Desculpa de verdade meninas pela demora, mas aqui vai mais um capítulo. x)
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Quarto Cap.
CIDADEZINHA
Estávamos realmente perto da tal cidadezinha brasileira, minutos depois o motorista avisara que faltava apenas dez minutos para chegarmos e repassou mais uma lista de coisas que devíamos fazer, escrita obviamente pelo traidor do David... Não estava nem um pouco animado, diferente de Gustav, Georg e Tom que se sentiam de férias e mal podiam esperar para poder se divertir, sem estar com seguranças por perto, empresários, mídia... Realmente estranho isso vindo deles, como podem gostar disso?! Sentia-me cada vez mais amargo, não sei por quê. O sentimento de raiva agora fora embora, fiquei olhando pela janela a paisagem encantadora que Tom mencionara, até que no Brasil havia garotas belas, mas nenhuma que me atraísse ou chamasse minha atenção.
- Atenção garotos, acabamos de chegar. Não se esqueçam das regras, ok?
O motorista, chamado Tiago, tirou nossas malas da van e nos entregou, afinal, ali nós não éramos o “Tokio Hotel”, minha pergunta mesmo é como fizeram um moicano em mim em quanto estava dormindo! Já se viu isso?! Ah, ar puro, aquele lugar cheirava tão bem.
- Estão prontos, podemos ir? – Perguntou Georg. Todos afirmamos com a cabeça e entramos dentro da casa que David comprara para nossa “atuação”, até que era bonita, bem perto do centro, na verdade, era a alguns paços do centro, podia ver os estrangeiros como nós tirando várias fotos, sim, era um lugar lindo para se tirar fotos, mas nada de “mostrar nosso verdadeiro eu”, já estava até com medo de me reconhecerem.
A casa era grande por fora e por dentro, havia quatro quartos, um bom sinal, detestaria dividir meu quarto com Gustav, seria uma zona de comida, pois não duvido que Tom gostaria de dividir com Georg.
- Por que não vamos dar uma volta por ai? Estou louco para conhecer as garotas daqui – Disse Tom, passando a língua pela boca e por cima de seu piercing que se localizava no lábio.
- Fica calmo Tom, temos tempo demais para conhecer as brasileiras. Primeiro vamos dar uma descansada e de noite saímos, com certeza, as belezas também estarão à noite – Falou Gustav, já sei até o que ele queria fazer a noite, ir a um restaurante ou coisa parecida, bem típico desse guloso, como eu o chamava, mas apesar de tudo, ele era um de meus melhores amigos, uma das pessoas na qual eu mais confio.
- Acho melhor fazermos o que Gustav disse, é o melhor. Quero conhecer a cidade – Eu disse, fazendo Gustav arregalar os olhos e Tom soltar uma risada sarcástica.
- Olha quem decidiu falar, o cara do moicano! – Disse ele. Nem respondi, não queria discutir com meu irmão, no final não iria vale a pena nem um segundo perdido.
E assim como Gustav disse, fizemos. Arrumamos cada um nosso próprio quarto, admito que o meu tinha uma vista incrível da natureza! Acho que era o melhor quarto da casa, realmente encantador. Ok, em meu armário não dava nem a metade de minhas roupas, mas nem liguei muito para isso, apenas arrumei de minha forma, pondo minha coleção de CDs de meus artistas favoritos na instante, pus meus notebook que comprara semanas antes, eu não sou o tipo de pessoa super ligada a internet, sabe? Descobri há alguns meses atrás o que era facebook! Mas obviamente tinha o meu e-mail, mas entrava raramente (igualmente respondia), agora teria um bom tempo para me “atualizar” com essas coisas, manter contato com minhas fãs, mas seria difícil, pois existem tantos “fakes” que sempre é complicado de se acreditar.
Não demorei muito para arrumar meu quarto, o primeiro a terminar fora Gustav que agora assaltava a geladeira cheia de alimentos de dar água na boca de qualquer um, a maioria eu nunca havia comido, pois eram comidas nativas brasileiras. Tom e Georg continuavam arrumando suas zonas ou seus quartos? Decidi então dar uma olhada em meus e-mails, tinha de tudo ali, queria saber como as fãs descobrem esses endereços, haja esperteza neste mundo.
“Bill, você é meu marido, irá se casar comigo e morreremos juntinhos quando o mundo estiver prestes a acabar em 2012, te amo!” – Ok fiquei com medo. Tenho medo delas, tem cada uma.
“Ont Bill, meu amor, amorzinho lindinho da minha vidinha cor de rosa. Onde você esteve em toda essa minha vidinha hein queridinho? Na lojinha de presentes né? Ont, que fofinho e meigo é você meu amor! Bem que a música Reden poderia falar de nós dois né? O que acha, aqui está o meu cel para caso...”
Preferência do diminutivo é algo muito sério, te indico uma boa professora para aprender a usá-los, esta bem? Quanto a Reden, foi uma vergonha o que dissera, tenho sentimentos, sabia? Li tantos, mas nenhum eu respondi, seria muito legal responder, mas tem umas que não merecem resposta, digamos assim. O tempo passara rápido como um flash. Os garotos batiam na minha porta para perguntar se estava pronto para sair:
- Claro! Estou pronto sim, vamos – Respondi, pegando meu casaco. Estava um pouco frio, nada comparado no que é na Alemanha, nem comento do calor que fizera durante o dia, o que foi aquilo? Uns quarenta graus? Só no Brasil!
As estrelas brilhavam mais que tudo nesta noite, andamos pelas ruas paralelepípedo calmamente admirando a beleza brasileira (não me refiro às garotas, está bem que tem um as lindas aqui, mas já viu a natureza? É magnífico, um sonho estar aqui! Realmente lindo). Podia sentir o ar puro da pequena cidade, já imaginou o Tokio Hotel andando em ruas “normais”, é algo engraçado de se imaginar, não acha?
- Vamos comer ali naquela pizzaria – Disse Gustav apontando para uma pizzaria no final da rua, já que todos éramos viciados em uma pizza, cada um com seus sabores favoritos.
- Podem ir vocês na frente, que mais tarde eu vou – Disse Tom piscando para umas garotas que aparentavam serem amigas (bonitas até, pois seria estranho Tom ter mal gosto com garotas), obviamente elas soltaram um sorriso para ele, então lá foi Tom indo conversar com elas.
Enquanto seguíamos andando pela rua movimentada, eram poucos os momentos que passavam carro por ali, tão calmo.
- Bill, não acha que aqui é o lugar certo para arranjar uma namorada? – Falou Georg entrando na pizzaria e pedindo uma mesa para quatro ao garçom, ele afirmou com a cabeça e nos conduziu a uma mesa – Hein Bill?
- O que Georg? – Perguntei pegando o cardápio recheado de pizzas saborosas e fitei-o com os olhos, enquanto Gustav pedia ao garçom uma cerveja, o estranhei por ainda não ter pedido a pizza que deseja.
- Não acha que aqui é um ótimo lugar para arranjar uma namorada? – Continuei fitando-o. – Fala sério Bill, aqui é o lugar! Somos apenas nós e não o Tokio Hotel por enquanto, pense e dê chances.
- Olha Georg, eu sou eu, você é você. Não quero que ninguém escolha uma namorada pra mim e muito menos que fiquem me empurrando pra qualquer uma! Não sou desse tipo, sabe disso. Gosto de coisa séria, e se a garota ainda não chegou é porque ainda não é a hora, esta bem? Assunto encerrado – Disse deixando ele sem palavras, minha vida pessoal era algo que eu não gostava muito de falar, não é bem isso, mas que fiquem me pressionando para ficar com qualquer uma; não sou como Tom. Chamei o garçom que estava trazendo a cerveja de Gustav – Uma pra mim também, por fav...
- Não Bill! Lembra-se daquilo? Nada de bebida e cerveja esta na lista também. Traga um suco de frutas pra ele que faz bem – Disse Georg e Gustav bebia sua deliciosa e viciante cerveja – E também uma pizza metade portuguesa, metade calabresa. Parecem ser ótimas!
Tom não voltara, nem ligamos, ele saberia se lidar sozinho, Georg mal podia esperar por ver ele perdido, queria ter um bom motivo para zua-lo. Comemos e realmente eram deliciosas pizzas, foram papos bons sobre o que estávamos achando do Brasil.
- Tom não virá pra cá, está com as garotas em um restaurante por ai. É o que diz no SMS dele – Eu disse olhando meu celular. – Pelo menos ele esta bem, com desconhecidas – Completei, em um dia que ele acabar se dando mal, eu quero ver. – Mas continuando, é uma linda cidade, vamos voltar pra casa, estou cansado.