Obrigada por me acompanharem até o final liebes, espero que gostem do último capítulo (;
Parte IV
II Segui- o até o banheiro, e ele estava dentro da hidromassagem. Havia trazido sua calça para lá, e a jogado no chão do banheiro. De dentro do seu bolso, havia retirado um maço de cigarros e depositado a pequena caixa na borda da banheira.
Assim que adentrei pela porta, ele estava acendendo um isqueiro, mas se deteve para olhar para mim. Parei ruborizada e coloquei uma mecha atrás da orelha, minha reação imediata à timidez:
- O que foi? – Sorri para ele.
- Você é linda. Seu corpo é lindo. – Ele sorriu, e estendeu a mão para me ajudar a entrar na banheira.
Lindo? Mesmo? Por acaso você não viu minhas estrias e celulites acenando para você? Apenas limitei a resposta a um sorriso entusiasmado, enquanto segurava em sua mão, entrava na banheira e sentava- me de frente para ele.
A água estava bem quente, e quando sentei- me, as ondas que fiz correram por toda a banheira até chocarem- se contra o peito de Tom. Ele estava tentando acender o cigarro que pegara e olhava concentradamente para o isqueiro, com pequenas rugas formando- se em sua generosa testa enquanto ele arqueava as sobrancelhas.
Enquanto ele fazia isso, eu não pude deixar de analisar toda aquela situação. Como aquilo poderia ser verdade? Eu não sei de onde havia vindo aquela sorte, mas com certeza, ela não era minha. Olhando para Tom, que havia acabado de acender o cigarro e agora guardava o isqueiro de volta, não consegui reprimir um sorriso.
Ele olhou para mim, e sorrindo de volta, perguntou:
- O que foi? – Ele retirou o cigarro da boca e apoiou o braço que o segurava para fora da banheira.
- Ah, não é nada... Nada que você já não tenha ouvido, você não vai se surpreender.
- Por favor, me conta. Se for engraçado, eu não vou rir. Conta. – Ele me cutucou com o pé por debaixo da água, como que para me incentivar a contar, e então sorriu maravilhosamente para mim.
- Não ria. – Eu disse, olhando para ele com um olhar que tentei fazer parecer intimidador, mas considerando pela risada que ele deu não parece ter funcionado.
- É só que... Faz tanto tempo que eu gosto de Tokio Hotel, tanto tempo que eu me imagino com você ao meu lado... Eu apenas não consigo acreditar que depois de tanto tempo, depois de pedir tanto por isso e perder as esperanças tantas vezes, eu acabei em uma banheira com você... Desse jeito.
Ele sorriu para mim, e não pareceu surpreso. Com certeza ele já havia ouvido essa história mais de uma vez.
-
You mean ... In the whirlpool of a hotel with me, we both naked? - Exatamente. Parece surreal demais para mim. Era isso. – Eu disse.
- Pois eu te garanto que é real. – Ele riu, apagando o cigarro. Depois aproximou- se, ficando de frente para mim. Beijou- me calmamente, fechando os olhos e acariciando meu rosto com a mão, enquanto nós dois apreciávamos o toque maravilhoso de nossa pele nua.
E então ergueu os olhos para mim e disse, sem tirar a mão de meu rosto:
- Isso aqui não lhe parece real? – Ele sorriu, e tocou seus lábios nos meus. – E isso?
Fechei os olhos e suspirei, sorrindo. O calor de seu corpo naquela água era tão bom.
Acariciei seu rosto e olhei em seus olhos, sorrindo:
- Você faz parecer real da melhor maneira.
Ele sorriu lindamente, suas bochechas apertando seus olhos de maneira cômica. E então disse, de maneira inesperada:
- Eu vou me lembrar de hoje.
Ergui os olhos para ele, surpresa.
- Vai?
Ele assentiu, sorrindo para mim.
- Vou sim. Você é divertida Paula. E linda. Difícil passar a noite com garotas que sejam divertidas e bonitas ao mesmo tempo.
Sorri para ele, sinceramente sem saber o que dizer. Ele tinha o dom de me deixar sem fala com o mais simples elogio.
- Vem aqui. – Ele sorriu, chamando- me para mais perto.
Tom abraçou- me por trás, e encostou- se na borda da banheira. Pousei minha cabeça em seu peito, ficando com a água na altura do pescoço. Tom envolveu- me com os seus braços, e eu perguntei enquanto me ajeitava em seu corpo:
- Ainda temos a noite inteira, o que nós vamos fazer?
- Sexo. – Ele riu, e minha cabeça balançou por causa dos movimentos de seu abdômen.
- Você ainda agüenta mais? – Eu perguntei, rindo e fingindo surpresa.
-
Sure, I am a sex gott. – Ele disse, o sotaque extremamente carregado - A gente só parou porque você ficou cansada. – Ele disse, se vangloriando.
Revirei os olhos, reprimindo um sorriso.
- Foi tão rápido que não deu tempo de gastar energia nenhuma, por isso você agüenta. – Tentei manter- me séria para ver qual seria a reação dele. Ele abaixou a cabeça, seus lábios quase tocando meu ouvido.
- Você é insolente. – Ele riu, apertando mais o abraço e aconchegando- me mais em seu peito. Eu agora podia ouvir as batidas de seu coração.
Ri de sua reação, e depois de um tempo em silêncio, fechei meus olhos e descansei, ouvindo seu coração pulsar de maneira ritmada em seu peito quente. Ele parecia também estar descansando. Minutos depois, fui acordada por ele, que estava visivelmente abalado com o meu comentário:
- Não foi tão rápido assim, foi?
- Você realmente ainda está pensando nisso? – Eu disse, em meio a um suspiro.
- Fala sério, foi tão rápido assim? Eu... Não cheguei lá? – Ele perguntou, como se tivesse realmente na mais sofrida das situações.
Oh meu Deus, estamos indo pelo caminho errado. Eu definitivamente não queria enviesar o rumo de nossa conversa por esse caminho. Então, respondi, exagerando um pouco para deixá- lo satisfeito:
- Chegou sim, eu fiquei entorpecida de prazer. Você é magnífico na cama, o melhor homem que eu já tive.
Após alguns segundos, ele perguntou:
- Jura?
- Juro. Por tudo que é mais sagrado.
Ele então soltou um suspiro satisfeito, sorriu para mim e disse, num sussurro com tom de brincadeira:
- Quero você de novo.
- Agora?
- É. E eu juro que dessa vez eu vou bem devagar. – Ele deu uma risada, e puxou meu corpo, fazendo com que eu ficasse de frente para ele.
E depois de olhar em meus olhos por um tempo e sorrir, ele beijou meus lábios, de maneira carinhosa e serena. Seu abraço foi ficando mais apertado, e sua respiração mais profunda. Seu corpo foi ficando mais quente, e quando ele se reclinou sobre mim, eu também me reclinei.
-
Passamos toda a noite juntos e eu me entreguei completamente a ele, ao mesmo tempo em que ele entregava- se completamente a mim.
Tom era uma pessoa maravilhosa, e quando finalmente deitamos na cama do quarto, estávamos exaustos, e eu me sentia tão bem, tão feliz e tão completa, como nunca havia me sentido na vida.
Ele olhava para mim e sorria, seu rosto perfeito agora vermelho e orvalhado de suor. Quando estávamos finalmente cansados o suficiente para não conseguir falar palavra alguma, ele puxou meu corpo de encontro ao dele, e beijando o topo de minha cabeça demoradamente, adormeceu comigo em seus braços. Antes de dormir também, fiquei algum tempo sem pensar em nada, apenas ouvindo sua respiração e as batidas de seu coração. Sua face adormecida assemelhava- se à de uma criança.
Assim, embalada pelo seu abraço e por seu coração, adormeci, sentindo- me feliz como nunca havia sido.
-
Acordei de manhã, o barulho do movimento matinal de Los Angeles fazendo- se ouvir através da janela aberta do quarto.
Assim que me levantei e sentei na cama, pude ver que Tom havia me coberto durante a noite. Ele não estava ao meu lado, e eu ouvi o barulho da ducha do banheiro sendo desligada.
Logo em seguida, a porta do banheiro se abriu, e de lá saiu um Tom absolutamente bem vestido e arrumado. Ele exalava o frescor de uma ducha fria, e assim que viu que eu já havia acordado, sorriu para mim e veio se sentar ao meu lado na cama.
- Bom dia. – Ele disse sorrindo, enquanto dava- me um casto beijo nos lábios. – Como passou a noite?
- Bem. – Eu disse, sorrindo. – Você já vai? – Não escondi meu desapontamento.
Ele olhou para mim, enquanto acariciava meu rosto:
- Eu preciso ir. Eu tenho que viajar, eu vou voltar para Hamburgo por enquanto. Eu... – Ele suspirou, enquanto tentava procurar pelas melhores palavras. – Eu vou sentir sua falta Paula. Enquanto eu estiver viajando, quando eu chegar lá, não se preocupe, eu vou estar lembrando de você.
Sorri para ele, e agarrei sua blusa, puxando- o para perto de mim. Beijei seus lábios, e deixei escapar uma lágrima. Estava terminando.
- Eu... Eu vou me lembrar dessa noite pra sempre Tom.
- Eu também. – Disse ele, suspirando e abraçando- me fortemente. – Eu quero o seu telefone. Quando eu voltar para Los Angeles, eu vou ligar para você.
Ele pegou o celular, e salvou o número que eu dei a ele. Depois, olhou para mim, e com uma expressão de tristeza, disse para mim:
- Vem comigo até a porta.
Tom puxou- me pela mão, e eu, ainda agarrada aos lençóis, fui com ele até a porta.
Quando ele já estava do lado de fora, hesitou por um momento e olhou para mim.
- Eu vou ligar para você Paula, eu prometo.
Beijei- o longamente, enquanto sentia pela última vez em muito tempo, sua respiração e a sensação do calor de seu corpo vindo de encontro ao meu. Aproveitei, pela última vez, a experiência de estar entregue aos seus braços.
E então, como uma mágica que se desfaz, o abraço foi se afrouxando e o beijo foi sendo quebrado. Tom soltou- se de meu abraço, e olhando- me nos olhos, seguiu de encontro ao elevador no final do corredor. Olhei para ele até o último momento.
Quando a porta se abriu, ele se foi, não sem antes olhar para mim e sorrir por uma última vez.