Olá. A atualização veio mais cedo do que eu esperava, mas ok. Melhor ainda pra mim, porquê aí eu adianto muita coisa NSKNSLKÇ Apesar disso, as atts vão ser principalmente dominicais, ok?
Bom, aqui vai mais um de diversos Pov's do Brian. Como sempre, espero que vocês gostem. Soa muito ruim dizer que ele é o meu personagem preferido? KKK
Capítulo V
Brian.
Brian saiu do carro e bateu a porta com força. O caminho até a boate havia sido feito em absoluto silêncio.
Assim que travou as portas, olhou para Pria. Ela já ia andando muito à sua frente, fazendo um esforço claro para conseguir manter distância de Brian em um curto espaço de tempo e ainda assim tentar não enfiar o salto- alto em um dos paralelepípedos da calçada. A ameaça claramente deixara- a fragilizada.
Brian já estava ficando de saco cheio dela, e em poucos minutos, tudo o que ele queria era que essa garota imbecil largasse do pé dele. Ela podia ser extremamente gostosa, mas não importava. De garotas maravilhosas, provavelmente já estaria cheio essa noite.
O barulho que vinha do The Place já era tão alto que Brian pôde sentir seus órgãos chacoalharem. Essa era uma das únicas casas de dança da cidade que oferecia bebidas livremente para menores de idade, e também um dos únicos lugares onde você poderia conseguir os melhores alucinógenos da maneira mais fácil; Ligeiramente decadente, mas fartamente freqüentado por praticamente todas as classes sociais da cidade. Era só saber encontrar o seu pessoal ali dentro.
Brian entrou em um beco mal iluminado e empurrou uma porta enferrujada, por onde Pria já havia sumido havia alguns minutos. Uma escada estreita e íngreme descia até o subsolo, e a música que vinha dali de dentro era bastante alta. Luzes monocromáticas azuis e verdes já o alcançavam quando ele começou a descer.
Duas garotas bronzeadas, com as coxas apertadas nos vestidos curtos, subiram as escadas correndo, e Brian foi obrigado a colar as costas na parede escura e gelada para deixa- las passar. Elas riam alto, e já pareciam estar em um estágio avançado de embriaguez. Brian olhou para o relógio e ergueu uma sobrancelha, sorrindo.
“Não são nem onze horas e as piranhas já estão bêbadas? Talvez eu não precise voltar para casa com Pria hoje, afinal.” Ele riu sonoramente, apressando o passo e descendo a escada de três em três degraus. Queria chegar logo à diversão. Grant e Hartman já estavam esperando lá embaixo.
Quando alcançou o subsolo, várias pessoas dançando esbarraram nele. Pôde ver um relance de Pria balançando os cabelos loiros e rebolando com as amigas, enquanto as luzes azuis, verdes e vermelhas acendiam e apagavam, causando sensações de entorpecimento e cegueira momentâneas. Brian gostava disso. Sentia- se em sua verdadeira casa.
O Iphone em seu bolso vibrou, e ele desbloqueou- o. Grant havia acabado de lhe enviar uma mensagem via Facebook.
“No open bar, gostosão. Só esperando você. ”
Brian foi abrindo caminho em direção ao bar do outro lado do salão, enquanto uma música que havia sido um hit antigo tocava em um volume ensurdecedor. No trajeto, sentiu algumas pessoas lhe dando tapinhas nas costas, mas nem se deu ao trabalho de virar para olhar. Alguém pisou em seu Osklen branco, e ele não gostou. Era de couro. Não que ele não fosse dono de mais uma coleção de tênis caros, mas o fato é só que sentia- se incomodado com a ralé que também frequentava o estabelecimento, comportando- se sem respeito em relação à ele e às coisas caras que compravam. Podia comprar os seus papaizinhos com um décimo do salário de seu pai, que era banqueiro de renome.
Enfim avistou a figura de Grant entrecortada pela variação das luzes, atarracado como um rinoceronte, acenando para ele com um copo de Absolut na mão. Logo atrás dele, Hartman, conversando com outros garotos do terceiro ano.
Os garotos do segundo ano eram uns boiolinhas. Já Hartman não. Brian gostava daquele garoto. Ele se destacava, e apesar de ser mais novo e ainda por cima novato, encaixava- se perfeitamente naquele grupo.
Brian adiantou- se e cumprimentou com um abraço e tapinhas nas costas cada um dos garotos no pequeno semicírculo. Hartman virou- se de costas para ele e bateu animado com a mão espalmada no balcão do bar, e um garoto tão jovem quanto eles virou- se para atendê- lo, com uma garrafa em uma das mãos e dois copos na outra.
- Manda mais duas tequilas. - E segundos depois, entregou um copo com uma bebida incolor para Brian, enquanto este já se encontrava conversando animado com os outros caras e proferindo palavrões em um tom tão alto que podia ser ouvido facilmente até com a música.
Todos os amigos de Brian se vestiam da mesma forma. Blusas e suéteres Tommy Hilfiger levantados até os cotovelos, calças justas e Osklens brancos. Relógios caros. O tipo que mais atraía as garotas que dançavam logo à frente, que olhavam para eles e rebolavam da maneira mais baixa possível. Era incrível como esse tipo de garota podia ser tão incrível na pista de dança e na cama, mas tão inúteis na hora de saber calar a boca, pensou Brian.
- Você ficou sabendo? A Paige anda curtindo um ménage. E esses dois aqui, - Grant apontou eufórico para Hartman e para um garoto loiro de olhos negros, que sorriu com desdém e bebericou mais um gole de sua cerveja. – podem te comprovar isso.
- Mesmo? Vocês dois e a Paige? Ela é muito gostosa. – Brian sorriu exaltado, dando um soco de brincadeira no peito de Hartman. – Quem diria, heim, Hartman? E aquela boca de b...
- E aí, como ela é? – Perguntou Grant, chegando ainda mais perto. – Gosta de gemer? É apertadinha?
- Ela engole mesmo ou cospe?- Perguntou um garoto ruivo ao lado deles, que Brian nunca havia visto na vida.
Os dois garotos sorriram e se entreolharam, provavelmente lembrando em conjunto a resposta para todas as perguntas. Até que finalmente, o garoto loiro fez um gesto com o queixo e disse:
- Por que vocês não descobrem? Ela é fácil. – Ele sorriu. Tinha um leve sotaque inglês. – A gente não precisou investir muito, não é mesmo? – Ele olhou para Hartman, que gargalhou.
Grant sorriu para Brian, e cutucou o garoto loiro, que se chamava Markus, com o cotovelo.
- Mostre a eles, Markus, como vocês conseguiram.
O garoto enfiou a mão no bolso e de lá tirou um pequeno saquinho plástico. Ali dentro, um pequeno pó branco e compacto ficou evidente quando a luz vermelha voltou a acender.
- Merda, com cocaína? – O garoto ruivo sorriu, pegando o papelote da mão de Markus e revirando- o nas próprias mãos. – A loira então é chegada num pó.
- E então... – Disse Grant, pegando a droga e entregando- a a Brian. – Por que você não tenta chegar nela, gostosão? A mina é chegada em você.
- Sério? – Brian deu um meio sorriso, sentindo um pequeno calor começar a descer pela base da coluna e envolver todo o seu quadril. Merda, Paige o deixava com tesão.
- A cachorra falou o seu nome quando gozou. – Riu Hartman.
- E cadê ela? – Perguntou Brian. Markus apontou com o queixo para algum lugar na pista de dança, e ele procurou a garota com o olhar.
Ela era a mais visível entre o seu grupo de amigas. Dançava de olhos fechados, com os cabelos loiros muito mais bonitos do que os de Pria escorrendo pelos ombros e chegando à altura de seus seios perfeitamente redondos. Tinha curvas absolutamente fenomenais e usava um vestido vermelho que realçava seu bronzeado.
- Ela é uma versão evoluída da sua namorada. – Grant riu. – Se bem que a Pria não é nada mal. Hã, vocês brigaram? Não vi ela ainda.
- A Pria é só mais uma vaca. Não to afim olhar para a cara dela hoje, nada vai estragar minha noite. Tô a fim de experimentar algumas coisas novas. – Brian sorriu, esvaziando o copo em sua mão em um só gole e jogando o papelote de cocaína para o alto, pegando- o de volta em seguida. Grant agitou- se em seu lugar, e seus olhos azuis e vibrantes percorreram todo o salão, à procura de algo ou alguém. Brian logo percebeu as intenções do amigo, e gargalhou, empurrando- o de brincadeira. Todos os outros garotos já haviam deixado os copos vazios no balcão, indo misturar- se às outras pessoas no centro da pista. Mas Brian sequer se apressou. Sabia que não chegariam perto de Paige. Sua fama de briguento já era extensa, e ele sentia- se como o líder, no topo da hierarquia social entre aqueles que eram seus amigos.
- Ei, Grant – Ele disse, antes de seguir os outros. – Sei do que você está a fim. E sinceramente? Eu não me importo.
Grant sorriu, e chegou mais perto de Brian.
- Você tem certeza? É a sua namorada.
- Sendo minha namorada ou não, eu estou de saco cheio dela. Distrai essa maluca pra mim durante essa noite. Deixe-a bem feliz, tudo bem? – Brian sorriu, e metendo o saquinho no bolso, deu as costas para Grant e foi atrás de Paige.