A madrasta.-Sexto Capítulo.-POSTADO

Eles invadiram o apartamento dele aos beijos.
-Gustav... Peraí... -pediu Anna fugindo do enlace que os braços do loiro exerciam ao redor de seu quadril. -Agente nem se conhece...
Ele soltou um gemido desagradável.
-Mais um motivo pra gente seguir... Seguir em frente. –Disse Gustav calando a garota com seus lábios; Dessa vez com mais força pra que ela não conseguisse argumentar.
Jogou o corpo de Anna na cama e tirou a jaqueta de couro negro que recobria seu tronco.
-Talvez agente devesse sair mais vezes. -Afirmou Anna recebendo como resposta uma mordida em seu pescoço que a fez gritar.
Gustav estava irritado a fitou.
-Você quer ou não?!-exaltou-se.
A garota se ofendeu com aquilo.
-Eu não sou nenhuma prostituta Gustav. -murmurou com desdém. -deveria saber disso. Boa noite.
Ela desceu da cama e estava prestes a abrir a porta de entrada sem ao menos se despedir o dizer se iriam se ver ou não. Mas ela foi pega pelo braço.
-Desculpa.
A sinceridade relampejou pelos olhos de Gustav. Retorceu a boca de um jeito engraçado e abraçou Anna sem mais nem menos.
Um momento de dúvida surgiu na garota. Que hesitou um pouco antes de corresponder o toque de Gustav. Só a fez quando estava segura de que não era um golpe sentimental...
Ele afundou os dedos no tecido da blusa azul de tricô que ela vestia. Pressionou seu queixo no ombro feminino coberto por fios perfumados e castanhos de seu cabelo. Aspirou toda a tranquilidade que a camomila presente nos cabelos emanava.
-Esse sem dúvida é o momento mais estranho da minha vida... -murmurou Anna sem saber ao certo se eles eram amigos ou algo mais.
-Desculpa. -pediu Gustav novamente. -Eu fui um idiota.
-Que bom que sabe. -disse Annie irônica. -Anda...
Ela puxou Gustav pelo braço. E o mesmo só teve tempo de apanhar um casaco na saída relâmpago dos dois.
-Pra onde vamos?-indagou o loiro vestindo seu casaco as pressas enquanto descia as escadas com a velocidade que jamais imaginou.
-Sei lá. Só 'tô' tentando descontrair o ambiente. -respondeu Anna sorrindo.
-vo... Você... -começava Gustav ofegante. -me faz descer, seis lances de escada só pra descontrair? Eu tenho vinho e o jogo da vida no apartamento. -Murmurou.
-Inacreditável. -rebateu Anna. -Faz alguma atividade física ou é tão sedentário quanto seu manequim denuncia?
-Tá me chamando de gordo?!-gritou Gustav.
-Eu falei sedentário; Mas se o chapéu serviu... -A garota deu os ombros e disparou porta fora. -Tem café por aqui?
-Já pensou em ir ao psicanalista, Anna?Ele podia te ajudar... -aconselhou o garoto sorrindo sarcástico. -E pra que tanto café?
-É pra te aguentar... -finalizou rindo.
Annie não andava mais. Corria. Tão rápido que nem o vento frio exercia algum efeito sob ela. Seus cabelos estavam bagunçados, mas o folego estava exatamente onde deveria. Já Gustav...
-Eu mereço um premio. Que merda de maratona foi essa? Onde estamos?-Questionou o Loiro deixando seu corpo cair em uma pilha de neve. -eu quero um extra forte e explicações.
A visão dele estava prejudicada. Já que sua respiração criou uma nuvem e embaçou seus óculos. Só enxergava um letreiro de neon podre. Que tinha algumas lâmpadas coloridas queimadas.
Imaginou-se agora, deitado em sua cama, tomando um chá negro e tendo como açoite de seu estomago dolorido de fome um saco de biscoitos com gengibre japonês. AH, e assistindo um daqueles programas de humor pastelão em plena quinta friorenta.
Dentro dele existia a dúvida: Era melhor estar lá, com fome e deprimido. Ou aqui, com o rabo congelado e ao lado de Anna.
A merda era tão confusa que ele passou um bom tempo ali. Só imaginando o que o levara a fazer tudo aquilo. A começar por convidar uma completa estranha pra um café casual e depois encerrar tudo com uma noite furtiva em seu apartamento.
Ele ficou com vergonha por tão ter autocontrole suficiente... Por mostrar-se tão carente.
Anna sem querer derramou café na neve. Que se tingiu de castanho escuro em poucos segundos. Sentou-se ao lado de Gustav.
-Saí e você nem veio atrás de mim... -observou a garota enchendo a boca de café sem pudor. Vamos precisar de um guindaste ou você levanta daí pra beber? Do contrário eu tomo por você sem problemas.
O loiro tomou a mesma postura que Anna e teve suas mãos aquecidas pelo copo de isopor branco preenchido até a boca com um liquido aparentemente escaldante. Levou até a boca com delicadeza e foi consumindo a delicia com cuidado para não queimar seus lábios.
Ficou um silêncio estranho.
Anna já havia terminado seu café na quarta golada precavida de Gustav.
Fitava o céu como se fosse à coisa mais interessante do mundo.
-O que tanto olha pro céu?-ele indagou aproximando alguns milímetros de Anna.
Ela o fitou.
-Tô procurando a minhamãe... -respondeu simplesmente.
A risada dele ecoou pelo copo e ela voltou a olhá-lo. Só que dessa vez com uma repreensão desconhecida pelo mesmo até então.
-Você ri por que a sua está em casa fazendo bolinhos de natal no momento... -disse Annie irritada.
Gustav ignorou o comentário.
-e a sua? Onde está?-perguntou bebericando seu café.
-espero que esteja no céu. -disse Anna puxando o copo de café da mão dele. E bebendo o resto que havia nesse.
Levantou-se com dois copos vazios na mão. Jogou-os na lixeira mais próxima enquanto Gustav levantava-se.
Anna achou que não era uma noite normal. E que éramos apenas instrumentos da vontade divina de alguém lá em cima... Portanto ela poderia ser uma pessoa verdadeiramente sem noção não por vontade própria. Mas por que alguém quis e ela não foi forte o suficiente para resistir e ser um sujeito completamente normal. Não, ela não faria essa loucura.
Apoiou a cabeça no ombro dele, que envolveu a cintura dela com seu braço.
-Podemos voltar pra casa, querido?-perguntou Anna cansada.
Gustav não entendeu muito bem o porquê daquela palavra que significava tanta coisa... Afinal eles mal se conheciam. Voltar pra onde? Ela ficaria com ele? Deixaria que ele a fizesse dele sob a mesa da cozinha?
Coisas que ele não entendia. Mas queria pagar pra ver.

Hello Menines!
Voltei pra postar =)
E as meninas perguntaram do lance do Russel,e a resposta está no capítulo.
Lembrando que a fic é +18 então os capítulos serão bem “483”.-Se é que me entendem ;D
Mas esse,particularmente ficou bem “twilight” de quinta.Dêem um desconto,né? Afinal é a primeira vez deles...Depois eu pretendo me aprofundar e não decepcionar as minhas lindas *-*
Pois é.Vlw.
Bi.L.

Sexto Capítulo.-Tonight



Hoje à Noite, Hoje à Noite
O tempo nunca é tempo, afinal
Você nunca pode partir sem deixar um pedacinho de juventude
E as nossas vidas são mudadas para sempre
Não seremos mais os mesmos
Quanto mais você muda, menos você sente

Acredite, acredite em mim, acredite
Acredite que a vida pode mudar
Que você não está preso em vão
Não somos os mesmos, somos diferentes hoje à noite
Hoje à noite, tão brilhante
Hoje à noite...
Smashing Pumpkins.-Tonight

Estavam andando como um casal bêbado pela rua.
Arrastando os pés pela neve e flexionando os joelhos a cada passada.
-Gustav, me compra uma estrela?-perguntou Anna sorrindo abobalhada.
-Colocaram o que no seu café? Ninguém pode comprar uma estrela. -Disse ele sério.
-Claro que pode. -teimou Anna.-Nunca viu um filme em que o cara dá uma estrela de presente pra garota quando vai pedi-la em namoro?
Gustav não assistira muitos filmes na vida. E aqueles que ele se prestara a ver, de pouco se lembrava.
-Ficção, Anna. Só isso. -Cortou o loiro. -Por que não pede algo que eu possa te dar?
-Não gostaria que ao invés de atravessarem a cidade pra te comprar algo, atravessassem o céu?-questionou a garota sorrindo marota pelo enigma.
A charada caiu como uma bomba no colo dele, que nunca havia pensado muito bem nas coisas do coração. E agora estava tendo uma lição de como ser cavaleiro e pelo menos fingir que podia comprar uma estrela.
-Como quer que ela se chame?-perguntou Gustav sorrindo também.
-Não sei... Talvez... Jessie. -respondeu Anna.
Ele ergueu uma sobrancelha.
-Tantos nomes e você escolhe esse?
-Era o nome da minha mãe, idiota. -rebateu Annie rindo.
Uma leve culpa sobrepôs as costas de Gustav.
-Era um nome bonito. -consertou. -tive uma gata com esse nome. Mas me pai atropelou ela quando eu tinha sete anos.
Anna gargalhou.
-Que trágico... -murmurou Anna. -então ela virou estrela?
Que mania...
-Acho que sim. -Respondeu Gustav sem dar muita importância. –Uma estrela pequena e bem insignificante perto das outras.
-Todas as estrelas, por menores que sejam, compõem um céu. E eu particularmente não gosto muito das grandes. -Disse Anna. -são tão metidas.
Ele riu do rumo daquela conversa.
-Estamos bêbados?-indagou para ela.
-Muito. -disse. -eu acho.
Pararam juntos e se fitaram.
-Quer subir?-perguntou o loiro. -acho que ainda tenho café e...
Não precisava de explicações. Ela havia o beijado por livre e espontânea vontade.
Ela brincava com ele; Mexia sua língua na direção oposta toda vez que ele queria juntar-se a ela. Mordia seus lábios sem muita força e logo em seguida os sugava.
Aquilo o irritava. Mas não estava em condições de recusar qualquer carinho que lhe fosse dirigido. Ao contrário. Investiu contra ela.
.-
P.D. V Anna.
Ele estava me deixando sem ar. E não no bom sentido.
Eu odeio aquela impotência que te acomete quando nem respirar você consegue. Dei um empurrão nele.
Estava arfante.
-Quero meu café agora. -exigi sorrindo irônica. -Russel...
-Vai à frente. -pediu Gustav. -antes que...
Acertei um beijo breve em seus lábios, apanhei as chaves do apartamento e corri os seis lances de escada mais rápido do que da primeira vez. Não queria prolongar o assunto. Só deitaria no sofá, beberia meu café e perguntaria se ele é seduzível.
Já disse que sou um posso de originalidade?
Girei a chave na fechadura e a deixei a mesma em seu lugar.
Joguei-me no sofá de dois lugares em camurça vermelha. Ainda respirava ofegante quando ele fechou a porta atrás de si.
-Preciso praticar mais esportes. -comentou o loiro rindo. -onde já se viu deixar uma pentelha como você passar a minha frente.
Ri com o comentário.
-Ironias da vida, querido. -devolvi.
Percebi que aquilo o deixou desconsertado desde a primeira vez que o usei. Então por que não abusar dele? Só um pouquinho...
Levantei-me do sofá e me pus a observar arquitetura do lugar. Era simples e aconchegante.
Dava a entender que ele havia se mudado há pouco tempo. Ainda existia muita coisa fora do lugar... Mas o bom gosto estava presente até na cor das paredes. Tanto que as caixas pareciam ser itens de decoração.
-Acho que não fica digno de Starbucks... Mas engana fácil. -despertou-me Gustav com uma caneca amarela com motivos londrinos impressos em tinta preta.
Beberiquei minha terceira xícara de café naquele dia.
-É delicioso. -elogiei.
Absorvi mais o gosto do café junto ao caramelo derretido e me apaixonei.
-já pensou em vender a receita? Você pode ficar rico. -observei.
Ele riu.
-Acho que posso viver sem vender minha ideia. -cortou Gustav sentando-se em seu sofá.
-Aham. Esqueci que você é rico. -murmurei sentando-me ao seu lado.-muito esperto,Sr Gustav.
Ele pareceu ficar desconfortável.
-Como sabe meu nome?-indagou confuso. -quer dizer...
A minha vez de rir mais alto.
-Acha que eu não vi as correspondências em cima da sua cômoda quando você praticamente me estuprou há algumas horas atrás?-indaguei. -Agora sei por que não jogavam “Detetive” comigo quando tinha dezesseis.
Ele engoliu o seco.
-Não vai me dar um tapa na cara?-perguntou. -sabe... Eu menti.
-Relaxa. Todos nós mentimos um pouquinho... Gustav. –sussurrei, dando ênfase ao seu nome.
-Perdoado?
E eu sorri.
-Claro. Perdoado. Sr°Gustav.-finalizei beijando-o novamente.

Ele colocou seus braços na minha cintura. E eu enlacei minhas pernas ao redor de sua cintura, fazendo seu intimo roçar no meu de maneira intensa.
Suas mãos estavam frias, percorriam minha pele descoberta sem se preocupar com os arrepios que me acometiam. Apertavam-me criando um ligeiro calor no local, o arranhavam de maneira que fariam marcas no futuro.
A boca estava ocupada mordiscando meu pescoço.
E eu simplesmente jogava a cabeça pra trás em um sinal de pura rendição.
Ele me puxou para si, tomando-me em seu colo e conduzindo até seu quarto... Na parte escura e extremamente silenciosa da casa.