O Cruzeiro (Tri-shot)

Vamos direto ao assunto? Sou repórter há um ano e meio, tenho 24 anos, sou casada e não tenho filhos. Moro em uma pequena cidade da Alemanha. Ah! Meu nome? Vai da imaginação de vocês.
Graças ao meu mais novo chefe pude pegar o caso mais cobiçado de quatro anos seguidos. Há quatro anos temos um psicopata á solta, ele faz cruzeiros para vários países diferentes, e assim sempre acaba matando alguma mulher. E esse ano não será diferente, temos a total certeza que ele embarcará nesse cruzeiro e fará de uma mulher sua nova vitima.
- Esse ano o cruzeiro no qual o psicopata embarcará será para o Brasil. Disse meu chefe.
Todos saíram da sala de reunião. Segui até o meu chefe e apreensiva disse:
- Como será o processo?
- Faça suas malas e durma em seu apartamento. Amanha mandarei com que alguns seguranças te busquem e assim te levem até o porto. Depois dali, toda a matéria está em suas mãos.
- Obrigada por confiar em minha capacidade. Disse lhe estendendo a mão.
- Eu não confio só na sua capacidade. Eu confio em você.
- Obrigada.
Sai da sala e assim ajeitei minhas coisas e segui para o meu apartamento.
Cheguei e Carlos {meu marido, já havia feito a janta (Sim. Ele é cozinheiro.)
- Oi amor. Disse ele me beijando.
- Oi.
Coloquei minha bolsa em cima da cômoda e sentei-me para jantar.
- Amanha vou para o cruzeiro... Em busca de novas noticias sobre o psicopata que está solto.
- Tome cuidado amor. Eu te amo. Disse ele me beijando.
Sorri e levantei levando meu prato até a pia.
- Vai descansar que eu cuido de tudo. Disse Carlos levantando também.
- Obrigada.
Tomei um banho e coloquei minha camisola. Já estava com as malas feitas. Deitei na cama e logo peguei no sono. Preciso estar preparada e descansada para amanha.

*No dia seguinte*

Acordei e já eram 5h30min. da manhã. Troquei de roupa e tomei um café preparado por Carlos. Não demorou muito e o segurança do prédio avisou que já estavam a minha espera.
- Tchau amor. Disse lhe dando um beijo.
- Tchau.
Encostei a porta devagar. Peguei minhas duas malinhas e sai de casa. Desci pelo elevador e assim cheguei à portaria do prédio.
- Bom dia. Disse o porteiro.
- Bom dia Isaque.

O mesmo abriu o portão pra mim e segui em direção ao carro. Entrei atrás enquanto eles colocavam minhas malas no porta-malas.
Não os conhecia muito bem então segui até o porto sem conversa com eles. Liguei meu Mp5 pra ver se assim o tempo passava mais rápido. Estava mega ansiosa, seria o meu primeiro caso verdadeiro e importante. Passada exatamente uma hora e meia chegamos até o porto. Desci do carro e peguei minhas malas. Como sou repórter consegui entrar antes de todos. Embarquei e segui para o meu quarto.
Como previsto, anunciaram o almoço em um modo formal, soaram instrumentos. Vesti um vestido vermelho um pouco apertado. Coloquei uma sandália com pedrinhas brilhantes e prendi o cabelo, deixando só dois cachos soltos.
Desci lances de degraus até chegar ao grande cômodo, onde todos da minha classe estavam. Como estava sozinha, sentei-me com uma família.
- A senhorita se importa de sentar com a família Kaulitz? Perguntou o mordomo
- Não. Disse educada.
Ele me levou até a mesa dos mesmos. Havia somente dois rapazes sentados, um parecia meio afeminado. Usava calça apertada e uma blusa preta também apertada. Aos pés calçava botas de salto. O outro, ao seu lado, era o contrário. Vestia uma blusa grande e larga, juntamente de suas calças que, no entanto pareciam começas nos joelhos. Tenha cabelo de rastas e parecia uma pessoa um tanto quanto divertida.
- Bom dia. Disse educada.
- Bom dia. Disse o de roupas apertadas.
- Olá. Disse o outro.
Sentei-me e enquanto esperávamos o nosso almoço, um deles resolveu puxar assunto.
- Você é de onde? Perguntou o de rastas.
- Sou Alemã. E me parece que vocês também são...
- Sim. Somos irmãos alemães. Disse o de roupas apertadas.
- Qual o nome de vocês? Questionei interessada.
- Tom Kaulitz e Bill Kaulitz. Disse o de rastas.
- Hum...
Bill pediu licença para ir a algum lugar, cujo ele não disse. Deixando somente eu e Tom sentados.
- Você está aproveitando? Perguntou ele bebendo um liquido que acabaram de trazer.
- Na verdade. Estou aqui a trabalho. Sou repórter.
Ele sorriu e colocou o copo na mesa.
- E você?
- Eu não trabalho. Minha família é muito rica. Disse ele sorrindo.
- Hum. E pretende ficar sem trabalhar?
- Por que não? Tenho tudo o que desejo. Tenho uma bela casa e muito dinheiro na poupança. Oras, pra que se matar trabalhando? Disse ele sarcástico. – Mas, é claro que tenho uma ótima formação. Formei-me turismo, fiz faculdade de economia e se por acaso um dia quiser ter uma banda, serei guitarrista.
- Vejo que seu currículo é um dos melhores então. Disse bebendo um vinho caro no qual Tom me oportuno.
- E que tipo de matéria você esta a fazer?
- Supostamente o psicopata que está à solta, embarcou neste cruzeiro. Até hoje nunca descobriram quem é ele, muito menos o nome. E estou eu aqui, para desvendá-lo.
- Ah sim. O psicopata que a cada ano mata uma mulher. Disse ele me olhando fixamente. – É um cara muito esperto para até hoje ninguém ter descoberto nada. Disse dando um pequeno gole do vinho que estava em meu copo.
- Vejo que assiste jornais. Disse pegando a taça de sua mão. – Mas, é sim. Tenho que admitir que ele tem uma mente brilhante. Disse sorrindo levemente.
- Quem sabe eu poderia ter uma mente brilhante. Disse Tom dando risadas. – Por que não? Eu também consigo sair com qualquer mulher que eu queira.
- Sente-se um galã de novela?
- Sinto-me, como já fui um a três anos atrás. Disse ele pegando um cigarro. – E ainda me considero um bom conquistador. Disse ele me olhando fixamente com o seu olhar encantador.
- Entendi...
- Você, por exemplo, ficaria caidinha por mim. Disse ele se gabando.
- Eu? Disse colocando uma das mãos em meu busto.
- Você. Disse ele pegando em minha mão. –Tenho de admitir que esse anel é maravilhoso. Disse Tom observando o mesmo.
- E por qual motivo estaria interessada em seus serviços particulares?
- Primeiramente porque eu sou galã, segundo porque eu tenho muito dinheiro na poupança e terceiro porque meus serviços particulares são os melhores da região. Disse ele sorrindo.
- Os dois primeiros tenho que concordar... O terceiro eu já não sei se é verdade.
- E ultimo... Você é linda e deve se ajuntar com um cara feito eu!
Ri ao escutá-lo. A comida estava demorando, o que me fazia tomar mais e mais vinho. Admiti pra mim mesma que Tom é um homem encantador. Seu sorriso, seus olhos, seu cabelo e até mesmo seu estilo completam um cara de duas faces.
Após ter tomado tanto vinho e ter jogado conversa e cantadas fora. Resolvi seguir para meu quarto. Já era 17h00min e eu ainda tinha que procurar pistas, algo que me levasse até o psicopata. O pôr-do-sol já estava se iniciando, mal sabia que seria a primeira e ultima vez que veria um pôr-do-sol de dentro de um cruzeiro.
- Tenho que ir. Ficamos aqui batendo papo e me esqueci das horas. Disse levantando.
- Esta bem. Disse ele se levantando. – Se quiser me procure a partir das 21h30min no meu quarto. É o quarto 265, lado direito do primeiro corredor. Disse ele sorrindo perfeitamente.
- Esta bem. Se eu não estiver ocupada, eu vou lá sim.
- Você não estará! Disse ele confiante.
Sorri e deixei-o ali. Segui para a parte de fora do navio, e fiquei por alguns segundos olhando o pôr-do-sol. A única coisa que se via era água, água e mais água. Já estava esfriando, voltei para o meu quarto e coloquei uma blusa de couro, quentinha. Ajeitei mais algumas coisas que faltavam e assim sai atrás de pistas... Novas pistas que me levasse até ele. “Sinto que esse ano a matéria será ótima” Pensei comigo enquanto saia do quarto.