Sei que estou inconsciente, que estou em um quarto de hospital, mesmo sem poder falar, e abrir os olhos. Mas recordo muito bem daquela noite.
A noite aonde engravidei.
Flashback:
-Vamos Alice. Deixa de ser amélia. Vamos sair.- Bem que eu não devia ter saido com ela.
-Há não Dulce. Eu não quero sair tô cansada.- Eu tentava, mas a vontade foi mais forte.
-Ok, Ok, vamos então.
Era uma boate no centro de Munique.
Fomos eu, Dulce, Marie, e mais algumas meninas que eu não conhecia.
A noite estava linda, a música, o ar, tudo em sintonia.
Eu estava dançando de costas, quando senti uma mão pesada em meu ombro.
-Senhorita, queira me acompanhar por favor- Um homem de dois metros e meio.
-Mas, eu não fiz nada.-Olhei assustada.
-Queira me acompanhar por favor.
-Tudo bem.- Disse o seguindo.
Atravessamos a pista, e subimos as escadas, que davam na área vip da boate.
De primeiro, eu não vi nada, continuamos andando, até que vi uma cabeça com algumas tranças negras.
O homem me pediu que esperasse, foi até aquela cabeça, cochichou algo, quem estava sentando apenas assentiu com a cabeça, o homem se retirou e veio em minha direção.
-Senhorita, fique a vontade.- Ele me deu um leve sorriso, e se retirou.
-Como vou me sentir a vontade, fui em.- Quando eu dei o primeiro passo alguém pegou em meu braço.
-É cedo ainda.
Me virei, e vi um belo par de olhos castanhos, e um sorriso, que me conquistou de imediato.
-Não precisa ficar assustada. Tom, Tom Kaulitz.- Me disse pegando em minha mão.
-Alice, A..Alice Schimidt.- Retribui o aperto de mão.
Com um toque leve me levou para se sentar ao seu lado.
Me explicou porque o homem havia ido me buscar, você gostou de mim, e gostaria de ter me companhia.
Eu, ingênua e boba, caí no seu papo.
Depois de alguns goles, fomos para um motel.
Logo pela manhã, fui acordada com uma dor de cabeça, terrível.
E pra minha surpresa, acordei só, em um motelsinho barato do subúrbio de Munique.
Eu não acreditei, eu uma moça certa, que nunca havia feito nada de errado, fui logo cair na sua.
Me vesti e saí correndo daquele lugar horrivel.
Semanas depois comecei a sentir tontura e muito enjoo.
Pensei em não ser nada e deixar queto, mas logo percebi uma certa saliência em minha barriga, e minha menstruação estava atrasada a dois meses.
Decidi procurar um médico, fiz um teste, e deu positivo, eu estava grávida de dois meses.
Caí em desespero, pensei em até abortar está criança, mas o meu amor por ela era enorme.
Ver minha barriga crescer a cada dia, era uma felicidade imensa.
Com sete meses, eu o vi novamente.
Domingo de sol, eu fui ao shopping, comprar o que faltava para o enxoval do bebê.
E vi uma certa aglomeração, e curiosa fui ver o que era.
Quatro rapazes, uma banda, Tokio Hotel.
Cheguei mais perto, e pude te ver.
Por azar, parece que você ainda se lembrava de mim.
Eu fiquei paralisada na sua frente, e por impulso, levei minha mão em minha barriga, e apenas pude ver o sussurro em seus lábios, " não pode ser", e tudo escureceu.
Acordei horas depois com você do meu lado.
Não queria te ver de jeito nenhum, e você ali, dizendo que aquele filho era nosso.
Não, aquele filho era meu.
Me levantei e sai correndo, sem saber pra onde ir.
Apenas escutei, " Alice".
E tudo se apagou novamente.
Flashback off.
Eis eu aqui.
Eu posso ouvir os médicos dizendo, que um de nós não vai sobreviver, eu ou meu filho.
Mas eu desejo que meu filho sobreviva.
Continua...