O que eu sempre quis foi você!

Mary diz:
Não creio que você fez isso, muito menos que Tom viu tudo pela web. Rsrs.
Bonn diz:
to te falando menina. Ah! E o Tom mando uma mensagem assim.
“Tom diz:
Apesar de NÃO trocar a Mary por nada (666~”
Mary diz:
O Tom mando isso? 
Bonn diz:
Mando.
Mary diz:
Falando nele, ele me fez uma proposta... Disse que uma amiga da mãe dele trabalha com novos modelos e ele queria que eu tentasse...
Bonn diz:
Que ótima idéia, você vai acc né?
Mary diz:
Não sei... Você acha que eu devo?
Bonn diz:
Mais é claro. Você mesma sabe que tem um belo corpo, tanto que antes de adotarmos esse nosso ‘visual’ muitas empresas, revistas, enfim, te chamaram para fazer testes. Por que você não tenta novamente?
Mary diz:
Receio de não ser como antes. Mas, é um simples teste. Na verdade, não custa tentar.
Bonn diz:
Exatamente.
Mary diz?
Então ta. Vou ligar pro Tom e avisar que eu topo fazer o teste. Vou sair. Beijos.
Bonn diz:
Está bem. Eu tbm vou sair. Beijo. Se cuida e bom teste.
Mary diz:
Obg.

Sai do MSN e olhei na janela, estava chovendo. Fechei a mesma e resolvi então ligar para Tom. Procurei na lista telefônica já que não tinha o numero.
Disquei e assim esperei alguém atender.
- Alô. O Tom está?
- Sou eu. Quem fala?
- É a Mary.
- Ah. Fala.
- Estive pensando... E eu aceito.
- Que bom. Disse ele feliz – Vou ver com minha mãe e depois te digo o dia do ensaio.
- Esta bem.
- Tchau.
- Tom. Espera.
- Fala.
- Você vai estar ocupado amanha?
- Não. Só de manhã. Domingo é dia de dormir até tarde. Disse ele rindo. – Por quê?
- Hum... Bom, é que amanha eu preciso trocar uma roupa, ai queria ver se você gostaria de me acompanhar.
- Entendi. Que horas?
- Umas 20h pode ser?
- Pode. Combinado. Vamos sim.
- Então ta... Até amanha.
- Até. Beijos.
- Beijos.

Desliguei o telefone e deitei no sofá. Fiquei a tarde inteira pensando no meu teste e também se as palavras de Tom foram verdadeiras. Eu o amo tenho que admitir e se realmente ele me ama, por que não ficamos juntos logo? Se ele me ama por que ele ainda está com a Charlenie? Será só por causa da popularidade? Ou tem algo a mais por trás disso tudo?
Tenho a ‘vida’ dele e a do Bill em minhas mãos. Sim, eu ainda tenho as fotos, já estão todas no computador, todas editadas, apenas esperando para irem para o site da escola. Não posso fazer isso com uma das pessoas que eu mais amo, mas, se ele der um escorregão, ou pisar no meu calo, eu não terei dó. Assim como meus pais não tiveram ao me jogar em um lixo qualquer.

*Espanha*

Bonn.

Já são 09hras da manha e nada do Bill descer para tomar café. Depois de ontem eu não o vi mais, não escutei nenhum barulho sequer.
- Dona Cristina. Você viu o Bill? Perguntei sentada na mesa.
- Não. Disse ela tentando relembrar. Espera! Marvin disse que viu ele saindo com uma pequena mala nas mãos.
- Mala? Perguntei sem entender. Que diabo Bill iria fazer com uma pequena mala?
- É sim. Marvin está lá aos fundos, limpando o estúdio da sua tia. Vai lá perguntar pra ele.
Levantei da cadeira e segui em direção ao quarto da minha tia. Abri a porta e apertei um botão escondido aonde dava ao estúdio da minha tia.
Uma porta abriu devagar enquanto algumas coisas apareciam. Vi Marvin aos fundos, tirando pó de um balcão.
- Marvin... Chamei suavemente para não assustar o mesmo.
- Oi. Disse ele sorrindo.
- Você viu o Bill por ai?
- O vi saindo com uma pequena mala de manhã... Disse sem dar muita importância.
- Ele não te disse aonde que ele ia?
- Não. Na verdade, eu e ele não nos batemos, se é que você entende.
- Entendo. Oras, e por que não?
- No dia que ele chegou sua reação não foi à melhor que se podia esperar. E tenho certeza que se você não o recebeu feliz, sinal de que boa coisa ele não fez.
- Ah! Por isso... É que o conheço faz alguns meses, a gente brigou e vim pra cá, tentar esquecer ele. Mas, ai ele veio atrás de mim e blábláblá.
- Nossa. E você gosta dele? Perguntou Marvin tristonho.
Ao perceber a intensidade de sua voz, achei melhor não dizer a verdade. Desde o dia que cheguei, Marvin me pareceu uma pessoa culpa e doce. Não sei o porquê, mas, sinto que não devo lhe falar a verdade.
- Não. Eu e ele somos apenas amigos.
- Ainda amigos depois de tudo isso?
- Sim. Não como antes, mas, ainda amigos.
Marvin sorriu e começou a vir em minha direção. O olhei assustada. Marvin passou uma de suas mãos em meu rosto, fazendo um carinho delicioso.
- Você é tão linda, ainda mais de perto.
- Ah... Ér... Marvin...
- Shiu. Não diz nada...
Marvin colocou um dos seus dedos na minha boca, fiz o sentir o pequeno tremor da mesma. Ele olhou no fundo dos meus olhos e sorriu. Eu o olhei calmamente e deixei me levar.
Ele encostou sua boca na minha e assim iniciamos um beijo calmo, não sei que sensação era aquela que estava a sentir, mas, era tão boa. Marvin passou seus braços em torno da minha cintura, enquanto minhas mãos entrelaçavam seu pescoço. Aos poucos nossos lábios foram se afastando, se encontrando apenas por pequenos e rápidos selinhos.
- Marvin... Disse suavemente.
- Desculpa Bonn. Sei que não devia ter feito isso. Disse ele abaixando a cabeça.
Ergui a cabeça do mesmo e o olhei profundamente.
- Não precisa pedir desculpas. Eu também queria isso. Disse com um pequeno sorriso.
Ele sorriu de volta, como demonstração de sua felicidade. Ajuntou nossos lábios e novamente em um beijo calmo, a sensação apareceu. Marvin é um amor de pessoa, talvez seja por isso que eu esteja gostando de seus beijos. São calmos, não agressivos que nem os do Bill.
Perfeito Bonn. Você agora está em um triangulo amoroso. Era só o que faltava.
Fui afastando nossos lábios e aos poucos já estávamos alguns centímetros separados.
- Eu vou atrás do Bill...
- Está bem... Disse ele calmo.
Segui até a porta e abri a mesma.
- Bonn... Amei ter ficado com você. Disse Marvin feliz.
- Eu também. Disse sorrindo.
Sai e fechei a porta. Ao mesmo tempo em que gostei, não gostei. Eu gosto muito do Marvin, mas, meu coração pertence á Bill.
Vou ter que ficar com Marvin sem que Bill saiba, tenho que ficar com Bill sem magoar Marvin.

Bonn

Fui atrás de Bill e o vi sentado em um pequeno jardim da casa, em torno de uma toalha ao chão.
- Bill... Sussurrei o fazendo olhar para trás.
- Bonn...
- O que você está fazendo aqui sozinho? Fiquei em pânico quando não te achei lá dentro. Disse sentando ao lado do mesmo.
- Isso quer dizer que você se preocupa comigo?
- Sim. Apesar de tudo, eu me preocupo muito com você. Disse sorrindo levemente.
- Que bom... Bonn, sobre ontem... Você fez aquilo só pra me provocar?
- Sim. Na verdade, em partes.
- E você gostaria se eu te provocasse também? Disse ele sorrindo abertamente.
Balancei a cabeça, como demonstração da minha aceitação. Ele sorriu e veio ao meu encontro. Me abraçou e me deu um beijo. Pegou minhas mãos e entrelaçou juntamente as dele. Deitou-me sobre a toalha posta ao chão e subiu em cima do meu corpo, deixando ambos colados.
- Não sei como te dizer...
- O que Bill?
- Eu... Bom... Eu gosto de você.
- Era isso que você tinha pra me falar?
- Quase.
Sorri levemente e o empurrei para o lado. Levantei rapidamente e comecei a correr sobre toda aquela grana um pouco molhada. Bill levantou e começou a correr atrás de mim.
Ele acabou por me alcançar por ser mais ágil do que eu. Ele me abraçou e risos soavam de nossa garganta.
- Jura que nunca mais me tratara como antes?
- Juro. Disse ele abraçado comigo.
Encostei minha cabeça em seu ombro, e ainda abraçada á ele a imagem de Marvin veio em minha cabeça. Fiz Bill jurar pra mim, mas, vou acabar magoando ele se o mesmo acabar descobrindo sobre o Marvin...
- Bill... Você teria o dom do perdão?
- Depende, de que perdão vou fala?
- Do mesmo perdão que eu tive com você. Você me magoou e eu te perdoei... Você também me perdoaria caso fizesse algo parecido?
- Acho que sim...
- Hum.
Voltamos e sentamos novamente sobre a toalha ainda exposta.
- Bonn... Olha essa música. Disse ele me dando um fone.
- Bill eu conheço essa música. Não acredito que você escuta Apollo. Disse feliz.
- E tem como não escutar? Deixa eu cantar um trecho pra você?
- É claro.
Bill levantou e ajeitou as coisas. Preparou sua voz e começou a cantar baixinho.

"Eu olho no espelho
Nos meus olhos brilham uma parte de ti
Você escreve coisas intensas
Seria melhor se você estivesse aqui comigo agora
"

Sua voz saiu perfeitamente ao decorrer do trecho. Bill parou e me fez levantar. Pegou em minhas mãos e assim continuou a música...

"Você está em cada respiração
Em cada batimento cardíaco
Em cada gota de sangue
Você é como tatuagens que estão em mim
Eu quero que você nunca se perca
"

Bill nesse momento penetrou o seu olhar nos meus fazendo com que uma pequena lágrima caísse do meu olhar. Ele sorriu ao ver a cena e deixou que suas lágrimas encontrassem as minhas sobre a grama. Ele me abraçou e sussurrou mais um pequeno trecho em meu ouvido, fazendo-me arrepiar.

"E eu canto para ti
Porque você é para mim
Como um pedaço do infinito
Você é aquilo que permanece para sempre
"

Ajudei-o cantando o ultimo verso desse trecho.
- Não quero mais brigar com você.
- Muito menos eu! Disse feliz.
- Eu te amo Bonn.
Sorri profundamente, durante todo esse tempo uma das coisas que mais desejei de sua parte era escutar essas três pequenas e tão importantes palavras.