Eu realmente fico impressionada com o poder de vidência de algumas pessoas por aqui, incrível! KKK E eu sei que muita gente tá achando o Bill um tremendo de um bipolar inconstante, mas eu disse pra não levar as mudanças a sério, so...
PAAAATTY, você realmente me surpreendeu agora O.O Escrever as coisas pra te agradar sempre foi difícil, ainda mais que a minha fic não abrangeu muito (pelo menos ainda) dos seus temas preferidos. Estou lisonjeada, madame :33
Julietz, um passarinho me contou que essa sua revolta com a Milicevik vai gerar resultados *o*
E Thai, muitíssimo obrigada por começar a ler a CATE *-* Você sabe que eu amo suas reviews, e você é uma das minhas maiores inspirações e blablabla *-*
Bom, sem mais rodeios, deixo aqui o próximo capítulo para vocês. Se preparem para algumas revelações sobre a misteriosa Serena
- Oh meu Deus... Não acredito... Terminamos... Pelo menos isso – Serena disse pausadamente, desmontando no chão da garagem da casa dos Kaulitz e se apoiando na parede com a cabeça brevemente erguida e olhos fechados.
- Que falta de disposição, hein? Nós só cortamos o couro e começamos a mexer com as sacolas plásticas... Imagina quando formos montar isso tudo? Acho que vou precisar misturar um pouco de energético no seu lanche da faculdade – Bill disse de maneira irônica, sentando-se ao lado de Serena e passando um de seus braços por sobre o ombro da garota. Houveram alguns segundos de silêncio.
- Olha a bagunça que essa garagem está virando... – Serena disse baixinho.
- É, eu também percebi isso... – Bill disse, encarando a pilha de materiais utilizáveis (ou não) que encontrava-se no chão a poucos centímetros de si. – Eu estava pensando em levar tudo isso para a nossa chácara. Seria bem mais fácil mexer com toda essa bagunça por lá... O único problema é que ela é um pouco afastada daqui – Bill disse, dando de ombros.
- Então leve tudo para lá. Não quero que essas coisas fiquem aqui em baixo. Tenho um pouco de pesar em relação ao Tom. Acho que ele é capaz de pegar até mesmo um patinete e passar por cima disso tudo aqui – Serena declarou, fazendo Bill sorrir de leve.
- E então... Você se empolga em me acompanhar na viagem para levar isso tudo daqui e deixar bem longe do alcance do meu irmão predador? – Bill questionara, levantando-se e estendendo uma de suas mãos para ajudar Serena no mesmo processo.
- Ah, não tenho nada melhor para fazer mesmo... – e dizendo isso, Serena aceitou a ajuda, levantando-se e, obviamente, ficando a pouquíssimos centímetros de Bill, o que ocasionou um beijo terno e rápido, se não fosse Serena mordendo o lábio inferior de Bill e dizendo para ele colocar as coisas rápido no porta malas antes que anoitecesse.
O clima estava bem diferente dos dias anteriores; ao invés de se depararem com um céu nublado do qual era impossível se prever se haveria chuva ou não, Bill e Serena pegaram a estrada com o céu extremamente azul e pouquíssimas nuvens, fazendo com que o sol surgisse apenas para completar o quadro adequado para uma tarde primaveril. Apesar disso, o tempo ainda se encontrava um pouco frio, algo típico daquela época do ano.
Durante o percurso, os dois jovens trataram de conversar trivialidades. Era impossível o silêncio se fazer presente entre os dois.
- Sabe... Eu não queria ser o motivo de uma briga entre você e o Tom – Serena começara, brincando distraidamente com uma fina mecha de seus cabelos loiros, enquanto o resto se esvoaçava de maneira insistente devido ao vento que adentrava pela janela aberta do carro de Bill.
- Eu não vejo meu irmão desde ontem, Mili – esse era o novo apelido de Serena, partido de Bill – Ele não voltou para casa depois da faculdade, e eu não sei o que aquele idiota está pensando da vida... – Bill olhou para o rosto preocupado de Serena pela primeira vez, voltando a atenção para a estrada rapidamente. – Além do mais, se ele realmente está chateado comigo, pois que fique. Você não faz a menor idéia do que ele disse para mim na quinta-feira, ele é um completo idiota... E foi por isso que eu resolvi deixar de dar atenção para ele e me preocupar em fazer o que eu realmente queria – Serena apoiou sua cabeça levemente no banco do carro, sorrindo timidamente enquanto observava a paisagem predominantemente verde passar por si em forma de um extenso e interminável borrão.
Após alguns outros assuntos paralelos, Bill resolvera esclarecer algumas dúvidas que há muito lhe possuíam.
- Por que você começou a trabalhar na loja do Joph? Sua mãe deixou de lhe ajudar com a faculdade? – Bill perguntara, fazendo com que Serena suspirasse pesadamente, se ajeitando de maneira desconfortável no banco do passageiro.
- Independência, a palavra-chave. Quanto à minha mãe... Ela evitava ao máximo de viajar. Para ela, passar a tarde comigo conversando sobre qualquer coisinha fútil de minha vida era muito mais valioso do que pegar um jatinho para a festa social mais elegante no país mais próximo ao nosso, isso desde quando morávamos no Canadá. Faz sete meses que minha mãe pegou um vôo particular, que por motivos desconhecidos... Bom, o avião explodiu no ar – a voz de Serena tremeu em sua última frase, fazendo-a abaixar a cabeça, para logo depois, encarar por alguns poucos segundos o horizonte à sua frente. – Eu não tive forças para ir fazer o reconhecimento de seu corpo carbonizado. Isso era demais para mim.
- Me... Sinto muito Mili, eu não sabia dessa história – Bill disse com um sincero pesar transparecendo em sua voz, erguendo o braço direito e afagando levemente a cabeça de Serena.
- Está tudo bem, não se preocupe – Serena riu de leve, entrelaçando os dedos de sua mão direita na mão de Bill que se encontrava a seu alcance.
- E seu pai? Você ainda tem a ajuda dele? – Bill perguntou.
- Meu pai morreu quando eu tinha seis anos de idade. Câncer pulmonar – Serena inspirou profundamente – Na época eu não entendia essas coisas direito... Mas dois anos depois, minha mãe se casou de novo. Derik. Meu padrasto é quem se responsabiliza por mim até hoje. Quer dizer, eu já sou maior de idade, então... Tecnicamente, só dividimos a mesma casa. É um pouco estranho às vezes... Eu nunca tive irmãos – Serena deu de ombros – É estranho ter uma casa grande e se sentir extremamente sozinha dentro dela, apenas ouvindo barulhos em um ou outro cômodo, meramente realizados por empregados.
Bill engoliu em seco. Não sabia que a vida de Serena girava em torno de tantas perdas e de solidão. Por sorte, já estavam chegando até a chácara e se livrariam deste assunto pesado.
Realizando uma leve curva para a esquerda, ambos já se encontravam defronte a um grande portão. Bill apenas apertou algum botão de um pequenino controle elétrico que se encontrava em um dos bolsos da parte da frente de seu jeans, fazendo com que a grande peça metálica se movesse vagarosamente por sobre os trilhos que lhe sustentavam, sendo fechada logo após a passagem do carro pela mesma.
Ao sair do carro, Serena pôde constatar que o ambiente era enorme e possuía de tudo um pouco. Nos lugares onde seus olhos esmeralda pousaram, ela avistou uma imensa piscina bem cuidada, que inclusive, era vizinha de uma luxuosa quadra de tênis, sendo separadas apenas por uma vasta e alta cerca de metal.
Haviam duas grandes casas ali, e entre elas, uma enorme cobertura que abrigava uma grande mesa e ficava bem em frente a dois balcões, onde um deles servia como apoio para um grande fogão, e logo ao lado, quatro freezers. Logo atrás, uma enorme churrasqueira se fazia presente. Tudo era rodeado de um gramado bem verde e sadio.
- Ual... – Serena sussurrou, assuntando-se momentaneamente com o abraço que recebera de Bill, chegando silenciosamente por trás de si.
- O que foi? Gostou? Não sabia que curtia lugares assim – Bill dissera, dando-lhe um leve e demorado beijo em sua bochecha direita.
- É que... Faz muito tempo que eu não saio e visito lugares assim... É o que eu mais adoro, sabe? Um lugar vasto, aberto... Que dê pra você parar na varanda e sentir cheiro de terra, de mato, de chuva... Sempre gostei de ficar por alguns dias em lugares assim quando eu me encontrava estressada demais – Serena dissera, virando seu corpo vagarosamente e ficando frente a frente com Bill, abraçando-lhe pelo pescoço.
- Bom saber... Assim poderei te trazer aqui sempre que quiser – seu sorriso reluzia com a luz crepuscular.
- Isso tudo é apenas dos irmãos Kaulitz? Ou de sua família? – Serena questionara, brincando com um pouco do cabelo de Bill de maneira quase imperceptível para si mesma.
- Bom, pra dizer a verdade, minha mãe foi quem adquiriu essa chácara. Ela morava aqui até resolver se mudar para mais perto de sua empresa e adminstrá-la com mais facilidade. Após isso, deixou a chácara por conta dos filhos, mas ainda continua mantendo os empregados para manter as casas e os arredores dentro dos conformes. Tom e eu já demos ótimas festas por aqui... – Bill rira de leve, olhando algum ponto fixo um pouco mais distante, provavelmente se recordando de algo deliciosamente condenador, até para si mesmo.
- Eu faço idéia... Sou capaz de apostar como alguém já saiu desse lugar com uma gravidez pronta – Serena revirou os olhos, fazendo Bill realizar uma caretinha engraçada.
- Pode ter certeza de que eu não sou o responsável por nenhuma fecundação que tenha acontecido nesse lugar – Serena riu da maneira como Bill havia pronunciado essa última frase, fazendo-o rir também, acompanhando-a, e logo em seguida, pousando seus lábios nos dela, protagonizando um beijo rápido.
- Então... Onde colocaremos os materiais para nossa futura obra de arte? – Serena questionara, soltando Bill de maneira rápida e parando ao lado do porta-malas do carro.
- Vamos colocar nessa bonitinha aqui – Bill disse, andando até onde Serena se encontrava e apontando para a casa mais próxima do veículo, abrindo o porta-malas do mesmo e já se dirigindo até a porta de entrada da casa para destrancá-la. – Pode colocar os recortes com o couro em cima do sofá ali da frente, o maior – Bill disse, gesticulando exageradamente, enquanto Serena passava por si já com os pedaços de tecido empilhados de uma maneira estranha em seus braços e quase tampando-lhe toda a visão. – Vou pegar o manequim e colocar ali no canto... E as sacolas...
- ANDA, BILL! – Serena passou por ele, dando-lhe um forte tapa na cabeça. – Credo, vai ser ruim de serviço! Pega as coisas logo e joga tudo de qualquer jeito ali! – ela foi dizendo gradativamente, enquanto se aproximava novamente do carro e se ocupava em pegar uma boa quantidade de sacolas.
- Você me paga por isso, Milicevik – Bill abaixou o tom de voz e passou por ela, fazendo o percurso contrário, e enfim, pegando o pesado tronco do manequim que haviam conseguido para montar o modelo que ambos haviam planejado.
- Uiê, to morrendo de medo, tá dando pra perceber? Espero que sim – Serena disse lá de dentro, em meio ao barulho alto de sacolas plásticas sendo remexidas.
Bill segurou-se para não acertar o “corpo” que estava segurando bem em cheio na cabeça de Serena, mas não conseguiu conter uma leve risadinha que fora solta com sua mente fantasiando essa imagem.
- O que foi? – Serena perguntou, com um leve franzido sendo formado no meio de sua testa.
- Nada não... Vamos comer alguma coisa? – Bill perguntou, já saindo da sala onde se encontrava, realizando um meneio breve de cabeça, indicando que Serena também deixasse a sala e os materiais como estavam. – Gosto mais das coisas que ficam na outra casa. Os suprimentos nunca são iguais nas duas, nunca entendi o porquê...
Serena apenas concordou silenciosamente, passando por ele com um sorriso aparentemente sem motivos para estar exposto. Bill rodou a chave duas vezes e retirou-a da fechadura, dirigindo-se até a outra casa, onde Serena lhe esperava na porta.
Bill revirou o pequeno bolo de chaves para manusear aquela que abria a porta defronte a si. Em instantes, a casa fora aberta. O garoto adentrou o ambiente primeiro, estendendo a mão para que Serena o acompanhasse. Respondendo o gesto, ela o acompanhou silenciosamente até que eles chegassem até a cozinha. Até a enorme cozinha, diga-se de passagem.
- Você quer comer algo doce ou salgado? – Bill questionara, abrindo as duas portas da grande geladeira e estacionando em frente à ela de uma maneira altamente irônica.
- Você quem sabe – Serena respondeu, encarando-o com um sorriso proveniente de sua posição.
- Isso não tem aqui – Bill respondeu, virando-se para encará-la, fazendo-a revirar os olhos. – O que você quer?
- Ah, qualquer coisa, Bill – Serena sorriu minimalistamente, sabendo que todas as suas respostas estavam irritando Bill. Talvez fosse essa sua real intenção.
- Ah, foda-se, pega o que você quiser ali depois – Bill bufou, fechando a geladeira e dirigindo-se até o balcão mais próximo com uma pequena vasilha de morangos e um pote médio de Nutella em mãos.
- Nossa, que dieta mais rica pra um monstro do seu tamanho... Chocolate! – Serena rira, andando em direção a Bill, que não tirava o olhar dos morangos e parecia uma criança abrindo um pote cheio de chocolate.
- Isso aqui é glicose instantânea garota, energia pura um alimento desses – e dizendo isso, Bill passou a ponta de um morango mediano por cima do chocolate que se encontrava em sua frente, mordendo a fruta de uma maneira demorada demais para alguém que quisesse comer aquilo sem nenhuma outra intenção. Isso fez com que Serena prometesse a si mesma e mentalmente que não olharia para o rosto de Bill enquanto ele não estivesse devidamente satisfeito. Ela não queria pensar besteira, tampouco ser tentada a fazer alguma.
- Isso não é hora para aulas de biologia, Kaulitz – Serena passou por detrás do garoto, pegando uma pequena fruta e a cobrindo quase inteira com chocolate. Não percebera que Bill havia lhe fitado durante todo o tempo, se espantando por virar o rosto e o encontrar olhando-a de uma maneira um pouco diferente.
- Você está... – Bill começara, abrindo um sorriso mesclado de sentimentos imprevisíveis, e logo após, passando o polegar esquerdo levemente próximo aos lábios de Serena. – Come que nem uma criança – ele revirou os olhos.
- Aham, falou o adulto que parece que mandou fabricar um piercing labial de chocolate – Serena declarou aos risos, que aumentaram gradativamente com a maneira pela qual Bill tentava limpar seu apetrecho metálico
- Serena... – Bill começara, olhando-a, mas logo em seguida, baixou o olhar.
- O que foi? – Serena perguntara, incentivando-o.
- Você... Você gosta de mim? – Bill perguntou de um jeito estranho.
- Por que a pergunta?
- Pra ver se você respondia diretamente – Bill sorriu de canto, parecendo... Decepcionado.
- Não entendi onde você queria chegar, Bill – Serena dissera baixinho, fazendo o garoto olhar para seu rosto após alguns segundos.
- Eu fico pensando em como nós nos odiávamos verdadeiramente e... Às vezes penso que ainda existe um pouco daquilo – ele disse, parecendo achar suas unhas as coisas mais interessantes existentes no momento.
- Você ainda me odeia? – Serena o questionou.
- É claro que sim – Bill lhe respondeu, olhando-a de um jeito absolutamente sincero. Foi exatamente isso que a fez rir.
- Então o sentimento é recíproco, Kaulitz – ela lhe direcionou uma piscadela, o que o fez rir enquanto ele se aproximava um pouco da garota.
- Eu... Eu quase não me lembrava como era sentir isso – Bill disse, pousando sua mão direita na bancada como se não tivesse a menor idéia do que fazer com ela.
- E eu já não sabia mais como isso funcionava – Serena disse, acariciando o rosto de Bill com sua mão direita. – Você está um pouco melhor do que eu nesse assunto – ambos sorriram.
Bill curvou-se lentamente até alcançar os finos e rosados lábios de Serena, que naquele momento, quase clamavam por um beijo seu. O real significado daquela pergunta havia ficado no ar, mas parecia que essa era exatamente a intenção. A razão de tudo aquilo poderia ser tratada com mais cuidado ou mesmo mais interesse em outra ocasião. Por agora, o que eles necessitavam era de ter um ao outro.
Bill enlaçou suas mãos na cintura de Serena, enquanto esta brincava vagarosamente com algum dos cordões que Bill carregava no pescoço, mantendo sua outra mão levemente pousada no ombro do garoto. Devagar, Bill subiu uma de suas mãos, pousando-a na nuca de Serena e acariciando-a sem pressa, tendo entre os dedos uma boa quantidade de fios loiros da garota que se encontrava à sua frente. Aquele movimento fez todo o corpo de Serena se arrepiar.
Respondendo automaticamente ao estímulo, Serena mordiscou com um pouco mais de força o lábio inferior de Bill, brincando com seu piercing logo em seguida. Com isso, o garoto selou seus lábios novamente de uma maneira distinta, entrando no comando do beijo e fazendo com que ambas as línguas protagonizassem uma batalha árdua para permanecerem em um ritmo são. Porém, nenhum de seus donos desejava isso.
Com uma rapidez quase incalculável, Bill voltou a ter suas duas mãos presas na cintura de Serena, porém, dessa vez, de uma maneira diferente, com mais força. Em segundos, ele havia erguido o corpo da garota, que agora se encontrava sentada no vasto balcão, tendo Bill Kaulitz dentre suas pernas.
Bill subiu sua mão esquerda pela perna direita de Serena arranhando-a até a parte interna de sua coxa, fincando suas unhas de maneira inconsciente no tecido jeans. Já sua mão direita procurava pelo rosto de Serena de maneira afobada, querendo tê-lo de qualquer forma a pouquíssimos centímetros do seu.
Serena pousou suas duas mãos no pescoço de Bill, a início. Porém, sentindo sua perna sendo violenta e rapidamente explorada, assim como a outra mão de Bill puxando seus cabelos, Serena entrelaçou ambas as mãos dentre os cabelos de Bill, puxando-os e deixando com que eles escapassem de seus dedos à medida em que suas mãos desciam de maneira vagarosa até o pescoço do rapaz, arranhando-o gradativamente.
A respiração de ambos já se encontrava alterada, o que parecia ser a causa para que o ritmo do beijo aumentasse cada vez mais. Sem parecer notar, Bill puxou com um pouco mais de força os fios de cabelo de Serena que se encontravam dentre seus dedos, ocupando-se de levantar a blusa da garota com sua outra mão e deixar com que esta se esgueirasse pelo interior da fina camiseta branca, percorrendo as laterais e as costas de Serena de maneira delicada com o uso de suas unhas, o que, mais uma vez, provocou um grande arrepio na pele da garota. E foi aí que o iPhone de Serena começou a vibrar em seu bolso esquerdo, assustando aos dois.
- Oi – Serena atendeu, colocando uma de suas mãos em frente a boca logo em seguida, tentando disfarçar o som de sua voz falha – Na casa da minha amiga de grupo, eu te falei – seu olhar percorreu todo o cômodo, sem pousar em Bill em momento algum. – Ok, já vou indo – e desligou sem se despedir.
- Quem era? – Bill questionou, enquanto via Serena descendo de forma desastrada do lugar onde se encontrava e já saía de forma rápida do cômodo. Bill ocupou-se em arrumar o que havia tirado do lugar rapidamente, logo em seguida, rumando até onde Serena se encontrava.
Saiu pela porta principal da casa, sem encontrar a garota em nenhum local próximo. Trancou a porta, e andando devagar, pode avistá-la já dentro de seu Audi. Estranhou sua atitude.
- Não podia ao menos ter... – a voz de Bill chamou a atenção da garota após ele entrar no carro e colocar a chave na ignição, sem acionar o veículo. – Você está... Chorando? Por que? – o tom de voz de Bill mudara radicalmente.
- Eu... – Serena passou as mãos de forma desconcertada por sobre o rosto. – Nada, deve ser só... TPM.
- Serena...
- Bill, me desculpa? – a garota lhe questionou, virando um pouco de seu corpo para seu lado esquerdo, ficando de frente para Bill.
- Desculpar pelo quê?
- Por... Nós... Ali e... Eu ter de ir embora agora – com dificuldade, Bill pôde compreender o que havia incomodado Serena. Remexendo-se um pouco em seu banco, abraçou a garota ao seu lado, acariciando sua cabeça de leve.
- Não se preocupe com isso, de verdade. Poderá acontecer outro dia – Bill disse, ainda sem desfazer o abraço.
- Nossa... – Serena disse, enquanto Bill já havia ligado o carro e estava ocupado na direção que o veículo deveria tomar para ir rumo ao portão.
- O que foi? – ele lhe questionou.
- Se fosse outra garota, acho que você a deixaria no meio da estrada de tão revoltado que você iria ficar. Sei lá... Acho que você é do tipo que nunca perdeu uma transa na vida.
- Obrigada pela parte que me toca. Estava mesmo pensando no que fazer com você, mas já que você acabou de dar a idéia... – Bill sorriu, fazendo Serena gargalhar e revirar os olhos logo em seguida. – Serena, será que é tão difícil pra você entender que eu mudei?
A pergunta foi deixada no ar, sem receber nenhuma outra resposta.
- Me leva pra sua casa, que de lá eu vou para a minha – ela disse, apenas.
- Por que não posso te levar até em casa? – Bill questionara.
- Você ouviu o que eu disse no telefone? Eu estou na casa da minha amiga, colega de trabalho - Serena gesticulou enquanto fazia algumas caretas estranhas, como se Bill fosse a pessoa mais idiota do planeta por ter lhe feito aquela pergunta.
- E por que você mentiu por algo assim?
- Eu estava falando com meu padrasto, Bill. Você sabe como os pais, ou mesmo quase isso, são. Super proteção e etc. Eu não sairia de casa caso eu dissesse a verdade para ele – Serena disse de maneira baixa, voltando a olhar pela janela e tentando procurar por uma distração.