazer também? Engoli em seco, não suportando seu olhar. Saí do banheiro me arrependendo até o último de ter entrado. | |
| | | Sara Kaulitz2 Mega Fã
Número de Mensagens : 1172 Idade : 27 Localização : Humanoid City Data de inscrição : 22/05/2011
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| Assunto: Re: Brinque Com Meu Coração Dom Set 11, 2011 9:02 pm | |
| - Citação :
- Eu fico gamada em caras que usam calça leggie pra deixar a potência bem à mostra. Gostou da droga da resposta?
Ah eu admito, eu ri nessa parte! :') Susi e Bill namorando!....tomara que fique sério com o passar dos tempos Hohoo Bill tendo ciumes, que boniitinho :") Ixii, to ate curiosa pro próximo capítulo Contiiinua liebe | |
| | | Patty Back Admin
Número de Mensagens : 4279 Idade : 30 Localização : Curitiba Data de inscrição : 24/10/2008
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| Assunto: Re: Brinque Com Meu Coração Seg Set 12, 2011 12:28 am | |
| o que eu aprendi com esse capítulo?
- chocolate te faz lembrar o bill
- nunca fique bêbada. segredos escapam quando se está sob efeito de bebidas.
- tom é um chato cutucador
- bill kaultz gosta de joguinhos
- susi tem um lado fã histérica reprimido dentro de si UAEUAHEUHAE
- tia simone é intocável
dicas importantes para quem saber usá-las, HAHAHAHHA | |
| | | Susi Ficwhiter Ao extremo
Número de Mensagens : 3815 Idade : 34 Localização : fazendo check-in Data de inscrição : 12/09/2008
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| Assunto: Re: Brinque Com Meu Coração Qua Set 21, 2011 12:36 am | |
| - Patty Back escreveu:
- o que eu aprendi com esse capítulo?
- susi tem um lado fã histérica reprimido dentro de si UAEUAHEUHAE
- tia simone é intocável
dicas importantes para quem saber usá-las, HAHAHAHHA partes que eu... talvez concorde. E para a saúde dos seus ouvidos, você não curtiu o show do meu lado u.u __________________________________________________________________________________________________________ Cap. 6 - E O Vampiro Finalmente Ataca Dirigi em silêncio enquanto conduzia até a casa de minha mãe. Os cães eram os únicos a dar algum sinal de vida. Ela olhava a paisagem fria lá fora, parecia imensamente triste. Por duas vezes tentei pegar sua mão, mas ela não queria contato. - Eu acho que a gente tem falado muitas mentiras essas semanas um para o outro. - Ahã - tentei não parecer afetado por sua voz chorosa. - Quando eu disse que te amava de brincadeira... era... Eu estava respirando alto, com a visão da autoestrada queimando minha retina, o asfalto se misturando com o céu em vermelho. - Era verdade. - Como você pode saber? - Senti que ela me olhava, mas eu não tirava os olhos ds estrada. - Eu amo você desde que você disse porra pra mim com uma touca infantil de raposa enfiada na cabeça. Nós dois rimos. - Como é me amar? - Que pergunta, Susi! - Bill... eu nunca fui amada. Queria uma descrição. Olhei brevemente pra ela. - Como ninguém te amou? - Você é meu primeiro namorado... porque a risada? - Eu nunca sei o que é mais intenso no seu caso: ouvir você mentindo ou saber da verdade. - Eu sou foda, eu sei. - EXATOO! - COME ON! Uma descriçãozinha. - Tá... ah, eu também... eu nunca tinha gostado tanto de alguém como você. - O que te atraiu? - O conjunto da obra. Você é diferente de tudo, por dentro e por fora. Acho que é pelo fato de você ser única. - Todo mundo é único. Até você que tem um sósia happer. - Pode ser. Mas pra mim você é única. - Me faz um favor? - O que? - Diminui um pouco essa velocidade de gente doente mental e engole minha boca num beijo agora. Tive de parar quando sem querer joguei o carro no acostamento. --- A casa de dona Simone (a abençoada por todas as Tokitas do Universo conhecido pela proeza de ter feito um filho tão bem, mas tãão bem que saiu dois), parecia ter sido recentemente reformada. Tinha o toque de futuro das mais novas construções, mas guardava seu ar antigo, principalmente pelo formato das janelas e pela fachada. - Foi uma das únicas que ficou inteira depois da Segunda Guerra. - Bill comentou, enquanto tirávamos os cães do carro - quando eu e Tom éramos crianças, às vezes espiávamos por cima do muro. Aqui vivia um senhor idoso e solitário, diziam que era um veterano da Primeira Guerra. Quando ele morreu, a casa foi a leilão, nos a conseguimos e reformamos para mamãe. - Uau, que história! - A casa toda é carragada delas. Quando a vi nos esperando na porta senti o coração dando um salto, e Bill pegou minhas mãos, me acalmando. - Manhêêê! - Ele correu para ela, a envolvendo num abraço maravilhosamente carinhoso. - Hmmm, meu bebezinho tá comendo, não? - Ela falava um inglês carregado de alemão, com os dois braços em volta do filho. - Ahá, bem gordinho! - Percebo... - ela o soltou, me encarando, e vi de onde o sorriso de Bill vinha - olá! Não me perguntem o porque, mas eu corri até ela e a abracei. Não sei, mas no momento, ela lembrou tanto minha mãe que não resisti. Ela correspondeu ao abraço, e vi que meu ato involuntário tinha dado uma excelente primeira impressão. - Me desculpe - disse, finamente a soltando - e-eu não sei... - Tudo bem, querida. Eu causo este efeito nas fãs dele, nem ligue! Rimos. - É uma grande honra conhecê-la. - Também. E Bill definitivamente não sabe descreve as pessoas por telefone! - Hã?! Que eu fiz? - Ele estava encostado na porta, nos observando. - Me disse que estava de rolo com uma criança que se vestia de raposa e era super mal-educada! Olhei para ele, de boca aberta. Cachorro! - Ela tá mentindo, hein! - Ahã, claro, claro. Gordon veio nos receber na sala, uma grande TV LED estava com o jogo Halo 3 pausado. Ele fazia todo o tipo garotão, e entendi na hora porque a dona Simone o escolhera como marido. Não sei se era pelo tempo de convivência, mas vi muitas coisas do Tom nele: o jeito de olhar e mexer a cabeça, os tiques, o riso torto... como se fossem mesmo pai e filho. Bill me arrastou pelo pulso para que eu conhecesse cada canto da casa, era incrível um espaço tão grande, sendo distribuído em cômodos enormes com móveis antigos, não pareciam ser usados há muito tempo. Até os interruptores eram de décadas passadas, ainda eram no estilo "empurrar". - Vocês trocaram a fiação dessa casa? - Claro! Mas mantemos as coisas antigas, ficou estilo vintage... - entramos num corredor longo com várias portas dos dois lados. Ele me conduziu até a segunda porta à direita, que tinha um poster do Green Day em Americam Idiot. - Seu cantinho? - Queria que ficasse no meu quarto enquanto eu estiver fora. - Deixa eu adivinhar... você instalou uma câmera num canto oculto perto do armário, e acidentalmente conectou a web cam do computador com o celular através de um aplicativo de 7 dólares da App Store. - Como você... - Nem tenta descobrir. Parecia que eu tinha entrado num quarto de um rapaz de século 19 que podia roubar eletrônicos do século 21. Todos os móveis eram antigos e devidamente restaurados, o cheiro de lustrador de madeira, carvalho e verniz predominavam. As cortinas eram de um veludo grosso, azul escuro. Ele tinha uma cama de carvalho maciço, e numa parede lateral, um conjunto de aparelhos eltrônicos e pilhas de CDs catalogados por época. Um pc da Apple num canto, perto da escrivaninha colada na janela ,como era antigamente para aproveitar a luz natural. Caminhei até uma porta que dava para um banheiro, a do lado era um closet pequeno e perfeitamente organizado. - É aqui que você se entrega a síndrome de vampirismo? Ele deu uma risada discarada, se entrelaçando em mim. - Já posso chupar seu sangue? - Tome cuidado com o que fala, meu rapaz! - É. Tem tido muito duplo-sentido até aqui. - E aí? - Vamos deixar literal? - Vai ter outro ataque como da última vez? - Desculpa. Mesmo. Me pegou desprevinido. - Foi broxante... - Prometo que se você conseguir ficar um minuto calada, eu te mostro quem é broxa aqui! Não deu tempo nem do primeiro beijo. Fomos chamados para o jantar. --- Já tínhamos almoçado duas horas antes, o relógio marcava onze e dezenove, e mamãe ainda enchia Susi com as histórias antigas de infância. Eu sabia porque ela a estava segurando. Logo ficaria tarde, e de manhã cedo viriam me buscar, eu ia ter que dormir. Gordon, entendendo tudo, me chutou na canela por baixo da mesa. Trocamos um olhar cúmplice. Meia noite e trinta e cinco e eu, detonado de cansaço, finalmente ia para o meu quarto. Deixei Susi tomar banho primeiro, e ela me acordou quando saiu, eu estava dormindo sentado. Uma e quinze da madrugada eu finalmente estava debaixo das cobertas. Abri os olhos quando senti os dedos gelados dela me tateando, e tornei a fechá-los. - Tá frio... - Doeu pra fazer essa? - Nem tanto como deve ter doído pra tatuar o rosto, sua louca. - Tatuo onde quiser. - É, nota-se... o que significa? - Ué, sabichão, sua banda não é de Tokio? Como não sabe japonês? Abri os olhos e ela estava com um sorriso travesso. - Eu devo responder? - Blah!... significa Cris, o nome da minha irmã. - Você tem uma irmã?! - Ahã. - E porque nunca me disse?! - Você. Nunca. Perguntou. - Você é doente, cara. Tem algum problema sério nessa sua cabeça! - É o que todo mundo diz. Ri, mas logo fiquei sério. Estava com tanto sono que nem reparei que eu não era o único a estar de roupa íntima na cama. Mais uma vez, senti o rosto queimando, ficando vermelho. Enterrei a cara no travesseiro e ela morreu de rir. - Suuuuuuuu! Não sejá má. - Desculpe, é que... parece que nós somos dois adolescentes aprontando na casa da mamãe. - Juro que se não fosse tão tarde, essa sua fantasia ia se tornar real. - Porra, Bill. - Que? - Perguntei, levantando o rosto. - São uma e vinte duas da manhã. Você sai amanhã às seis. Já separou o que usar, pelo tempo pra fazer a barba, tomar um banho e escovar os dentes não é nem meia hora. Você precisa de mais de quatro horas pra isso?! - E dormir? - Ainda vai ter três horas e cinquenta minutos. - WOW! - Me sentei na cama indignado - tá querendo dizer que eu sou só de 10 minutos e pronto?! - Olha só, ele canta e faz contas de cabeça! Sabe, não é muito legal quando sua garota te atinge no ponto fraco - o ego. Você tem que recuperar sua posição de homem, e acaba agindo por instinto. Isso pode fazer com que um homem mate. No meu caso, que um homem domine. Voltei a me deitar, mas desta vez em cima dela. Nunca a vi tão assustada, e me diverti com a cena, sentindo que em baixo de mim seu corpo se contraía, e ficava involuntariamente mais quente. - Que foi? Quem tá vermelha agora...? - Acaba logo com isso - ela tentou, mas não havia mais ameaça em sua voz. Finalmente, tinha baixado a guarda. Sua respiração ficou curta, e eu fiquei lá, sem tirar os olhos dela, deixando que se sentisse à vontade. Minutos depois ela teve coragem de arranhar minhas costas, e eu soltei o ar que estava preso nos pulmões. - Isso não vai ser fácil - ela disse, respirando ao mesmo tempo. - Quer os seus comprimidos? - Vá se catar, idiota! Lhe transferi uma trilha de beijos que foram da boca, passando por uma leve mordida no pescoço, indo até o baixo-ventre. Me entralacei a ela como se fôssemos um, e li a palavra medo em seus olhos - a única coisa que brilhava no quarto escuro. - Eu te amo - disse, sem fôlego. - Agora eu acredito. Ela se agarrou na minha nuca quando fui com as duas mãos no feixe do sutiã. --- Acordei com luz alguma no quarto, e aquele sonho na cabeça. No sonho tinha um Bill louco e pesado em cima de mim me mostrando quem é que mandava. Onde a regra de se tocar tinha se perdido naquele acordo mesmo? Estava sozinha na cama, mas pelo que eu entendia de mim, nunca dormia sem roupa. A luz acesa do banheiro aparecia pela fresta da porta, e um sopro de solidão me arrematou. Ele estava ali. Se arrumando para ir embora por dois, quem sabe três meses. - Que merda - sussurrei. Não era de me acostumar com a presença de outras pessoas, mas ele... ele me conhecia. Talvez mais que mim mesma. Ele abriu a porta e saiu na ponta dos pés, ainda enrolando o cachecol no pescoço. - Estou acordada. - Oi! - Ele sentou no chão, olhando dentro dos meus olhos. - Você já vai? - Em 40 minutos. - Espera, eu desço com você. Onde deu deixei... - Sua roupa tá dentro do banheiro. - Valeu. Er... eu sei que aconteceu, mas se importa de fechar os olhos? Sou tímida. Ele pegou um roupão, arrancou o cobertor de cima de mim, e me vestiu nele. Meu rosto estava queimando de vergonha. Tomei um banho rápido, e vesti a calça de veludo, e o moletom cinza. Descemos as escadas de dois em dois degraus, as mãos atadas, como se ele fosse desaparecer assim que eu o soltasse. Dona Simone e Gordon já estavam tomando café. Eles não deram indício algum de terem ouvido algo na noite anterior, afinal... por causa da presença deles no mesmo corredor do quarto, limitamos ao máximo qualquer barulho. Bill tomava o último gole de café quando o carro da Uni chegou. Eles se despediu dos cães, da dona Simone e do Gordon, e caminhamos até o carro. Ainda estava escuro e muito frio, devia fazer uns 2 graus. Tom estava lá dentro, enrolado no casaco, dormindo. - Você vai estar aqui quando eu voltar? - Tá me pedindo pra ser sua hospede por tanto tempo assim? Nesse país estranho, com pessoas que eu só conheço por foto? Me arrependi na hora do comentário. Ele ficou angustiado, e seus olhos se afogaram na hora. Ele me puxou para si, como se fosse a última vez, um último contato, como se fôssemos nos ver depois de 3 mil anos. - Não posso te forçar - a voz dele estava abafada - mas, Susi eu não sei se consigo ficar longe. - Você vai descobrir isso em breve. Ele abriu a porta do carro, entrou, e fechou. Eu fiquei no meio-fio da rua os vendo partir, até que o carro parou dez metros adiante. Bill saltou de lá, veio correndo até mim, e uniu nossos lábios com um impacto mais forte do que as explosões de estrelas no espaço. Foi quase um minuto sem respiração, e quando ele me soltou e correu de volta, eu senti que as lágrimas que haviam escorrido dos olhos dele brilhavam na minha face. O sol começava a aparecer no horizonte leste, e eu fiquei lá na rua, até o carro desaparecer completamente, até a dor lacerante de não tê-lo, de não respirar o mesmo ar que o dele, ficasse suportável para eu conseguir mover as pernas e entrar na casa. ____________________________________________________________________________________________________ Piegas, mas e daí? Amo isso^^ | |
| | | Patty Back Admin
Número de Mensagens : 4279 Idade : 30 Localização : Curitiba Data de inscrição : 24/10/2008
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| Assunto: Re: Brinque Com Meu Coração Sáb Set 24, 2011 1:50 am | |
| AIUGDIASGDUISDASIUGDIUSAGDIUSG esses dois parecem duas crianças!! sério mesmo, duas crianças brincando de ser namorados! HOHOHOHOHOH soumá/ | |
| | | Darling-J Mega Fã
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| Assunto: Re: Brinque Com Meu Coração Sáb Set 24, 2011 3:33 pm | |
| - Patty Back escreveu:
- AIUGDIASGDUISDASIUGDIUSAGDIUSG esses dois parecem duas crianças!! sério mesmo, duas crianças brincando de ser namorados! HOHOHOHOHOH
soumá/ | |
| | | Janaína C. Ao extremo
Número de Mensagens : 4297 Idade : 30 Data de inscrição : 26/11/2008
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| Assunto: Re: Brinque Com Meu Coração Sáb Set 24, 2011 7:56 pm | |
| - Patty Back escreveu:
- AIUGDIASGDUISDASIUGDIUSAGDIUSG esses dois parecem duas crianças!! sério mesmo, duas crianças brincando de ser namorados! HOHOHOHOHOH
soumá/ | |
| | | Sara Kaulitz2 Mega Fã
Número de Mensagens : 1172 Idade : 27 Localização : Humanoid City Data de inscrição : 22/05/2011
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| Assunto: Re: Brinque Com Meu Coração Dom Set 25, 2011 9:58 pm | |
| - Patty Back escreveu:
- AIUGDIASGDUISDASIUGDIUSAGDIUSG esses dois parecem duas crianças!! sério mesmo, duas crianças brincando de ser namorados! HOHOHOHOHOH
soumá/ | |
| | | Susi Ficwhiter Ao extremo
Número de Mensagens : 3815 Idade : 34 Localização : fazendo check-in Data de inscrição : 12/09/2008
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| Assunto: Re: Brinque Com Meu Coração Sáb Out 01, 2011 11:43 pm | |
| de todos os cap's, esse é o que eu mais gosto, porque consigo ver perfeitamente a cena em que Georg e Gustav brigam com os gêmeos. E vocês? Riam demaaaais nesse =D ____________________________________________________________________________________________________________
Cap. 7 - Bill, Você Está I-N-S-U-P-O-R-T-Á-V-E-L!
A quantidade de fotógrafos era grande, e os flashes que jogavam em nossa cara já não me deixavam tonto. Atrás de nós, os grandes cartazes do nosso novo trabalho. À nossa frente, microfones multicoloridos e jornalistas prontos a anotar em seus bloquinhos. Senti as extremidades da garganta colando. Era sempre assim. De relance, vi a veia do meu pulso alta, se movendo mais rápido que o de costume. Estava tão nervoso quanto da primeira vez. Eu tinha que ligar em casa. Tinha que ouvi-la dizer alô, saber que estava tudo bem, que ela... Um cutucão de Tom me alertou para a realidade. Um repórter tinha feito a primeira pergunta, esperava minha resposta com uma interrogação na cara. - Olhe, eu e meu irmão não estamos tão dentro do assunto do CD como os G's, e se tem alguém que deve perguntar é a eles. Todos ficaram um instante de olhos arregalados, mas depois a entrevista prosseguiu com os G's respondendo tudo. Eu sentia olhares me queimando, e contava os segundos para que aquela coletiva de imprensa acabasse. Mais tarde, quando finalmente vi as fotos, me vi numa palidez mortal, os olhos grandes e perdidos num ponto qualquer da mesa. A frase embaixo da foto dizia: Doente? Exausto? Bill Kaulitz dá sinais de cansaço extremo durante lançamento. Tentei não dar atenção a isso, enquanto voltávamos para o hotel num silêncio sepulcral. Nossa primeira apresentação seria no dia seguinte, não tivemos mais compromissos, e assim que entrei no quarto voei no telefone. Quatro toques... - Hallo, você ligou para Simone e Gordon, deixe seu recado após o sinal... bip! - Disse a voz gravada da minha mãe. Esfreguei as mãos no rosto tentando engolir ar. - Porra, cara, você está péssimo! - Eu sei, Tom. - Tá suando frio! - Vou tomar um banho... Deixei a água quente bater na nuca. Contei de um até duzentos, até o ar ficar embaçado, e saí do banheiro de roupão, o cabelo pingando. Tom estava sentado na beira da cama, assistindo TV e se matando para conseguir comer um sanduíche maior que a sua boca. - Hmm, vi meu bog, tão comentando de você! - Como sempre, oras! E engula a comida pra falar. Ele abriu a boca cheia de salada, pão e queijo só para provocar. - Tão falando que você entrou em crise depressiva... - Uhum, claro. - Me deixei cair no sofá ao lado do telefone. - Eu acho que é porque você transou, gostou e quer mais. - Não posso retirar seus argumentos completamente... - WAS?! - Ele deixou o resto da comida na bandeja, e correu até mim limpando a boca com um guardanapo de papel. - Me conta tudo, JÁ! - Mas que coisa mais feminina, por Deus! - Ela era virgem mesmo? - ÉRAA! - HAHA! A danadinha doida pra te levar pra cama! - Vá se... - Conte! Ela se comportou direitinho? - Você é tão odioso quando quer. - Fala! - Ahrf! - Me joguei na cama, olhando pro teto. - Ela é gostosa? - É Tom. - Quanto? - Ah, desculpa, não levei meu aparelho de escala pra medir! - Quantas vezes? - Uma! - Uma vezinha só depois de todo aquele tempo na seca?! - Tomi, ela não é como as que você já saiu. Ela tá na casa da mamãe, não foi um lance de uma noite. - Tá... qual foi a parte que mais gostou? - Hm... - fechei os olhos, procurando a sensação, o momento - acho que foi quando ela riu. - Riu?! - É. No início ela estava tão brava, tão... ela resistiu até onde conseguiu suportar. Mas aí um tempo depois, enquanto ela estava sendo minha, quando ela finalmente se rendeu... eu escutei o riso dela, mas acho que era de felicidade. Nunca alguém tinha me enchido de beijos como ela. - Bill... tá apaixonado? - Estou. Perdidamente. - Então, devo te dizer que ela ligou enquanto você tava no banho. - TOM, EU NAÕ ACREDITO QUE AINDA... - liiga logo e fica de boa, mais novo! - Ele voltou para o seu sanduíche, e tornei a ligar. Dois toques. - Hallo. - Mein Gott ela tinha atendido! - Porque não atendeu quando eu liguei?! - Sim Bill, sua mãe é um amor. Oh é verdade, o passeio com os cães no parque foi maravilhoso, obrigada por perguntar! - Por isso não atendeu? - É docinho. - Fiquei preocupado... - Hmmm, é, você realmente não é o cara de uma noite só, tá até preocupado... - ... Aff - ... Aliás, que cara de assustado foi essa na coletiva? - Não estava me sentindo muito bem. - E como está agora? - Oooo, quem tá se preocupando com quem agora? - Vou desligar... - Antes, quero falar com a minha mãe. - Eles foram no supermercado, quer deixar algum recado? - Sim, peça para me ligar, e... - Eeee o que mais, senhor? - Lave minhas cuecas. - MORRA ESPERANDO! - Ela bateu o telefone com tanta força que quase senti dor. Fui dormir rindo.
---
Dona Simone estava sendo tão simpática que me deixava sem graça. Eu tentava lavar um copo na pia, mas ela não deixava eu "manchar o esmalte das unhas". Quando nos sentamos à noite para ver TV, ela tomou o controle remoto de Gordon e pediu para que eu escolhesse o canal. Com muito custo ela permitiu que eu a ajudasse no jantar, "desde que você não peça pra lavar a louça, ouviu menina?". Eu me sentia meio culpada, mas não deixava de ser incrível. Ela me pegou vendo fotos antigas dos meninos perto da Biblioteca. - Vendo as fotos? - Sim!... Quantos anos eles tinham aqui? - Três anos. Esse lá atrás na foto limpando a moto e Jörge. - Nossa, o Tom é parecido com ele. - É... o Tom tem uns jeitos dele. É uma pena, mas eles não tem muito contato. - Não deve ter sido fácil, não? - Como? - Ter sido mãe enquanto o Muro caía. - Meu Deus... às vezes eu me lembro do nervosismo que passei e vejo que ter tido esses meninos saudáveis foi um milagre. - Ainda bem que são filhos que sabem o valor que a mãe deles tem. - É... claro, aprontam como meninos que são, mas tem um coração gigante. - Com certeza! - Eu só não entendo porque Bill fez um acordo tão idiota com você, e como você, uma menina tão inteligente aceitou. A minha boca foi no chão, e gaguejei um zilhão de vezes, até ela pegar em meus ombros. - Hei, está tudo bem. Bill não me esconde absolutamente nada. Só queria saber porque aceitou. - Eu - enchei os pulmões de ar, e depois de longos segundos o soltei, sentindo-me com uma tonelada nos ombros - exatamente eu não sei dizer. Eu passei boa parte da adolescência sonhando com seu filho, daí eu me tornei adulta, tenho responsabilidades gigantescas... eu... senti raiva. - Do que? - De ter gostando tanto de alguém que só tinha me visto por quatro segundos num show. Toda aquela dedicação, toda aquela loucura, pra que?... Então, este trabalho apareceu, e por mais que eu negasse, tive de aceitar. Eu tinha que provar a mim mesma que era só um caso platônico não-resolvido. - Bem, eu vejo nos seus olhos que você acabou descobrindo que estava enganada. Baixei o olhar,entrelaçando uma mão na outra. - Me perdoe pela grosseria, dona Simone, mas... Bill é um homem. Estava a um bom tempo sem uma mulher, e por mais que tenha dito o famoso "eu te amo", sei que é algo de momento. Não vou me iludir com algo mais profundo que isso. Ela me ohou profundamente, cruzando os braços e arqueando a sobrancelha exatamente como o filho. - Tem razão, ele é homem. E claro, vocês fãs não ficaram sabendo de quase nada, mas ele já teve outras garotas com quem teve relações. Só te digo uma coisa - ela se aproximou, e vi um esboço de um sorriso - ele nunca, jamais pararia um carro e voltaria pra dar um beijo em alguém que estivesse planejando esquecer. Eu o conheço pra te dizer isto - ela ergueu meu rosto pelo queixo - e já a conheço o bastante pra saber que nunca o esqueceu. - Eu não posso ficar - disse, sentindo os olhos cada vez mais molhados. - Não precisa fazer isso, Susie. Pra que ter medo do que sente, porque fugir? - E se eu tiver amado a imagem de Bill Kaulitz durante todos estes anos? E se eu ver que eu amo o que criei na mente, não o que é real? - Só você pode descobrir, o coração é seu. O tempo passou, você tem toda a razão... mas já está na hora de amadurecer nesta parte. - Meu Deus, e se eu não amá-lo mesmo... - Pelo menos, você vai se livrar dessa dor, vai ter a consciência livre. Agora, os dois devem parar com esse joguinho. Vão destruir o coração um do outro se continuarem, tá? Confirmei com a cabeça, e fui até a cozinha tomar água, sentindo que o peso nos ombros tinha diminuído.
---
Será que ela gostava de flores? De rosas vermelhas ou margaridas brancas? Tínhamos acabado de voltar do segundo show da mini-tour, eram duas da manhã, e eu estava deitado, com a cabeça pra fora da cama, enxergando o quarto escuro de cabeça pra baixo, sentindo o sangue fluir no sentido contrário, me deixando tonto. A falta dela me causava dor física. Era eu fechar os olhos e sentir seu corpo, os músculos levemente rígidos pelos exercícios, a temperatura incrívelmente febril, a rapidez da língua dela dentro da minha boca, o gosto. Agora eu tomava café com balas de menta, mas não era a mesma coisa. - Aaahhnnn... - Biiill! - Vá dormir, Tom. - E você encerra os pensamentos orgásticos de hoje que já encheu o saco. Fica só gemendo o tempo todo, porra. Porque não trouxe ela?! Voltei a me deitar normalmente, encarando meu gêmeo na cama ao lado. - Pare de fingir, você também tá pensando na Ría. - É... uma merda ter mulher, e ela não estar aqui. - Porque não a trouxe? - É como o Hagem diz, não dá pra forçar ela a ter a mesma vida de gente doente como nós. Querendo ou não, nos encontramos num momento, mas antes deste já tínhamos uma vida, né... eu não vou pedir pra ela abandonar a vida dela por mim, isso é errado. - Nossa, senhoras e senhores, a porra-louca da banda amadureceu! Ele arremessou um travesseiro com toda a força. - Quer saber, idiota? Vira essa cara pra lá e vai ter seus sonhos eróticos que eu tenho os meus, falou?! - Se eu tiver que me levantar desta cama pra calar a boca das duas bichinhas, vou arrebentá-los de PORRADA! - Georg gritou do quarto ao lado. - Desculpa, Hagem! - Dissemos ao mesmo tempo. - VÃO DORMIR AGORA, PORRA! - Ah caralho, eu vou matar vocês! - Gustav acordou, já mal-humorado. Eu e Tom tivemos de enterrar a cara nos travesseiros pra esconder um pouco das gargalhadas.
---
Dias depois, eu tive uma surpresa. Desci as escadas de dois em dois degraus enquanto Scooty me seguia. Eu peguei o cão-salsicha no colo, indo pra cozinha. - Oiiiii! - Quase deixei o cachorro cair do colo, e o coloquei delicadamente no chão. - Ría, oi! - Ela retirou o ar dos meus pulmões com um abraço. - Nossa, quanto tempo garota! - Éééé, né. E aí? - Tava conversando com a tia Sissi - olhei rapidamente para dona Simone. Ela virou-se para esconder o riso - quer ir na França comigo? Ela falou da mesma forma que fosse: "ah, vamo ali na esquina?" (esqueçam os trocadilhos de mulher+esquina) - Eee porque? Ela me puxou num canto da cozinha e tentou algo parecido com sussurrar. - É o seguinte: sabe a quantos dias estamos sem os nossos caras? - Umas duas semanas. - Dezessete dias. - Nossa, eu... tá contando? - Niet, Tomi me ligou ontem e me lembrou, e parecia que podia me agarrar pelo telefone! - Que?! - Eles precisam de sexo, os dois. Temos o dever de ir até lá. - Ría. Não é falta de respeito, mas eu não sou a garota de programa do Bill que ele prende em qualquer lugar e num estalar de dedos vai aparecer no quarto dele, de lingerie vermelha, almegas, um chicote e camisinha de morango. Ela me olhou como se eu fosse a coisa mais incomum do mundo. - E o que tem de mal nisso? - Diga que está sendo irônica... Ela tirou duas passagens de trem da bolsa. - Vaamo. - Não rola... - Vai ser surpresa! - Cara... - Pombas, garota, você quer segurar o Bill ou deixar outra fazer seu serviço? Eu nunca ligava pra ego e coisas do gênero na vida. Mas com aquele comentário, minha percepção do assunto mudou sensívelmente. - Dona Simone? Vi que em seus olhos, ela me dizia: esta é a sua chance. - Vão logo antes que eu começe um sermão. - Quanto tempo vamos ficar? - Só uns dois dias, é o que eu consegui abrir na agenda. - Tá. Espere meia hora, vou trocar de roupa e encher uma mochila. _____________________________________________________________________________________________
eu ía deixar uma partezinha do próximo cap. aqui, mas como soi má... MWAWAWAWAWAWAWAAA
atéh! =D
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| | | Patty Back Admin
Número de Mensagens : 4279 Idade : 30 Localização : Curitiba Data de inscrição : 24/10/2008
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| Assunto: Re: Brinque Com Meu Coração Qui Out 06, 2011 11:07 pm | |
| - Susi Ficwhiter escreveu:
- - Olhe, eu e meu irmão não estamos tão dentro do assunto do CD como os G's, e se tem alguém que deve perguntar é a eles.
Todos ficaram um instante de olhos arregalados, mas depois a entrevista prosseguiu com os G's respondendo tudo. CENA QUE EU MORRO MAS ACHO QUE NÃO VEJO, POR QUE SERÁ NÉ UAIHSIUGDISAUGDAIUSDQHOISADH - Citação :
- - Eeee o que mais, senhor?
- Lave minhas cuecas. - MORRA ESPERANDO! - Ela bateu o telefone com tanta força que quase senti dor. Fui dormir rindo. PQP, meus órgãos internos estão todos doloridos de tanto rir depois dessa!!!! lendo esse capítulo aprendi que sexo é a razão da vida, G_________G | |
| | | Kárita!' Fã
Número de Mensagens : 58 Idade : 33 Localização : Goiás Data de inscrição : 11/10/2010
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| Assunto: Re: Brinque Com Meu Coração Sáb Out 08, 2011 12:52 pm | |
| Hey, leitora nova Amando essa fic... Como são complicados Bill e Susi hahahahaha Foi tão fofo a parte que o Bill disse que amava a Susi de mentirinha, mas na verdade querendo dizer que era verdade. - Citação :
- - O que? Sou algum tipo de aberração por isso? Só porque todo mundo faz eu tenho que fazer também?
Eu ameiii essa parte O que foi a Ria indo atrás da Susi?! Ri muito dela tentando convencer a Susi de ir pra França. - Patty Back escreveu:
- lendo esse capítulo aprendi que sexo é a razão da vida, G_________G
Concordo plentamente. Esperando próximo capitulo | |
| | | Sara Kaulitz2 Mega Fã
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| | | | Lillian Ao extremo
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| Assunto: Re: Brinque Com Meu Coração Seg Out 10, 2011 6:22 pm | |
| Ora, ora mais uma fic da dona Susi espetacular como sempre. Você sempre me surpreende com suas fics era o que você queria ter vivido com eles. Eu quero mais. | |
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| Assunto: Re: Brinque Com Meu Coração | |
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| | | | Brinque Com Meu Coração | |
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