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 Disfarce Perfeito

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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeTer Ago 23, 2011 12:16 am

Lillian escreveu:

Continua que isso esta viciante mesmo.

pois está cada vez mais Smile

continua honey Very Happy
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeTer Ago 23, 2011 1:02 am

Janaah. escreveu:
Ally Kaulitz escreveu:
Isso está cada vez mais viciante e misterioso, embora eu não consiga pensar em nenhum palpite para tudo que esta acontecendo.

E que raios de Tom revoltado e prepotente é esse? Chega a dar até medo.

Continue Susi.

eér... mais nada a declarar ._.
nem eu que sou a gêmea dela to conseguindo entender essa linha de raciocínio dessa história.... e o que me deixa mais frustrada AINDA, é o fato de eu ser boa com adivinhações de fanfics bua
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeQua Ago 24, 2011 8:00 pm

Se eu não to entendo nada ?
- OHHHH NOO, ... YES.-
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeQui Ago 25, 2011 4:45 pm

Catarina Kretli escreveu:
Se eu não to entendo nada ?
- OHHHH NOO, ... YES.-
A GIF DO JENSEN, NÃO É?!?!?!?! *parei*
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeQua Set 07, 2011 6:57 pm

desculpem pela demora lieb's!
______________________________________________________________________________________________________________

7
Reunião no Escritório

Spoiler:

Disfarce Perfeito - Página 4 Silvergun



Gustav e Georg compartilhavam o mesmo sofá de veludo cor vinho. Alex estava em sua cadeira de rodas, seu noivo segurando sua mão. Tom estava de pé perto da lareira, Alexandra encostada na cortina da janela, com os lábios entreabertos. Uma cadeira no centro da sala me esperava, e Megan me sentou nela. Foi para a parede.
Tom circulou-me por duas vezes, com aquele olhar irritantemente incisivo.
- Já chega! – Explodi.
Na mesma rapidez, ele me deu um tapa no rosto. Foi tão rápido que nem mesmo senti a dor, só uma ardência, meu rosto sendo levado na direção oposta. Megan tentou ir até ele, mas Gustav a segurou.
- Se você voltar a tocar nele, eu te mato – ela ameaçou, enquanto Gustav tentava dominar seus pulsos.
- Está sem reação. Perdeu sua sensibilidade. Suas habilidades. Perdeu a você mesmo, e porque quis.
Tom ficou na minha altura, e afastou minha franja do rosto.
- Agora me diga de uma vez: porque você nos mandou para o aqui e o agora?
- Que? – Perguntei, sem fôlego.
- Porque estamos aqui, maninho. Foi a sua mensagem.
- Eu... não... sei.
Ele retirou uma das pistolas do coldre, e encostou o cano na minha testa. Perdi o chão com aquele ato. Meu próprio irmão...
- Sem exageros, Tomi – Alex disse, o fazendo relaxar – ainda temos 42 horas. Pra que forçar a barra?
- Tique-taque, Alex. É por isso.
- Ele está sem memórias.
- É isso mesmo! – Gritei – E-eu não faço ideia do que está acontecendo, nem mesmo quem são vocês! Mas que porra toda é essa?!
Tom se afastou, e com um aceno no rosto, indicou Georg. Tom ficou atrás dele. Gustav levou Megan para o sofá, atrás de mim.
Sentia que ela era a única do meu lado.
- Sabe quem foi que matamos, Bill?
- Não – minha voz falhou. – m-ministro polonês.
- É. Sabe o que aquele filho da puta estava fazendo?
Somente fiz que não com a cabeça.
- Ele estava no cargo havia menos de um ano. Nesse tempo, além de sempre contratar meninas de 12 anos para a prostituição, estava... incentivando outros governos da União Européia para cortarem gastos.
Ele deu um riso apagado. Ouvi Alex suspirando.
- Lembra de quando eu pedi Alex em casamento?
- Aham... – meus olhos queimavam.
- Foi quando ela descobriu que estava... doente. Então, fomos até o hospital, e descobrimos... que ela havia sido envenenada com radiação. Envenenada pra morrer.
Ele falava olhando para ela. Sentia que as paredes ficavam próximas.
- Então, ela começou um tratamento experimental no hospital, e... estava dando certo. Ela ia viver mesmo.
A primeira lágrima correu de seu rosto. Tinha uma respiração curta, e o tapa no rosto finalmente doía.
- Então... a ala que cuidava dela foi cancelada. Assim, sem explicação. Adivinha quem estava incentivando a reformulação de verbas para a saúde?
- Então foi vingança? – Perguntei. Ele voltou a olhar pra mim.
- É isso o que fazemos nas horas vagas da tour, Bill. É isso o que todos aqui fazemos. É pra isso que existimos. E é isso – ele segurou os dois braços da cadeira, ficando a centímetros de mim – é isso que quer acabar com a gente agora.
- Isso o q...
- E você descobriu tudo, antes de sair. Você disse pra gente estar aqui, todos reunidos, nesse dia. No passado, você saiu pra salvar a vida da sua família. E agora, você vai ter que voltar pra salvar todos que pertencem a nossa... espécie.
- O que eu devo fazer?
- Você deixou pistas... – ele foi até a lareira, e de lá, tirou uma caixa pequena de madeira – disse para eu cuidar disso. E só te devolver hoje.
Passei a mão na tampa, tirando a película de pó. Minhas iniciais apareceram. Mas não havia feixe para abrir.
- Encoste o olho no visor biométrico – disse Tom – somente você pode abrir.
Bem abaixo de minhas iniciais, uma fraquíssima luz vermelha piscava. Fui com o olho esquerdo bem em cima da luz, e o laser ficou mais forte, tomando conta de minha visão, enquanto lia minha retina.
Sete segundos depois, a tampa fez um clique. Terminei de abrir, ainda piscando, atordoado.
Lá dentro, tinha uma pistola de prata.
E eu tinha certeza que era minha.
Alex empurrou sua cadeira de rodas até ficar do meu lado, e exclamou:
- Você a guardou aí! A nossa chave...
- Chave?
- Acham que está tarde demais pra ir até lá? – Gustav perguntou.
- Eu é que não vou acordar o velho amigo. – Tom disse.
Todos estavam ao meu redor, ainda estasiados, vendo aquela obra-prima que podia tirar uma vida com uma facilidade tremenda.
- Eu era caçador de vampiros?
Todos riram.
- Não, querido – Megan respondeu – a pistola é de prata, as balas não.
- Tem alguma coisa a mais lá dentro – Alexandra alertou.
Fui com a mão na caixa. Com cuidado, retirei uma seringa, com uma agulha envolta na proteção. Um líquido em vermelho-transparente em 15mls estava lá dentro. Junto dela, um bilhete dobrado, num papel quase amarelado. Reconheci minha letra no ato.

Para a minha querida Alex
Hoje, dia 30 de agosto de 2013
É o dia da sua cura
Tome a dose sem medo, e amanhã
Você estará de volta à vida
B.


Alex foi com as duas mãos esqueléticas na boca, enquanto dois rios lacrimosos tomaram conta de seu rosto. Todos ficamos em silêncio, sem saber o que fazer.
- V-vamos – ela estendeu o braço, ainda soluçando.
- Eu não posso! Ninguém sabe o que isso é!
- Bem... segundo o bilhete que você mesmo escreveu... é a cura dela. – Tom concluiu.
Olhei para Georg. Ele fez que sim com a cabeça.
Tirei a agulha do tubo de proteção, e fiz o máximo de esforço possível para não tremer a mão. Alexandra ajudou a irmã a firmar o braço, enquanto eu via a trilha azulada da sua veia.
- Que Deus me perdoe...
Enfiei a agulha o bastante para alcançar a veia, e fui empurrando o líquido vermelho aos poucos, sem respirar.
Quando terminei, Alex estava corada.
- Isso... ah...
- Ale! – Georg foi ao seu lado, apavorado – falacomigo!
- É... quente! Nossa...
Respirei aliviado.

Um dos tios de Georg ali hospedado era médico, e ficou cuidando de Alex pela noite, mesmo ela insistindo que estava bem, e se sentia mais disposta. Fiquei olhando a rua pela janela do quarto durante a noite, sem sentir sono algum, ainda tendo a mesma adrenalina alta no organismo. Megan ficou enrolada na cama.
Na madrugada, os primos de Georg que estiveram conosco em Las Vegas chegaram. Escutava Tom falando com eles no andar de baixo, em russo.
- Porque todos sempre falam em russo?
- É cirílico. Modificado – Megan me respondeu – você criou o idioma.
Fui até a cama.
- Quer dizer que eu crei?!
- Isso. Nunca se sabe quando estamos grampeados – Ela se sentou, segurando o cobertor no corpo. – Você era um bom líder.
- E ainda era o líder?!
- É. Depois que você saiu, seu irmão ficou no seu lugar.
- Por isso ele está com tanta raiva.
- Também. Digamos que pra nenhum de nós foi fácil... especialmente pra mim.
- Megan, porque eu fui embora? Eu te salvei do que?
- Ate hoje não sabemos, mas você teve de ficar longe, e teve de garantir que não ia se lembrar de nada pra sempre.
- Como eu garanti?
Ela me puxou, de forma que me deitasse também, do seu lado. Lentamente, ela tirou minha camisa, e riu ao ver que a tatuagem que havia feito começava a cicatrizar.
- Foi no mesmo jardim dessa casa... todo mundo está surtando com você. Você só repetia que se não fosse embora, eles viriam atrás de mim, mas não podia dizer quem era. Então convocou uma reunião com todo mundo que era subordinado a você, nesta casa. Você... – ela se calou, não permitindo que a primeira lágrima caísse – você se escondeu, e esperou todo mundo entrar. Então fechou a casa com todos nós dentro... – ela me encarou. Deu um longo suspiro antes de continuar – apareceu no jardim. Tinha em mãos a caixa que você abriu hoje em mãos, e um envelope. Gritou pela janela para Georg, para que ele guardasse a caixa até hoje. Disse que nossos... papéis do divórcio estavam no envelope.
Ela escondeu o rosto em meu ombro.
- Disse sinto muito. Então, tirou uma Glock do coldre, mirou na própria cabeça, e...
- Shhhhh.... não continua. Por favor.
Solta a porra dessa arma, agora! A frase que a minha mente gritou.
- Demoramos dois minutos pra arrombar a porta, e oito segundos pra chegar até você. Ficou dois meses entre a vida e a morte. Um tiro certeiro no centro da memória em seu córtex cerebral. Você já tinha começado o tratamento para esquecer um mês antes, e só descobrimos depois de tudo. Mesmo o tratamento sendo bem-sucedido, você precisava de um trauma grande.
- Então... tive a frieza de atirar na própria cabeça.
- É isso aí.
- Megan, porque... porque...
Ela me abraçou, deixando que eu ficasse em contato com seu corpo desnudo. Me embalou por minutos, deixando-me chorar em silêncio, me apertando com força contra si. Como se temesse que eu fosse embora outra vez.
- Eu te amo, sabia?
- Imagino que sim.
Não demorou, e permiti que ela também me despisse, lentamente. Enquanto a chuva lá fora batia com força no vidro, a sombra das gotas caía sobre nós. Senti todo o seu desespero em ficar longe, senti toda a sua saudade reprimida.
Supostamente, eu fui casado com aquela mulher.
Absolutamente, eu entendia agora.
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeQua Set 07, 2011 8:28 pm

[AAA] ela postoou *--*

nossa, sem palavras aqui u_u

Eu ainda quero saber todo o motivo do Tom estar tão rude com o Bill, é!

Ah, a Alex vai ficar bem, deve ter sido um alivio!

hm' qual será o propósito do esquecimento? E quem iria machucar a Megan?

Ah liebe, você tem que continua loguinho *o*
Ta perfeito *--*
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeQua Set 07, 2011 9:57 pm

ual..... finalmente alguma coisa ta começando a fazer sentido nessa história tão louca quanto a dona! HAHAHHA
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeQua Set 07, 2011 9:58 pm

Patty Back escreveu:
ual..... finalmente alguma coisa ta começando a fazer sentido nessa história tão louca quanto a dona! HAHAHHA
fi-nal-men-te
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeQui Set 15, 2011 10:02 am

Ah quer dizer que o Bill era lider do bando e agora Tom ficou em seu lugar e Alex era sua suposta mulher, realmente algo está fazendo sentido.
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeQui Set 15, 2011 7:43 pm

OMG! Estou... Sem reação, é sério!
Espero que a Alex fique bem.
Quem será que queria machucar a Megan?
Continua Susi!
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeQua Set 21, 2011 9:58 am

Menina, que fic é essa??!
Está muito boa, Susi *-*
Sou leitora nova, mas também posso exigir capítulo!! KKKKKKKK
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeSáb Set 24, 2011 11:31 pm

Kyaa oi leitora nova, dank por ler!
gurls, sorry pela demora, aí vai mais um, boa leitura!
_______________________________________________________________________________________________________________

8
Em Busca da Pista nº2


Disfarce Perfeito - Página 4 363953135756154f8ca9




Estranhamente, acordei cedo naquela manhã. Enrolei Megan no cobertor com todo o cuidado, passei por uma ducha rápida, e não me preocupei com o cabelo.
Poucos já estavam acordados. Gustav estava sentado na bancada da cozinha, digitando freneticamente num laptop, falando aquela mesma língua que eu havia criado, pelo microfone. Estava conectado a alguém na rede, mas quando tentei ler a tela, desisti. Estava tudo encriptado.
Fui até a pia, e enchi um copo de água. Lá fora, o impossível acontecia.
Alex já conseguia ficar de pé. Claro, Georg a segurava pela cintura, mas era possível ver alguns passos, e muitos sorrisos.
- Incrível.
Me virei. Tom estava do meu lado, também impressionado com a cena.
- Ela estava quase morta... o que você deu pra ela, afinal?
- Não sei.
- A chave vai nos dizer.
- O que você tem aí?
- Seu terno para o casamento.
Vi o embrulho em cima da bancada. Abri um pouco o zíper, e senti a maciez e firmeza do tecido.
- Nossa... isso deve ser super confortável de usar!
- Você nem imagina quantas armas dá pra guardar nos bolsos.
- Porque vamos estar armados, Tom?
- Depois do café. Vou chamar Alexandra. Chame a Megan.
- Ela está dormindo...
- Chame ela e vá guardar sua roupa agora.
Resolvi não discutir.

Quando entrei no quarto, vi que Megan havia tomado banho, ainda estava com a toalha enrolada no cabelo, e já havia vestido as roupas íntimas.
Um conjunto de rendas vermelhas que me fez suspirar sem querer.
- Bom dia, lindo.
- Bom dia. É... o chefe tá chamando.
- É só isso que ele sabe fazer... hei...
- Que?
- Quer fazer uma coisa que você sempre fazia comigo antes?!
Os olhos dela brilharam numa intensidade incrível.
- Claro.
Ela se jogou na cama outra vez, rindo. Não entendi.
- Pode escolher!
- Hum?
- O que eu vou vestir hoje, querido. Você sempre... fazia isso.
- Sério? Que legal! – Fingi surpresa, e fui até sua mala.
Fora três conjuntos secretária, eram só roupas que você encontrava em sexy shop. Tinha até mesmo acessórios, alguns dos que eu nem fazia ideia de como usar.
- Ham... você então...
- Era exigência sua.
- WAS?!
Ela gargalhou, e foi até a ponta da cama.
- É verdade!
- Eu sou tão safado assim?
Num pulo, ela caiu no meu colo, e me forçou a deitar no carpete, ficando sobre mim.
- Você nem imagina.
- Bem, pode usar um conjunto secretária que eu vou ficar bem feliz.
- Certeza...? - Sem pedir permissão, ela mordeu minha boca, e foi com as mãos no cinto da minha calça.
- O Tom tá esperando...
- Acredite. Ele acorda a Alexandra assim todas as manhãs.
- Caramba... não sei se vou me acostumar a isso. Não me lembro de ter um relacionamento, sabe?
- Você consegue.
Cinco batidas fortíssimas na porta nos fizeram parar.
- Café da manhã, já!
Megan fez um muxoxo, se levantando.
- Seu irmão é um saco! – Ela disse, encontrando uma regata branca super justa para usar.
- Às vezes. – Concordei.

Além da regata, Megan usava uma meia arrastão preta, sapatilhas, e uma mini-saia vermelha com xadrez preto. Alexandra se vestia de uma forma parecida: um top flúor, um short de lycra preto, suspensórios, luvas com dedos de fora, e uma bota com cano curto e salto gigantesco. As duas tinham o mesmo batom cereja nos lábios.
Alex apareceu, e quando viu as duas, assoviou.
- Graças a Gott em breve eu vou voltar a me vestir assim.
- Não que eu aprove muito, né amor? – Georg disse, num tom que todos pudemos ouvir.
- Shh, o chefe quer falar.
- Danke – Tom espalmou as mãos na bancada. – Então, como vocês sabem, a primeira pista já aconteceu. Pelo que vemos, nossa Alex está se curando.
- Aposto que já vou estar andando amanhã. Quero ir andando até o altar.
- Vai estar sim. – Disse Georg. Ele olhou pra mim e agradeceu.
- Agora a próxima pista... – Tom voltou a falar – tem haver com a beleza aqui.
Ele havia ficado com a minha pistola de prata, e a colocou na bancada.
- Precisamos desta pra abrir o estúdio.
- Esperem – disse – nosso estúdio de gravação?
- Que por um acaso é nosso Q.G. – Gustav disse, fechando o laptop.
- Mas porque precisam dela?
- Você vai ver logo, logo. Gustav?
- Chefe, tentei contato com a fonte, mas ate agora está negativo. Vamos ter que ir até lá.
- Era o que eu temia. Ok, equipes... separar em dois carros.
Eu só terminei o copo de suco de laranja, e os segui. Alex ficou aos cuidados de seus parentes, mas estava de pé quando se despediu da gente.

No carro da frente foram Gustav, Georg, e seus três primos. No outro fui eu e Megan no banco traseiro, Tom dirigindo, e Alexandra no carona. Reparei que as duas colocaram coletes à prova de balas, e um leve casaco militar por cima destes. Alexandra ajudou Tom a vestir o seu.
- Vem – disse Megan, colocando o colete em mim – tem duas pistolas 9mm nos bolsos de trás, como você gosta.
- Valeu – disse, sem saber se ria ou demonstrava medo. – Eu sei atirar?
- Até de olhos fechados. – Ela piscou, afivelando o colete.
Tempo estimado de chegada: 20 minutos, anunciou o GPS. Tom o calou com comando de voz.
- Porque só o Gustav está solteiro ainda?
Vi que os três se ajeitaram no banco.
- Ele tinha – disse Megan, pegando minha mão – infelizmente a Nora já se foi.
- Porque?
- Assassinato, oras – Tom respondeu, me olhando pelo retrovisor.
- Quem a matou?
- Nosso inimigo em comum. Foi logo depois que você atirou nos miolos.
- Porque?!
- Porque você – respondeu Alexandra, virando-se – deixou Nora cuidando da segunda pistola de prata. O inimigo descobriu, foi atrás dela. A torturou das piores maneiras possíveis, até que ela contasse. Então ele acabou com a vida dela, e jogou o corpo na lata do lixo do Gustav. Deve imaginar o choque dele quando foi jogar o lixo pela manhã.
Senti o estômago revirar. Megan perguntou se eu estava bem, só fiz que sim com a cabeça, e fiquei em silêncio pelo resto da viagem. Mal senti o carro parar, de tão anestesiado.
- Chegamos – Tom anunciou, pulando do carro.
- Fica frio, Bill – Megan disse, baixo – deixe o Gustav por enquanto. Você vai entender tudo.
Saí do carro, e tentei não olhar para Gustav. Imaginei o ódio que ele nutria por mim, e mais uma vez senti que somente Megan estava do meu lado.
Foi quando olhei pra cima, e vi onde tínhamos parado.
Parei, em choque.
A casa estava aos pedaços, praticamente abandonada.
Mas era a casa do David.

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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeSáb Set 24, 2011 11:44 pm

[...] " Porque você – respondeu Alexandra, virando-se – deixou Nora cuidando da segunda pistola de prata. O inimigo descobriu, foi atrás dela. A torturou das piores maneiras possíveis, até que ela contasse. Então ele acabou com a vida dela, e jogou o corpo na lata do lixo do Gustav. Deve imaginar o choque dele quando foi jogar o lixo pela manhã." [...]

.___.
Meu Deus, eu morria ali mesmo!
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeSáb Set 24, 2011 11:48 pm

Gii Way escreveu:
[...] " Porque você – respondeu Alexandra, virando-se – deixou Nora cuidando da segunda pistola de prata. O inimigo descobriu, foi atrás dela. A torturou das piores maneiras possíveis, até que ela contasse. Então ele acabou com a vida dela, e jogou o corpo na lata do lixo do Gustav. Deve imaginar o choque dele quando foi jogar o lixo pela manhã." [...]

.___.
Meu Deus, eu morria ali mesmo!

Somos duas. Enfim, as coisas estão ficando cada vez mais claras mais em certas coisas eu ainda estou tão perdida quanto o Bill.
Continua Susi.
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeDom Set 25, 2011 1:11 am

Gii Way escreveu:
[...] " Porque você – respondeu Alexandra, virando-se – deixou Nora cuidando da segunda pistola de prata. O inimigo descobriu, foi atrás dela. A torturou das piores maneiras possíveis, até que ela contasse. Então ele acabou com a vida dela, e jogou o corpo na lata do lixo do Gustav. Deve imaginar o choque dele quando foi jogar o lixo pela manhã." [...]

.___.
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meu estômago revirou ._.
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeDom Set 25, 2011 3:12 am

Oh Gott
Estou embasbacada, sério. Mesmo vivendo com tudo isso, deve ter sido muito duro pro pobre Gustav .-.
Ahhhhh, Susi, minha querida ficwriter, não demore pra postar, ok??
Essa fic é viciante, nos faz querer seeeempre mais, mano
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeSeg Set 26, 2011 9:18 am

Susi Ficwhiter escreveu:
- Ele tinha – disse Megan, pegando minha mão – infelizmente a Nora já se foi.

ai ele conheceu uma brasileira chamada Bia' Razz
Coitado do meu Klaus Crying or Very sad
Mas ae, muita coisa está ficando nítida agora *---*
Acho que logo, tudo terá seu desfecho e eu vou parar de roer o pé da cadeira aqui u_u'
HAUHUSHUAH'
Mas então Dona Susi, bora continuar néah? ^^
To amando (L'
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeTer Set 27, 2011 9:12 pm

OMG! Coitado do Gustav!
Imagino como ele se sentiu!
Estou boba aqui, é sério!
Continua Susi, quero mais!!!!
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeSáb Out 01, 2011 11:18 pm

e aewww garotas!
muito feliz por vocês estarem gostando tanto =D, logo vocês vão entender tudinho, mas por enquanto...
________________________________________________________________________________________

9
De Volta as Raízes, parte 1


Disfarce Perfeito - Página 4 Tomgustavstalkerismo
Spoiler:




- Meu... Deus! O que houve com esse lugar? – Disse, indo na frente de todos.
- Tem que ver o dono – Tom esbarrou em mim, e foi até a porta. Antes de bater, olhou para mim: - tirem o lerdo da linha da bala.
Megan me puxou para o seu lado, e sacou uma arma. Fiz o mesmo.
Tom deu três batidas na porta.
Um tiro de carabina saiu de dentro da casa, tão alto que me deixou surdo. E sem perceber, dei um tiro pro alto.
- Desgraçados! – Alguém gritou de lá de dentro, e atirou na direção da porta. O buraco ficou a dois centímetros da cabeça de Tom, e quase atingiu um dos primos de Georg.
- Quer parar, seu idiota?! – Tom esbravejou.
- Foi sem querer!
- Jost, é a gente! – Tom disse, por dentro do buraco na porta.
- Ah é... – o olho de David apareceu no buraco. Ele olhou pra mim, depois destrancou a porta, e abriu uma fresta.
Metade do seu corpo ficou fora. Ele usava roupas surradas, e uma barba de três dias no rosto. O cabelo estava todo bagunçado, e olheiras fundas ao redor dos olhos encovados. Ele tinha uma tatuagem que começava na mão esquerda, e ia para dentro do braço. Ele tremeu a boca diversas vezes.
Segundos depois, uma mulher loira, toda de preto, com o cabelo bem amarrado num coque apareceu. Abri a boca.
Dunni.
- O que vocês dois estão fazendo juntos? – Perguntei.
- Eles são casados – Tom respondeu.
- Que?! E quem em sã consciência aconselharia uma coisa dessas!
Todos olharam para mim.
Resolvi ficar calado.
- Entrem logo, antes que esse louco atire em mais alguém. – Dunja disse.
Se no lado de fora tudo estava destruído, no lado de dentro, tudo estava intacto, e absurdamente... luxuoso.
Parecia um museu gigante, de três andares. Todo o chão era de mármore branco, havia ouro e prata nos candelabros, porcelana chinesa, quadros de pintores renomados... não dava pra acreditar no contraste.
- Vocês são o que, afinal? Donos de um antiquário?
- Ele ainda não sabe de nada?
- Não Duni – disse Tom – precisamos ter acesso ao Q.G.
- É o tempo está correndo – Dunja parou, e me deu uma boa olhada – você está tão bonito quanto a última vez que te vi. O tempo não tocou você nos tocou.
Não consegui entender se aquilo era um elogio, mas mesmo assim agradeci.
Num canto do segundo andar, dezenas de telas nas mais diversas polegadas, computadores ligados em rede. Uma espécie de monitoramento internacional. David se sentou na cadeira principal, e começou a digitar comandos, olhando pra nós.
- Vocês vão precisar de uma cópia falsificada, e das boas.
- Porque não temos mais acesso? – Perguntei.
- Shh! – Tom disse, entrelaçando os braços no peito.
- Ajuda?
- Opa, Gus, senta aê!
Os dois ficaram digitando diversas coisas. Enquanto Gustav parecia infiltrar uma rede, David ia desenhando uma chave em duas dimensões na tela. Aos poucos, vi que ao lado, um tonel transparente com água começou a brilhar. Um braço robótico entrou no líquido, e esculpiu o mesmo desenho que David fez numa lâmina. Depois de pronto, os dados que Gustav havia hackeado foram copiados para a chave.
- Vocês são demais! – Concluí, um riso bobo na cara.
- Yeh! – Gustav e David bateram as mãos no ar.
- Jost, quanto vai nos custar?
- Nada, chefe. É só me... garantir que as coisas vão voltar a ser como antes.
- Estamos tentando. Gustav?
- Fala.
- Leva ele daqui.
Entendi que Tom queria falar alguma coisa sem que eu ouvisse. Gustav me levou um andar acima, onde o teto abobadado tinha pinturas de anjos escalando as nuvens no céu.
- Isso tudo é tão... louco.
- Imagino que seja. Quer dizer, pra você, né.
- Gustav... Alexandra me falou sobre Nora.
Ele petrificou. Depois de um momento com os olhos arregalados, a ir tomou conta deles.
- Eu... eu nem mesmo sei o que dizer!
- Que tal ficar com essa boca fechada?
- Eu sinto muito.
- Cale-se.
Ele me empurrou até onde as meninas tinham se reunido.
Haviam muitas consequências de meus atos passados.
E eu só queria entender eles, já que tudo em mim dizia uma única verdade.
Eu não me lembraria nunca mais.

Eu fiquei lá, parado naquela casa imensa e estranha. Meus olhos passavam por todas as direções, tentando em vão reconhecer alguma coisa. Virei-me, dando de cara num espelho de metal.
Quem é você?
Quando alguém te faz esta pergunta, enrolamos pra responder, mas sempre sai alguma coisa.
Eu responderia que era Bill Kaulitz, vinte e poucos anos, alemão, vocalista e líder da banda Tokio Hotel. Uma fachada...
Eu usava uma máscara pra esconder o que eu era.
Mas o que eu sou, afinal?


Permaneci em silêncio pelo resto do caminho. Megan tentou conversar, mas eu não respondi, não sendo totalmente frio, a abracei. Por vezes, vi o olhar intrigado de Tom pelo retrovisor.
Somente virei o rosto pra janela, reconhecendo o caminho.
Nosso estúdio de gravação estava do mesmo jeito. A grama bem-aparada, o silêncio, as janelas fechadas, os tijolos vermelhos, sempre repintados conforme a passagem do tempo. Assim que descemos do carro, as poderosas unhas de Megan agarraram meu pulso.
- O que aconteceu?
- Megan, eu é que tenho de fazer esta pergunta.
- Bill.
- Hei, vocês dois! - Tom nos chamou. Contra a vontade dela, a puxei.
Tobi foi quem abriu a porta, fechando-a atrás de si, nos encarando no gramado. Sua expressão era ainda mais séria que eu me lembrava. Vi o começo de uma tatuagem em seu pescoço, agora, um cavanhaque tomava conta do rosto. Pensei em cumprimentá-lo, mas um ambiente tenso se instalou imediatamente, e desisti.
- Espero que tenham trago a chave certa desta vez. - Ele disse, olhando para mim e Tom.
Gustav tomou a frente. Ele tirou a chave que havia feito do cordão pendurado no pescoço, e foi até uma fechadura disfarçada. A chave caiu completamente na fechadura, deu um clique, e ele a puxou.
A porta foi deslacrada cinco segundos depois.
Tobi relaxou os ombros, e sorriu. Vi uma submetralhadora Uzi no bolso interno do seu casaco.
Como eu consigo identificar essas coisas?
- Sejam bem vindos de volta à casa, garotos. - Ele nos deu passagem.
- Devo me preparar? - Sussurrei a Megan. Seus olhos verdes estavam escuros, como duas gemas de esmeralda.
- Não que vá adiantar muito...
As luzes automáticas se acenderam quando entramos no hall.
Nem toda a preparação da Terra teria me deixado pronto pro que vi.


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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeDom Out 02, 2011 12:10 am

Ai, cristo
O que ele viu?
O que há lá?
D:
Quero saber Susi ><
Não demore para postar, promete?
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeDom Out 02, 2011 1:34 pm

Pronto...
Se a susi não parar na melhor parte, ela está com problemas...
¬_¬'
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeDom Out 02, 2011 4:15 pm

Uma coisa que me incomoda é o Gustav, mas o problema não é ~com~ o Gustav, mas sim, com o fato de ser obrigada a imaginar como seria conviver bem dizer 24 horas por dia com o responsável pela morte de quem você amava. Sério, isso não me desceu, desde o capítulo passado ._.

Gii Way escreveu:
Pronto...
Se a susi não parar na melhor parte, ela está com problemas...
¬_¬'
e depois ainda tem a audácia de falar de mim :OOO
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeDom Out 02, 2011 7:54 pm

Ok... O que ele viu? O que ele viu?
OMG! A cada cap eu fico mais viciada
e intrigada também! Esse é um lado
dos meninos que eu não gostaria de conhecer! rsrs
Mais tia Susi!!!
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeQui Out 06, 2011 11:26 pm

Gii Way escreveu:
[...] " Porque você – respondeu Alexandra, virando-se – deixou Nora cuidando da segunda pistola de prata. O inimigo descobriu, foi atrás dela. A torturou das piores maneiras possíveis, até que ela contasse. Então ele acabou com a vida dela, e jogou o corpo na lata do lixo do Gustav. Deve imaginar o choque dele quando foi jogar o lixo pela manhã." [...]

.___.
Meu Deus, eu morria ali mesmo!
e me enterrava na própria culpa! O_O

Janaah. escreveu:
Uma coisa que me incomoda é o Gustav, mas o problema não é ~com~ o Gustav, mas sim, com o fato de ser obrigada a imaginar como seria conviver bem dizer 24 horas por dia com o responsável pela morte de quem você amava. Sério, isso não me desceu, desde o capítulo passado ._.
totalmente :S

kyaa.ximenes escreveu:
Ai, cristo
O que ele viu?
O que há lá?
D:
Quero saber Susi ><
Não demore para postar, promete?
GEMEA, ANDA LOOOOOOOOOGO X.X
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MensagemAssunto: Re: Disfarce Perfeito   Disfarce Perfeito - Página 4 Icon_minitimeDom Out 09, 2011 10:10 pm

parte 2



Disfarce Perfeito - Página 4 Tokio11540163

Spoiler:

Eu me lembrava de nosso estúdio antes. Dos quadros dos nossos CDs nas paredes, da grande TV em que jogávamos Good of War, dos aparelhos de som, da nossa coleção de vinis antigos. Tudo era projetado para que nos sentíssemos bem à vontade, considerando o lugar como nosso lar.
Eu me perguntava se era possível ter o mesmo conceito agora.
Armas. Minha visão se enchia delas. Os pôsteres não estavam mais ali, as paredes eram nuas. As luzes eram frias e azuis, e era possível ver concavidades e compartimentos dentro da parede - uns abertos, outros fechados. Eu cheguei próximo de um destes. Só armas de calibre pesado, canos longos, miras à laser adaptadas. Peguei um cartucho de uma das caixas, sentindo seu peso, a textura, o cheiro de metal e pólvora, um prelúdio certo de uma morte dolorosa.
Voltei a olhar em volta, em busca de algum traço familiar, uma vaga lembrança, um lampejo que fosse.
Nada.
Eu me sentei no chão, e escondi o rosto entre as mãos. É um pesadelo, só um pesadelo ruim que já vai passar, é só isso...
- Você está bem? - Megan sussurrou, se abaixando na minha frente.
- Não consigo... respirar...
- Vamos pro jardim lá nos fundos, vem.
Deixei ser levado por ela. Do lado externo, era tudo da forma que eu tinha na cabeça.
Mas dentro, nada correspondia.
Nos sentamos na mesa de ferro do jardim, o belo sol batendo contra o metal, iluminando o rosto de Megan, como um flash eterno de uma fotografia.
- Pergunte, Bill - ela disse - eu sei que quer saber de muitas coisas. Quem sabe não te ajudo...
- Como isso acontece?
- Tudo o que não era relacionado a banda, sua mente apagou. Por isso você reconhece o ambiente em si, mas... bem, lá dentro está bem diferente, né?
- Eu... eu quero dizer pra mim mesmo que isso é só um pesadelo ruim, mas eu não consigo... porque eu sei que... - apoiei os cotovelos na mesa, e cruzei as mãos na nuca - porque isso?
- Tom está destrancando a sala principal com sua pistola de prata. Você já vai entender.
- Como se destranca uma sala assim?
- Foi você quem a fechou. Ela contém todos os nossos maiores segredos. A chave dela, é um encaixe perfeito da sua pistola de prata, só com ela é aberta.
- Não sei se eu quero saber.
- Não que você tenha muita escolha. Sinto muito.
- A-antes de eu ver, só seja sincera comigo numa coisa.
- Tá bem.
Eu encarei os olhos da bela mulher que podia chamar de minha, segurando suas mãos.
- Eu escolhi ser isso?
- Não. Todos fomos escolhidos. Muito tempo antes de sermos capazes de tomarmos nossas próprias decisões.


A sala era nosso antigo lugar de gravação das músicas, o estúdio em si. Como antes, o interior não correspondia ao que eu estava acostumado a ver. Uma penumbra pairava no ar com cheiro de coisa guardada. Uma grande mesa de reuniões estava com uma película de pó tão espessa, que parecia ser a toalha da mesa. Georg foi até um quadro de luz principal, e acendeu algumas luzes. Alexandra tratou de ligar o computador central, e uma tela de umas 80 polegadas tomava conta da parede do fundo. Ela demorou a ligar, aos poucos o brilho foi ajustado, os poderosos cullers do computador começaram a girar, espalhando um pouco a poeira no ar. Com um canto do olho, vi que Megan ligava o ar-condicionado.
- Vem - Tom me pegou pelo braço, e me colocou na frente de um teclado com duas vezes mais teclas que um comum.
- É um tipo de computador central?
- Mais ou menos. Antes de toda a rede ser criada, as informações partiam daqui, o antigo centro de controle.
- Informações?
Tom ignorou minha pergunta, e clicou enter duas vezes.
- Não sei a senha. - Ele disse.
Na tela, somente uma instrução, em letras verdes e grandes

PASSWORD

- E o que o faz pensar que eu me lembro?
- Tente se colocar na situação.
- Me ajuda.
Tom bufou, irritado.
- Imagina que você é o líder de uma força-tarefa ultrasecreta do governo, e sabe que neste computador existem informações que não podem vazar de jeito nenhum. Há uma senha, você nunca pode errá-la, senão inutiliza toda a máquina. A senha não pode se referir a você diretamente, nem ao que você mais dá valor. Mas ao mesmo tempo, você sabe que jamais a esqueceria. Pense.
Fiquei em silêncio, assim como todos ali. Eu olhava para aquela palavra na tela até a cor ser absorvida pelos meus olhos, até que toda a minha concentração estivesse focada ali. Eu não podia errar.
Eu não podia errar.
Erro. Isso não podia acontecer.
Então, teve um momento que eu comecei a fazer ao contrário. Acertar.
Quase voei com as mãos no teclado.
- Calma - Tom alertou - lembre-se, uma chance apenas.
- TÁ - disse, sentindo a garganta tão seca, que parecia ser feita de pó.
Só podia ser uma coisa. Uma data.

15082005

O dia em que começamos a acertar.
Depois que digitei, a palavra se dissolveu na tela. Apagou-se num segundo, e no outro, o desktop apareceu, já ativado normalmente.
- Nossa... - soltei o ar que prendia nos pulmões.
- É isso aí! - Finalmente Tom sorriu para mim, sacudindo meus ombros - mas que raiva, como era óbvio!
- E ao mesmo tempo, não.
- Tá, e agora? - Perguntou Alexandra.
- Vamos ver quais foram as últimas coisas que você fez - Gustav puxou a cadeira com rodinhas, e começou a digitar freneticamente.
- Estou tão orgulhosa de você... - Megan sussurrou no meu ouvido, atrás de mim - vou te recompensar mais tarde, prometo.
- Olha que eu cobro, hein?
Seu sorriso queimou minha nuca. Ela brincou brevemente com a bagilha da minha calça, e eu quase suei frio pra ter controle o bastante para resistir.
- Bem... hã?
- Que foi, Gustav? - Tom perguntou.
- Só tem um vídeo. De 14 minutos e 17 segundos. Foi a última ação registrada do HD.
- Okay, vamos vê-lo. - Nos acomodamos nas cadeiras ali perto.
Foi a primeira vez que olhei pro lado, e vi uma bandeira da Alemanha pendurada na parede. Que estranho...
- Oi Bill, e aí como você está?!
Minha própria voz me disse. Assustado, virei-me para a tela
A pessoa no vídeo era eu mesmo.
- Oh meu Deus... - Megan sussurrou.
- Que foi?
- Vo... esse vídeo foi gravado duas horas antes de você ter dado um tiro em si mesmo.
- Cara, eu imagino sua cara de assustado - eu mesmo ri, com ironia - é estranho né? Uma mensagem pra si mesmo, que você nem lembra de ter feito. Bem, mas pode ficar feliz, se está vendo este vídeo, é porque não estamos mortos! - Ri junto com o Bill da tela - aiai... essas piadas horríveis...
- Concordo - disse Tom.
- Sei que concorda, Tom - meu gêmeo perdeu a cor do rosto - sei que está aí, os caras e as meninas também. E a minha Megan... - Bill (tá, eu mesmo) assoviou - cara fala sério, isso é que é sorte grande! Não tem garota mais linda nesse mundo... Meg, eu sei que não posso mais me lembrar de você, e de tudo o que passamos juntos. Mas eu quero que saiba que mesmo que minha mente tenha te esquecido, meu coração vai te amar pra sempre. Você é a minha garota, e espero que continue se cuidando como te falei. - Megan apertou minha mão. Vi seus olhos brilhando, marejados - agora, vamos a você, Bill. Melhor ainda, nós. Eu imagino a confusão que deve estar dentro dessa cabeça. - el... eu bati na própria testa - tem que estar ciente de que nunca mais vai se lembrar do que aconteceu com as nossas vidas. Apagamos tudo, de uma forma irreparável. mas porque, não é mesmo? Bem... é necessário que entenda o que estava acontecendo com nosso país, dez anos antes da gente nascer. O governo alemão, ainda divido, sabia que em pouco tempo o Muro ia cair. O tempo de terminar com os projetos de Hittler estava acabando, eles estavam mais preocupados em torrar provas de apoio ao Füher do que qualquer outra coisa. Mas tem uma coisa que eles não desistiram. Sabe como aquele alemão funcionava. Na cabeça de Hitler, ele criaria uma raça de seres humanos perfeitos, ou seu famoso projetinho chamado Raça Ariana.
Megan apertou ainda mais a minha mão.
- Bom... Hitler não viveu pra ver os seus protótipos. Mas os loucos que seguiram com as ideias dele sim.
- Não - disse - não é possível...
- Bill... ele testava bactérias, tratamentos com radiação, e várias outras coisas contra judeus. Ele queria saber até onde podia aumentar e testar o exponencial humano. Seus predecessores salvaram sua pesquisa, a aprimoraram, e a aplicaram em alguns soldados voluntários na ápoca da guerra. Ao todo, foram 50 soldados que receberam a dose de superhumanos, e foram enviados para a frente de batalha. Só 6 deles sobreviveram. Entenda, eles acharam que a operação tinha sido um fracasso, afinal, a dose não fizera afeito algum. Então, encerraram o projeto em alguma gaveta, a guerra acabou, mas mesmo assim continuaram monitorando os sobreviventes, lhes dando dispensa militar. Eles casaram, tiveram filhos... Eu vou te dizer os nomes deles. E isso... vai ser um choque.
- Se prepara - Tom disse, num fio de voz. Eu não tirava os olhos da tela.
- Eles eram os soldados Jön Willhern, Thomas Hoff, Carl Himmel, Hagem Listing, Wolfgang Schäfer e Jörg Kaulitz. Nessa ordem, é o pai da Nora, o pai da Alex e da Alexandra, o pai de Megan, do Georg, do Gustav, e... nosso e do Tom. Bill... Nossos pais foram cobaias de um projeto de um louco. Este, esta espécie de soro entrou no DNA deles mas não se manifestou neles, e sim nos descendentes. Nós.
- Caralho, caralho - eu repetia, totalmente atônito.
- Quando o Muro caiu, muitos segredos caíram junto para a Alemanha Ocidental. Nós éramos o trunfo na manga deles. A mamãe me falou que... com dois anos de idade, o governo chegou, nos identificou, e nos tirou do mundo. Fizeram centenas de testes em nós. Aprimoraram nossas habilidades, nos treinaram como verdadeiros soldados. Quanto completamos 14 anos, voltamos ao mundo, por asim dizer. Para nós, o governo criou uma fachada: a banda. O álibi perfeito. O disfarce perfeito, pra nos esconder do radar, do que realmente somos... - minha prória imagem se aproximou da tela - Fomos treinados para sermos a melhor equipe de espiões que o mundo já pôde conhecer. Tudo a mando do governo. Tudo financiado por eles. Nós somos uma arma letal de destruíção e interceptação. Uma ameça real para qualquer um que seja considerado inimigo.
Senti cada gota do meu sangue ficar gelada, até que meu coração tremesse tanto, a ponto de falhar, e quase parar.
Eu não queria ouvir o resto.
Mas eu tinha que ouvir.
__________________________________________________________________________
vinguei o nome da fic, HA!
Janete, em breve tua agonia com respeito ao Gus será resolvida...
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