Capítulo 80 – Preparações – parte 2
Ia esperar mais comentários para esse, mas não sei quando vou poder postar outra vez, então aqui vai mais um. A preocupação de Bill ficou evidente nesse (graças) mas agora tudo vai ficar bem, pelo menos para ele e Glória. Já Cris e Tom............................oi Criszinha, que mara que está lendo a fic, muito obrigada pelos elogios!!! vou deixar uma foto da Camylly, a nova "mascote" da equipe TH !boa leitura meninas!__________________________________________________________________________________________
Três dias depois
11: 08am, Cristine
Ninguém me esperava no saguão. Estava totalmente lotado, por causa das festas de final de ano. As pessoas chegavam, abraçavam umas as outras desejando “boas festas”. Já eu, parecia completamente deslocada ali.
Sem vontade alguma eu coloquei minhas malas no taxi. Ao olhar para a janela, eu dava boas vindas a cidade que adotei como o meu lar. Assim que entrei em casa, a primeira a me receber foi Camylly. A querida bola-de-pêlo continuava graciosa e elétrica. Fui até a escada, e Glória tentava descer o mais rápido possível. Eu fui até lá.
-Oi mana, como você está?
-Sobrevivendo! - Nos abraçamos – Como foram as férias?
-Boas... - menti feio.
-Eu realmente sinto muito por você ter que me levar no hospital, imagino que esteja cansada.
-Claro que não! Eu posso durmir depois. Já falei que iria te levar, não é mesmo?
-Obrigada.
-Ah, e o que andou aprontando com o meu carro, hein?
-Sei lá! Ele ficou onde você deixou, eu não dirijo aquele troço nunca mais!
No caminho, eu bocejava de cansaço, mas tentava me manter alerta as conversas da Glória. Ela ficava me detalhando de como a vida com a equipe era intensa, cansativa...mas muito recompensadora. O que mais gostei foi da idéia de levarmos a Camylly junto.
Demorou uma hora, Glória finalmente foi liberada. Me assustei ao vê-la com a perna enfaixada, mancando mais ainda, e com o rosto contorcido de dor. Mesmo assim seus olhos brilhavam.
Glória
Foi muito mais doloroso que eu havia pensado. Gritei uma ou duas vezes, quando a dor se tornou quase insuportável, mas assim que recebi morfina, fui melhorando aos poucos. O dr. Lee me perguntou várias vezes se estava tudo bem, e eu respondi que sim, cerrando os dentes.
É claro que isso não o convenceu. Eu fui direto para a sala de fisioterapia, e tive de dar 10 passos sem usar apoio. Lá pelo quinto passo minha perna esquerda já obedecia aos comandos. Tive de insistir para receber alta naquele mesmo dia.
-Tem certeza disso? - Disse ele, com os papéis em mãos.
-Eu me responsabilizo por qualquer consequência.
-Acho que você deveria pensar melhor, Glória. Não é uma boa hora para viajar.
Eu puxei os papéis da mão dele.
-Mas é uma excelente hora para viver. - Levantei-me da cama, peguei as muletas, e saí daquele consultório.
Como já era hora do almoço, fomos em um restaurante ali próximo. Eu fiz Cris contar cada detalhe das férias, ela estava retórica demais, com frases como: “foi muito bom”, “estava frio”. Ela havia voltado diferente. Evitava me olhar diretamente. Tentei imaginar a confusão que devia estar na cabeça dela.
Já no carro, enquanto voltávamos pra casa, ela finalmente falou:
-Vamos passar no Lukas?
-Como? No cabeleireiro?
-Sim.
-Não estava cansada?
-Ainda estou. Mas tenho que fazer umas coisinhas antes.
Lukas era o dono do Gold Hair, um salão de beleza famoso no Canadá. Ele havia
cuidado de celebridades como Nelly Furtado e Avril Lavigne, tinha fotos das duas penduradas na parede ao seu lado. E claro, como todo bom cabeleireiro, era gay. Eu considerava um verdadeiro desperdício, mas ele era uma simpatia de pessoa.
-Ohhhhhhhh!!!!!! Meu Senhor, minhas lindaaaaas!!! - Assim ele nos recebeu, dando beijinhos em cada lado do rosto.
-Oi Lukas – respondemos juntas, rindo.
-Quanto tempo não aparecem, hein?! Já estava mandando o FBI atrás de vocês! - ele fez pose de indiganado, colocando as mãos na cintura. Agora ele estava de cavanhaque, e seu cabelo tinha todos os tons de roxo possíveis.
-Se a Cris não veio, pode bater nela querido, eu estive viajando! - Nós três nos sentamos em uma área reservada, atrás de uma parede de tijolos de vidro verde.
-Sim, e oh! Com quem mais! - Ele tinha uma queda por Bill – ainda bem que o lindo largou aquela vadiazinha de passarela! Ah, mais me confirma um babado: ele ficou mesmo do seu ladinho no hospital?
-Como você soube?
-Ahnnnnnnnn. - ele alcançou uma revista de fofoca. Na capa, a foto da janela do quarto de hospital. A manchete dizia: Bill Kaulitz passa as Férias cuidando da Nutricionista.
-Uau, já estou em capa de revista!
-Claro, amore, você é celebridade por aqui! E aí, ele esteve aqui?!
-Sim, por uns dias.
Lukas deu um gritinho histérico.
-Ah, amore, manda um beijão pra aquele alemão que me tira do sério! E pro maninho dele que, oh Mon Dieu, está mais sarado a cada ano!
-Pode deixar, eu mando sim!
-Então, o que vieram fazer hoje?
-Eu quero mudar Lukas – disse Cris – mudar drasticamente.
-Como assim, minha Bella? - Ele sempre comparava Cris com a personagem Bella, do livro Crepúsculo. As duas eram muito parecidas.
-Quero tirar esse...ar de garotinha que eu tenho.
-Hummmmmmmm, to gostando! Então....um ar...de ousadia imagino?
-Isso, e de confiança também.
-Vem aqui, eu tenho o que você precisa! Enquanto você, Glorinha, não sai deste salão sem fazer as unhas!
-Tem razão, faz séculos que não faço.
Cris ficou no segundo andar, enquanto eu fiquei no primeiro. A manicure tagarelava praticamente sozinha, e acabou me confidenciando que era 'apaixonada' por Gustav. Assim que terminei as unhas, Lukas não deixou que eu visse Cris, teria de esperar até o final da transformação. Aproveitei e fiquei vendo algumas revistas. A cada dez, seis tinham uma foto minha, ou o meu nome. Aquilo até que foi bom, em breve, quando o mundo soubesse quem eu estava namorando, minha vida seria vasculhada em cada centímetro.
-Olha só tua irmã! - A voz estridente de Lukas me alertou.
Eu arregalei os olhos, me levantei, e deixei todas as revistas caírem no chão. Cristine havia cortado o cabelo até o ombro, com uma franja de lado que cobria metade do rosto. O cabelo estava vermelho-cereja, com mechas em tom de cobre. Estava maquiada com uma sombra escura, e os lábios escarlate. E sorria maliciosamente.
-Quando o pai ver... - só pude dizer aquilo.
-Ah, eu já sou bem grandinha. Tava na hora de mudar.
-Concordo, ex-Bella! - Lukas havia feito um trabalho incrível. Eu mesma teria de olhar duas vezes para reconhecê-la.
Não podemos sair antes de tirar uma foto com ele. Lukas nos fez prometer que voltaríamos logo.
Assim que chegou em casa, Cris se arrumou ainda mais e telefonou para Rick. Queria mostrar para ele sua mudança. Deu até pena ao ver a cara dele. Ele paralisou de início.
-E aí, gostou? - Disse a “nova Cris”
-Ahnnn....acho que ficou tempo demais esquiando.
Ela riu, o abraçou, e beijou-o longamente, até os lábios dele ficaram tingidos de vermelho. Ele ficou super sem graça e corado.
Eu só revirei os olhos e continuei comendo o meu jantar.
Flórida
Já era noite quando Georg, Danny, Bill e Tom terminaram de arrumar as malas. Gustav e Delana já estavam em Berlim. Final de férias, início de um novo ano, com um novo trabalho. Bill já havia escrito várias músicas, e sua cabeça fervilhava de idéias.
Assim que foi para a cama, Tom se permitiu dar um sorriso pela primeira vez. Depois de pressionar o irmão, ele acabou contando: Cristine havia aceito trabalhar para a equipe.
Ele passou a língua no piercing, se lembrando do gosto dos lábios dela. Ainda não sabia como, mas não deixaria Cris escapar. Birget tinha razão, era só ter esperança. Quem sabe agora, ele poderia viver sem nenhum peso na consciência.
Foi dormindo aos poucos.
“Eram muitas imagens juntas, que vinham como estilhaços. Mas todas do mesmo dia. A cor do buquê de rosas que estava no seu lado do carro, ele saindo com o buque em mãos...a garota que apareceu do nada e o beijou...o som do buquê caindo no chão....a perseguição dos carros nas ruas de Berlim...o acidente...a terrível notícia no hospital...”Tom acordou com o sol em seus olhos, e um grito entalado na garganta.
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Sim, algumas coisas estão sendo reveladas! Até, beijos meninas!