O que eu sempre quis foi você!

Tom


Depois de exatamente duas horas e meia de espera, sem sinal algum eu ouço o choro de um bebê.
Ao escutar uma lágrima cai do meu olho, percorrendo meu rosto.
- Ele nasceu! Disse animado.
- Sim sim sim. Disse Bonnie feliz.
Não passava nenhum médico ou enfermeira para dar noticias e então mais apreensivos esperamos mais cinco minutinhos.
- Parabéns. Disse o médico saindo da sala de parto. – É um lindo bebê.
- Obrigado. Disse sorridente.
- Quando vamos poder ver ele? Perguntou Bonn animada.
- Ele está com uma de nossas médicas. Assim que ela dar um banho nele e arrumá-lo vocês poderão entrar no quarto. Disse o médico. – Com licença. Disse ele seguindo para a recepção.

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*No berçário*

- Já posso levá-lo para o berçinho dele? Perguntou uma enfermeira.
- Só um momento, eu estou apreciando essa graçinha. Disse a médica segurando o bebe em seu colo.
- Está bem, só não demore por que o pai e a família já querem vê-lo. Disse a enfermeira deixando a médica sozinha no berçário.
- Fique tranqüila. Disse ela seguindo até o berçinho de Gustavo. – Que bebezinho lindo que você é. Disse ela passando a mão sobre a cabeçinha do mesmo. – Pena que sua família não é lá aquelas coisas...

Tom.

- Gente eu vou até o berçário, quem sabe ele já não está lá?
- É verdade. Vamos com você. Disse Bill levantando.
Passamos por um corredor até chegar a um enorme cômodo, onde todos os bebes ficavam. Vi uma médica segurando um bebe, e tinha certeza que ele era o Gustavo.
Bate cuidadosamente para não acordar os outros bebês e logo a médica me olhou assustada.
Fiz um gesto perguntando se aquele bebe que estava com ela era meu. E assim, ela me mostrando a pulseirinha no braço dele, vi que eu era mesmo o pai e ele era mesmo o Gustavo.
Demos á volta pelo corredor, entrando no berçário.
- Posso pegar? Perguntei para a médica.
- Pode sim, só precisa colocar essa mascara e essas luvas. Disse ela me mando.
Assim o fiz e peguei Gustavo. Ele é um bebê gradinho para um que acabou de nascer. Ele é simplesmente lindo. Tem olhos cor de mel, assim que nem os meus. É de pele branquinha, e seus cabelos são morenos. Totalmente perfeito.
A mãe de Mary ficou olhando a médica como se elas já se conhecessem. A mesma pediu então para ver o crachá.
- Moça, posso ver seu crachá?
- Ah até que em fim, pensei que você não iria mais me reconhecer. Disse a tal enfermeira tirando sua mascara e a toquinha da cabeça.
- Nooooooooooossa. Não creio!
- O que foi mãe? Perguntou Bonn desentendida.
- Ela é a sua tia Bonnie, a Carminda.
- Minha tia?
- É Bonnie, eu sou sua tia, irmã da sua mãe. Eu fiquei sabendo que Mary estava grávida e como sou médica da cidade onde eu moro eu vim pra cá, já que estava doida pra fazer o parto da minha sobrinha. Disse Carminda feliz.
- Nossa tia. Disse Bonnie feliz.
Depois de alguns minutos de conversa, entra uma enfermeira avisando que precisava levar o Gustavo para ser amamentado, eu aproveitando fui juntamente para ver como Mary estava.
- Oi amor. Disse calmamente.
- Oi amor. Disse ela tranquilamente.
- Como você ta?
- Muito cansada. Disse ela baixinho. – Eu vou dar de mamar pro Gu e depois vou ver se consigo dormir um pouco.
- É, você está mesmo cansada. Não se preocupa com o Gu que eu cuido dele.
- Obrigada amor. Disse ela me dando um selinho.
Entreguei Gustavo nos braços de Mary que estava levantando sua blusa para dar de mama. Ele era tão fominha, não será a toa que ele vai ser forte que nem o pai õ/
Depois que Gustavo encheu a barriguinha Mary pegou no sono e Gu também. Colocaram-no ao berçário e do lado de fora fiquei olhando aquela graçinha, no qual é meu filho.

Cap.32 – Vidas em risco.

Mary.

Já sai do hospital faz um mês. Estou morando com a minha família, no meu quartinho coloquei o berço do Gustavo e mais o guarda-roupa e as gavetas dele.
Já arrumei Gustavo, vamos ir à casa da minha sogra. Tom disse que Simone está doida pra conhecer o netinho, já que ela chegou de viagem ontem.
Estava terminando de pentear o cabelo quando escuto o telefone tocar.
*Conversa On*
- Alô. Perguntei normalmente.
- Mary?
- Fala amor.
- Minha mãe disse que você já pode vir, ela já terminou o jantar.
- Ta bom amor, eu já estou a caminho.
- Quer que eu mande o meu motorista te pegar?
- Não, eu vou levar o Gu no carrinho, é bom que eu já passeio um pouco com ele.
- Ta bom então.
- Beijo amor.
- Beijos, vê se não demora.
- Eu não vou.
*Conversa Off.*
Terminei de me arrumar e assim peguei a bolsa do Gu, desci as escadas e esperei Bonn voltou com ele.
- Bonn, vem logo. Preciso sair. Gritei
Vi Bonnie voltando toda animada com Gu no colo.
- Toma. Disse ela entregando-o. Aonde você vai?
- Na casa do Tom. Disse sorrindo. – A Simone quer conhecer o netinho.
- E o mais engraçado é que, ela nem conhece a nora e já tem netinho. Disse Bonn dando risada.
- Haha, muito boa essa Bonn, mas, não se esqueça que ela também não conhece a outra nora. Disse levantando uma sobrancelha.
- Mas, eu não tenho filho pra dar de neto pra ela.
- Ta bom, eu não vou discutir com você. Disse colocando Gu no carrinho.
- Mas, eu não escutei barulho de carro buzinando. Disse Bonn.
- E quem disse que eu vou de carro?
- Tom não mandou o motorista dele vir te pegar?
- Ele queria, mas, eu quero passear um pouco com Gu, a casa nem é tão longe assim.
- Ata.
Enquanto Bonnie abriu a porta pra mim, eu estava ajeitando Gu que estava quase dormindo.

*No outro lado*

*Conversa On*
- Alô.
- Charlenie? Perguntou uma voz estranha.
- Quem é?
- Sou eu der.
- Ata. Disse meio desacordada. – Fala.
- Mary está saindo de casa com Gu.
- E?
- E que ela está indo não sei pra onde de a pé, somente ela e ele.
- Espera. Disse pensativa. – To raciocinando.
Um minuto de silêncio.
- Já sei! Disse desligando o telefone.
*Conversa Off*


Mary


- Tchau. Avisa pra mãe que talvez eu vá dormir na casa do Tom.
- Ta bom. Vai com Deus. Disse Bonn na porta.
Coloquei o carinho na direção certa e assim atravessei a rua chegando ao outro lado onde a calçada era asfaltada.
Estava escutando música no meu mp5 e Gu já havia pegado no sono. Parei o carinho e cobri ele com um coberto fofinho que ganhei de chá de bebê.
Faltava só mais umas duas quadras pra chegar à casa de Tom. Como á frente estava em obras, resolvi atravessar e evitar passar pelos buracos.
Admito que esqueci de olhar para os lados, mas, quem estaria na rua essa hora? Vindo em uma ‘alta’ velocidade em uma curva?

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Charlenie.

- Ela vai atravessar a rua, vai acelera! Disse sentada no banco da frente.
- Desculpa, eu não posso. Ela está com um bebê.
- Eu estou te pagando pra que? Vamos! eu quero que você acelere agora! Disse gritando para o mesmo.
- Não, eu não vou matar ninguém.
- Então sai daí que eu assumo. Disse colocando a mão no volante.
- Você não pode, é de menor! Dizia ele segurando o volante.
- Eu não quero saber, você não faz o que eu lhe peço, então eu assumo. Dizia eu tentando ‘dirigir’
E assim, sem nos dar conta o carro chegava cada vez mais perto do meu alvo, facilitando o meu ataque. Como ele não queria largar o volante, olhei para baixo e resolvi então partir pro ataque.
Pisei no pé do mesmo que estava sobre o acelerador, fazendo o carro seguir á 80 km/h
- Para com isso. Dizia ele me olhando.
- Eu já vou parar. Disse acelerando mais ainda.
- NÃAAAAAAAO. Disse ela gritando assustada ao ver o carro.

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*Na casa dos Kaulitz*

- Cadê a Mary? Perguntou Bill.
- Ela ainda não chegou. Disse olhando o relógio.
- Ela está demorando!
- É, eu sei. Disse levantando do sofá.
- Não é melhor você ligar pra casa dela? Quem sabe ela se atrasou e você não sabe!
- Não, ela deve estar demorando por que esta vindo de a pé, já que ela queria passear com o Gu. Disse relembrando.
- Hum, entendi. Então ta, vou ver se a mãe quer alguma ajuda.
- Vai lá.

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*Na Espanha*

Marvin.

Arrumei-me, coloquei um terno que minha mãe havia me dado á um ano atrás, ajeitei o cabelo e passei um perfume de leve pra não embrulhar o estomago. E assim desci. Hoje é o dia, o dia de apresentar oficialmente minha namorada para minha mãe.
Quando cheguei à sala, vi minha mãe sentada no sofá, já arruma apenas me esperando.
- Vamos mãe. Disse acabando de descer os degraus.
- Como você está lindo. Disse ela levantando. – Continua perfeito. Disse ela ajeitando o nó da minha gravata.
- Já não está bom mãe? Precisamos ir, eu não quero chegar atrasado. Disse abrindo a porta.
Saímos de casa e seguimos até o carro. Fomos atrás e o motorista sozinho dirigindo.
Depois de alguns minutos já estávamos no restaurante onde resolvi me encontrar com ela.
Pegamos uma ótima mesa, com uma linda vista para as enormes montanhas verdes do vale. E assim, enquanto ela não chegava pedimos uma bebida.
- Apesar de conhecer ela, estou curiosa para essa apresentação.
- Estou soando frio. Disse vendo meus pelinhos arrepiados.
- Olha lá, ela já está vindo.
Ela apareceu com um vestido branco e com o cabelo preso, com um lindo e enorme rabo de cavalo. A maquiagem não estava pesada, deixando ela mais linda do que já é.
Puxei a cadeira para que ela sentasse, e a mesma como uma bela dama sentou e assim esperou a minha palavra.
- Bom, não precisamos ser tão formais já que vocês já se conhecem.
Ela apenas riu.
- Mãe essa aqui é a Juliana a minha mais nova namorada.
- Sabia que vocês iam se dar bem! Disse minha mãe feliz.
- É eu realmente estou encantada pelo seu filho. Disse ela sorrindo levemente.
- Que bom! Espero que vocês sejam muito felizes, e que esse amor dure muito e muito tempo.
- Irá durar mãe. Pode ter certeza. Disse olhando Juliana e em seguida lhe dando um selinho. – Bom, vamos comer?
- Sim.
Olhamos o cardápio e resolvemos mudar um pouco. Pegamos arroz e ostras e também um pouco de peixe. Para acompanhar um ótimo vinho.

*Na casa dos Kaulitz*

- Eu não agüento mais esperar, eu vou ligar pra casa dela. Disse falando comigo mesmo enquanto pegava o telefone.
*Conversa On*
- Alô. Disse Bonn.
- Bonn?
- Sim, Tom?
- É. A Mary está por ai?
- Não. Ela já saiu daqui faz uma hora e meia!
- Que estranho. Disse pensativo.
- Por quê? Ela ainda não chegou ai?
- Não. Até pensei que ela estaria ai por que atrasou um pouco.
- Muito estranho. Você já tentou o celular?
- Já, mas, ninguém atende e às vezes da fora de área.
- Nossa, estou preocupada.
- Eu também.
- Espera que eu vou ai pra sua casa, e a gente vê o que faz.
- Não, eu não posso esperar! Está tarde e Mary pode estar correndo risco.
- Tom você não está bem pra sair pelas ruas atrás dela. Eu vou com você
- Ta bom! Não demora.
*Conversa Off*

Peguei as chaves e sem fazer barulho sai de casa. Eu não podia ficar esperando Bonnie chegar sem saber ao menos onde Mary está ou com quem está. E se ela estiver correndo perigo? Não, eu não posso te esperar Bonn eu preciso achar Mary.