Aos 18 ainda Virgem.

Cap.44 – Tudo acaba, algum dia...

Micaela.

Depois de duas horas de viagem, chegamos a nossa ultima parada.
Descemos da Van e esperamos o portão ser aberto.
Ficamos na sala principal, aguardando a diretora.
- Pessoal, por favor, aguardem um momento! Disse a diretora parando em nossa frente.
A mesma respirou fundo.
- Como todos nós sabemos... Mais um ano se passou... Nem todos forem bem com as matérias, mas, a maioria se esforçou para isso. Dentro do quarto de vocês, terá o comprovante de conclusão da formatura. Haverá também um recado de cada família de vocês, lhes dando os parabéns. Depois que vocês tiverem visto tudo, voltem para a sala principal que iremos começar a liberá-los. Estamos entendidos?
Sim. Foi o que soou da boca de todos.
Seguimos então para o nosso quarto. A única pessoa que não estava muito feliz com tudo isso era Bruna...
Corremos para nossas camas e pegamos à carta. Demos falta de uma carta... a carta de Bruna.
- Ér... Cadê a sua carta Bruna? Perguntei, um pouco sem graça.
- Só se for o ‘parabéns’ do vento, ou alto do tipo. Disse ela, fazendo as aspas.
- Hm... Aconteceu alguma coisa com seus pais? Perguntou Caren.
- Acidente de carro, há exatamente quatro anos! Disse ela com os olhos cheios de lágrimas. – Morava sozinha, em uma casa não muito longe daqui!
“Hmmmm...”
Foi à única coisa que conseguimos murmurar.
Depois daquilo tudo, o clima ficou ‘pesado’. Resolvemos então guardar as cartas e não lê-las, pelo menos, não na frente de Bruna, que mantinha sério o seu olhar.
Pegamos nossas coisas e demos o ultimo adeus para aquele quarto.
Voltamos para a sala principal, onde os meninos nos esperavam.
Abraçamos nossos devido namorado e juntos seguimos até aquele enorme portão, por onde entramos crianças... Inexperientes e hoje, sairemos adultos, prontos para enfrentar o mundo lá fora.
Não demos tchau para ninguém, nenhum de nós gostávamos de despedidas.
Seguimos então para os carros que estavam juntos.
- Desculpe pela batida. Tem certeza que não quer os trocadinhos? Perguntou Bill, fazendo Heloisa lembrar do primeiro dia de aula, em que ele bateu no carro da mesma.
Ela deu uma risada sarcástica.
- Trocadinhos? Eu vou é processar você por danos morais e por dirigir embriagado.
- Quinhentinhos serve? Disse ele, sacando o dinheiro.
- Acho que uma boa noite juntos, consertará esse problema. Disse a mesma, provocando-o.
- Quantas noites você quiser! Afirmou, abraçando-a.
Eu e Georg estávamos encostados no capo do carro.
- Continuaremos firmes né? Perguntei, com receio.
- Sempre! Deu-me um beijo na testa. – Eu te amo, isso não foi apenas uma diversão de faculdade.
O enorme sorriso brotou em meus lábios.
- Eu também te amo muito.
- Bruna. Disse Caren, chamando a atenção de todos.
- Oi. Disse ela.
- Você gostaria de morar comigo? A minha casa é pequena, mas, tem um quarto vazio e bem... preciso de alguém que me faça companhia.
- Hey! Pensei que EU era seu namorado! Exclamou Tom rindo.
- A’ amor... você pode ir me visitar também. Disse ela rindo.
- Mas, que ingratidão. Disse ele, fingindo aborrecimento.
- Então, aceita?
- AAAH amiga, é claro que eu aceito. Disse ela abraçando a mesma.
Todos nós festejamos juntos.
Então nos despedimos e entramos no carro. Helo ia à frente, seguida por Bill.
Passamos duas ou três quadras e vimos a Asher parada no meio da estrada, com seus pais e o carro quebrado.
Abrimos o teto solar e começamos a tirar uma da cara da mesma. Ela levantou e tentou seguir o carro, mas, as podres varetinhas não conseguiram fazer o trabalho.
- ARG! Eu ainda vou matar vocês! Gritou ela, ficando pra trás.
- Ela que pagava de menina mimada e princesinha, no fim, acabou pior do que a Cinderela. Disse Heloisa rindo.
Rimos juntas.
Aquilo não era o final, mas, era o começo de uma nova história, onde na nossa história, nós decidíamos o roteiro!
E de uma menina virgem, virei a mulher mais feliz do mundo.