Capítulo 78 – Desafios em Uma Perna Só
Suas opiniões estão quase iguais: umas tiveram pena da Tom e outras não. Devo confessar, estou no segundo grupo, mas sei que vou passar para o primeiro. Vou deixar duas fotos, para que vocês imaginem como seria lá na praia. E dá pra ver uma mulher loira do lado deles, essa vocês “imaginem” que seja a Danny, tá? (Danny, é claro que você é mil vezes mais bonita, mas é só pra imaginar, falou?) Também vou deixar fotos do Parque Prince´s Island em Calgary e a estação de esqui na Suíça. Boa leitura.os meninos na praia
Parque Prince´s Island
Estação de Esqui, Suíça
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Glória, 10:09am
Tinha algumas coisas boas em não estar trabalhando. Uma delas, era que eu podia dormir até quando eu quisesse, mesmo estando enrolando na cama há horas. Mas existe um lado ruin. Ruin e extremamente incômodo: descer escadas. Nada era pior que aquilo, nem a dificuldade de tomar banho.
Eu me sentava na cama, agarrava as muletas, me equilibrava, e ia 'caminhando' até o banheiro. Mas era ver as escadas...
Demorava quase meia hora para descer. A dor havia praticamente desaparecido, e eu conseguia encostar a perna no chão algumas vezes. Três vezes por semana, a fisioterapia. E em breve, como o dr. Lee prometeu, os ferros de apoio seriam retirados, e eu voltaria a andar.
Naquele dia, quando eu estava bem longe do telefone, ele tocou. Fui correndo ao meu modo para atendê-lo. Era Cristine.
-Uau, que demora pra atender esse telefone, hein!-Esperimenta ficar capenga que você vai entender a demora...
-Ah vai, você prometeu que ia se virar, e que eu podia ir sem culpa para as minhas merecidas férias.-Eu sei, e estou me virando. - Vi a bagunça que se intalou na sala – Mas não está sendo fácil.
-Imagino. A Tess está te ajudando?-Sim, claro. Mas ela não pode estar aqui a todo o momento.
-Uhum...estava pensando em Bill ontem, na despedida – eu quase podia escutar o choro dele –
foi muito lindo quando você entregou o anel a ele...-Lindo, mas torturante.
-Ele está ligando?-Todos os dias, sete ou oito vezes, no mínimo. - Nos duas rimos, depois houve uma pausa.
-O pai não gostou dele... - ela disse, se retraindo.
-Deu pra notar. Se ele tinha antipatia pelo Bill, pelo Tom era...aversão.
-Sim... - eu quase podia vê-la baixando os grandes olhos esverdeados.
-Vai assinar? - Disse, com esperança.
-Eu quase assinei. Glória, eu...eu não sei.-Pra mim isso é um sim.
-Vai se ferrar. - Ela disse baixinho, em um tom que me fez rir.
-E aí, está aproveitando as férias? -Mordi o lábio ao ver que tinha uma ligação na espera. O imaginei, cada vez mais nervoso, por eu não atender.
Flórida
Tom puxou o telefone violentamente do irmão. Bill tentou apanhá-lo, mas não conseguiu.
-Me devolve o telefone. - Ameaçou.
-Você está de F-É-R-I-A-S. Isso significa deixar tudo de lado! Deixa a Glória se recuperar em paz, pelo amor de Deus! - Tom recolocou o telefone na base. Bill tentou pegá-lo, mas ele impediu facilmente, se aproveitando do fato de ser o mais forte dos Kaulitz.
-Praia, agora. - Ele pegou uma toalha, e agarrou o braço de Bill, e só o soltou quando ele se sentou numa espreguiçadeira, ao lado de Danny. Ela tirou os óculos escuros e disse bom dia aos dois. Em cada braço, um Listing. Bill pegou Laura no colo, e Danny agradeceu.
-Onde está o desalmado pai dessas crianças? - Disse Tom, ao tirar a camisa.
-Na água. E meu marido não é desalmado, senhor Kaulitz. Se esqueceu que temos filhos? Um cuida de cada vez.
-Ah, é. Os pequenos detalhes da vida conjugal. -Ele falou com desdém. - Vai entrar na água, magricelo?
-É pra rir, engraçadão?
Tom deu um sorriso safado e correu para a água. Não demorou muito, e já brigava com Georg na água.
Bill ficou observando a pequena em seu colo. Laura era diferente do irmão. Era quieta, observadora, parecendo entender tudo ao seu redor. Já tinha quatro meses. Ela levantou a cabecinha e olhou para Bill. Seus olhinhos verdes brilharam e ela abriu um sorriso desdentado. Bill retribuiu o sorriso.
Era a primeia vez que ele desejava ter filhos.
Quando Georg voltou e deixou que Danny fosse nadar, ele fez questão de ficar com os dois filhos no colo. E Tom ficava assoprando a nuca de Júnior, e o bebê virava o pescoço toda hora, intrigado, procurando o vento. Tom achava aquilo super engraçado. Só parou quango Georg ameaçou dar um bom tapa na sua nuca.
Bill deitou de lado e respirou fundo. Com o indicador, ele desenhou o símbolo da banda na areia. Pela milésima vez ele pensava em quão injusta eram aquelas férias. Preferia estar congelando de frio no Canadá, mas desde que estivesse com Glória, tudo estaria bem.
14:47pm, Parque Prince´s Island, Glória
Teresa e Brian passaram em casa assim que saíram do escritório. Me ajudaram a arrumar um pouco da bagunça que estava a casa, depois foram passear comigo no Parque Prince´s Island. Estava tudo branco e escorregadio, um perigo mortal para alguém que usava moletas.
Me sentei em um banco, junto com a Camylly. Tess e Brain pareciam duas crianças, rolando na neve. Estava fazendo 2 dois graus, calor para o inverno. Eu soltei a Camylly da coleira, e ela foi correndo atrás deles dois. Peguei um pouco de gelo e joguei na perna, para amortecer a dor. Com uma das mãos, eu desenhei o símbolo da banda na neve, pensando em quanto ele estaria chateado nesse momento. E teimoso do jeito que sempre foi, deve ter continuado a ligar.
Meu celular começou a tocar.
-Alô?
-Aloha, Glória! - Era a voz de Delana.
-Ah, isso, joga na minha cara o quão bom deve estar o Havaí.
-
Poxa, está bom mesmo! - Nós duas rimos. Lana e Gusti estava em uma espécie de segunda lua de mel. -
E como vai a recuperação?-Até que fiquei viva, então...acho que está tudo bem.
-Dramática, como sempre.-Desculpe, não dá para evitar.
-E aí, sua irmã já confirmou? - Ela estava empolgada.
-Quase, mas acho que vai acabar assinando...
18:03pm, Alpes Suíços, Cristine
Depois de esquiarmos o dia inteiro, eu e Vick nos trancamos no quarto, assistindo Tv. Eu fiquei perto da janela, vendo uma paisagem azul e fria.
-Não sei como você me convenceu a estar aqui. - Disse, ainda olhando pela janela.
-Porque disse isso?
-Eu já moro em um picolé, agora estou de férias em outro!
-Bem, a outra opção era a Flórida, e acho que você não queria estar lá...ou eu estou enganada?
-Está certa. -Me lavantei da poltrona e fui correndo na minha bolsa. - Está muito certa. Mas quer saber? Chega Vick.
-Do que você está falando?
Eo coloquei o contrato em cima da mesa, e peguei uma caneta. Ela entendeu na hora.
-Tem certeza?
-Sim. Eu já sofri demais com isso. E vou usar o meu trabalho para ter justiça.
Assinei meu nome rapidamente.
-Ele vai pagar por tudo que me fez. Ah, se vai.