Galera, ontem deu um probleminha no pc, ele reiniciou sozinho, daí perdemos uma página que havíamos escrito, por isso não postamos ontem. Nine!!!! ta viva! Né, quanta coisa aconteceu! {Estão com saudades do meu ex-marido por acaso?} Nana, também amo este filme, estou no procsso de convencero ser Susi a ver. Magina Linne, sem neura! Galerë, se puderem ouviresta música e ver a tradução acho que vão conseguir enxergar uma música que é a cara de Tom. Boa leitura!________________________________________________________________________________________________________________
Parte 2
- N-não se mexe! – Ele continuava a gritar para que eu o escutasse. Eu não me movi, somente via sua imagem através das mechas molhadas e grudadas no meu rosto.
- Tom...
- Eu estou indo aí te buscar, fica parada. – Ele veio cauteloso até mim, cerrando os dentes. Eu queria dizer pra ele que senti muito por tudo que havia dito e feito, mas eu sabia que não precisava dizer uma palavra. Ele sabia.
- Vem. Apóia em mim, eu te seguro. – Ele estendeu a mão.
- Não consigo me mover...
- Confia em mim!
- Eu estou caindo, eu, estou escorregando!
- Não se desespera!
- Tom!
Eu o senti me puxando. Mas seu impulso foi tarde demais. Enquanto ele gritava, eu caía sem controle nas águas. Águas tão frias que pareciam facas entrando no meu peito, a dor foi forte demais, não enxergava nada. Como não prendi a respiração, o ar escapou rapidamente dos meus pulmões, e a água escura e gelada fazia pressão para me afogar. Por duas vezes consegui alcançar a superfície, mas puxei pouco ar, estava fraca demais para isso, a corrente era forte, e me levava pra longe em poucos segundos.
Então meu corpo bateu contra a borda, e fui virada. Braços ágeis me envolveram, e meu rosto colou em seu pescoço.
- Se segura – ele disse, resfolegando. Meus olhos ardiam, eu deitei a cabeça no ombro dele e os fechei enquanto ele nos colocava para fora do rio, me deitando na grama. Mais um trovão estourou, tremendo tudo, mas eu conseguia tremer bem mais que aquilo.
De olhos fechados, senti que ele via minha respiração e meus batimentos. Comecei a ter uma crise de tosse, o pulmão ardendo, forçando a água que havia entrado sair. Ele me ajudou a me virar, e cuspi a maioria da água que havia aspirado.
- Como está se sentindo? – Minha voz falhou nas duas primeiras tentativas para falar.
- Como acha? Ahg!
- Que foi?
- Meu pulmão está ardendo... eu... sei lá, acho que engoli água demais.
- Vou te levar a um hospital.
- Não! Tudo menos a histérica da Glória me encontrar num hospital, seria o fim.
- Tá, mas... você está com algum problema na vista?
- Não, por quê?
- Então abre os olhos, oras!
- Já está brigando comigo, nós quase morremos!
- Né!
Eu comecei a rir por causa daquele né, mas rir mesmo, como não ria há muito tempo. Mais uma desculpa para não abrir os olhos.
- Cris, é sério. Deixa de ser louca só por um instantinho... eu estou falando sério!
Como sempre, Tom tinha um defeito gritante: era impaciente. Ele se levantou na hora, e como ainda me segurava, me puxou para o seu colo mais rápido que pude perceber. Abri os olhos em pânico por não sentir o chão.
- Avisa da próxima! Quase me mata de susto...
- Vai ficar me dando gelo até quando, garota? Eu salvei sua vida!
- Ah, me desculpe por ainda não ter te colocado num pedestal! – Disse, o encarando. Logo me arrependi, e olhei pra baixo imediatamente. Ele me soltou no chão.
- Hei. Para de se sentir culpada, não vale a pena...
- Você me conhece tanto assim?
- O suficiente. Olha pra mim, pirralha.
- Quer parar de me chamar assim, Tomgo?!
- Ah, então você pode e eu não, né?
- É, eu posso!
- Nossa, então é assim que você pretende marcar nosso primeiro dia de relacionamento?
Eu travei, arregalando os olhos, com a boca aberta. Ele a fechou tocando em meu queixo, rindo sarcasticamente.
- Olha aqui, sua brasileira pirralha metida a adulta... se você acha que vou deixar você escapar de mim, tá muiito enganada, falou?
- Você... você nem me pediu em namoro!
- Ei, e a seis anos atrás?!
- Ah, não vale mais, já perdeu a validade...
- Oooo saco! – Ele se ajoelhou na hora na minha frente, e pegou minha mão. – Eu estou pedindo oficialmente ao ser mais complicado, difícil e teimoso do mundo!... Que compartilhe o resto de seus dias com... o sexgott ultralindo mais desejado do Universo aqui!
- Ora, mas vá se... – Ele me deu uma rasteira de leve, fazendo com que eu caísse em cima dele. Nossas respirações se cruzaram, e eu gelei. Aquilo tudo era mesmo real? – Ainda não estou vendo meu lindo anel de diamantes...
- A gente passa na joalheria – ele me deu um beijo de esquimó, só pra começar.
- Vai com calma tá? Por favor...
- Vá pedir calma pra um padre!
Ele não me beijou. Não foi nem perto disso! Ele praticamente engoliu minha boca, e ainda por cima me invadiu com a língua. Tentei bater nele pelo atrevimento, mas claro, ele foi mais rápido em travar meus braços. Só depois foi se acalmando, e essa foi a melhor parte. Deus, ele beijava muiito bem! Tanto que nem percebi quando ele parou, e ficou rindo da minha cara.
- Hei, só esse foi de graça, o próximo eu cobro!
- Ahhh, para! Seu chato...
- Vem, teimosinha, pro carro já! Merda, to super molhado...
- Tá chovendo né! Quem ta na chuva é pra se molhar!
- Uau, ter a melhor mulher do mundo realmente não é fácil, hein?
- Prometo não dar mais trabalho, melhor homem do mundo.
- Ahh, assim também eu não quero! – Ele me abraçou.
- Ué, como assim?
- Amo quando você me dá trabalho. Amo cuidar de você.
- Você ainda não viu nada...
- Não provoca, garota, estou avisando. Estou quase um ano sem... você sabe, né?
- Você... desde que fez a tatuagem?!
- Claro né, se tivesse feito, iam descobrir.
- Uuu, que dó do Júnior!
- Uhum, uhum, você não tem dó mesmo dele! Ai, droga!
- Que foi agora? – Disse, enquanto sentava no banco do carona. Ele tirou o que restou do celular do bolso da calça - Putz! Você deixou ele no bolso!
- Sabe, nadar a essa hora da manhã pra salvar uma louca não estava na minha agenda! Lá se vai outro, esse eu comprei há três dias!
- Eu te compro outro.
- Mas pode ter certeza! E aí, ta com fome?
- Tom, por favor, né? Seu bipolar...
- Maliciosa! Estou falando de comida!
- Ah, simsim! Não comi nada – ele riu, e fingiu tossir – quem é o malicioso por aqui?
- Que? Não posso rir?
- Olha, só dirija pro primeiro McDonald´s que encontrar e estarei feliz.
- Falou, linda.
Nós fomos para o drive-thru mais próximo. Como ele havia deixado a carteira no carro, foi quem pagou um Big Mac pra mim acompanhado de fritas e café, já que era de manhã. Ele só pediu um café, e ficou me vendo comer.
- Porque ta me olhando assim?
- Você fica linda de boca cheia.
- Valeu.
- Ah, toma – ele pegou o casaco branco que mais amava do banco de trás e deixou o ar-condicionado no máximo. O vesti imediatamente, ficando pequena para tanto pano.
- Que fofis!
- Eu sou fofis!
- Ownnnt! Que lindo, essa chuva que não para, e nós comendo coisa fora da dieta num estacionamento.
- Dane-se! Detesto dieta...
- Tom, acho que tenho que ligar pra Glória, ela deve estar louca de preocupação.
- Pois é! Cadê seu celular?
- Deixei no meu carro – disse, rindo.
- Afff, eu não vou lá buscar não! Liga da minha casa, é melhor...
- Ok.
Ele voltou a dirigir rapidamente, daquele jeito que dava medo. Mas eu não sentia medo, diria da mesma forma louca.
- Já te disse que te amo hoje?
- Ainda estou esperando – ele me deu um beijo rápido na testa.
- Te amo.
- Hum? Falou em português?
- Falei.
- Fala de uma forma que eu entenda.
- Posso falar em japonês?
- Aaaahnnnn, não!
- Ich liebe Dich!
- Aêw! – Ele buzinou três vezes quando falei.
No prédio, todo mundo parou para olhar a dupla de doidos que subia rapidamente pelo elevador. Parecíamos duas crianças, forçando para não rir a toda hora. Eu fiquei o empurrando para que não conseguisse abrir a porta com a chave.
- Quer parar?!
- Você fica lindo bravinho...
- Eu sei disso. Bem vinda à toca!
Olhei em volta. Claro, estava até desorganizado, com algumas roupas pelo sofá, e caixas de pizza acumuladas na pia, louça por lavar. Mas fora isso, até que estava arrumado.
- Somos proibidos de comer pizza, sabia?
- E quantas você comeu escondida mesmo?
- Dezenas! – Rimos. – e seu telefone?
- Ahn... tava em algum lugar perto do controle remoto.
- Não Tom, este é o telefone mesmo.
- Pois é! É que são meio parecidos...
- Estou até com medo de ligar.
- Vai na fé! Estou aqui contigo.
Ele me abraçou enquanto eu discava. Quem atendeu foi dona Simone, bem desesperada, tadinha, tive de falar centenas de vezes que estava tudo bem. Depois foi Glória, que nem fez questão de disfarçar que havia chorado. Eu não contei o que aprontamos no parque, menti dizendo que ele havia me encontrado no estacionamento.
- Você vem pra casa? – olhei pra ele, com aquela carinha de pidão...
- Não. Eu vou... ficar mais um pouco por aqui, ta?
- E vocês dois?
- Pois é. Ele deixou bem claro suas intenções! – Ele me olhava sem entender nossa conversa em português.
- Juízo, é o que eu te peço!
- Está bem, mamãe. E se o pai ligar de novo, diz que eu estou bem.
- Pode deixar, vou retornar a ligação. Fica bem.
- Você também. Até logo, maninha.
Desliguei, suspirando, encostando a cabeça no peito dele.
- Você está fria, sabia?
- Tem roupa de mulher aí pra eu me trocar?
- Não, mas minhas XXL’s te servem de vestido.
- Ah, você me empresta a que você foi no VMA de 2008?
- Opa! Claro.
Fui até o quarto dele com certa ansiedade, nunca tinha visto o quarto dele. Era estranhamente arrumado, tudo bem organizado e limpo, como se ele nunca tivesse dormido ali.
- Você já usou este quarto alguma vez?!
- Às vezes... eu durmo no sofá, vendo filme até de madrugada.
- Eu sei que filmes passam de madrugada!
- Não tenho mais 15 anos, só pra constar!... Toma, a que você pediu. – Ele a tirou de uma capa de proteção.
- Nossa, ela é linda.
- Combina com seus olhos...
- Concordo. Aqui é seu banheiro?
- É, pode usar.
No banheiro era a mesma arrumação estranha. Tudo tão branco que dava dor de cabeça. Eu me vesti, parecia estar de camisola mesmo, saí com as roupas molhadas na mão.
- Onde eu... – parei de falar, e senti o rubor queimar o rosto. – Desculpe, eu não sabia.
- Bem, já me viu mesmo... – ele se vestiu o mais rápido que pode, eu fiquei olhando pro lado totalmente sem jeito, contando até dez pra controlar a respiração. Ele era muito além do que eu já tinha sonhado... Quando voltei a olhá-lo, me assustei outra vez ao ver meu nome gravado nele. Em passos lentos eu fiquei na sua frente.
- Doeu?
- Não tanto como te perder.
- Desculpe, por tudo que te fiz passar.
- Não, por favor, está tudo bem. Deixa o passado no passado.
- Certo. – Contornei com a unha a tatuagem.
- Cris, eu... acho melhor não.
- Porque não?
- Não quero perder o controle.
- Para de se controlar por mim.
- Eu acho melhor a gente...
- Ah, quer calar a boca e me beijar de uma vez?!
Ele me beijou, ainda rindo, mas logo entendi o que havia falado. Perder o controle...
- Tom, pega leve...
- Vou tentar. Mas entenda, esperei por isso minha vida inteira.
Mais uma vez ele me pegou no colo, e não perdemos o olhar do outro. Sua boca desceu até a minha orelha, e estremeci com o toque.
- Não sabia que você era tão pesado – sussurrei.
- Estou até magrinho... pizza emagrece. – Ele se endireitou para me ver outra vez, alisando meu cabelo – eu te amo, minha pirralha.
- Quer apostar quanto que foi a última vez que você disse isso de mim?
- 100 Euros.
- Vai perder feio, Kaulitz.
- Veremos! – Ele desligou o abajur, e tudo em volta de nós ficou escuro.
Só acordei no dia seguinte, ou pelo menos, parecia. As lembranças invadiram minha mente na hora, e fechei os olhos para visualizar melhor. Me arrependia até o último de não ter deixado de ser teimosa e ter ficado com ele anos antes. Mas agora o que importava era o futuro.
Estava sozinha. Logo achei a blusa que ele havia me emprestado, com uma toalha do lado, tomei banho bem quente e a vesti. Fui de fininho até onde tinha barulho, na cozinha.
Tom estava fazendo waffles, cantarolando. Porque será? Pensei. O surpreendi dando um beijo em sua bochecha.
- Mas já? Pensei que não fosse acordar hoje...
- Há, se fazendo de forte! Quanto tempo ficamos na cama?
- Quase 20 horas – assoviei alto.
- A Glória vai me matar.
- Reparei, ela já ligou umas mil vezes... eieiei, pode parando, tenho que me concentrar aqui!
- Mas só um beijinho...
- Agora sim posso dizer que te conheço! Viu no que deu um beijinho?
- Seis anos, Tom.
- Pareciam seis milênios! – Ele me sentou na bancada, longe dele. Devagar eu fui me aproximando, e travei sua perna enroscando na minha.
- Você é forte mesmo.
- Eu disse que era. Estou louca pra provar a sua comida!
Ele voltou a rir, entendendo a frase da forma que queria.
- Quer cobertura de morango?
- Para de rir! E eu tenho opção? Aposto que só tem essa aqui.
- A casa por enquanto é minha, só compro dessa mesmo.
- Vamos comer rápido, devem estar preocupados mesmo agora.
- Primeiro de tudo! – ele disse, envolvendo os braços na minha cintura – comer com pressa faz mal... e segundo, eles sabem bem onde estamos, ok?
- Tom é sério. Sabe quando você fica pressentindo que o Bill não está bem? Sinto o mesmo pela Glória.
- Neura sua, eles estão bem. Ah, mas vai ter que comer no meu colo...
- Sonha!
Na verdade, mais nos provocamos que comemos alguma coisa, mesmo que estivesse morta de fome. Eu ficava passando a cobertura nos lábios só pra ele ter o prazer de tirar. Sentia-me como uma adolescente, não tinha como não se sentir, o jeito crianção dele me cativava a cada segundo. Não queria ir embora, mas era necessário, sem falar que agora, tudo ficaria bem. Em menos de vinte minutos estávamos na minha casa, tinha que trocar de roupa.
- Eu te amo lindo. Se cuida!
- Tem certeza que não quer que eu te leve para casa deles?
- Pode deixar, chamo um táxi, depois devolvo sua camisa. Beijo!
- Só um?
- Hei, não pode perder o controle, lembra?
- Vai ver só depois.
- Bom mesmo. Me liga quando chegar!
Nem me preocupei com desculpas ao entrar no prédio, se achavam que eu era uma galinha, fazer o que! Como ainda estava com fome,assim que entrei na cozinha já selecionava algo pra fazer rápido no microondas.
Foi quando escutei a porta se abrir rapidamente.
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vão se matando aí pra saber o que vai acontecer, até!