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 Envie - me um anjo.

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Sarah
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giovana_caxias

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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeSeg Dez 27, 2010 12:27 pm

Capítulo perfeito!!! *-*
Cara vc escreve muito bem!
Continua...
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeSeg Dez 27, 2010 6:27 pm

Ai, que pena que não deu tempo de ela ler mais sobre o Bill e procurar sobre o Tom.
Cherry, ficou muito bom o capítulo, estou amando essa fic #fato (a outra também).
continua...please...
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CherryBomb
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeTer Dez 28, 2010 11:37 am

Mais um capitulo amores... ^^,
Espero que gostem!

_______________________________________________________________________________________________

CAPITULO 16 – SENTIMENTOS.

Lucy se movia rapidamente pelo grosseiro corredor, então abriu uma porta até a escada.
O ar na base da escada ainda estava úmido, mas ela conseguia senti-lo clarear um pouco com cada passo que dava.
Quando ela finalmente curvou a esquina no alto da escada, ela teve que piscar e
esfregar seus olhos para se reajustar à brilhante luz do sol inundando o corredor.
Ela tropeçou na esquina e pelas portas pintadas de branco até o salão principal.
Lá ela congelou.
Duas botas pretas de salto agulha, cruzadas nos tornozelos, estavam apoiadas em cima e para fora de uma cabine telefônica, parecendo muito a uma bruxa.
Lucy se apressava na direção da porta dianteira, esperando não ser avistada, quando ela percebeu que as botas de salto agulha estavam presas a uma legging de pele de onça, que estava presa a uma Molly não-sorridente.
A pequenina câmera de prata descansava em sua mão.
Ela levantou seus olhos para Lucy, desligou o telefone em seu ouvido, e ficou de pé no chão.

_ Por que você parece tão culpada, Bolo de Carne?
Ela perguntou, ficando de pé com suas mãos em seus quadris.
_ Deixe-me adivinhar. Você ainda está planejando ignorar a minha sugestão de ficar longe do Bill.

Todo o negócio de monstro malvado tinha que ser uma atuação. Não tinha jeito da Molly saber onde Lucy acabara de estar.
Ela não sabia nada sobre a Lucy. Ela não tinha razão para ser tão má.
Desde o primeiro dia de escola, Lucy nunca fizera nada para Molly – exceto tentar ficar longe dela.

_ Você está se esquecendo que desastre infernal foi da última vez que você tentou se forçar sobre um cara que não estava interessado?
A voz de Molly estava tão afiada quanto uma faca.
_ Qual é mesmo o nome dele? Taylor? Truman? Trevor!
Como é que a Molly podia saber sobre o Trevor?

Era esse, seu motivo para seu suposto suicídio. O segredo mais profundo e sombrio.
A única coisa que Lucy queria – precisava – manter em segredo na Espada & Cruz.
Agora, não só o Mal Encarnado sabia sobre tudo isso, como ela não sentia vergonha alguma em mencionar isso, cruel, arrogantemente – no meio do escritório principal da escola.
Era possível que Penny mentira, que Lucy não era a única pessoa com quem ela dividia seus segredos de escritório? Havia alguma outra explicação lógica?
Lucy prendeu seus braços sobre seu peito, sentindo-se enojada e exposta... e inexplicavelmente com raiva.
Molly inclinou sua cabeça.

_ Finalmente, - ela disse, soando aliviada. _ Algo te atingiu.
Ela virou suas costas para Lucy e empurrou a porta dianteira. Então, logo antes dela vaguear para fora, ela torceu seu pescoço e olhou para Lucy.

_ Então talvez teremos que manter os fósforos longe de você, antes que você tente mais uma vez suicídio por ser renegada.

Lucy começou a ir atrás dela, mas só deu alguns passos para fora da porta antes de perceber que provavelmente explodiria se tentasse confrontar Molly agora.
A garota era simplesmente cruel demais.
Então, esfregando sal na ferida de Lucy, Gabbie trotou da arquibancada para encontrar a Molly no meio do campo.
Elas estavam longe o bastante que Lucy não conseguia distinguir suas
expressões quando ambas se viraram para olhar para ela.
A cabeça da loira com rabo-de-cavalo levantou-se na direção da com corte de fadinha – a conversa a dois mais odiosa que Lucy já tinha visto. A conversa de duas cornas.

Ela curvou seus punhos suados juntos, imaginando Molly despejando tudo que sabia sobre Trevor para Gabbie, que imediatamente correria para transmitir as noticias para o Bill.
Pensando isso, uma dor enjoativa se espalhou nos dedos da Lucy, pelos seus braços, e em seu peito.
Bill podia ter sido pego andando fora da faixa, bebendo e vagabundeando mas e daí?
Era nada comparado pelo que Lucy estava aqui.

_ Cuidado com a cabeça!
Uma voz chamou.

Essa sempre fora a coisa menos favorita de Lucy de se ouvir.
Equipamentos esportivos de todos os tipos tinham um jeito estranho de se descontrolarem bem nela.
Ela recuou, olhando para cima diretamente para o sol.
Ela não conseguia ver nada e nem teve tempo de cobrir seu rosto antes de sentir um golpe contra a lateral de sua cabeça e ouvir um tunk alto tocando em seus ouvidos.
_Aiii.
A bola de futebol do Georg.

_ Boa!
Georg chamou enquanto a bola viajava diretamente de volta para ele.
Como se ela tivesse tido a intenção de fazer isso.
Ela esfregou sua testa e deu alguns passos vacilantes.
Uma mão ao redor de seu punho. Uma faísca de calor que a fez arfar.
Ela olhou para baixo para ver dedos pálidos e finos ao redor de seu braço, então para cima para os olhos castanhos profundos de Bill.

_ Você está bem?
Ele perguntou.
Quando ela assentiu, ele levantou uma sobrancelha.
_ Se queria jogar futebol, podia ter dito.
Ele disse.
_ Eu ficaria feliz de explicar alguns detalhes do jogo, como a maioria das pessoas usa partes do corpo menos delicadas para retornar um chute.
Ele soltou seu punho, e Lucy achou que ele estava esticando a mão na direção dela, para acariciar o lado dolorido de seu rosto.
Por um segundo, ela ficou parada lá, segurando sua respiração.
Então seu peito desmoronou quando a mão de Bill afastou-se para escovar seu próprio cabelo para longe de seus olhos.

Foi quando Lucy percebeu que Bill estava zoando dela.
E por que não deveria? Provavelmente devia haver a marca de uma bola de futebol na sua testa.
Molly e Gabbie ainda encaravam – e agora Bill – com seus braços cruzados sobre seus peitos.

_ Acho que a sua namorada está ficando com ciúmes.
Lucy disse, gesticulando para o par.
_ Qual delas?
Ele perguntou.
_ As duas.
_ Nenhuma é minha namorada.
Ele disse simplesmente.
_ Eu não tenho namorada. Quis dizer, qual delas achou que fosse minha namorada?
Lucy estava estupefata. E quanto a toda a conversa sussurrada com a Gabbie e Samantha falando que Molly era sua namorada?
E quanto ao jeito que as garotas estavam olhando para eles agora? Bill estava mentindo?
Ele estava olhando para ela de um jeito estranho.

_ Talvez você tenha batido sua cabeça mais forte do que eu pensara, - ele disse. _Vamos, vamos dar uma volta, respirar um pouco de ar.
Lucy tentou localizar a piada depreciadora na última sugestão de Bill.
Ele estava dizendo que ela era uma cabeça de vento que precisava de mais ar? Não, isso nem mesmo fazia sentido.
Ela olhou para ele. Como ele podia parecer tão ingenuamente sincero?
E bem quando ela estava se acostumando à rejeição de Bill.
_ Onde?
Lucy perguntou cuidadosamente.
Porque seria fácil demais se sentir feliz agora sobre o fato de Bill não ter uma namorada, sobre ele querer ir a algum lugar com ela.
Tinha que ter uma pegadinha.
Bill meramente espremeu seus olhos para as garotas do outro lado do campo.

_ Algum lugar onde não seremos observados.
Lucy dissera a Penny que a encontraria na arquibancada, mas haveria tempo para explicar mais tarde, e é claro que Penny entenderia.

Lucy deixou Bill guiá-la pelo olhar examinador das garotas.
Eles estavam vindo por uma floresta lindamente retorcida, que Lucy nunca adivinharia que estavam escondidos lá.
Bill olhou para trás para se certificar que ela estava acompanhando.
Ela sorriu como se segui-lo não fosse nada demais, mas enquanto ela tomava seu caminho pelas velhas raízes, ela não conseguia evitar pensar nas sombras.
Agora ela estava entrando no bosque, a escuridão sob a grossa folhagem furada de vez em quanto por uma pequena coluna de luz do sol acima.
O fedor de lama úmida encheu o ar, e Lucy repentinamente soube que havia água por perto.
Se ela fosse o tipo de pessoa que rezasse, seria agora que ela rezaria para as sombras ficarem distantes, simplesmente pela fatia de tempo que ela tinha com Bill, para que ele não tivesse que ver como ela ficava maluca as vezes.
Mas Lucy nunca rezara.
Ela não sabia como. Ao invés, ela simplesmente cruzou seus dedos.

_ A floresta se abre bem aqui.
Bill disse. Eles tinham chegado numa clareira, e Lucy arfou em estupefação.
Cada cor em que os olhos de Lucy caíam era brilhante, mais clara do que tinha sido há um momento.
Do lago azul cristalino logo abaixo deles até a floresta esmeralda cercando-os.
Duas gaivotas voando em inclinação no céu claro acima.
Quando ela ficou na ponta dos pés, ela conseguiu ver o começo de um pântano de cor marrom-amarelada, um que ela sabia que cedia para um oceano de espuma branca em algum lugar no horizonte invisível.
Ela olhou para cima para Bill. Ele era extremamente alto para ela.
Sua pele estava ainda mais pálida nessa luz, seus olhos quase chuvosos.
A sensação deles em seu rosto era uma coisa pesada e notável.

_ O que você acha?- ele perguntou.
Ele parecia tão mais relaxado agora que estavam longes de todos os outros.
_ Eu nunca vi algo tão maravilhoso, - ela disse, olhando a superfície do lago, sentindo a vontade de mergulhar.
A cerca de quinze metros na água estava uma pedra larga, chata e coberta
por musgo.
_ O que é isso?
_ Vou te mostrar.
Bill disse, chutando seus sapatos.
Lucy tentou sem sucesso não encarar quando ele puxou sua camiseta pela sua cabeça, expondo seu torso magro e pálido.

_ Vamos.
Ele disse, fazendo ela perceber como ela devia parecer enraizada no lugar.
_ Você pode nadar assim, - ele acrescentou, apontando para sua regata e seu short cinza.
_ Eu até te deixarei vencer dessa vez.
Ela riu.
_ Versus o quê? Todas aquelas vezes que eu te deixei vencer?
Bill começou a assentir, então se parou abruptamente.
_ Não. Desde que você perdeu na piscina no outro dia.
Por um segundo, Lucy teve vontade de dizer a ele por que tinha perdido.
Talvez eles pudessem rir sobre todo o mal-entendido da Gabbie-e-Molly-serem-suas-namoradas.
Mas então os braços de Bill estavam sobre sua cabeça e ele estava no ar, arqueando e então caindo, mergulhando no lago com um respinguinho perfeito.

Era uma das coisas mais bonitas que Lucy já tinha visto.
Ele tinha uma graça como nenhuma outra que ela já tinha testemunhado antes. Até mesmo o respingo que ele fizera deixou um toque adorável em seus ouvidos.
Ela queria estar lá com ele.
Ela tirou seus sapatos e os deixou na margem perto do de Bill, então ficou de pé na beirada da pedra.
A queda foi a cerca de sete metros, o tipo de mergulho alto que sempre fizera o coração de Lucy pula. De um jeito bom.

Um segundo mais tarde, sua cabeça apareceu acima da superfície.
Ele estava sorrindo, mantendo a cabeça acima d’água sem se mover.
_ Não me faça mudar de ideia sobre deixar você vencer.
ele chamou.
Tomando um fôlego profundo, ela mirou seus dedos sobre a cabeça de Bill e se empurrou em um alto mergulho de cisne.
A queda durou apenas uma fração de segundos, mas era a sensação mais deliciosa, velejar pelo ar ensolarado, para baixo, baixo, baixo.
Splash.

A água estava chocantemente fria no começo, então ideal um segundo mais tarde.
Lucy subiu à superfície para recuperar seu fôlego, deu uma olhada em Bill, e começou seu nado borboleta.
Ela se impulsionou tão forte que perdeu ele.
Ela sabia que estava se mostrando e esperava que ele estivesse observando.
Ela ficou mais e mais perto até que ela bateu sua mão na pedra – um instante antes de Bill.
Ambos arfavam enquanto se rebocavam na superfície chata e aquecida pelo sol.
Sua beirada era escorregadia por causa do musgo, e Lucy teve dificuldade em se firmar.
Bill não teve problema em escalar a pedra, contudo.
Ele se esticou e deu-lhe uma mão, então puxou-a para cima para onde ela podia colocar uma perna sobre a lateral.
Quando ela se suspendeu completamente para fora da água, ele estava deitado de costas, quase seco.
Só seu short revelava qualquer indício que ele estivera no lago.
Por outro lado, as roupas molhadas de Lucy prendiam em seu corpo, e seu cabelo estava pingando por tudo.
A maioria dos caras teria agarrado a oportunidade de olhar provocativamente para uma garota pingando de molhado, mas Bill recostou-se na pedra e fechou seus olhos, como se estivesse dando-a um momento para se secar - ou por bondade ou por falta de interesse.

Bondade, ela decidiu, sabendo que estava sendo irremediavelmente romântico.
Mas Bill parecia tão perceptivo, ele deve ter sentido pelo menos um tiquinho do que Lucy sentira.
Não só a atração, a necessidade de estar perto dele quando todos ao seu redor estavam dizendo-a para ficar longe.
Bill abriu seus olhos num estralar e sorriu – o mesmo sorriso da foto em seu arquivo.
Um ataque de déjà vu a engolfou tão completamente que Lucy teve que se deitar.

_ O quê?
Ele perguntou, soando nervoso.
_ Nada.
Lucy...
_ Não consigo tirar isso da minha cabeça, - ela disse, rolando de lado para encará-lo.
Ela não se sentia firme o bastante para se sentar ainda.
_ Essa sensação de solidão e desespero.
A água agitou-se contra a pedra, respingando nos dedos dos pés de Lucy onde estavam pendurados na beirada.
Estava fria e espalhou calafrios até suas panturrilhas.
Finalmente, Billl falou.

_ Já não passamos por isso?
Seu tom tinha mudado, como se ele estivesse tentando rir dela.
Ele soava como um cara da Dover: satisfeito consigo mesmo, eternamente entediado, presunçoso.
_ Estou lisonjeado por você achar que temos essa conexão, sério. Mas você não tem que inventar uma história para fazer com que um cara preste atenção em você.
Ela cerrou seus dentes, mortificada.
_ Por que você acha isso?
Ela perguntou, espremendo os olhos na luz do sol.
_ Você que me diga. - Bill disse. _ Não, na verdade, não diga. Não fará bem algum.
Ele suspirou.
_ Olha, eu não quero parecer chata nem nada, mas sei lá. Não sei o que dizer sobre o que sinto ao te ver.
Lucy se sentou.
Seu coração começou a acelerar.
_ Eu sei que te dei um fora no ginásio antes...
Ele disse lentamente, fazendo com que Lucy se inclinasse para frente, como se ela pudesse extrair as palavras mais rapidamente.
_ Eu devia simplesmente ter te contado a verdade.
Lucy esperou.
_ Uma garota me magoou.
Ele balançou uma mão na água, arrancou uma folha, e a despedaçou em suas mãos.
_ Alguém que eu realmente amava, não há muito tempo. Não é nada pessoal, e eu não quero te ignorar.
Ele olhou para ela e o sol foi filtrado por uma gota de água em seu cabelo, fazendo-o brilhar.
_ Mas eu também não quero que você tenha esperanças. Eu simplesmente não estou querendo me envolver com ninguém, não tão cedo.
Oh.

Ela desviou o olhar, para a água parada e azul-escura onde apenas minutos atrás eles estiveram rindo e respingando água.
O lago não mostrava mais sinais daquela diversão. Assim como o rosto de Bill.
Bem, Lucy tinha sido magoada também.
Talvez se ela contasse a ele sobre Trevor e como tudo tinha sido horrível, Bill se abriria sobre seu passado.
Mas, também, ela já sabia que não conseguia suportar escutar sobre o passado dele com outra pessoa.
Pensar nele com outra garota – ela imaginou Gabbie, Molly, uma montagem de rostos sorridentes, olhos grandes, cabelos compridos – era o bastante para fazê-la se sentir nauseada.

Sua história de término ruim deveria ter justificado tudo. Mas não justificava.
Bill fora tão estranho com ela desde o começo.
Mostrando-lhe o dedo do meio um dia, antes mesmo deles terem sido apresentados, então protegendo-a da estátua no cemitério no seguinte.
Agora ele tinha trazido ela aqui no lago – sozinha.
Ele era uma bagunça só.
A cabeça de Bill estava abaixada, mas seus olhos estavam encarando-a.

_ Não é uma resposta boa o bastante?
Ele perguntou, quase como se soubesse o que ela estava pensando.
_ Eu ainda sinto como se houvesse algo que você não está me contando.
Ela disse.
Tudo isso não podia ser explicado por um coração quebrado, Lucy sabia.
Ela tinha experiência nesse departamento.
As costas dele estavam voltadas para ela e ele olhava na direção do caminho que eles tinham tomado até o lago.
Após um instante, ele riu amargamente.

_ É claro que há coisas que eu não estou te contando. Eu mal te conheço. Não tenho certeza do por que você achar que eu te devo alguma coisa.
Ele ficou de pé.
_ Onde está indo?
_ Tenho que voltar.
Ele disse.
_ Não vá.
Ela sussurrou, mas ele não pareceu ouvir.

Ela observou, o peito pesando, enquanto Bill mergulhava na água.
Ele ergueu-se distante e começou a nadar na direção da costa.
Ele olhou de volta para ela uma vez, perto da metade, e deu-lhe um aceno de adeus definitivo.
Então seu coração inchou enquanto ele circulou seus braços sobre sua cabeça num nado borboleta perfeito.
Por mais vazia que ela se sentisse por dentro, ela não conseguia evitar admirar isso.
Tão puro, tão fácil, mal parecia com natação.
Rapidamente ele alcançara a costa, tornando a distância entre eles parecer muito menor do que parecera para Lucy.

Ele parecera tão calmo enquanto nadava, mas não havia jeito dele poder ter alcançado o outro lado tão rapidamente a não ser que ele realmente estivesse dilacerando a água.
Era tão urgente para ele se afastar dela?
Ela observou – sentindo uma mistura confusa de envergonhamento profundo e até mesmo uma tentação mais profunda – enquanto Bill se suspendia de volta na costa.
Ela se perguntou se a bola de futebol na sua cabeça tinham sacudido sua visão. Ou se o que ela achou que estava vendo era uma miragem.
Ela ficou de pé na pedra para dar uma olhada melhor.
Tudo que ele estava fazendo era chacoalhar a água de sua cabeça molhada, mas um verniz de gotinhas parecia pairar sobre ele, do lado de fora dele, desafiando a gravidade em uma amplitude ampla ao longo de seus braços.

________________________________________________________________________________________________________
*-* Dá vontade de dá uns murros no Bill!
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeTer Dez 28, 2010 12:29 pm

verdade concordo plenamente
dá cada vontade de da uns murros no bill
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeTer Dez 28, 2010 10:51 pm

Cada vez Bill me faz ficar com mais perguntas em relação ao que aconteceu com ele.
Essas reações me matam aos poucos hehehe.
Continua, está muito bom.
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeQua Dez 29, 2010 11:58 am


CAPITULO 17 - ESTADO DE INOCÊNCIA

Na noite de segunda, a Senhorita Sophia ficou de pé atrás de um pódio na frente de uma das maiores salas em Augustine, tentando fazer marionetes de sombra com suas mãos.
Ela tinha convocado uma sessão de estudo de última hora para os alunos em sua aula de religião antes do exame do dia seguinte, e já que Lucy já tinha perdido um mês inteiro de aula, ela achou que tinha muito o que recuperar.
O que explicava porque ela era a única ao menos fingindo tomar notas.
Nenhum dos outros alunos nem ao menos notou que o sol da tarde estava entrando suavemente pelas estreitas janelas e estava debilitando o palco caseiro da Senhorita Sophia.
E Lucy não quis chamar atenção para o fato dela estar prestando atenção ao ficar de pé para puxar as persianas poeirentas.
Quando o sol roçou a nuca de Lucy, ela se deu conta de quanto tempo estivera sentada nessa sala.
Ela tinha observado o brilho do sol nascente brilhar na juba do cabelo diminuto do Sr. Cole naquela manhã durante história mundial.
Ela tinha sofrido o calor sufocante do meio da tarde durante biologia com a Izabel.
Era quase noite agora.
O sol tinha curvado o campus inteiro, e Lucy mal tinha deixado sua mesa.
Seu corpo parecia tão duro quanto a cadeira de metal em que ela estivera sentanda, sua mente tão opaca quanto o lápis com o qual desistira de tomar notas.
Qual era a dessas marionetes de sombra? Ela e outros estudantes tinham, tipo, cinco anos?
Mas então ela se sentiu culpada.
De todo o corpo docente aqui, a Senhorita Sophia era de longe a mais boazinha, até mesmo gentilmente chamando Lucy de lado outro dia para discutir como ela estava atrasada em sua escrita no trabalho da árvore genealógica.
Lucy teve que fingir uma gratidão impressionante quando a Senhorita Sophia a acompanhou por uma hora de instruções de base de dados mais uma vez.
Ela se sentiu um pouco envergonhada, mas se fingir de burra era muito mais superior a admitir que estivera ocupada demais ficando obcecada com um certo colega para devotar qualquer tempo a sua pesquisa.

Agora a Senhorita Sophia estava de pé com seu longo vestido preto, entrelaçando elegantemente seus dedos e levantando suas mãos no ar, preparando-se para sua próxima pose.
Do lado de fora da janela, uma nuvem passou pelo sol.

_ Como todos vocês se lembram da leitura de Paraíso Perdido ano passado, quando Deus deu a seus anjos suas próprias vontades.
A Senhorita Sophia disse, respirando no microfone preso em sua cabeça e batendo seus dedos finos como asas de anjo perfeitas, _ houve um que cruzou a linha.
A voz da Senhorita Sophia caiu dramaticamente, e Lucy assistiu enquanto ela
retorcia seus dedos indicadores para que as asas do anjo se transformassem em chifres de diabo.
Atrás de Lucy, alguém resmungou,

_ Grande coisa, esse é o truque mais velho do mundo.
No instante em que a Senhorita Sophia acabou a sua aula, parecia que pelo menos uma pessoa na sala discordou de cada palavra que saiu da sua boca.
Talvez fosse porque Lucy não tivera uma criação religiosa como o resto deles, ou talvez fosse porque ela sentia pena da Senhorita Sophia, mas ela sentiu uma vontade crescente de se virar e calar os intrometidos.

Ela estava mal-humorada. Cansada. Faminta. Ao invés de ir para a fila para jantar com o resto da escola, os vinte estudantes matriculados na aula de religião da Senhorita Sophia foram informados que se estivessem atendendo uma sessão de estudos “opcional”, – um triste nome impróprio, Penny a informou – sua refeição seria servida na sala de aula onde a sessão seria realizada, para poupar tempo.
A refeição – não uma janta, nem mesmo um lanche, só algo genérico para encher o estômago no fim da tarde - fora uma experiência estranha para Lucy, que tinha bastante dificuldade em achar algo que pudesse comer na lanchonete lotada de carne.

Randy tinha acabado de rolar um carrinho de sanduíches deprimentes e alguns jarros de água morna.
Os sanduíches eram todos de frios misteriosos cortados, maionese, e queijo, e Lucy tinha observado invejosamente enquanto Penny mastigava um atrás do outro, deixando anéis de marcas de dente na crosta enquanto comia.
Lucy estivera a beira de roubar um sanduíche quando Tom se aproximou dela.
Ele abriu seu punho para expor uma pequena penca de figos frescos.
Sua pele roxa escura parecia jóias na mão dele.

_ O que é isso?
Ela perguntara, suprindo um sorriso.
_ Não pode viver só de pão, pode?
Ele tinha dito.
_ Não coma isso.
Gabbie tinha aparecido, pegando os figos dos dedos de Lucy e os jogando na lixeira.

Ela tinha interrompido outra conversa privada e substituído o espaço vazio na palma de Lucy com um punhado de M&M's de amendoim de um saco de uma máquina de venda.
Gabbie usava uma faixa da cor do arco-íris.
Lucy imaginou arrancar o negócio de sua cabeça e arremessá-lo na lixeira.

_ Ela está certa, Lucy.
Samantha tinha aparecido, olhando feio para Tom.
_ Quem sabe com o que ele drogou isso?
Lucy tinha rido, porque, é claro que Samantha estava brincando, mas quando ninguém mais sorriu, ela se calou e deslizou os M&M’s em seu bolso bem quando a Senhorita Sophia falou para que todos se sentassem.
O que pareceu como horas mais tarde, eles todos ainda estavam presos na sala de aula e a Senhorita Sophia só tinha ido da Criação até a guerra no Paraíso.
Eles não estavam nem ao menos em Adão e Eva.
O estômago de Lucy roncou em protesto.

_ E todos sabemos quem era o anjo malvado que batalhou contra Deus?
a Senhorita Sophia perguntou, como se estivesse lendo um livro de figuras para um bando de crianças na biblioteca.
Lucy meio que esperava que a sala gritasse Sim, Senhorita Sophia.
_ Alguém?
A Senhorita Sophia perguntou novamente.
_ Georg!
Samantha vaiou baixinho.
_ Isso mesmo.
A Senhorita Sophia disse, a cabeça balançando em um aceno santo.
Ela simplesmente tinha dificuldades auditivas.
_ Nós o chamamos de Satã agora, mas durante os anos ele teve diversas aparências – Mefistófeles, ou Beliel, até Lúcifer para alguns.
Molly, que estivera sentada na frente de Lucy, balançando a parte de trás de sua cadeira contra a mesa de Lucy pela última hora com o propósito expresso de enlouquecer Lucy, prontamente derrubou um pedaço de papel sobre seu ombro na mesa de Lucy.

"Lucy... Lúcifer... alguma relação?"

Sua caligrafia era obscura e nervosa e frenética. Lucy conseguiu ver suas maças do rosto levantarem em desprezo.
Em um momento de fraqueza faminta, Lucy começou a rabiscar furiosamente uma resposta atrás do bilhete de Molly.
Ela rabiscou acusando Molly de ser completamente corna, e que se ela continuasse a se meter no caminho de Lucy, essa mesma iria pegar o canivete suíço rosa de Gabbie e degola-la.
E de qualquer jeito, que se houvesse alguém nessa escola inteira
que chegava perto de parecer com Satã, não era o destinatário do bilhete, era o remetente.
Seus olhos furaram a nuca do corte joãozinho de Molly.
Lucy estava pronta a atirar nela o pedaço dobrado de papel e se arriscar com o temperamento de Molly quando a Senhorita Sophia atraiu sua atenção para a aula.

Ela estava com ambas as mãos erguidas sobre sua cabeça, as palmas para cima e vertendo o ar.
Enquanto ela as abaixava, as sombras de seus dedos na parede pareciam milagrosamente como braços e pernas descontrolados, como alguém pulando de uma ponte ou de um prédio.
A visão era tão bizarra, tão obscura e, ainda assim, tão bem feita, que envolveu Lucy.
Ela não conseguia desviar o olhar.

_ Por nove dias e nove noites... _ a Senhorita Sophia disse, _ Satã e seus anjos caíram, cada vez mais longe do Paraíso.

Suas palavras refrescaram algo na memória de Lucy. Ela olhou até duas fileiras para Bill, que encontrou seus olhos por meio segundo antes de enterrar seu rosto em seu caderno.
Mas aquela segunda olhada fora o bastante, e de uma só vez voltou para ela:
O sonho que ela tivera na noite anterior.
Fora uma história revisionada dela e Bill no lago.

Mas no sonho, quando Bill disse adeus e mergulhou de volta na água, Lucy teve a coragem de ir atrás dele.
A água estava quente, tão confortável que ela nem mesmo se sentira molhada, e cardumes de peixes abundou ao redor dela.
Ela estava nadando o mais rápido que podia, e de primeira ela pensou que os peixes estavam ajudando-a a ir na direção de Bill e da costa.
Mas logo as massas de peixes começaram a obscurecer e nublar sua visão, e ela não conseguiu vê-lo mais.
Os peixes ficaram com uma aparência maligna, e ficaram cada vez mais perto, até que ela não conseguisse ver mais nada, e ela se sentiu afundar, escapulindo dele, até as profundezas lodosas do lago.
Não era uma questão de não ser capaz de respirar, era uma questão de nunca ser capaz de emergir novamente.
Era uma questão de perder Bill para sempre.
Então, de baixo, Bill aparecera, seus braços abertos como remos. Eles dispersaram os peixes obscurecidos e abraçou Lucy, e juntos os dois planaram na superfície.
Eles romperam a água, cada vez mais alto, passando a pedra e a árvore onde tinham deixado seus sapatos.
Um segundo mais tarde, eles estavam na grama verde esmeralda. E Bill ousou roubar - lhe um beijo doce e delicado.

_ E eles pousaram _ a Senhorita Sophia disse, descansando suas mãos no pódio, _ no buraco flamejante do Inferno.

Lucy fechou seus olhos e exalou. Fora apenas um sonho.
Infelizmente, essa era sua realidade.
Ela suspirou e descansou seu queixo em suas mãos, lembrando de sua resposta esquecida do bilhete de Molly.
Estava dobrado em suas mãos. Agora parecia estúpido e imprudente.
Melhor não responder, para que Molly não soubesse que tinha afetado Lucy.
Um avião de papel descansou em seu antebraço esquerdo.
Ela olhou distante para o canto esquerdo da sala, onde Samantha estava sentada em uma pose exagerada piscando os olhos.

"Presumo que não esteja sonhando acordada com Satã. Para onde você e o BK se escafederam na tarde de sábado?"

Lucy não tivera uma chance de falar com Samantha sozinha o dia todo.
Mas como Samantha saberia que Lucy saiu com Bill?
Enquanto a Senhorita Sophia se ocupava com uma marionete de sombra focada na representação dos nove círculos do Inferno, Lucy observou Samantha fazer
velejar outro avião perfeitamente direcionado em sua mesa.
Assim como Molly.
Ela o alcançou bem a tempo de capturar o avião entre suas escorregadias unhas pintadas de preto, mas Lucy não ia deixar ela ganhar essa.
Ela pegou o avião de volta do aperto de Molly, rasgando suas asas ruidosamente na metade.
Lucy teve exatamente tempo o bastante para guardar no bolso o bilhete rasgado antes que a Senhorita Sophia virasse.

_ Lucinda e Molly. - ela disse, franzindo seus lábios e firmando suas mãos no pódio. _ Eu esperaria que o que quer que vocês duas tenham a necessidade de discutir passando bilhetes desrespeitosamente pode ser dito perante a turma toda.

A mente de Lucy acelerou. Se ela não bolasse nada rápido, Molly bolaria, e não haveria como dizer o quanto isso seria envergonhante.
_ M-Molly estava simplesmente dizendo, - Lucy gaguejou, - que ela discorda com a sua visão de como o Inferno foi destruído. Ela tem suas próprias ideias.
_ Bem, Molly, se você tem um esquema alternativo do submundo, eu certamente gostaria de ouvi-lo.
_ Que porra.
Molly resmungou baixinho. Ela limpou sua garganta e levantou-se.
_ Bem, você descreveu a Lúcifer como o lugar mais baixo do inferno, que é por que todos os traidores acabam lá. Mas para mim, - ela disse, como se tivesse ensaiado as falas, - eu acho que o lugar mais torturante no Inferno – ela deu uma longa e envolvente olhada em Lucy - deveria ser reservado não para traidores, e para covardes.
Os perdedores mais fracos. Porque me parece que, traidores? Pelo menos eles
fazem uma escolha. Mas os covardes? Eles simplesmente correm por aí roendo suas unhas,
totalmente assustados em fazer qualquer coisa. O que é totalmente pior.
Ela tossiu, _ Lucinda! _ e limpou sua garganta. _ Mas essa é só a minha opinião.
Ela se sentou.

_ Obrigada, Molly, - a Senhorita Sophia disse cuidadosamente, - estou certa que todos nos sentimos muito esclarecidos.
Lucy não se sentia.
Ela tinha parado de escutar na metade do descurso de Molly, quando teve uma sensação estranha e doentia no fundo de seu estômago.
Fome.
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Capitulo chato, mas faz parte ^^,
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeQua Dez 29, 2010 1:46 pm

contunua
e nossa que sonho bom
já sonhei com o bill foi legal
mais idai ninguen me pergunto
mais em fim continua to adorando
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeQua Dez 29, 2010 10:21 pm

Citada da Lucy com fome e tendo que aturar a Molly e uma aula dessas hehehe.
Deviam ter deixado ela comer os figos, coitado do Tom se não fez nada pra ela no piquenique, que mal teria comer os figos? (espero que nenhum),
Continua Cherry, essa fic é ótima Gata. (quero mais).
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeQui Dez 30, 2010 11:41 am

CAPITULO 18 – GRANDE ERRO.

Do outro lado da sala, ela encontrou os olhos de Samantha.
Samantha estava fazendo gestos de beijos e abraços para Lucy.
Lucy não conseguiu resistir e soltou uma gargalhada silenciosa para Samantha, e logo em seguida ela levantou seu queixo, tentando mostrar – lhe a carta que havia entregue.
O bilhete – ela deveria estar esperando que Lucy lesse o bilhete.
A Senhorita Sophia apagou o projetor.

_ Eu acho que a minha artrite teve o bastante do Inferno por uma noite.
Ela deu risada, encorajando os estudantes, com seus cérebros adormecidos, a dar risada com ela.
_ Se vocês todos relerem os ensaios críticos que eu determinei sobre Paraíso Perdido, eu acho que estarão mais do que preparados para o teste de amanhã.
Enquanto os outros estudantes se apressavam para pegar suas mochilas e cair fora da sala, Lucy desdobrou o bilhete de Samantha:

"Diga que ele não te deu aquela desculpa esfarrapada de “ter sido magoado antes”."

Ela definitivamente precisava falar com Samantha e descobrir exatamente o que ela sabia sobre Bill. Mas antes...
Ele estava diante dela.
A fivela prata de seu cinto brilhou ao nível dos olhos. Ela tomou um longo fôlego e olhou para seu rosto.
Os olhos castanhos de Bill pareciam descansados.
Ela não falara com ele por dois dias, desde que ele a deixara no lago.
Era como se o tempo que ele passara longe dela tive rejuvenescido ele.
Lucy percebeu que ela ainda tinha o bilhete revelador de Samantha aberto em sua mesa.
Ela engoliu em seco e o guardou de volta em seu bolso.

_ Eu queria me desculpar por ter ido tão repentinamente no outro dia.
Bill disse, soando estranhamente formal.
Lucy não sabia se ela devia aceitar suas desculpas, mas ele não lhe deu tempo de responder.
_ Acho que você voltou para a terra firme bem?
Ela tentou um sorriso.
Passou por sua mente contar a Bill sobre o sonho que ela tivera, mas felizmente ela percebeu que seria totalmente estranho.
_ O que você achou da sessão de revisão?
Bill parecia fechado, duro, como se eles nunca tivessem se falado antes. Talvez ele estivesse brincando.
_ Ah eu gostei!
Lucy respondeu.
Sempre aborrecera Lucy quando garotas espertas fingiam que não gostavam de algo só porque assumiam que era isso que um cara gostaria de ouvir.
Mas Lucy não estava fingindo; realemente ela havia achado interessante.

_ Que bom.
Bill disse, parecendo satisfeito.
_ Você gostou também?
_ Não.
Ele disse enigmaticamente, e Lucy agora desejara ter mentido para soar mais desinteressada do que realmente estava.
_ Então... você não gostou...
Ela disse, querendo dizer algo, qualquer coisa para mantê-lo perto dela, falando.
_ O que você não gostou exatamente?
_ Talvez gostar não seja a palavra certa.
Após uma longa pausa, ele disse,
_ Eu não acredito em Deus, então supostamente eu também não acredite nesse lance de céu e inferno.
Levou um momento para que as palavras dele fossem registradas por completo por Lucy.
Sua mente viajou para o velho porão de armazenamento mofento onde ela tinha relampejado o arquivo de apenas duas paginas de Bill.

_ E como vai sua família?, - ela perguntou, tentando mudar de assunto.
_ Por que quer saber?
Bill zombou.
_ Eu não sei...?
_ A pergunta é por que você assumiria saber qualquer coisa sobre a minha família – ou sobre mim?
Lucy sentiu seu estômago despencar.
Ela viu Aviso: Alerta de Perseguidora relampejar nos olhos alarmados de Bill.
E ela sabia que tinha estragado as coisas com ele mais uma vez.

_ Bill.
Georg chegou por trás deles e colocou sua mão no ombro coberto por uma camiseta de Bill.
_ Quer ficar por aí para ver se tem outra aula de um ano, ou vamos partir?
_ É.
Bill disse suavemente, dando um olhar lateral final para Lucy.
_ Vamos cair fora daqui.

É claro – obviamente – ela devia ter escapulido diversos minutos atrás.
Tipo ao primeiro instinto de divulgar quaisquer detalhes do arquivo de Bill.
Uma pessoa inteligente e normal teria esquivado-se da conversa, ou mudado o assunto para algo muito menos bizarro, ou, no mínimo, mantido sua boca enorme fechada.
Porém. Lucy estava provando dias após dia que – especialmente quando se tratava do Bill – ela era incapaz de fazer qualquer coisa que estivesse na categoria de “normal” ou “inteligente.”
Ela observara enquanto Bill afastava-se com Georg.
Ele não olhou de volta, e cada passo que ele dava para longe dela a fazia se sentir mais e mais bizarramente sozinha.
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeQui Dez 30, 2010 8:07 pm

nossa esse capitulo deu vontade de surra o bill
que garoto mais chato
coitada da lucy
ela não merecia
mais enfim continua cherry to adorando
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeSex Dez 31, 2010 12:38 am

A Lucy deu uma mancada perguntando da família do Bill, (se bem que eu queria saber).
Bill, definitivamente estou achando que ele é bipolar ou algo do tipo.
Cherry, continua, please....
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeSex Dez 31, 2010 3:35 pm

Capitulo enorme, mas enfim ^^,
Espero que gostem!

_____________________________________________________________________________________________
CAPITULO 19 - ONDE HÁ FUMAÇA...

_ O que você está esperando?
Penny perguntou apenas um segundo depois que Bill saiu com Georg.
_ Vamos.
Ela puxou a mão de Lucy.
_ Para onde?
Perguntou Lucy.
Seu coração continuava batendo forte pela conversa com Bill – e da visão dele se afastando.
A forma em que seus frageis ombros cortavam o corredor fazia parecer maior do que o próprio Bill.

Penny bateu levemente em um lado da cabeça de Lucy.
_ Oi? Para a biblioteca, como eu disse a você em meu bilhete... - ela captou a expressão em branco de Lucy.
_ Você não recebeu nenhum dos meus bilhetes?
Ela bateu a perna, frustada.
_ Mas eu entreguei a Gustav para passar ao Tom, para passar pra você.

_ Carteiro.
Tom se meteu na frente de Penny e apresentou a Lucy dois pedaços de papel dobrado colocados entre o indicador e o dedo médio.
_ Ah faça me o favor. Teu cavalo morreu de cansaço no caminho?
Penny bufou, recolhendo os bilhetes.
_ Eu te dei estas merdas faz uma hora. Por que levou tanto tempo? Você não os leu...
_ Claro que não.
Tom levou uma mão a seu peito largo, ofendido.
_ Se você recorda, Lucy se meteu em problemas por trocar bilhetes com Molly...
_ Eu não estava trocando bilhetes com Molly...
_ Não me importa, - disse Tom, pegando os bilhetes da mão de Penny e entregando-os finalmente a Lucy.
_ Eu só estava olhando por seus interesses. Esperando a oportunidade certa.
_ Bem, obrigada.
Lucy meteu os bilhetes em seu bolso e deu de ombros para Penny como se disesse 'o que quer que eu faça.’

_ Falando de esperar o momento certo, - ele disse. _ Eu estava fora no outro dia e vi isto.
Ele tirou uma pequena caixa de joías de veludo vermelho e o manteve aberto para que Lucy visse.
Penny deu um puxão no ombro de Lucy com a intenção de dar uma olhada.
Dentro, uma fina corrente de ouro que envolvia um pequeno pingente circular com uma linha esculpida no centro e uma pequena cabeça de serpente na ponta.

Lucy olhou para ele. Estava brincando com ela?
Ele tocou no pingente.
_ Pensei que, depois do outro dia... queria te ajudar a enfrentar seu medo.
ele disse em um tom quase nervoso, com medo de que ela não fosse aceitar.
Deveria aceitá-lo?
_ Só uma brincadeira. Eu gostei. É único, me lembrou você.
Era único. E muito lindo, e isso fez Lucy se sentir estranhamente indigna.
_ Você foi às compras?
Se encontrou perguntando, porque era mais fácil falar de como Tom havia deixado o campus do que estar se perguntando Por que eu?
_ Pensei que uma das normas da escola é que estamos todos presos aqui.

Tom levantou o queixo ligeramente e sorriu com os olhos.
_ Há maneira, - disse em voz baixa. _ Eu te mostrarei um dia. Poderia te mostrar... está noite?
_ Tom, amor. - disse uma voz atrás dele.
Era Gabbie, batendo-lhe no ombro.
Uma parte fina da frente de seu cabelo era uma trança francesa e presa até atrás de sua orelha, como uma perfeita pequena bandana.
Lucy a olhou com ciúmes.

_ Preciso de sua ajuda com os preparativos.
Gabbie ronronou.
Lucy olhou ao seu redor e percebeu que eram as únicas quatro pessoas que ficaram na sala de aula.
_ Vou dar uma pequena festa em meu quarto mais tarde. - disse Gabbie, apertando o queixo no ombro de Tom para dirigir-se a Lucy e a Penny.
_ E todos estão indo, certo?
Gabbie, cuja boca parecia sempre pegajosa pelo brilho labial, cujo os cabelos loiros nunca paravam de deixar sua marca no segundo que um cara começava a falar com Lucy.
Mesmo que Bill tenha dito que não havia nada entre eles, Lucy sabia que ela nunca iria ser amiga dessa garota.

Então outra vez, você não tem que gostar de alguém para ir a sua festa, especialmente quando certamente outra pessoa que você gosta, provavelmente vai está lá...
Ou ela deveria aceitar a oferta de Tom? Ele estava realmente sugerindo que eles escapassem?
Só ontem, um rumor tinha voado por toda a classe quando Julie e kevin, o casal língua furada, não apareceram para a aula da Srta. Sophia.
Aparentemente, eles tinham tentado sair do campus no meio da noite, para um encontro secreto que saiu errado – e agora estavam em algum tipo de confinamento solitário, cuja localização ainda não era conhecida por Penny.
O mais estranho de tudo foi a Srta. Sophia – que geralmente não tolera os sussurros – não calou os estudantes que fofocavam loucamente durante a aula. Era quase como se quisesse que os estudantes imaginassem o pior castigo possível por quebrar alguma de suas regras ditatoriais.
Lucy engoliu em seco, olhando para Tom. Ele ofereceu seu cotovelo, ignorando inteiramente Gabbie e Penny.

_ O que me diz, garota?
Ele perguntou, soando tão encantadoramente romântico e selvagem que Lucy se esqueceu de tudo o que tinha acontecido a Julie e a Kevin.
_ Desculpe.
Interrompeu Penny, respondendo a ambos e afastando Lucy do cotovelo dele.
_ Mas nós temos outros planos.
Tom olhou para Penny como se estivesse tentando descobrir de onde ela tinha vindo tão repentinamente.
Ele fazia Lucy se sentir como uma versão melhor, mais calma, de si mesma.
E ele tinha uma maneira de cruzar em seu caminho no momento certo depois que Bill a tinha feito se sentir exatamente o oposto.
Mas Gabbie ainda continuava flutuando ao lado dele, e o aperto de Penny era cada vez mais forte, então finalmente Lucy só agitou a mão que ainda estava segurando Tom.

_ Hum, talvez da próxima vez! Obrigada pelo colar.
Deixando Tom e Gabbie confusos na sala atrás delas, Penny e Lucy sairam de Agustine.
Era assustador está sozinha no escuro edificil tão tarde, e Lucy podia dizer pelos ruído apressador das sandalias de Penny nas escadas que ela sentia o mesmo também.
Do lado de fora, havia vento. Uma coruja cantava em sua pequena Palmeira. Quando elas passaram sob as arvores ao lado do edifícil, ganchos desordenados das arvores estvam tocando-as como emaranhados de fios de cabelos.

_ Talvez na próxima vez? - Penny imitou a voz de Lucy. _ O que foi isso?
_ Nada... eu não sei.
Lucy queria mudar de assunto.
_ Você fez um som muito ridiculo, Penny.
ela disse, rindo enquanto caminhava ao longo do pátio.
_ Outros planos... pensei que você se divertiu na festa da semana passada.
_ Se você alguma vez andou lendo minha última correspondência, verá por que temos coisas mais importante.

Lucy esvaziou seus bolsos, descobrindo cinco M&M’s não-consumidos, e compartilhando-os com Penny, que fez uma expressão muito nojenta como dizendo que esperava que viessem de um lugar limpo, mas os comeu de todo jeito.
Lucy abriu o primeiro bilhete de Penny, no qual parecia uma cópia da página de um dos arquivos da sala de arquivos subterrâneo:

Gabrielle Givens
Tom Kaulitz
Lucinda Prince
Gustav Schäffer
Localizações Anteriores:
Todos no Nordeste

(Lepzing)
Samantha Alter
Bill Kaulitz
Mary Margaret Zane
Localizações Anteriores:
Hamburg.


O grupo de Lucinda foi anotado que chegou em Espada&Cruz em 15 de setembro deste ano.
O segundo grupo tinha chegado em 15 de março, de três anos antes.

_ Quem é Mary Margaret Zane?
Lucy perguntou, apontando.
_ Apenas a muito virtuosa Molly.
Penny disse.
_ O nome de Molly é Mary Margaret? Não é de se estranhar que é tão irritada com o mundo.
Lucy disse.
_ Então, onde você consegue tudo isso?
_ Peguei de uma das caixas que a Srta. Sophia derrubou no outro dia, - disse Penny. _ É a letra da Srta. Sophia.
Lucy olhou pra ela.
_ O que isso significa? Por que ela tinha a necessidade de guardar isso? Pensava que eles tinham todas as nossas fichas de chegada separadas em nossos arquivos.
_ Eles tem. Não consigo entender isso também.
Penny disse.
_ E eu quero dizer, que embora você se apresentasse ao mesmo tempo que os outros garotos, não é como se você tivesse algo em comum com eles.
_ Eu não poderia ter menos em comum com eles, - Lucy disse, prevendo o olhar recatado de Gabbie sempre colado ao seu rosto.
Penny coçou o queixo.
_ Mas quando Samantha, Molly e Bill apareceram, eles já se conheciam. Creio que eram do mesmo Centro de Recuperação em Lepzing.

Pensando em como seria sua reação – que desaparecesse ao horror que Lucy poderia ter o interesse de saber algo sobre ele – bem, a fez sentir que tudo o que ela e Penny estavam fazendo era inútil e imaturo.
_ Qual é o ponto de tudo isso?
Lucy perguntou, de repente irritada.
Lucy suspirou.
Parte dela queria deixar a busca e parar de se sentir envergonhada sobre Bill.
Outra parte insistente dela ainda ansiava por conhecê-lo melhor... o qual, estranhamente, era muito mais fácil de fazer quando ele não estava tecnicamente presente para lhe dar novos motivos para sentir-se envergonhada.

Mas então ela olhou outra coisa que tinha em sua mãos. A caixa aveludade de joías de Tom.
_ O que você acha que isso significa?
Ela perguntou a Penny, enquanto começava a caminhar até o mosaico de azulejos das escadas da biblioteca.
Penny deu de ombros.
_ Seus sentimentos sobre as serpentes são...
_ O ódio, a agonia, a paranóia extrema e o desgoto.
Lucy listou.
_ Talvez seja como... ok, eu costumava ter medo de cactus. Não podia nem me aproximar deles... não ria, alguma vez foi picada por uma dessas coisas? Permanecem em sua pele durante vários dias. Mesmo assim, um ano, no meu aniversário, meu pai me presentiou com onze plantas de cactus. À principio eu queria jogar elas fora. Mas então, você sabe, me acostumei com elas. Deixei de dar a volta a cada momento que eu estava próximo de um. No final, superei totalmente.

_ Então você está me dizendo que o presente de Tom, - Lucy disse, _ é na verdade muito suave.
_ Eu acho, - disse Penny. _ Mas se eu soubesse que ele estava louco por ti, eu não teria confiado nossa correspondencia particular. Desculpe por isso.
_ Ele não está louco por mim, - começou a dizer Lucy, tocando o pingente de ouro dentro da caixa, imaginando como seria o aspecto contra sua pele, ela não tinha contado nada a Penny sobre seu dia de campo com Tom, porque – bem, ela realmente não sabia o por que.
Isto tinha haver com Bill, e como Lucy ainda não sabia se queria estar ou não estar – com qualquer um deles.

_ Há. - Gritou Penny. - O que significa que você gosta um pouco dele! Traindo Bill. Eu não posso continuar com você e seus homens.
_ Como se estivesse acontecendo algo com qualquer um deles, - disse Lucy com tristeza.
_ Acha que Tom leu os bilhetes?
_ Se ele fez isso, e ainda te deu esse colar, - disse Penny, - então ele realmente gosta de você.
Elas entraram corredor, direto para a seleção de quartos.
Lucy se despediu de Penny e entrou em seu quarto, colocando delicadamente sua caixinha de jóias, que Tom havia lhe presenteado, em sua escrivaninha.
Por um momento ficou pensando.
Bill nunca a presenteou. Ele nem ao menos fala com ela direito.
Lucy adormeceu minutos depois, fitando a pequena e delicada caixinha.
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Comentem xD
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeSex Dez 31, 2010 5:41 pm

QUE LINDO QUE O TOM FEIZ
QUE FOFO
CONTINUA CHERRY TO ADORANDO
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeSex Dez 31, 2010 6:08 pm

Ai que lindo o Tom deu um presente para a Lucy *-*
Será que ele está mesmo interessado na Lucy? (acho que sim hehe)
Essas listas, o que são?
Cherry ficou muito bom, continua liebe!!!
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 12:24 pm

Pra quem não entendeu, esses nomes ai são dos alunos que chegaram no ano da Lucy e onde estão os nomes do Bill da Molly, etc... são os que chegaram três anos antes....
Depois vocês vão entender ^^,
Mais um capitulo ai pra vocês!!!

_____________________________________________________________________________________________
CAPITULO 20 – SONHOS PROIBIDOS.

Lucy estava em uma casa grande e perfeita, daquelas que Lucy sempre vira em comercias de vendas.
Suas paredes eram em um tom bege pastel. As portas eram enormes e de um marrom maciço.
Lucy adentrou a casa, e dentro da mesma era mais bonita do que o lado de fora, com grandes quadros de paisagens espalhados pelas paredes largas.
Lucy se aprofundou ainda mais pela grande casa, adentrando na sala de musica.
Pensou assim seria, pois nela havia um piano grande e preto com uma grande calda.
Ela ousou deslizar seus pequenos e delicados dedos em suas teclas macias e finas.
Tocou uma musica que ela conhecia muito bem.
Evanescence – My immortal.
Era incrivel a forma como Lucy tocava tao bem.
Seus dedos deslizavam calmamente emitido um som suave e ao mesmo tempo depressivo.
Em meio aos seus pensamentos, uma figura jovial e magra adentrou a sala, onde Lucy tocava o piano.
Era Bill.
Eles trocaram olhares. Como se já se conhecessem a tempos, para permitir tão afinidade.
Ambos olhavam com desejos um ao outro.

_ Adoro quando você toca essa musica.
Bill depositou sua mão na mão de Lucy suavemente.
_ Não pare, por favor.
Ele disse, quase como se fosse uma suplica.
Lucy continuou a tocar suavemente as notas no piano.
Quando terminou a musica, Lucy se levantou e foi ao encontro de Bill para um abraço.
Mas invés de um abraço ela acabou ganhando um beijo delicado e selvagem do mesmo.
Seu corpo estremeceu, podia sentir as batidas do coração de Bill quase sem esforços, pulando freneticamente.
Lucy sentiu um objeto que ela mesma ainda não tinha decodificado, roçando em sua língua. Parecia ser alguma coisa fina e redonda na ponta.

_ Eu te amo.
Ele disse dando espaço entre seus corpos, para puxar um pouco de ar.
_ Eu também te amo.
Lucy disse, totalmente enfeitiçada pelo olhar cortante e avassalador de Bill.
Assim olhando para sua boca entreaberta e pode ver um pequeno e suave piercing em sua língua.
O objeto que deu um toque a mais em seus beijos.
Em meio ao clima romântico de Lucy e Bill, outra figura masculina adentrara o local.
Tom.

Com sua roupas largas e seus dreadlocks amarrados por debaixo de um boné marrom.
Ele se aproximou de Lucy e Bill, e roubou Lucy dos braços de Bill, logo e impulsivamente roubando – lhe um beijo selvagem e sexual.
Suas línguas faziam um baile frenético e suave ao mesmo tempo, dando direito a “mãos bobas” por toda a parte de seus corpo.

Lucy sentiria um pouco suja por fazer isso, mas logo seu pensamento se esvaziou e ela teve que dar uma pausa nos seus beijos quentes e nervosos.
Tom juntou – se ao lado de Bill
Era incrível como os dois eram parecidos, mas ao mesmo tempo diferentes um do outro.
Bill por sua vez tinha sua pele pálida, cabelos negros lisos, e olhos castanhos tão convidativos por baixo de sua maquiagem preta e mórbida.
Diferente de Tom, que era mais forte e sua pele com tons mais dourados.
Seus cabelos duramentes em formatos de pequenas cobras esgrenadas, sem nenhum vestígio de maquiagem em seu rosto.

_ E ai, qual de nós dois você escolhe?
Tom disse em um tom áspero e duvidoso.
_ É mesmo Lucy - Bill disse passando suas mãos em torno de seus quadris _ Qual de nós dois você vai ficar?
Lucy sentiu – se dividida.
Poderia parecer loucura, mas ela queria os dois.
_ Eu não posso escolher.
Lucy disse em meio a duvidas.
_ Você tem que escolher, você acha que o que, nós vamos ficar aqui apenas realizando seus desejos?
Tom disse um pouco mais agressivo.
Lucy sentiu seu coração se dividir em dois. Como ela poderia escolher entre dois homens perfeitos?
_ Me desculpem, mas eu não posso escolher.
Disse Lucy em meio a prantos.
_ Eu amo os dois.
_ Então você não terá nenhum dos dois.
Bill disse saindo ao lado de Tom de seu campo de visão e se jogando ao meio do fogo.
Fogo?
Mas de onde veio esse fogo?

Lucy acordou ofegante e suada.
Fora um sonho.
_ Meu Deus, que loucura.
Lucy arfou envergonhada pelo seu sonho um tanto quanto insano.
Logo ela sentiu cheiro de fumaça vindo do corredor.
Lucy colocou seus pés no chão frio de mármore e foi em direção a porta, abrindo – a e dando uma pequena olhadinha pelo corredor.
Sim havia fogo.
Lucy se desesperou e correu pelo corredor afora. Não sabia qual direção seguir.
Dois anos antes ela provavelmente se jogaria na direção do fogo, mas hoje em dia ela quer mais do que viver. Quer lutar.

Sem saber por qual caminho seguir Lucy se agachou no chão frio e solitário do corredor e abraçou suas pernas.
No desejo incontrolável, que alguma alma viva da Espada & Cruz a socorresse.
Ela estava a ponto de desmaiar.
Mas então, repentinamente parecia como se ela estivesse flutuando.

_ Que demônios?
Lucy gritou.
Seus pés se levantaram do chão só por um momento. Sentiu como se estivesse em uma onda no oceano, um cume leve que a levantava mais alto, levando seu corpo ao ar.
Lucy não sabia até onde iria – ela nem sequer podia ver a porta, só um monte de sombras ao redor.

Ela deveria ter estado horrorizada, mas não estava. De alguma maneira se sentia protegida do fogo, como se algo a estivesse protegendo – algo flexível mas impenetrável.
Algo estranhamente familiar.
Algo fraco, mas gentil. Algo – quase muito rápido, ela estava na porta.
Seus pés tocaram o chão de novo, e ela se lançou contra porta de emergencia.
Então ela soltou.
Sufocada. Ofegante. Com ansia de vômito.
Outro alarme estava soando. Mas estava soando muito longe.
O vento roçou seu pescoço.
Eles estavam do lado de fora! Parados em um pequeno peitoral.
Um lance de escadas chegavam até a áreal principal, e inclusive quando tudo em sua cabeça se sentia nublado e cheio de fumaça, Lucy pensou que podia escutar vozes em algum lugar próximo.
Ela virou para tentar saber o que tinha acontecido.
Como ela tinham saído através dessa grossa, negra e impenetrável sombra? E o que era essa coisa que a tinha salvo? Lucy sentiu sua ausência.
Ela quase queria voltar para procurá-la.
Mas o corredor estava escuro, e seus olhos ainda estavam cheios de lágrimas.

Depois houve uma irregular pincelada de luz, algo que parecia com o tronco de árvore com ramos – uma luz movendo-se pra cima dela.
Isso fez com que Lucy pensasse, absurdamente, em Bill.
Ela estava vendo coisas.
Ela respirou fundo e tentou piscar as lágrimas de fumaça de seus olhos.
Mas a luz ainda estava ali. Ela sentia mais que ouvi-la chamar, acalmando-a, uma canção de ninar em meio a uma zona de guerra.
Então ela não viu chegar a sombra.

Por um longo momento sua cabeça latejava. ela nunca tinha conhecido uma dor tão profunda e abrasadora como esta.
Ela chorou durante a noite, no conflito de luz e sombra sobre sua cabeça. mas então tudo se tornou muito claro e Lucy se entregou, fechando os olhos.
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Confusão né? Quem será que tirou a Lucy do incêndio???
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 12:37 pm

nossa que sonho bom se eu sonhase om essa acho que escolheria o bill
adogooo
equen será que colocou fogo lá em
continua cherry to amando
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeSeg Jan 03, 2011 10:32 pm

Cherry, o que foi isso menina?
adorei o capítulo,
mas, quem colocou fogo? e quem tirou a Lucy de lá? (não vou me arriscar dizer quem tirou, que meus pensamentos já foram além pensando em diversas pessoas Razz )
Quero/necessito de mais fic, please....
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeTer Jan 04, 2011 12:11 pm

CAPITULO 20 - Rude Despertar

_ Está com medo?
Bill perguntou.
Sua cabeça estava inclinada para o lado, seu cabelo preto desgrenhado por uma brisa suave.

Ele estava segurando-a, e enquanto seu aperto estava firme em torno de sua cintura, era tão suave e leve como um lenço de seda.
Seus próprios dedos estavam entrelaçados atrás do pescoço sem camisa dele.
Ela estava com medo?
Claro que não. Ela estava com Bill. Finalmente. Em seus braços.
A verdadeira questão incomodando nos fundos de sua mente era: Ela deveria ficar com medo?
Ela não podia ter certeza. Ela nem mesmo sabia onde estava.
Ela conseguia sentir o cheiro de chuva no ar, próxima. Mas tanto ela quanto Bill estavam secos.
Ela conseguia sentir um longo vestido branco fluindo até seus tornozelos.
Havia só um pouco de luz do dia restante.
Lucy sentiu um arrependimento penetrante ao desperdiçar o pôr-do-sol, como se houvesse algo que ela pudesse fazer para detê-lo.
De alguma forma ela sabia que esses raios de luz finais eram tão preciosas quanto as últimas gotas de mel em um jarro.

_ Você fica comigo?
Ela perguntou.
Sua voz era o mais fino sussurro, quase cancelado por um gemido baixo.
Uma rajada de vento girou ao redor deles, soprando o cabelo de Lucy em seus olhos.
Bill cruzou seus braços com mais força ao redor dela, até que ela conseguisse
respirar a respiração dele, pudesse sentir o cheiro da pele dele na dela.

_ Para sempre.
Ele sussurrou de volta.
O som doce de sua voz a completou.
Havia um pequeno arranhão do lado esquerdo da testa dele, mas ela esqueceu dele enquanto Bill pegou suas bochechas entre as mãos e trouxe seu rosto mais para perto.
Ela inclinou sua cabeça para trás e sentiu todo o seu corpo ficar frouxo de expectativa.
Finalmente, finalmente, os lábios dele desceram nos dela com uma urgência que tirou seu fôlego.
Ele beijou ela como se ela pertencesse a ele, tão naturalmente como se ela fosse alguma parte dele.
Então a chuva começou a cair.
Ensopou seus cabelos, correu pelos seus rostos e em suas bocas.
A chuva estava quente e inebriante, como os próprios beijos.
Lucy esticou sua mão ao redor das costas dele para puxa-lo mais para perto, e suas mãos deslizavam na pele macia dele.

_ Bill.
Ela disse, arfando.
Ela tentou olhar para outro lugar, para qualquer outro lugar, mas de todos os lados, tudo que ela podia ver além de Bill eram os rosas e azuis infinitos do céu se pondo.

Quando ela abriu seus olhos, estava muito claro, sua pele muito seca, e havia uma dor imobilizante na parte de trás de sua cabeça.
O céu tinha ido embora, assim como Bill.
Outro sonho.
Só que esse a deixou se sentindo quase doente de desejo.
Ela estava em um quarto de paredes brancas. Deitada em uma cama de hospital.
À sua esquerda, uma cortina fina como papel tinha sido arrastada pela metade do quarto, separando-a de algo se movimentando no outro lado.
Lucy delicadamente tocou o ponto tenro na base do seu pescoço e choramingou.
Ela tentou se orientar.
Ela não sabia onde estava, mas tinha uma nítida sensação de que não estava mais na Espada & Cruz.

Seu vestido branco ondeado era – ela deu um tapinha nas laterais – uma folgada camisola de hospital.
Ela conseguia sentir cada parte do sonho escapulindo – tudo exceto aquele beijo. Ele tinha sido tão real. O toque dos lábios tão macios e apetitosos.
Seu estômago agitou-se.
Ela fechou e abriu seus punhos, hiper-consciente de seu vazio.
Alguém agarrou e apertou sua mão direita. Lucy virou sua cabeça rapidamente e recuou.
Ela tinha assumido que estava sozinha.
Gabbie estava empoleirada na beira de uma cadeira giratória azul desbotada que parecia, irritantemente, realçar a cor dos olhos.
Lucy queria se desvencilhar – ou pelo menos, ela esperou querer se desvencilhar – mas então Gabbie lançou-lhe o sorriso mais quente, um que fez Lucy se sentir, de alguma forma, segura, e ela percebeu que estava feliz por não estar sozinha.

_ Quanto disso foi um sonho?
Ela murmurou.
Gabbie riu.
Ela tinha um pote de creme para cutículas na mesa ao lado dela, e começou a esfregar o negócio branco com aroma de morango nas unhas de Lucy.
_ Isso tudo depende, - ela disse, massageando os dedos de Lucy.
_ Mas não se importe com sonhos. Eu sei que sempre quando sinto o meu mundo virando de cabeça para baixo, nada me acalma como uma manicure.

Lucy olhou para baixo. Ela nunca fora muito de esmalte, mas as palavras de Gabbie a lembraram de sua mãe, que sempre sugeria que elas fossem à manicure quando Lucy tinha um dia ruim.
Enquanto as mãos lentas de Gabbie trabalhavam em seus dedos, Lucy se perguntava se todos esses anos ela estivera perdendo isso.
_ Onde nós estamos?
Ela perguntou.
_ Hospital Lullwater.
Sua primeira viagem para fora do campus e ela acabara em um hospital há cinco minutos da casa dos seus pais.
Na última vez em que ela estivera aqui fora para tirar três pontos de seu cotovelo
quando ela caíra da sua bicicleta.
Seu pai não havia deixado o seu lado. Agora ele não estava em lugar algum.

_ Há quanto tempo estou aqui?
Ela perguntou.
Gabbie olhou para o relógio branco na parede e disse,
_ Eles te acharam desmaiada devido a inalação de fumaça na noite passada por volta das onze. É procedimento operacional padrão chamar o Técnico de Emergência Médica quando encontram alguém do reformatório inconsciente, mas não se preocupe, Randy disse que vão te deixar sair daqui logo logo. Assim que seus pais assentirem–
_ Meus pais estão aqui?
_ E cheios de preocupação com a filha deles, até as pontas do cabelo com permanente da sua mãe. Eles estão no corredor, se afogando em papelada. Eu disse a eles que ficaria de olho em você.
Lucy resmungou e apertou seu rosto no travesseiro, convocando a profunda dor na parte de trás de sua cabeça novamente.
_ Se você não quiser vê-los...
Mas Lucy não resmungava por causa de seus pais. Ela estava morrendo de vontade de ver seus pais.
Ela estava se lembrando da biblioteca, do fogo, e de seu receptivo beijo com Bill.

_ Que cara é essa?
Gabbie perguntou, inclinando sua cabeça e acenando sua mão no ar na frente do rosto de Lucy.
_ No que está pensando?
Lucy não sabia como assimilar a bondade repentina de Gabbie com ela.
Assistente de enfermeira não parecia exatamente o tipo de emprego em que Gabbie seria voluntária, e não era como se houvesse algum cara por aqui cuja atenção ela pudesse monopolizar.
Gabbie nem mesmo parecia gostar de Lucy. Ela não apareceria aqui por vontade própria, apareceria?
Mas mesmo tão bondosa quanto Gabbie estava sendo, não havia jeito de explicar o que tinha acontecido na noite passada.
A reunião pavorosa e inexprimível no corredor.
A sensação surreal de solidão naquela escuridão. A figura estranha e atraente da luz.

_ Onde estão os outros?
Lucy perguntou.
A cortina de papel foi repentinamente atirada para trás, e ali estava Samantha, usando patins em linha e um uniforme vermelho-e-branco cor de doce listrado. Seu curto cabelo preto estava retorcido em uma série de nós no alto da sua cabeça.
Ela rolou, carregando uma bandeja na qual estavam três cascas de côco cobertas com canudos de festa em formato de guarda-chuva de cor neon.

_ Agora me deixa entender, - ela disse numa voz rouca, nasal. - Ponha a lima no côco e beba ambos – opa, caras azedas. O que estou interrompendo?
Samantha parou as rodas no pé da cama de Lucy.
Ela estendeu um cocô com um guarda-chuva rosa balançando.
Gabbie pulou e agarrou o cocô primeiro, dando uma cheirada em seu conteúdo.

_ Sam, ela acabou de passar por um trauma - ela repreendeu. - E para sua informação, o que você interrompeu foi o assunto de como estão os outros.
Samantha jogou seus ombros para trás.
_ Justamente o por que ela precisar de algo potente.
Ela debateu, segurando a bandeja possessivamente enquanto ela e Gabbie envolviam-se em um concurso de encarar.
_ Ótimo.
Samantha disse, olhando para longe de Gabbie.
_ Darei a ela sua velha bebida chata.
Ela deu a Lucy o cocô com o canudo azul.
Lucy devia estar em algum tipo de atordoamento pós-traumático.
Onde é que elas poderiam ter conseguido esse negócio? Cascas de cocô? Bebidas com guarda-chuvas? Era como se ela tivesse adormecido no reformatório e acordado em um Club.

_ Onde vocês conseguiram todas essas coisas? - ela perguntou. - Quero dizer, obrigada, mas–
_ Nós unimos nossos recursos quando precisamos. - Samantha disse. - Georg ajudou.
As três se sentaram bebendo de forma barulhenta as bebidas geladas e doces por um momento, até que Lucy não conseguisse aguentar mais.
_ Então, quem me salvou...?
_ Quem?
Gabbe disse, limpando sua garganta.
_ Eu não faço a minima idéia –
_ Bill. - Samantha cuspiu. - Ele te salvou.
Lucy arfou, e Gabbie bateu em Samantha com sua bebida de guarda-chuva.
_ O quê?
Samantha disse.
_ Lucy pode aguentar isso. Se ela vai descobrir eventualmente, por que adoçar a verdade?
_ Por que ele tem namorada.
Gabbe disse, sublinhando as palavras.
Samantha deu de ombros.
_ E você sabe como a Molly é –
_ Ele não tem namorada nenhuma. - Lucy disse. - Se ele estivesse namorando com a Molly ele ficaria a maior parte do tempo com ela e não me salvaria. - ela sussurrou.
_ Então ele...
_ É um mentiroso.
Gabbie disse suavemente.
Lucy fechou seus olhos. Um frio, que não tinha nada a ver com a bebida, se espalhou por ela.
Ela se lembrou do beijo no sonho, de suas palavras esquisitas e até a sua apresentação incluindo um dedo do meio.
Lucy estava certa disso agora.Talvez ele seja um mentiroso, mas por qual motivo então a salvara.

Ela pensara que tinha feito tanto para se afastar daquele pesadelo: deixando seu passado para trás quando ela foi para a Espada & Cruz, concentrando-se em suas aulas, fazendo amigos... ah Deus.
Ela inspirou uma respiração.
_ E quanto a Penny?
Ela perguntou, mordendo seu lábio.
_ Penny está ótima. - Samantha disse. - Ela é totalmente matéria de primeira página, testemunha do incêndio. Tanto ela quanto a Senhorita Sophia saíram, cheirando como um poço de fumaça.
Lucy soltou sua respiração. Pelo menos havia uma boa notícia.
Mas sob os lençóis finos como papel fino da enfermaria, ela estava tremendo.

_ Lucy!
Penny irrompeu pela sala, segurando um grande balão de hélio azul. Tinha a forma de uma baleia azul.
_ O que é isso? - ela perguntou, olhando para as outras três garotas criticamente.
_ Algum tipo de festa do pijama?
Samanth tinha desamarrado seus patins e subido na minúscula cama ao lado de Lucy.
Ela estava segurando as duas bebidas de cocôs e deitando sua cabeça no ombro de Lucy.
Gabbie estava pintando esmalte transparente na mão livre de cocô de Lucy.
_ É. - Samanth gargalhou. - Junte-se a nós, Pennywise Estávamos prestes a jogar Verdade ou Desafio. Deixaremos você ir primeiro.

Gabbie tentou encobrir sua risada com um delicado espirro falso.
Penny colocou suas mãos nos quadris.
Lucy se sentiu mal por ela, e também um pouco assustada.
Penny pareceu bastante feroz.
_ A escola pegou fogo. - Penny enunciou cuidadosamente. - E Lucy poderia ter se machucado muito. - Ela balançou sua cabeça. - Como vocês podem brincar numa hora como essa? - ela fungou. - Isso é álcool?
_ Ohhh.
Samantha disse, olhando para Penny, seu rosto sério.
_ Calma mamãe, foi só uma brincadeira.
Penny pegou um travesseiro da cadeira atrás dela e jogou-o em Samantha.
O negócio era que Penny estava certa.
Era estranho que Samantha e Gabbie estivessem tomando o incêndio como algo
quase leve.
Como se elas vissem esse tipo de coisa acontecer o tempo todo.
Como se isso não as afetasse da forma como isso afetava Lucy.
Mas elas não poderiam saber por que ela se sentia tão enojada agora.
Ela deu um tapinha no pé da cama para Penny e entregou-lhe o que restava de
seu coco gelado.

_ Eu estava dormindo, e então – Lucy não conseguia nem mesmo dizer as palavras.
_ O que aconteceu com você e a Senhorita Sophia?
Penny olhou desconfiadamente para Samantha e Gabbie, mas nenhuma se movimentou para ser insolente.
Penny desistiu e se sentou na beirada da cama.
_ Eu simplesmente fui lá perguntar a ela sobre-
Ela olhou para as outras duas garotas novamente, então lançou a Lucy um olhar astucioso.
_ A pergunta que eu tinha. Ela não sabia a resposta, mas ela queria me mostrar outro livro.

Lucy tinha esquecido tudo sobre a busca dela e de Penny na noite passada.
Isso parecia tão distante e tão irrelevante depois do que havia acontecido.
_ Nós nos afastamos dois passos da mesa da Senhorita Sophia, - Penny continuou, - e houve essa explosão maciça de luz de canto de olho. Quero dizer, li sobre combustão espontânea, mas isso foi...
Todas as três outras garotas estavam se inclinando para a frente nesse momento. A história de Penny era notícia de primeira página.

_ Algo deve ter começado isso.
Lucy disse, tentando imaginar a mesa da Senhorita Sophia em sua mente.
_ Mas eu não acho que havia mais alguém na biblioteca.
Penny sacudiu a cabeça.
_ Não havia. A Senhorita Sophia disse que um fio deve ter dado curto-circuito em uma lâmpada. O que quer que tenha acontecido, que o fogo tinha bastante combustível. Todos os documentos dela se foram rapidamente.
Ela estalou os dedos.
_ Mas ela está bem?
Lucy perguntou, dedilhando a bainha parecida com papel de sua camisola de hospital.
_ Perturbada, mas bem. - disse Penny. - Os extintores de incêndio foram ligados eventualmente, mas eu acho que ela perdeu um bando das coisas dela.
_ Talvez estejamos todos dormentes demais para entender. Lucy disse.
Dessa vez Gabbie e Samantha assentiram de cada lado dela.

_ A Espada & Cruz vai fazer uma investigação. - Gabbie disse silenciosamente. - Bill e eu vamos ajudar a organizar.
_ Bill?
Lucy repetiu antes que pudesse se controlar.
Ela olhou para Gabbie, e mesmo em seu estado abatido, ela não conseguiu evitar reverter à sua imagem inicial da garota: uma sedutora loira de lábios rosa.
_ Foi ele quem achou você na noite passada. - Gabbie disse. - Ele carregou você do corredor até o escritório da Randy.
Bill tinha carregado ela? Tipo... seus braços em volta do corpo dela? O sonho voltou correndo e a sensação de desejo a inundou.
Ela se sentiu amarrada demais em sua cama.
Ela sentia falta do mesmo céu, da chuva, da boca dele, dos dentes dele, da língua dele fundindo com a dela novamente.
Seu rosto ficou quente, primeiro com desejo, então com a impossibilidade agonizante de tudo aquilo acontecer enquanto ela estivesse acordada.
Aqueles olhos profundos e cegantes não eram as únicas coisas fantásticas nesse sonho.
O Bill da vida real somente a carregaria para a enfermaria. Ele nunca iria querer ela, nunca a pegaria em seus braços, não desse jeito.
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeTer Jan 04, 2011 1:00 pm

que pena que foi só um sonho
poderia ser verdade
mais que fofo que o bill fez m carrega ela até um lgar seguro
pelo foi alguma coisa boa
continua cherry tá muito bom
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeTer Jan 04, 2011 8:29 pm

Sonho ?!! Shocked
que pena.

Não sei nem o que dizer, apenas, posta mais please... necessito saber mais depois desse capítulo.
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeQua Jan 05, 2011 11:26 am

Capitulo 21 - Rosas Brancas!

_ Hãn, Lucy, você está bem?
Penny perguntou.
Ela estava abanando as bochechas coradas de Lucy com sua bebida de guarda-chuva.
_ Ótima.
Lucy disse.
Era impossível afastar aquelas asas de sua mente. Esquecer da sensação do rosto dele sobre o dela.
_ Ainda estou me recuperando, suponho.
Gabbie deu um tapinha em sua mão.
_ Quando ficamos sabendo sobre o que tinha acontecido, nós bajulamos a Randy para nos deixar vir visitar, - ela disse, revirando seus olhos. - Não queríamos que você acordasse sozinha.

Houve uma batida na porta. Lucy esperava ver os rostos ansiosos de seus pais, mas ninguém entrou.
Gabbie ficou de pé e olhou para Samantha, que não fez menção alguma de se levantar.
_ Fiquem aqui. Eu lidarei com isso.
Lucy ainda estava sobrepujada pelo que tinham lhe contado sobre Bill.
Mesmo não fazendo sentido algum, ela queria que fosse ele fora daquela porta.

_ Como ela está?
Uma voz perguntou em um sussurro. Mas Lucy a ouviu.
Era ele. Gabbie murmurou algo de volta.
_ Que bagunça toda é essa?
Randy rosnou do lado de fora da sala.
Lucy sabia, com o coração afundado, que isso significava que as horas de visita tinham acabado.
_ Quem quer que tenha me convencido a deixar vocês, suas bruxas, virem junto recebe detenção. E não, Kaulitz, não aceitarei flores como suborno. Todos vocês, entrem na minivan.

Ouvindo a voz da atendente, Samantha e Penny se encolheram, então correram para esconder as cascas de cocô debaixo da cama.
Penny enfiou os guarda-chuvas da bebida dentro de seu estojo e Samantha espirrou um forte perfume almíscar de baunilha no ar.
Ela deu um pedaço de chiclete de hortelã para Lucy.
Penny engasgou numa nuvem flutuante de perfume, então se inclinou rapidamente para Lucy e sussurrou,

_ Assim que estiver boa de novo, acharemos mais arquivos. Acho que será bom para nós duas ficarmos ocupadas, tirar nossas mentes das coisas.
Lucy apertou a mão de Penny em agradecimento e sorriu para Samantha, que parecia ocupada demais amarrando o cadarço de seu patins para ter ouvido.
Foi então que Randy empurrou com tudo a porta.
_ Mais bagunça! - ela gritou. - Inacreditável.
_ Nós estávamos apenas– Penny começou a dizer.
_ Indo embora.
Randy terminou por ela. Ela tinha um buquê de rosas brancas selvagens em sua mão.
Estranho.
Elas eram as favoritas de Lucy.
E era tão difícil achá-las florescendo por aqui.
Randy abriu um armário debaixo da pia e fuçou por um minuto, então puxou um vaso pequeno e empoeirado.
Ela o encheu com a água da torneira, colocou as rosas rudemente dentro, e as assentou na mesa ao lado de Lucy.

_ São dos seus amigos, - ela disse, - que irão todos agora se despedir.
A porta estava largamente aberta, e Lucy conseguia ver Bill encostado contra a moldura.
Seu queixo estava levantado e seus olhos castanhos estavam nublados com preocupação.
Ele encontrou o olhar de Lucy e deu-lhe um pequeno sorriso.
Quando ele tirou seus cabelos de perto de seus olhos, Lucy conseguiu ver um pequeno corte vermelho escuro em sua testa.
Randy dirigiu Penny, Samantha e Gabbie porta afora.
Mas Lucy não conseguia tirar seus olhos de Bill.
Ele ergueu uma mão no ar e balbuciou o que ela achava ser Sinto muito, logo antes de Randy empurrar-los para fora.

_ Espero que eles não tenham te exaustado.
Randy disse, espreitando na entrada com um franzir de testa antipático.
_ Ah não!
Lucy sacudiu sua cabeça, percebendo o quanto ela tinha aprendido a contar com a lealdade de Penny, e a maneira peculiar de Samantha animar até mesmo o humor mais sombrio.
Gabbie, também, tinha sido realmente bondosa com ela.
E Bill, embora ela mal o tenha visto, tinha feito mais para restaurar sua paz de espírito do que jamais saberia.
Ele tinha vindo para checar ela. Ele estivera pensando nela.

_ Bom, - Randy disse. - Porque o horário da visita ainda não acabou.
Novamente, o coração de Lucy acelerou enquanto ela esperava ver seus pais.
Ela quase caiu em prantos quando viu a cabeça escura e encaracolada de sua mãe e os grandes óculos de tartaruga de seu pai.
_ Mãe.
Ela sussurrou, baixo demais para alguém mais ouvir.
_ Pai.
Eles se apressaram em direção à cama, jogando seus braços em volta dela e apertando suas mãos.
Ela queria abraçá-los tanto, mas ela se sentia fraca demais para fazer muito mais do que ficar parada e absorver o conforto familiar do toque deles.
Os olhos deles pareciam tão assustados quanto ela se sentia.

_ Doçura, o que aconteceu?
Sua mãe perguntou.
Ela não conseguia dizer uma palavra.
_ Eu não sei mãe.
_ Nós ficamos tão preocupados com você minha filha.
Seu pai falou.

A mãe de Lucy soltou um longo suspiro.
Ela lançou-lhes seu melhor olhar me-levem-para-casa.
O lábio de sua mãe tremeu, mas seu pai só engoliu em seco.
_ Randy vai te levar de volta para a Espada & Cruz essa tarde, - ele disse. - Não pareça tão chocada, doçura. O médico disse que você estava bem,
_ Mais do que bem.
Sua mãe acrescentou, mas ela parecia incerta.
Seu pai deu-lhe um tapinha no braço.
_ Te vemos no sábado. Apenas mais alguns dias.
Sábado.
Ela fechou seus olhos. Dia dos Pais.
Ela estivera ansiando-o desde o momento que chegara na Espada & Cruz.
Seus pais pareciam quase ansiosos para deixá-la.
Eles tinham um jeito de não querer exatamente lidar com as realidades de ter uma filha em um reformatório. Eles eram tão normais. Ela não podia realmente culpá-los.

_ Descanse um pouco agora, Lucy.
Seu pai disse, abaixando-se para beijá-la sua testa.
_ Você teve uma noite longa e difícil.
_ Mas–
Ela estava exausta.
Ela fechou seus olhos brevemente e quando os abriu, seus pais já estavam acenando da entrada.
Ela arrancou uma rechonchuda flor branca do vaso e a levou lentamente até seu rosto, admirando as folhas profundamente frágeis, as gotas ainda úmidas de néctar dentro de seu centro.
Ela respirou o odor suave e aromático da flor.
Ela tentou imaginar o modo como teriam parecido nas mãos de Bill.
Ela tentou imaginar onde ele as tinha conseguido, e o que tinha estado em sua mente.
Fora uma escolha tão estranha de flor.
Rosas brancas selvagens não floresciam no pantanal de Mandeburg.
Elas nem aderiam ao solo no jardim do seu pai.
E, ainda, essas não pareciam quaisquer rosas que Lucy já tivesse visto.
As flores eram tão grandes quanto palmas das mãos vertidas em conchas, e o cheiro a lembrava de algo que ela não conseguia exatamente identificar.
Sinto muito, Bill dissera.
Só que Lucy não conseguia entender exatamente pelo que.
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeQui Jan 06, 2011 12:07 pm

fiquei cuiosa pelo ''sinto muito"do bill
e coitada da lucy
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeQui Jan 06, 2011 3:45 pm

aii, muito bom o capítulo,
bem na hora que o Bill ia falar com ela tinha que aparecer a Randy,
e o Tom?

continua Cherry, please !!!
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeSex Jan 07, 2011 12:11 pm

CAPITULO 22 - Em poeira.

No nublado entardecer sobre o cemitério, um abutre circulava.
Dois dias haviam se passado desde o incêndio e Lucy não havia conseguido comer ou dormir.
Ela estava parada em um vestido preto sem mangas na enseada do cemitério onde toda Espada & Cruz havia se reunido para tentar entender como o incêndio foi causado.
Como se uma desanimada perquisa de uma hora fosse o bastante.
Especialmente já que a única capela do campus havia sido transformada em um
natatório, e a reconstituição teve que ser feita em um pântano depressivo.
Desde o acidente a escola tem estado em alerta e os alunos tem sido a definição de bico fechado.

Lucy havia passado os últimos dois dias evitando os olhares dos outros estudantes que a olhavam todos com variáveis níveis de desconfiança.
Os que ela não conhecia muito bem pareciam olhar para ela com uma pitada de medo.
Outros como Georg e Molly encaravam ela um jeito diferente, bem mais desavergonhadamente, como se tivesse algo sombriamente fascinante sobre
a chegada dela.
Ela agüentava os olhares xeretas o melhor que podia durante as aulas, e ficava
contente a noite quando Penny dava uma passada para levá-la uma caneca fumegante de chá de camomila, ou Samantha passava uma carta obscena por debaixo da sua porta.

Ela estava desesperada por qualquer coisa que tirasse a ansiedade da sua mente, daquele sentimento de estar esperando-que-o-outro-sapato-caia. Porque ela sabia que estava chegando.
Naquela manhã, os anúncios da escola informaram a eles que os eventos sociais daquela noite seriam cancelados e as aulas seriam terminadas uma hora mais cedo para que os estudantes tivessem tempo para se trocarem e chegarem ao cemitério às três horas.

Lucy nunca havia visto tantas pessoas reunidas em um só lugar no campus.
Randy estava estacionada no centro do grupo usando saia cinza pregueada até a panturrilha e um grosso sapato preto de sola emborrachada.
A Srta. Sophia de olhos marejados e Sr. Cole mexendo no lenço ficaram parados atrás em suas roupas.
Sra. Izabel e a Treinadora Dante estavam paradas em um aglomerado preto com um grupo de outro professores e administradores que Lucy nunca havia visto antes.
Os estudantes estavam sentados em filas em ordem alfabética.
Na frente Lucy podia ver Bob Blant, o garoto que tinha ganhado a corrida de natação na semana passada, assoando o nariz em um lenço sujo.
Lucy estava na terra de lugar nenhum dos Os mas ela podia ver Bill,
irritantemente posicionado nos Bs bem ao lado de Gabbie, duas fileiras a frente.

Ele estava vestido impecavelmente em um blazer preto sob medida, mas sua cabeça parecia pender abaixo de todos a sua volta.
Até mesmo por trás, Bill conseguia parecer devastadoramente sombrio.
Lucy pensou sobre as rosas brancas que ele havia trazido para ela.
Randy não havia deixado ela levar o vaso com ela quando ela deixou a enfermaria, então Lucy teve que carregar as flores para o seu quarto e foi bem inventiva, cortando a parte de cima de uma garrafa de água de plástico com uma tesoura de manicure.
Os botões eram perfumados e calmantes, mas a mensagem que eles forneciam não era clara.
Normalmente quando um cara te dava flores, você não tinha que ficar pensando quais eram os sentimentos dele.
Mas com Bill, esses tipos de pressuposições eram sempre uma má idéia.
Era muito mais seguro presumir que ele tinha comprado elas para ela porque isso era o que se fazia quando alguém passava por um trauma.
Mas ainda, Ele havia lhe trazido flores!
Se ela se inclinasse para frente agora em sua cadeira de dobrar e olhasse para seu quarto, apesar das barras de metal na terceira janela da esquerda, ela quase conseguia ver elas.

_ Estamos aqui reunidos para tentarmos entender de onde o fogo surgiu e como se procedeu.
Um policial da perícia pago-pela-hora cantarolou em frente a multidão.
_ Até que achemos se houve algum culpado, não iremos largar a investigação.
Ele era um homem magro de aproximadamente setenta anos, perdido em uma grande jaqueta preta.
Seus batidos sapados atléticos estavas com os laços partidos, sua face era encaroçada e queimada do sol.
Ele falou no microfone preso a um velho aparelho de sol de plástico que parecia ser dos anos oitenta.
O som que saiu era estático e distorcido e dificilmente atingiria toda a multidão.

Tudo sobre aquela investigação era inadequado e completamente errado.
Ninguém estava prestando antenção ou qualquer respeito por estar aqui.
Toda a pesquisa parecia mais como uma tentativa patética de ensinar ao estudantes como a vida podia ser injusta.
Havia algo falso sobre ficar parada aqui naquela multidão hoje, algo piorado pelas poucas pessoas que estavam chorando.
Fazia Lucy sentir como se tudo que aconteceu foi sua culpa, por ela ter alguma vez tentado suicídio com um incêndio.
Uma coruja branca cantava no galho alto da arvore acima de suas cabeças.
Lucy sabia que havia um ninho em algum lugar ali perto com um clã de novos bebes coruja.
Ela havia escutado o cantar preocupado da mãe todas as noites naquela semana seguido pela fanática batida de asas na sua descida para sua caçada noturna.
E então havia acabado.
Lucy se levantou da sua cadeira, se sentindo fraca com a injustiça de tudo aquilo.
Ela havia sido tão inocente quanto ela era culpada, embora do que ela não sabia.

Enquanto ela seguia os outros estudantes em uma única fila em direção a tão chamada recepção, um braço passou ao redor da sua cintura e a puxou para trás.
Bill?
Mas não, era Tom.
Seus olhos amendoados procuraram os dela e pareceram ver o desapontamento, o que só a fez se sentir pior.
Ela mordeu o lábio impedindo que se dissolvesse em soluços de choro.
Ver Tom não deveria fazer ela chorar.
Ela só estava drenada emocionalmente, a beira de um colapso.
Ela mordeu tão forte que chegou a sentir gosto de sangue e então limpou a boca com sua mão.

_ Hey.
Tom falou alisando a parte de trás do cabelo dela. Ela retraiu.
Ela ainda tinha um galo ali atrás de quando ela havia batido a cabeça nos degraus.
_ Você quer ir a algum lugar para conversar?

Eles haviam caminhado com os outros pela grama em direção a recepção embaixo da sombra de uma das arvores.
Uma cadeira de dobrar havia sido colocada praticamente uma em cima da outra.
Uma mesa de dobrar próxima estava coberta com biscoitos velhos, retirados de caixas de marcas genéricas mas ainda dentro de sacos plásticos.
Uma tigela de ponche de plástico barata havia sido cheia com um liquido vermelho adocicado e havia atraído varias moscas da mesma maneira que um cadáver atrairia.
Era uma recepção tão patética, poucos dos outros estudantes se incomodaram em ir.
Lucy viu Penny em sua saia preta apertando a mão do policial.
Bill estava olhando para longe de todos eles, sussurrando algo para Gabbie.
Quando Lucy se virou de volta para Tom, o dedo dele desenhou levemente através da clavícula dela, então parou sobre o valo do pescoço dela.
Ela inspirou e sentiu arrepios sobre sua pele.

_ Se você não gostou do colar... - ele falou se inclinado nela - Eu posso te conseguir outra coisa.
Os lábios dele estavam tão perto de roçar no pescoço dela que Lucy pressionou uma mãos no ombro dele e deu um passo para trás.
_ Eu gostei.
Ela falou, pensando na caixa largada na sua mesa.
Tinha ido parar bem ao lado das flores de Bill, e ela havia passado metade da noite anterior olhando de uma para a outra, pesando nos presentes e as intenções por trás deles.
Tom era tão mais claro, mais fácil de entender.
Como se ele fosse matemática e Bill fosse filosofia.
E ela sempre amou filosofia, a maneira como as vezes ela levava uma hora para desvendar uma unica frase.

_ Eu acho que o colar é ótimo. - Ela falou para Tom. - Eu só não tive a chance de usar ainda.
_ Me desculpe. - Ele falou, apertando os lábios. -Eu não devia pressionar você.
Os cabelos loiros esgrenhados pelos dreads dele estavam amarrados e sem boné para escondelos e mostravam mais do rosto dele do que de costume.
Fez ele parecer mais velho, mais maduro.
E o jeito que ele olhava para ela era tão intenso, os grandes olhos castanhos dele sondavam dentro dela, como se ele aprovasse tudo o que ela guardava dentro de si.

_ Srt. Sophia ficou dizendo para eu lhe dar mais espaço nesses últimos dias. Eu sei que ela está certa, você passou por tanta coisa. Mas você deveria saber o quanto eu pensei em você. Todo o tempo. Eu queria ver você.
Ele acariciou seu rosto com as costas da mão e Lucy sentiu lágrimas brotando.
Ela tinha passado por muita coisa.
E ela se sentia terrível de estar ali, prestes a chorar, e não pelo incêndio curioso, mas por razões egoístas, porque os últimos dois dias trouxeram de volta dor demais do passado sobre a vida dela antes de Espada & Cruz, coisas que ela pensou que já havia lidado e nunca poderiam ser explicalas, à ninguém.
Era como se Tom pressentisse aquilo, ou ao menos parte dele, porque ele enrolou ela em seus braços, pressionando o coração dela contra seu forte e amplo peito, e a balançou de um lado para o outro.

_ Está bem. - Ele falou - Vai ficar tudo bem.
E talvez ela não tivesse que explicar nada à ele.
Era como se quanto mais endoidecida ela se sentia por dentro, mais disponível Tom se tornava.
E se fosse o bastante só ficar ali nos braços de alguém que se importa com ela, deixar a simples afeição dele estabilizar ela por um breve momento?
Era tão bom ser simplesmente abraçada.
Lucy não sabia como se afastar de Tom. Ele sempre foi tão legal.
E ela gostava dele, e ainda, por razões que faziam ela se sentir culpada, ele meio que estava começando a irritar ela.
Ele era tão perfeito, e solícito, e exatamente o que ele devia precisar agora.
Era só que ... ele não era Bill.

Um bolinho de papo de anjo apareceu sobre o ombro dela.
Lucy reconheceu a mão com manicure feita segurando ele.
_ Tem ponche bem ali que precisa ser bebido.
Gabbie falou segurando um bolinho para Tom também.
Ele olhou o topo com cobertura.
_ Você está bem?
Gabbie perguntou a Lucy. Lucy assentiu com a cabeça.
Pela primeira vez, Gabbie havia aparecido exatamente quando Lucy queria ser salva.
Elas sorriram uma para a outra e Lucy ergueu o bolinho em agradecimento.
Ela deu uma pequena, doce mordida.

_ Ponche parece ser uma boa. - Tom falou por entre os dentes. - Por que você não vai buscar alguns copos para nós, Gabbie?
Gabbie revirou os olhos para a Lucy.
_ Faça um favor para o homem e ele já começa a tratar você como uma escrava.
Lucy riu. Tom estava um pouco fora da linha, mas era obvio para Lucy o que ele estava tentando fazer.

_ Eu vou pegar as bebidas.
Lucy falou, pronta para tomar um ar.
Ela seguiu para a mesa da tigela de ponche.
Ela estava enxotando uma mosca da superfície do ponche quando alguém sussurrou em seu ouvido.
_ Você quer dar o fora daqui?
_____________________________________________________________________________________________
Quem será que sussurrou para Lucy?? hehehe
Comentem xD

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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitimeSex Jan 07, 2011 1:54 pm

hummmmm quem será que falou isso no ouvoda de lucy
to curiosa
e tom sempre fofinho nessa fic
continua cherry to amando
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MensagemAssunto: Re: Envie - me um anjo.   Envie - me um anjo. - Página 3 Icon_minitime

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