I'll never let you go. (mini-fic)

Tom.

- Bill, posso ir agora? Os nossos ensaios já foram encerrados e eu queria fazer uma surpresa pra ela... Disse colocando o copo vazio em cima da mesinha no centro do camarim.
- Pode. Ele deu um último gole daquela bebida. – Eu também vou pra casa daqui a pouco. Ele sorriu. – Pode ir.
Eu sorri de volta para ele, e segui até a porta, sai e encostei-a levemente. Fui até o estacionamento, onde meu carro estava. Entrei no mesmo e liguei o som para me fazer companhia até em casa. Aproveitei para passar em uma floricultura e comprar um buquê de rosas para ela, fazia tempo que eu não lhe dava um presente... Peguei um buquê de rosas vermelhas, as mais viscosas de lá. A mulher colocou-as enroladas em um lindo papel branco e me entregou.Segui mais duas quadras até poder estacionar o carro da garagem de casa.
Mantive-me parado em frente à porta, enquanto procurava a chave da mesma,ela sempre teimava em desaparecer quando eu mais tinha pressa. Não passou muitos minutos e ela finalmente veio parar em minha mão. Abri a porta e me deparei com a sala vazia, televisão desligada e o sofá um pouco amarrotado. Fui para a cozinha e vi algumas frutas caídas ao chão, e o café fervendo no fogão, desliguei rapidamente e o coloquei em cima da pia, aquele lugar estava estranho, bagunçado...
Subi as escadas que davam para o nosso quarto. A porta estava entreaberta e a TV ligava. Sorri, finalmente calmo.
Abri a porta com o buquê nas mãos e o sorriso largo, mas o mesmo desapareceu depois de ver essa cena.
- Evelyn! Gritei, deixando as rosas irem brutamente ao chão.
- Tom. Gritou ela de volta, cobrindo seu corpo com o lençol.
- O que faz? Porque você fez isso comigo? Perguntei com os olhos mareados de lágrimas.
Não sabia se sentia raiva ou tristeza ou ainda, as duas coisas...
- O que você está fazendo aqui... essa hora? Perguntava ela gaguejando...
- Desde quando? Perguntei irritado. – Desde quando você está fazendo isso comigo?
- Tom, não é nada disso que você está pensando. Disse ela, levantando da cama e vindo ao meu encontro. – Há um pequeno erro em tudo isso.
Ela tentou me abraçar, mas eu desvie. Olhei-a com receio em seus olhos, estava com nojo.
- Há um grande erro aqui. Disse sério. – Evelyn, eu pensei que te fazia feliz sabia?...
- Você me faz feliz. Disse ela segurando meus braços.
- Então porque ele? Disse olhando para o idiota pelado em cima da minha cama.
- Carlos, vai embora! Gritou ela desesperada,gaguejando, caracteristicas de uma pessoa culpada.
Ele pegou rapidamente seu tênis e desceu as escadas.
- Tom... me escuta, eu não quero te perder! Eu te amo.
Acabou me beijando. Não tinha como rejeitar aquele beijo... aqueles lábios que tanto desejei durante esses anos. Mas, eu senti nojo, nojo desse beijo.
Tratei de separá-los rapidamente.
- Nunca mais quero ver você! Disse pegando uma mala e jogando algumas peças de roupas dentro da mesma.
- O que você vai fazer? Tom não faz isso. Dizia ela, tirando as mesmas roupas, jogando-as ao chão.
- Larga isso. Disse pegando brutamente em seus braços. – Eu não te quero mais. Empurrei-a, fazendo a mesma cair na cama.
Coloquei mais algumas poucas peças na mala, fechando seguidamente.
- Depois eu peço para alguém vir buscar o resto. Disse com a mala em mãos.
- Tom, por favor... Disse ela ajoelhada aos meus pés.
Eu á olhei de cabeça erguida e sério. Ela se afastou lentamente, com os lhos cheios de lágrimas. Encostou-se á cama, me olhando friamente, desvie o olhar e lhe virei as costas.Segui pelo corredor, desci as escadas, parando nos últimos degraus; olhei para trás, pensando em poder ver seu rosto pela... última vez. Mas, ela não estava.
- Você era tudo que precisava. Disse para mim mesmo, descendo o ultimo lance.
E assim deixei uma lágrima cair em cima do tapete vermelho. Abri a porta e a tranquei, coloquei a chave no meu bolso e segui para o carro.
Porque ela fizera aquilo comigo? Será que eu não fui o bastante?
Liguei o carro e sai a milhão com o mesmo, passei em alguns sinais vermelhos. Estava tremulo, irritado, triste. Um turbilhões de coisas passavam em minha mente, e eu estava pensando seriamente em fazer uma delas...