Blood Against Love 2ª Temporada.

Entrei em meu carro decidido e ciente do que estava fazendo, apesar de ter bebido um pouco demais, pisei fundo no acelerador e peguei a estrada em direção ao bar onde costumava ir apenas para observar Elisa. Durante o trajeto pensei bastante em tudo o que ela já havia me dito, sobre outras vidas, a maldição que Bill jogou nela – o que eu achei particularmente muito ridículo -, no amor. Amor, como eu poderia ter me apaixonado antes e não acreditar, e nem saber do que se trata, até (re)encontrá-la?
Era tudo muito estranho, complicado. Minha mente lutava e se contorcia para assimilar e absorver as informações, mas estava difícil. E o pior era que ainda havia mais que eu devia saber. Mais, o que mais? Seria ela algum tipo de alien? Ou bruxa? Comecei a delirar e me concentrei na direção. Com o foco na estrada vi que um vulto de uma mulher estava parado bem no meio da rodovia. Era tarde, estava tudo muito escuro e deserto.
Desacelerei aos poucos e conforme o carro ia se aproximando do vulto pude constatar que se tratava de uma mulher. Ela usava um vestido de seda branca que esvoaçava com o vento, seus longos e loiros cabelos em ondas perfeitas eram jogados pela brisa, ela usava sandálias de salto alto e seu batom vermelho sangue contrastava com a pele branca que cintilava sob o luar. Parei o carro a alguns metros de distância, desci e quando me aproximei um pouco mais pude realmente ver de quem se tratava. E já era de se esperar, Elisa sempre aparecia e desaparecia do nada, sem dar motivos ou explicações. Andei em sua direção muito confuso e com uma pontada de raiva por não saber o motivo de tantos mistérios.
_ Eu disse que você não devia me procurar. – ela disse ainda parada na mesma posição. Apesar da raiva que eu sentia não pude deixar de ficar hipnotizado por sua indiscutível e infindável beleza. Fiquei parado apreciando-a até que me dei conta da grande cara de palhaço que eu devia estar sustentando, então me recompus.
_ Eu sei disso, mas não agüento mais você e seus mistérios, suas súbitas fugas, você fica dias sem dar notícias... – ela fez como se fosse dizer algo e eu a repreendi - Ainda não acabei! Você chega, faz com que eu me apaixone, diz um monte de coisas confusas sobre o meu possível passado e some, toda vez é isso. Sinto sua falta Lisa.
Ela me olhou e quase pude sentir-me afogar em seus olhos de um azul profundo, sua expressão mostrava arrependimento e dor. Passou sua delicada mão em meu rosto e a energia que veio com seu toque fez com que eu fechasse olhos e me concentrasse na maciez de sua pele.
_ Tom, eu sinto muito por você ter de passar por tudo isso. Eu tentei não me aproximar de você para evitar que isso acontecesse, mas não tenho mais forças para me manter longe de ti.
_ Se não tem mais forças para ficar longe então não fuja, fique. Porque é tortura demais para mim te ter por pouco tempo e logo te ver partir.
Dito isso a beijei. Foi um beijo mais apaixonado, intenso e carinhoso, eu tinha minhas mãos em sua cintura e as dela pousaram em minha nuca. Um beijo longo, marcante. Nossas línguas moviam-se harmoniosamente proporcionando o encaixe perfeito. E o cenário não podia ser mais bonito, a rodovia vazia, somente a Lua a nos observar e iluminar, sem nuvens no céu e nós dois abraçados e envolvidos bem no meio da estrada.
Quando paramos de nos beijar eu ainda a tinha em meus braços e nos mantivemos abraçados por alguns minutos. E então resolvi levá-la a algum lugar.
_ Vem, vamos sair daqui.
Ela entrou no carro e enquanto eu dirigia ela fazia carinhos em meu pescoço, o que me deixava um tanto arrepiado.
_ Lisa... – tentei dizer enquanto me encolhia, seu toque estava começando a me fazer cócegas - você pode não tocar assim tão suavemente meu pescoço? Está começando a me fazer cócegas.
Rimos da situação.
Fomos a um café 24hrs e lá pudemos finalmente conversar em paz. O lugar estava praticamente vazio. Apenas havíamos nós, um senhor de idade e duas adolescentes que me reconheceram, mas creio eu que se sentiram intimidadas pela presença de Elisa, então não esboçaram nenhuma reação. Sentamo-nos e pedi que ela me explicasse melhor o fato de termos nos encontrado em outras vidas.
_ Tenho muitas histórias para contar, foram tantos os momentos. E ainda me lembro de cada detalhe. Ainda sinto o cheiro da rosa vermelha que você me deu num baile na Espanha, lembro também que você foi um belo pé-de-valsa numa festa privada em Dover, na Inglaterra.
_ Não consigo me imaginar em nenhuma dessas situações.
_ Sei disso. O novo Tom é mais mulherengo, conquistador. As outras versões de você mais românticas, cordiais. Difícil de imaginar é eu sei.
Ficamos por lá conversando durante toda a madrugada. Finalmente ela permaneceu, sem fugas, sem desculpas. Elisa me encantava, mas havia algo que eu ainda não conseguia decifrar.

Ainda conversávamos quando Lisa falou:

- Tom, vamos pra casa agora, já está muito tarde.

Logo depois que ela terminou de falar essas palavras eu pude notar que o meu olhar já não era o mesmo, eu não queria ficar longe dela, mais ao mesmo tempo fiquei feliz, porque se eu a levasse pra casa eu saberia onde ela mora, então eu também saberia onde procura-la se ela sumisse. Logo eu disse:

- Então vamos, vou te levar a sua casa.

- Não, nós vamos para a sua casa.

Quando Elisa acabou de pronunciar aquelas palavras não pude deixar com que um sorriso de orelha a orelha esboçasse em meu rosto. Elisa, minha Elisa iria passar a noite comigo.
Demorei um pouco para responder, então Elisa riu timidamente e falou:

- Vamos?

- Então vamos Lisa.

Entramos no carro, e quase todo o percurso foi em silêncio. Em minha mente passavam todas as possibilidades do que poderia acontecer. Pensei em tais coisas que fechei a corar um pouco.
Lisa havia me dito que ''supostamente'' nas outras vidas eu era mais romântico, então eu iria ser mais romântico. Eu estava totalmente disposto a mudar por Elisa, e foi naquela noite quando eu dei aquele beijo nela no meio da estrada que eu pude perceber que eu a amava perdidamente.
Chegamos na frente de minha casa, antes que ela saísse do carro eu sai e abri a porta pra ela.

- Hm, meu Kaulitz está cavalheiro.

- Tudo por você meu anjo.

Percebi que Elisa ficou um pouco envergonhada, pois ela sorriu timitamente.

- Vamos? - Perguntei enquanto estendia minha mão a ela.

Ela pegou minha mão e me acompanhou.

Já era 01:37 da madrugada quando olhei em meu relógio.
Entramos em casa e fomos em direção ao meu quarto.

Entramos no meu quarto, lá Lisa jogou sua bolsa em cima da minha cama, me olhou e falou:

- Tom, eu não trouxe roupa de dormir.

- Eu te empresto uma camiseta minha, você vai ficar linda.

- Ok.

Prontamente peguei uma de minhas camisas preferidas e dei para Elisa.
Ela pegou a camiseta de minhas mãos e eu falei:

- O banheiro é aqui, pra você se trocar.

Elisa começando a tirar sua camiseta falou:

- Não, eu me troco aqui mesmo. Eu te garanto que você já me viu com menos roupa do que eu estou agora. - Ela falou e riu começando a tirar sua calça, e em seguida pondo a minha camiseta.

Eu fiquei completamente hipnotizado pela imagem do corpo de Lisa, ela era completamente perfeita, e daquela maneira que ela estava ali bem em minha frente apenas com uma camiseta minha... eu sabia que não ia resistir. Lisa falou:

- Então, como eu fiquei?

- Perfeita, e ficaria muito melhor sem ela.

Depois da palavra perfeita, eu me arrependi do que falei. Lisa já tinha deixado claro que eu não devia apressar as coisas.

Em vez de me repreender Elisa andou em minha direção, me olhou fundo nos olhos e falou:

- Tom, essa noite eu vou ser sua.

Em resposta eu a beijei, apertando meus lábios com força aos dela.
Elisa levantou uma de suas pernas até minha cintura, a qual eu agarrei com força fazendo com que Elisa entrelaçasse suas pernas em minha cintura. Caminhei com ela em meu colo até minha e a coloquei deitada delicadamente.

Tirei minha camiseta, a cada segundo que passava eu beijava Lisa com mais força, eu percebia que a respiração dela já estava ficando cada vez mais profundo.
Elisa me ajudava a tirar minha calça, agora eu estava só de boxer.
Então eu comecei a tirar minha camiseta de Lisa, até que ela ficou só que calcinha e sutiã.
Lisa mesmo se livro se seu sutiã, enquanto eu ainda a beijava. Lentamente fui tirando a calcinha de Lisa pelas laterais então eu as joguei no chão.
Comecei penetrando Lisa devagar e aos poucos fui aumentando a frequencia.
Quando terminamos de fazer amor Lisa falou:

- Tom, está na hora de você saber toda a verdade. Eu vou te contar tudo.

- Então me conte Lisa.

- Tudo começou quando...

Estávamos sentados na cama quando Elisa tentava começar a me contar toda a verdade, tudo aquilo porque esperei durante tanto tempo. O porquê dela sempre desaparecer do nada, porque Bill não poderia saber de nós dois, como nós poderíamos ter nos conhecido em outras décadas... Eram tantas as perguntas, e eu não sabia se estava realmente pronto para ouvir as respostas, mas ela estava disposta a contar e eu não desistiria correndo o risco dela se arrepender e não falar mais nada.

_ Bom, eu não sei se você está preparado para ouvir toda a verdade, mas acho que já está na hora de eu esclarecer algumas coisas. – ela disse olhando em meus olhos. Por um segundo quase me perdi na imensidão das íris azuis de seus encantadores e delicados olhos, mas logo me concentrei em prestar atenção no que ela diria por que com certeza seria algo importante.

_ Na verdade não estou pronto para ouvir toda aquela história surreal e seus detalhes, mas preciso saber.

_ Bom, eu e Bill já nos conhecemos há um tempo, muito tempo...

_ Estamos falando de décadas ou séculos? – perguntei já com receio da resposta.

_ Séculos. Ele costumava ser um rapaz muito bonito, educado, cavalheiro e muito discreto, até que você entrou em nossas vidas.

_ Mas o Bill É uma pessoa educada, não estou entendo. E o que eu tenho a ver com isso?

_ Calma Tom, uma coisa de cada vez. Vou explicar tudo, só preciso que você seja muito paciente, muito mesmo.

Respirei fundo, esvaziei a mente e concordei em ficar calado até que Elisa me explicasse toda a história absurda de outras vidas. Fechei os olhos, contei até dez e deixei que ela continuasse.

_ Eu e Bill nos conhecemos quando eu tinha apenas 15 anos de idade, ele era um grande amigo. Ele te viu nascer, digamos que pela primeira de muitas vezes, você era filho de um casal importante e influente da elite inglesa no século XIX. Quando você completou seus 17 anos Bill nos apresentou, nós três tornamo-nos inseparáveis desde então. Eu havia completado 18 anos, ou seja, haviam se passado três anos desde que eu e Bill nos conhecíamos e estranhei o fato de que ele jamais envelhecera, mas não dei muita importância a esse detalhe.

De repente Elisa parou de falar e passou a fitar o nada com uma expressão que eu facilmente classifiquei como de arrependimento, obviamente por não ter dado a devida importância ao tal detalhe. Após pesarosos segundos, Lisa retomou sua história.

_ Bem, meses se passaram e eu e você ficávamos a cada dia mais próximos, tínhamos os mesmos gostos, e costumávamos nos divertir juntos. Quando eu estava próxima de completar 19 anos de idade percebi que estava apaixonada por você, mas não sabia como lidar com a situação e tinha medo de contar ao Bill, porque ele sempre havia sido o pai que eu não tinha, mesmo sendo um grande amigo. Guardei esse sentimento por algum tempo até que decidi que sofreria se não me declarasse e você acabasse se casando com Elizabeth, a filha mais velha de uma família aliada a sua, uma garota bonita e encantadora. Então tomei coragem e fui à sua casa numa tarde de verão, fazia um calor delicioso em Londres e você estava tão bonito... Lembro-me como se fosse ontem. Fomos até a beira de um lago que havia se tornado nosso ponto de encontro. Conversávamos animadamente até que eu disse a mim mesma “é a hora”, respirei fundo e disse o tudo o que eu sentia o quão bem sua presença me fazia, e ainda faz, o quão veloz batia o meu coração quando você sorria e o quanto meu corpo desejava o seu. Eu falava sem parar quando você me puxou para perto e calou-me com um longo de delicioso beijo... – ao perceber tamanho entusiasmo demonstrava ao descrever nosso primeiro beijo pude perceber que Lisa havia ficado encabulada. Cheguei mais perto, beijei sua testa e sorri encorajando-a para que desse continuidade, e assim ela o fez.

_ Você me levou até a sombra de uma árvore onde havia um lençol de piquenique estendido, o lugar era deserto e calmo. Continuamos nos beijando quando você me surpreendeu dizendo que também me amava, e foi naquele fim de tarde em que fui sua pela primeira vez. – ela sorriu timidamente e eu retribui, mas não prolongou sua pausa – Pedi que não comentasse sobre o que estava acontecendo entre nós com o Bill e você concordou. Ficamos às escondidas por algumas semanas até que um dia estávamos namorando num parque deserto, longe do centro de Londres, quando Bill apareceu e nos viu ao beijos. Primeiro ele se espantou, mas logo se recompôs e agiu como se nada houvesse acontecido. Naquele mesmo dia ele me visitou à noite e disse que não nos queria ver juntos novamente porque era apaixonado por mim e não permitiria que eu fosse de outro. Eu o enfrentei e disse que estava apaixonada e não o deixaria se meter, ele saiu de lá furioso e fiquei com medo de que pudesse fazer algo contra você. Acordei no dia seguinte e fui até sua casa tomando cuidado para não ser vista por Bill e marcamos de nos encontrar numa floresta ali por perto ao entardecer, fui ao nosso encontro e expliquei o que havia acontecido. Você ficou inconformado com as atitudes de Bill, mas consegui lhe acalmar para que não agisse sem pensar. Ficamos muito tempo em silêncio, apreensivos com o que poderia acontecer dali em diante. Eu estava muito assustada, então você me abraçou e disse que ficaria tudo bem e que nada poderia nos separar. Nos beijamos e foi quando Bill apareceu, e sua expressão mostrava ira, raiva, desprezo pela cena que presenciava.

_ Nossa, eu não consigo nem imaginar. Mas... como eu não lembro disso? Se você me faz tão bem eu deveria me lembrar de tudo por que passamos juntos... – disse inconformado por me esforçar e não lembrar de nada.

_ Tom, isso aconteceu décadas atrás. Não se culpe, é normal e melhor que você não se lembre. – disse ela passando sua delicada mão em meu rosto com a intenção de me acalmar e dando um leve e entorpecedor sorriso – Continuando. Bill aproximou-se de nós e você se colocou de frente para ele, pronto para o que pudesse vir a acontecer.

Flashback on (Elisa narrando)

_ Que linda cena. O casal de pompinhos se encontrando às escondidas do Bill malvado. – dizia ele com um sorriso sádico nos lábios.
_ Bill, por favor. Deixe-nos em paz, é ele quem amo. – tomei a frente da situação tentando manter Bill numa distância segura, em vão.
_ Você não pode amá-lo, você tem que amar a mim. Somente a mim, porque fui eu quem sempre esteve contigo, fui eu quem te acolheu. Elisa, eu te amo. – ele se aproximou e acariciou meu rosto. Esquivei-me de seu toque e coloquei-me ao lado de Tom.
_ Sou grata a tudo o que fez por mim e tenho um carinho enorme por ti, mas Tom é o amor da minha vida. É ele quem tem meu coração. – tentei equilibrar as coisas.
Bill ficou inexpressivo e fitou-nos por um longo tempo com um olhar acusador e sinistro.
_ Lamento ter de fazer isso, mas se você não for minha não será de mais ninguém. – Bill puxou uma pistola de trás de si e mirou em minha direção quando Tom entrou na frente.
O tiro foi certeiro e matou meu grande amor na hora.
_ Como pôde? Tu és um monstro Bill! – gritava enquanto ele apenas observava meu desespero com um ar de superioridade. Eu sentia um vazio por dentro, uma tristeza profunda tomava conta de mim quando avistei uma estaca e não pensei duas vezes antes de cravá-la em meu coração.
Eu sentia enquanto a vida que habitava em meu corpo se esvaía pouco a pouco, quando minutos depois comecei estranhamente a retomar minha visão e voltei a cena que presenciei anteriormente, mas sentia uma ardência indescritível por todo o corpo quando vi que Bill estava ajoelhado ao meu lado.
_ O... o que... por que estou viva? E-eu, me matei. Não matei? – perguntei confusa.
_ Não deixarei que se vá. Este é meu castigo pela sua ingratidão. Viverá eternamente e sozinha. – eu fitava-o incrédula quando percebi que seus lábios estavam lambuzados de algo viscoso e vermelho. Sangue. Meu sangue.
_ Bill... você é-é... um... – as palavras recusavam-se a sair de minha boca.
_ Um vampiro. Sim, e agora você também é. – e isso explicava o porquê de minha garganta estar queimando tanto, eu sentia sede, muita sede. Bill observava enquanto minhas presas ficavam expostas ao que minha sede tornava-se mais intensa.
Olhei para o lado oposto e vi o corpo de Tom e inconscientemente pensei que, mesmo que fosse da pior forma, eu poderia salvar Tom se o mordesse apenas com a finalidade de despejar meu veneno. E foi o que fiz.
_ Você ainda não é madura o suficiente, seu veneno não pode transformá-lo. O máximo que conseguirá será torturá-lo. – Bill disse quando saí de cima de Tom. Mas logo em seguida desapareceu deixando-me confusa sobre o que eu havia feito.
Então Tom começou a abrir os olhos e acabei por esquecer das últimas palavras de Bill.

Flashback off (Tom volta a narrar)

Eu ouvia a história de Elisa boquiaberto, negando-me a acreditar nos surreais acontecimentos. Mas não havia motivos para que ela inventasse tudo aquilo.

_ E agora eu entendo o que ele quis dizer com “o máximo que conseguirá será torturá-lo”. Meu veneno não era forte o bastante para que eu pudesse te transformar, apenas faz com que sua alma reencarne num período regular de tempo. – ela explicou.

_ E Bill, como ele conseguiu vir como meu irmão ‘nessa vida’? – perguntei visivelmente confuso e atordoado com tudo aquilo. Caramba, era coisa demais para o meu pequeno cérebro assimilar assim.

_ Isso é algo que ainda tento descobrir. Eu não sei como ele conseguiu, mas sei que nas outras vezes que nós 3 nos reencontramos as coisas ficaram bem feias. – disse ela apreensiva.

Abracei-a e tentei de todas as formas colocar meus pensamentos no lugar, então foi fácil acreditar em tudo.

_ E ainda há outro problema, só o Bill sabe como acabar com essa “maldição” sobre você. Porque mesmo que um dia eu morra, você ainda reencarnará para sempre. Ou seja, sua alma jamais terá descanso. – ela dizia.

_Então, devemos procurar tirar isso dele? – perguntei cauteloso.

_ Não, isso pode ser perigoso. – ela disse enquanto balançava a cabeça preocupada.

_ E o que EU faço?

_ Apenas cuide para que Bill jamais desconfie que nos reencontramos. – disse ela olhando em meus olhos – Você promete?

_ Com todas as minhas vidas. – disse beijando sua testa.

_ Então é isso. Suas dúvidas foram tiradas ou precisa de mais algum detalhe? – disse ela com um leve e preocupado sorriso.

_ Tudo o que eu preciso agora é que não se afaste mais de mim, porque eu te amo Elisa. Dessa vez ficaremos juntos, eu prometo.

Seus destinos se cruzaram e novamente eles se reencontraram. A maldição tem que ser quebrada para que ambos possam descansar.
Quem era contra no passado, será contra no futuro.

Um vilão?

- Bill eu nunca pensei que você faria isso comigo.

- Engano seu irmãozinho, ela era e será só minha. Você não tem escolha.

Um amor verdadeiro.

- O que seria de mim sem você Lisa?

- Dessa vez eu vou ficar para sempre.

-


Cheguei em casa e vi Tom deitado no chão de olhos quase fechados e com sangue em toda a sua volta, nada mais pude fazer, a não ser chorar deitada ao lado de meu amor. Mais tive uma ponta de esperança quando escutei sua respiração que estava baixa.