Cuidado com o que você sonha

Escritoras da Fic: Cris* e Susi


Capitulo 1 - O Início, A Surpresa

Canadá, 2 de Dezembro de 2013, 08:23 am
A neve havia recomeçado a cair. Fazia tempos que o Canadá não tinha um inverno tão rigoso como aquele, até mesmo a previsão havia errado, dizendo que o tempo iria melhorar. Mas aquele tempo não fazia tanta diferença assim para Glória, que havia acordado a meia hora atrás e não conseguia ter forças para se levantar da cama. Ficou da janela olhando aqueles flocos brancos e frios aumentarem cada vez mais em número, com sua respiração pesada. Tinha dias em que ela acordava assim, e esses dias só aconteciam quando ela sonhava com o passado.
Enfim levantou, e foi andando até sala para ligar a Tv, no caminho descobriu a bagunça que Cristine, sua querida, mas desorganizada irmã havia feito antes de sair para a faculdade. Cristine cursava o último ano em Relações Públicas, e estava animada, mesmo sem saber se conseguiria atuar na área, e só fazia esse curso por um motivo.
Glória ligou a Tv no noticiário da manhã, ligou a secretária eletrônica para escutar os recados, e foi para a geladeira buscar um suco. Havia três recados:
1 - Tess havia ligado, e precisava dela na empresa hoje, mesmo sendo seu dia de folga.
2 - Cristine deixara o recado que iria almoçar na casa de uma amiga da faculdade, para estudarem as provas finais do semestre.
Mas o que a assutou foi o terceiro recado:
3 - O Sindicato havia ligado, avisando que em breve uma carta chegaria, convidando-a para um seminário sobre gerenciamento de empresas, queriam Glória como oradora em cinco das palestras, que iriam durar duas semanas. Só que esse ano o seminário seria......... em Berlim.
Só de ouvir aquele nome seu coração bateu descompassado. Berlim, querida Berlim, que havia transformdo os seus maiores sonhos em realidade. Glória fechou os olhos,e deparou-se com o olhar de Bill, o último que ela havia visto. Como aquele olhar transmitia dor.
Mas muito antes de isso acontecer, houve uma história, um passado, quando ela tinha apenas 18 anos, no primeiro show que fora na sua vida, para ver a melhor banda tocar.
Fechou os olhos mais uma vez, e apertou uma das mãos no peito. Começou a escutar aquela onda ensurdecedora de gritos antes de tudo começar.
Deixou que sua mente vagasse e a levasse para o passado.
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Tá, ficou meio confusa de início, mas logo tudo se ajeita. Se eu conseguir agüentar de ansiedade o próximo capítulo eu escrevo semana que vem. Espero vossas importantíssimas opiniões!!!!!!

Até parece q eu sou gêmea da minha mana. Eu vou ser a mais humorada dessa fic, podem apostar!!!!!!!!!!!!!! Nó próximo capítulo eu apareço mais, até lá minas Beijos a todas que lerem

*-* só isso q injustiça eu quero ter mais *-*

to adorando,quero mais *-*

Pessoas, a data que eu coloco aqui é uma suposição, num sei se eles vão vir essa data pro Brasil mesmo

Capítulo 2 - O Passado parte 1

São Paulo, 26 de Junho de 2009 20:50 pm

-Eu não acredito, eu não acredito.......
Danny estava repetindo a mesma frase desde quando entraram na fila do show, uma semana atrás. Estavam no grupo Danny, Glória, Cristine, Lu e Ruby, além de várias outras fãs que conheciam do fórum. As 5 precisaram viajar para conseguir ir para a capital paulista, arranjar tempo para faltar na faculdade ou trabalho, acampar uma semana numa calçada dura, (sendo que 4 dos 7 dias haviam chovido) e ainda conservar as roupas que usariam no grande dia limpas e passadas. Mesmo com todo o desconforto nunca estiveram tão felizes, afinal, todo o sacrifício que estavam fazendo era para um bem maior, sem falar que a sua barraca era a terceira da fila.
Fora difícil conseguir um lugar tão bom, tiveram até mesmo que brigar com fãs de outro grupo que disseram ter chegado primeiro, e para não arriscar, durante a noite revesaram para cuidar do precioso lugar.
Assim que os portões se abrigam a verdadeira batalha começou. O grupo de garotas que haviam brigado pelo lugar na fila, agora faziam de tudo para impedi-las de chegarem primeiro. Uma delas tentou dar uma rasteira na Rubi, mas Danny deu uma bolsada tão forte na garota que ela caiu no chão. E era nessa bolsa, ou melhor, mochila, que estavam todos os presentes que pretendiam entregar a eles! Quando eu quase alcançava o primeiro lugar, uma das loucas do outro grupo cravou enormes unhas pretas no meu braço, e quando me livrei delas acabei me arranhando toda, mas nem me importei. Toda aquela dor e ansiedade se dissipou assim que minhas mãos alcançaram a barra de proteção, e ficamos bem no centro. Olhamos umas para as outras. Estávamos resfoelgando, cansadas, com os pés molhados, afinal o chão não havia secado com a última chuva, e meu braço começou a arder. Mas mesmo assim começamos a rir, como umas loucas, sem se importar com os outros que chegavam e nos olhavam com cara de interrogação. Aquele era o nosso momento, o qual havíamos fantasiado milhões de vezes, a cena que ocupou nossos sonhos por incontáveis noites. Olhei para Cris, minha querida irmã começou a chorar aos prantos. Envolvi ela com o meu braço que havia ficado inteiro.
-Porque esse choro menina?
-Porquê? Você já imaginou o tamanho dessa loucura Glória? Eu vou ver o Tom, O TOM!!! Eu vou desmaiar, tenho certeza!
-Pode parando por aí guria. Eu não te trouxe de Curitiba para você voltar atrás agora. Pode ficando bem lúcida falou?
-E se eu não conseguir?
-É claro que vai sua boba, eu tô aqui. - Abracei ela, e enquando escutava Danny repetir sem parar “eu não acredito”, Rubi e Lu afinavam a voz cantando Monsoon.
Um pouco antes de o show começar, fui até Danny. Ela estava muito nervosa, e tinha mais motivos do que nós.
-Garota, se você ficar usando sua voz agora, não vai conseguir gritar “Listinho” o show inteiro.
-Eu sei!!!! Mas não consigo evitar, tô muito nervosa mesmo.
-Também, não é para menos. - E mexi num cordão laranjado, que tinha a inscrição “VIP”, que estava por debaixo da blusa dela. É que um mês antes do show, a gravadora fez uma enorme promoção. Pegou os nomes de todas as pessoas que administravam sites, blogs, fic´s, e fã-clubes deles no Brasil, e sorteou entre estes nomes sete pessoas para conhecer a banda. Danny foi uma das felizardas. Iria finalmente conhecer o Georg depois do show, e é claro, todos os integrantes. Ela até mesmo poderia estar na área VIP, mas preferiu ficar ali com a gente. É por isso que ela estava com a mochila cheia de presentes que havíamos comprado para ela entregar.
-Você Não está triste por causa disso, né Glória?
-Eu? Imagina querida. Eu Fiquei super feliz quando soube que você havia ganhado. Você mereceu ganhar.
-Eu sei mas, é uma pena ter que deixar vocês de fora.
-Quanto a isso você não pode fazer nada Danny. É só entregar os presentes que te mandamos. E é claro o abraço apertado que eu mandei pro Bill.
-Ah isso eu não vou esqueçer nunca! Você falou desse abraço por quase um ano
Nós duas caímos na risada. Daí eu perguntei pra Rubi
-Falta quanto tempo?
-Dois minutos!!! Somente dois minutos nos separam do maior momento de todos!!! - Ela e a Lu se abraçaram com toda a força.

20:59:02
“Só mais alguns segundos Glória, mais alguns segundos...”
Sentia a ansiedade crescer no meu peito. Apertei com força o cartaz que eu ia ficar segurando. Daí quando nós menos esperávamos, todas as luzes se apagaram! Pensei: “uau, tão perto de começar e a luz acabou?!”
Só deu tempo de escutar a Danny falando: “e agora?” , porque neste momento, eu ouvi a voz do Bill falando ao microfone:
-Como vai São Paulo!!
E mesmo não acreditando que ele havia falado em potuguês, eu tive absoluta certeza de que estava ouvindo a sua respiração bem perto. Daí todo mundo começou a gritar e pular feito doidos quando o Tom começou a tocar, mas ainda tava tudo escuro. Os flashes das câmeras começaram e vir em peso. Mas mesmo com toda aquela euforia, eu não conseguia me mexer, tinha me petrificado. Até que os flashes alcançaram o rosto do Bill. E essa vai ser uma lembança que eu levarei para o túmulo: a forma que ele sorria, aguardando o momento em que as luzes se acenderiam. Ele estava bem na minha frente.
Daí uma grande luz branca iluminou tudo de uma vez só. O corpo do Bill fazia sombra sobre o meu. E ele começou a música em que eu sonhei toda a minha vida que iria ouvir primeiro no show: Ich Bin Da.
Daí eu gritei, gritei feito uma condenada. A adrenalina me subiu nas veias, e comecei a pular me apoiando no ombro da coitada da Danny. Quando ele chegou no refrão eu já chorava a cântaros, e cantava junto. Senti o delineador escorrer na minha face, e abri o maior sorriso de todos. Naquele momento eu tive certeza que havia tomado a melhor das decisões e arriscado tudo para ir ver eles. A música estava terminando, os gritos aumentaram. Eu olhei para a Rubi: ela tava chorando bem mais do que eu, de uma forma desesperada. A Lu e a Cris estavam ao seu lado. Então olhei para o Bill, que sorria enquanto falava em inglês com o público delirante. A vontade de cair dura era imensa, mas sabia que tinha que me controlar, nas próximas três horas. Eu coloquei a mão na boca e começei a soluçar. Ele estava a menos de um metro e meio de mim. Desisti de contar as batidas do meu coração e me deixei levar por sua maravilhosa voz.
Enquanto o show rolava conseguimos sair um pouco do transe que nos havia prendido até então. Eu levantei meu cartaz lá no alto, querendo muito que ele visse, e foi o que aconteceu: consegui prender a atenção de Bill Kaulitz por sete segundos, enquanto ele cantava o maior sucesso do novo cd. Aquilo foi incrível, mas foi possível. E eu acreditei em mim mesma para estar ali, assim como todas nós.
Mas, infelizmente o tempo não está em nosso controle. Quando vimos, tudo estava prestes a acabar em Monsoon. O que foi lindo, mas o que me chocou, é que recomeçou a chover na mesma hora. Eles não ficaram molhados, (pena) porque o palco era coberto. Mas nós, bem, nos molhamos até os ossos. Mas quem se importa com isso quando se curte o melhor momento da sua vida?

Eu sei que na parte que eu mais gosto nessa música, ele olhava para mim:
Running throught the monsoon
Beyond the world
To the end of time
Where the rain won´t hurt
Meu sangue gelou nas veias, como o olhar dele era penetrante! Parecia que enxergava a minha alma. Comecei a tremer, não sei se foi pelo frio daquela tempestade ou por ele ter me olhado daquela forma.
Mesmo que esta música seja imortal em nossos corações, uma hora Bill estava cantando suas últimas frases. Eu me senti muito triste. Não era possível que meu sonho terminaria ali, que eu voltaria para a rodoviária toda molhada, e dali a uns cinqüenta anos eu contaria para os meus netos as loucuras que eu havia feito para ver a melhor banda que já tocou neste mundo.
Eles agradeciam. Todos batiam palmas e gritavam. Daí ele deu as costas, e retonou de onde havia chegado sem ninguém ver. Mas não podia acabar assim, não desta forma.
Começamos a sair dali, afinal todo mundo já estava indo para a porta dos fundos e lutar para pegar um autógrafo quando eles saíssem. Perto de lá havia uma enorme entrada com portas duplas, onde todas sabíamos que lugar era: a entrada VIP.
-Nós vamos te esperar aqui perto Danny, e não se esquece de dizer o quanto eu amo o Tom, viu? - Disse Luciana.
-Que nada, quem ela tem que falar que ama o Tom sou eu! - Protestou Cris.
-Dá para pararem de deixar a garota nervosa? - Falou Rubi, em tom sério. - Boa sorte Danny, e fica calma tá?
Todas elas a abraçaram. Mas quando chegou a minha vez, vi que ela tremia demais.
-Danny, se tá bem?
-Não, eu, eu não... Eu não vou consegui Glória, eu não vou! Como eu vou falar isso para as garotas?
-É claro que vai!!! Se você não entregar meu abraço eu te mato! - Tentei falar de uma forma engraçada, mas não adiantou.
-Por favor vem comigo.
-Eu?? Mas eu não posso entrar, eu não tenho passe!
-NÃO, só até a entrada, por favor Glória, por favor!
-E se não deixarem?
-Só até a entrada eles permitem sim.
Me despedi das meninas, e a ajudei a carregar a mochila. Só fui autorizada a entrar até a porta em que eles esperavam as outras seis meninas, que já estavam lá. As portas iam se abrir.
-Vai lá Danny, e vê se capricha no seu alemão.
-Ah tá, valeu. Ela estava visivelmente transtornada.
O segurança abriu o cordão vermelho, e as sete entraram em uma perfeita fila antes que ele falasse. Eu fiquei de lado, observando a cena. Tava cada vez mais frio, e meu cabelo pingava, meu braço ardia, minha garganta parecia fogo. Mas quando Danny olhou para trás, eu simplesmente fiquei amortecida. E quando me dei conta, estava correndo. Don´t Jump ecoava nos meus ouvidos. Fui empurrando as meninas, e consegui por um milagre driblar o segurança. Concentrei toda a minha força no meu ombro, eu ia arrombar aquela porta. Mas para a minha eterna surpresa, ela se abriu. E lá fui eu de cara no chão. Devo ter travado por uns dois segundos, até que ergui a cabeça: o Tom havia aberto a porta antes do previsto, e se segurava para não rir. Gusti e Georg estavam sentados em um sofá vermelho me olhando espantados. E o Bill tava petrificado, segurando uma coca na mão. Antes que eu pudesse me levantar por mim mesma, o segurança furioso travou meus braços nas costas, e me ergueu como se fosse uma pluma. Comecei e me espernear, a xingar ele de tudo quanto era nome, enquanto ele me arrastava para fora. Mas o impossível aconteceu: Bill começou a falar alto em alemão, estendendo o braço em minha direção.
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Gente ficou muito grande esse devaneio, mas a melhor parte eu posto depois. Tudo pode acontecer quando botamos a mente para funcionar! Agradeço muito muito mesmo por Danny, Rubi e Lu terem emprestado seus nomes. Beijussssssssssss

ficou lindu!!!!! né gente.........agora a história começou a esquentar............esperem para ver o que mais vai acontecer

Hallo aqui é a Pricila, ficsbrasilth!
Achei muito bom viu, principalmente o segundo capítulo, me senti no show! Achei muito bom a parte que ela cai quando o Tom abre a porta e o segurança levanta ela igual a uma pluma! E agora o que é que vai acontecer que vc diz que é bom? Curiosa!
Eu não era membro do Forúm, me escrevi pra te comentar e acompanhar, afinal vc me deixa comentários tão lindos e eu quero retribuir! Küss!

Obs: Porque o show que vc diz é em curitiba, vc é aqui do sul do país? Eu sou de florianópolis.

|o/ O Bill salvou o dia, vai deixar você ficar lá também \o/
o que sera que vai acontercer na area VIP


Esse show tem que chegar logooooooooooooooooooo não vejo a hora

sim prika eu sou de curitiba............que bom que se registrou continue acompanhando o historia viuuu!!!bj susi

depois do próximo capitulo que a susi escrever eu vou começar a escrever viu meninas!! fiquem ai curiosas por que temos muitas idéias para os próximos capitulos não percam................bjs Samy* ou Cristine......hehe :flower: :geek:

OI Priiiiiiiiiiiiiiiiiiiii valeu por ter respondido minha fic, q bom agora vc pode comentar sempre q quiser, e q bom q vc se sentiu no show, era esse exato efeito que eu queria passar. E Danny, sabemos o qto Bill kaulitz é poderoso, mas ele num pod controlar tudo, se já vai entender o porque. Eu vou ter q postar o próximo capítulo também em 2 partes pq ficou muito grande, mas vai mostrar o TH dois dias antes do show. Esse cap. tá dando trabalho, mas eu gostei muito de escrevê-lo, só vou esperar mais uns dias para postá-lo. Até lah beijos a todas vcs, muito obrigada por lerem!!!!!!!!

susi escreveu:

E Danny, sabemos o qto Bill kaulitz é poderoso, mas ele num pod controlar tudo, se já vai entender o porque. Eu vou ter q postar o próximo capítulo também em 2 partes pq ficou muito grande, mas vai mostrar o TH dois dias antes do show. Esse cap. tá dando trabalho, mas eu gostei muito de escrevê-lo, só vou esperar mais uns dias para postá-lo. Até lah beijos a todas vcs, muito obrigada por lerem!!!!!!!!

aaaaaaaaaa o Bill tem que conseguir simmmmmmmmmm
Eu não poss esquecer disso >>> POSTA LOGOOOOOOOOOOOO

Ah, vocês tá loko viu? Tá vendo, eu num agüentei, vou postar agora mesmo. Também porque Samy está louca para começar a postar a sua parte. Ah, e a dúvida se o Bill vai deixar eu, ou melhor a Glória ficar na VIP vai ser respondida da próxima vez que eu postar, agora vai mostar mais sobre os 4gatíssimos. Tentei colocar de uma forma mais real o possível, mas eu me diverti muito escrevendo, espero q gostem também.
P.S. Danny, a hora que tu vai encontrar com o Gezão tá chegando.............................
P.S.2 Pri eu amei o casamento do Gusti, super cute, como ele!!!
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Capítulo 3 - O que Bill Kaulitz pensou dela – parte 1

Aeroporto Internacional de Congonhas, São Paulo. 24 de Junho de 2009, 11:55am

-Ei Bill, Bill..... ACORDA MANO!!!!!!!!!
-QUÊ FOI?? - Bill Kaulitz acordou gritando assutado com o choque, havia sido retirado de seu sonho de uma forma brusca. Olhou para Tom, que o havia acordado, e estava rindo, como sempre, achando graça de tudo, principalmente quando podia assustar Bill.
-Qual é, Tom!! Eu tava no décimo sono!!
-Desce da sua nuvenzinha dorminhoco, finalmente chegamos!
-Não te vejo tão animado assim desde a última garota que te deu bola.
-Larga do meu pé! Vamos acordar o Georg! Aposto que pula mais alto que você.
-Tenta fazer isso de novo e você vai ver uma coisa, seu magricelo. - Georg estava na fileira da frente, e falou calmamente. Como estava de óculos escuros e não havia se mexido, Tom pensou que poderia ter refeito sua façanha.
-Que droga! Mas será que o...
-Eu já acordei faz tempo, Tom. - Gusti estava com fones de ouvido, olhando o avião ir até a porta de embarque número 7, na qual iriam sair. Ele olhou para o lado e viu que uma câmera o filmava .
-Já estão gravando? Tão cedo assim?
O cinegrafista sorriu, dando tchau para Gustav, que repetiu o cumprimento. Ele tentou se lembrar, mas não fazia idéia do número do capítulo da Tokio Hotel TV que estavam gravando.
Bill ajeitou seu banco e colocou óculos escuros, bocejando. Agora era só tentar se adaptar ao novo fuso-horário em menos de 48 horas, e depois, o show no Rio de Janeiro, marcado para a semana seguinte. Olhou para fora, uma fina garoa caía deixando pouca visibilidade. Ele olhou impressionado para o aeroporto, que parecia ter sido engolido pela metrópole. Havia pesquisado na Internet sobre São Paulo, e já sabia falar algumas frases em português. Mesmo não querendo admitir isso para a câmera, estava super ansioso pelo seu primeiro show naquele desconhecido e imenso país, já que o Brasil havia batido o recorde de petições na américa latina para que eles viessem tocar. Promessa é dívida.
Logo levantaram para sair do avisão. Bill ansiava por uma cama, principalmente a sua, mas ainda tinham que dar duas sessões de autógrafos, uma mega-coletiva para as principais emissoras de rádio e televisão, e várias outras entrevistas. Deu um meio sorriso, se impressionando de como o pessoal deles haviam encaixado tanta coisa em tão pouco tempo, mas logo notou que só iria dormir mesmo dali a uns três dias.
Quando estavam fazendo o check-in, Bill olhou lá para o saguão. Havia centenas de fãs os esperando, e gritavam feito doidos toda vez que a porta automática se abria. “Lá vamos nós outra vez”, pensou.
Saki teve mais trabalho do que pensava, as fãs estavam mais alvoroçadas do que o “normal”. Os meninos se esforçavam para sorrir, mesmo estando cansados. Muitas das fãs ali falavam em inglês, o que o impressionou ainda mais.
Depois do alvoroço de autógrafos, beijos, abraços e flashes, os 4 estavam no carro a caminho do hotel. Tom era o mais animado de todos. Parecia que uma corrente elétrica percorria seu corpo. Estava da janela, apontando para tudo o que via, e Bill o observava, achando graça. Era sempre assim. Até que Tom abriu a janela e gritou para um grupo de garotas que estavam rindo alto numa esquina:
-Sie sind sehr heiB! Vocês são muito gostosas!
-Ficou louco Tom?! - Gusti falou rindo, assim como todos.
-Mas elas gostam! Agora tá essa chuva chata, mas deixa fazer um sol, daí sim elas ficam ao meu gosto.
Bill sacudiu a cabeça. O Tom era assim mesmo, um caso perdido de palhaçadas.

Quando chegaram no hotel outra turba de fãs os esperavam. Desta vez, as garotas que estavam na frente seguravam uma faixa enorme dizendo: Wilkommen in Brasilien! Wir Lieben! - Bem Vindos ao Brasil! Nós os Amamos!
Todas estavam tão comovidas de estarem ali para vê-los que Bill se esforçou em dar autógrafos ao maior número possível.
Assim que conseguiu alcançar o quarto, Bill sucunbiu ao cansaço e se jogou na cama. David Jost e Donja foram lhes dar as instruções do que iria acontecer durante o dia.
-Só me digam quantas horas eu posso dormir. - A voz de Bill estava transpassada.
-Quatro horas Bill. Na verdade três, já que terão de estar prontos uma hora antes da primeira entrevista.
-Tá ótimo Donja. Por favor tentem fazer silêncio.
Bill se cobriu até a cabeça e pegou no sono quase que instantaneamente.
-Será que por aqui tem McDonald´s? - Disse Tom, sentado numa cadeira.
-É claro que tem! Mc tem até na China, gênio. - Disse Geog, dando um tapa na sua nuca que acabou tirando seu boné.
-Valeu mesmo Engraçadão.
-Ué? Se você brinca com os outros têm que agüentar também.
-Sim mamãe. Dá pra descolar um Big Mac com fritas, Donja?
-Para mim também – disse Georg.
-Sim, vou ver o que consigo fazer.
-Execelente! Faz tempo que não como “comida de verdade”. Quer algo pra comer, Gustav? - Gritou para ele, já que estava na sacada.
-Não, tô sem fome.
Gusti estava testando sua nova câmera profissional que comprara fazia uma semana. Tirava fotos do horizonte da cidade, e das pessoas lá fora, que pareciam umas formigas devido à altura. Umas das fãs o localizou e chamou várias outras, que começaram a mandar beijos, Gusti se divertia com isso e mandava de volta. Tom acabou ouvindo a gritaria.
-O que tá havendo Gustav? - Tom estava vendo tv, mas não entendia nada.
-As fãs me acharam aqui em cima.
-FÃS??!!! - Tom saiu correndo para a sacada, e os gritos aumentaram. Georg foi minutos depois.
Elas começaram a dizer “Bill, where´s Bill?”, mas Tom fez que não com a cabeça, e deitou a cabeça nas mãos, indicando que ele estava dormindo. As fãs ficaram ainda mais histéricas com isso e Tom riu um monte.
Em baixo do cobertor, Bill abriu os olhos com os gritos, irritou-se, mas estava tão cansado que não teve forças de dizer nada e voltou a dormir.
Donja voltou meia hora depois com a comida. Tom e Georg atacaram tudo.
-Eu, se fosse vocês descansava também, o dia vai ser longo. - Disse Donja sussurrando.
-Não esquenta não, é só eu comer que vou desmaiar também – Tom falou com a boca cheia de batata frita.

16:22 pm
A estrevista estava correndo muito bem. A entrevistadora era muito simpática, e falava inglês fluentemente, o que deixou Bill aliviado, já havia dado entrevistas com pessoas que mal falavam esse idioma. Até que ela fez uma pergunta que o pegou de surpresa.
-O que você espera das garotas brasileiras? Acha que vai encontar... digamos alguém especial por aqui?
Antes que pudesse responder, Tom o atropelou:
-O que EU espero? Eu achei todas lindas, LINDAS mesmo, sorriem o tempo todo, e falam inglês tão bem quanto você. Mas alguém especial eu não sei, o que você acha Bill?
-Eu? Bem, eu sei que qualquer dia desses eu vou topar com o amor da minha vida, só não sei se é neste país, mas se for, eu estou aqui para encontrá-la.
-Uau, tenho certeza que todas as fãs vão amar a sua resposta! - Disse a entrevistadora.
E amaram mesmo.

18:57 pm
Já estavam há quase uma hora na mega-coletiva. Uma enorme foto do último cd estava fixada atrás deles, e a cada resposta, vários flashes iluminavam suas faces. Bill queria muito voltar a dormir, sabia que estava levando seus nervos ao máximo fazia alguns meses. Mas só de pensar que teria de ficar mais uma hora falando, respondendo pela milésia vez o porquê do nome da banda ser Tokio Hotel, e ainda a sessão de autógrafos logo após que ia exigir seu sorriso por mais tempo, sua cabeça doía. Precisava tirar férias urgentemente, e era o que iria fazer assim que os shows na america latina terminassem, e não era só ele, todos a equipe precisavam de uma pausa, o ano de 2009 estava exigindo deles mais do que podiam suportar.

20:10 pm
“Autografe e sorria... Autografe e sorria”
Bill repetia aquilo como se fosse sua frase favorita. Mas enquanto autografava, ficou curioso com aquele povo: Todos falavam mais do que “eu te amo”, “você é lindo”, ou o típico “quero me casar com você”. Diziam coisas significativas como : “obrigada por terem vindo de tão longe”, “eu amo seu tom de voz em certa canção”, “o que está achando do país?”, ou “nossa, sua tatto é de verdade mesmo!”. Aquilo o divertia, mas o que continua a surpreender era que todos falavam inglês, e muitos falavam alemão; não acertavam tão bem a pronúncia, mas se esforçavam. A ansiedade pelo show começou a crescer no coração dele.

00:22 am
Ficaram na sessão de autógrafos mais tempo do que o esperado. Bill era quase um sonâmbulo. Só enxergou a cama e desabou nela.
-Ah, se tá de sacanagem né Bill? Levanta daí agora! Georg, tô falando com vc também!
-Que? Ficou louco Tom? Vai dormir! - Tom puxou as cobertas de cima do Bill.
-Cara nós estamos no Brasil! Eu não acredito que você não queira ir em nenhuma boate com tanta garota assim, a proporção é de um Tom para cada 20!!
-Como você sabe disso? - Georg perguntou. Gusti já dormia a sono alto, já que preferiu ficar acordado de tarde.
-Eu me informei com o segurança. Ele vai ser um dos que vão nos levar.
-Nos levar? Esquece Tom, eu to morto.
-Ah, vai me deixar sozinho nessa?
-É CLARO! E pensa bem: se nós três não formos, o “Tom” vai ficar com 80 garotas.
Georg riu da piada, mas Tom não achou graça.
-Você não vai, né?
-N-Ã-O. Quem sabe no Rio de Janeiro.
-Falou, tudo certo. Mas não vou me esquecer dessa, tá ouvindo?
-Não, não tô ouvindo, tô dormindo.
Georg riu de novo da sua cama.
-Tá bem engraçadinho hoje.
-Eu só estou curtindo com a sua cara “filhinho querido”.
Desta vez foi Bill quem riu. Depois virou-se e olhou pela janela. A lua cheia jogava um faixo de luz entre as cortinas. Pensou por um momento na pergunta da entrevistadora. Será que seria nesse país que a encontraria?
-Será? - Falou com uma voz fraca, antes de sucumbir ao cansaço. O dia seguinte seria ainda mais cheio.
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Eai?? Eu tenho quase certeza de que o Tom vai agir desta forma quando vier para cá, já meu querido Bill tá super fofo, mas muito cansado, afinal a vida deles é estressante também.

a susi tem razão eu to loka ora escrever minha parte ..............hehe.............ficou dez a visão do bill e na parte que mostra que nós brasileiros FALAMOS COISAS DIFERENTES A ELES...........sabia q pros alema~es os brasileiros são os mais exóticos do mundu!!!!!
hehe
orgulho de ser brasileira

Isso não se faz, voltasse no Tempo. Me deixou sem saber se Bill deixa ela entrar no M&G. Mais o capitulo ficou muito fofuxo, sabe cheio de detalhes, e o costumeiro humor hiláriante do Tom. Amei mais ainda tó muito curiosa!
Küss!

uhauhuhahua também fiquei mais curiosa agora, será que ela vai entrar no M&G ou não?????

Ai que misterio

ah,fiquei mais curiosa agora ;~
posta logo õ//

posta loooogo, susi!

gente o proximo vai demorar mais to com muita lição falou??? Tenham paciencia

aaaaaaaa eu tava tão feliz, pensei que você tinha postado

Capítulo 4 - O que Bill Kaulitz pensou dela - parte 2

25 de Junho de 2009, 11:00am
-Bill..
-huuuuuuuuuuuummmmmmmm.
-Bill, já está na hora de levantar.
-Tá muito cedo ainda, Gustav.
-Eu sei. Mas também sei que assim que o Tom sair do banheiro, ele vai te empurrar da cama.
Bill Kaulitz tirou o cobertor de cima da cabeça.
-Por causa de ontem?
-Sim, ele não quer entender porque você não o acompanhou.
-Não sei para quê tanto drama – sentou-se na cama – eu vou com ele hoje, pronto.
-É bom mesmo. – Tom havia acabado de sair do banheiro – Você marcou feio comigo.
-Eu tava esgotado Tom! O que ia adiantar ir até lá e dormir assim que achasse uma cadeira?! Eu vou hoje, tá legal! - Bill estava gritando sem notar.
-Ei, não desconta seu estress em mim, tá legal?! Todo mundo está cansado Bill. Ainda bem que essa turnê já está acabando, talvez você volte a ser o Bill de antes.
-O que quer dizer com isso?! - Bill se levantou, vociferando. Gerog bloqueou seu caminho antes que o pior acontecesse.
-Ei ei ei, vamos com calma os dois. Será que não estão vendo o quanto estão ridículos com uma discussão dessas?
-Você viu quem começou. - Bill virou-se para sair dali.
-Tem razão, é muito fácil culpar os outros quando se está errado! - Mas Bill já havia entrado no banheiro, batendo a porta.
Ele apoiou as mãos no mármore branco da pia, e fechou os olhos. Estava a beira de um colapso, precisava parar pelo menos por um mês. Olhou-se no espelho.
-Hoje eu não vou suportar uma câmera que seja. - E foi tomar um banho.
11:45am
Antes de tomarem café, resolveram ver televisão. Finalmente Tom conseguira colocar legenda. Estava passando uma reportagem sobre o show deles, que seria no dia seguinte.
" A enorme mobilização de fãs do Tokio Hotel realmente impressionou São Paulo. A cidade está com a maioria dos hotéis lotados, várias pessoas de outros estados vieram assistir a primeira apresentação da banda no Brasil e todos estão ansiosíssimos pelo show de amanhã, que começa às 9 horas da noite. Agora vamos com a nossa repórter ao vivo, da enorme fila que se formou a vários dias.”
“Aqui estamos nós com imagens ao vivo da fila. Como podem ver, está uma verdadeira loucura de jovens usando delineador e camisetas da banda, a espera deles será finalmente recompensada amanhã. Vamos falar agora com um grupo de fãs que está entre as primeiras da fila.
-Oi, como é seu nome?
-Danny S.
-Danny a quantos dias estão na fila?
-A quase uma semana, largamos tudo para vir.
-Estão ansiosas?
-Muito
-Não tem como medir, eu tô muito nervosa.
-Vocês gostariam de mandar alguma mensagem para eles?
-Sim sim. Tom, meu nome é Luciana, e eu vou estar lá na frente para te ver de pertinho.
-Georg, eu sou a Danny, ich liebe dich so sehr!!!
-Bill, eu sou a Ruby, i love you so much!!
-Voltamos para o estúdio.”
Bill ficou olhando de longe. Não sabia o porquê, mas tinha a impressão de ter visto uma ou outra daquelas fãs antes. Os outros meninos ficaram super animados por terem visto a reportagem, as fãs sempre lhe davam forças para continuar.
Nesse dia o sol apareceu, e depois de terem visto alguns detalhes com a equipe técnica resolveram dar uma volta de carro e ver a cidade. Acharam-na muito parecida com Nova York, com altos prédios e ruas movimentadas.
-Será que não dava para ir lá onde está a fila? - Perguntou Tom.
-Acho que não é uma boa idéia, elas vão querer atacar o carro. - Saki falou lá do banco do carona, com sua voz no mesmo tom autoritário.
-Mas eu não vou baixar o vidro, eles são espelhados ninguém vai nos ver.
-Continuo achando que não é uma boa idéia.
-Vamos sim Saki, só uma olhada, meio de longe. - Bill falou num tom de voz empolgado. Queria ver as fãs da Tv denovo.
-Só uma passada rápida, está bem? - Disse, virando-se.
-Isso aí, bem rápido – Tom falou, tremendo as pernas.
Todos olharam curiosos para a fila. O carro passou numa velocidade média, e estava perto, mas mesmo assim pareciam não os notar. Estavam sentados na calçada tocando violão, todos com sorrisos. Quando estavam quase no começo da fila, o carro pegou a saída e começou a se afastar. Mas mesmo de longe Bill a identificou: ela estava de costas, com o cabelo cacheado e solto parecia dourado, porque o sol o iluminava.
22:12pm
-E aí, qual boate nós vamos? - Bill sabia que Tom ainda estava com raiva dele, mas mesmo assim falou.
-Tô sem vontade. - Tom estava no computador, jogando.
-Ah, qual é! Sem vontade! Deve estar doente.
-É sério Bill.
Bill sentou-se ao seu lado e passou o braço nos seus ombros.
-Você não vai me desculpar mesmo né?
-Não é isso. Não é primeira vez que você desconta em mim.
-Eu sei Tom. É que... eu nunca havia me cansado tanto assim, essa é a maior turnê que já fizemos! Essa droga de mudar de fuso-horário, de sempre estar de bom humor...isso cansa. Tô com muita saudade de casa, da nossa mãe, dos amigos...
-Eu também estou. Mas não é por causa disso que vou ser ignorante.
Bill teve de engolir em seco.
-Você me ajuda a melhorar nisso?
-Como? - Tom o olhou nos olhos.
-Eu deixo você me bater da próxima vez que eu for ignorante com qualquer um.
-Deixa eu pensar... - Tom já estava sorrindo – Falou, eu te ajudo. - E deu um tapa de leve no rosto de Bill.
-Valeu cara, só você para me suportar.
-Também, depois de 19 anos alguma coisa eu tinha que entender sobre você. - Os dois riram. Bill ficou olhando Georg e Gusti, que estavam na sua frente, assistindo Tv.
-Mas nós vamos ou não?
-Hoje não, tô quase batendo meu recorde.
-Então fica para amanhã. E eu vou cobrar.
-Combinado, estressado.

26 de Junho de 2009 10:34am
Parecia incrível, mas os 4 haviam acordado cedo naquele dia. A ansiedade era tamanha que não os deixaram dormir. Estavam tomando café da manhã no hotel, e logo depois iriam conhecer o lugar onde o show aconteceria. O bom humor havia voltado, pelo menos por um dia.
11:25am
-...é uma enorme arena, com capacidade...
David ia dando alguns detalhes do que iriam encontrar assim que chegassem lá. A mente de Bill estava longe, imaginando como poderia fazer daquele show o melhor dia para a vida de muitos ali. Havia até mesmo sonhado com o show, sentindo o chão tremer com aquele mar de rostos e gritos.
O carro entrou pelos fundos em um lugal fortemente armado. A segurança ali era de assustar.
Foram conhecer o backstage, a sala onde iriam receber algumas fãs depois do show, e o palco. O responsável pelo local ia dando instruções e avisando dos efeitos especiais que iram acontecer. Tudo em inglês, é claro.
-Mas porque vamos ter que usar todos roupas pretas no início do show? - Tom perguntou, interrompendo-o.
-Ah, sim, essa parte eu deixo que David conte a vocês.
-Imaginei que estivessem curisos quanto a isso. Hoje à noite vamos fazer algo que nunca fizemos antes: segundos antes de vocês entrarem todas as luzes serão apagadas. Daí vocês entram sem que ninguém veja. Todas as luzes brancas serão ligadas no máximo, vai dar um efeito de cegueira no início, mas elas irão diminuir de intensidade e todos os verão já posicionados.
Os rapazes gostaram da idéia. Era realmente diferente, e com certeza ficaria gravado na mente de todos como um susto. Mas Bill também queria opinar.
-Será que assim que estivermos posicionados, eu posso falar uma frase em português ainda no escuro? Daí vocês ligam as luzes.
-Ótima idéia Bill! - Disse David
-Mas você sabe falar em português? - Perguntou Georg.
-Eu sei falar “Como vai São Paulo”, será que dava?
-Sim é claro, isso pode até servir de sinal para que liguem as luzes brancas.
Um pouco antes de voltarem ao hotel, voltaram ao palco e ficaram olhando aquele enorme espaço, vazio e silencioso. Bill se abaixou e tocou no chão com a pontas dos dedos, e sentiu a vibração dos sons externos fazendo uma pequena vibração.
-Nós vamos fazer muito barulho hoje. - Disse Tom, se abaixando ao seu lado.
-Vamos mesmo. Como nunca fizemos antes.

Na volta, passaram de novo pela fila, do começo para o final. Mesmo o carro estando na outra pista, mais afastado da fila, Bill tentou localizar a barraca que havia aparecido na entrevista. Logo a avistou, e a garota que estava de costas no outro dia agora estava sentada na entrada da barraca, com o cabelo preso, jeans e um moleton azul, escrevendo algo num caderno. Mais uma vez ele não conseguiu se lembrar de onde a havia visto.
Durante aquele dia também tiveram de ficar no hotel, a chuva havia voltado. De vez em quando um deles ia na sacada, dar um tchau para as fãs. Bill estava sentado na cama, nervoso, fazendo alguns exercícios laborais com a garganta.
-Nervoso para o show Bill? - O cinegrafista da Tokio Hotel TV estava ali fazendo umas tomadas.
-Um pouco. Fomos lá hoje mais cedo. O local é enorme, vai ter muita gente, e é um público que ainda não conhecemos então... dá ansiedade sim.
20:42pm
Eles já estavam no backstage, ouvindo de longe os gritos. Gustav tentava não ficar ansioso, batendo as suas baquetas na mesa. Georg tocava um pouco, Tom estav relaxado num sofá, rodando a palheta nos dedos, e Bill andava de um lado a outro.
-Quer parar? Tá me dando nos nervos ver você andando. - Tom tentou falar sério, mas queria provocá-lo.
-Não entendo como pode estar tão calmo assim.
-Quem disse que eu estou tão calmo? Sei que ficar andando de um lado a outro não vai ajudar, e eu já fiz isso tantas vezes...
-Mas nunca neste país. - Gerog falou. Sua voz demonstrava ansiedade.
-Tem uma primeira vez para tudo.
Mal Tom havia falado isso, bateram na porta. A grande hora havia chegado.
20:58:30pm
-Quem tá nervoso aqui levanta a mão!! - Tom sempre se divertia nessa parte, mas brincar ajudava -o a mesmo não ficar nervoso.
-Nossa, quanto barulho... tem muita gente – Gusti falou, provocando riso em todos.
-Vê se presta atenção quando entrar, aqui tem um degrau Gustav. - Georg havia falado isso porque no último show Gusti havia caído ao entrar, sem ver o degrau.
-Pode deixar, dessa vez eu olho.
-Dez segundos! - Uma voz atrás deles falou.
-Vamos fazer o melhor show desta vez! - Bill costumava falar isso antes de todos os shows.
As luzes se apagaram. Os quatro correram para ficar em suas posições. Bill quase podia ouvir os pensamos de todos, indagando se a luz havia acabado. Ele agarrou o microfone e falou em alta voz: - Como vai São Paulo!
Os gritos eram ensurdecedores. Ele estava tão feliz que quando olhou para Tom meio que riu ao microfone. Os flashes os iluminavam, e Tom começou a tocar.
Assim que Bill começou a cantar, as luzes se acenderam, e foram diminuindo de intensidade. Todo mundo ali cantava junto, colocando as mãos lá em cima. Para onde quer que olhasse havia sorrisos. O sonho que havia tido estava se realizando: sentia seus pés tremendo. Assim que a música acabou ele começou a falar com o público, tomando fôlego ao mesmo tempo:
-Bem...gostaríamos de agradecer a vocês por estarem aqui hoje. Estamos muito impressionados com o esforço que fizeram de estarem aqui hoje...e por falarem alemão tão bem! - Todos gritaram – Vamos fazer o melhor show do mundo hoje e vai ser para vocês!
O Brasil era incrível. Estavam tão empolgados que o número de pessoas ali parecia crescer. Bill levantava um dos seus braços e o agitava de um lado para o outro, com todos fazendo o mesmo. A quantidade de pessoas que estavam chorando o fez ver quanto aquele público os amava.
Durante o show, Bill ia de um lado a outro. Mas assim que parou no centro, um cartaz com o símbolo da banda se abriu. Bill olhou surpreso para quem o segurava: a mesma garota da Tv. Aí ele se lembrou dela por causa do cartaz: ela havia enviado um email com fotos dela e da sua irmã fazendo aquele cartaz. A irmã dela estava ali também.
Aquele show havia passado rápido, assim como a maioria. A última música, Monsoon, estava começando, assim como a chuva também. Terminar um show não era uma boa coisa em si, mas quando o público ficava tão satisfeito quanto aquele, sabiam que aquela noite seria eterna. Enquanto cantava ele olhou para ela mais uma vez, toda molhada, com a maquiagem escorrendo no canto dos olhos. Sabia que seria a última, por isso demorou um pouco para desviar os olhos.
Agradeceram mais uma vez, e saíram.
Ainda estavam energizados. Aquele show realmente havia superado suas expectativas.
-Eu não tô acreditando que começou a chover nessa música! - Tom falava impressionado.
-É, fora o EMA de 2007, nunca havia tocado Monsoon na chuva. - Falou Gusti.
00:22
Os 4 estavam na sala VIP, onde receberiam algumas fãs. Bill estava com uma toalha branca nos ombros, sentado. Pensou mais uma vez naquela garota, tentando lembrar seu nome. Resolveu desistir. Quantas outras garotas que ele havia visto em shows que ficaram gravadas em sua mente, mas nunca mais as vira. Foi até o frigobar pegar uma coca-cola, para se distrair um pouco. Enquanto voltava, avistou Tom, indo em direção a porta.
-Ei, o que você pensa que vai fazer?
-Eu já avisei a ele que não está na hora. - disse Georg
-Só vou dar uma olhadinha. Não vou matar ninguém.
-Tom não.
Mas bastou ele abrir a porta, alguém voou para dentro, indo de encontro ao chão. Bill paralisou-se com o susto, perguntando-se se a fã não havia se machucado. Depois de poucos segundos ela ergueu o rosto, retirando o cabelo molhado com as mãos. Bill quase não acreditou que era ela. Quando Tom não agüentou mais e começou a rir, o segurança a agarrou, arrastando para fora. Num ato de impulso, Bill deixou a lata que segurava cair no chão e gritou, esticando o braço esquerdo:
-Nein! Lassen sie es! - Não! Deixa ela.
-Ela não estava na fila senhor Kaulitz, está invadindo.
-Mesmo assim solte-a.
-Está bem, mas só por um momento. - E parecia ter repetido a ordem a ela em português.
O segurança a soltou no chão. Quando a olhou de perto, imaginou que ela tinha uns 15 anos no máximo. Olhou-a nos olhos: tinhas olhos grandes, castanho-claros e cílios encurvados. Ela simplesmente veio ao seu encontro e o abraçou forte.
-Vielen dank für ihr kommen – Muito obrigada por ter vindo.
Ela estava gelada, molhada e tremendo, assim como sua voz. Mas quando deu-lhe um beijo no rosto, os lábios estavam quentes. Bill sentiu que ela colocava algo em suas mãos, depois ela fechou sua mão sobre a dele. Ela se afastou, foi andando para trás, e disse um tímido auf wiedersehen. Falou alguma coisa para uma garota loira que estava junto com as outras na porta, olhou para ele mais uma vez, e saiu, acompanhada por outros dois seguranças. Quando Bill abriu a mão, viu um anel de prata, com o símbolo da banda. Dentro dele estava gravado um msn e o nome dela: Glória.
Aquilo nunca havia acontecido, não daquela forma. Enquanto ia recebendo as outras fãs ficava imaginando o que teria acontecido com Glória. Havia colocado aquele anel no anular da sua mão direita, como um compromisso, para não esquecer que havia uma forma de falar com ela.
Olhou para Georg, que conversava animadamente com a loira da fila. Ela estava com um vestido preto, os cabelos meios úmidos, e havia trazido uma bolsa de presentes. Ela também falava alemão.
Mesmo com toda a atenção que estava recebendo, não tirava aquela garota da cebeça.
E agora, cinco anos depois, enquanto olhava o movimento dos carros da janela do seu novo apartamento, deixando que alguns flocos de neve irem de encontro ao rosto, sentia que nada havia sido apagado.
“Por favor... eu te imploro Glória... pára de pensar em mim. Eu estou te escutando...” Sentiu mais uma vez aquela pontada do dor, e permitiu que as lágrimas rolassem.

Brigada Pri, soh consegui escrever agora q deu uma folga no curso tava apurado dessa vez fikou grande.
Eai Danny gostou d ter falado com o Gezão?

sim sim muuuito fofo *-*, quando ira postar mais??