Be My Friend

Nome: Be My Friend
Autores: eu e /anna.
Classificação: PG+
Gênero: Drama, romance e comédia
Beta-Reader: Janah K.
Nº de capítulos: indeterminado
Terminada ou não: não
Teaser: “O que acontece quando uma pessoa que não significa nada pra você passa a se tornar uma preocupação porque você percebeu que ela tem influência e importância para alguém que você ama?”

Ao contrário dele, ela tinha tudo sobre controle. Em um piscar de olhos, ela passou a dedicar sua vida toda à ele.
Encontros inesperados podem mudar vidas. E as pessoas, mudam?



_________________________________________________________________________________________

Então pessoal, essa é a nossa primeira fic.
Capítulos narrados por mim, serão postados por mim, e capítulos narrados por /anna. serão postados por ela.
Finalmente deu coragem pra postar, ainda estou meio indecisa, enfim...
Obrigada Janah, pelo incentivo.

Então, postamos ou não?

posta claro

Pooosta!!!!

CAPÍTULO I

Os raios solares invadiram meu quarto lentamente, acordando-me e clareando tudo a minha volta. Abri os olhos e encarei o teto de gesso branco. Virei meu rosto para o lado e analisei o relógio em cima do criado mudo. 10:50. Espreguicei-me e bati minha mão em algo macio e peludo. O animal de pêlo caramelo agora me olhava com aquela carinha de coisa mais fofa desse mundo.
- Bom dia Sonne – eu disse, acariciando a labradora deitada confortavelmente em minha cama.
Levantei-me e fui me arrastando em direção ao banheiro. Lavei meu rosto e encarei meu reflexo no espelho, e ali estavam duas enormes bolas roxas ao redor dos meus olhos.
- Café, maldito vício. - pensei - Preciso parar com isso! – suspirei.
Despi-me e encarei um banho bem quente. Saí do banheiro em meu confortável roupão e fui andando em direção a enorme sacada de meu quarto, e ali fiquei analisando a bela paisagem da praça daquele condomínio. Os dias aqui têm sido muito agradáveis. Os meses do outono são sempre os que deixam os dias mais bonitos nesse país.
- É minha linda, hoje será um belo dia! – falei, me sentando ao lado de Sonne, enquanto ela olhava para o mesmo lugar que eu. Parecia até que me entendia.
- Falando com a cachorra de novo Rachel?!
- E você sempre me assustando não é? - entrei novamente no quarto e dei de cara com Jen me encarando com aquele belo sorriso.
- Desculpe, não foi essa a minha intenção. Dormiu bem?
- Você deveria perguntar se eu dormi. E não, eu não dormi. - eu disse com ar de cansaço.
- Já disse pra você parar de tomar tanto café à noite, mas você nunca me escuta!
- Prometo que vou maneirar, pela 147° vez? – olhei-a com um sorriso no rosto e a mesma riu da minha pequena mentira.
- Quer alguma coisa especial para o café da manhã? - acrescentou Jen, já se dirigindo até a porta.
- Huum - eu arqueei uma sobrancelha - Quero sim, quero croissants de chocolate! - Ótimo! - Ah, e um café bem forte – acrescentei antes que ela saísse e fosse para a cozinha.
Jen fechou a porta e eu fui em direção ao meu lugar favorito: Meu grande closet. Adentrei e passei a escolher dentre as milhares de peças de roupas e sapatos que ali estavam.
Moda: minha segunda paixão. Amo tudo que esteja relacionado à moda, é uma coisa em que, na minha opinião, o dinheiro é bem gasto. Assistir desfiles em semanas de moda é incrível e faço isso sempre que posso. Tenho várias peças exclusivas e assinadas por grandes estilistas.
Depois de ter escolhido algo bom para vestir, fui em direção ao banheiro dar um jeito em meu rosto, não poderia sair assim. Apelei para a mágica que uma boa maquiagem faz e segui em direção a cozinha.
- Você está linda! Como sempre.
- Não mente, é você que me adora! - era mentira, eu não estava me sentindo bonita.
- Não vai sentar e tomar o café comigo? - perguntei a Jen.
- Claro! Só vou buscar seus croissants! E ah, seu pai ligou, queria saber se você já tinha acordado - gritou da cozinha.
- O que ele queria? - ele sabe que não acordo com as galinhas.
- Disse que está no país e quer falar com você, perguntou se pretende ir até a gravadora hoje.
- Vou sim, depois eu ligo pra ele! - mentira! Eu não queria ter de vê-lo e como bônus olhar para cara de minha “querida” madrasta.
- Eu sei o que esta pensando, não quer vê-la, mas acho que ela não veio junto.
- Ótimo - encarei Jen enquanto tomava um gole de café.
- Seu telefone está tocando lá no quarto, deve ser seu pai - ela saiu em direção ao meu quarto e voltou com o aparelho em mãos.
- Alô? - atendi.
- Bom dia para a mulher mais linda desse mundo! - d doce voz disse do outro lado da linha.
- Amor! - exclamei animada só por ouvir sua voz - O que aconteceu, são 11:00 da manhã e você me ligando, está tudo bem?
- Calma, está sim. Eu ainda estou na cama, pretendo dormir um pouco mais, só que a saudade foi maior... Precisava ouvir sua voz - ouvir aquilo me deixou com um sorriso bobo no rosto.
- Ah bom, então está tudo bem! – eu disse por fim.
- Onde você estava ontem à noite que não atendia o celular? - perguntou-me preocupado.
- Eu estava em casa, fiquei a madrugada inteira compondo - era o que eu sempre fazia - Eu estou com saudades - acrescentei.
- É exatamente por esse motivo que eu te liguei, você não vive sem mim, não posso te deixar carente, você fica muito chata quando está assim - exclamou entre risos. Aquele sorriso que eu amo...
- Então quer dizer que vai me ver hoje? - a animação em minha voz com certeza era evidente. Olhei para Jen que estava rindo com a cabeça baixa.
- Sim, e não é só isso. Tenho uma enorme surpresa também... Tá sentada? - perguntou-me.
- Sim, por que? Fala logo!
- Meu irmão resolveu me acompanhar! - fez uma pausa - Tudo bem Rachel? - meu coração acelerou e minhas pernas ficaram bambas. Como? Eu ouvi direito?
- Se-ee-u irmão? - minha voz saiu falha e eu estava gaguejando.
- É, não é o máximo? Depois de anos vocês finalmente irão se conhecer! - ele falava aquilo tão naturalmente.
- E-ee-u, nã-ão, eu não sei, ah droga, porque você me avisa isso só agora? Você sabe que isso é importante pra mim! - eu estava visivelmente transtornada, e falando tudo aquilo muito rápido.
- Eu tentei te avisar ontem, mas você não atendeu o celular. E além do mais ele decidiu ir junto de uma hora para a outra, não posso recusar, eu espero por isso há anos, e acredite, é tão importante pra mim quanto pra você - finalizou.
- Eu sei, só que me pegou de surpresa, não estou preparada - e não estava mesmo, não tinha outra hora para isso acontecer? Justo agora, justo hoje?
- Relaxa minha linda, vai ser impossível ele não gostar de você! - sua voz já estava mais calma.
- Será? Eu não sei, não tenho certeza – eu disse, com o medo da rejeição tomando conta de mim.
- Tenho absoluta certeza. Olha, ele adora mulheres, e ainda mais as bonitas e bem vestidas assim como você - disse aquilo só para me encorajar, tenho C-E-R-T-E-Z-A.
- Ok, não tenho outra opção mesmo, não é? E então, onde vamos nos ver? - a ideia de vê-lo me deixava com um terrível medo, droga! Preciso me controlar! É só não pensar no pior, “não pensar no pior!”... Repetia aquilo para mim mesma.
- Vai para a gravadora hoje? - perguntou-me.
- Sim, tenho que ajudar em algumas gravações e terminar de gravar dois jingles publicitários - realmente hoje eu tinha coisas a fazer!
- Que ótimo, então lá pelas 15:30 nós aparecemos por lá, pode ser?
- Sim! Eerm, eu acho - aquele pavor voltou e tomou conta de mim, eu ainda não acreditava nisso.
- Tá com medo? - que pergunta é essa? Ele só pode estar testando a minha paciência como costuma fazer.
- Claro que sim! - gritei pra que ele entendesse bem. E pude escutar sua risada do outro lado.
- Então está combinado meu amor, às 15:30 nós nos vemos. Preciso falar com você, e é sério - senti aquela tristeza que tenho notado nos últimos dias em sua voz. O que ele queria me contar?
- Ok, até lá então, eu te amo tá?
- Não mais que eu! Beijos linda!
- Beijos - desliguei o telefone e encarei Jen que estava retirando a mesa do café.
- Você ouviu?
- Sim! Você vai conhecer o irmão dele hoje, finalmente não é Rachel? - exclamou, com animação.
- Mas que porcaria é essa? Só eu que fico nervosa com isso? Os outros acham isso bom?
E você fala isso assim? – eu disse saindo da mesa e voltando ao meu quarto. Precisava trocar a roupa, queria impressionar.
Adentrei novamente o closet e sai à procura de algo que fosse bom o suficiente, e parecia que naquele momento nenhuma das milhares de peças que ali estavam me agradavam.
- Precisa de ajuda Rachel? - a voz calma de Jen veio da porta de onde ela estava me observando.
- Sabe o que mais me irrita? – olhei-a com raiva.
- Eu vir perguntar se precisa de ajuda? – respondeu-me entre risos. Ela estava se divertindo com a minha ansiedade e medo.
- Não! O fato de eu achar que posso ter tudo sobre controle quando na verdade eu não tenho, isso é tão ruim! - falei com certa indignação.
- Ninguém controla a vida meu amor, ninguém! – ela disse aquilo com a experiência de quem já viveu muito.
- Ah venha cá, me ajude a fechar esse vestido de uma vez, não quero chegar atrasada - Isso realmente não poderia acontecer, seria muito azar para um dia só. Aliás, eu acho que isso seria impossível. Se minha manhã já foi desse jeito, imagine só o resto do dia?




E então? comentários

Leitora nova!
Adorei o primeiro capítulo!
Rachel, é meia estressada e nervosa...
Por que toda essa ansiedade? Normal!

Continuaa!

atrasei, buh, que coisa ._.
CHEGOU A BETA PRA BOTAR ORDEM NO BAGULHO E -not
demorou a postar hein, já tava na hora -qq
e não demorem pra dar sequência a essa fic, lala *-*

leitora nova!
o que é isso? elogiam tanto a minha escrita e vocês escrevem melhor do que eu :OOOOO é sério. enfim.
a Rachel é bem estressadinha. é falta de café, rs. mas todo este drama por que ela vai conhecer o cunhado? e quem é ele? OMG! não gostei nem um pouquinho deste mistério todo. tratem de postar rapidinho!

Nova leitora O/
Ela ta nervosa pra conhecer o Tom ?? POSKPAOKSPOKA
Quero vê quando conhecer, ;x SPOAKPKS

oie!!!
já estou lendo e estou amando!!!
e realmente confesso que não entendi todo o nervosismo dels, porque séra??
continuee!

Rachel estressadinha adogooo

Miilena escreveu:

- Café, maldito vício. - pensei - Preciso parar com isso! – suspirei.

MALDITO 'O ZÓIO' !!!!!!!!!!!
café é bom demais, é um vicio bom
insisto <3

HAHAHAHAHAH
põe qualquer coisa, que mania de se preocupar com a aparência.... uma camiseta e calça jeans resolvem qualquer problema! (:

prossigam *.*

Nossa que bom que estão todas lendo e gostando, é muito bom e espero não decepcioná-las!
Biaah* : que bom que gostou, e siim Rachel é extressada
Janah K. : AAH atrasada, siim sim continuaremos logo :*
Darling -J : AH nem vem você escreve muiito beem Rachel é quase extressada UAHSUHSAU' o cunhado? não seei, talvez, logo você vai saber
Catarina Kretli : O Tom, não sei, quem sabe?!
Susi : AAAAAH *O* fiquei super feliz que a diva tá lendo , espero que goste, Rachel tá nervosa porque é muito insegura com tudo tadinha.
Catchusca : Siiim :p
Patty Back-K : fiquei muito feliz que gostou . EEu concordo com você, café é muito bom! AUSHAS' siim, jeans e camiseta são perfeitos, pra tudo!


Bom, só pra deixar claro, as empresas que vou falar nesse capítulo são reais e os nomes Jean-Bernard Lévy e Doug Morris existem e são donos disso tudo ai, então não são meus personagens. Bom esse capítulo não esclarece tudo mais no próximo vocês vão saber quem é (y', Boa leituura
;**








CAPÍTULO II

Depois de várias trocas de roupas, encontrei algo que me agradou. Eu estava olhando fixamente para o espelho com os olhos semicerrados tentando descobrir alguma falha, algum descuido, algo que não estivesse combinando, mas estava tudo ok: Vestido, sapato, casaco, cabelo, maquiagem. Tudo ótimo!
- Eu não posso ficar assim, nem é pra tanto, é só não pensar no pior - eu continuava repetindo aquilo até estar convencida. Saí do quarto e segui pelo corredor até a porta de entrada. Jen me olhava sorrindo.
- Boa sorte Rachel! – desejou-me.
- Obrigada, eu vou precisar! - pisquei pra ela e saí.
Peguei o enorme elevador, adentrei e dei mais uma conferida no espelho. O mesmo chegou até a garagem e eu segui até a vaga do meu carro. Desativei o alarme da Land Rover LRX preta e entrei. O portão da garagem se abriu e eu saí. Liguei o rádio que estava com o iPhone conectado, deixei que o som invadisse meus ouvidos e me trouxesse a paz que só a música me transmitia. A música: minha maior paixão de todas. Nasci entre ela, cresci entre ela e é com música que pretendo seguir minha vida.
Meu nome é Rachel Morris Lévy. Meu avô é Jean-Bernard Lévy, presidente da Vivendi SA, uma empresa ativa no setor de mídia e comunicação com atividades na música, televisão, cinema, editoração, telecomunicações, video games e internet, e dentre elas estão a Universal Music Group e a GVT. Meu pai é um dos presidentes da Universal Music Group. Seu nome é Doug Morris. Atualmente moro em Hamburgo. Fiz meu ensino médio aqui, adoro essa cidade, esse país tem algo que muito me fascina... Não sei se são os vários parques ou a arquitetura antiga misturada com a moderna... Sou órfã de mãe. Ela morreu quando nasci. Era alemã. Ela amava muito o meu pai, e eu sei que até hoje ele sente a falta dela. Talvez por esse motivo eu tenha escolhido viver aqui: Me lembra ela, me sinto mais perto dela nessa cidade.
Moro sozinha a um ano. Morava até então com meus avós, mas ainda vou visitá-los todo final de tarde .Cresci dentro de uma gravadora, em Santa Mônica, Califórnia, EUA, onde fica a sede da Universal. Aquele mundo sempre me fascinou. Conheci grandes artistas e o principal: Aprendi sobre música. Eu passava os meus dias descobrindo o que cada botão que existia dentro daquela fortaleza fazia, e a partir daquele momento eu descobri a minha vocação: Viver com a música. Meu pai tentou me influenciar para ocupar seu lugar na administração das empresas da família, mas já era tarde. Não era aquele o meu objetivo. Deixaria isso ao meu querido primo Arthur, o qual já estava estudando pra isso. Eu somente queria cuidar das gravadoras, trabalhar nelas, esse era meu sonho.
Enquanto me perdia em meio as minhas recordações e admirava a bela paisagem que havia do lado de fora, meu celular deu sinal de vida.
- Alô? - atendo
- Rachel? - a voz debochada e feliz que eu conhecia bem disse do outro lado.
- Anne! Que bom dar sinal de vida às vezes, né? - respondi tentando parecer séria. Anne era minha melhor amiga, trabalhava e fazia faculdade comigo - Onde você se meteu sua vadia? - ouvi sua risada escandalosa pelo telefone.
- AAAH relaxa, tô viva ainda, e te procurando. Aconteceram várias coisas desagradáveis - sua voz agora era de tristeza.
- Já posso até imaginar o que seja.
- Hoje não poderemos nos ver, tenho que estudar para as provas, amanhã pode ser? Preciso de você amiga. – ela estava triste, eu sentia.
- Claro, também preciso conversar, meu dia não será nada fácil – respondi, com todas aquelas sensações que haviam sumido voltando.
- O que aconteceu?
- Acredita que finalmente vou conhecer o gêmeo desconhecido? - eu o chamava assim.
- Não brinca? Meeeeeeu Deeus - exclamou rindo. É, eu acho que sou a única que está levando isso a sério.
- É, eu fiquei sabendo essa manhã, estou nervosa e ansiosa, isso é mais difícil do que eu pensava.
- Se acalma, ele vai gostar de você, tenho certeza! E se não gostar... Ah dane-se, você não precisa dele.
- É, talvez, ah já nem sei mais o que pensar - falei enquanto fazia a última curva do meu caminho e entrava em uma estrada coberta por árvores. - Tenho que desligar, cheguei na gravadora, depois ligo pra te contar!
- Tudo bem. Beijos.
- Beijos - respondi e desliguei o telefone, havia chegado na portaria da empresa. O senhor alto e extremamente magro que ficava na portaria me olhou e sorriu, com seu terno sempre impecavelmente alinhado e sem nenhum tipo de dobra. Ele era uma graça.
- Bom dia senhorita Rachel! - me cumprimentou, ainda sorrindo.
- Bom dia Alfred, está um belo dia hoje, não? – perguntei, enquanto ele abria o grande portão preto que escondia os prédios da gravadora.
- Muito bonito senhorita, muito mesmo - o portão se abriu e eu entrei. Me sentia mais em casa aqui no que em meu apartamento. Ali era cheio de prédios altos, jardins floridos, uma enorme cachoeira que ficava na frente do prédio principal e que escondia o logotipo da empresa, vários estacionamentos e, mais adiante, um belo restaurante. Aquele lugar era incrível.
Fiquei procurando minha vaga, estacionei, peguei minha bolsa, minha pasta com meu notebook e saí. Eu sempre fazia isso todos os dias, mas entrar ali hoje era diferente, e eu sabia o porquê.
Entrei no prédio 6 onde ficavam os estúdios de gravação e segui para a área de criação. O piso de mármore escuro reproduzia o som dos meus sapatos. Aquela era uma área muito silenciosa devido as salas que ali existiam onde nenhum ruído desnecessário poderia atrapalhar as gravações. Um enorme lustre se fazia presente na sala de espera onde, mais adiante, existia uma parede com fotos de todos os artistas que ali produziam suas obras de arte, a maioria deles pessoas famosas. À medida que fui avançando, avistei o quadro deles: Uma bela foto onde todos estavam sorrindo. Ao vê-lo de perto, sorri também. Apesar de toda a ansiedade, eu estava feliz.
Quando entrei no estúdio K, estavam todos trabalhando. A sala com vários tapetes e sofás espalhados estava com quatro pessoas dentro. Era um local pequeno cheio de aparelhos de mídia e som, toda forrada com espumas e inibidores de som, todos ali. Avistei James, meu querido amigo James. O mesmo estava concentrado na mesa de som, com os enormes fones no ouvido. Segui até meu escritório e deixei minhas coisas lá. Era uma sala que ficava ao fundo do estúdio. Tinha uma mesa de madeira, um sofá em couro branco e uma bela vista para o resto do estúdio, já que a parede era de vidro; e havia também uma enorme bagunça: Papéis espalhados pela mesa, CDs e partituras... Eu não costumava ser muito organizada. Logo, Katherine entrou para verificar se eu precisava de algo, como sempre. Prestativa, Katherine, uma moça com seus 24 anos, loira, alta, magra e com olhos escuros. Beleza não era muito seu forte, nem suas roupas. Eu queria muito fazer uma doação de algumas peças minhas, mas eu não tenho coragem de perguntar se ela aceita. Ela sempre se vestia tão formalmente: Terno feminino de tons escuros e sapatos de salto pretos, o cabelo sempre preso em um coque e aqueles brincos de uma única pérola. Eu já tinha lhe comunicado que não era um local onde eram necessários aqueles trajes, mas a coitadinha se sente bem assim, fazer o que! Apesar de tudo isso, ela era muito competente e profissional.
- Não Katherine, eu já comi, só quero um café bem forte, por favor - sorri para ela, que me retribuiu. Saí da sala e sentei-me ao lado de James, e este notou minha presença.
- Olá Rachel, pensei que não viesse hoje! - me cumprimentou gentilmente.
- Está me chamando de preguiçosa? – retruquei, olhando-o com a sobrancelha arqueada.
- Não, eu estava brincando - ele sorriu.
James era muito bonito: Olhos claros, cabelos loiros e um enorme sorriso, um dos mais bonitos que já vi. Corpo atlético, e esse sim vestia-se muito bem. Ele realmente tinha estilo: Sempre com alguma camisa diferente e com um smoke preto aberto na frente, calças jeans e sapatos de couro. Eu adorava aquilo.
- Então... - prossegui - Vamos começar logo, vou receber visitas e quero estar logo pronta.
- Sim senhora – assentiu, e foi preparar as coisas. Logo Katherine voltou com o meu café. Bebi tudo em 3 goles. Sim eu estava muito nervosa ainda.
Fiquei o resto da manhã resolvendo algumas coisas por ali. Terminei algumas músicas e mostrei as novas ao James, que sempre me ouvia com atenção. Ele era um ótimo amigo, eu o considerava muito. Ele seria um ótimo namorado, se não fosse pelo fato de ser comprometido. Aliás, todos os homens são. Pelo menos os que valem a pena. Almoçamos no restaurante da gravadora mesmo, e voltamos para terminar tudo. Eram 15:00 quando entrei no estúdio, coloquei os fones de ouvido, ajeitei o microfone, e então James fez sinal de positivo com a mão para que eu começasse. A lenta melodia se fez presente no ambiente e eu comecei a cantar. Aquilo que eu sabia fazer de melhor.
Foi então que a porta principal da sala se abriu e entraram duas figuras: Uma que eu conhecia muito bem e a outra que eu deveria conhecer. Meu estômago remexeu, minhas pernas ficaram bambas, a respiração em falso. Eu gaguejei, e ao perceber que eles me olhavam, tive vontade de largar tudo e ir vê-los de perto, mas continuei ali. Não consegui me mexer. Decidi tomar fôlego e prosseguir com a música.
Quando terminei, a porta do estúdio foi arrombada. Ele entrou e pude me afundar em seu abraço gostoso. Deus, como senti falta daquele perfume!
Ficamos ali alguns minutos até que James mandou-nos sair. Eu olhei no fundo daqueles olhos amendoados e pedi por socorro silenciosamente. Ele pareceu entender, segurou firme minha mão e sussurou em meu ouvido:
- Calma, está tudo bem!
Saímos de lá e o outro nos esperava lá fora. Analisei a figura a minha frente e ele pareceu fazer o mesmo. Eu congelei. Apertei mais a mão que estava entrelaçada a minha, e então, tomei coragem para encarar aqueles olhos.



E então? comentários

Calma menina KPSOKPOAKPSKA
Não deveria ficar assim, o Tom não morde, só se você pedir é claro (66'

Catarina Kretli escreveu:

Calma menina KPSOKPOAKPSKA
Não deveria ficar assim

+1

Catarina Kretli escreveu:

Calma menina KPSOKPOAKPSKA
Não deveria ficar assim, o Tom não morde, só se você pedir é claro (66'

AISJAIJSIAJIS né? Fora que o Bill também não vai te matar com os olhos. Ele ainda não pode fazer isso q
quero mais *-*

Leitora nova o/
Coitada..quanto nervosismo
hsuahahsua
Continuaa

Leitora nova!
Continua please!

tô atrasada, omg. desculpa D: mas, eu sei quem é. e não deve ser tão apavoroso conhecer seu cunhado, ou talvez é... enfim. continua!

Catarina Kretli escreveu:

Calma menina KPSOKPOAKPSKA
Não deveria ficar assim, o Tom não morde, só se você pedir é claro (66'

haha!
eu também acho que o 'gemeo desconhecido' seja o tom /hum

MAAAAAAAAAAAAIS, QUERO MAIS!

não sei qual é o gemeo que ela namora
nem qual deles é o irmão

esse suspense ta me matando!!!
mas amei amei, continua com o suspense por mais tempo
caracas que tensão, deu pra perceber ao ler!

ah mas que bom que estão gostando, é importante pra nós!
muito obrigada mesmo!
barbaridade, quanto suspense EIAUHEAIUHE
mas logo acaba ;D é só continuarem a acompanhar (:

Catarina Kretli escreveu:

Citação :

Calma menina KPSOKPOAKPSKA
Não deveria ficar assim, o Tom não morde, só se você pedir é claro (66'

Tudo isso pra conhecer o gemeo desconhecido? acho muito..
hmmmm.. acho que deve ter algo por trás desse nervoso. seilá.

PS: LEITORA NOVA *_*

Leitora novaa o/

Meu Deus, que suspense!!!

Não vou aguentar...

Oiee, nossa tem várias leitoras novas, fico muiito feliz de verdade
Bem vinda: Linne Kaulitz, flávia,kiinha kaulitz,vicniro! obrigada por lerem.
Bom estou vendo que a maioria acha que é o Tom, tá nesse capítulo tudo se esclarece, e claro mais pra frente vocês vão entender tudo com mais detalhes! espero não ter decepcionado EE acabou o suspense \o/
boa leitura!





CAPÍTULO III

Ficamos nos encarando por um tempo. Nossa como ele era diferente, muito diferente. Era realmente muito alto, estava mais magro do que nas fotos e tinha bolas roxas ao redor dos olhos bem maiores que as minhas, esses mesmos olhos sem brilho nenhum, muito diferente dos do irmão. Haviam dois buracos fundos em cada bochecha, denunciando a sua magreza excessiva. O cabelo escondido por uma touca, uma regata preta escondida por uma camiseta xadrez verde, uma calça extremamente justa e um tênis na cor bege. Bem vestido ele sempre foi. Mas parecia um ser sem vida, sem expectativa. Ao pensar isso meu corpo todo foi tomado por um enorme arrepio. O ser a minha frente parecia me analisar do mesmo jeito e logo voltei a realidade quando ele sorriu, um sorriso fraco que mostrava seus dentes meio amarelados. Suspirei fundo e olhei para Tom que me sorriu de volta e logo começou a falar:
- Bom, acho que devo apresentar-los, né? Bill essa é a Rachel, Rachel esse é o meu irmão Bill - disse isso apontando para ele e ainda sorrindo. Eu sentia a expectativa em sua voz.
- Muito prazer Rachel - a criatura sem vida à minha frente voltou a sorrir e se aproximou para um abraço.
- O prazer é todo meu Bill- me aproximei também e rompi a distância que existia entre nós – Finalmente - conclui.
Enquanto encostava meu braço em suas costas pude sentir o seu cheiro, o que não me agradou nenhum pouco. Ele não cheirava bem. Era o aroma de um perfume masculino misturado com aquele cheiro insuportável de cigarro e algo que eu não consegui identificar, isso me intrigou.
Tom sempre foi muito cuidadoso com isso, detestava ficar com aquela nhaca no corpo e sempre tomava banho de perfume, então por que Bill era diferente? Bom talvez eles fossem mais diferentes do que eu pensava.
Novamente eu estava viajando em meus pensamentos. Ele então se separou de mim e voltou a me encarar sorrindo, porque esse sorriso me parece falso? “Não, pare Rachel, isso é paranóia sua, ele só está sendo gentil.”
- É mesmo muito bom conhecer a melhor amiga do meu irmão, ou a “irmã” caçula dele, com ele mesmo te intitula – é, acho que ele estava tentando ser gentil.
- Eu é que adorei isso, depois de seis anos finalmente eu te conheci - respondi sorrindo e ainda tentando entender porquê, de uma hora para a outra, ele resolveu acompanhar Tom.
- Tá vocês vão ficar ai rasgando seda um pro outro? Rachel cadê a sua educação? Não vai nos oferecer um lugar para sentar? Uma bebida? Comida? - Tom nos interrompeu com seu tom debochado e suas típicas brincadeiras. Eu e Bill o olhamos indignados.
- Tom, nós recém-almoçamos, como você pode estar com fome? - o rapaz de touca perguntou.
- E daí, você sabe que eu tenho que manter a minha forma, e aquele pasto que nós comemos não é comida, e você nem comeu, só fingiu.
- Bom – eu disse os interrompendo - Vamos até a minha sala, Katherine nos traga...
- Três cafés bem fortes e aquela caixa de bombons suíços que a Rachel esconde de mim - o garoto de rastas nem deixou eu terminar e respondeu por mim, ele sempre fazia aquilo.
Olhei na sua direção e o mesmo me mostrou a língua, divertido.
- Faça o que ele mandou Katherine, por favor.
- É, ouviu, faça o que eu pedi - ele piscou pra ela, ele não perdoa ninguém.
Nos dirigimos até a minha sala e chegando lá, os mandei sentar no sofá. Sentei-me na frente da mesa de madeira e fiquei os observando. Na verdade eu queria poder olhar o garoto magro sem medo de que ele notasse, mas ele me encarava enquanto eu e Tom conversávamos e isso estava me deixando constrangida.
- Eu gostei da música. - disse-me Tom.
- Eu não, não acho que tenha ficado boa, depois vou grava-lá de novo. – respondi.
- Você e essa sua insegurança. - ele riu, só aquele sorriso me deixava tranquila. Katherine entrou na sala com a bandeja do café em mãos e a caixa de bombons, serviu a mim e aos outros dois e saiu. Tom logo atacou a caixa e devorava um por vez, colocando os doces inteiros na boca.
- Esganado! – exclamei, rindo - Bill pode pegar, fique a vontade.
- Não gosto de chocolates, obrigada - respondeu-me sério e virou-se para encarar a janela.
- Se quiser outra coisa pode falar, eu peço a Katherine para trazer.
- Não, eu estou bem assim.
Continuamos conversando e o ser magro não era muito simpático. Só por algumas vezes abriu a boca, somente quando fora lhe feito uma pergunta. Estava achando aquilo muito ruim, acho que ele não gostou da minha pessoa.
- Então – Tom continuou - Estamos ficando loucos em casa, não se tem mais o que fazer, precisávamos sair, e nada melhor do que vir te ver , não é Bill?
- Hã? Ah sim, é claro – sorriu. Aposto que nem sabia qual tinha sido a pergunta, ele estava distante. Já tinha analisado minha sala com os olhos umas 20 vezes, e sim, eu estava o cuidando, ele tinha alguma coisa que me intrigava e era Tom quem iria me contar. Ah se iria.
- E vim para te dar uma notícia! – “que legal mais uma notícia sua Tom, espero que seja melhor que a última” pensei, já me preparando para o que viria.
- Queremos conversar com você, todos nós da equipe. Temos uma pequena proposta para te fazer, tenho certeza que vai adorar. - ele sorria. Olhei Bill, que também me olhava sorrindo.
- É só marcar – respondi, por fim.
Nós ficamos ali conversando por mais algumas horas, Bill saiu várias vezes para fumar, ele fazia isso mais vezes que o Tom, chegava a ser compulsivo.
- Tom, vamos? Já está tarde, talvez Rachel tenha coisas a fazer, estamos atrapalhando - ele me olhou arqueando uma sobrancelha.
- Não, imagina, não estão atrapalhando nada.
- Pode até ser, princesa – eu adorava quando ele me chamava assim - Mas realmente temos que ir – ele disse, fazendo biquinho.
- Tudo bem – eu suspirei.
- Repito que foi um prazer te conhecer – Bill se levantou, vindo me abraçar para se despedir. Eu retribui e senti aquele seu cheiro horrível novamente.
- Eu também, espero te ver mais vezes, ok? - tentei parecer alegre. Ele apenas assentiu com a cabeça e sorriu, aquele sorriso que ainda me parecia forçado.
- Tom, vou na frente, preciso fumar – ele disse, saindo da sala.
Quando ele saiu eu relaxei os ombros. Vendo isso, Tom deu uma gargalhada que poderia ser ouvida a quilômetros. Tudo pra ele sempre era motivo de brincadeiras e risadas, e eu amava isso nele.
- Viu só, não caiu pedaço, sua medrosa.
- Ele não gostou de mim - fiz cara de decepção - Eu sei que não gostou, e não fez a mínima questão de esconder.
- Gostou sim. Ele é esquisito às vezes, só não está num bom dia, mas ele gostou sim - tentou confortar-me.
- Se você diz... Agora me diga você o que aconteceu. Você não está bem, eu sinto, e isso vem de dias - ele suspirou fundo e me encarou sério. É ai tinha coisa, conclui.
- Não consigo esconder nada de você, não é? Droga, tá tudo dando errado, tudo. Eu preciso de você, preciso conversar, não aguento mais isso - estava visivelmente transtornado, sua respiração estava acelerada. Me aproximei e o abracei. Ele retribui, me apertando mais para junto de si.
- Heey, está tudo bem, eu estou aqui, pode falar - sussurrei em seu ouvido.
- Não, aqui não, precisamos de tempo e privacidade. Vamos sair amanhã, preciso ver gente diferente. Vamos para aquela casa noturna, perto da sua casa? – afastou-se para me olhar e receber minha resposta.
- Tudo bem, se você prefere... - nesse momento a porta de vidro foi aberta e Katherine entrou com certa pressa.
- Sr. Kaulitz, seu irmão mandou chamá-lo, ele esta lá fora lhe esperando, disse que o Sr. está demorando demais - disse a garota loira.
- Ok, diga que já vou – virou-se para mim novamente - À noite eu te ligo tá?
- Vou esperar - beijei sua bochecha e ele fez o mesmo - Eu amo você - conclui.
- Eu também – e dito isso, Tom saiu da sala e foi em direção a saída do estúdio.
Eu me atirei em meu sofá e só ai percebi o que tinha acontecido ali, nossa! Foi tudo muito rápido. E por que ele não gostou de mim? Isso ficava martelando em minha cabeça. Não que eu tenha amado aquela criatura, mas isso foi tão estranho... Ele tinha alguma coisa, e algo me dizia que era esse o motivo da tristeza de Tom. Fiquei mais um tempo refletindo deitada ali, e decidi que iria resolver isso. Afinal, eu faria qualquer coisa por Tom, e se ele não estava bem, eu moveria céu e terra pra ajudá-lo. Logo ele que por diversas vezes foi meu refúgio, minha fortaleza, e nunca me deixou abalar. Era minha obrigação fazê-lo se sentir bem.



E então? esperavam? gostaram?
Os motivos do Bill tratar ela assim, ele vai contar mais pra frente
comentários?

Ela estava assim por causa do Bill e não do Tom, viajei legal agora ;s
Meu Deus, ele é uma chaminé ambulante né ?
O que há com ele hien ?
O que ela vai fazer ? Ai são tantas perguntas. POKSPKAPOKPSa