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 Envie - me um anjo.

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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeSex Jan 07, 2011 6:28 pm

Tom sempre muito carinhoso com a Lucy né,
aii please me diz que foi o Bill que falou isso,
cara ele está me deixando louca com as mudanças dele na fic hehehe
continua Cherry...
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeSeg Jan 10, 2011 12:04 pm

CAPITULO 23 – SONHANDO ACORDADA.

Lucy se virou, pronta para inventar alguma desculpa para Tom que não, ela não podia sair, não agora e não com ele.
Mas não foi Tom que estendeu a mão e tocou a base do pulso dela com o dedão dele.
Foi Bill.
Ela derreteu um pouquinho.
A vez dela de usar o telefone na quarta-feira era em dez minutos e ela queria, desesperadamente, ouvir a voz de Kate, ou dos pais dela.
Falar de algumas coisas que estivesse se passando do lado de fora desses portões de metal, outra coisa além desolação dos seus últimos dois dias.
Mas dar o fora daqui? Com Bill? Ela se pegou assentindo com a cabeça.
Tom ia odiar ela se ele a vise sair, e ele iria ver.
Ele estaria vigiando ela.
Ela quase podia sentir os olhos amendoados dele na parte de trás da sua cabeça.
Mas é claro que ela tinha que ir.
Ela deslizou sua mão dentro da mão de Bill.

_ Por favor.
Todas as outras vezes que eles haviam se tocado, ou havia sido por acidente, ou um deles havia se afastado bruscamente, normalmente Bill, antes que a corrente de calor que Lucy sempre sentia pudesse evoluir a um calor crescente.
Não dessa vez.
Lucy olhou para baixo para as mãos de Bill, segurando rapidamente as dela, e todo o corpo dela queria mais.
Mais do calor, mais do formigamento, mais de Bill, era quase, não tão bom quanto ela havia sentido em seu sonho.
Ela mal podia sentir seus pés se movendo embaixo dela, só corrente do toque dele tomando conta.
Era como se ela tivesse só piscado, e eles haviam chegado aos portões do cemitério.
Abaixo deles, bem ao longe, o resto da cerimônia se movia fora de foco enquanto os dois deixavam tudo para trás.
Bill parou repentinamente e, sem aviso, largou a mão dela.
Ela tremeu, frio de novo.

_ Você e Tom. - Ele falou, deixando as palavras pairarem no ar como uma pergunta. - Vocês passam muito tempo juntos?
_ Parece que você não é muito fã da idéia.
Ela falou, se sentindo instantaneamente estúpida por bancar a ingênua.
Ela só queria provocar ele por parecer um pouco ciumento, mas o rosto e o tom dele eram tão sérios.
_ Ele não é...
Bill começou a falar.
Ele observou um gavião de cauda vermelha pousar em uma arvore sobre suas cabeças.
_ Ele não é bom o bastante para você.
Lucy havia ouvido pessoas dizerem essa fala mais de mil vezes antes.
Era o que todo mundo sempre dizia.
Não bom o bastante.
Mas quando as palavras passaram pelos lábios de Bill, elas soaram importantes, e mesmo de alguma forma verdadeiras e relevantes, não vagas e indiferentes do modo como sempre soavam a ela no passado.

_ Bem, então, - ela falou em voz baixa. - quem é?
Bill colocou as mãos sobre os quadris. Ele riu para si mesmo por um longo tempo.
_ Eu não sei. - Ele falou finalmente. - Essa é uma ótima pergunta.
Não exatamente a resposta que Lucy estava procurando.
_ Não é como se fosse tão difícil.
Ela falou, enfiando as mãos no bolso porque ela queria esticar elas e alcançar ele.
_ Ser bom o bastante para mim.
Os olhos de Bill pareciam estar caindo, todo o amendoado meio esverdeado que havia estado ali momentos antes, se tornaram em um profundo marrom escuro.
_ Sim, - Ele falou, - é sim.
Ele esfregou a testa e quando fez isso seus cabelos foram para trás por apenas um segundo.
Tempo o suficiente.
Lucy viu o machucado na testa dele. Estava cicatrizando, mas Lucy podia identificar que era novo.

_ O que aconteceu com a sua testa?
Ela perguntou esticando o braço em direção a ele.
_ Eu não sei.
Ele estourou empurrando a mão dela para longe, forte o bastante que ela cambaleou para trás. _ Eu não sei de onde veio.
Ele parecia mais agitado do que Lucy estava, o que a surpreendeu.
Era apenas um pequeno arranhão.
Passos no cemitério atrás deles. Ambos se viraram.

_ Eu te falei, eu não vi ela. Eu também estou procurando o cretino do Bill.
Molly estava falando, se encolhendo nas mãos de Tom enquanto eles passavam na subida do cemitério.
_ Vamos.
Bill falou sentindo tudo que ela sentia, ela tinha quase certeza que ele podia antes mesmo de ela atirar um olhar nervoso para ele.
Ela sabiam onde eles estavam indo assim que ela começou a seguir ele.
Atrás da igreja-ginasio e dentro da floresta.
Bem como ela esperava a sua postura pulando corda antes mesmo de ver ele se exercitar.
Assim como ela sabia do corte antes de ver.
Eles andaram no mesmo passo, com passos na mesma distancia.
Eles pisavam na grama ao mesmo tempo, todas as vezes, até eles alcançarem a floresta.

_ Se você vai a um lugar mais de uma vez com a mesma pessoa. - Bill falou, quase para si mesmo. - Acho que não é mais só seu.
Lucy sorriu, honrada ao perceber o que Bill estava dizendo, que ele nunca havia estado com outra pessoa no lago. Somente ela.
Enquanto eles passavam pela mata, ele sentiu o frio da sombra embaixo das árvores no seu ombro descoberto.
Cheirava do mesmo jeito de sempre, como a maioria das florestas da costa da Alemanha cheirava, um aroma de carvalho úmido que Lucy costumava a associar com sua casa, mas que agora ela conectava a Bill.

Ela não devia se sentir segura em nenhum lugar após o que havia acontecido recentemente, mas, próxima a Bill, Lucy sentia como se pudesse respirar tranqüila pela primeira vez em dias.
Ela tinha que acreditar que ele estava à trazendo de volta àquele lugar por causa do modo como ele havia saído tão de repente da ultima vez.
Como se eles precisassem de uma segunda tentativa para acertarem.
O que havia começado como o que parecia um quase primeiro encontro havia terminado com Lucy se sentido como se tivesse levado um fora.
Bill deve ter sabido disso e se sentia mal por sua saída repentina.
Eles alcançaram a árvore que marcava o ponto de observação para o lago.
O sol deixou uma trilha dourada na água enquanto costeava sobre a floresta.
Tudo parecia tão diferente ao entardecer. O mundo todo parecia reluzir.
Bill se recostou contra a árvore e assistiu ela observar a água.
Ela se moveu para ficar ao lado dele abaixo das folhas envernizadas e flores, que deviam ter morrido e se ido nessa época do ano, mas parecia tão puras e frescas como o florescer da primavera.
Lucy respirou o perfume e se sentiu mais próxima de Bill do que ela tinha motivos e esse sentimento parecia vir de lugar nenhum.

_ Nós não estamos exatamente vestidos para nadar dessa vez.
Ele falou apontando para o vestido preto de Lucy.
Ela dedilhou a bainha delicada em seu joelho, imaginando o choque de sua mãe se ela arruinasse um bom vestido porque ela e um garoto queria mergulhar no lago.
_ Talvez nós podíamos só mergulhas nossos pés
Bill apontou para o caminho da rocha vermelha que levava para a água.
Eles escalaram sobre a pedra.

A água parecia tão imóvel, ela sentiu que ela podia quase andar sobre ela.
Lucy chutou suas sandália pretas e deslizou a superfície forrada de lírios com seus dedos.
A água era mais fria do que havia sido no outro dia.
Bill juntou um ramo de grama do lago e começou a trançar sua espessa haste.
Ele olhou para ela.
_ Você nunca pensa em sair daqui?
_ O tempo todo.
Ele falou com um resmungo, presumindo que ele quisesse dizer que ele também pensasse.
Mas é claro que ela queria ficar o mais longe possível de Espada & Cruz. Qualquer um iria querer.
Mas ela tentou ao menos manter sua mente se espalhar fora de controle em direção a fantasias dela e Bill bolando uma fuga.

_ Não. Bill falou, - eu quis dizer, você realmente já considerou ir para outro lugar? Pedir transferência para seus pais? É só que ... Espada & Cruz não parece o melhor lugar para você.
Lucy tomou um lugar para se sentar à frente de Bill e abraçou os joelhos.
Se ele estava sugerindo que ela era uma rejeitada entre o corpo estudantil cheio de rejeitados, ela não conseguia evitar se sentir um pouco insultada.
Ela limpou a garganta.
_ Eu não tenho o luxo de considerar seriamente um outro lugar. Espada & Cruz é - ela pausou - praticamente um esforço de fim de linha para mim.
_ Qual é.
Bill falou.
_ Você não saberia.
_ Saberia.- Ele suspirou. - Sempre tem uma outra parada, Lucy.
_ Isso é muito poético, Bill.
Ela falou. Ela podia sentir sua voz aumentando.
_ Mas se você está tão interessado em se livrar de mim, o que iremos fazer? Ninguém pediu para você me arrastar até aqui com você.
_ Não. - Ele falou - Você está certa. Eu quero dizer que você não é como as outras pessoas aqui. Tem que ter um lugar melhor para você.

O coração de Lucy estava batendo rápido, como normalmente fazia perto de Bill. Mas isso era diferente. Essa cena toda estava fazendo ela suar.
_ Quando eu vim para cá. - Ela falou. - Eu fiz uma promessa a mim mesma que eu não iria contar a ninguém sobre meu passado, ou o que eu fiz para vir parar neste lugar.
Bill abaixou a cabeça em suas mãos.
_ O que eu estou falando não tem nada a ver com o que aconteceu com aquele cara.
_ Você sabe sobre ele?
O rosto de Lucy desabou.
Não. Como Bill sabia?
_ O que quer que tenha sido que a Molly lhe contou ...
Mas ela sabia que era tarde demais.
Bill soube o que havia acontecido. Que ela tendou suicídio por um rapaz.
Se Molly contou qualquer coisa sobre como Lucy também havia sido implicada em outro misterioso incêndio, ela não conseguia imaginar nem como começar a explicar isso.

_ Escuta. - Ele falou pegando as mãos dela. - O que eu estou dizendo, não tem nada a ver com essa parte do seu passado.
Ela achou difícil de acreditar.
_ Então tem a ver com o que?
O toque de Bill mexeu em algo na mente dela.
Ela começou a pensar sobre as sombras selvagens que ela havia visto naquela noite.
Ela era louca, isso deve ter sido o que Bill havia percebido sobre ela.
Talvez ele achasse ela bonita, mas ele sabia que no fundo ela era seriamente perturbada.
Era por isso que ele queria que ela se fosse, ele então não ficaria tentado a se envolver com alguém como ela.
Se era isso o que Bill pensava, ele não sabia da metade.

_ Talvez tenha a ver com as estranhas sombras pretas que eu vi na noite em que aconteceu o incêndio comigo?
Ela falou esperando chocar ele.
Mas assim que ela falou as palavras ela soube que sua intenção não era assustar Bill ainda mais ... era finalmente contar a alguém.
Não era como se ela tivesse muito mais para perder.
_ O que você disse?
Ele perguntou lentamente.
_ Oh, você sabe.
Ela falou encolhendo os ombros agora, tentando disfarlar o que ela havia falado.
_ Quando eu era criança, eu recebia visitas dessas coisas escuras que eu chamo de sombras.
_ Não seja engraçadinha.
Bill falou secamente.
E mesmo o tom dele ter doido, ela sabia que ele estava certo.
Ela odiava o quão falso ela soava quando, realmente, toda ferida.
Mas ela devia contar para ele? Ela podia? Ele estava assentindo com a cabeça para que ela continuance.
Os olhos dele pareciam buscar e puxar as palavras de dentro dela.

_ Tem acontecido por pelo menos doze anos.
Ela admitiu finalmente com um tremor profundo.
_ Costumava vir somente à noite, quando eu estava próxima a água ou árvores,... - as mãos dela estavam tremendo.
_ É praticamente sem parar.
_ O que elas fazem?
Ela pensaria que ele estava só fazendo graça dela, ou tentando fazer com que ela continuasse para que ele fizesse uma piada ás custas dela, exceto a voz dele havia ficado rouca e a face dele havia ficado sem cor.

_ Normalmente elas começam sobrevoando mais ou menos por aqui.
Ela levou sua mão até a nuca de Bill e fez cócegas para demonstrar.
Dessa vez ela não estava só tentando ficar fisicamente perto dele, era realmente o único modo que ela sabia como explicar.
Bill não se esquivou, então ela continuou.

_ E então algumas vezes elas ficam realmente audaciosas, - ela falou, se ajoelhando e colocando suas duas mãos no peito dele.
_ E elas se batem diretamente contra mim.
Agora ela estava bem na cara dele.
O lábio dela tremeu e ela não podia acreditar que realmente estava se abrindo para alguém, muito menos Bill, sobre as terríveis coisas que ela via.
A voz dela caiu para um sussurro e ela falou,
_ Recentemente, elas não estão aparecendo, - ela engoliu - Mas o incêndio foi uma coisa estranha.

Ela deu um pequeno empurrão nos ombros dele, não pretendendo afetar ele de maneira alguma, mas o mais leve toque dos dedos dela foi o bastante para derrubar Bill.
A queda dele a surpreendeu tanto que ela acidentalmente perdeu o próprio equilíbrio e aterrissou com os quadris revirados em cima dele.
Bill estava deitado de barriga para cima, olhando para ela com olhos arregalados.
Ela não devia ter contado aquilo para ele.
Ali estava ela, em cima dele, e ela havia acabado de divulgar seu mais profundo segredo, o que realmente a definia como lunática.
Como ela podia ainda querer tanto beijar ele num momento como esse?
O coração dela estava pulando impossivelmente rápido.
Então ela percebeu: Ela estava sentindo ambos os corações, correndo juntos.
Um tipo de conversa desesperada, uma que eles não podiam ter com palavras.

_ Você realmente enxerga elas?
Ele suspirou.
_ Sim.
Ela suspirou, querendo se levantar e retirar tudo que disse.
E ainda assim ela estava impossibilitada de sair de cima do peito de Bill.
Ela tentou ler os pensamentos dele, o que qualquer pessoa normal pensaria sobre uma admissão como a dela.
_ Deixe-me adivinhar. - Ela falou triste. - Agora você tem certeza que eu preciso de uma transferência. Para a ala psiquiátrica.
Ele saiu de debaixo dela, a deixando deitada praticamente de cara na rocha.
Os olhos dela se moveram dos pés dele, para as pernas dele, para o dorso dele, para o rosto dele.
Ele estava olhando para cima em direção a floresta.

_ Isso nunca aconteceu antes.
Ele falou.
Lucy se levantou.
Era humilhiante, ficar ali deitada sozinha.
E mais, era como se ele nem tivesse ouvido o que ela falou.
_ O que nunca aconteceu? Antes do quê?
Ele se virou para ela e colocou as mãos em volta das bochechas dela.
Ela segurou a respiração.
Ele estava tão perto.
Os lábios dele estavam tão próximos aos dela.
Lucy beliscou a própria coxa para ter certeza que dessa vez não estava sonhando. Ela estava bem acordada.
Então ele quase que a força se puxou para longe.
Ele ficou parado em frente a ela, respirando rápido, os braços dele duros dos seus lados.

_ Me diga novamente o que você viu.
Lucy se virou para ficar de frente para o lago.
A água azul clara batia suavemente contra a margem e ela pensou em dar um mergulho.
Isso era o que Bill havia feito da ultima vez que as coisas haviam ficado intensas demais para ele. Por que ela não podia fazer isso também?
_ Pode surpreender você saber isso. - Ela falou - mas não é nada emocionante ficar sentada aqui e falar sobre o quanto imensamente insana eu sou. Especialmente para você.
Bill não respondeu, mas ela podia sentir os olhos dele nela.
Quando ela finalmente ganhou coragem para olhar para ele, ele estava lhe dando um estranho, perturbante, olhar de luto.
Um em que os olhos dele se curvavam para baixo nos cantos e o seu particularmente tom castanho era coisa mais triste que Lucy já havia visto.
Ela sentiu como se tivesse desapontado Bill de alguma maneira.
Mas essa era a horrível confissão dela.
Por que Bill era quem parecia tão devastado?

Ele andou em direção a ela e se aproximou até que os olhos dele estavam diretamente nos dela.
Lucy quase não conseguiu agüentar.
Mas ela não conseguia fazer ela fugir também.
O que quer que fosse acontecer para quebrar esse transe teria que partir de Bill que estava se movendo para ainda mais perto, virando a cabeça em direção a dela e fechando os olhos.
Os lábios dele se partiram.
A respiração de Lucy ficou presa na garganta.
Ela fechou os olhos também.
Ela virou a cabeça em direção a ele também.
Ela partiu os lábois também.
E esperou.
O beijo pelo qual ela estava morrendo não veio.
Ela abriu os olhos porque nada havia acontecido, exceto pelo farfalhar de um galho de árvore.
Bill havia desaparecido.
Ela suspirou abatida mas não surpresa.
O que era estranho era que ela quase podia ver o caminho que ele havia tomado através da floresta.
Como se ela fosse algum tipo de caçadora que podia identificar a rotação de uma folha e a deixar levá-la de volta até Bill.

Ela se endireitou na pedra e olhou para longe por um momento, esfregando os
olhos.
Mas quando ela olhou de volta estava do mesmo jeito: apenas um plano de sua visão como se ela estivesse olhando através de óculos bifocais com uma louca prescrição, os carvalhos, a palha debaixo deles, e até mesmo o canto dos pássaros nos galhos, tudo isso parecia oscilar fora de foco.
Ela se virou, aterrorizada para enfrenter, aterrorizada pelo que significava.
Algo estava acontecendo com ela, e ela não podia contar a ninguém.
Ela tentou se focar no lago, mas mesmo escurecendo e ficando difícil de enxergar.
Ela estava sozinha. Bill havia deixado ela.
E em seu lugar, esse caminho que ela não sabia como – ou queria – navegar. Quando o sol afundou atrás das montanhas e o lago se tornou negro como carvão, Lucy ousou outra olhada em direção a floresta.
Ela sugou o ar, sem ter certeza se ficava desapontada ou aliviada.
Era uma floresta como nenhuma outra, sem luz trêmula ou zumbido.
Sem sinal de Bill ter alguma vez estado ali.
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Bill muito filho da puta...
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeSeg Jan 10, 2011 12:25 pm

nossa coidata da lucy
dá ayé vontade de bate no bill fdp viu
continua cherry tá muito boa
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeSeg Jan 10, 2011 10:38 pm

Ai, eu bem feliz lendo, achando que finalmente o Bill conversaria com a Lucy e a entenderia, mas não, ele simplesmente SUMIU, Bill como pôde fazer isso com ela?, volta logo! (pensa que manda).
Cherry continua logo essa fic antes que eu tenho um treco aqui! (pensa que manda e corre muito).
hehehehe
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeTer Jan 11, 2011 12:43 pm


CAPÍTULO 24 – TOQUE NAS RAIZES PARTE I.

Lucy podia ouvir seu All Star batendo forte contra o chão.
Ela podia sentir o vento úmido contra sua camiseta preta.
Ela podia praticamente experimentar o pinche quente de uma parte recém pavimentada do estacionamento.
Mas quando ela lançou seus braços ao redor de duas criaturas curvadas perto da entrada de Espada & Cruz em um Sábado pela manhã, tudo isso foi esquecido.

Ela nunca esteve tão feliz de abraçar seus pais em toda sua vida.
Por dias, ela ficou se lamentando de quão distante e fria as coisas tinham sido no hospital, e ela não iria cometer o mesmo erro de novo.

Os dois tropeçaram enquanto ela os abraçava.
Sua mãe começou a rir e seu pai lhe deu palmadinhas nas costas à sua maneira de cara-durão.
Ele tinha sua enorme câmera ao redor do pescoço.
Eles se endireitaram e mantiveram sua filha ao longo de seus braços.
Parecia querer dar uma boa olhada em seu rosto, mas tão logo como a conseguiram, suas próprias feições desvaneceram. Lucy estava chorando.

_ Querida, qual é o problema?
Seu pai perguntou, descansando a mão em sua cabeça.
Sua mãe procurou em sua gigante bolsa azul uma caixa de lenços.
Com os olhos amplamente abertos, ela balançou um lenço em frente ao nariz de Lucy e perguntou,
_ Nós estamos aqui agora. Está tudo bem, não é?
Não, não estava tudo bem.
_ Por que vocês não me levaram pra casa no outro dia?
Lucy perguntou, sentindo-se magoada e com raiva mais uma vez.
_ Por que vocês os deixaram me trazer pra cá de novo?
Seu pai empalideceu.
_ Todas as vezes que nós falamos com o diretor, ele disse que você estava indo muito bem, de volta às aulas, como a boa garota que criamos. Uma dor de garganta pela fumaça e um pequeno galo na cabeça. Pensávamos que isso era tudo.
Ele lambeu seus lábios.
_ Existe algo mais?
Sua mãe perguntou.

Uma olhada entre seus pais lhe disse que eles já tiveram esse briga. Mamãe lhe tinha suplicado que a deixassem visitá-la de novo em breve.
O pai rígido-amoroso de Lucy havia batido o pé.
Não havia modo de explicar a eles o que tinha acontecido naquela noite ou o que ela vem passando desde então, ela tinha ido direto para às aulas, embora não por sua própria escolha.
E, fisicamente, ela estava bem.
Só que em todas as outras maneiras – emocional, psicológica e romântica – ela não podia se sentir mais ferida.

_ Nós só estamos tentando seguir as regras.
O pai de Lucy explicou, movendo sua grande mão para apertar o pescoço dela.
O peso dele mudou sua postura e isso fez desconfortável parar quieta, mas tinha passado muito tempo desde que ela esteve assim perto das pessoas que amava, então ela não atreveu a se afastar.
_ Porque nós só queremos o que é melhor pra você. - seu pai acrescentou.
_ Nós temos que ter fé nestas pessoas. – ele sinalizou ao formidável edificil ao redor do campus, como se representasse Randy e o diretor Jack e ao resto deles. – Eles sabem do que estão falando.

_ Eles não sabem.
Lucy disse, olhando os edificios de má qualidade e o pátio vazio. Até agora, nada nesta escola fazia algum sentido pra ela.
Caso em questão, o que eles chamavam de Dia dos Pais.
Eles fizeram um grande caso de quão afortunados são os estudantes de ter o privilégio de ver sua própria carne e sangue.
E no entanto, faltavam dez minutos para a hora do almoço e o carro dos pais de Lucy era o único no estacionamento.

_ Este lugar é uma absoluta piada, - ela disse, soando o suficiente cínica para que seus pais compartilhessem um olhar de problema.
_ Lucy, querida, - sua mãe disse, acariciando seu cabelo.
Lucy podia dizer que ela não estava acostumada a seu curto tamanho.
Seus dedos tinham um instinto maternal para seguir o fantasma do antigo cabelo de Lucy por todo o caminho até às costas.
_ Nós só queremos um dia agradável com você. Seu pai trouxe todas as suas comidas favoritas.
Timidamente, seu pai levantou uma colcha de retalhos coloridos e uma grande gerinconça do estilo maleta que Lucy nunca tinha visto antes.
Geralmente, quando eles faziam piquenique, era uma coisa muito mais casual, com sacos de papel e uma velha folha rasgada jogada na grama pela trilha fora de sua casa.

_ Doce de abóbora?
Lucy perguntou numa voz que soou bastante como a pequenina Lucy.
Ninguem podia dizer que seus pais não estavam tentando.
Seu pai assentiu.
_ E chá de camomila, e biscoitos amanteigados. Macarrão com molho branco com queijo e pimenta extra, justo como você gosta. Oh, - ele disse. - E mais uma coisa.
A mãe de Lucy colocou a mão na sua gorda bolsa à procura de um envelope vermelho e estendeu para Lucy.
Quando Lucy viu a caligrafia no envelope, seu rosto se desfez em um sorriso enorme.
Kate.
Ela rasgou o envelope e tirou o cartão com uma fotografia na frente em branco-e-preto de duas velhas senhoras decorando seus cabelos.
Dentro, cada centímetro quadrado do cartão estava preenchido com a letra grande e borbulhante de Kate.
E ali havia vários pedaços de rabiscos no papel de folhas soltas porque ela ficou sem espaço no cartão.

"Querida Lucy,
Desde que nosso tempo no telefone é agora ridiculamente insuficiente (poderia por favor pedir um pouco mais de tempo? É muito injusto), e vou ficar antiquada com você e fazer uma épica carta escrita a mão. Em Anexo você irá encotrar cada minúscula coisa que aconteceu comigo nas últimas duas semanas. Quer goste ou não."


Lucy segurou contra o peito, sem deixar de sorrir, ansiosa para devorar a carta tão logo quando seus pais voltassem pra casa.
Kate não tinha desistido dela. E seus pais estavam bem ao seu lado.
Tinha passado muito tempo desde que Lucy se sentiu amada.
Ela procurou e apertou a mão de seu pai.

Um apito estridente fez com que seus pais pulasssem.
_ É só a sinal do almoço.
Ela explicou; eles pareciam aliviados.
_ Vamos, têm alguem que quero que conheçam.
Enquanto caminhavam pelo quente, nebuloso estacionamento até a área aberta onde os eventos de abertura do Dia dos Pais estava sendo organizado, Lucy começou a ver o campus atraves do olhos de seus pais.
Ela notou a curvatura do telhado da sede principal, e o amadurecido odor do pêssego apodrecendo no bosque ao lado do ginásio.
A forma como o ferro forjado do portão do cemitério foi sobreposto a ferrugem alaranjada.
Ela percebeu que só em algumas semanas, ela estaria completamente acostumada as muitas coisas desagradáveis de Espada & Cruz.
Seus pais se olhavam horrorizados.
Seu pai fez um gesto a uma moribunda videira que serpenteava ao redor da cerca fragmentada do pátio.

_ Essas são as uvas?
Ele disse, fazendo uma careta, porque quando uma planta sentia dor, ele também sentia.
Sua mãe estava usando as duas mãos para agarrar seu livro de bolso contra o peito, com os cotovelos colados, postura que toma quando se encontra em um bairro que pensa que pode ser assaltada.
E eles ainda não tinham visto os vermelhos. .
Seus pais que eram veementemente contra as pequenas coisas como Lucy tendo uma webcam, odiariam a idéia de vigilância constante em sua escola.
Lucy queria protegê-los de todas as atrocidades de Espada & Cruz, porque ela estava descobrindo como controlar – e às vezes – até vencer o sistema aqui. Como no outro dia, Samantha a tinha levado através de uma série de obstáculos- tipo uma corrida através do campus para sinalar todos os “vermelhos mortos” cuja bateria tinham acabado ou sido astutamente “substituídas” efetivamente criando pontos cegos na escola.
Seus pais não precisavam saber de tudo isso, eles só precisavam ter um bom dia com ela.
Penny estava balançando suas pernas na arquibancada, onde ela e Lucy tinham prometido se encontrar ao meio-dia. Ela estava segurando um vaso de flores.

_ Penny, estes são meus pais, Harry e Katarina Price, - Lucy disse, gesticulando. - Mãe e Pai, esta é...”
_ Pennywise Van Syckle-Lockwood.
Penny disse formalmente, estendendo o vaso com as duas mãos.
_ Obrigada por deixar me juntar ao almoço.
Sempre educados, os pais de Lucy a saldaram e sorriram, sem fazer perguntas sobre o paradeiro da própria família de Penny, coisa que Lucy não teve tempo de explicar.
Era outro dia quente e claro. As árvores em frente a biblioteca balançavam suavemente com a brisa, e Lucy dirigiu seus pais para a posição onde
ocultavam a maioria das manchas borradas e as janelas manchadas pelo fogo. Quando eles estenderam a manta em um área de grama seca, Lucy puxou Penny de lado.

_ Como você está?
Lucy perguntou, sabendo que se ela fosse aquela a se sentar um dia inteiro homenageando os pais de todo o mundo, exceto os dela, ela iria precisar de um grande incentivo.
Para sua surpresa, Penny assentiu feliz.
_ Isso já está muito melhor do que no ano passado! - ela disse. - E é tudo por sua causa. Eu não teria ninguem hoje se você não tivesse vindo junto.
O discurso pegou Lucy de surpresa e a fez olhar ao redor do patio para ver como todos os demais estavam lidando com o evento.
Apesar de que o estacionamento ainda estava meio vazio, o Dia dos Pais parecia acontecer pouco a pouco.

Molly sentou-se em uma manta próxima, entre um homem com cara de poucos amigos e uma mulher roendo avidamente uma coxa de peru.
Samantha estava agachada sobre uma arquibancada, sussurrando para uma garota punk mais velha, com um hipnotizante cabelo rosa-choque.
O mais provavel é que seja sua irmã mais velha.
Elas duas encontraram-se com o olhar de Lucy e Samantha sorriu e acenou, em seguida, virou-se para a outra garota para susurrar algo.

Georg tinha uma imensa festa de pessoas fazendo um almoço de pequinique em uma longa colcha.
Eles estavam rindo e brincando, e uns poucos garotos mais jovens estavam atirando comida uns nos outros.
Eles pareciam estar tendo um grande momento até que uma granada espiga de milho saiu voando e quase cega Gabbie, que estava caminhando pelo pátio.
Ela fez uma careta para Georg enquanto guiava um homem suficientemente velho para ser seu avô, dando-lhe palmadinhas no cotovelo, enquanto caminhavam em direção a uma fileira de cadeiras do gramado instituído ao redor do campo aberto

Bill e Tom estavam notavelmente desaparecidos – e Lucy não podia descrever como nenhum de seus familiares poderiam ser.
Por mais furiosa e envergonhada que ela estivesse depois que Bill lhe dera um fora pela segunda vez no lago, ela ainda estava morrendo de vontade de dar uma olhada em qualquer pessoa que estivesse relacionada a ele.
Mais depois, pensando no arquivo de Bill na sala de arquivos, Lucy se perguntou se ele ainda mantinha contato com alguém de sua familia.
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeTer Jan 11, 2011 2:08 pm

que entranho o bill o tom sumi assin
continua cherry to gostano do mitério
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeQua Jan 12, 2011 1:52 am

Agora os pais dela estão vendo onde ela está, hehe
Acho a Penny muito fofa com a Lucy.
O Gê não muda né hehe
Ai cadê os meninos, o Bill e o Tom, que fim levaram ?
Cherry continua please....quero mais fic...
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeQua Jan 12, 2011 1:04 pm

CAPITULO 25 - TOQUE NAS RAIZES PARTE II

A mãe de Lucy repartiu o queijo em quatro pedaços, e seu pai encobriu com a pimenta fresca em pequenos pedaços junto com o macarrão.
Depois de uma garfada, a boca de Lucy estava em chamas, exatamente da maneira como gostava.
Penny não parecia familiarizada com a comida que Lucy tinha crescido.
Ela parecia particularmente horrorizada pelo doce de abóbora, mas assim que deu uma provada, ela deu a Lucy um surpreso sorriso de aprovação.

A mãe e o pai de Lucy trouxeram com eles cada um dos pratos favoritos de Lucy, inclusive o doce de amêndoa e nóz.
Seus pais comiam felizes cada um do lado dela, parecendo aliviados de preencher suas bocas com algo mais que falar de acidente.
Lucy deveria estar desfrutando de seu tempo com eles, e lavando tudo isso com seu amado chá de camomila, mas ela se sentia como uma filha impostora fingindo que este almoço era normal em Espada & Cruz. Todo o dia era uma farsa.

Ao som de uma curta, fraca roda de aplausos, Lucy olhou pra as arquibancadas, onde Randy estava junto ao diretor Jack, um homem que Lucy nunca tinha visto pessoalmente antes.
O reconheceu do retrato excepcionalmente débil que estava pendurado no hall principal da escola, mas agora viu que o artista tinha sido generoso.
Penny já lhe tinha dito que o diretor só aparecia no campus um dia no ano – o Dia dos Pais – sem exceções.
Do contrário, ele era um recluso que não deixava sua mansão na Inglaterra, nem sequer quando um estudante da sua escola morre.
A papada do homem parecia tragar seu queixo, seus olhos bovinos olhavam a multidão, não parecendo focar-se em nada.

Ao seu lado Randy estava de pé, as mão na cintura e com meias brancas.
Ela tinha um sorriso engessado no rosto, e o diretor estava secando sua grande testa com um lenço.
_ Bem-vindos ao centuagéssimo quinquagésimo nono Dia dos Pais anual do Espada & Cruz. O diretor Jack disse ao microfone.
_ Ele está brincando?
Lucy sussurrou para Penny.
Era dificil imaginar o Dia dos Pais durante do período anterior a guerra.
Penny revirou os olhos.
_ Certamente um erro de digitação. Eu disse a você que conseguiram pra ele um novo par de oculos de leitura.
_ Temos um dia longo e cheio de diversão em família programado para vocês, começando com este tranquilo pequenique...
_ Normalmente só temos dezenove minutos.
Penny interrompeu ao lado os pais de Lucy, que ficaram rígidos.
Lucy sorriu sobre a cabeça de Penny e murmurrou.
_ Ela está brincando.
_ Agora vocês faram sua escolha de atividades. Nossa própria bióloga, a Sr. Izabel Tross, fará uma palestra fascinante na biblioteca da flora da sabana local encontrada no campus. A treinadora Dante supervisionará uma serie de corridas amigável entre familias aqui no campo. E o Sr. Stanley Cole oferecerá um histórioco tour guiado de nosso apreciado cemitério de heróis. Vai ser um dia muito ocupado. E sim. - O diretor Jack disse com um sorriso barato e cheio de dentes, - Vocês serão testado nisso.

Era simplesmente o tipo de piada sem graça para ganhar alguns sorrisos artificiais dos membros visitantes das familias. Lucy revirou os olhos para Penny.
Esta tentativa deprimente de bom humor fez tudo tão claro sobre todo mundo estava aqui para se sentir melhor sobre deixar seus filhos nas mãos do corpo docente de Espada & Cruz.
Os Prices riram, também, mas ficaram olhando Lucy para mais pistas sobre como lidar eles mesmos com isso.

Depois do almoço, as outras familias ao redor do pátio empacotaram seus pequeniques e se retiraram para vários cantos.
Lucy teve a sensação de que muito poucas pessoas realmente participariam dos eventos programados pela escola.
Ninguem tinha seguido a Sra. Izabel para a biblioteca, e até agora só Gabbie e seu avô tinham entrado em um saco de batatas no outro lado do campo.

Lucy não sabia onde Molly ou Samantha ou Georg ou Gustav tinham escapulido com suas familias, e ela ainda não tinha visto Bill.
Ela sabia que seus proprios pais estariam decepcionados se eles não vissem nada do campus e não participassem de nenhuma das atividades planejadas.
Como o tour guiado do Sr. Cole pareciam ser o menor dos males, Lucy sugeriu que recolhessem seus restos de comida e se unissem a ele nas portas do cemitério.
Enquanto iam até lá, Samantha balançou para fora das arquibancadas como uma ginasta desmontando uma barra paralela.
Ela parou aterrizando em frente ao pais de Lucy.

_ Oiiiiiiiii.
Ela cantou, dando sua melhor impressão de garota louca.
_ Mãe e pai, - Lucy disse apertando seus ombros, - esta é minha boa amiga Samantha.
_ E esta... - Samantha apontou a garota alta, cabeça rosa-choque que estava descendo lantamente pelas escadas da arquibancada, - é minha irmã, Anabelle.
Anabelle ignorou a mão estendida de Lucy, e a arrastou para dentro de seus braços abertos, em um extendido, intimo abraço.
Lucy podia sentir seus ossos se cruzando.
O intenso abraço durou tempo suficiente para que Lucy começasse a se perguntar o que estava acontecendo, mas justo quando ela estava começando a se sentir incomodada, Anabelle a soltou.

_ É tão bom conhece-la.
Ela disse, pegando a mão de Lucy.
_ Igualmente.
Lucy disse, dando a Samantha uma olhada de relance.
_ Vocês duas vão ao tour do Sr. Cole?
Lucy perguntou a Samantha, que também olhava Anabelle como se ela fosse louca.
Anabelle abriu sua boca, mas Samantha rapidamente a cortou.
_ Inferno não - ela disse. - Essas atividades são absolutamente patéticas. Ela olhou para os pais de Lucy. - Sem ofensa.
Anabelle deu de ombros.
_ Talvez tenhamos uma oportunidade de alcançá-los depois!
Ela disse a Lucy, antes que Samantha a afastasse.
_ Elas parecem ser legais.
A mãe de Lucy disse no tom de voz de sondagem que usava quando queria que Lucy explicasse algo.
_ Um, por que a garota estava tão interessada em você?
Penny perguntou. .
Lucy olhou para Penny e depois para seus pais.
Ela realmente tinha que defender diante deles o fato de que alguem poderia gostar dela?

_ Lucinda!
O Sr. Cole chamou, saudando da outra parte do vazio ponto de encontro nas portas do cemitério. - Por aqui!
O Sr. Cole apertou as mãos de seus pais fervorozamente, e até deu a Penny um aperto no ombro.
Lucy estava tentando decidir se devia estar mais irritada com a participação do Sr. Cole no Dia dos Pais ou estar impressionada por seu falso show de entusiasmo. Mas então ele começou a falar e a surpreendeu.

_ Eu pratiquei o ano todo para isto, - ele sussurrou. - Uma oportunidade para levar os estudantes ao ar livre e lhes explicar as muitas maravilhas deste lugar – oh, eu amo isso. É o mais próximo que um professor de reformatório pode conseguir de uma verdadeira viajem de campo. Claro que ninguem nunca se apresentou para meus tour nos anos anteriores, o que os converte em meu tour inaugural...
_ Bem, nos estamos honrados.
O pai de Lucy disse, dando ao Sr. Cole um grande sorriso.
Imediatamente, Lucy percebeu que não era só a fome de canhão de seu pai pela Guerra Civil que estava falando.
Ele claramente sentia que o Sr. Cole era legítimo.
E seu pai era o melhor juiz de caráter.

Os dois homens já tinham começado a avançar em marcha pela entrada do cemitério.
A mãe de Lucy deixou a cesta de pequenique no portão e deu a Lucy e a Penny um de seus bem- gastos sorrisos.
O Sr. Cole agitou uma mão para ter a atenção deles.
_ Primeiro, um pouco de trivialidade. O que... - ele levantou a sombrancelha – vocês acreditam que é o elemento mais velho no cemitério?

Enquanto Lucy e Penny olhavam para seus pés – evitando olhá-lo como faziam durante a aula – o pai de Lucy ficou na ponta dos pés para dar uma olhada nas grandes estátuas. .
_ Uma pegadinha!
O Sr. Cole gritou, batendo nas portas de ferro forjado.
_ Esta parte frontal dos portões foi construída pelo proprietário original em 1831. Eles diziam que sua esposa, Johanna, tinha um jardim adorável, e que queria manter as galinhas longe de seus tomates.
Ele riu.
_ Isso foi antes da guerra. E do rolo de pia. “Prosseguiremos.”
Enquanto caminhavam o Sr. Cole recitou fato por fato sobre a construção do cemitério, o contexto histórico sobre o qual foi construido, e o “artista” – inclusive ele utilizou o termo vagarosamente – que tinha vindo com a escultura da besta alada no alto do monumento no centro da área.
O pai de Lucy bombardiou o Sr. Cole com perguntas enquanto que a mãe de Lucy
passava as mãos no ponto das mais bonitas lápides, deixando sair um murmuro de “Oh Deus”. Cada vez que ela parava para ler uma inscrição.
Penny arrastava os pés atras da mãe de Lucy, possivelmente desejando ter se juntado a uma familia diferente neste dia.
Lucy fechava a marcha, considerando o que podia acontecer se ela desse a seus pais seu tour pessoal do cemitério.

Aqui é onde eu servi minha primeira detenção...
E aqui é onde um anjo caido de marmore quase me decapitou...
E aqui é onde um estranho garoto do reformatório que vocês nunca aprovariam me levou ao pequenique mais estranho da minha vida.

_ Tom.
O Sr. Cole chamou, enquanto dirigia o tour ao redor do monumento.
Tom estava parado com um homem alto, de cabelo escuro em um terno de negocios preto feito sob medida.
Nenhum deles escutou o Sr. Cole ou viu a festa que ele estava fazendo ao dirigir o tour.
Eles falavam e faziam gestos de uma forma muito envolvidos em uma arvore, a forma que Lucy tinha visto seu professor de literatura gesticular enquando os estudantes estavam bloqueando uma cena de uma peça..

_ Você e seu pai querem se unir tardiamente a nosso tour?
O Sr. Cole perguntou a Tom, desta vez mais audivel.
_ Vocês perderam quase tudo, mas ainda há um ou dois fatos interessantes que
estou certo que posso contar.
Tom lentamente vira a cabeça em direção a Lucy, depois de volta para seu acompanhante, que parecia distraído.
Lucy não pensava que o homem, com sua altura clássica, escura, e atrativa boa
aparencia e enorme relogio dourado, parecia suficientemente velho para ser o pai de Tom.
Mas talvez só envelhecesse bem.
Os olhos de Tom deslizaram para o pescoço vazio de Lucy e ele parecia brevemente decepcionado.
Ela ruborizou, porque podia sentir sua mãe capturando toda a cena e se perguntando o que estava acontecendo.
Tom ignorou o Sr. Cole e se aproximou da mãe e Lucy, levando as mãos dela a seus lábios antes que alguem pudesse apresentá-los.
_ Você deve ser a irmã mais velha de Lucy.
Ele disse elegantemente.

A sua esquerda, Penny amordaçada em seu cotovelo e sussurrou de uma maneira que só Lucy podia ouvir.
_ Por favor, me diga que alguém mais está com náuseas?
Mas a mãe de Lucy parecia de algum modo deslumbrada, de uma forma que fazia Lucy – e seu pai claramente – incomodados.
_ Não, nós não podemos ficar para o tour.
Tom anunciou, dando uma piscada para Lucy e recuando exatamente como o pai de Lucy aprovava.
_ Mas foi adorável, – ele olhou para cada um dos três, excluindo Penny – encontra-los aqui. Vamos pai.

_ Quem era esse?
A mãe de Lucy sussurrou quando Tom e seu pai, ou quem quer que seja, desapareceram pelo lado do cemitério.
_ Oh, só um dos admiradores de Lucy.
Disse Penny, tentando aliviar o ambiente e fazendo exatamente o contrário
_ Um dos?
O pai de Lucy olhou para Penny.
Na luz do fim da tarde, Lucy podia ver pela primeira vez algums poucos fios grisalhos na barba de seu pai.
Ela não queria gastar seus últimos momentos de hoje, convencendo seu pai a não se preocupar com os garotos de sua escola reformatória.
_ Não é nada pai, Penny está brincando.
_ Nós queremos que seja cuidadosa, Lucinda, - ele disse.
Lucy pensou no que Bill havia sugerido – muito fortemente – no outro dia.
Que talvez ela não deveria estar em Espada & Cruz.
E de repente ela queria tão arduamente tocar no assunto com seus pais, pedir e implorar que a levassem para muito longe daqui.

Mas foi a mesma lembrança de Bill que fez com que ela segurasse sua lingua.
O emocionante toque da pele dele com a sua quando ela o empurrou no lago, a maneira em que seus olhos algumas vezes eram as coisas mais tristes que ela conhecia.
Se sentia absolutamente louca e absolutamente verdadeira que isso poderia valer todo esse inferno de Espada & Cruz só para passar um pouco mais de tempo com Bill. Só para ver se algo mais poderia vir disso.

_ Odeio despedidas.
A mãe de Lucy suspirou, interrompendo os pensamentos de sua filha para arrastá-la em um ligeiro abraço.
Lucy olhou para seu relogio, e seu rosto se desfez.
Ela não sabia como a tarde tinha passado tão rápido, como podia já ser o momento de vê-los ir embora.
_ Você vai nos ligar na quarta-feira?
Seu pai perguntou, beijando suas bochechas.
Enquanto todos eles caminhavam para o estacionamento, os pais de Lucy apertaram as mãos dela. Cada um deles deu outro abraço e outra serie de beijos.
Quando eles sacudiram a mão de Penny e lhe desejaram que ficasse bem, Lucy viu uma câmera fixada em um tijolo colocada em uma caixa quebrada na saída. Deve ser um detector de movimento conectado aos vermelhos, porque a camera estava fazendo um panorama, seguindo seus movimentos.
Esta não estava no tour de Samantha e certamente não era um vermelho morto. Os pais de Lucy não notaram nada – e talvez fosse melhor assim.

Então eles se afastaram, olhando para trás duas vezes para se despedir das duas garotas na entrada do hall principal.
O pai de Lucy conduziu seu velho Camaro e abaixou a janela.
_ Nós amamos você.
Ele disse tão audivelmente que Lucy estaria envergonhada se ela não estivesse tão triste por vê-los partir.
Lucy acenou de volta.
_ Obrigada. Ela sussurou.
Pelo doce de amêndoa e nóz e o doce de abóbora. Por gastar todo o dia aqui. Por receber Penyn debaixo de suas asas, sem fazer perguntas. Por continuar me amando, apesar do fato de assustá-los.
Quando as luzes traseiras desapareceram na curva, Penny tocou as costas de Lucy.

_ Eu estava pensando em ir ver meu pai.
Ela chutou o chão com a ponta de sua bota e olhou timidamente para Lucy.
_ Existe alguma chance de você querer vir? Se não, eu vou entender, considerando que isso envolve outra viajem pelo...
Ela sacudiu seu polegar para trás, em direção as profundidades do cemitério.
_Claro que irei.
oLucy disse.

Elas caminharam ao redor do perímetro do cemitério, ficando no topo da margem até que haviam chegado no canto extremo oriente, onde Penny parou em frente a uma lápide.
Era modesta, branca e coberta por uma camada amarelada de agulhas de pinheiro.
Penny ficou de joelhos e começou a limpa-la.

MARK LOCKWOOD, na simples lápide de pedra dizia, O MELHOR PAI DO MUNDO.

Lucey podia ouvir a comovedora voz de Penny atras da inscrição, e ela podia sentir as lágrimas chegando ao seus olhos.
Ela não queria que Penny visse – depois de tudo, Lucy ainda tinha seus
pais.
Se alguem deveria chorar neste momento deveria ser... Penny estava chorando. Ela estava tentando esconder com o mais suave dos fungados e algumas lágrimas derramaram na borda irregular de seu sueter.
Lucy ficou de joelhos também, e começou a ajudá-la a tirar as agulhas.
Ela colocou seus braços ao redor de sua amiga e a manteve o mais forte possivel.
Quando Penny recuou e agradeceu a Lucy, ela procurou em seu bolso e tirou uma carta.
_ Eu normalmente escrevo algo pra ele. - ela explicou.

Lucy queria dar a Penny um momento a sós com seu pai, assim ela se levantou, deu um passo para trás e virou-se, descendo até o centro do cemitério.
Seus olhos ainda estavam um pouco marejados, mas ela pensou que podia ver alguem sentado sozinho no topo do monumento.
Sim.
Um tipo com seus braços envolvidos ao redro de seu joelhos.
Ela não podia imaginar como ele subiu até ali, mas ali estava ele.
Ele parecia rígido e solitário, como se estivesse ali o dia todo. Ele não tinha visto nem Lucy ou Penny.
Ele não parecia ver nada.
Mas Lucy não tinha que estar o suficientemente proxima para ver seus olhos castanhos e saber quem era.
Porque ele é tão quente e tão frio
com ela... sempre.
Esse dia emocional dia com seus pais, o próximo pensamento de Lucy a deixou quase de joelhos, de tristeza.
Os pais de Bill não vieram.
_______________________________________________________________________________________________
Comentem xD
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeQua Jan 12, 2011 1:29 pm

hooooonnnnn tadinho do bill
continua cherry to curiosa para o proximo cap
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeQua Jan 12, 2011 1:41 pm

Tom todo educado, muito lindo, mas aquele era realmente o pai dele ?
Peny, gosto dela! hehe
Mas e o Bill?, o que aconteceu para que os pais dele não irem na Espada & Cruz ? (mimimi).
Esse diretor heim? não gosto dele heheh.
continua Cherry, please XD
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeQui Jan 13, 2011 2:08 pm

CAPITULO 26 - MÃOS OCIOSAS.

Choveu o dia todo na terça.
Nuvens extremamente negras rolaram do oeste e agitaram-se sobre o campus, nada fazendo para ajudar a clarear a mente de Lucy.
O aguaceiro caía em ondas desiguais - garoando, então chovendo torrencialmente, então chovendo granizo – antes de diminuir para começar tudo de novo.
Os alunos não tinham nem sido permitidos que fossem para fora durante os intervalos, e ao final de sua aula de cálculo, Lucy estava ficando louca por causa do aprisionamento.
Ela percebeu isso quando suas anotações começaram a se desviar do teorema de valor médio e começaram a ficar desse jeito:

15 de setembro: dedo do meio introdutório de BK
16 de setembro: estátua derrubada, mão na cabeça para me proteger (alternativa: simplesmente ele tateando uma saída); a saída imediata de BK
17 de setembro: potencial leitura errada do aceno de cabeça de BK como uma sugestão de que eu fosse a festa do Tom. Perturbadora descoberta do relacionamento de BK, M & G (erro?)


Soletrado desse jeito, era o começo de um catálogo muito embaraçoso.
Ele tinha simplesmente tantos altos e baixos. Era possível que ele se sentisse da mesma maneira que ela – embora, se pressionada, Lucy insistiria que qualquer estranheza da sua parte era apenas uma resposta à estranheza suprema da parte dele.
Não.
Esse era precisamente o tipo de argumento circular no qual ela não queria se engajar.
Lucy não queria jogar nenhum jogo. Ela só queria ficar com ele.
Só que, ela não tinha ideia do por que. Ou como agir sobre isso.
Ou, na verdade, o que ficar com ele realmente significava.
Tudo que ela sabia era que, apesar de tudo, era nele quem ela pensava.
Aquele com quem ela se preocupava.
Ela pensara que se pudesse rastrear cada vez que eles tinham se conectado e cada vez que ele tinha se afastado, ela podia ser capaz de encontrar alguma razão por trás do comportamento errático de Bill.
Mas sua lista até agora estava apenas deprimindo-a. Ela amassou a página
numa bola.

Quando o sino soou finalmente para liberá-los pelo dia, Lucy saiu apressada da sala de aula.
Normalmente ela esperava para andar com Samantha ou Penny, temendo os momentos em que seus caminhos se separavam, porque então Lucy ficaria sozinha com seus pensamentos.
Mas hoje, para variar, ela não teve vontade de ver ninguém.
Ela estava ansiando um tempo para Lucy.
Ela tinha apenas uma ideia certeira sobre como desviar sua mente de Bill: uma nadada longa, difícil e solitária.

Enquanto os outros alunos começaram a caminhar de volta na direção de seus dormitórios, Lucy puxou o capuz do seu suéter preto e lançou-se na chuva, ansiosa para chegar à piscina.
Enquanto ela descia os degraus de Agustine, ela se deparou diretamente com algo alto e largo.
Tom.

Quando ela empurrou-o, uma torre de livros balançou em seus braços, então caiu na calçada molhada em uma série de batidas.
Ele estava com o seu próprio capuz preto puxado sobre sua cabeça e seus fones de ouvido berrando em seus ouvidos.
Ele provavelmente não tinha visto ela vindo, tampouco.
Ambos tinham estado em seus próprios mundos.

_ Você está bem?
Ele perguntou, colocando uma mão nas costas dela.
_ Estou bem.
Lucy disse. Ela mal tinha tropeçado. Foram os livros de Tom que tombaram.
_ Bem, agora que nós derrubamos os livros um do outro, o próximo passo não são que nossas mãos se toquem acidentalmente enquanto pegamos-nos?
Lucy riu.
Quando ela lhe entregou um dos livros, ele segurou sua mão e apertou-a.
A chuva tinha encharcado seus grossos dreads, e grandes gotas reuniam-se em seus cílios longos e espessos.
Ele parecia muito bem.

_ Como se diz 'constrangido' em francês?
Ele perguntou.
_ Hm ... gêné?
Lucy começou a dizer, sentindo-se ela própria um pouco gênée de repente.
Tom ainda estava segurando sua mão.
_ Espere, não foi você quem tirou um 10 no teste de Francês ontem?
_ Você notou?
Ela perguntou. Sua voz soou estranha.
_ Tom, - ela disse - está tudo bem?
Ele se inclinou na direção dela e retirou uma gota d’água que ela sentira escorrer pela ponta de seu nariz.
O simples toque de seu dedo indicador a fez estremecer, e de repente ela não podia deixar de pensar quão maravilhoso e acolhedor podia ser se ele dobrasse-a em seus braços da forma como tinha feito na fracassa pesquisa sobre o incêndio.

_ Eu estive pensando em você.. - ele disse. - Querendo te ver. Eu esperei por você no memorial, mas alguém me disse que tinha ido embora.
Lucy teve o pressentimento de que ele sabia com quem ela saíra.
E que ele queria que ela soubesse que ele sabia.
_ Sinto muito.
Ela disse, tendo que gritar para ser ouvida sobre um ruído de trovão. Agora ambos estavam encharcados pelo aguaceiro jorrando.
_ Venha, vamos sair dessa chuva.
Tom puxou suas costas na direção da entrada coberta de Agustine.
Lucy olhou sobre o ombro dele na direção do ginásio e quis estar lá, não aqui ou em qualquer outro lugar com o Tom.
Pelo menos, não agora.
Sua cabeça estava cheia até a borda de tantos impulsos confusos, e ela precisava de tempo e espaço longe – de todos – para discerni-los.

_ Eu não posso.
Ela disse.
_ Que tal mais tarde? Que tal hoje à noite?
_ Claro, mais tarde, tudo bem. - Ele ficou radiante. - Passarei no seu quarto.
Ele a surpreendeu ao puxá-la para si, apenas pelo mais breve dos momentos, e a beijando suavemente na testa.
Lucy se sentiu instantaneamente aliviada, quase como se tivesse ganho uma
dose de alguma coisa.
E antes que ela tivesse a chance de sentir algo mais, ele a soltou e estava andando rapidamente de volta na direção do dormitório.

Lucy balançou sua cabeça e andou lentamente em direção ao ginásio. Evidentemente ela tinha que resolver mais do que apenas Bill.
Havia uma possibilidade de que poderia ser bom, até divertido, passar algum tempo com Tom, mais tarde essa noite.
Se a chuva passasse, ele provavelmente levaria-na para uma parte secreta do campus e seria totalmente carismático e lindo naquela maneira intimidantemente tranqüila dele.
Ele a faria se sentir especial.
Lucy sorriu.

Desde a última vez em que ela tinha posto os pés na Nossa Senhora de Ginástica (como Samantha tinha batizado o ginásio), o pessoal de manutenção da escola começou a lutar contra o kudzu.
Eles haviam retirado o cobertor verde da maior parte da fachada do prédio, mas tinham acabado apenas a metade, e vinhas verdes balançavam como tentáculos pelas portas.
Lucy teve que se abaixar sob alguns rebentos compridos apenas para que ela pudesse entrar.

O ginásio estava vazio, e silencioso a ponto de se ouvir uma agulha cair, em comparação com a tempestade lá fora.
A maior parte das luzes estava desligada.
Ela não tinha perguntado se tinha permissão para usar o ginásio fora do horário, mas a porta estava destrancada, e, bem, ninguém está lá para impedi-la.
No corredor turvo, ela passou pelos antigos manuscritos em latim nas caixas de vidro, e pelas reproduções em miniatura de mármore.
Ela parou na frente da porta da sala de musculação, onde ela tinha se deparado com Bill pulando corda.
Suspiro.
Isso seria uma grande adição ao seu catálogo:

18 de setembro: BK me acusa de persegui-lo.
Seguido dois dias mais tarde por:
20 de setembro: Penny me convence de realmente começar a persegui-lo. Eu consento.


Argh.
Ela estava em um buraco negro de autodepreciação.
E ainda assim ela não conseguia parar a si mesma. No meio do corredor, ela congelou.
De uma só vez ela compreendeu porque este dia todo ela se sentira ainda mais consumida por Bill do que o habitual, e também ainda mais confusa quanto ao Tom.
Ela sonhara com ambos na noite passada novamente.
Ela estivera andando através de um nevoeiro cinzento, alguém segurando sua mão.
Ela se virara, pensando que seria Bill.
Mas embora os lábios de quem ela estivera pressionando fossem reconfortantes e carinhosos, não eram dele.
Eles eram de Tom.
Ele deu-lhe inúmeros beijos ardentes, e cada vez que Lucy o espiava, seus tempestuosos olhos castanhos estavam abertos, também, penetrando-a, interrogando-a sobre algo que ela não podia responder.
Então Tom se fora, e o nevoeiro se fora, e Lucy estava enrolada apertadamente nos braços de Bill, exatamente onde queria estar.
Ele a afundou e a beijou ferozmente, como se estivesse com raiva, e cada vez que seus lábios deixavam os dela, mesmo que por apenas meio segundo, a sede mais seca a percorria, fazendo-a gritar.
Eles se beijavam ferozmente dando vida aos desejos mais profundos e ousados de cada um.
A mão dele percorria todo o corpo frágil e delicado de Lucy, fazendo – a se arrepiar da raiz do cabelo ate o dedão do pé.

Quando eles estavam prestes a juntar seus corpos em um só, ele parou de beijá-la, observou seu rosto, esperou por uma reação.
Ela não entendeu o estranho medo quente crescendo na boca do seu estômago. Mas lá estava, deixando-a desconfortavelmente quente, tão quente até fazer bolhas – até que ela não pudesse mais aguentar.
Foi quando ela acordou de repente: No último momento do sonho, a própria Lucy tinha queimado e se despedaçado – então tinha sido destruída até virar cinzas.
Ela acordara encharcada de suor – seu cabelo, seu travesseiro, seu pijama todos molhados e de repente a fazendo se senti com muito, muito frio.
Ela ficara deitada lá tremendo e sozinha até a primeira luz da manhã.

Lucy esfregou suas mangas encharcada de chuva para se aquecer.
É claro.
O sonho tinha deixado-a com um fogo no seu coração e um frio nos seus ossos que ela tinha sido incapaz de conciliar o dia todo.
E era por isso que ela viera aqui para nadar, para tentar tirar isso de seu sistema.

Dessa vez, seu biquíni preto realmente servia, e ela se lembrara de trazer um par de óculos de natação.
Ela empurrou a porta para a piscina e ficou sob a plataforma alta de mergulho sozinha, respirando o ar úmido com seu odor maçante de cloro.
Sem a distração dos outros alunos, ou o estímulo do apito da Treinadora Dante, Lucy conseguia sentir a presença de outra coisa na Igreja.
Algo quase sagrado.
Talvez fosse simplesmente que o nadadouro fosse um lugar tão lindo, mesmo com a chuva caindo pelas janelas rachadas de vitrais.
Mesmo com nenhuma das velas acesas nos altares laterais vermelhos.
Lucy tentou imaginar como o lugar era antes da piscina ter substituído os
bancos, e ela sorriu.
Ela gostava da ideia de nadar sob todas aquelas cabeças orando.
Ela baixou os óculos e pulou para dentro A água estava quente, muito mais quente que a chuva lá fora, e o estrondo do trovão lá fora parecia inofensivo e longe enquanto ela abaixava sua cabeça debaixo d'água.

Ela se propeliu e começou um nado crawl lento de aquecimento.
Seu corpo rapidamente relaxou, e algumas voltas mais tarde, Lucy aumentou sua velocidade e começou o borboleta.
Ela conseguia sentir a queimação em seus membros, e ela se forçou.
Era exatamente dessa sensação que ela estava atrás.
Totalmente a vontade.
Se ela pudesse apenas falar com Bill.
Realmente falar, sem ele lhe interromper ou lhe dizer para transferir de escola ou escapar antes que ela pudesse chegar ao ponto.
Isso podia ajudar.
Também poderia exigir que ele fosse amarrado e sua boca fechada simplesmente para que ele a ouvisse.
Mas o que ela diria?
Tudo o que ela era essa sensação que tinha perto dele, que, se ela pensasse
nisso, não tinha nada a ver com suas interações.
E se ela pudesse levá-lo de volta para o lago?
Fora ele quem tinha deixado implícito que aquele se tornara o lugar deles.
Dessa vez, ela poderia levá-lo até lá, e ela seria super-cuidadosa para trazer a tona algo que pareceria assustá-lo - Não estava funcionando.
Droga.
Ela estava fazendo isso de novo. Ela deveria estar nadando.
Só nadando.
Ela nadaria até que estivesse cansada demais para pensar em qualquer outra coisa, especialmente Bill.
Ela nadaria até...
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Continua hihihi
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeSex Jan 14, 2011 12:39 pm

cherry eu li sim viu só não comentei ontem
posta mais
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeSáb Jan 15, 2011 12:27 am

Ai, como você para nessa hora heim?
o Tom sempre todo fofo com a Luci (assim me apaixono mais por ele).
será que o Bill chegou lá?
ai Cherry continua logo please...
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeSeg Jan 17, 2011 12:27 pm

CAPITULO 27– CAIXA DE VELUDO.

_ Lucy!
Até que fosse interrompida.
Por Penny, que estava de pé ao lado da piscina.

_ O que você está fazendo aqui?
Lucy perguntou, cuspindo água.
_ O que você está fazendo aqui? - Penny disparou de volta. _ Desde quando você faz exercícios de boa vontade? Eu não gosto deste novo lado seu.
_ Como você me encontrou?
Lucy não percebeu até que tivesse dito que suas palavras podiam ter soado rudes, como se ela estivesse tentando evitar Penny.
_ Tom me disse. - Penny disse. - Tivemos uma conversa inteira. Foi estranho. Ele queria saber se você estava bem.
_ Isso é estranho?
Lucy concordou.
_ Não. - Penny disse, - o que foi estranho foi que ele se aproximou de mim e tivemos uma conversa inteira. O Sr. Sexualidade... e eu. Preciso soletrar ainda mais a minha surpresa? O negócio é que, ele foi realmente muito bonzinho.
_ Bem, ele é bonzinho.
Lucy tirou os óculos de sua cabeça.
_ Com você. - Penny disse. - Ele é tão bonzinho com você que ele escapuliu da escola para lhe comprar aquele colar – que você nunca usa. Ele não fica com nenhuma menina mais, so por sua causa.
_ Eu usei uma vez.
Lucy disse. O que era verdade.

Há cinco noites, depois da segunda vez que Bill a deixou encalhada no lago, sozinha com o caminho dele iluminado na floresta.
Ela não fora capaz de se desvencilhar da imagem e não fora capaz de dormir. Então ela experimentara o colar.
Ela adormecera segurando-o perto de sua clavícula, e acordara com ele quente na sua mão.
Penny estava acenando três dedos para Lucy, como se dissesse:
Oi? E qual a razão disso...?

_ A razão disso é... - Lucy disse finalmente, - eu não sou tão superficial que tudo pelo que estou procurando é um cara que me compra coisas.
_ Não é tão superficial, hein? - Penny perguntou. - Então eu te desafio a fazer uma lista não-superficial do por que você está tão afim do Bill. O que significa nada de Ele tem os olhinhos castanhos mais adoráveis ou Ooh, a maneira como ele se maqueia ou Nossa, como ele fica sexy mastigando alguma coisa.

Lucy teve que rir do falsete agudo de Penny e da maneira como ela segurava suas mãos cruzadas sobre o peito.
_ Ele simplesmente me entende, - ela disse, evitando os olhos de Penny. - Eu não consigo explicar isso."
_ Ele entende que você merece ser ignorada?
Penny sacudiu a cabeça.

Lucy nunca tinha dito a Penny sobre os momentos que ela passara sozinha com Bill, os momentos em que ela vira um relampejo de que ele se preocupava com ela, também.
Então Penny não conseguia entender realmente seus sentimentos.
E eles eram muito particulares e muito complicados para se explicar.
Penny se agachou na frente de Lucy.
_ Olha, a razão pela qual eu vim te procurar, em primeiro lugar, foi para arrastá-la para a sala de arquivos para uma missão relacionada ao Bill.
_ Encontrou mais alguma coisa?
_ Não.
Penny disse, estendendo uma mão para ajudar Lucy a sair da piscina.
_ Acho que devo parar de bisbilhotar a vida dele. - Lucy disse, içando-se para fora com a ajuda de Penny. - Eu vou tentar não ser irritantemente sentimental sobre o Bill.
_ Que seja. - Penny disse. - Só se apresse e se seque. Nós temos um breve período sem chuva ali fora e eu não tenho um guarda-chuva.


Quase toda seca e de volta em seu uniforme escolar, Lucy seguiu Penny até pátio e ali se sentaram em uma das mesas brancas de metal do refeitorio.

Lucy olhou ao redor só para ter certeza que ninguém mais estava por perto.
Penny gemeu.
_ O quê?
Lucy perguntou.
_ Depois das quatro, você precisa de permissão especial para ficar perambulando pela escola.- É por isso que este lugar é sempre tão vazio à noite. - Penny estava revirando sua mochila. -Onde eu coloquei aquele bolinho? - ela murmurou.
_ Por que você quer parar de pesquisa sobre a vida dele, voce não esta mais interessada nele?
Penny disse pegando um bolinho de chocolate recheado e repartindo ao meio para Lucy e para ela.
_ Não é isso, eu só acho que eu estou sendo muito irritante com isso, e se ele descobrir?
_ Não tem como ele descobrir, Lucy.
Penny disse revirando os olhos e dando uma mordida graciosa em sua metade do bolinho.

Lucy enfiou o papel do bolinho no seu bolso.
Ela estava começando a transformar-se no seu pai, que não gostava de estar em qualquer lugar muito longe do seu triturador de papel.
Ela se abaixou para procurar uma lixeira e avistou um par de pernas andando pelo corredor em direção a elas.
A marcha era tão familiar quanto a dela própria.
Ela sentou-se de volta – ou tentou sentar-se de volta – e bateu sua cabeça na parte inferior da mesa.
_ Au. - ela gemeu, esfregando o local onde batera sua cabeça no incêndio.

Bill estava parado a poucos metros de distância.
Sua expressão dizia que a última coisa no mundo que ele queria agora era topar com ela.
Pelo menos ele apareceu depois que elas terminaram de discutir sobre ele.
Ele não precisa pensar que ela estava perseguindo-o ainda mais ativamente do
que ele já pensava.
Mas Bill parecia estar olhando através dela; seus olhos castanhos estavam fixados em cima do seu ombro, em algo – ou alguém.
Penny bateu no ombro de Lucy, então girou seu polegar na direção da pessoa de pé atrás dela.
Tom estava inclinando-se sobre a cadeira de Lucy e sorrindo para ela.
Um raio lá fora fez com que Lucy praticamente pulasse nos braços de Penny.

_ Só uma tempestade. - disse Tom, inclinando sua cabeça. - Vai parar em breve. Uma pena, porque você fica uma gracinha quando está com medo.
Tom avançou a mão.
Ele começou em seu ombro, então traçou a ponta de seu braço com seus dedos até sua mão.
Os olhos dela vibraram, era tão bom, e quando ela os abriu, havia uma pequena caixa de veludo rubi na sua mão.
Tom a abriu, só por um segundo, e Lucy viu um relampejo de ouro.

_ Abra-a mais tarde. - disse ele. - Quando você estiver sozinha.
_ Tom–
_ Eu passei no seu quarto.
_ Podemos– Lucy olhou para Penny, que estava descaradamente olhando para eles com um encanto de espectador de filme na primeira fila.
Finalmente saindo de seu transe, Penny agitou suas mãos.
_ Você quer que eu vá... Entendo.
_ Não, fique - disse Tom, soando mais doce do que Lucy esperava. Ele se virou para Lucy.
_ Eu vou. Mas mais tarde – você promete?
_ Claro.
Ela sentiu-se corar.
Tom pegou sua mão e empurrou-a e a caixa para dentro do bolso frontal esquerdo de sua calça jeans.
Ficou apertada, e a fez estremecer sentir os dedos dele espalharem-se em seus quadris.
Então ele piscou e virou as costas.
Antes que ela tivesse a chance de recuperar o fôlego, ele voltou.

_ Uma última coisa. - disse ele, deslizando seu braço para trás da cabeça dela e se aproximando.
A cabeça dela inclinou-se para trás e a dele para frente, e a boca dele estava sobre a dela.
Seus lábios eram tão luxuosos quanto pareceram todas as vezes que Lucy os encarou.
Não foi profundo, só um selinho, mas Lucy sentiu como se fosse muito mais.
Ela não conseguia respirar por causa do choque e da emoção e da potencial exibição pública desse muito longo, muito inesperado–

_ Que de–!
A cabeça de Tom tinha girado, e então ele estava encurvado, segurando seu queixo.
Bill estava de pé atrás dele, esfregando o pulso.
_ Mantenha suas mãos longe dela!
_ Não te ouvi. - disse Tom, levantando-se lentamente.

Ai. Meu. Deus.
Eles estavam brigando. No pátio de refeição. Por ela.

Então, em um movimento limpo, Tom disparou-se para Lucy.
Ela gritou enquanto os braços dele começaram a fechar em torno dela.
Mas as mãos de Bill foram mais rápidas.
Ele golpeou duramente Tom para longe, e empurrou-o contra a mesa do refeitorio. Tom grunhiu enquanto Bill pegava um punhado de seu cabelo e prensava sua cabeça para baixo.

_ Eu disse parar manter suas mãos imundas longe dela, seu merdinha.
Penny gritou, pegou seu estojo, e foi na ponta dos pés até a parede.
Lucy observou enquanto ela jogava seu estojo amarelo sujo uma vez, duas vezes, três vezes no ar.
Na quarta vez, ele foi alto o suficiente para acertar a pequena câmera preta parafusada na parede.
O golpe desviou a lente da câmera para a esquerda, em direção a uma parede.
Nessa hora, Tom tinha jogado Bill para fora e eles estavam circulando um ao outro, seus pés rangendo no chão polido.
Bill começou a esquivar-se antes que Lucy sequer percebesse que Tom estava pegando impulso.
Mas Bill ainda não esquivou-se com rapidez suficiente.
Tom acertou o que pareceu ser um soco de nocaute logo abaixo do olho de Bill.
Bill rodou para trás devido a força disso, empurrando Lucy e Penny contra a mesa.
Ele se virou e murmurou um pedido de desculpas confuso antes de retornar.

_ Ai meu Deus, parem!
Lucy gritou, pouco antes dele pular na cabeça do Tom.
Bill parou Tom, lançando uma onda bagunçada de golpes nos seus ombros e nas laterais de seu rosto.
_ Isso é gostoso. - resmungou Tom, estalando o pescoço de um lado para outro como um boxeador.
Ainda persistindo, Bill deslocou suas mãos ao redor do pescoço de Tom.
E espremeu.
Tom respondeeu ao lançar Bill de volta contra uma parede fria e maciça.
O impacto explodiu, mais alto do que o trovão do lado de fora.
Bill resmungou e soltou. Ele caiu no chão com um baque.

_ O que mais você tem, Kaulitz?
Lucy cambaleou, pensando que ele podia não se levantar.
Mas Bill se levantou rapidamente.
_ Eu vou mostrar para você. - ele sibilou. - Lá fora. Ele foi até Lucy, então afastou-se.
- Você fica aqui.
Então ambos os garotos saíram do refeitório, através da saída traseira de Lucy. Ela e Penny ficaram congeladas em seus lugares.
Elas encararam uma a outra, as bocas abertas.

_ Vamos. - disse Penny, arrastando Lucy para uma janela que dava para a área comum.
Elas apertaram seus rostos no vidro, apagando a bruma de suas respirações.
A chuva estava caindo pesadamente.
O campo lá fora estava escuro, exceto pela luz que entrava pelas janelas do pátio.
Estava tão enlameado e escorregadio, era difícil ver alguma coisa.
Então duas figuras saíram do centro da área comum.
Ambos ficaram ensopados instantaneamente.
Eles discutiram por um momento, depois começaram a circular um ao outro.
Seus punhos foram erguidos novamente.
Lucy segurou o parapeito da janela e observou enquanto Tom fez o primeiro movimento, correndo até Bill e batendo nele com o ombro.
Então um rápido chute giratório em suas costelas.
Bill tombou, agarrando seus lados.

_ Levante-se.
Lucy motivou-lhe a se mover. Ela sentia como se ela própria tivesse sido chutada. Cada vez que Tom ia para cima de Bill, ela sentia em seus ossos.
Ela não agüentava assistir.
_ Bill tropeçou por um segundo ali. - Penny anunciou após Lucy ter se virado. - Mas ele disparou diretamente e totalmente marcou o Tom no rosto. Boa!
_ Você está gostando disso?
Lucy perguntou, horrorizada.
_ Meu pai e eu costumávamos assistir WWE. - disse Penny. - Parece que esses dois caras tiveram alguma formação séria em artes marciais misturadas. Perfeito cruzamento, Bill!
Ela gemeu.
_ Ai, cara.
_ O quê? - Lucy espiou novamente. - Ele está ferido?
_ Relaxe. - disse Penny. - Alguém está vindo para acabar com a luta. Bem quando Bill estava se recuperando.

Penny estava certa. Parecia que o Sr. Cole estava correndo pelo campus.
Quando chegou ao local onde os garotos estavam brigando, ele parou e assistiu-os por um momento, quase hipnotizado pela maneira como eles estavam lutando.
_ Faça alguma coisa!
Lucy sussurrou, sentindo-se enojada.
Finalmente, o Sr. Cole agarrou cada garoto pela nuca.
Os três lutaram por um momento até que Bill finalmente se desvencilhou.
Ele balançou sua mão direita, então marchou em um círculo e cuspiu algumas vezes na lama.

_ Muito atraente, Bill,.
Lucy disse sarcasticamente. Exceto que era.
Agora para uma conversa com o Sr. Cole.
Ele acenou suas mãos loucamente para eles e eles ficaram parados com as cabeças pendendo.
Tom foi o primeiro a ser dispensado. Ele correu pelo campo na direção do dormitório e desapareceu.
O Sr. Cole colocou uma mão no ombro de Bill.
Luce estava morrendo de vontade de saber o que eles estavam falando, se Bill seria punido.
Ela queria ir até ele, mas Penny a bloqueou.
_ Tudo isso por causa de uma joia. O que Tom lhe deu, afinal?
O Sr. Cole saiu e Bill ficou sozinho, de pé à luz de um poste de luz acima, olhando para a chuva.

_ Eu não sei. - Lucy disse a Penny, deixando a janela. - Seja o que for, eu não quero. Especialmente não depois disso.
Ela voltou para a mesa e tirou a caixa de seu bolso.
_ Se você não vai olhar, eu vou. - disse Penny.
Ela abriu a caixa, então olhou para Lucy, confusa.
O relampejo de ouro que elas tinham visto não tinha sido de joias.
Havia apenas duas coisas dentro da caixa: outra palheta verde de Tom, e um pedaço dourado de papel.

"Encontre-me amanhã depois da aula. Eu estarei esperando nos portões.
-T"

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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeSeg Jan 17, 2011 12:45 pm

aaaahhhhhhhh affraid
que luta em
adorei ela
continua cherry adorei o cap como sempre
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeSeg Jan 17, 2011 6:34 pm

ola...meu nome é Cristal...
a dias estou tentando faz um forum pra mim
e nao consigo...
vc poderia me ajudar a fazer???
ja que vc tem um...eu vi o seu forum e
gostei muito entao pensei em fazer um tbm...
haaa e qndo eu terminar de fazer vc me add
tbm???muito obrigada
BJOS
yaya
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeTer Jan 18, 2011 10:43 pm

Atrasada sorry!
Nossa, quase enfartei aqui,
Só de imaginar os dois brigando, ainda mais por ela, eu no lugar também não saberia o que fazer.
Bill, era só um bilhete e uma palheta, (eu também achei que era outra coisa).
Continua Cherry please...
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeSeg Jan 24, 2011 4:44 pm

CAPITULO 28 - Cova do leão.

Fazia um bom tempo desde que Lucy havia dado uma boa olhada no espelho.
Ela costumava nunca se importar com seu reflexo, seus olhos claros esverdeados, seus pequenos e retos dentes, seus espessos cílios, e sua densa cabeleira negra. Isso era antes.
Antes do verão passado.
Após a mãe dela ter cortado todo o cabelo dela, Lucy havia começado a evitar espelhos.
Não era só por causa do cabelo curto, ela não achava que gostava mais de quem ela era, então ela não queria ver nenhuma evidencia.
Ela começou a olhar para baixo e para as mãos dela quando ela as lavava no
banheiro.
Ela mantinha seu rosto olhando para frente quando passava em frente a janelas de vidros fumados e desviava de pós compactos com espelhos.
Mas vinte minutos antes do horário que ela deveria se encontrar com Tom, Lucy ficou parada em frente ao espelho no banheiro feminino vazio em Augustine.
Ela achava que aparentava tudo bem.
O cabelo dela estava finalmente crescendo, e o peso estava começando a soltar alguns dos seus cachos.
Ela deu checada nos dentes, então endireitou os ombros e olhos para o espelho
como se estivesse olhando Tom nos olhos.
Ela tinha que lhe dizer algo, algo importante, e ela queria ter certeza que conseguiria manobrar um olhar que exigisse que ele a levasse a serio.
Ele não havia ido à aula hoje.
Nem Bill, então Lucy presumiu que Mr. Cole havia colocado os dois em algum tipo de liberdade condicional.
Ou isso ou eles estavam lambendo as feridas.

Mas Lucy não tinha duvidas que Tom iria esperar por ela hoje.
Ela não queria ver ele.
De jeito nenhum.
Pensar sobre os punhos dele batendo em Bill fez o estomago dela se revirar.
Mas era culpa dela eles terem brigado, em primeiro lugar.
Ela havia iludido Tom e se ela fez por que ela estava confusa ou lisonjeada ou estivesse o menor que seja interessada não importava mais.
O que importava era que ela fosse direta com ele hoje.
Não havia nada entre eles.
Ela respirou fundo, puxou sua camiseta em direção aos quadris e abriu a porta do banheiro.
Se aproximando dos portões, ela não conseguia ver ele.
Mas então, era difícil ver qualquer coisa além da zona de construção no estacionamento.
Lucy não havia estado de volta à entrada da escola desde que eles haviam começado as renovações ali e ela estava surpresa do quão complicado era se mover através do esburacado estacionamento.
Ela desviou de poças e tentou se esquivar do radar da equipe de construção, abanando a fumaça do asfalto que parecia nunca acabar.

Não havia sinal de Tom.
Por um segundo ela se sentiu tola, quase como se ela tivesse caído em algum tipo de pegadinha.
Os portões de metal alto eram cheios de bolha e ferrugem vermelha.
Lucy olhou através deles para um bosque fechado do outro lado da rua.
Ela estalou as juntas dos dedos, pensando na vez que Bill havia lhe dito que ele odiava quando faziam aquilo.
Mas ele não estava ali para vê-la fazer aquilo, ninguém estava.
Então ela notou um papel dobrado com o nome dela nele.
Estava preso no galho espesso da árvore próxima ao interfone.

"Eu estou salvando você dos eventos sociais esta noite. Enquanto nossos colegas estudantes apresentam uma reencenação da Guerra Civil triste, mas verdadeira, você e eu iremos pintar a cidade de vermelho. Um sedan preto com uma placa dourada irá trazer você até mim. Achei que nós dois podiamo usar uma dose de ar fresco.
T."


Lucy tossiu da fumaça.
Ar fresco era uma coisa, mas um sedan preto buscando ela do campus?
Para levá-la até ele, como se ele fosse algum tipo de monarca que podia arranjar em um impulso para que mulheres fossem buscadas?
Onde estava ele afinal?
Nada disso era parte do plano dela.
Ela havia concordado se encontrar com Tom somente para dizer a ele que ele estava sendo muito avançado e ela realmente não conseguia se ver se envolvendo com ele.
Porque, apesar de que ela nunca contará a ele, cada vez que os punhos dele atingiram Bill na noite anterior, algo dentro dela havia se esquivado e começado a ferver.
Claramente ela precisava cortar essa coisinha com o Tom pela raiz.
Ela tinha o colar dourado de serpente no bolso. Era hora de devolvê-lo.
Exceto que agora ela se sentia estúpida por presumir que Tom iria querer só conversar.
È claro que ele tinha algo mais embaixo da manga.
Ele era esse tipo de cara.
O som das rodas do carro desacelerando fez Lucy virar a cabeça.
Um sedan preto parou em frente aos portões.
A janela esfumada do banco do motorista rolou para baixo e uma mão peluda saiu e pegou o receptor do interfone do lado de fora dos portões.

Após um momento, o receptor estava de volta no seu lugar e o motorista se inclinou sobre sua buzina.
Finalmente os grandes portões de metal gemeram e se partiram e o carro entrou parando na frente dela.
As portas se destrancaram suavemente.
Ela ia mesmo entrar naquele carro e ir para sabe-se-lá-onde para se encontrar com ele?
A ultima vez que ela havia estado parada naqueles portões havia sido para dizer adeus aos pais dela.
Sentindo falta deles antes mesmo deles irem embora, ela havia abanado daquele mesmo lugar, próxima do interfone quebrado dentro dos portões e, ela se lembrava de ter notado uma câmera de segurança mais moderna.
O tipo com detectores de movimento, dando zoom nela toda vez que ela se movia.

Tom não podia ter escolhido um ponto pior para o carro buscar ela.
Do nada ela teve visões do confinamento solitário na cela do porão.
Paredes de cimento úmido e baratas correndo pelas pernas dela.
Sem luz de verdade. Os rumores ainda estavam correndo pelo campus sobre aquele casal, Julie e Kevin, que não haviam sido mais vistos desde que eles
haviam escapado.
Tom achava que Lucy queria tanto ver ele que ariscaria saindo do campus em plena visão das vermelhas?

O carro ainda estava com o motor ligado em frente a ela.
Após um momento, o motorista, um homem de óculos escuros estilo esportivo com um pescoço grosso e cabelos ralos estendeu sua mão.
Nela estava um pequeno envelope branco.
Lucy hesitou um segundo antes de ir para frente e tirar ele dos dedos dele.
O material personalizado de Tom.
Um Cartão pesado cor marfim com o nome dele impresso em letras douradas decadentes no canto inferior a esquerda.

"Devia ter mencionado antes, as vermelhas foram fitadas. Veja por si mesma. Eu cuidei disso, como irei cuidar de você. Vejo você logo, espero."

Fitadas? Ele quis dizer? Ela ousou uma olhada para as vermelhas. Ele fez.
Um círculo de fita preta havia sido colocado perfeitamente sobre as lentes da câmera.
Lucy não sabia como essas coisas funcionavam ou quanto tempo levaria para a escola descobrir, de uma maneira estranha, ela estava aliviada por Tom ter pensado em cuidar disso.
Ela não podia imaginar Bill pensando tão à frente.
Ambos Kate e os pais dela estavam esperando telefonemas esta tarde.
Lucy havia lido a carta de dez paginas da Kate três vezes e ela tinha todos os detalhes engraçados da viagem do final de semana da amiga dela a Nantucket memorizados, mas ela ainda não saberia como responder a qualquer uma das perguntas de Kate sobre sua vida em Espada & Cruz.
Se ela se virasse e fosse para dentro para pegar o telefone, ela não saberia como começar a contar à Kate e seus pais sobre a sinistra virada que os últimos dois dias haviam tomado.
Mais fácil não contar nada a eles, ou até que ela encerrasse as coisas de um jeito ou de outro.
Ela deslizou no luxuoso assento de couro bege do sedan e colocou o cinto.
O motorista ligou a inguinissão do carro sem dizer uma palavra.

_ Aonde nós vamos?
Ela perguntou a ele.
_ Um lugarzinho que fica no remanso do rio. Sr. Tom gosta das cores locais. Apenas se recoste e relaxe, querida. Você verá.
Sr. Tom? Por que ele o chamou de Sr.?
Lucy nunca gostou que a mandassem relaxar, especialmente quando parecia uma ameaça para não fazer mais nenhuma pergunta.
De qualquer maneira, ela cruzou os braços sobre o peito, olhou para fora da janela e tentou esquecer do tom do motorista quando ele a chamou de “querida.”

Através dos vidros fumados, as árvores la fora e a estrada cinza pavimentada embaixo delas pareciam marrons. O sedan preto virou para o leste.
Eles estavam seguindo o rio em direção a costa.
Uma vez ou outra, quando o caminho deles e o rio convergiam, Lucy podia ver a água turva marrom se retorcendo ao lado deles.
Vinte minutos depois o carro desacelerou até parar em frente ao bar batido de beira de rio.
Era feito de uma madeira cinza, apodrecida e inchada, havia marcas de água sobre a porta da frente vermelha que se lia STYX em irregulares letras vermelhas pintadas a mão.
Bandeirolas de plástico de propaganda de cerveja haviam sido grampeadas em um feixe de madeira embaixo do telhado, uma tentativa medíocre de festividade. Lucy estudou as imagens impressas nos triângulos de plástico, palmeiras e garotas bronzeadas de biquínis com garrafas de cerveja nos seus lábios sorridentes, e se perguntou quando foi a ultima vez que uma garota de verdade havia colocado os pés naquele lugar.

Dois punks mais velhos se sentaram fumando no banco que ficava de frente para a água.
Moicanos cansados caiam sobre as testas de meia idade deles, e as suas jaquetas de couro tinham uma aparência feia e suja de algo que eles estivessem usando desde que punk era novidade.
A expressão fazia dos seus bronzeados e caídos rostos fazia a cena toda parecer ainda mais desolada.
O pântano que beirava a rodovia de duas vias havia começado a cobrir o asfalto, e a estrada parecia meio que sumir por entre a grama do pântano e a lama.
Lucy nunca havia estado tão longe no rio pantanoso.
Enquanto ela se sentava, incerta do que ela faria uma vez que saísse do carro, ou se essa era realmente uma boa idéia, a posta da frente do Styx se abriu abruptamente e Tom andou para fora.

Ele se inclinou descontraidamente contra a tela da porta, uma perna cruzada sobre a outra.
Ela sabia que ele não podia ver ela através da janela esfumada do carro, mas ele levantou sua mão como se ele pudesse e gesticulou para ela ir até ele.

_ Aqui vai nada.
Lucy resmungou antes de agradecer o motorista.
Ela abriu a porta e foi recebida por uma rajada de vento salgado enquanto subia os três degraus até a varanda de madeira do bar.
O cabelo cheio de dreads esgrenhados de Tom estava preso abaixo de um boné preto e ele tinha uma expressão calma em seus olhos.
Uma manga da camiseta amarela dele estava puxada sobre o ombro dele, e
Lucy podia ver a suave marcação do bíceps dele.
Ela dedilhou a corrente de ouro no bolso dela.
Lembre-se porque você está aqui.
O rosto de Tom mostrava um sinal da briga da noite anterior, um corte abaixo de sua sombrancelha esquerda o que a fez se perguntar, imediatamente, se Bill tinha alguma marca.
Tom a deu um olhar inquisitivo, correndo sua língua ao longo do seu lábio inferior mexendo em seu piercing.

_ Eu só estava calculando quantos drinques de consolação eu precisaria se você me desse o cano hoje.
Ele falou, abrindo os braços para um abraço.
Lucy andou até eles.
Tom era uma pessoa muito difícil de dizer não, até mesmo quando ela não estava totalmente certa sobre o que ele estava pedindo.

_ Eu não daria o cano em você.
Ela falou, então imediatamente se sentiu culpada, sabendo que as palavras dela vieram do senso de dever, não o romance que Tom teria preferido.
Ela estava ali somente porque ela ia dizer a ele que não queria se envolver com ele.
_ Então, o que é esse lugar? E desde quando você tem um serviço de carro?
_ Cola em mim, criança.
Ele falou, parecendo tomar a pergunta dela como um elogio, como se ela gostasse de ser arrastada para bares que cheiravam como o interior de um ralo de pia.
Ela era tão ruim nesse tipo de coisa.
Kate sempre dizia que Lucy era incapaz de honestidade brutal e era por isso que ela ficava presa em tantas situações desagradáveis com caras que ela devia apenas ter dito não.
Lucy estava tremendo. Ela tinha que desabafar aquilo.
Ela pescou no seu bolso e tirou o pingente.

_ Tom.
_ Oh que bom, você trouxe. - Ele pegou o colar das mãos dela e girou ela, - Deixe-me ajudar você a colocar ele.
_ Não, espere.
_ Pronto. - Ele falou. - Ele realmente combina com você. Dê uma olhada.
Ele a acompanhou ao longo do assoalho de madeira que rangia até a janela do bar, onde um numero de bandas havia colocado posters para shows.
OS VELHOS BEBES. PINGANDO COM ÓDIO.
RACHADORES DE CASAS.
Lucy teria preferido estudar qualquer um deles a olhar seu reflexo.

_ Viu?
Ela não conseguia distinguir direito as feições dela no enlameado vidro da janela, mas o pingente de ouro brilhava na sua pele quente.
Ela pressionou sua mão nele. Ele era adorável.
E tão distinto, com sua pequena serpente esculpida a mão pairando no centro. Não era como nada que se vê nas vitrines dos mercados, onde vendedores locais superfaturam os trabalhos manuais para turistas.
Atrás do reflexo dela na janela, o céu estava com uma cor rica de laranja-picolé, quebrado por linhas finas de nuvens rosa.

_ Sobre a noite passada ...
Tom começou a dizer.
Ela conseguia ver vagamente os lábios rosados dele se moverem pelo vidro sobre os ombros dela.
_ Eu queria falar sobre a noite passada, também.
Lucy falou, parando do lado dele.
_ Venha para dentro. - Ele falou guiando ela de volta para a porta de tela meio caída.
_ Nós podemos conversar lá.

O interior do bar era de madeira plainada, com algumas fracas lâmpadas laranja provendo a única luz.
Todos os tamanhos e formar de galhadas estavam amontoados na parede, e uma
cheetah empalhada posava sobre o bar, parecendo pronta para da o bote a qualquer momento.
Um retrato desbotado composto com as palavras Condado de Pulaski
Clube de Oficiais Alce 1964-1965 era a única outra decoração na parede, mostrando cem faces ovais, sorrindo modestamente acima de laços cor pastel.
A jukebox tocava Bom Jovi e um cara mais velho com a cabeça raspada e calça de couro estava cantarolando e dançando sozinho no meio de um pequeno palco elevado.
Além de Lucy e Tom, ele era a única outra pessoa naquele lugar.
Tom apontou para dois banquinhos.
As almofadas verdes de couro gastas haviam se partido no meio, a espuma bege saia para fora como um pedaço maciço de pipoca.
Já havia uma taça pela metade onde Tom havia se sentado.
A bebida nela era marron e aguada com gelo, banhada com suor.

_ O que é isso?
Lucy Perguntou.
_ Suor de virgem. - Ele falou tomando um gole. - Eu não recomendo ela para começar.
Quando ela olhou torto para ele, ele falou,
_Eu estive aqui o dia inteiro.
_ Encantador.
Lucy falou dedilhando o colar de ouro.
_ Quantos anos você tem, setenta? Sentado em um bar sozinho o dia inteiro?
Ele não parecia obviamente bêbado, mas ela não gostava da idéia de ir toda aquela distancia até lá para terminar tudo com ele, e ele estar bêbado demais para entender.
Ela estava começando a se perguntar como ela iria voltar para a escola.
Ela nem sabia onde era aquele lugar.

_ Ai. - Tom esfregou seu coração. - A beleza de ser suspenso das aulas, Lucy, é que ninguém sente a sua falta durante as aulas. Eu achei que eu merecia um tempinho para me recuperar.
Ele levantou a cabeça.
_ O que está realmente encomodando você? É este lugar? Ou a briga da noite
passada? Ou o fato de não estarmos tendo nenhum atendimento?
Ele elevou a voz para gritar as ultimas palavras, auto o bastante para fazer um enorme, bruto bartender se virar em frente a porta da cozinha atrás do bar.
O barman tinha cabelos longos, repicados com franja, e tatuagens que
pareciam cabelos humanos trançados que percorriam seus braços de cima a baixo.
Ele era só músculos e devia pesar uns cento e cinqüenta quilos.
Tom se virou para ela e sorriu.

_ Qual é o seu veneno?
_ Eu não me importo. - Lucy falou. - Eu na verdade não tenho meu próprio veneno.
_ Você estava bebendo champagne na minha festa.
Tom falou.
_ Viu quem estava prestando atenção? - ele esbarrou nela com seu ombro. - Seu champagne mais fino aqui.
Ele falou para o bartender que jogou a cabeça para trás e soltou uma risada maléfica.
Não fazendo nenhuma tentativa de ver a identidade dela ou até mesmo olhar ela tempo o bastante para adivinhar sua idade, o bartender se abaixou sobre um pequeno refrigerador com uma porta de vidro de correr.
As garrafas se bateram enquanto ele cavava e cavava.
Após o que pareceu como um longo tempo, ele emergiu novamente com uma pequena garrafa de Freixenet.
Parecia que tinha uma coisa laranja crescendo em volta da base.

_ Eu não aceito nenhuma responsabilidade por isso.
Ele falou entregando a garrafa.
Tom estourou a rolha e elevou sua sobrancelha a Lucy.
Ele serviu o Freixebet cerimoniosamente nas taças de vinho.
_ Eu queria me desculpar. - Ele falou. - Eu sei que eu tenho forçado um pouco a barra. E a noite passada, o que aconteceu com Bill, eu não me sinto bem a respeito daquilo.
Ele esperou Lucy consentir com a cabeça antes de continuar.
_ Ao invés de ficar bravo, eu só devia ter ouvido você. É com você que eu me importo, não ele.

Lucy observou as bolhas subirem no seu vinho, pensando que se ela tivesse que ser honesta, ela diria que era com Bill que ela se importava, não Tom.
Ela tinha que contar a Tom.
Se ele já se arrependia de não ter escutado ela na noite passada, talvez agora ele iria começar a ouvir.
Ela ergueu a taça dela para beber um gole antes de ela começar.

_ Oh, espere. - Tom colocou sua mão no braço dela. - Você não pode beber até que nos tenhamos brindado alguma coisa.
Ele ergueu a taça dele e segurou os olhos dela.
_ O que deve ser? Você escolhe.
A porta de tela bateu e os caras que haviam estado fumando na varanda entraram.
O mais alto, com cabelos pretos oleosos, nariz cortado e unhas muito sujas, deu uma olhada em Lucy e foi até eles.

_ O que estamos celebrando?
Ele olhou ela, batendo na taça erguida dela com seu copo.
Ele se inclinou mais perto, e ela pode sentir a carne dos quadris dele pressionando os dela através da camisa de flanela.
_ É a primeira noite fora do bebê? Qual é a hora do toque de recolher?
_ Nós estamos celebrando você levando seu traseiro de volta para fora agora mesmo.
Tom falou agradavelmente como se ele tivesse anunciado que era o aniversário de Lucy.
Ele fixou os olhos castanhos no homem, que mostrou seus pequenos dentes pontudos e a boca cheia de gengiva.
_ Lá fora, é? Só se eu levar ela comigo.
Ele agarrou a mão de Lucy.
Após o jeito que a briga com Bill havia começado, Lucy esperava que Tom precisaria de pouca desculpa para perder o controle de novo.
Especialmente se ele realmente tivesse bebido o dia inteiro.
Mas Tom se manteve excepcionalmente calmo.
Tudo que ele fez foi espanar a mão do cara para longe com a velocidade, graça e força brutal de um leão espanando um rato.
Tom assistiu o cara cambalear para trás vários passos.
Tom sacudiu sua mão com uma espressão desinteressada no rosto, então acariciou o pulso de Lucy onde o cara tinha tentado agarrar.

_ Lamento por isso. Você estava dizendo, sobre a noite passada?
_ Eu estava dizendo... - Lucy sentiu o sangue drenar de seu rosto.
_ Oh. Meu.Deus.
Ela sussurrou.
Houve um estrondo de vidro quando o cara quebrou o copo sobre a cabeça de Tom.
Lentamente, Tom ficou de pé em frente a cadeira dele e sacudiu alguns dos estinhaços de vidro do boné.
Ele se virou para encarar o homem que era facilmente duas vezes a sua idade e vários centímetros mais alto.
Lucy se acovardou em seu banco de bar se esquivando do que ela sentia que estava prestes a acontecer entre Tom e esse outro cara.


_ Separando.
O enorme bartender falou categoricamente sem nem se preocupar em tirar os olhos da sua revista de luta.
Imediatamente, o cara começou a lançar socos cegamente em Tom que tomou os socos sem sentido como se eles fossem tapas vindas de uma criança.
Lucy não era a única espantada pela compostura de Tom.
O dançarino-usador-de-calças-de-couro estava se acovardando contra o jukebox. E após o cara de cabelo oleoso socar Tom algumas vezes, até ele foi para trás e ficou ali, confuso.

Lucy se retraiu e se esquivou assim que Tom se esquivou de um último soco do cara sórdido.
E então decidiu contra-atacar.
Foi só um simples virar dos dedos dele, como se Tom estivesse retirando uma folha morta.
Em um minuto, o cara estava em cima de Tom, mas quando os dedos de Tom conectaram com o peito do oponente dele, o cara foi voando, jogado de pés para cima no ar, garrafas de cerveja se quebrando com sua subida até as costas dele baterem na parede oposta próxima ao jukebox.
Ele esfregou a cabeça e, gemendo, começou a se amontoar e ficar agachado.

_ Como você fez aquilo?
Os olhos de Lucy estava arregalados.
Tom ignorou ela, se virou em direção ao amigo mais baixo, mais parrudo do cara e falou.
_ Você é o próximo?
O segundo cara levantou suas palmas.
_ Não é minha briga, cara.
Ele falou se esquivando para longe.
Tom encolheu os ombros, andou em direção ao primeiro cara e o levantou do chão pelas costas da camiseta dele.
Seus membros balançavam vulneravelmente no ar, como de uma marionete.
Então, com um fácil giro de pulso, Tom jogou o cara contra a parede.
Ele quase parecia grudar lá enquanto Tom se soltou, socando o cara e dizendo de novo e de novo, “Eu falei vá para fora!”

_ Basta!
Lucy gritou, mas nenhum deles ouviu ou se importou. Lucy se sentiu mal. Ela queria tirar os olhos do nariz e gengivas sangrentas do cara pendurado contra a parede, da força quase sobre humana de Tom.
Ela queria dizer a ele para esquecer, que ela acharia o caminho para escola sozinha.
Ela agarrou a sua bolsa e correu noite adentro E direto nos braços de alguém.
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Espero que gostem... xD
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeSeg Jan 24, 2011 9:31 pm

NOSSA QUE SAUDADES DESSA FIC
AMEI O CAP
CONTINUA ESTÁ OPTIMO!!!
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeSeg Jan 24, 2011 10:12 pm

O que foi isso Cherry ?
Muito bom o capítulo, mas pera aí, o Tom tem algum tipo de poder ou é simplesmente forte mesmo.
Quem é a pessoa que a Lucy foi direto nos braços? será o Bill ?
ai posta logo please, amo essa fic.
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeTer Jan 25, 2011 12:25 pm

Amores, vou ter que ficar um tempo sem postar essa fanfic, por que eu deixo ela no pen drive e esse pen drive pegou um virus do cacete.
Enfim, eu vou ter que mandar para alguém que saiba tirar virus, se não eu não sei o que eu vou fazer!
Me desculpe, de coração.
Estou morrendo de raiva... mas isso acontece!
Desculpem mesmo, ainda mais agora!

BjOo=**
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeTer Jan 25, 2011 2:27 pm

tudo ok cherry
pode fica tanguila eu entendo
virus é uma bosta mesmo Rolling Eyes
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitimeTer Jan 25, 2011 9:55 pm

Ai que pena, mas tudo bem,
entendo, vírus é uma m**** mesmo,
espero que consiga logo, Very Happy
Fica tranquila Very Happy
Beijos...
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 4 Icon_minitime

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