Capítulo 23 – A Maior Reviravolta da Minha Vida – parte 2
Gostaram do Bill ter colocado a Glória contra a parede? Admito que gostei também. Gente só to postando agora porque estava sem net. Boa leitura. e sim, eu gosto d deixar no suspense Seja bem-vinda Karol, obrigada por ler!
Eu peguei aquelas malas numa raiva tremenda. Meu maxilar ainda doía, o hematoma estava num roxo bem destacado.
-Ah, você ligou para elas avisando que voltaria mais cedo?
-Sim. Já devem estar nos esperando.
-Não precisava ter vindo até aqui comigo, Brian, você mora lá.
-E deixar você sozinha nessa barra? De jeito nenhum. Deixa, eu entrei de férias mesmo.
-Obrigada...por estar aqui.
-Obrigada você, tanto por ter ido, como por ter me contado a verdade.
Cris veio correndo ao meu encontro. Abracei-a forte, nunca pensei que pudesse estar com tanta saudade dela.
-Meu Deus! O que houve com seu rosto? E a sua mão, porque tá enfaixada?
-Em casa eu te explico. Oi Teresa.
-Você foi a um funeral por acaso? Como está abatida!
-Gente, eu já explico... - Estava prestes a explodir.
-Mas o que aconteceu?
-Foi algum acidente?
-Você parece tão magra...
-E se a mãe ligar, o que eu...
-PELO AMOR DE DEUS!!!!!! Calem a boca por um segundo! Eu estou esgotada! Não vou falar nada agora, tá legal?! - Deixei as duas assustadas. Mas mesmo assim Cris engatou no meu braço e disse baixinho:
-Eu soube do que aconteceu com o Bill. Você tem alguma coisa haver com isso?
-Pode falar em alto e bom som Cristine, eu já sei de tudo. - Disse Brian.
-Você contou pra ele?!
-Como não iria contar? Sim, eu estava com ele quando teve o ataque cardíaco.
-O que você estava fazendo com Bill Kaulitz?
-Não fui eu que fiz Tess...gente, eu só vou falar em casa, tá legal?!
Camylly estava dentro do carro. Peguei ela no colo, enquanto ela lambia meu rosto.
-Tava com saudade da mamãe é? Espera...Cris, porque o rabo da cachorra está rosa?
-Éééééééé....
-Por acaso foi algum convidado na sua festa que pichou minha cadela? - Ela arregalou os olhos esverdeados.
-Como você?
-Acha mesmo que o síndico não ia me mandar um email?
-IIIIIIIIIIIiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
-Acho que você se esqueceu deste pequeno detalhe Cris! - Disse Tess, com ironia.
-Foi o retardado do Andrew...ele bebeu, a Camylly escapou do cercadinho...e como ele é grafitero, pegou uma lata da bolsa e desenhou um coração no rabo dela...
-Deixa eu adivinhar: a tinta não quer sair? - Ela fez que não, toda sem graça.
-Eu converso com você depois.
Minha casa estava até arrumada. Mas nem liguei para isso. Antes de subir, peguei a correspondência,e lá estava um contrato da Universal de dez páginas.
-O que é isso?
-Já explico Cris. Tess, pode ligar pro Maxwell por favor?
-Pro advogado da empresa? Tá sendo processada?
-Não, mas to quase lá. - Fui até a cozinha, tomei um copo d´água, sentei no sofa.
-Você fala ou eu falo, Brian?
-Pode falar. Eu não sei muito bem sobre essa história.
-Garotas, por mais que pareça impossível, muita coisa aconteceu... - E contei tudo.
-AHHHHHHHHHHHHHHH AQUELA VACA! Glória, se eu encontrar com essa modelozinha de quinta eu mato!
-Pode parando por aí, Cris, ela não tem culpa de nada.
-Ah, e ainda a defende? Como sempre quer ser a santa da história!
-Tenho que fazer jus ao nosso nome. - Cris ficou tão brava que se trancou no quarto.
-Mas Glória...você vai aceitar trabalhar para eles?
-Eu ainda não tenho certeza. Mas foi por isso que chamei o Max aqui, quero analizar cada parágrafo.
-E se estiver tudo certo? Você vai?
-Ah Teresa!...eu não sei...
-Ela vai sim.
-Eu ainda não sei Brain.
-E precisa responder? Você ainda gosta desse cara não é?
Lancei um olhar para ele de quem não gostou.
Maxwell chegou meia hora depois. Ficamos discutindo sobre o contrato por umas quatro horas.
-Muito obrigada pela ajuda Max.
-Foi um prazer ajudar. Qualquer coisa é só me chamar.
Teresa e Brian foram embora, e Cristine saiu para gastar com meu cartão de crédito. Já eram seis horas da tarde quando Cris voltou, eu já tinha tomado banho, e estava tomando uma vitamina.
-Como foi sua semana?
-Ah, nada de especial...
-Uhum...quem você conheceu?
-Eu?!
-É você! Eu te conheço criatura!
Ela se sentou ao meu lado e começou a falar -não poupando nenhum detalhe- sobre a semana. Mas estava dando ênfase a um tal de Rick, o novo professor da patinação.
-Mas...como ele é esse tal de Rick?
-Ah vai, não faça essa cara!
-Que cara?
-A mesma que a mamãe faz: como se todo homem fosse pedófilo.
-Não tem nada a ver. Descreve ele para mim.
-Ah...ele é bem alto, cabelos negros, olhos azuis...tem 28 anos...
-Vinte e Oito?!
-O que que tem?
-Muito velho.
-Velho?!!!
-Sim, para você é.
-Eu já tenho 21.
-Grandes coisas, acho que é velho até para mim!
-Mas e daí que ele tem 28? ele é só um instrutor de primeiros socorros.
-isso é o que você está falando para mim. Mas é assim que você se sente?
-Tá, tá legal...ele é bonito sim, inegavelmente bonito, mas quanto homem é bonito nesse mundo também.
-Tem razão. - Eu não vou pensar nele...
-E aí, o que vai fazer amanhã?
-Vou pesquisar. Me atualizar nas áreas de nutrição, com tudo o que tem de novo.
-Quer dizer que...
-É...eu vou. Eu simplesmente não posso dizer não.
No outro dia acordei cedo. Abri uma página de Google, e comecei a ler sobre as últimas pesquisas da área. Tinha muita coisa nova, ia demorar um tempo para que eu estudasse sobre tudo.
Mais tarde fui para a empresa, e falei da minha decisão para Tess e Brian.
-E como pretende falar com os acionistas?
-Já que maioria não está no país, vamos contactar todos e fazer uma grande reunião.
-E quanto ao senhor Natazaka?
-Brian, eu sei que esse é um pedido grande...mas você pode ficar mais tempo no Candá e ajudar a Teresa em tudo?
-Claro. Nunca teria negócio se eu não tivesse te forçado a ir.
-Por favor não se sinta culpado. Eu sei que eu teria de enfrentar tudo um dia. Acho até que demorou.
21:30pm
Quando voltei para casa, estava decidida a fazer uma coisa. Cris estava no computador. Ela me disse “oi” sem me olhar na cara, mas fui até ela, e me abaixei ao seu lado.
-Pode fazer uma coisa para mim?
-Fala.
-Sabe as filmagens que você fez na nossa viagem a Alemanha?
-Sei.
-Traz elas aqui.
-Porque?
-Porque eu quero vê-las. Eu nunca as vi mesmo.
Tinha umas doze horas de gravação. Mas eu queria ver, nem que fosse só algumas cenas. Precisava sentir aquilo denovo, a sensação de estar ao lado deles, de conviver. Afinal, esse seria o meu futuro pelo ano seguinte.